FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA LICENCIATURA
EDUCAÇÃO INFANTIL: UM OLHAR SOBRE A LUDICIDADE
ADRIELI DELISE TOCHETTO
SORRISO – MT
NOVEMBRO DE 2011
FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA LICENCIATURA
EDUCAÇÃO INFANTIL: UM OLHAR SOBRE A LUDICIDADE
ADRIELI DELISE TOCHETTO
Monografia apresentada ao curso de graduação em licenciatura em Educação Física da FACEM, como parte dos requisitos para a obtenção do titulo de professor de Educação Física sob orientação da professora Especialista Adriana Telles Mathias de Camargo.
SORRISO – MT
NOVEMBRO DE 2011
FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA LICENCIATURA
FOLHA DE APROVAÇÃO
EDUCAÇÃO INFANTIL: UM OLHAR SOBRE A LUDICIDADE
ADRIELI DELISE TOCHETTO
Monografia defendida e aprovada em ______de__________de 2011, pela banca
avaliadora:
___________________
Orientador (a)
(FACEM)
___________________
Professor (a) interno
(FACEM)
__________________
Professor (a)
(FACEM)
DEDICATÓRIA
Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter permitido esta conquista e todos os
professores e amigos que me ajudaram e me incentivaram na minha formação
acadêmica.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me permitido esta conquista.
Aos meus pais que sempre me ajudaram e me incentivaram.
Ao meu marido por sempre estar ao meu lado nos momentos mais difíceis.
Aos meus amigos e colegas da faculdade.
A professora Adriana Camargo por tem me ajudado e orientado neste trabalho.
A professora Sonia Maria Lifante por ter me orientado meu projeto no V Semestre.
Aos professores da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida por terem me
recebido e me ajudado a realizar minha monografia.
"Acredito que a primeira função do educador é ensinar a ver, sentir e fazer. Não estamos lidando com robôs, e sim com pequenos seres em plena descoberta do
conhecer e o experimentar."
Vanessa Clariza Pena
Sumário
Resumo.................................................................................................i
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................4
2.1 A HISTÓRIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS.............................................4
2.2 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS.....................................4
2.3 A EDUCAÇÃO FÍSICA DENTRO DA EDUCAÇÃO INFANTIL......................5
2.4 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL....................................................7
2.5 A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA COMO PRATICA PSICOMOTORA.8
2.5.1 O Desenvolvimento Da Tonicidade e Equilibração......................................8
2.5.2 Noção De Corpo, Lateralização e Estruturação Espaço-Temporal............10
2.5.3 A Praxia Global e Praxia Distal..................................................................12
2.5.4 A Estimulação Sensório – Perceptiva – Motora.........................................14
3. MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................16
3.1 TIPO DE PESQUISA.....................................................................................16
3.2 SELEÇÃO DA POPULAÇÃO.......................................................................16
3.3 MÉTODOS E INSTRUMENTOS APLICADOS.............................................16
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS.......................................................17
5. CONCLUSÃO.................................................................................................29
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................30
7. ANEXOS........................................................................................................32
7.1 ANEXO 01.....................................................................................................33
7.2 ANEXO 02.....................................................................................................35
Resumo
¹ Adrieli Delise Tochetto – Licenciada em Educação Física Licenciatura. Lotada na Faculdade Centro Mato-Grossense – FACEM –Sorriso MT
O presente estudo foi desenvolvido junto aos profissionais da área de educação infantil da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, abordando sobre a Educação Infantil: um olhar sobre a ludicidade. Acreditando que neste momento oportuno, temos como profissionais, a responsabilidade de consolidar a base, isto é, de trabalhar diretamente na construção do conhecimento de cada criança que está sob nossas orientações profissionais. O objetivo foi saber qual o nível de satisfação de cada professor com o resultado da pratica da ludicidade, se eles sentiam-se preparados, e tiveram esse conteúdo do ludico em sua formação acadêmica. O estudo foi desenvolvido com 20 professores da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, no município de Ipiranga do Norte MT, que trabalham com a Educação Infantil, a coleta de dados foi através de um questionário com perguntas diretas. Os resultados foram bem importantes, pois vários professores colocam que há pouco material, a apoio dos coordenadores e diretores da escola para se trabalhar com o lúdico, e outros professores ainda colocam que não tiveram essa matéria dentro da sua formação acadêmica e que não se sentem preparados para trabalhar com seus alunos desta forma lúdica, mais todos concordam que o ludico é muito importante para o aprendizado da criança.
Palavras – chave: Lúdico, educação infantil, jogos e brincadeiras
ABSTRACT
This study was conducted with professionals in the field of early childhood education
of the Municipal School Our Lady of Aparecida, addressing on the Early Childhood
Education: a look at playfulness. Believing that this opportune time, as professionals have the
responsibility to consolidate the basis, that is, to work directly in the construction of
knowledge of each child is up to our professional advice. The objective was to know what
level of satisfaction of each teacher with the result of the practice of playfulness, whether they
felt prepared, and had the play that content on your academic background. The study was
conducted with 20 teachers from School District Our Lady of Aparecida, in the municipality
of North Ipiranga MT, working with early childhood education, data collection was through a
questionnaire with direct questions. The results were important because many teachers state
that there is little material, support coordinators and school principals to work for the playful,
and other teachers who did not even put this matter into their academic training and who do
not feel prepared to work with their students in this playful way, most everyone agrees that
the play is very important for a child's learning.
1. INTRODUÇÃO
Este estudo foi desenvolvido junto aos profissionais da área de educação
infantil da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, do município de Ipiranga do
Norte MT. Acreditando que neste momento, temos como profissionais, a
responsabilidade de construir a base, isto é, de trabalharmos diretamente na
construção do conhecimento de cada criança que está sob nossa orientação
profissional.
O presente estudo tem como problema saber o nível de satisfação dos
professores com o resultado da própria pratica da ludicidade na educação infantil; e
como esses professores trabalham com o ludico dentro de suas aulas para um
melhor aprendizado da criança.
