UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS DE RELATÓRIOS CONTÁBEIS
PARA TOMADA DE DECISÃO DE UMA EMPRESA
Por: Balthazar Ribas Marques da Luz
Orientador
Prof. Ana Claudia Morrissy
Rio de Janeiro
2014
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS DE RELATÓRIOS CONTÁBEIS
PARA TOMADA DE DECISÃO DE UMA EMPRESA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Finanças e Gestão
Corporativa
Por: Balthazar Ribas Marques da Luz
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pelas benções
infinitas que recebo todos os dias em
minha vida. Agradeço a minha família
por incentivar e cultivar dentro de mim
a importância de estudar,
principalmente a minha irmã Fefê, por
todo apoio e carinho neste momento de
vida. E agradeço aos meus queridos
amigos que conheci na AVM, neste
período de pós-graduação.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia a minha esposa
Aleia Nascimento e a minha filhota Luiza
Nascimento, por serem minha inspiração
em querer melhorar profissionalmente,
para assim preparar um futuro que elas
merecem.
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RESUMO
O objetivo deste trabalho é verificar a importância dos relatórios
contábeis, para auxiliar a tomada de decisões de uma empresa.
Segundo Lakatos e Marconi (2007,p. 158-159) “ Toda a pesquisa deve
ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e o que se
pretende alcançar”.
Buscou-se analisar quais são os tipos de relatórios contábeis existentes
e como esses relatórios apontam as direções que um gestor financeiro deve
tomar para decidir a melhor maneira em chegar a um resultado pretendido.
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METODOLOGIA
O método utilizado para a confecção desta monografia foi,
principalmente, a consulta em livros, internet e profissionais da área de
contabilidade que utilizam dos relatórios contábeis, para tomada de decisão.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Informação Contábil 09
CAPÍTULO II - Tipos de relatórios contábeis 17
CAPÍTULO III – A Tomada de decisão 25
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
BIBLIOGRAFIA CITADA 38
ÍNDICE 40
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho desenvolve a importância dos tipos de relatórios
contábeis para a tomada de decisão de uma empresa.
Para analisarmos tal importância, precisamos primeiramente saber
quais tipos de relatórios existem e como devemos utilizá-los para fundamentar
nossas decisões em uma gerencia de uma empresa.
Gerenciar uma empresa parece ser simples, todavia tomar decisões
corretas é que se torna complicado. Para tomar decisões e escolher a melhor
opção gerencial precisamos de ferramentas que nos auxilie. Essas ferramentas
são os relatórios contábeis e financeiros.
Vamos verificar essas ferramentas e descobrir porque são importantes
e como a utilizamos para fundamentar uma tomada de decisão gerencial.
Este estudo está limitado às práticas contábeis e do território brasileiro,
levando em consideração a legislação atual de 2013.
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CAPÍTULO I
A INFORMAÇÃO CONTÁBIL
1.1 – Conceito de contabilidade
Podemos afirmar que a contabilidade é uma ciência que estuda as
funções de orientação, controle e registro de todos os atos e fatos de uma
administração econômica, servindo como ferramenta para apoiar
gerenciamento da evolução do patrimônio de uma entidade e para a prestação
de contas entre os sócios e demais usuários, entre os quais destacamos as
autoridades responsáveis pelaarrecadação dos tributos de uma nação ou
região.
O 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, que foi realizado em
meados de setembro de 1924, aprovou a definição oficial de contabilidade no
Brasil, dispondo o seguinte:
“Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação,
controle e registro relativo aos atos e fatos da administração econômica”.
Francisco D’Auria, por sua vez, assim à define:
“... a ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as mutações que
nele operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de cada
exercício social o resultado obtido e a situação econômico-financeira da
entidade”.
Diante destes conceitos, pode-se afirmar que a contabilidade tradicional
é um sistema de informações e avaliação, destinado a prover seus usuários
com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira e
10
produtividade, decorrentes de todos os fatos e atos jurídicos praticados pela
empresa.
1.2 – Objetivo da contabilidade
A Contabilidade tem o patrimônio das empresas como seu objeto de
estudo principal e o seu objetivo é revelar como se encontra, em um
determinado espaço de tempo, e quais os fatores que proporcionaram
mutações ao mesmo, fornecendo desta forma, informações úteis à tomada de
decisões. Por exemplo, nos Estados Unidos, as informações contábeis são
produzidas principalmente para os pequenos e médios investidores, enquanto
que no Brasil são destinadas, principalmente, ao Fisco, não havendo muita
transparência nos demonstrativos contábeis.
Ludicibus leciona que: “... o estabelecimento dos objetivos da
contabilidade pode ser feito na base de duas abordagens distintas: ou
consideramos que o objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários,
independentemente de sua natureza, um conjunto básico de informações que,
presumivelmente, deveria atender igualmente bem a todos os tipos de
usuários, ou a contabilidade deveria ser capaz e responsável pela a
apresentação de cadastros de informações totalmente diferenciados, para cada
tipo de usuário”.
1.3 – Análise das demonstrações contábeis
Na contabilidade utilizamos técnicas de análise das demonstrações
contábeis paraidentificar as variações do patrimônio e possíveis erros que
podem estar ocorrendo naempresa. Um dos principais objetivos da análise
financeira, segundo Silva (2004, p.68)[Q] “fornecimento de subsídios para a
tomada racional de decisão de concessão decrédito e de investimento, a partir
de informações de boa qualidade. Um dosmétodos de análise financeira é
11
através dos indicadores financeiros, que proporcionauma posição da empresa
em relação à liquidez, endividamento, rentabilidade esolvência”.
