Download - EBD JUERP 2013
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Em conversa com o líder
Olá, amigo professor,
Esperamos que esta revista encontre você em um tempo de muito âni-mo para iniciarmos mais um trimestre juntos, compartilhando e testemu-nhando a Palavra do Senhor aos queridos adolescentes de nossas igrejas.
o tema deste trimestre é “Parábolas vivas” e é uma oportunidade ímpar para trabalharmos, cuidadosamente, a cada domingo, os ensina-mentos do Mestre Jesus por meio das histórias por ele contadas. Se as histórias contadas nas parábolas realmente aconteceram, não importa, o que importa são os ensinamentos que Jesus quis enfatizar em cada uma delas.
Na DCC, teremos três unidades tratando sobre os seguintes temas: o signi� cado da ressurreição de Jesus; família, uma instituição divina e a éti-ca do corporalidade. Se sua igreja não reúne seus adolescentes para estuda-rem essa parte da revista, sugiremos que você incentive seus adolescentes a lerem os estudos em casa, pois foram preparados com muito carinho e sua leitura é enriquecedora, ainda que não possa ser discutida em um grupo.
Já é o quarto mês do ano e daqui a pouco já encerraremos o primeiro semestre. Incentive seus adolescentes, a cada dia, a serem mais parecidos com Jesus. Esta é a meta de todo o cristão. Esperamos que essa revista seja uma ferramenta de contribuição para alcançar esse alvo.
Envie-nos suas sugestões ou críticas sobre a revista. Receberemos com prazer.
Que Deus os abençoe neste trimestre e sempre.
2 – Liderança
2 3 – Liderança
Su má rio
Diálogo e Ação – Professor é uma revista destinada a
professores de adolescentes (12 a 17 anos) na Escola
Bíblica Dominical e aos líderes na Divisão de Crescimento
Cristão, contendo orientações didáticas e outras matérias
que favorecem o seu trabalho em busca do crescimento
do adolescente nas mais diferentes áreas
Publicação trimestral doDepartamento de Educação Religiosa da
Convenção Batista BrasileiraCGC (MF): 33.531.732/0001-67
EndereçosCaixa Postal, 39836130
Rio de Ja nei ro, RJ Tel.: (21) 2157-5557
Direção Geral
Coordenação Editorial
RedaçãoCarlos Daniel
Produção Editorial
DistribuiçãoEBD-1 Marketing e Consultoria Edi to ri al Ltda.
LITERATURA BATISTA
Nossa missão:
igrejas batistas no cum pri men to de sua missão como comunidade local”
Diálogo e Ação
Em conversa com o líder
Expediente
Recurso para o trimestre
Música do trimestre
Para ser sal
Tema do trimestre
Reunião de planejamento
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3
Calendário tri mes tral
19 – Dia do índio: promover uma reunião de oração pelas comunidades indígenas ou por algum missionário especí� co que esteja traba-lhando numa dessas regiões. Esses dados pode-rão ser adquiridos no site www.jmm.org.br
28 – Dia da EBD: durante a semana de 22 a 28, orientar a classe para entrar em contato com os adolescentes faltosos e os que se afas-taram da EBD ou da igreja para convidá-los a participar da EBD no domingo seguinte. Para que haja um maior interesse poderá ser reali-zado um café bem gostoso um pouco antes do início da EBD.
28 – Dia mundial de oração: combinar um horário para que os adolescentes orem em casa ou marquem um horário para uma reu-nião de oração na igreja.
30 – Dia nacional da mulher: a classe de adolescentes deve confeccionar algumas lem-branças para serem entregues às mulheres da igreja e, principalmente, para as visitantes. Datas alternativas para o programa podem ser domin-go, dia 28 de abril, ou sábado, dia 4 de maio.
Maio Junho
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D S T Q Q S S
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Abril
Abril
Agenda do trimestre
Maio
1 – Dia do trabalhador: confeccionar um painel versando sobre algumas pro� ssões do atual mercado de trabalho.
5 – Dia batista de ação social: elaborar com os adolescentes, durante a semana, uma coleta de mantimentos, remédios e roupas para serem doados à ação social da igreja.
12 – Dia das mães: promover uma confra-ternização com as mães de adolescentes, alguns minutos antes de iniciar a EBD. Entregar às mães uma lembrança dos adolescentes.
2 – Dia do homem batista: elaborar com os adolescentes uma lembrança para ser entre-gue a todos os homens da igreja e orar por to-dos os homens batistas do Brasil.
9 – Dia do pastor: preparar uma homena-gem para o pastor.
12 – Dia dos namorados: realizar um jantar na igreja para que todos os adolescentes participem.
Junho
4 – Liderança
Indicações para o trimestre
1
2
3 Dicionário internacional de teologia do Novo Testamento. Edições
4 Mateus – O Evangelho do reino
5 Dicionário da Bíblia
6 ELWELL, Walter. Enciclopédia histórico-teológica da igreja cristã
7 Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
8 Manual Bíblico
9 Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida.
10 As anotações da Bíblia de D. L. MOODY
11 Comentário Bíblico Moody
Batista Regular. Vol. 4.
12 Os ensinos de Jesus: o Evangelho de Marcos
13 Comentário esperança do Evangelho de Mateus. Editora
Evangélica Esperança.
