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preciso tomar cuidado com o antropomorfismo (conceitos humanos atribudos a Deus) do Antigo Testamento em relao as aes divinas, questionado j pelos seus escritos, especialmente os de J, Eclesiastes e Jonas, alm disso superado pelo Novo Testamento.Em primeiro lugar, devemos entender o Antigo Testamento como uma evoluo pedaggica e catequtica at o Novo Testamento, onde tudo se esclarece em Jesus do que no pode ser esclarecido pelo Antigo. Feito isso, passamos a outra etapa na qual preciso uma boa compreenso do sofrimento para entender aquilo que decorre do pecado pessoal como inevitvel consequncia de sua ao (toda ao gera uma reao), sabendo ser isso uma atribuio direta ao ato do prprio pecador, e no de Deus (se entenda bem); e o sofrimento que decorre como fruto da culpa universal (todo homem pecou, exceto Cristo e Maria), ou seja, trata-se das consequncias do pecado original como vemos no livro de Gnesis: o sofrimento, toda espcie de mal, destruio e morte no mundo em sua decorrncia, e que no se tratam de males pessoais, individuais, mas que independem do prprio indivduo, da sua bondade ou maldade, assim como um indivduo justo, bom, santo e com uma gama de virtudes passa por um cncer, ou se v diante de uma catstrofe natural, ou de um meteoro que cai na sua cabea (rs), etc.O Novo Testamento supera essa mentalidade de castigo enquanto atribuio direta a vontade de Deus. Inclusive pelo Catecismo da Igreja se esclarece acerca da decadncia da criao no pela vontade direta de Deus, mas pelo pecado do homem, seja universal ou individual. Deus estabeleceu a liberdade para isso, para que homem opte por am-lo livremente (pois s pode s-lo assim ou seria falso amor) ou opor-se a Ele. E da o homem pela culpa universal que estabeleceu o estar fora de Deus e o sofrimento como carncia desse sumo bem, e pela culpa individual, o reafirma. preciso tomar muito cuidado. Esse campo muito perigoso e tem muitas armadilhas conceituais. Se errar numa afirmao, prepara-se o gatilho para atirar contra outros conceitos e verdades fundamentais.Inclusive, metafisicamente (filosoficamente) falando, no pode jamais ser objeto direto da vontade de Deus o sofrimento e o mal do homem, pois Deus sumamente bom por essncia e no poderia contradizer seu prprio Ser. Ento, o sofrimento e o mal s podem ser originrios do livre arbtrio do homem, insisto, seja por culpa universal, seja por culpa individual.Por isso, bom interpretar melhor as Sagradas Escrituras para evitar esse grave equvoco, interpretando-as sempre pelo Magistrio da Igreja (ou seja, por seus documentos, decretos e pronunciamentos), e no por nossas impresses pessoais e subjetivas, para no cairmos no mesmo erro da prtica protestante.


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