Por meio dos pontos abordados, é possível observar a importância das
análises einterpretações das demonstrações fornecidas pela contabilidade,
sendo uma ferramenta degrande importância para o bom desempenho de uma
organização. A análise das demonstrações contábeis não é um simples cálculo
de índices, elaenvolve uma avaliação de ativos, passivos e das receitas e
despesas.O estudo presente se propôs a verificar os conhecimentos adquiridos
no curso deciências contábeis na área de análise das demonstrações
contábeis, elaborando na empresa, análises específicas a fim de verificar os
benefícios que a mesma pode trazer para a empresa.
A análise das demonstrações contábeis é fundamental para a tomada de
decisão, pois é umprocesso de avaliação da empresa. O desenvolvimento da
análise nos permite que dadosimportantes sobre o desenvolvimento da
empresa sejam vistos de forma clara, e depoistransformados em informações
úteis que permitem encontrar problemas. A partir da análise das
demonstrações contábeis, qualquer usuário que tiverinteresse por informações
e desempenho da empresa poderá visualizar a situação de possíveisrumos que
a mesma pode vir a ocorrer, verificando assim, os impactos já causados
emelhorando determinados processos caso haja necessidade.
De acordo com Padoveze (1996, p.115), "a análise de balanço constitui-
se num processo demeditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando
uma avaliação da situação daempresa, em seus aspectos operacionais,
econômicos, patrimoniais e financeiros".
Já Matarazzo (2003, p. 27) afirma que a análise de balanço é “um
trabalho fascinantepara as áreas de finanças e contabilidade. É através dela
que se podem avaliar os efeitos decertos eventos sobre a situação financeira
12
de uma empresa”. Permitindo ainda, uma visão dosplanos da empresa,
analisando o futuro, suas expectativas e seus “pontos fracos”.
1.4 – Análises de balanço
Tanto na prática como na literatura, revelou-se que a análise financeira e
de balanços, é uma das tarefas mais difíceis e complexas entre as diversas
que os contadores possuem no objetivo de contribuir para o desenvolvimento
das empresas.
Vamos no questionar: Se a análise financeira e a análise de balanços
não se constituem numa simples apuração de índices, cujas formas já se
encontram montadas ou formalizadas, onde reside a complexidade e a
dificuldade?
A resposta é bastante simples. Calcular ou apurar os índices é uma
tarefa bastante simplista, devido as fórmulas já se encontrarem padronizadas.
O que se precisa é de um conhecimento de matemática básica ou financeira, e
saber classificar e retirar as contas das demonstrações a fim de se aplicá-las
às fórmulas, atividades estas estudadas em qualquer curso de Contabilidade.
O principal desafio do problema em questão é justamente a análise ou
interpretação destes cálculos ou dos índices retirados. Calcular é muito
simples, mas não é uma atividade que se termina em si. É
indispensávelreforçar a necessidade de interpretar os dados e informações
corretamente.
Partindo-se da hipótese de que parte das informações que as empresas
utilizam para tomada de decisão está nas demonstrações contábeis,
especialmente no suplemento de análise das demonstrações, há de se afirmar
que a importância em se proceder a análise financeira e de balanços é de
relevância extremamente alto.
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Portanto, ainda sobre a questão de importância da análise e com um
desejo de eliminar as ideias de dificuldades e complexidades anteriormente
discutidas, o Professor Sérgio de IUDÍCIBUS (1995, p.67) alerta:
"É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e
quocientes, de forma consistente, de período para período, e compará-los com
padrões preestabelecidos e tentar, a partir daí, tirar uma ideia de quais
problemas merecem uma investigação maior, do que apurar dezenas e
dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e, ainda,
pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e
quocientes".
Enfim, é possível sintetizar ainda uma série de razões para verificar o
quão importante é esta análise para as empresas:
• se bem feita, pode se constituir num excelente e poderoso "painel de
controle" da administração;
• se não for manuseada a partir de uma contabilidade "mscarada" ou
"normatizante", pode trazer resultados bastante precisos;
• é uma ferramenta poderosíssima à disposição das pessoas que se
relacionam ou pretendem relacionar-se com a empresa, ou seja, os
usuários da informação contábil ou financeira;
• permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e
permitindo apresentar um esboço das prioridades para a solução dos
problemas;
• permite uma melhor visão estratégica dos planos da empresa, bem
como estima o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.
1.5 – Análise Horizontal
"Uma vez que os balanços e demonstrações de resultados estejam
expressos em moeda de poder aquisitivo da mesma data, a análise horizontal
14
assume certa significância e pode acusar imediatamente áreas de maior
interesse para investigação". (IUDÍCIBUS, 1995, p.74)
A Análise Horizontal tem como objetivoelucidar como está ocorrendo a
evolução de cada item ou conjunto de itens constantes das demonstrações no
decorrer dos tempos. Chamamos de horizontal por duas razões:
1) a analise estabelece o primeiro ano para a análise e a partir deste
verifica qual foi a evolução nos anos seguintes;
2) a analise preocupa-se com o crescimento e decrescimento de itens ou
com o conjunto de itens específicos, enfim não compara um item com outro no
mesmo período e sim o mesmo item a cada período.