14 Meditações no Evangelho de Lucas. Editora Fiel.
15 Curar também é tarefa da igreja. CPPC.
4 5 –
Recurso do trimestre
6 – Liderança
Hino do trimestre
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Certa vez, um acampamento de meninos no Sítio do Sossego recebeu o professor Bellan como preletor. Depois de contar algu-mas histórias com o seu boneco fa-lante, ele apresentou outra mensa-gem ilustrada, que, para mim, foi a mais sensacional. Tomando um giz branco na mão, chamou um me-nino de olhos vivos e irrequietos, de aproximadamente nove anos. Entregou o giz na mão do garoto e mandou que ele fizesse um traço no quadro de giz.
O menino olhou de soslaio para a sua turma e não se fez de rogado. Encarou o quadro, com as mãos nos quadris, como a calcular bem a sua arte. Depois, num gesto rápido, fez um risco torto no quadro, começan-do com um semicírculo, prosseguin-do com vários ângulos seguidos, ter-minando com pontos e traços.
Olhou novamente para a sua obra e foi sentar-se, sob aplausos. Com toda a calma e segurança, o professor tomou o giz e começou a trabalhar, enquanto falava sobre
o que Deus pode fazer da vida de uma criança. Em poucos minutos, tomando como base o traço irregu-lar feito pelo menino, o professor desenhou uma linda paisagem com palmeiras, lago, montanha, hori-zonte, garças e sol poente.
Para ser sal
A mão do artista
“O menino olhou de
soslaio para a sua
turma e não se fez
de rogado. Encarou
o quadro, com as
mãos nos quadris,
como a calcular bem
a sua arte. Depois,
num gesto rápido,
fez um risco torto no
quadro, começando
com um semicírculo,
prosseguindo com
vários ângulos
seguidos, terminando
com pontos e traços”
8 – Liderança
Ao completar-se o trabalho, o traço feio e sem sentido havia de-saparecido dentro de um quadro realmente lindo. O menino voltou à frente, olhou bem para o quadro, perplexo, como que a perguntar:
— Cadê o meu risco torto?Não é precisamente isso que
faz o Supremo artista? Quando entregamos o giz em suas mãos e o
deixamos tomar o traço irregular e sem sentido da nossa fraqueza como ponto de partida e conduzir o restante da nossa vida, ele pode fazer um belo quadro.
Um dia, olharemos para trás e perguntaremos: onde está aquele feio traço de uma vida torta e sem sentido? Terá desaparecido como um detalhe insignificante no qua-dro que ele desenhou.
Vamos! Entregue o giz da sua vontade nas mãos do Senhor. Dei-xe-o trabalhar em sua vida conforme o seu querer. Enquanto você teimar em segurar o giz, sua vida será uma sucessão de traços tortos e descone-xos. No momento em que Jesus se tornar o Senhor de sua vida, talvez você não o perceba de pronto, mas uma nova e linda paisagem come-çará a ser desenhada pela mão do Artista. A propósito, não me lembro quem foi que acrescentou uma quar-ta estrofe ao hino 175,P\ dizendo: “Cristo, bom Mestre, eis meu que-rer: Tu és o oleiro, barro sou eu; que-bra e transforma, até que, en� m, tua vontade se cumpra em mim”.
___________________Texto extraído do livro Parábolas Vivas: o ninho da corruíra e outras
historias, do Pr. João Falcão Sobrinho, Editora Exodus, SP.
“Entregue o giz da
sua vontade nas
mãos do Senhor. Dei-
xe-o trabalhar em
sua vida conforme
o seu querer.
Enquanto você
teimar em segurar
o giz, sua vida
será uma sucessão
de traços tortos
e desconexos. No
momento em que
Jesus se tornar o
Senhor de sua vida,
talvez você não o
perceba de pronto,
mas uma nova e
linda paisagem
começará a ser
desenhada pela mão
do Artista”
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Tema do trimestre
Parábolas vivas
Neste trimestre, estaremos ana-lisando algumas parábolas de Jesus que se encontram em Mateus e Lu-cas. O melhor entendimento deste estilo literário requer a apreensão de dados importantes sobre o mun-do da época de Jesus, sobre as carac-terísticas dos personagens em cada parábola, bem como a identi� cação do contexto das passagens para (e só após) aplicá-las à vida de cada ado-lescente. O tema do trimestre apresenta, entre os assuntos principais, o mundo romano na época de Jesus e dados so-bre os Evangelhos de Mateus e Lucas. As demais informações podem ser li-das nas informações complementa-res dos planos de aula de cada lição.
O mundo romano
na época de Jesus
Na arte e na arquitetura, os romanos se destacavam nos monu-mentos duráveis como pontes, arcos, aquedutos, teatros, balneários e, sem falar, nas estátuas. A música e o te-
atro serviam para divertir o povo e foi por meio deles que a degradação moral se expandiu em Roma. A are-na servia para estimular a agressivi-dade e a brutalidade do povo. Havia corridas de bigas, jogos olímpicos e outras formas igualmente violentas de entretenimento. Os romanos não se interessavam muito pela ciência e pela história. Os escravos que levavam as crianças até as escolas e as buscavam eram cha-mados de paidagogos (pedagogos) e, quando necessário, ensinavam. As matérias básicas eram a literatura e a aritmética. Em Estados mais adian-tados, eram estudados poetas gregos e latinos, bem como as formas de ex-pressão. A oratória só passou a ser es-tudada mais tarde. Em Atenas, Ro-des, Tarso e Alexandria havia univer-sidades onde os � lósofos itinerantes, ou peripatéticos, ensinavam enquan-to caminhavam. Só os jovens mais ricos podiam estudar nessas escolas. Ali, eles também estudavam leis, ma-temática, astronomia, medicina, ge-ogra� a e botânica.
10 – Liderança
O baixo padrão moral de Ro-ma pode ser lido em Romanos 1.18-3.20. A depravação sexual era muito comum nos rituais religiosos.