Verificar se na opinião deles, eles planejam suas aulas de forma lúdica, se a
escola lhes oferece algum apoio por parte dos coordenadores e diretores da escola,
como materiais suficientes e adequados para trabalhar com a disciplina e, um
espaço físico onde esses professores podem estar desenvolvendo essas atividades,
saber se tiveram esse conhecimento sobre a ludicidade em sua formação, se
procuram ler algum livro, artigo, ou participar de cursos, palestras para melhor
conhecimento sobre o assunto e, se eles realmente sentem-se preparados em
aplicar essa forma de aprendizados em suas aulas.
É impossível continuar justificando a disciplina escolar apenas pelo viés
biológico e desportivo, vez que a Educação Física reconhece as dimensões
psicológicas, afetivas e cognitivas, como influentes para a formação do sujeito e de
sua atuação no contexto sociocultural, como deixa perceber Castellani Filho (1998):
“É da competência da Educação Física, dar tratamento pedagógico aos temas da
cultura corporal, reconhecendo-os como dotados de significado e sentidos porquanto
construídos historicamente”.
Observa-se ainda que as constantes mudanças ocorridas na sociedade
brasileira têm provocado discussões acerca do papel da escola como articuladora de
ações que proporcionem ao sujeito condições para que ele reaja e participe das
transformações sociais (CASTELLANI, 1998).
Segundo Piaget (1975) e Winnicott (1975), conceitos como jogo, brinquedo e
brincadeira são formados ao longo de nossa vivência. É uma forma que cada um
utiliza para nomear a sua brincar. Os autores colocam ainda que, tanto a palavra
jogo quanto a palavra brincadeira podem ser sinônimas de divertimento.
Vygotsky (1984) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do
pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado
cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma
relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.
Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a
coordenação motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à
posição do corpo, direção a seguir e outros; participando do desenvolvimento em
seus aspectos psicológicos e sociais.
Sendo a escola um local onde as tensões sociais devem ser
problematizadas, é de se esperar que ela debata e reconheça os ritmos próprios e
linguagens expostos pelos sujeitos, porquanto são as linguagens construtoras do elo
entre os alunos, a escola e a sociedade.
Estes aspectos preliminares que justificam o interesse pelo valor cultural e
histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras populares ou infantis, na prática
pedagógica da Educação Física, especialmente na educação infantil.
A criança brinca porque brincar é uma necessidade básica, assim como a
nutrição, a saúde e a educação são vitais para o desenvolvimento do potencial
infantil. Para manter o equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, jogar,
criar e inventar. Estas atividades lúdicas tornam-se mais significativas à medida que
se desenvolve, inventando, reinventando e construindo.
Para tanto, investigar as possíveis dificuldades encontradas pelo professor
diante da utilização dos jogos em sala de aula e de como a ludicidade pode
contribuir com todo o processo de aprendizado do aluno, melhorando e repensando
assim a prática pedagógica
Ao levar esse interesse à produção de aulas lúdicas aos alunos da educação
infantil nas aulas de educação física, proponho, concomitantemente, uma reflexão
sobre a metodologia utilizada pelos professores de educação física da Escola Nossa
Senhora Aparecida, assim como maior interesse diante dos gestores em
disponibilizar capacitação aos profissionais desta área e matérias para que os
mesmos possam trabalhar com os alunos, aulas de forma lúdica que possam
despertar no aluno maior interesse pelo estudo e maior concentração e desenvoltura
no âmbito da unidade escolar.
Com esta pesquisa, através dos resultados do questionário, verifiquei que
alguns professores tiveram esse conteúdo em sua formação, e preparam suas aulas
de forma lúdica porque acham muito importante trabalhar com o lúdico nesta fase de
aprendizagem da criança e mesmo sem muitos materiais e apoio da escola, esses
professores se esforçam para conseguir lidar com esse conteúdo, mais também há
vários professores que não tiveram esse conteúdo em sua formação, e não
trabalham diretamente com o lúdico, pois, não se sentem preparadas, por que
acreditam não ter conhecimento e nem materiais.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 A HISTÓRIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
Os jogos e brincadeiras é uma construção humana que envolve fatores
sociais, econômicos e culturais. Para Elkonin (1998), os jogos e a arte, são
atividades que surgiriam em conseqüência do trabalho humano e do uso de
ferramentas.
Elkonin (1998), fala que “é de suma importância esclarecer a atitude do
trabalho em face do jogo ou, se preferir, do jogo em face do trabalho”. Defendendo a
tese de que o trabalho antecede ao jogo, exemplo dos jogos de guerra: “Primeiro
surge à guerra verdadeira, e a necessidade por ela criada, e logo depois, os jogos
de guerra para satisfazer essa necessidade”.
A brincadeira é a porta de entrada da criança na cultura, Elkonin (1998), fala
que sua apropriação passa por transformações histórico-culturais que seriam
impossíveis sem o aspecto sócio-econômico, neste sentido, a história, a cultura e a
economia se juntam formando símbolos culturais, com os quais a criança se
identifica com sua cultura. Os jogos e brincadeiras tiveram ao longo da história um
papel muito importante na aprendizagem de tarefas e no desenvolvimento de
habilidades sociais, necessárias às crianças para sua própria sobrevivência.
Huizinga (1991), também traça uma história dos jogos a partir da relação do
homem com o trabalho. Segundo ele, na sociedade antiga, o trabalho não tinha o
valor que é atualmente, tão pouco, ocupava tanto tempo do dia. Os jogos e os
divertimentos eram um dos principais meios de que dispunha a sociedade para
estreitar seus laços coletivos e se sentir unida, isso se aplicava a quase todos os
jogos, e esse papel social era evidenciado principalmente em virtude da realização
das grandes festas sazonais.
2.2 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
Na sociedade hoje, grande parte dos jogos tradicionais infantis - ciranda
cirandinha, cabra-cega, barra manteiga, queimada, jogo de pião, pedrinhas,
amarelinha, entre outros – que encantam e fazem parte do cotidiano de várias
gerações de crianças, estão desaparecendo devido à influência da televisão, dos
jogos eletrônicos e das transformações do ambiente urbano, ou seja, as ruas e as
calçadas deixaram de serem os espaços para a criança brincar.