Ainda que este tipo de análise, assim como a vertical, possua uma
utilização bastante restrita, principalmente em função do trabalho na montagem
do grande número de quocientes, MATARAZZO (1995, p.26) ressalta um
aspecto importante, dizendo que "... pesquisas efetuadas recentemente com
insolvência de pequena e médias empresas têm ressaltado a utilidade da
Análise Vertical e Horizontal como instrumento de análise".
1.6 – Análise Vertical
A utilidade da Análise Vertical concentra-se na verificação da estrutura
de composição dos itens das demonstrações e também na sua evolução no
tempo, focando especialmente o estudo de tendências.
A ideia da análise vertical consiste em estabelecer um item como base e
a partir disso verificar quanto cada um dos demais itens representa em relação
àquele escolhido como base. De outra forma: "É a análise da estrutura da
demonstração de resultados e do balanço patrimonial, buscando evidenciar as
participações dos elementos patrimoniais e de resultados dentro do total".
(PADOVEZE, 1996, p.118)
15
1.7 – Análise através de índices
Analise através de índices são relações que estabelece-se entre duas
grandezas e se justificam, quando se deseja analisar e verificar a situação
econômica e financeira de uma entidade. A observação e apreciação de certas
relações é mais significativa do que a apreciação de todos os itens contidos
nas demonstrações.
"Tradicionalmente, a análise e a interpretação de balanços têm-se valido
do expediente de calcular uma série de quocientes, relacionando as mais
variadas contas do balanço e do demonstrativo operacional, procurando atribuir
um significado aos resultados de tais cálculos". (IUDÍCIBUS, 1995, p.81)
Como já dito no início deste capítulo, é mais oportuno, então, selecionar
um grupo de índices de boa representatividade e que permitam à empresa
análises bem mais precisas do que prender-se ao cálculo de uma série de
quocientes, muitas vezes sem validade alguma.
A Análise através de Índices, também como as demais análises, deve
servir ao fim a que se destina; portanto, antes de se proceder a ela, é
necessário responder qual a pretensão com os cálculos e índices que serão
encontrados.
Confirmando isto, MATARAZZO (1995, p.154) alerta: "O importante não
é o cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de índices que
permita conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade
desejada na análise".
Lembramos que a proposta deste estudo é associar o ciclo de vida de
uma organização às suas demonstrações contábeis para tomada de decisões.
Portanto, serão envidados esforços no sentido de discutir um grupo de itens
selecionados que possam levar ao fim desejado.
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Enfim, a prática fez com que a grande contribuição deste tipo de análise
está em fornecer avaliações que sejam genéricas sobre os diferentes aspectos
da firma em questionamento, sem se aprofundar muito. Uma especial
importância é dada a esta análise quando se trata da tarefa de previsão de
insolvência. Por estas razões os índices são as técnicas de análise mais
empregadas no universo econômico e financeiro das empresas.
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CAPÍTULO II
TIPOS DE RELATÓRIOS CONTÁBEIS
2.1 – Relatórios contábeis
Os relatórios contábeis são o conjunto de informações que devem ser
obrigatoriamente divulgadas anualmente pela administração de uma sociedade
por ações, segundo a lei 6404/76, e representa a sua prestação de contas para
os sócios e acionistas. A prestação anual de contas é composta pelo Relatório
da Administração, as Demonstrações Contábeis e também pelas notas
explicativas que as acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes e o
Parecer do Conselho fiscal.
Asprincipais demonstrações contábeisatualmente são: O Balanço
Patrimonial; a Demonstração do resultado do exercício; a Demonstrações de
Mutações do Patrimônio Liquido; aDemonstração das origens e aplicações de
recursos; a Demonstração do fluxo de caixa; a demonstração do valor
adicionado; a Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados e balanço
social.
2.2 – Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial tem como objetivo expor os saldos respectivos de
todas as contas da contabilidade de uma companhia em uma data restrita,
colocados em forma padronizada, e tem a finalidade de consentir, a quem o
utiliza, uma visualização da posição econômico-financeira de uma empresa.
Os balanços patrimoniais podem ser elaborados para qualquer período
ou data desejada. Todavia, as empresas devem efetuar o balanço na data de
encerramento de seus exercícios sociais, para todos os efeitos, inclusive os
efeitos legais, considerado como o oficial.
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Resumindo, podemos dizer que o balanço patrimonial representa uma
fotografia da empresa em determinado período ou data, expressa em valores
monetários. (Contabilidade Básica 2ª edição Nelson Gouveia Editora Harbra ,
pág.149).
De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades
por Ações), as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a
indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício
anterior, para fins de comparação.
O balanço patrimonial é composto de:
• Ativo: que são os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos
controlados pela empresa, que são capazes de gerar benefícios
econômicos futuros.
• Passivo: que são as obrigações para com terceiros, resultantes de
eventos ocorridos que vão exigir ativos para a sua quitação.
2.3 – Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
A Demonstração do resultado do Exercício, Também denominada
Demonstração da Dinâmica Patrimonial, é a Demonstração que evidencia, de
uma forma estruturada, quais são os componentes que provocaram a alteração
na situação líquida patrimonial em determinada data ou período. Para o
levantamento do Balanço Patrimonial, as contas de resultado são encerradas
“debitando-se”, uma a uma as contas de receitas (natureza credora)e
“creditando-se”, uma a uma, as contas de custos/despesas (natureza
devedora), pelo valor de seus respectivos saldos, tendo em contrapartida
,nosdois casos, uma conta transitória que denominamos “RESULTADO DO
EXERCÍCIO”.