A vida humana não tinha muito valor e, por isso, havia tantos assas-sinatos. O divórcio era recebido fa-cilmente e aprovado pela sociedade. Havia corrupção política, devassidão, fraude no comércio, dolo e supersti-ção religiosa. Havia agiotagem, con-forme consta em Mateus 25.14-30 e em Lucas 19.12-27, que era uma ma-neira comum de aumentar o dinheiro. A língua o� cial do império roma-no era o latim, mas era mais utiliza-do no Ocidente. No Oriente, a lín-gua comum era o grego, os habitan-tes da Palestina falavam, além do gre-go, o aramaico e o hebraico.
Parábolas
O vocábulo parábola signi� ca co-locar algo ao lado de outra coisa para fazer uma comparação. Esta compa-ração é desenvolvida mediante uma narrativa entre dois fatos para expli-car o que é desconhecido, sempre vi-sando a um � m prático. Este era um método comum no Oriente. Por meio das historietas conta-das é fornecida uma lição de moral, mostrando assim, com um fato re-al, concreto e vívido, a sua surpre-endente lição. A parábola oculta a verdade que pretende ensinar. Os detalhes da vi-da real, constituídos de fatos familia-res, atuam como se fossem as moldu-ras de um quadro, formando a ima-gem na mente dos ouvintes. Jesus falava em parábolas e uti-lizava as verdades apresentadas em forma de uma historieta para con-frontar os judeus e seu coração en-durecido, mostrando os seus erros. Por isso, o importante de uma pa-rábola é descobrir o propósito con-tido nela. Toda parábola contém um signi� -cado expresso nela, seja no início, no meio ou no � m. Mas, para entendê--la, é preciso perceber todo o contex-to envolvido nela, quem são os seus ouvintes e quais são os personagens apresentados.
“O vocábulo parábola
significa colocar algo ao
lado de outra coisa para
fazer uma comparação.
Esta comparação é
desenvolvida mediante
uma narrativa entre
dois fatos para explicar
o que é desconhecido,
sempre visando a um
fim prático. Este era
um método comum no
Oriente”
11
As parábolas contidas no Novo Testamento possuem três categorias:
1 Parábolas autênticas – Usam a ilustração do dia a dia, retratam ver-dades evidentes a respeito da nature-za humana. São contadas, usualmen-te, no presente e, por isso, são facil-mente compreendidas;
2 Histórias em forma de parábo-las – Referem-se a um acontecimen-to, em particular, que teve lugar no passado; o interesse não está na nar-rativa mas na verdade transmitida;
3 Ilustrações – Apresentam exemplos a serem imitados ou evita-dos. Elas servem como modelo, mos-trando o caráter e a conduta do indi-víduo apresentado.
O Evangelho de Mateus
Da mesma forma que os outros Evangelhos, Mateus não é uma bio-gra% a de Jesus. Entretanto, em cada um dos Evangelhos há uma sequên-cia natural de eventos desde o nas-cimento até a ressurreição. Nota-se que não há uma preocupação nos de-talhes que envolvem a vida, a infân-cia e os detalhes físicos de Jesus. Is-to acontece porque os autores dos Evangelhos estão mais preocupados em falar do ministério de Jesus até a
sua ressurreição e cada um tem um propósito especí% co. Em Mateus, há um interesse na história e nos eventos reais. A reali-dade do Evangelho depende da rea-lidade histórica dos acontecimentos que cercam a vida, a morte e a ressur-reição de Jesus. Por causa da sua fé, Mateus mostra a salvação de Deus, por meio do ato vicário de Cristo. Mostra também que Jesus é o Mes-sias, o Cristo esperado por Israel. O povo de Israel esperava um Mes-sias que restaurasse a nação de Israel de uma forma política, um grande lí-der que governaria o mundo e lhes devolveria a independência política. Acredita-se que este Evangelho tenha sido escrito próximo à guerra judaico--romana, que estava sendo ocasiona-
“Jesus falava
em parábolas e
utilizava as verdades
apresentadas
em forma de
uma historieta
para confrontar
os judeus e seu
coração endurecido,
mostrando os seus
erros. Por isso, o
importante de uma
parábola é descobrir
o propósito
contido nela”
12 – Liderança
da por nacionalistas fanáticos que de-sejavam introduzir o reino messiâni-co de forma precipitada e forçosa, an-tes da destruição do templo. Mateus tenta mostrar à comunidade judaico--cristã que Jesus é o Messias, mas não o Messias político que esperavam e, sim, um servo que sabe conviver com as pessoas. Jesus é o Cristo, o verda-deiro rei messiânico, a esperança de Israel e de todo o mundo. Este é o pro-pósito especí� co e central do Evange-lho de Mateus. Nota-se que o autor se preocupou em utilizar um sentido claro e expla-nativo para que fosse facilmente adap-tado para a leitura em público, como se fosse uma forma litúrgica.