Amado (2002), fala da importância dos jogos tradicionais na educação e
socialização da criança, pois brincando e jogando a criança estabelece vínculos
sociais, ajusta-se ao grupo e aceita a participação de outras crianças com os
mesmos direitos, obedece, ainda, às regras traçadas pelo grupo, como também
propõe suas modificações, aprende a ganhar e a perder. Amado (2002) demonstra
que o universo lúdico foi e continua sendo “uma introdução ao mundo nunca uma
lição, mas uma descoberta”. Ele não compreende esse universo como uma simples
imitação dos adultos, mas um universo de magia, mistério e liberdade sem limites.
O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do desenvolvimento
infantil proporcionou um campo amplo de estudos e pesquisas e hoje é questão de
consenso a importância do lúdico. Dentre as contribuições mais importantes destes
estudos, segundo Negrini (1994, p. 41), podemos destacar:
As atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois permitem a formação do autoconceito positivo;
As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mental-mente.
O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;
Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação;
Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.
2.2 A EDUCAÇÃO FÍSICA DENTRO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A educação infantil que se desenvolve em creches e pré-escolas, ganha um
novo sentido no sistema escolar brasileiro, passando a integrar a Educação
Nacional, a partir de dezembro de 1996 quando entrou em vigor a Lei n° 9394/96,
que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB. Esta lei, no
Título V – Dos níveis e das Modalidades de Educação e Ensino.
Capítulo I, da Composição dos Níveis Escolares, em seu art. 21, diz que a
educação escolar compõe-se de dois níveis: I educação básica e II educação
superior. A educação básica, por sua vez, subdivide-se em educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio (BRASIL, 1996).
A educação física tem um papel fundamental na educação infantil, pela
possibilidade de proporcionar às crianças uma diversidade de experiências através
de situações nas quais elas possam criar inventar, descobrir movimentos novos,
reelaborarem conceitos e idéias sobre o movimento e suas ações, é um espaço para
que, através de situações de experiências com o corpo, com materiais e de
interação social as crianças descubram os próprios limites, enfrentem desafios,
conheçam e valorizem o próprio corpo, relacionem-se com outras pessoas,
percebam a origem do movimento, expressem sentimentos, utilizando a linguagem
corporal, localizem-se no espaço, entre outras situações voltadas ao
desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e afetivas (BASEI, 2008).
O corpo da criança fala, cria e aprende com o movimento, onde ela utiliza
isso para se comunicar com outras crianças e o mundo, assim as praticas escolares
devem respeitar compreender e acolher esse universo do infantil, essas culturas
estão embasadas em valores como a Ludicidade, a criatividade nas suas
experiências de movimento (SAYÃO, 2002).
O movimento humano deve ser compreendido como uma linguagem, uma
capacidade expressiva, que vai muito alem desta concepção mecanicista de
movimento, o corpo adquire um papel importante na infância, pois é um modo de
expressão e de vinculação com o mundo, portanto o corpo não pode ser pensado
como uma forma mecânica de movimento, incapaz de produzir novos saberes
(SANTIN, 1987).
A criança ao se movimentar-se deve ser compreendida como um sujeito livre
e autônomo, ou seja, com experiências determinadas de forma especifica e
biográfica. As aulas de educação física infantil devem ser direcionadas a partir de
três âmbitos: a experiência corporal – onde através do expressar-se e do esforçar-se
existe um confronto direto com o próprio corpo em movimento, a experiência
material – que através do explorar e configurar torna-se possível a experimentação
do meio/objeto e a experiência de interação social - que busca entender-se e
comparar-se no sentido de saber relacionar-se com os outros em situações de
movimento (BAECKER, 2001).
2.4 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A evolução lúdica, notadamente, nos primeiros anos de vida mostra que ao
brincar a criança desenvolve a inteligência, aprende prazerosa e progressivamente a
representar simbolicamente sua realidade, deixa, em parte, o egocentrismo que a
impede de ver o outro como diferente dela, aprende a conviver. O lúdico “não está
nas coisas, nos brinquedos ou nas técnicas, mas nas crianças, ou melhor, dizendo,
no homem que as imagina, organiza e constrói” (OLIVEIRA, 2000,).
Nota-se que criar condições para brincá-lo está sendo transferido, cada dia
mais, do núcleo familiar para a esfera institucional mais ampla como creches,
escolas, centros de lazer, etc. No entanto, como a criança aprende a brincar muito
cedo, ela precisa de alguém, de outro significativo, disponível para brincar com ela.
A criança ao ingressar na escola sofre um impacto físico-mental, pois a sua
vida eram exclusivamente dedicadas as brincadeiras, aos brinquedos e ao ambiente
familiar. E a atividade lúdica tem o poder sobre a criança de facilitar tanto o
progresso de sua personalidade integral, como o progresso de cada uma de suas
funções psicológicas, intelectuais e morais.
Com o lúdico espera-se que a criança desenvolva a coordenação afetiva,
coordenação cognitiva e a coordenação motora, movimento, atenção e ao
conhecimento quanto à posição do corpo, ritmo, criatividade, adquira hábitos de boa
atividade corporal, visando ao equilíbrio da saúde dinâmica e desenvolva o espírito
de iniciativa, tornando-se capaz de resolver eficazmente situações imprevistas
(BITTENCOURT & FERREIRA, 2002).
Vygotsky (1984), diz que é brincando e jogando que a criança revela seu
estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, diz também que por meio da
brincadeira, reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio
pensamento, e que a linguagem tem um importante papel no desenvolvimento
cognitivo da criança à medida que a sistematiza suas experiência.
Tanto Vygotsky (1984), como Piaget (1975), falam que o desenvolvimento
não é delinear mais sim evolutivo, é por ai que a imaginação da criança se
desenvolve, uma vez que a criança desenvolve essa capacidade dificilmente ela ira
perde-la. É com a formação de conceitos que se dá a verdadeira aprendizagem e é
no brincar que está um dos maiores espaços para a formação de conceitos.