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Destes resultados são retirados os valores referentes à provisão para
imposto e às participações de debenturistas, empregadores,empregados, e as
partes beneficiárias nos lucros para, no final, esta conta ser encerrada
mediante a transferência de seu saldo para os lucros ou prejuízos acumulados.
A Demonstração do Resultado do Exercício é a estruturação e
ordenação da movimentação desta conta que, transitoriamente, recebe todas
as receitas custos/despesas.
O objetivo da DRE é fornecer, aos usuários das demonstrações
financeiras da empresa, os dados básicos e essenciais da formação do
resultado do exercício. Esta é uma demonstração obrigatória, conforme
determina o art. 175 da Lei n.º 6.404/76.
2.4 – Demonstração de Mutações do Patrimônio Liquido -
DMPL
A DMPL, Demonstração de Mutações do Patrimônio Liquido, é uma
demonstração bem mais completa e abrangente, já que ela evidencia a
movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante o período ou
exercício social, inclusive a formação e utilização das reservas que não são
derivadas do lucro.
A elaboração da DMPL -Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido é facultativa e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das
S/A, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser
incluída nesta demonstração.
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2.5 – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos -
DOAR
A Demonstração das origens e Aplicações de Recursos,procura
evidenciar as origens de recursos que aumentam a folga financeira de curto
prazo, também chamado de capital circulante líquido, e as aplicações de
recursos que consomem essa folga.
Com o advento da Lei 11.638/07, que altera dispositivos da Lei nº
6.404/76 essa demonstração foi substituída pela Demonstração dos Fluxos de
Caixa.
2.6 – Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC
A Demonstração do Fluxo de Caixa tem o objetivo primário de ressalvar
informações relevantes sobre os pagamentos e os recebimentos em dinheiro
de uma empresa em um determinado período ou data.
Podemos dizer que o planejamento de caixa é a espinha dorsal da
empresa. Sem essa demonstração não se saberá quando haverá
disponibilidade no caixa suficiente para sustentar as operações ou quando será
necessáriofinanciamentos bancários. Empresas que tenham falta de caixa
continuamente e que necessitem de empréstimos de última hora, percebem
como é difícil encontrar bancos que as financie.
Tradicionalmente, a contabilidade sempre foi sinônima de regime de
competência, contudo com o aumento da complexidade das atividades
operacionais, o qual provocou disparidades grandes entre o período no qual os
itens de receitas e despesas são apresentados e o período no qual os fluxos de
caixa realmente ocorrem, dificultou a perfeita analise das demonstrações em
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vigor atualmente, tornando os números da contabilidade oficial, não tão
confiáveis para fins gerenciais.
2.7 – Demonstração do Valor Adicionado - DVA
A Demonstração do Valor Adicionado é uma demonstração vertente do
Balanço Social, mas as informações que fazem parte é de natureza econômica,
pois permite analisar e apurar o desenvolvimento e desempenho econômico da
empresa e o seu relacionamento com a sociedade na qual está inserida. Antes
de se abordar a Demonstração do Valor Adicionado propriamente dita, alguns
conceitos são necessários conhecer para à sua elaboração.
A riqueza gerada pela empresa, que é medida pelo conceito de valor
adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o
valor dos bens produzidos por terceiros que são utilizados no processo de
produção da empresa. A atual aplicação do valor adicionado mostra o aspecto
econômico e social que o seu conceito envolve:
a) Como índice de avaliação do melhor desempenho na geração da
riqueza, ao medir os valores da eficiência da empresa na utilização
dos fatores de produção, comparando esses valores das saídas com
o valor das entradas.
b) Como índice de avaliação do melhor desempenho social à medida
que demonstra, na distribuição e relação da riqueza gerada, a
participação dos empregados, dos Agentes Financiadores,do
Governo, e dos Acionistas.
c)
A Demonstração do Valor Adicionado demonstra, também, a efetiva
contribuição da empresa, a partir de uma visão global de desempenho, para a
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geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do
esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.
Esta demonstração, também pode integrar o Balanço Social. Pois
constitui, desse modo, uma grande e importante fonte de informações à medida
que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do
desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza,
assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza.
2.8 – Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados -
DLPA
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, evidencia as
alterações que aconteceram no saldo da conta de lucros ou prejuízos
acumulados, no Patrimônio Líquido.
De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, a companhia
poderá, em sua opção, incluir a demonstração de lucros ou prejuízos
acumulados nas demonstrações das mutações do patrimônio líquido – DMPL.
"A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o
montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na
demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada
pela companhia."
A DLPA é obrigatória para as sociedades limitadas e outros tipos de
empresas, conforme a legislação do Imposto de Renda (art. 274 do RIR/99).
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2.9 – Balanço Social
O Balanço Social é uma demonstração que tem a finalidade de tornar
pública a responsabilidade social das empresas. Seu principal objetivo é a
divulgação de informações sobre o desempenho econômico e financeiro das
empresas e também é o retorno social e econômico em prol do benefício da
sociedade. Podemos considerar um instrumento que fornece dados aos
usuários de informação contábil sobre às políticas internas, quanto à geração e
distribuição de sua riqueza, à qualidade que se dá nas organizações, à
promoção humana de todos os seus funcionários e à postura das empresas em
relação ao meio ambiente e à própria comunidade (FIPECAFI, 2003).
