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ELABORAÇÃO DE DIRETRIZES DE DHE
Fabrício Santana SantosFFA Engº Agronômo DSc.
Coordenador Geral de Inovação, Tecnologia e Recursos
Genéticos/DETER/SPRC/MAPA
Jaboticabal/SP, 10 a 12 de novembro 2015
• Lei 9.456/97: “Art 4º [...] §2º Cabe ao órgão responsável pela
proteção de cultivares divulgar, progressivamente, as espécies
vegetais e respectivos descritores mínimos necessários à abertura
dos pedidos [...]”
• Ata 1978 = Decreto nº 3.109/99: “Art. 7º, 1, A proteção será concedida
após um exame da variedade em função dos critérios definidos no
artigo 6. Esse exame deverá ser apropriado a cada gênero ou
espécie botânico.”;
• Ata 1978 = Decreto nº 3.109/99: “Art. 6º, 1, O obtentor gozará da
proteção prevista na presente Convenção quando forem observadas:”
• a) (Distinguibilidade); b) (Novidade (fixo));
• “c) A variedade deve ser suficientemente homogênea, tendo em conta
as particularidades da sua reprodução sexuada ou da sua
multiplicação vegetativa.
• d) A variedade deve ser estável nas suas características essenciais,
[...]”
BASE LEGAL
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• Identificar características apropriadas para os testes
de DHE;
– Características a serem observadas;
– Fornecer padrões de D, H e E;
• Guia prático detalhado para harmonizar os exames
de DHE, bem como as respectivas descrições das
cultivares; (inclusive internacionalmente);
• Aceitação mútua do relatório de DHE (minimizar
custos de exame para autoridades individuais e
diminuição do tempo para a concessão da proteção)
IMPORTÂNCIA
• Documento TGP/1/3: Introdução Geral ao Exame de
DHE, e Desenvolvimento de Descrições
Harmonizadas de Cultivares
– “2.2.1. Quando a UPOV estabelecer Diretrizes de DHE
específicas para uma determinada espécie, ou outro(s)
grupo(s) de cultivares, estes representam uma abordagem
pacificada e harmonizada para o exame de novas
cultivares.”
• Documento TGP/7/1: Desenvolvimento de Diretrizes
de DHE
UPOV
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ELABORAÇÃO
DIRETRIZES NA UPOV
• 300 Diretrizes adotadas (“Test Guidelines”)
• Cerca de 57 em discussão nas reuniões de 2014(revisões / novas diretrizes)
Consulte o site da UPOV
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ELABORAÇÃO DE
DIRETRIZES NO BRASIL
Demanda dos obtentores
Busca UPOV
Busca outros países
Busca outras fontes (IPGRI, etc.)
Reunião com melhoristas Brasil
Publicação no DOU
1. Objeto
2. Amostra viva
3. Execução dos ensaios de DHE
4. Instrução para preenchimento da Tabela de descritores
5. Tabela de descritores
6. Observações e figuras
CONTEÚDO DE UMA
DIRETRIZ DE DHE
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1. OBJETO
• Diretrizes são específicas para cada espécie, porém:
– Tipos e subespécies dentro de uma espécie
Feijão-de-metro
Vigna unguiculata subsp. sesquipedalis
Rabanete Negro (R. sativus L. var. niger e longipinnatus) X
Rabanete (R. sativus L. var. sativus)
Fonte:regnavdagar.blogspot.com
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Fonte:www.seasonalchef.com
Ordem taxonômica do reino vegetal
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1. OBJETO
• Algumas espécies do gênero
1. OBJETO
– Todas as espécies do gênero (contém cvs interespecíficas)
Chrysantemum spp.
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1. OBJETO
• Algumas espécies de alguns gêneros (contém
cvs. interespecíficas e intergenéricas)
• Ex: Phalaenopsis
• x Doritaenopsis (Doritis x Phalaenopsis)
1. Objeto
2. Amostra viva
3. Execução dos ensaios de DHE
4. Instrução para preenchimento da Tabela de descritores
5. Tabela de descritores
6. Observações e figuras
CONTEÚDO DE UMA
DIRETRIZ DE DHE
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2. AMOSTRA VIVA• Depende:
– P/ países que conduzem DHEs (material p/ o teste)
– Forma de propagação da espécie;
– Quantidade de plantas para compor o ensaio;
– Probabilidade de condução de ensaios suplementares
a serem realizados pelo SNPC;
– Sanidade, representatividade da cultivar.