2.5 A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA COMO PRÁTICA PSICOMOTORA
Prática psicomotora é onde a criança passa a se utilizar da ferramenta do
seu corpo, para explorar, perceber, imaginar, planejar e sentir pode funcionar como
facilitadora para o aprendizado. Pois as atividades se referem às aquisições das
crianças conforme sua maturação neurológica, tornando essa criança apta a
aquisições cada vez mais complexas (GONÇALVES, pág. 75).
Veremos agora quais os benefícios que a brincadeira traz para o
aprendizado das crianças:
2.5.1 O Desenvolvimento Da Tonicidade e Equilibração
A Tonicidade e equilibração determinam os estados posturais, como a
atenção e a vigilância indispensável à aprendizagem da criança, pois a criança até
os dois anos necessita entrar em contato com um universo sensório-motor criando
um repertório de aquisições que estruturarão o sistema simbólico humano; isso é
possível com um sistema postural desenvolvido que garante a criança a liberdade de
explorar o universo ao seu redor e se relacionar com ele (GONÇALVES, pág. 76).
O objetivo das atividades nessa prática é levar a criança a buscar soluções
corporais eficazes quando desorganizadas em suas ações. Quando a criança se
sente em uma situação de desconforto em seu equilíbrio, todo o sistema reticular
entra em ação, buscando uma defesa buscando segurança e controle
restabelecendo sua atitude (GONÇALVES, pág. 76).
Exemplos de brincadeiras para desenvolver esses sistemas funcionais:
Brincadeira 01
Idade: 01 a 02 anos;
Materiais: colchões gordos e colchonetes
Desenvolvimento da brincadeira: a) dispor os colchões pelo espaço da
quadra; as crianças deverão explorar o material e sobre eles: andar; correr; pular;
rolar; arrastar-se. B) andar sobre o colchão gordo, cantando ou ouvindo uma canção
e , quando esta acabar, deixar-se cair, sentando ou deitando. C) andar pelo espaço
disponível ao redor dos colchões, ao sinal sonoro do professor, jogar-se sobre eles.
D) mesmo processo do exercício anterior, subindo e descendo dos colchões,
executando o exercício ora no colchão mais alto, ora no mais baixo. E) cantar
canções com movimento de salto e galope sobre os colchões, variando.
Brincadeira 02
Idade: 01 a 02 anos
Material: escadas, pneus e bancos
Desenvolvimento da brincadeira: a) escadas apoiadas no solo; deixar a
criança as explorar livremente. B) andar colocando os pés no espaço entre os
degraus, usar o cumprimento e a largura da escada. C) colocar a escada apoiada no
solo, com somente um dos lados apoiados no chão para: passar engatinhando nos
espaços entre os degraus (ida e volta), passar por cima da escada, indo de um lado
para o outro, montar sobre a escada, na posição de cavalinho fazer sons de cavalo
para a criança se movimentar no lugar, fazer o cavalinho com deslocamento, indo de
um lado para outro da escada. D) apoiar a escada deitada em dois pneus e andar
colocando os pés no espaço entre os degraus. E) repetir o exercício anterior,
apoiando a escada entre bancos, deixando mais alto e aumentando a dificuldade na
passagem dos pés de um espaço a outro. F) apoiar a escada na parede e ajudar a
subir e descer o primeiro degrau. Quando ela estiver mais segura, estimulá-la a subir
mais alguns, colocando objetivos nos degraus mais altos, que motivem a busca.
Brincadeira 03
Idade: 03 a 05 anos
Materiais: pneus
Desenvolvimento da brincadeira: pneus no chão, espalhados pelo espaço
onde as crianças devem: a) correr ao redor deles e, ao sinal do professor, parar em
pé sobre um deles. B) correr ao redor e, ao sinal subir sobre um deles, juntamente
com um amigo. C) todos devem andar livremente sobre os pneus e, ao sinal pular
para o chão. D) todos devem andar sobre os pneus, e ao sinal abraça um amigo
próximo. E) todos devem andar sobre os pneus e ao sinal ficar no apoio de um pé
só. F) três crianças por vez, elas devem saltar dentro dos orifícios dos pneus e ao
sinal do professor, saltar na lateral externa de cada pneu, sem mudar de lado e
mantendo a mesma distância e ritmo do salto em relação ao amigo, ao novo sinal
sonoro devem voltar novamente e saltar dentro dos pneus.
Brincadeira 04
Idade: 03 a 05 anos
Materiais: blocos de madeira
Desenvolvimento da brincadeira: a) cada criança pega dois blocos a ao sinal
no chão, unidos todos devem correr ao redor dos blocos, e ao sinal do professor
parar em pé cada qual sobre seu bloco. B) correr livremente e ao sinal saltar sobre
os blocos e a um novo sinal parar e saltar e voltar a correr. C) saltar sobre eles
dando méis volta e voltar à posição inicial. D) girar sobre os bloquinhos dando uma
volta completa, tentar não tocar o chão. E) tirar um dos pés, ficando apoiado
somente em um deles, repetir o movimento com o outro.
2.5.2 Noção De Corpo, Lateralização E Estruturação Espaço-Temporal
São onde a criança começa a tomar consciência do seu eu separado do
todo e do espaço que ocupa dentro do seu meio. É nesta fase que devemos ter
muito cuidado, pois a criança estabelece uma dificuldade na aprendizagem, apesar
da criança ter iniciado a vivencia do seu corpo desde cedo, é a partir dos três anos
ate por volta dos cinco que a criança apresenta uma maturação neurológica capaz
de integralizar essas competências perceptivas. Impulsionada pela linguagem a
criança já apresenta um aparato simbólico estrutural e apto a dominar suas ações
psicomotoras que continuarão se ajustando ate o total domínio práxico
(GONÇALVES, pág. 111).