Segundo De Luca (1998, p.17), além de ser um gente econômico com a
finalidade de produzir riquezas, a empresa também é um agente social e,
sendo assim, um dos componentes da sociedade, deve prestar contas aos
demais. Assim, enquanto que pela função econômica a empresa objetiva ter
lucros mediante o oferecimento de produtos ou serviços aos seus clientes, em
sua função social, a empresa deve buscar o bem-estar social pela assunção de
varias obrigações, seja pela criação de empregos, seja pela preservação do
meio ambiente, seja pela contribuição para a formação do bom profissional,
seja pela qualidade de seus bens ou de seus serviços, seja por quaisquer
outras obrigações, legalmente assumidas, mas que sejam importantes para
que a empresa possa garantir a sua continuidade.
Os pontos mais importantes e os principais componentes da sociedade
no relacionamento com a empresa, identificados por De Luca (1998) : são os
investidores, fornecedores, financiadores, consumidores, empregados, Estado
e meio ambiente crescente na sociedade e a preocupação de analisar a
empresa como uma instituição social e não somente como uma instituição
econômica ou financeira.
Aparece então o Balanço Social como um instrumento novo, destinado a
refletir os resultados da empresa, no aspecto sócio econômico, evidenciando
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também os fatos sociais que sejam relevantes da empresa, a par dos fatos
econômicos e financeiros que já vinham sendo reportados nas demonstrações
contábeis tradicionais.
De outra forma, tem-se o enfoque social onde a idéia está centrada na
noção de responsabilidade social da empresa. Por esse enfoque, o objetivo da
contabilidade passa a estar mais relacionado com a avaliação e a evidenciação
das atividades da empresa e também dos seus respectivos efeitos que faz na
sociedade na qual ela opera, assim sendo, uma abordagem que não pretende
substituir a anterior, mas sim servir de complemento ao que já estava sendo
oferecido pela tradicional abordagem. De acordo coma Fundação Instituto de
Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi, 2000, p.31), Temos
quatro vertentes no Balanço Social que, em suma é Balanço Ambiental, que
reflete o comportamento da empresa em relação aos recursos naturais,
segundo os gastos com a preservação, proteção e recuperação dos
investimentos voltados a área ambiental e os passivos ambientais; Balanço de
Recursos Humanos, que objetiva a evidenciar o perfil da força de trabalho, a
remuneração e também os benefícios concedidos, os gastos com treinamento
e os gastos em benefícios para melhoria da empresa e as sociedade.
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CAPÍTULO III
A TOMADA DE DECISÃO
3.1 – Conceito
Realmente existem muitas definições para conceituar o processo de
tomada de decisão, mas Andrade (2004, p. 2), diz que “uma decisão é um
curso de ação escolhido pela pessoa, como o jeito mais efetivo à sua
disposição, para alcançar os objetivos pretendidos, ou seja, para resolver o
problema que o incomoda”.
De acordo com Lachtermacher (2005), “a tomada de decisão é um
processo para identificar um problema específico e selecionar uma linha de
ação para resolvê-lo. Isto é, o problema acontece quando a situação atual se
difere do estado desejado, onde depois de identificá-lo, deve-se buscar uma
forma para solucioná-lo”.
Segundo Lacombe e Heilborn (2003), “o ato de decidir requer coragem
tanto quanto discernimento, é necessário equilibrar os objetivos, opiniões e
prioridades”. Os autores afirmam que “qualquer processo decisório ocupa-se
da descoberta e seleção de alternativas satisfatórias”.
Na visão de Chiavenato (2000), “a decisão é um processo de análise e
escolha entre as alternativas disponíveis de um curso de ação que a pessoa
deverá seguir”. Mas para Maximiano (2007), a decisão é “uma escolha entre
alternativas ou possibilidades. As decisões são tomadas para resolver
problemas ou aproveitar oportunidades.”
Maximiano (2007) e outros autores, ainda classificam os principais tipos
de decisão, em duas categorias: As decisões programadas e as decisões não
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programadas. As decisões programadas, são soluções para os problemas
rotineiros, criadas por regras, procedimentos ou hábitos. E as decisões não-
programadas, são as soluções específicas criadas por meio de um processo
não estruturado para resolver problemas não rotineiros.
Portanto, segundo os conceitos dos autores relatados acima, definimos
a tomada de decisão como o processo onde se identifica o problema ou
oportunidade que está ocorrendo e, depois, selecionam as alternativas que
podem resolver ou obter uma ação para tomar a decisão que efetivamente irá
resolver o problema e consequentemente, agir imediatamente a alternativa
escolhida.
3.2 – O processo decisório
Para Chiavenato (2000), a organização é um sistema complexo de
decisões, ou seja, nesse sistema, cada pessoa efetua uma participação
racional e consciente, escolhendo e tomando decisões a respeito das
alternativas. Assim, a organização está assegurada de decisões e ações.
Cada pessoa pode participar consciente e racionalmente, escolhendo e
decidindo entre opções mais ou menos racionais que são apresentadas de
acordo com sua personalidade, atitudes e motivações Os processos de
percepção das situações e o pensamento são básicos para a explicação do
comportamento humano nas empresas. A pessoa escolhe em função de sua
percepção das situações. Em resumo, as pessoas são processadores de
informações, criadores de opinião e tomadores de decisão. (CHIAVENATO,
2003, p.416)
Por isso, quando dizermos que uma organização é como se fosse um
sistema de decisões, estamos nos referindo, que todas as pessoas que
participam dentro da empresa fazem parte de um grande processo decisório e
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possuem algum tipo de limite ou autonomia para tomar as decisões. Como
Chiavenato (2000), relata que, na Teoria Comportamental, não é somente o
administrador que tem o poder de tomar as decisões, ou seja, as pessoas da
organização, em todas as áreas envolvidas de atividades e níveis hierárquicos
e em todas as situações presentes, estão continuamente tomando decisões
relacionadas ou não com o seu trabalho. Logo, são pessoas capazes de tomar
decisões a todo momento, visualizando, a organização como um sistema de
decisões.