1. Objeto
2. Amostra viva
3. Execução dos ensaios de DHE
4. Instrução para preenchimento da Tabela de descritores
5. Tabela de descritores
6. Observações e figuras
CONTEÚDO DE UMA
DIRETRIZ DE DHE
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3. EXECUÇÃO DOS
ENSAIOS DE DHE
• Material utilizado: representativo da cultivar, boa
sanidade, germinação;
• Número de ciclos de crescimento (1 a 2): influência
do ambiente, forma propagação e biologia
reprodutiva;
• Ciclo para frutíferas: desenv. veg ou florescimento
até colheita. Avaliações na mesma planta, em
períodos subseqüentes de frutificação;
3. EXECUÇÃO DOS
ENSAIOS DE DHE
• Local (geral 1): minimização efeito ambiental e
consistência na D;
• Delineamento (6 a 600 plantas em 2 ou mais
repetições): tipo de propagação, biologia
reprodutiva, ciclo desenvolvimento (anual, bianual,
perene), espaçamento e densidade das plantas,
área, custo. Alógamas > nº plantas
• Quantas plantas avaliar: tipo de propagação,
biologia reprodutiva
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TrigoCada teste deve incluir
aproximadamente 2000 plantas, que
devem ser divididas em 2 ou mais
repetições
Maçã
Cada teste deve incluir no mínimo 10 plantas
1. Objeto
2. Amostra viva
3. Execução dos ensaios de DHE
4. Instrução para preenchimento da Tabela de descritores
5. Tabela de descritores
6. Observações e figuras
CONTEÚDO DE UMA
DIRETRIZ DE DHE
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4. INSTRUÇÕES PARA
PREENCHIMENTOPlanta: altura
Muito baixa 1
Baixa 3
Média 5
Alta 7
Muito alta 9
Planta: altura
Baixa 3
Média 5
Alta 7
Opções
1 a 9
4. INSTRUÇÕES PARA
PREENCHIMENTO
Vagem: cor
Amarela 1
Verde 2
azul esverdeada 3
roxa 4
Opções
1 a 4
1 2 3 4
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4. INSTRUÇÕES PARA
PREENCHIMENTO
Planta: hábito de crescimento
Ereto 1
Semi-ereto 3
Horizontal 5
Opções
1 a 5
1. Objeto
2. Amostra viva
3. Execução dos ensaios de DHE
4. Instrução para preenchimento da Tabela de descritores
5. Tabela de descritores
6. Observações e figuras
CONTEÚDO DE UMA
DIRETRIZ DE DHE
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• As características a serem escolhidas devem:a)Resultar de um dado genótipo ou combinação de
genótipos;
b)Ser suficientemente consistente e repetível em um dado ambiente;
c)Exibir suficiente variação entre cultivares para estabelecer “Distinguibilidade”;
d)Ser capaz de precisa definição e reconhecimento;
e)Permitir o preenchimento da exigência de uniformidade;
f) Permitir o preenchimento da exigência de estabilidade.
5. TABELA DE
DESCRITORES
• Valor ou mérito comercial:– Característica não precisa ter,
necessariamente, valor comercial;
• Características de valor comercial:– Podem ser usadas se preencherem os
requisitos
– Produtividade, qualidade• São importantes objetivos dos programas
melhoramento
• Nem sempre são apropriadas para descrição (DHE)
5. TABELA DE
DESCRITORES
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5. TABELA DE
DESCRITORES
Critério Fruto: cor Semente: forma Produtividade
a) Combinação de genótipos Sim Sim Sim
b) Consistente e repetível Sim Sim Não
c) variação entre cultivares Sim Sim ???
d) Precisa definição e reconhecimento Sim Sim Não
e) Uniformidade Sim Sim ???
f) Estabilidade Sim Sim ???
VALOR COMERCIAL Sim Não Sim
ACEITABILIDADE Sim Sim Não
Seleção de caracteristica:
percepção do melhorista/mudança
de paradigma
melhoramento x diferenciação
5. TABELA DE
DESCRITORES
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• Características morfológicas:
– Planta (forma, altura, largura)
– Caule (diâmetro, comprimento)
– Folha (comprimento, largura)
– Flor
– Fruto (forma)
– Semente (forma, tamanho)
– Raiz
5. TABELA DE
DESCRITORES
• Características fisiológicas/bioquímicas:– Ciclo de florescimento;
– Ciclo total;
– Conteúdo de certa substância;
– Reação a peroxidase (soja);
– Esterilidade.
• Características especiais:– Resistência a produtos químicos (herbicidas);
– Resistência a doenças;
• Novos tipos de características:– Marcadores moleculares.
5. TABELA DE
DESCRITORES
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• QUALITATIVAS
• São aquelas expressas por estágios descontínuos;
• São auto-explicativos;
• Todos os níveis de expressão devem ser listados;
• Cada formas de expressão deve ser descrita por umúnico estágio;
• Ordem dos estágios não é importante;
• Como regra são características não influenciadaspelo ambiente;
• (ex: ploidia: diplóide (1), triplóide (2), tetraplóide (3)).
5. TABELA DE
DESCRITORES
Branca (1)
Roxa (2)
Soja: Cor de flor
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• QUANTITATIVAS
• Expressão abrange todas a amplitude da variação, deum extremo ao outro. A expressão pode serregistrada numa escala linear unidimensional.
• A amplitude de expressões é dividido em diversosestágios para fins de descrição (ex: comprimento dahaste: muito curto (1), curto (3), médio (5), longo (7),muito longo (9)).
• A divisão tem como objetivo prático permitir umadistribuição ímpar ao longo da escala.
• Não possui grande poder discriminatório. Os estágiosde expressão devem se diferenciar significativamente.