Dentro do propósito do Evan-gelho há uma ênfase querigmática, isto é, sobre o conteúdo da prega-ção, do evangelismo. Ele preserva to-dos os elementos da pregação apos-tólica primitiva. Há interesse não só em evangelizar os judeus (10.5,6; 15.24) mas, também, os demais po-vos (8.11; 24.14; 28.19). Por isso, há uma demonstração do cumprimento da profecia por meio da descendên-cia davídica, do nascimento, da vida, da morte, da ressurreição, da ascen-são e da promessa da volta. A narrativa encontrada em Mateus serve para ajudar os cristãos judeus a entenderem quem é Jesus Cristo, que é sempre apresentado como o verdadei-ro Messias de Deus. Em todo o Evan-gelho de Mateus Jesus é apresentado como o Mestre, sendo demonstrada a sua capacidade de ensino (7.28,29; 8.19; 9.11; 12.38; 17.24; 19.16; 26.18) como, também, a sua autoridade. Je-sus é o Mestre por excelência e profe-ta dentro dos moldes de Deuteronô-mio 18.15,18. Esse profeta deveria ter a mesma autoridade de Moisés, mas nunca ser um novo ou o que dá uma nova lei (5.21,22,27,28,31,32,38,39). Jesus cumpre a Lei de Moisés e ressal-ta o propósito original dela. Jesus tam-bém é apresentado como o Filho de Deus (14.33; 16.16; 27.54). O Evangelho relata que Jesus pre-fere ser chamado de “Filho do ho-
“Dentro do propósito
do Evangelho há uma
ênfase querigmática,
isto é, sobre o
conteúdo da pregação,
do evangelismo. Ele
preserva todos os
elementos da pregação
apostólica primitiva.
Há interesse não só em
evangelizar os judeus
(10.5,6; 15.24) mas,
também, os demais
povos (8.11; 24.14;
28.19)”
13
mem”, conforme consta em Daniel 7.13-18, do que Messias. O Filho do homem realizou o ministério como servo dando a vida e não tirando a vi-da dos inimigos de Israel. Mediante este título, Jesus cumpre as promes-sas feitas a Abraão, estabelece o tro-no de Davi para sempre, tem autori-dade para trazer todas as nações sob o seu justo domínio, cria um novo povo e estabelece o reino de Deus. Isto signi� ca que ele é tudo o que a lei pretendia que um Messias fosse. O Sermão do Monte, muito bem retratado por Mateus em seu Evan-gelho, mostra que Jesus veio “cum-prir a lei e não destruí-la” (5.17); mostra que a lei é para uma ques-tão de humanização e não egoísmo; é uma questão que parte do interior para o exterior e não apenas exterior. Signi� ca que todos deviam ouvi-la e também pô-la em prática (7.23,24). As parábolas contidas neste Evange-lho servem para explicar o sentido presente do reino dos céus. O Evangelho de Mateus foi escrito para os judeus cristãos que estavam em Antioquia, para mostrar que Je-sus é o Messias prometido no Anti-go Testamento, conforme a lei, aque-le que era esperado por eles. Os ensinos de Jesus contidos nes-te Evangelho são pedagogicamente organizados. O conteúdo ético e a ênfase sobre o discipulado mostram
que este Evangelho mais parece um manual para cristãos judeus recém--convertidos, � rmando-os na fé.
O Evangelho de Lucas
O Evangelho de Lucas narra a his-tória de Jesus (vida, ministério, mor-te e ressurreição) como algo cumpri-do no tempo. No início do Evange-lho encontram-se os vários porquês de sua escrita:
1) Certeza dos fatos históricos – Foi escrito para que Teó� lo veri� cas-se a solidez dos ensinamentos que ha-via recebido (1.4); para mostrar que não era algo especulativo ou inven-
“O Sermão do Monte,
muito bem retratado
por Mateus em seu
Evangelho, mostra
que Jesus veio
“cumprir a lei e não
destruí-la” (5.17);
mostra que a lei é
para uma questão
de humanização e
não egoísmo; é uma
questão que parte
do interior para o
exterior e não apenas
exterior”
14 – Liderança
tado, mas que era realmente um fato ocorrido, uma história, pois havia tes-temunhas oculares. Por isso, foi escri-to o que se cumpriu entre eles e con-forme eles receberam de informações desde o início, dessas testemunhas e dos ministros da Palavra. 2) Modo ordenado – Não sig-nifica uma ordem cronológica, mas uma ordem que fizesse com que Te-ófilo entendesse toda a história, tu-do o que aconteceu e acreditasse que era verdade. Isto significa que o autor pesquisou bastante e fez uma investigação de tudo desde o iní-cio a fim de escrever uma narrativa bem lógica, planejada e estruturada. 3) Judaico-cristão – Nota-se que Lucas, no seu Evangelho e em Atos, re-lata que há um problema teológico e ideológico, de exclusividade e impar-cialidade que separavam o judaísmo e o cristianismo. Ele sempre mostra uma possível comunhão entre ambos, já que o cristianismo nasceu do judaísmo e es-tava tornando-se universal. As narrativas do nascimento e da infância de Jesus mostram que o cris-tianismo nasceu do meio judaico e que Jesus é o Messias esperado pelos judeus e anunciado pelos profetas. Mostra também que Jesus foi criado de acordo com a piedade judaica, cir-cuncidado ao oitavo dia após o nas-
cimento (2.21), apresentado no tem-plo (2.22-24), reconhecido por du-as autoridades do judaísmo ortodoxo da época (o justo Simão e a profetisa Ana). Quanto à sua natureza (2.25-38), obediente à Lei do Senhor, gos-tava de estar no templo (2.39-50) e, ' nalmente, honrava pai e mãe, sen-do-lhes submisso em tudo (2.51,52). É relatada a universalidade do seu ministério e o propósito divino de salvação mediante a pregação e ensi-namentos nas sinagogas para todos (4.14-30). Mostra que os judeus não o aceitaram e o expulsaram da sina-goga e do templo (4.28,29; 19.41-48; 23.1,2) por causa do egoísmo. Lucas faz questão de a' rmar que o cristianismo não é nenhuma ameaça política à autoridade governamental romana e que por eles foi considera-do inocente (20.20-26; 23.4,18-23). João Batista foi o seu precursor e con-' rmou a profecia de Isaías 40.3-5. Lucas narra uma exortação feita por João Batista aos judeus que tra-balhavam para os romanos, para não serem injustos, mas justos e íntegros na sua pro' ssão, sem faltar com a le-aldade ao Estado (3.12-14; 19.1-10). Apresenta o reino de Deus como sendo um reino transcendente e espi-ritual e, por isso, não constitui nenhu-ma ameaça ao império romano. Mos-tra que a morte de João é uma questão ética e moral judaica e também uma
15
questão política (3.19,20). Na acusa-ção do sinédrio contra Jesus � ca bem claro que ele é assassinado pela ques-tão religiosa, intriga, egoísmo e exclu-sividade dos judeus (23.1-25). Lucas mostra que os líderes judeus não entendiam as Escrituras e, por is-so, agiam de forma errônea. Apresen-ta o Antigo Testamento como sendo cumprido na pessoa de Jesus. 4) Parousia – O autor narra a res-peito de um dos maiores problemas enfrentados pelos cristãos, que era a demora da volta de Jesus Cristo. Já que muitos estavam duvidando de que vol-taria, conforme 2Pedro 3.4, ele escreve fazendo uma interpretação acerca das palavras de Jesus sobre a consumação. Tenta mostrar que do mesmo modo que o Messias havia demorado para os antigos, também aconteceria com eles, mas ocorreria no tempo certo. Is-so motiva a esperança na vinda do rei-no de Deus e ainda destaca que esse rei-no é uma realidade a ser vivida na vida de cada um, como foi com Jesus Cristo.