A decisão é um processo pelo qual são escolhidas algumas ou
escolhidas apenas uma entre várias alternativas a serem realizadas. Sendo
que esse processo segue algumas etapas.
O gestor responsável não deve se preocupar em identificar apenas o
causador do problema, ele deve estudar o conjunto com todos os setores:
financeiro, compras, contabilidade e informática.
A comunicação deve ser clara e aberta, a alternativas não devem
aparecer apenas da área problemática.
O processo de decisão não finaliza quando o propósito geral da empresa
foi determinado, ao contrario ela atravessa a organização como um todo com a
mesma intensidade da tarefa de fazer.
Decisões tomadas por equipes mistas, compostas por homens,
mulheres, jovens, idosos, tendem gerar resultados de maior qualidade.
Pessoas com pontos de vistas e experiências diversas decodificam a situação
de decisão também de maneira diferente. Ouvir e tentar compreender esses
pontos de vistas leva ao aprimoramento das decisões. As decisões tomadas
em equipes tendem a ser sólidas e coerentes, mais que as tomadas
individualmente, apesar de, normalmente, demandarem mais tempo.
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A troca de conhecimentos e informações e sua qualidade e rapidez
estão no centro do sucesso das organizações. Quanto maior a capacidade das
tecnologias da informação e a capacidade da comunicação, maior será a
capacidade de relacionamentos e a capacidade de aprender e lucrar com o
compartilhamento da informação e do conhecimento.
Atualmente, o mercado de trabalho exige maiores competências
profissionais, o que vai além de certificados e diploma da universidade.
Valores, inteligência emocional, firmeza, visão ampliada, atitudes, e habilidades
são fatores fundamentais no que diz a respeito de quem deseja alcançar o
sucesso profissional.
As competências eficazes são formadas basicamente por três fatores:
conhecimento, habilidades, julgamento e atitudes.
3.3 – As “10” competências do bom gestor
1-Adaptabilidade.
Adaptabilidade é a capacidade que o gestor possui de adaptação às
mudanças, a diferentes situações e realidades, a novas atividades e projetos.
As empresas hoje em dia estão constantemente se adaptando para
acompanhar as frequentes mudanças que ocorrem no cenário econômico
mundial.
2. Criatividade.
A criatividade se manifesta não somente pela capacidade de inovar e de
resolver situações repentinas, mas também pela capacidade de decidir com
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autonomia e, acima de tudo, pelo senso crítico: não aceitar passivamente o que
a tradição, moda e opiniões dominantes procuram impor incondicionalmente.
3.Iniciativa.
Dizemos que é tomar a iniciativa de resolver tantos problemas como
realizar tarefas fáceis ou difíceis. Não só possuir a ideia ou a solução, mas
principalmente, tomar medidas. O mercado está a procura de profissionais que
respondem com rapidez e agilidade às demandas da vida cotidiana.
4.Facilidade de comunicação.
Facilidade de comunicação pode ser feita de várias maneiras:
verbalmente, por escrito e não-verbalmente. Às vezes nós nos comunicamos
facilmente por meio de uma dessas formas, mas também existe a necessidade
de desenvolver outras. Às vezes dizemos alguma coisa verbalmente, mas os
nossos olhos ou sorriso podem dizer o oposto.
5. Facilidade de relacionamento interpessoal.
Um quesito muito importante, relacionar-se facilmente com os outros
exige ser simpático, empático, aceitar a si mesmo e aos outros com os pontos
diferentes tanto fortes e fracos de cada um, estar disponível para o outro. Nas
sociedades de hoje em dia as relações são cada vez mais curtas, superficiais,
temporárias, e até mesmo virtuais. No mundo moderno do trabalho é falado da
importância da "rede" ou rede de contatos, pois ela frequentemente facilita,
desde novas oportunidades de carreira, como também até a troca informações,
realização de negociações e parcerias.
6. Capacidade de resolver problemas.
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A capacidade de resolução de problemas faz com que parte da rotina
diária de trabalho seja em todas as atividades de trabalho, o que muda é o tipo
e a dimensão de tais problemas. Existem dificuldades muito simples de
resolver problemas e outras que exigem maior esforço e persistência para
serem resolvidas. Para resolver um problema com eficiência e eficacia,
devemos analisá-lo de diferentes maneiras, investigar possíveis formas de
resolver, avaliar alternativas, prever diversas conseqüências e tomar uma
decisão assumindo riscos.
7. Capacidade para trabalhar em equipe.
Sem duvida, não podemos mais trabalhar sozinhos, vivemos em um
mundo globalizado que exige que o trabalho seja feito em equipe, que as vezes
são compostas de pessoas que estão distantes. Não é fácil trabalhar em
conjunto, pois isso requer expor ideias e ouvir os outros; acatar sugestões,
respeitar opiniões deviersas, colaborar, construir juntos, e aceitar os limites de
si e dos outros membros da equipe.