5. TABELA DE
DESCRITORES
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• PSEUDO-QUALITATIVA
• A faixa de variação é ao menos parcialmente contínua, mas variando em mais de uma dimensão.
• Ex: Forma: oval (1), elíptica (2), circular (3), obovada (4))
• Não pode ser adequadamente descrita por apenas definir os dois extremos de uma escala linear.
• De modo similar às QL (descontínua) – portanto PQ –cada nível de expressão deve ser identificado para descrever a amplitude da característica
5. TABELA DE
DESCRITORES
Pseudoqualitativa
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Fonte: www.biologie.uni-hamburg.de
5. TABELA DE
DESCRITORES
• Folha (lâmina,
pecíolo, estípula)
• Inflorescência
• Flor (cálice, sépala,
corola, pétala,
estame, pistilo)
• Fruto ou grão
(colhido)
Ordem cronológica dascaracterísticas (botânica)
• Sementes (material
submetido)
• Plântula
• Planta inteira
• Raiz
• Sistema radicular ou
órgãos subterrâneos
• Caule (caule
principal, ramos)
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5. TABELA DE
DESCRITORES
Representar
níveis de
expressão
Ilustrar características
Determinar o nível de
expressão
Descrições harmonizadas
CULTIVARES EXEMPLO
CULTIVARES EXEMPLO
• Utilizadas para facilitar a avaliação de características;
•Ensaios para indicação de cultivares exemplo;
•Regionalização das cultivares exemplo;
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CARACTERÍSTICAS AGRUPADORAS
• Aquelas que os níveis expressão documentados,
mesmo que registrados em lugares diferentes,
possam ser utilizados para:
a) excluir cultivares conhecidas do ensaio de
Distinguibilidade (D), e
b) para organizar o ensaio de modo que as cultivares
similares fiquem agrupadas
1.Caracteres QL;
2.QN ou PQ que contribuem para “D” entre
cultivares conhecidas a partir de níveis de
expressão documentados em lugares diferentes;
5. TABELA DE
DESCRITORES
5. TABELA DE
DESCRITORES
Soja• Grupo de
maturação ( 0.3)
• Cor da flor (branca
X roxa)
• Cor da pubescência
(marrom X cinza)
• Transgenia
• Resistência ao
cancro da haste
Alface• Cor da semente (branca x
amarela x preta)
• Pigmentação antociânica
na folha (ausente x
presente)
• Início da emissão do
pendão floral sob dias
longos (muito precoce x
precoce x médio x tardio x
muito tardio)
• Reação à Bremia lactucae
(isolado Bl16) (suscetível x
resistente)
Características agrupadoras - Exemplos
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FORMA DE OBSERVAÇÃO E
REGISTRO DAS CARACTERÍSTICAS
• MG: mensuração única de um grupo de plantas oude suas partes;
• MI: mensurações de determinado número deplantas ou de suas partes, individualmente
• VG: avaliação visual mediante uma únicaobservação de um grupo de plantas ou de suaspartes
• VI: avaliações visuais de determinado número deplantas ou suas partes, individualmente
5. TABELA DE
DESCRITORES
FORMA DE OBSERVAÇÃO E
REGISTRO DAS CARACTERÍSTICAS
• V:
– Observações com base nojulgamento do avaliador;
– Além do V, outras observaçõessensoriais (olfato, paladar e tato);
– Incluem uso de pontos dereferência, diagramas, cultivares-exemplo, lado-a-lado, RHS
• M:
– Observações realizadas por meiode escalas lineares e calibradas(réguas, escalas de peso,colorímetros, dias, contagens, etc)
5. TABELA DE
DESCRITORES
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FORMA DE OBSERVAÇÃO E
REGISTRO DAS CARACTERÍSTICAS
• G:– Obtido registro único a partir de
um grupo de plantas;
– Fornece um registroúnico/cultivar;
– Não é possível/necessário usarmétodos estatísticos.
• I:– Diversos registros tomados
individualmente em um nºdeterminado de plantas
– Permite o uso de métodosestatísticos
5. TABELA DE
DESCRITORES
5. TABELA DE
DESCRITORES
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5. TABELA DE
DESCRITORES
1. Objeto
2. Amostra viva
3. Execução dos ensaios de DHE
4. Instrução para preenchimento da Tabela de descritores
5. Tabela de descritores
6. Observações e figuras
CONTEÚDO DE UMA
DIRETRIZ DE DHE
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6. OBSERVAÇÕES E FIGURAS
• (a), (b), (c) ...:
– Explanação adicional para várias
características;
• (+):
– Explanação adicional ou figura/desenho;
• Chave para estádios de crescimento:
– V1, V2, ..., R1, R8
– 0, 10, 16, 20, 100, 200
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OUTROS TIPOS DE
CARACTERÍSTICAS
MARCADORES
MOLECULARES
• Possíveis aplicações:
– Exame de DHE;
– Identificação de uso indevido;
– Identificação de essencialmente
derivadas.
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Obrigado!
(55) 61 3218 2549 / 3218 2923
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