Download - Doenças do pericárdio
Considerações gerais
Principais Causas - 1 Infecciosas:
Virais: (entrovírus, mononucleose, varicela, hepatite B, influenza)
Bacterianas:
Especificas: Tuberculose
Inespecíficas: Purulentas
Micóticas: histoplasmose, candidíase, paracoccidioidomicose
Parasitárias: amebíase, toxoplasmose, filariose etc.
Principais Causas - 2 Doenças autoimunes:
Febre reumática
LES
Artrite Reumatóide
Esclerodermia
Metabólicas:
Uremia
Mixedema
Gota
Principais Causas - 3 Pós IAM:
Aguda: ocorre nas primeiras 72h
Tardia: 30 a 180 dias após. (Síndrome. Dressler)
Traumática:
Fechado: acidente automobilístico
Aberto
Síndrome pós-pericardiotomia
Principais Causas - 4 Neoplasias:
Primárias: mesotelioma (rara)
Secundárias:
Neoplasia de pulmão ou de mama, leucemias e linfomas
Linfoma não Hodgkin, sarcoma e tumor de Wilms -crianças
Pós-radioterapia:
Medicamentos:
Hidralazina, isoniazida, procainamida, hidantoina
Pericardite Aguda Definição:
Síndrome inflamatória aguda do pericárdio, de etiologia variável, sem aumento significativo do liquido pericárdico, acompanhada de dor e atrito pericárdico
Sintomas e Exame Físico: Sintomas: Dor precordial continua, que piora com a respiração e
tosse e alivia com a posição de “prece maometana”.
Mal estar e febre
28% relatam antecedentes de IVAS
Exame físico: Atrito pericárdico: Melhor audível na posição sentado com o tórax fletido para
frente
Componentes sistólico e diastólico (2)
Rude, “couro novo”
Exames complementares RX de Tórax:
Habitualmente normal.
Aumento da área cardíaca (derrame > 250ml)
Coração em moringa ou frasco de Erlenmayer nos grandes derrames.
Exames Complementares Eletrocardiograma:
Exames Complementares Ecodopplercardiograma:
Define a presença do derrame e pode estimar seu volume
Características do derrame pode sugerir sua etiologia
Imprescindível se houver necessidade de drenagem
Exames Complementares
Exames Complementares Laboratório:
Pesquisa da etiologia
Leucopenia
Elevação da PCR, VHS, TGO, DHL
NÃO AUMENTA TROPONINA
Diagnóstico DiferencialPericardite Aguda Síndrome Coronariana
Inicio Súbito Gradual, crescente
Localização Subesternal ou precordial esquerdo
Qualquer ponto dentro da zona de irradiação
Irradiação Trapézio ou idêntica dor isquêmica
Ombros, braços, pescoço, mandíbula e dorso, exceto região trapezoidal
Qualidade Em pontada, aguda, monótona, opressiva
Em “peso” ou queimação
Relação com a Inspiração Piora Sem influência
Duração Persistente Intermitente. < 30 min
Relação com a posição Piora com movimento Sem influência
Postura Piora deitado, melhorasentado ou inclinado para frente
Sem influência
Nitroglicerina Sem influência Alivio
Tratamento Repouso no leito
Anti-inflamatórios:
AAS 300 a 600mg/dia a cada 4-6h
Ibuprofeno : 300 a 800mg a cada 6 a 8h por 4 dias
Corticosteroides: colagenoses
Não usar anticoagulantes
Antibióticos se necessário
Derrame pericárdicoSintomas e Exame Físico Sintomas: Dor incaracterística ou assintomático
Exame Físico: Desaparece o atrito pericárdico
Hepatomegalia dolorosa
Estase jugular se acentua a inspiração profunda
Ascite e baixo débito cardíaco com hipotensão
Fraqueza muscular e oligúria
Bulhas hipofonéticas ou inaudíveis
Tamponamento cardíaco – pulso paradoxal
Pulso paradoxal
Derrame PericárdicoExames complementares
RX Tórax: Área cardíaca variável
Coração grande sem congestão pulmonar
Eletrocardiograma: Alterações semelhantes às da pericardite
Efeito dielétrico
Alternância elétrica
Ecocardiograma: Tamponamento
Inspiração: VD VE
Expiração profunda: VD VE
Derrame pericárdico
Derrame pericárdicoTratamento Indicações de drenagem:
Evolução prolongada
Sem diagnóstico fisiológico firmado
Casos com toxemia que sugere acumulo purulento
Punção terapêutica no tamponamento
Aspecto do líquido:
Amarelo citrino: virais e tuberculose
Purulento: bacterianas inespecíficas
Hemorrágicos: neoplasias
Derrame pericárdicoPericardiocentese
Derrame PericárdicoExame do Líquido Exames bacteriscópicos e de cultura: Aeróbios, anaeróbios, fungos e Bacilo de Koch
Exames Citológicos: Células neoplásicas e leucócitos
Neutrófilos aumentados: viral e TB (fase inicial)
Mononucleares aumentados (fase tardia)
Piócitos = purulenta
Exame Bioquímico: Glicose diminuída nas infecções
Adenosinodeamonase (ADA) aumentada na tuberculose
Pericardite Constritiva DEFINIÇÃO:
Fibrose grosseira do pericárdio, que pode seguir vários tipos de pericardite e que restringe o enchimento diastólico do coração.
Pericardite ConstritivaPericardite Aguda
Estágio subagudo:Organização e
reabsorção do derrame
Estágio crônico
Fibrose e espessamento do pericárdio
Obliteração do espaço pericárdico
Pericardite constritivaQuadro Clínico Manifestações mais proeminentes:
Ascite e edema de MMII
Fadiga, perda de peso, fraqueza muscular (DC )
Dispneia, tosse e ortopnéia
Derrame pleural
Pericardite constritivaExame Físico Elevação da pressão venosa jugular
Sinal de Kussmaul (frequente)
Distensão das veias jugulares durante a inspiração
Ausculta: pericardial knock
Ruído protodiastólico, análogo a 3ª bulha, que ocorre devido a uma interrupção brusca do enchimento ventricular pela restrição imposta pelo pericárdio
Hepatomegalia: pulsações hepáticas
Edema de MMII (tardio)
Pericardite constritivaFrequência dos sinais
Pressão venosa jugular aumentada 96%
Hepatomegalia 92
Hipofonese de bulhas 92
Sinal de Kussmaul 75
Ascite 71
Edema Periférico 68
Pericardial Knoch 40
Pulso paradoxal 40
Fibrilação atrial 33
Pericardite ConstritivaRaio X de Tórax Aumento da área cardíaca (58% pequeno)
Sem congestão pulmonar associada
Calcificação pericárdica: 40% (sinal mais útil)
Derrame pleural: 50%
Átrio esquerdo aumentado: 33%
Pericardite ConstritivaRaio X de Tórax
Pericardite constritivaECG Baixa voltagem. Onda T isoelétrica ou invertida
Sobrecarga de átrio esquerdo
Fibrilação atrial
Sobrecarga de ventrículo direito: 5%
Pericardite ConstritivaTratamento Pericardiectomia:
Incisão mediana
Uso de CEC
Indicação:
Antes que tenha caquexia cardíaca
Calcificações