8.Liderança
Há quem diga que não é a posição que faz o líder, mas o líder que faz a
posição. Um bom líder sabe ouvir as ideias dos outros, sabe inspirar confiança
nos colegas de equipe, sabe respeitar os outros, é seguro o suficiente para
defender suas ideias e as dos seus subordinados, também é capaz de atrair
voluntários para as suas iniciativas e projetos, influencia outros e cativa a sua
atenção, coordena e organiza projetos.
9. Empreendedorismo.
Hoje em dia, em um mercado competitivo, possuir um espírito
empreendedor abre muitas portas. Você não pode aguardar até que alguém lhe
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dê uma oportunidade de emprego ou negócio, você deve ir a campo para acha-
la.
10. Domínio das novas tecnologias de comunicação e informação.
Atualmente é essencial conhecer e saber usar as novas tecnologias de
informação e comunicação disponíveis. Sem duvida a Internet mudou as
relações e os lugares de trabalho. Hoje você pode trabalhar de qualquer lugar,
e não precisa mais estar fisicamente na empresa ou no escritório. Você pode
se comunicar facilmente com a equipe de profissionais que estão longe, trocar
ideias por e-mail, msn, skype, fazer reuniões, fazer novos cursos e
conferências por meio de de vídeo conferência, comprar e vender produtos em
sites de comercio online de diferentes países do mundo e assim por diante. As
relações interpessoais nos dias de hoje foram expandidas e facilitadas com
redes sociais tais como Orkut, Twitter, Facebook, MySpace, entre outros.
3.4 – Contador Gerencial : Um novo profissional surge
O profissional da Contabilidade, seja ele técnico ou especialista, que
atua diretamente como contador gerencial, também conhecido como Controller,
possui a função fundamental na contabilidade gerencial, de assessoria, é o seu
setor que tem a responsabilidade de prestar serviços especializados para os
outros administradores e para a presidência da empresa. Os contadores têm
papel fundamental no processo de tomada de decisões, mas não como
tomadores de decisões, e sim como coletores e relatores de dados relevantes.
Muitos gerentes precisam que o contador ofereça sugestões sobre uma
decisão, mesmo que a decisão final sempre seja efetuada pelo executivo
operacional.
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Podemos dizer que um contador gerencial deve ser elemento com
formação extensa. Saber abordar, depurar e proporcionar, não só de maneira
clara, mas também resumida e operacional dados a distribuir, contidos nos
registros contábeis, bem como juntar tais informações com outros conhecidos
não especificamente ligados á área contábil, para suprir a administração em
seu processo decisório. Iudícibus (2009 p. 23)
Vamos citar algumas funções do contador gerencial: Garantir que as
informações e os dados cheguem às pessoas certas no tempo correto com
máxima clareza e objetividade; fazer uma profunda compilação, síntese e
análise da informação; fazer o planejamento perfeito, direcionado e com
objetivo de alcançar um controle eficaz, ou seja, controlar todas as atividades
da empresa e de seus ativos; avaliar e assessorar os gerentes, superiores,
executivos, diretores e o presidente fazendo avaliação econômica e financeira
para tomada de decisão; organizar o sistema gerencial a fim de que permita à
administração conhecer todos os fatos ocorridos e seus resultados; comparar o
desempenho estimado com o real; Pensar e planejar com estratégia a
administração tributária, elaborando relatórios obrigatórios ou nao para o
governo e entidades oficiais; propor medidas preventivas e corretivas a fim de
melhorar a eficiência da empresa.
Segundo a InternationalFederationofAccountants (IFAC) descrito por
Padoveze, (2000, pg.27), a Contabilidade Gerencial pode ser definida como o
procedimento de identificação quantitativa e qualitativa, mensuração,
acumulação, demonstração, análise, preparação, desenvolvimento ,
interpretação, e comunicação de utilizada pela administração para objetivar o
planejamento, avaliações e controle de dentro da organização e para assegurar
o uso e a responsabilidade sobre todos seus recursos. Bem próximo aos
conceitos de Padoveze, que diz que a Contabilidade Gerencial é a produção de
informações feitas com objetivos definidos ou “sob medida”.
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A Contabilidade Gerencial é o processo que visa produzir informação
operacional e financeira para funcionários e administradores. O processo tem
que ser direcionado pelas necessidades de informações que os indivíduos
internos da empresa necessitam e deve orientar suas decisões operacionais e
de investimentos.
Importante neste ponto de vista é destacar a associação da
Contabilidade Gerencial como sendo um processo, ou seja, são procedimentos
ordenados e contínuos que objetivam a produção de informações. Portanto,
seguindo nessa linha de raciocínio, ela existe enquanto processo nos
momentos determinados em que está em andamento. Crepaldi (1998, p.18) já
entende numa outra linha de pensamento, que: contabilidade Gerencial é o
ramo da contabilidade que tem a finalidade de fornecer instrumentos aos
administradores de empresas, e que os auxiliem em suas funções gerenciais. É
voltada para a utilização dos recursos econômicos e financeiros da empresa,
por meio de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de
informação gerencial.