Brincadeiras 01
Idade: 01 a 02 anos
Materiais: colchão gordo, cones pequenos e bolas de borracha
Desenvolvimento da brincadeira: colocar o colchão no meio do espaço
disponível, onde as crianças devem ser estipuladas a: a) correr pelo espaço,
subindo e descendo do colchão. B) ficar sobre o colchão e: andar e parar, como
estatuas; pular e cair sentadas; correr e deitar; rolar de um lado para outro; arrastar-
se; c) apoiar o colchão sobre cones pequenos, onde as crianças devem ser
estipuladas a passar sob ele: arrastando-se de frente e de costas; rolando;
engatinhando; d) deitar sobre o colchão, tocando os pés nele.
Brincadeira 02
Idade: 01 a 02 anos
Materiais: elásticos e bolas de tênis
Desenvolvimento da brincadeira: a) amarrar o elástico e colocá-lo ao redor
dos pés de dois bancos, a uma distancia de 5m um do outro. A altura que o elástico
fica em relação ao chão pode ser alterada, porem deve-se iniciar com 0,3m a partir
do chão, as crianças devem ser estimuladas a: b) explorar o material livremente. C)
passar por baixo do elástico e ir para dentro do espaço formado por eles e voltar
para fora. D) passar por cima dos elásticos e ir para dentro, e voltar para fora. E)
passar para um lado e para outro, cruzando de varias maneiras o espaço formado.
F) rolar por debaixo do elástico para dentro do espaço e sair do outro lado g) o
professor fica de um lado do elástico e as crianças do outro, ele lança as bolinhas
por cima dos elásticos e elas a devolvem da mesma forma h) colocar varias bolinhas
dentro do espaço dos elásticos, lançar as bolinhas para fora e buscá-las.
Brincadeira 03
Idade: 03 a 05 anos
Materiais: cones
Desenvolvimento da brincadeira: colocar cones enfileirados, a uma distancia
de 8 m à frente das crianças elas deverão ser estimuladas a: a) arrastar-se com um
jacaré ate o cone e voltar correndo ate o ponto inicial. B) deitar em decúbito dorsal
com as mãos apoiadas no abdome, o aluno devera arrastar-se no chão de costas,
utilizando somente as pernas e os pés, que empurrarão o solo alternadamente,
voltar correndo ao ponto inicial. C) deitado em decúbito ventral no chão,
paralelamente ao cone, com os braços estendidos acima da cabeça e as pernas
unidas e estendidas, o aluno devera rolar ate o cone e voltar da mesma forma, sem
mudar de posição. D) correr em ziguezague entre os cones e voltar da mesma
forma, fazendo um movimento continuo, ate o professor interromper. E) na mesma
posição alternar o movimento a cada dois cones, executando-o de frente e de
costas, ate o final, voltar da mesma forma. F) idem ao exercício anterior,
movimentando-se lateralmente entre os cones.
Brincadeira 04
Idade: 03 a 05 anos
Matérias: bastão grande
Desenvolvimento da brincadeira: um bastão para cada criança, elas devem
ser estimuladas a: a) segurar o bastão por uma das extremidades, apoiando a
criança escolhe escrever com uma das Mãos aleatoriamente. B) bater o bastão no
solo em todas as passadas, isto é simultaneamente com o pé direito e esquerdo. C)
fazer contagem oralmente ate um determinado numeral conhecido pelas crianças e
somente bater o bastão no chão quando este número determinado for anunciado na
contagem. D) cada criança cria um som próprio com o bastão e ensina aos outros,
todos repetem aos sons aprendidos e formam uma seqüência sonora.
2.5.3 A Praxia Global E Praxia Distal
Cada parte do corpo responde a uma tarefa particular, dando ao movimento
a harmonia e a eficiência necessária (noção de corpo). A criança escolhe escrever
com uma das mãos, enquanto a outra apóia as ações, ela distingue nos símbolos
gráficos seu eixo direito e esquerdo percebendo suas sutis diferenças, também se
organiza em um pequeno espaço, orientando suas ações de acordo com o seu
estimulo e controlando seus movimentos dentro de um micro-espaço, com regras
determinadas de orem, escrevemos da esquerda para a direita e de cima para baixo,
sobre as linhas (estruturação espacial). O cérebro organiza todas essas
experiências pertinentes ao corpo da criança, dando a ela a coordenação necessária
para executar suas tarefas de forma organizada e precisa (praxia global). A mão
com seu controle refinado e ajustado desenham no papel toda a transcendência
desse corpo concreto para o universo abstrato dos símbolos (praxia distal)
(GONÇALVES, pág. 158).
Brincadeira 01
Idade: 01 a 02 anos
Materiais: cones, bancos, elásticos e bambolês
Desenvolvimento da brincadeira: montar a seguinte estrutura na quadra:
quatro cones em uma das extremidades desta, dois bancos colocados nas laterais
centrais, traçando com elásticos, formando um ziguezague e dividindo o espaço ao
meio, vários bambolês espalhados pela outra extremidade da quadra. As crianças
deverão escolher um castelo (cone), ao sinal do professor deverão passar pela
floresta (elásticos) para buscar enfeites (bambolês) para a torre do castelo; as
crianças deverão retornar pelo mesmo percurso e colocar os enfeites (arcos) ao
redor da torre do castelo. Repetir o exercício ate não haver mais enfeites.
Variações: esse exercício pode variar, da mesma maneira que o anterior,
porem deve-se respeitar o grau de desenvolvimento das crianças para estimulá-las
na proporção adequada.
Brincadeira 02
Idade: 01 a 02 anos
Materiais: bastões pequenos, blocos de madeira com furos, sala de aula
Desenvolvimento da brincadeira: montar a seguinte estrutura na sala de
aula: espalhar bastõezinhos pela sala, colocando em lugares mais altos, debaixo de
mesas, em prateleiras, etc.; dois blocos de madeira colocados um em cada canto da
sala. As crianças deverão procurar os bastões pelo espaço e enfiá-los nos buracos
dos blocos, repetirem o exercício ate não haver mais buracos, inicialmente coloca-se
o numero correspondente de blocos e furos; depois se pode variar com mais
bastões e observar as reações das crianças diante dessa nova situação-problema.