Entendendo
as parábolas
Para que o professor da EBD entenda as parábolas de Mateus e Lucas contidas nas lições da revista Diálogo e Ação, é preciso determinar seu contexto.
É preciso entender que elas são explicações, feitas por meio de com-parações com figuras da vida real, para uma pessoa ou um grupo de pessoas. É uma tarefa simples iden-tificar o início e o término das pa-rábolas e, consequentemente, des-cobrir a quem elas estão sendo di-rigidas. Um bom exemplo para isto está na parábola conhecida do filho pródigo, que se encontra em Lucas 15.11-32. Dentro destes capítulos (textos) de Lucas, Jesus é questionado por vá-rias pessoas, sem contar as que esta-vam ao seu redor e apenas ouviam. Todos os personagens do texto em que a parábola está inserida ajudam a elucidar o sentido dela. Em cada lição deste trimestre es-taremos fazendo isto e destacando alguns pontos importantes, mas o professor poderá descobrir outras coisas importantes e aplicá-las, con-forme o contexto, ao dia a dia dos adolescentes.
“Todos os
personagens do
texto em que a
parábola está
inserida
ajudam a elucidar
o sentido dela”
16 – Liderança
EBD – Visão geral
Parábolas vivasObjetivos:
ao povo que o reino de Deus era chegado entre os homens. Estas parábolas estão con-
preender melhor os ensinos do Mestre aos seus discípulos e aos seus ouvintes.
Estudos da EBD
Lição 1
Lição 2
Lição 3
Lição 4
Lição 5
Lição 6
Lição 7
Lição 8
Lição 9
Lição 10
Lição 11
Lição 12
Lição 13
Autor dos planos de aula
17
7 de abril
PLANO DE AULA 1
De� nindo parábolas
Marcos 4.10-12
as próprias palavras.
gênero literário parábola na Bíblia.
texto da parábola está inserido.
so para o evangelismo pessoal no dia a dia.
e as parábolas do Antigo Testamen-to que foram citadas na lição;
amarelo, vermelho ou verde);
Para este estudo, sugerimos a divisão em grupos, a explosão de ideias e a produção escrita. O pro-fessor deverá dirigir a reunião, feita em círculo, e anotar as principais ideias que forem apresentadas pelos adolescentes. A seguir, o professor deverá explicar o que é parábola e qual a importância de percebê-la nos textos bíblicos.
antecedência e preparar o ambien-te da sala para a explosão de ideias, colocando as cadeiras em formato circular.
Antigo Testamento, em local visível.
ideias deve levar, no máximo, 20 minutos.
18 – Liderança
-rábola, utilizar giz colorido: azul – início do texto; vermelho – texto da parábola; amarelo – término do texto.
-tes as folhas de papel ofício, junta-mente com lápis e borracha ou ca-netas, para escreverem uma parábo-la (tempo estimado de 10 minutos).
1 Iniciar lendo a ilustração con-tida na seção Para re#etir e explicar que este estilo literário é uma pará-bola contemporânea. Demonstrar sua utilidade na evangelização.
2 Iniciar a explosão de ideias.
Pedir que alguns adolescentes co-mentem a ilustração apresentada
e destaquem os pontos que acham importantes. Explicar como estas ilustrações ajudam a ensinar a Bíblia e como são úteis na evangelização.
3 Dividir a classe em cinco gru-pos. Distribuir entre eles os textos do Antigo Testamento apresentados na lição que contêm parábolas, da se-guinte maneira: Grupo 1 – Juízes 9.8-20; Grupo 2 – Isaías 51; Grupo 3 – 2Samuel 12.1-4; Grupo 4 – 2Samuel 14.6; Grupo 5 – 1Reis 20.35-42.
4 Pedir a cada grupo, após a lei-tura dos textos, para apresentar os signi+cados básicos dos textos estu-dados.
5 À medida que cada grupo for lendo as parábolas, o professor deve �xar o cartaz que traz as passagens correspondentes às parábolas lidas.
