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Page 1: Ele & Ela Setembro/09

TEENS9 • Setembro de 2009 • O ECOTEENS O ECO • Setembro de 2009 • 8

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VITOR GODINHO

Parados diante de um desenho impresso sobre o papel e um

artista que eles nunca ti-nham ouvido falar. Em suas mãos, a reprodução de um quadro de Emílio Di Cavalcanti, um dos maiores expoentes das artes plásticas brasileiras do século 20. Os obser-vadores, adolescentes que buscavam uma maneira de adaptar aquele belo e no começo estranho de-senho para uma arte que eles já conheciam muito bem: o grafite.

O desafio foi proposto por Thais Jacon, direto-ra da escola estadual Ru-bens Pietraroia. Foi assim que os muros da unidade escolar ganharam novos traços pelas mãos de jo-vens como Guilherme An-tunes, 15 anos, Cristiano Paccola, 19 anos, Paulo Henrique Santos, 16 anos, e Leandro Borges Ferreira dos Santos, 16 anos.

“Eu acho que deu um visual bem legal na escola, melhorou o clima. Particu-larmente, eu nunca tinha visto nenhum trabalho desse pintor (Di Cavalcan-ti), só tinha ouvido falar de nome. Mas acho que foi uma experiência bem legal”, opina Leandro, que aprendeu a desenhar com o irmão, já falecido.

O adolescente Guilher-me acredita que foi uma

Raul, Paulo e Guilherme posam em frente ao grafite na escola Rubens Pietraroia

Arte na

experiência importante adaptar uma pintura para o grafite. “Eu já tinha cria-do grafites a partir de di-versos desenhos em revis-tas, jornais e até fotos, mas a partir de uma pintura, nunca tinha feito”, diz. Fi-lho de artista plástica, ele também já se aventurou no reino da tinta a óleo. “Eu tenho um quadro que fiz quando era pequeno”, lembra. “Mas hoje só faço grafite mesmo”, completa.

Paulo Henrique tam-bém acredita que o tra-balho ficou bem diferen-te de tudo que já tinha feito. “Eu acho que ficou

uma coisa bem diferen-te e me orgulho de ter participado, porque são artes que têm estilos di-ferentes”, explica.

O adolescente afirmou ainda que ajudaria muito se outras escolas também abrissem esse espaço para que os grafiteiros pudes-sem mostrar seu trabalho e, assim, reduzir o precon-ceito. “Infelizmente, quan-do você fala que faz grafite você acaba sendo visto di-ferente, acaba sendo dis-criminado. Eu acho que esse preconceito vem da falta de conhecimento que as pessoas têm sobre essa

forma de expressão. E não é só o grafite, mas também o Rap, o hip-hop. Os ska-tistas também sofrem pre-conceito”, completa.

“Foi uma coisa baca-na porque é um estilo de arte que você não usa o spray, nós falamos que é grafite, porque nós traba-lhamos no muro. Através da pintura muitas pesso-as que não conheciam o Di Cavalcanti agora terão a oportunidade de conhe-cer”, diz o chargista de O ECO e grafiteiro Cristia-no Paccola. Os muros fo-ram grafitados com tinta látex e pincel.

Jornal O ECO

KÁTIA SARTORI

Para quem está con-cluindo o ensino médio é tempo de

pensar sobre o futuro: curso técnico, vestibular e Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A prova criada há cerca de uma dé-cada pelo governo federal este ano vem com modifi-cações. O Enem deve ficar mais complexo a partir de 2009 e aos poucos deve substituir os vestibulares em quase todas as univer-sidades. Sem contar que o exame é pré-requisito pa-ra o ProUni, programa de bolsas de estudo.

Na escola estadual Dr. Paulo Zillo, em Lençóis Paulista, as coordenado-ras Maura Maria de Jesus e Tatiana Nege acham im-portante que os estudan-tes que estão concluindo o ensino médio pensem no Enem, principalmen-te com vistas no ProUni. “Para muitos estudantes esta é uma grande chance de cursar uma faculdade”, diz Maura.

Maura e Tatiana con-tam que procuram se in-

Alunos da escola estadual Paulo Zillo

se preparam para enfrentar o Enem

formar sobre o Enem para poder orientar os alunos e auxiliá-los no que for pos-sível. É um trabalho extra, tanto para educadores quanto para os alunos. Is-so porque segundo Tatia-na, a proposta pedagógica do Estado não tem como meta preparar o aluno pa-ra o exame, embora o con-teúdo trabalhado também seja para desenvolver ha-bilidades e competências, que é o que vai ser avalia-do no Enem.

Na escola, quem pensa em cursar uma faculdade fez a inscrição no Enem. Camila Juliana Morais Bueno, 17 anos, sonha em cursar biomedicina e por enquanto só pensa em prestar vestibular em uni-versidades públicas. Sabe que tem que se preparar porque a nota do Enem vai somar pontos à nota do vestibular. “Eu estudo três horas por dia com intervalos de 10 minutos a cada hora. Procuro sair

e me divertir nos fins de semana para a rotina não ficar muito estressante”, diz.

O estudante Pedro Henrique Angélico de Souza, 16 anos, pretende fazer vestibular de enge-nharia mecânica. Ele con-ta que já fez inscrição para o Enem. Ainda não sabe quantos vestibulares vai prestar. “Procurei conteú-do extra de física, química e matemática e até conhe-cimentos específicos”, re-

sume. Ele sabe que ingres-sar numa faculdade pode fazer toda a diferença no futuro. “Eu tenho vontade de ser alguém”, define.

O QUE MUDA NO ENEMO Enem mudou. Agora

serão 180 questões (antes eram 63) mais a redação. O objetivo continua sen-do avaliar as competên-cias e habilidades dos can-didatos.

As universidades pos-suem autonomia e po-

derão optar entre quatro possibilidades de utiliza-ção do novo exame como processo seletivo: como fase única, com o sistema de seleção unificada, co-mo primeira fase do ves-tibular, combinado com o vestibular da instituição ou como fase única para as vagas remanescentes. A lista de universidades que aderiram ao novo Enem está disponível em http://www.enem.inep.gov.br/mapa_de_adesao.php.

Aprovatoda

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