Brincadeira 03
Idade: 03 a 05 anos
Materiais: bastão e bolas de borracha.
Desenvolvimento da brincadeira: a) o aluno segura o bastão com as duas
mãos, por uma de suas extremidades, e devera bater na bola, fazendo com que esta
se desloque executar o exercício mantendo braços estendidos, buscando um
movimento bem amplo; b) bastão de um lado e a bola do outro, paralelos, a uma
distancia de 8 m, o aluno devera pegar a bola, correr ate o bastão, deixar a bola e
voltar correndo, trazendo o bastão, repetir o movimento de costas, pulando com os
pés unidos, saltando somente com um dos pés e depois com o outro; c) repetir a
atividade anterior, mas agora, diminuindo a distancia entre os objetos; d) bola no
chão, mãos apoiadas nela, pernas unidas e estendidas para trás mantendo o
abdômen elevado em equilíbrio, elevar lentamente uma das pernas e sustentá-la,
voltar para o chão e repetir com a outra; e) colocar dois bastões lateralmente a uma
pequena distancia o aluno próximo a um dos bastões, com as pernas unidas e
estendidas, devera dar um impulso com a ajuda dos braços e saltar sobre os dois
bastões, tocando o solo com os dois pés ao mesmo tempo.
Brincadeira 04
Idade: 03 a 05 anos
Materiais: bambolês, formas geométricas feitas de EVA.
Desenvolvimento da brincadeira: fazer com folhas de Eva, quadrados e
triângulos, para os círculos usou os bambolês, fazer três cartões pequenos, cada um
com uma das formas geométricas que trabalhamos nos jogos, para uso do
professor, as crianças deverão ser estimuladas a: a) explorar os materiais livremente
durante certo tempo; b) com as formas geométricas espalhadas pelo espaço, às
crianças deverão correr ao redor delas e ao sinal sonoro do professor, deverão parar
dentro de qualquer uma; c) repetir o exercício anterior, mas agora o professor vai dar
o sinal sonoro então ele indicara uma forma geométrica especifica e as crianças
deverão parar dentro da forma escolhida; d) fazer um caminho circular, repetindo a
seqüência de formas geométricas, círculos, triângulos, e quadrados, juntas umas
das outras. Todos se colocam sobre uma forma geométrica escolhida pelo
professor, este ira escolher as figuras aleatoriamente, sem seqüência e as crianças
deverão se deslocar diretamente para a forma escolhida, sem tocar nas outras; e)
usar as formas geométricas para montar figuras diferentes, por exemplo: casinhas,
barco, prédio, carro, etc, deixarem as crianças criarem livremente.
2.5.4 A Estimulação Sensório – Perceptiva – Motora
Esta estimulação faz-se de grande importância no processo de aquisição de
competências indispensáveis as aprendizagens escolares. Desde muito cedo, a
criança deve ser colocada em situações que propiciem o contato com o mundo das
sensações, transformando experiências em aprendizagem e esta em inteligência.
Para a criança, os sentidos são uma importante ferramenta de exploração e de
assimilação do meio. Ela percebe as diferenças textuais e formas de objetos por
meio do tato, e as cores, tamanhos, contornos e o espaço que ocupam pela visão.
Pela audição, aprende os sons que os objetos produzem quando chacoalhados,
manipulados ou quando caem no chão (GONÇALVES, pág. 203).
Brincadeira 01
Pinturas com carinhos
Objetivo: cognição e manipulação
Materiais: livro de historia, carinho de plástico, tinta preta e folhas de sulfite.
Desenvolvimento da brincadeira: a professora conta uma historia, enquanto
todos brincam com os carinhos pelo chão da classe. São espalhadas pela mesa
folhas de sulfite com um pouco de tinta preta derramada sobre elas, às crianças
devem passar os carinhos aleatoriamente sobre a tinta deixando asa marcas das
rodas no papel.
Brincadeira 02
Onde esta o som?
Materiais: um instrumento musical ou objeto que produza som.
Desenvolvimento da brincadeira: no parque, em sala ampla ou na quadra,
uma ou mais crianças escondem-se e começam a produzir som, o restante do grupo
devera encontrá-las orientando somente pelo canal auditivo. Pode-se variar esta
atividade com uma criança por vez ou uma criança de olhos vendados procurando
os sons, ou ainda todos com os olhos vendados, procurando os sons emitidos pelo
professor.
Brincadeira 03
Discriminação auditiva
Materiais: flautas, caxixi, maracás
Desenvolvimento da brincadeira: inicialmente as crianças exploram os
diferentes sons de cada instrumento, num segundo momento são explorados o
barulho e o silêncio, isto é, com o comando, da professora eles devem tocar os
instrumentos e com um novo comando devem parar de tocá-los. Com variações da
atividade, pedem-se as crianças que escolham um instrumento e comecem o
trabalho de intervalo de som: devem tocar durante um período e parar em outro, a
partir da marcação da professora, cria-se um ritmo e ora toca-se um instrumento, ora
outro.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 TIPO DE PESQUISA
O presente estudo será realizado por uma pesquisa Direta. A pesquisa
Direta caracteriza-se pela busca de dados diretamente da fonte de origem, por meio
de métodos e instrumentos cientificamente comprovados para coleta de dados dos
fatores verificados (MATTOS, ROSSETTO E BLECKER, 2004), no qual haverá um
questionário sobre o nível de satisfação dos professores em trabalhar a ludicidade
que será respondido pelos professores da escola Municipal Nossa Senhora
Aparecida.
Cervo e Bervian (2002) afirmam que o questionário é a forma mais utilizada
para coletar dados, possibilitando medir com exatidão o que se deseja.
3.2 SELEÇÃO DA POPULAÇÃO
Este estudo será realizado com professores que trabalham na educação
infantil, do município de Ipiranga do Norte MT, que atuam na Escola Municipal
Nossa Senhora Aparecida.
Esta amostra será de forma procedimental a qual será dirigido um
questionário com perguntas diretas.
O estudo terá como amostra 20 professores, com faixa etária de 24 a 35
anos de idade, domiciliada no município de Ipiranga do Norte – MT.