Parábolas no Antigo Testamento
Parábola
de Jotão
Parábola
da vinha
Parábola
de Natã
Parábola Parábola do
9.8-20 12.1-41Reis 20.35-42
6 De�nir gênero literário con-forme consta no Dicionário Au-rélio: nas obras de um artista, de uma escola, cada uma das categorias que se de�nem e classi�cam segun-
do o estilo, a natureza ou a técnica. Gênero literário é a origem das di-versas combinações que formam as características de um texto e que é constituído de elementos internos
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uma verdade. Mostrar que para haver esse entendimento é preciso perceber o contexto integral da pa-rábola, isto é, onde o texto bíblico que a contém inicia e onde termina.
11 Encerrar pedindo que os gru-pos apresentem uma parábola escri-ta por eles para ensinar uma verdade bíblica.
12 Despedir a classe orando e pedindo a Deus por sabedoria para entender as lições deste trimestre. Pedir a cada adolescente para orar por seus professores durante a se-mana, para que Deus os capacite no preparo dos estudos.
– Para entender as parábolas é preciso en-tender o acontecimento histórico que é apresentado no texto, ou seja, onde ela inicia, quem está envolvi-do, qual a região em que está sendo contada, onde o texto termina. Em Marcos 4.10-12, percebe-se que estes versículos não podem ser vis-tos separadamente do contexto no qual estão inclusos. Marcos 4.10 narra que com Jesus estavam os dis-cípulos e outras pessoas, O contex-to deve trazer informações sobre o
(tema, estrutura e formas próprias de expressão) e elementos externos (ambiente e contexto), os quais fa-zem parte do contexto vivido pelo autor da obra.
7 Explicar que a parábola é um gênero (estilo) literário usado antes da época de Jesus. Mostrar o quadro feito pelo Dr. Pierson (consta na li-ção da EBD) que apresenta uma das formas de agrupar as parábolas de Jesus por temas.
8 Iniciar uma nova explosão de ideias. Desta vez, sentados em cír-culo, os alunos devem opinar sobre o propósito das parábolas contadas por Jesus. Depois de considerar al-gumas opiniões, explicar que as pa-rábolas serviram para anunciar àque-las pessoas a vinda do reino de Deus.
9 Mostrar que, hoje, os pasto-res utilizam o mesmo método lite-rário para explicar sobre o reino de Deus, quando contam uma ilustra-ção em seu sermão. Neste momen-to, o professor deverá relembrar a ilustração da seção “Para se'etir”, mostrando como serviu para pren-der a atenção deles.
10 Explicar aos adolescentes que Jesus contou parábolas para as pes-soas com a intenção de ensinar-lhes
20 – Liderança
que e a quem foi ensinada, em que local ocorreu etc. Marcos 4.11,12 mostra que até mesmo para os ou-vintes de Jesus o entendimento das parábolas era determinado por um contexto maior, que extrapola a história em si.
– Em Marcos 4.1pode-se ver que Jesus estava à beira do Mar da Galileia quando ini-
ciou seus ensinamentos (3.31-35; 4.35-5.1). O versículo 11 mostra claramente que, após Jesus ter con-tado a parábola, os seus discípulos não entenderam o signi$ cado dela. Nas explicações, Jesus inclui mais três parábolas dentro de um mesmo texto. O mais importante é que a explicação da parábola do semeador encontra-se no próprio texto (4.13-20).
“Para entender as parábolas é preciso entender
o acontecimento histórico que é apresentado
no texto, ou seja, onde ela inicia, quem está
envolvido, qual a região em que está sendo
contada, onde o texto termina”
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14 de abril
PLANO DE AULA 2
As parábolas do reino
Mateus 13.44-52
reino de Deus começa ao aceitar Je-sus como Salvador.
por Jesus que falam sobre o reino.
nos dos valores cristãos.
bons e ruins será feita por Deus no dia do juízo.
$ nanceiros;
apresentando a divisão da parábola dos peixes bons e ruins;
a aula.
Para esta lição, sugerimos uma di-nâmica de louvor, seguida de divisão
em pequenos grupos, explosão de ideias e exposição. Cada grupo re-presentará a parábola que lhe couber conforme apresentada na lição. Após as apresentações feitas pelos alunos, sugerimos a utilização do recurso visual, por meio das propagandas de investimento $ nanceiro, acompa-nhada por nova explosão de ideias, direcionando a aula para a ênfase te-mática da lição.
que a igreja promove atividades evan-gelísticas.
pagandas de investimentos $ nancei-ros, bancários ou de outras institui-ções $ nanceiras, evitando repetições.
participação dos grupos e para a $ xa-ção do cartaz e das propagandas.
meiros alunos que chegarem à classe.
período devocional (hino e oração).
22 – Liderança
-car o início do texto e o término, as parábolas e os textos onde se apresen-tam (tempo máximo: cinco minutos)
forma prática e rápida. A divisão, a análise dos textos pelos grupos e a interação do relator devem ser feitas no prazo de 20 minutos.
-são de idéias (após a apresentação das propagandas) devem ser feitas dentro de cinco minutos.
os dias atuais e a exposição do cartaz com a devida análise devem ser feitas, no máximo, em 15 minutos.
1 hora.