Sendo assim, o autor defende a idéia da existência da Contabilidade
Gerencial tal como a existência da Contabilidade de Custo, Contabilidade
Financeira, Contabilidade Pública, etc... quando a classifica de um “ramo da
contabilidade”. Neste segmento, independente de ações ou objetivos antes
planejados e executados, ela está lá, existe por si só no universo contabil, que
seria o eixo principal, do qual segmentam os diversos “ramos”. Encontro ainda
a definição de Padoveze que compreende em ser a Contabilidade Gerencial
algo além do que técnicas de contabilidade, fugindo, portanto da condição de
“ramo” da contabilidade. Padoveze Descreve a Contabilidade Gerencial como
sendo uma disciplina integradora, um instrumento de administração e uma
ação administrativa, enfim, a Contabilidade Gerencial integra as demais áreas
como Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos e a Administração
Financeira.
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Usando a contabilidade como instrumento da administração, defende
Padoveze que ela existe se houver uma ação premeditada que a torne
concreta, não sendo apenas técnicas contábeis. Somente a partir desta ação é
que a Contabilidade Gerencial poderá tomar corpo, não existindo por si só
antes dela. Como se verifica são várias as opiniões sobre a forma como a
Contabilidade Gerencial se apresenta, não sendo unânime sua definição e
caracterização.
O fato é que, de alguma forma a Contabilidade gerencial está presente,
tanto nas empresas, a partir do gerenciamento das atividades operacionais e
produção de informações à tomada de decisão, quanto no mundo acadêmico,
tendo em visto as obras que já foram publicadas e os estudos desenvolvidos.
No entanto, ainda não é consenso a sua existência como ramo da
contabilidade ou apenas como ferramenta esporádica ou temporária para
produção de relatórios contábeis que auxiliarão a administração das entidades.
A análise dos relatórios demonstrativos contábeis é de grande
importância gerencial, principalmente, para as empresas com fins lucrativos,
pois é um procedimento de avaliação da empresa, responsável por mostrar o
seu desempenho perante o mercado. O desenvolvimento da análise das
demonstrações e relatórios contábeis permite a evidenciação de dados, que
serão transformados em informações úteis e fundamentais ao bom
gerenciamento da entidade, permitindo identificar problemas e conseqüente
busca para resolução deles.
35
CONCLUSÃO
Verificamos então que a informação contábil é a base de fundamentação
que norteia o gestor para o objetivo final que é a tomada de decisão em uma
empresa.
A contabilidade é uma poderosa ferramenta que auxilia não somente o
gestor mas também qualquer profissional que precise de direção seja ela
economicamente ou financeiramente em uma entidade.
Por meio dos relatórios contábeis, conseguimos montar e estruturar
nossa base de informações na data ou no período que precisamos.planejar e
preparar como tomar uma decisão seja em qual momento for e para qual
finalidade precisar.
As demonstrações contábeis realmente são importantes no alicerce de
uma decisão. Quanto mais conhecemos e sabemos utilizar essas
demonstrações, mais diminuímos a margem de erro em uma decisão tomada.
Enfim, para a tomada de decisão não existe uma receita pronta nem
uma rotina a ser feita. Mas verificamos que o principal para escolhermos que
caminho seguir vai depender de quanto entendemos e de como utilizamos os
relatórios contábeis para a tomada de uma decisão.
36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Métodos e Modelos para Análises de Decisões. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC,
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Du Chenoy Castro. Revisão Técnica de Rubens Fama. 2ª Edição, São
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CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6 ed.
Rio de Janeiro: Campus, 2000.
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FREITAS, Orlando Ferreira. As origens de Nova Serrana, 2002.
IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de Balanços. São Paulo, Atlas, 2009.
LACHTERMACHER, Gerson. Pesquisa Operacional na Tomada de
Decisões. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
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Tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
LIMEIRA, André Luis Fernandes; SILVA, Carlos Alberto dos Santos; Vieira,
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Manual Compacto para as Disciplinas TGA e Introdução à Administração. 2
ed. São Paulo: Atlas, 2007.
NETO, Alexandre Assaf. Finanças Corporativas e Valor, São Paulo, Atlas,
2002.
PADOVEZE, Clovis Luis. O Papel da Contabilidade Gerencial no processo
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SÁ, Antonio Lopes. A nova tão antiga Contabilidade. Belo Horizonte, 2011.
Disponível em: http://www.lopesdesa.com.br
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MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de
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MATARAZZO. Dante Carmine. Análise financeira de balanço: abordagem
básica e gerencial . 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas.7a Ed. São Paulo:
Atlas, 2005
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A INFORMAÇÃO CONTÁBIL 9
1.1 - Conceitos de contabilidade 9
1.2 - Objetivos da contabilidade 10
1.3 - Análises das demonstrações contábeis 10
1.4 – Análises de balanço 12
1.5 – Análises Horizontal 13
1.6 – Análises Vertical 14
1.7 – Análises através de Índices 15
CAPITULO II
TIPOS DE RELATÓRIOS CONTÁBEIS 17
2.1 – Relatórios Contábeis 17
2.2 – Balanço Patrimonial 17
2.3 – Demonstração do Resultado do exercício (DRE) 18
2.4 – Demonstração de Mutações do Patrimônio Liquido – DMPL 19 2.5 - Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – DOAR 20
2.6 - Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC 20
2.7 - Demonstração do Valor Adicionado – DVA 21
2.8 - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA 22
2.9 - Balanço Social 23
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CAPITULO III
A TOMADA DE DECISÃO 25
3.1 - – Conceito 25
3.2 – O processo decisório 26
3.3 – As “10” competências do bom gestor 28
3.4 – Surge um novo profissional – Contador Gerencial 31
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
BIBLIOGRAFIA CITADA 38
ÍNDICE 40