3.3 MÉTODOS E INSTRUMENTOS APLICADOS
Foi realizado um questionário para investigar o nível de satisfação do
professor com a forma como a ludicidade é aplicada nas aulas da educação infantil,
abordando os motivos que levam o professores a trabalhar ou a não trabalhar o
lúdico dentro da disciplina. Os dados relativos ao estudo serão obtidos através de
um questionário, que será composto por perguntas fechadas e abertas.
6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Os gráficos apresentados a seguir traduzem aos fielmente aos resultados
obtidos através dos questionários citados.
Gráfico 01:
Este gráfico mostra que 70% dos professores entrevistados tiveram o
conteúdo da ludicidade aplicado a educação infantil; e 30% dos professores
entrevistados não tiveram o conteúdo da ludicidade dentro da educação infantil.
70%
30%SIM
NÃO
Gráfico 02:
Este gráfico mostra que 70% dos entrevistados tiveram no conteúdo de
ludicidade jogos, cantigas, brincadeiras, brinquedotecas e outras. E 30% dos
professores entrevistados não responderam, pois não tiveram este conteúdo em sua
graduação.
Gráfico 03:
O gráfico 03 mostra que 100% dos professores entrevistados já leram
algum tipo de livro, artigo, revistas que falam sobre o lúdico
30%
70%
Não responderam pois não tinham conhecimento
Jogos, Cantigas, brincadeiras, Brinquedoteca, e outras
Gráfico 04:
Este gráfico mostra que 90% dos professores entrevistados já participaram
de algum curso, ou alguma capacitação para trabalhar com o lúdico, e 10% dos
professores entrevistados não participaram de nem um curso apenas leram algo a
respeito.
90%
10%
Sim
não
Gráfico 05:
Este gráfico mostra que 40% dos professores relatam que a escola
proporciona flexibilidade da abertura nos planos de ensino, para a inclusão desta
forma de ensino, e 60% dos professores responderam que sim, pois a escola exige
a especialização de novas maneiras para se trabalhar o lúdico.
40%
60%
sim, sem justificativa
Sim, A escola exige a especializacao de novas maneiras para trabalhar o ludico
Gráfico 06:
Este gráfico demonstra que 80% dos professores disseram que a escola dá
incentivo para se trabalhar a atividade lúdica, e 20% dos professore relataram que a
escola não proporciona incentivo para se trabalhar a atividade lúdica.
80%
20%
Sim
Não
Gráfico 07
Este resultado apresenta que 70% dos professores entrevistados disseram
que tem espaço suficiente, e materiais suficientes para as aulas, e 30% dos
professores entrevistados relataram que a pouco espaço físico, e pouco material
para se trabalhar com aulas lúdicas.
70%
30%
Sim
Pouco
Gráfico 08:
Baseado nos resultados apresentados no gráfico mostra que 80% dos
professores entrevistados falaram que os materiais mais importantes são os jogos,
livros, casas de teatro, bolas, brinquedotecas, argila, canudos e outros, e 10% dos
professores entrevistados falaram que os blocos lógicos, quebra cabeças, livros de
literatura, fantasia são os materiais mais importantes, e 10% dos professores
entrevistados falaram que CD de música, CD de história também são muito
importantes para se trabalhar o lúdico.
.
80%
10%
10%
Jogos, Livros, casas de teatro, bolas, brinuedotecas, argila, canudos.
Bloco lógico, quebra-cabeça,literatura.
CD de musica, CD historia e outros.
Gráfico 09:
Conforme os resultados apresentados foi possível verificar que 90% dos
professores entrevistados planejam suas aulas de forma lúdica, e 10% dos
professores entrevistados não planejam suas aulas de forma lúdica, pois não se
sentem preparados e possuem pouco conhecimento para lidar desta forma.
90%
10%
Sim
Não
Gráfico 10:
Outro dado importante a ser apresentado é que 70% dos professores
entrevistados falaram que todos os temas podem ser trabalhados de forma lúdica,
basta a predisposição e conhecimento do professor, e 30% dos professores falaram,
que vários temas não são trabalhados por falta de materiais.
70%
30%
Todos os temas são trabalhados de forma ludica, basta conhecimento do professor planejar.
Varios, por falta de recursos
Gráfico 11:
Este gráfico mostra que 70% dos professores entrevistados falaram que o
lúdico é importante, pois com o lúdico a criança aprende mais, e 20% apenas
falaram que sim e 10% responderam que sim, pois é a maneira da criança vivenciar
suas experiências.
70%
20%
10%
Sim, pois com o ludico a criança aprende mais.
sim
sim, pois é a maneira da criança vivenciar suas experiencias.
Gráfico 12:
Este gráfico mostra que 50% dos professores entrevistados falaram que não
se sentem satisfeitos, pois há poucos materiais para se trabalhar com o ludico, e
40% dos professores se sentem satisfeitos, pois se esforçam para conseguir
materiais para dar suas aulas, e 10% não estão satisfeitos, pois não se sentem
preparados.
Com os resultados podemos analisar que 70% dos professores tiveram esse
conteúdo em sua formação acadêmica, e apenas 30% dos professores não tiveram
esse conteúdo, a maioria dos professores falou que os jogos, cantigas, brincadeiras,
brinquedotecas foram os conteúdos que eles viram dentro da ludicidade, e que os
materiais mais importantes alem destes conteúdos são também os livros, casas de
teatro, bolas, argila, canudos, blocos lógicos, quebra cabeça, livros de literatura, CD
de musicas, CD de historias e outros, os professores que não tiveram esse conteúdo
eles afirmam que já leram algum livro, artigo, revista, ou ate mesmo já participaram
de algum curso sobre a ludicidade, pois a escola da incentivo apesar de ter um
espaço físico muito bom, há poucos materiais para ajudar os professores, mais
mesmo assim a escola pede uma especialização de novas maneiras para se
40%
50%
10%
sim, Pois me esforço para conseguir materiais para dar aula.
Não, poucos materiais.