1 Iniciar a aula com um período devocional, cantando uma música.
2 Dividir o quadro em três partes, cada uma representando uma das se-guintes parábolas: parte 1: Mateus 13.44 – Tesouro escondido; parte 2: Mateus 13.44,45 – Pérola; parte 3: Mateus 13.47-52 – Rede. Apresentar aos alunos o con-texto literário da parábola, que abrange os versículos 1 a 53 do capítulo 13 de Ma-teus, conforme o exemplo abaixo:
As parábolas do reino
Início Parábolas Texto Término
Mateus 13.1
13.1-23
Mateus 13.53
Trigo e joio 13.24-30
Grão de mostarda e fermento 13.31-35
Tesouro escondido 13.44
Pérola 13.45,46
Rede 13.47-52
Ênfase
3 Dividir a classe em três grupos. Cada grupo deve nomear um relator. Distribuir para os grupos os textos refe-rentes às três parábolas citadas na lição: Grupo 1 – O tesouro escondido; Gru-po 2 – A pérola; Grupo 3 – A rede.
4 Determinar o tempo para uma explosão de ideias, feita em cada gru-
po, sob a orientação do relator, sobre as propagandas de investimento '-nanceiro que foram separadas pelo professor.
5 Fixar as propagandas no mural ou na parede e questionar sobre qual deles é o melhor investimento para se ter uma vida segura e tranquila.
23
6 Iniciar uma nova explosão de ideias, a partir das opiniões dadas pelos alunos para explicar que as três parábolas da lição deste domingo se referem a um investimento maior e melhor para a vida do ser humano.
7 Explicar aos adolescentes a importância de pregar o evangelho, entregar folhetos, aconselhar alguém com a Palavra de Deus. Fazer uma comparação entre esta atitude com a ênfase da lição (o tesouro mais valioso para a humanidade – a salvação) e explicar que isto é uma parábola atu-al sobre o reino de Deus.
8 Apresentar o cartaz com a ta-bela da divisão referente à parábola da rede ou dos peixes bons e ruins, conforme a lição apresenta:
TextoParábola dos peixes
bons e ruins ou da rede
Mateus
13.47-50
Símbolo
RedeMensagem de
Jesus
MarMundo
habitado
Pescadores Cristãos
Peixehumanos
Julgamento
divino
9 Explicar que esta parábola é, também, uma realidade para os dias de hoje e incentivar os adolescentes a participarem, mais efetivamente, do evangelismo da igreja e a evangeliza-rem onde estiverem.
10 Mostrar que os cristãos, inclu-sive os adolescentes, já encontraram seu tesouro e que agora têm como compromisso com Deus pregar o evangelho às demais pessoas.
11 Apresentar aos adolescentes os dias da semana que têm atividades evangelísticas e desa%á-los a partici-parem dessas atividades.
12 Encerrar orando, pedindo a Deus ousadia e sabedoria para que os adolescentes tornem-se “pescadores de almas”, comprometendo-se com a evangelização.
– Confor-me foi apresentado na seção “Tema do trimestre”, este Evangelho é volta-do para os judeus. A ênfase do texto de Mateus envolve o meio judaico.
– Apresenta a impor-tância da sabedoria contida na Lei de Deus.
24 – Liderança
– Uma expressão conhecida no meio judaico que representa o reino de Deus. Na li-teratura rabínica, a noção de reino é considerada como o exercício da soberania de Deus, por meio de sua lei, em toda extensão do curso da história humana. Para eles, quem aceitava a soberania de Deus sobre sua vida deveria obedecer e praticar a lei.
– Segundo Provérbios 2.1-4, o maior tesouro a ser encontrado era a sabedoria dada por Deus e que estava inserida na sua lei.
– Exaltação a quem adquirisse a sabedoria dada por Deus (Pv 4.1-8).
– Era a segunda pro-! ssão do povo comum na época de Je-sus. Era muito conceituada porque os pescadores supriam um dos alimen-tos mais importantes da dieta comum e, também, eram considerados muito piedosos pelo povo.
– Uma referência à huma-nidade (Ez 4.10). A seleção dos pei-xes ocorria porque os judeus conside-ravam os peixes que não continham escamas ou barbatanas como sendo imundos (Dt 11.29).
– Pro! ssionais que se dedicavam ao estudo das Escrituras e tinham como trabalho o desenvolvi-mento teórico da lei para incluir no-vos casos, o ensino gratuito aos seus discípulos e a administração prática dela nos tribunais, nos quais se as-sentavam como juízes ou assessores.
“Tesouro escondido –
Segundo Provérbios
2.1-4, o maior tesouro
a ser encontrado era a
sabedoria dada por
Deus e que estava
inserida na sua lei”
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21 de abril
PLANO DE AULA 3
A parábola do bom samaritano
Lucas 10.25-37
próximo na parábola do bom sama-ritano.
desprezar outras pessoas.
frequenta.
próximo em nossos dias.
dar um bom testemunho.
lho, azul e amarelo);
AMOR AO PRÓXIMO;
soas que são discriminadas pela so-ciedade em geral.
Para esta lição, sugerimos a reali-zação da aula mediante apresentação de artigos ou $ guras que apresentam a realidade de pessoas que vivem ao redor de cada igreja. Esta técnica é útil se for acompanhada da técnica de divisão em grupos ou em duplas e também da técnica da dramatização. O professor será o mediador dos possíveis debates que poderão surgir. Esta lição também utilizará a técnica de perguntas e respostas, buscando a interatividade com os adolescentes.
Pesquisar nas redondezas da igre-ja a existência de pessoas discrimina-das pela sociedade ou separar artigos no jornal ou revista que descrevem tais pessoas.
Fixar no mural da sala os artigos, fotos, reportagens sobre o tema da pesquisa.
26 – Liderança
Fazer o cartaz em papel manilha e escrever com caneta pilot vermelha e com letras grossas e grandes.
A divisão em grupos pode ser fei-ta na hora ou com antecedência, para economizar tempo. O mais impor-tante é que esta divisão tem que ser re-alizada de forma criativa e dinâmica.
A divisão em grupo, a encenação e a exposição de ideias devem ocor-rer no limite de 20 minutos.
A segunda explosão de ideias tem o tempo previsto de 20 minutos da aula.
Resumir as de�nições sobre o amor ao próximo e escrevê-las, com letras legíveis, no quadro.
Os comentários sobre os tipos de líderes religiosos serão feitos em torno das características apresenta-das na parábola. Observar que não devem ser citados nomes.
1 Iniciar o estudo com uma ora-ção. Pedir que os alunos leiam o tex-to de Lucas 10.25-37.
2 Dividir a classe em grupos ou em duplas (dependendo da quanti-dade de participantes, sendo que as duplas funcionam melhor com tur-mas pequenas). No caso da divisão em grupos, há necessidade de indicar ou pedir que cada grupo nomeie um líder. Cada grupo deverá comentar
sobre o fato descrito na parábola como se estivesse acontecendo nos dias de hoje podendo ser realizada uma pequena encenação, caso a clas-se seja dividida em grupos.
3 Após a encenação de cada gru-po ou da exposição dos comentários relacionados à parábola, apresentar os artigos ou reportagens de pessoas que vivem na mesma situação do via-jante da parábola e que vivem perto da igreja ou na cidade (será muito importante se o professor apresentar situações de pessoas que vivem pró-ximas à igreja, sem foto).
4 Perguntar qual a primeira atitude que deve ser tomada em re-lação às reportagens feitas ou �guras apresentadas, com base na parábo-la. Caso ninguém responda que é o amor ao próximo, o professor falará sobre esta expressão e apresentará o cartaz contendo tal expressão.
5 Iniciar nova explosão de ideias pedindo para de�nirem o que é o amor cristão e anotar as ideias principais no quadro.
6 Relacionar o amor cristão com a parábola do bom samaritano e destacar cada personagem que apa-rece. Neste momento, deve-se apre-sentar, no quadro, um organograma
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em que a ligação ao necessitado (via-jante) será feita por meio da palavra amor. Eis um exemplo:
NECESSITADO
AMOR
SACERDOTE
SAMARITANO
LEVITA
7 Continuar com a explosão de ideias e pedir que os adolescen-tes comentem sobre o tipo de líder religioso (apenas os títulos, não ci-tar nomes), hoje, que poderia ser identi�cado com cada personagem da lição destacada no organograma e escrever abaixo de cada uma, com um giz de outra cor (vermelho) para dar destaque.
8 Comparar, por meio das ati-tudes de cada líder religioso apresen-tadas na lição, as atitudes que temos percebido no meio cristão e pedir que os adolescentes imaginem o seu nome no local do líder religioso.
9 Perguntar aos adolescentes: Como é possível atuar de manei-ra diferente para com estas pessoas apresentadas nos artigos ou �guras, hoje?
10 Pedir que eles enumerem as atitudes que precisam ser tomadas para que haja esta mudança e ano-tá-las no quadro com giz colorido (amarelo).
11 Enfatizar o tema central da li-ção que é o amor ao próximo, apre-sentar novamente o cartaz contendo esta expressão e mostrar que o amor cristão de hoje pode ser apresentado por meio das práticas cristãs para com os demais.
12 Fixar o cartaz à frente dos adolescentes em local bem visível.
13 Destacar que cada adolescen-te da sua igreja é responsável pelo testemunho diante das pessoas que necessitam de carinho e atenção.
14 Incentivar os alunos a evange-lizarem as pessoas com as quais convi-vem, por meio do testemunho e a par-ticiparem do evangelismo da igreja.
15 Desa�ar os adolescentes a pra-ticarem as boas atitudes que o sama-ritano teve e explicar que qualquer atitude parecida com as dos demais personagens, citados na parábola, não faz parte do reino de Deus.
16 Encerrar mostrando a impor-tância do bom testemunho e que por
28 – Liderança
Ilustração de
Gustave Doré
acerca da
Parábola do
Samaritano,
quando este traz
o homem ferído
para ser atendido.
meio de suas atitudes eles podem fa-zer diferença na vida de muitas pes-soas que ainda não conhecem Jesus.
Estrada – Jesus utilizou uma es-trada que iniciava em Damasco, pas-sava por Cafarnaum, Nazaré, Sama-ria e chegava a Jerusalém, e que era pouco utilizada pelos judeus.
Escrito na lei – A resposta do doutor da lei estava baseada no cre-do judaico (shemá – ouvir, entender e praticar) recitado ao iniciar o culto na sinagoga.
Sacerdote – Posição e função mui-to distinta para um judeu. O sacerdote era o mediador dos sacrifícios a Deus, guardião do culto e membro indispen-sável da comunidade. Era escolhido e consagrado para ser o representante
do povo perante Deus, mas na época de Jesus apenas usufruía dos benefícios da posição e ignorava o povo.
Levitas – Responsáveis pelas fun-ções dos sacerdotes na época de Moi-sés, mas após o exílio tornaram-se aju-dantes dos sacerdotes. Conheciam as leis de Deus e deviam praticá-las.
Samaritano – Moradores da ci-dade construída por Onri, conforme consta em 1Reis 16.24-32 e que foi conquistada pelos assírios (povo que costumava repovoar tais cidades com povos misturados para evitar rebeli-ões). O problema existente entre os samaritanos e os judeus encontra-se em Neemias 7. Com o passar dos tempos, os judeus agregaram a este fato a questão do samaritano ter sido resultado da mistura dos que & caram na terra no tempo da invasão babi-lônica.