Não, pois não se sentem preparados
trabalhar com os alunos; pois os professores disseram que a ludicidade é muito
importante porque é desta forma que a criança aprende mais e é uma forma da
criança vivenciar suas experiências; Mas mesmo assim ainda tem professores que
não trabalham o lúdico, por falta de materiais, e por alegarem que não estão
preparados para trabalhar desta forma com as crianças.
7. CONCLUSÃO
O presente estudo mostrou com os resultados foi possível verificar que
poucos professores tiveram o conteúdo da ludicidade em sua graduação, que muitos
se sentem despreparados para trabalhar o lúdico em suas aulas, por motivos de não
ter materiais suficientes na escola, por falta de incentivo dos coordenadores e
diretores e por terem estudado essa disciplina, mas há professores que mesmo sem
preparo e condição se esforçam para pesquisar, e ir atrás de materiais para montar
suas aulas de maneira lúdica.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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movimentar-se e suas contribuições no desenvolvimento da criança, Centro de
Educação da Universidade Federal de Santa Maria, Brasil, 2008.
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Municipal de Lazer, Esporte e Educação Física Escolar, Santa Maria/RS, 2001.
BITTENCOURT, G. R. & FERREIRA, M. D. M. A importância do lúdico na
alfabetização, Universidade de Unama, Belém/Pará, 2002.
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Educação Nacional. Lei n° 9.394/96, publicada no DOU de 23/12/1996, Seção I, p.
27839. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1996.
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nosso tempo. Campinas, SP, Autores Associados (coleção Polêmicas do nosso
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CERVO, A. L; BERVIAN, P. A. Fundamentos da metodologia cientifica. 4. Ed.
São Paulo: Atlas, 2001.
CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987.
ELKONNIN, D. Psicologia do Jogo. São Paulo: Martins Fontes, 1998
GONÇALVES, Fátima. Do Andar ao Escrever um Caminho Psicomotor. Cajamar
SP, Editora cultural RBL, LTDA.
HUIZINGA, J. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 1991. NEGRINE, Airton.
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MATTOS, M.G; JUNIOR, A. J. R; BLECHER, S. Teoria e prática da metodologia
da pesquisa em Educação Física. São Paulo: Phorte, 2004. 162p.
OLIVEIRA, V.B. (ORG). Introdução In: O brincar e a criança do nascimento aos
seis anos. Petrópolis: Vozes, 2000.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
SANTIN, S. Educação Física: uma abordagem filosófica da corporeidade. Ijuí:
Unijuí, 1987.
SAYÃO, D. T. “Infância, prática de ensino de Educação Física e Educação
Infantil”, in: VAZ, A. F, 2002.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
WINNICOTT, D.O. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
9. ANEXOS
7.1 ANEXO 01
QUESTIONARIO
Data de nascimento: Sexo: Graduação na: Especialização em: 1- Você teve em sua graduação a disciplina ou conteúdo sobre a ludicidade aplicado
a educação infantil?
( ) sim ( ) não
2- Quais os itens abordados na disciplina? E quais temas não foram abordados e
que faz falta?
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________________________________
3- Você já leu (livros, artigos científicos, artigos, revistas, etc) que tratem sobre o
tema ludicidade?
( ) sim ( ) não
4- Você já participou de algum curso ou capacitação de como trabalhar a ludicidade?
( ) sim ( ) não
5- Na escola em que você atua há abertura nos planos de ensino, para a inclusão
desta forma de trabalho?
( ) sim ( ) não
Por que:_______________________________________________________
6- Na escola em que você atua há incentivo por parte da direção ao ser trabalhado
as atividades de forma lúdica pedagógica?
( ) sim ( ) não
7- Na escola em que você atua há espaço físico e materiais suficientes para se
trabalhar sob este enfoque?
( ) sim ( ) pouco ( ) não
8- quais os materiais considerados importantes?
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________________________________
9- Você planeja suas aulas de forma lúdica?
( ) sim ( ) não
10- Quais são os temas não trabalhados de forma lúdica?
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________________________________
11- Você considera que este conteúdo é importante para o desenvolvimento do
aluno?
( ) sim ( ) pouco ( ) não
Por que:_______________________________________________________
12- Você se sente satisfeito com a forma que utiliza a ludicidade em sua pratica
diária?
( ) sim ( ) não
Por quê?_______________________________________________________
7.2 ANEXO 02:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIMENTO
Você foi selecionado (a) e está sendo convidado (a) para participar da pesquisa
intitulada: EDUCAÇÃO INFANTIL: UM OLHAR SOBRE A LUDICIDADE, que tem como
objetivos: Analisar como a ludicidade é trabalhada pelos professores nas aulas de
educação infantil da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida.
Suas respostas serão tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, em nenhum
momento será divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo. Quando for necessário
exemplificar determinada situação, sua privacidade será assegurada uma vez que seu nome
será substituído de forma aleatória. Os dados coletados serão utilizados apenas NESTA
pesquisa e os resultados divulgados em eventos e/ou revistas científicas.
Sua participação é voluntária, isto é, a qualquer momento você pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento.
Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição que forneceu os seus dados, como também na que trabalha. Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder as perguntas a serem
realizadas sob a forma de questionário. Você não terá nenhum custo ou quaisquer compensações financeiras. Não haverá riscos de qualquer natureza relacionada à sua participação. O benefício relacionado à sua participação será de aumentar o conhecimento científico para a área de Educação Física. Sr (a) receberá uma cópia deste termo onde consta o celular/e-mail do pesquisador responsável, e demais membros da equipe, podendo tirar as suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento. Desde já agradeço! Adrieli Delise Tochetto Cel.: (66)96645566 E-mail: [email protected] MSN: [email protected] Sorriso, ____ de _______________ de 2011. Declaro estar ciente do inteiro teor deste TERMO DE CONSENTIMENTO e estou de acordo em participar do estudo proposto, sabendo que dele poderei desistir a qualquer momento, sem sofrer qualquer punição ou constrangimento. Sujeito da Pesquisa: ______________________________________________ (assinatura)