Comando da Academia de Polícia Militar
Divisão de Ensino
Seção de Pós-graduação e Extensão
Curso de Especialização em Polícia e Segurança Pública 2017/1
Desenvolvimento Interpessoal
Prevenção em Saúde Mental
O conceito de saúde mental mais recente
inclui o olhar para as características positivas do
sujeito e não apenas para a problemática em si.
Prevenção em Saúde Mental
A saúde mental não é meramente a
ausência de doença mental, mas a presença de
um estado de bem-estar no qual o indivíduo
utiliza as suas capacidades, lida com o estresse
normal da vida, trabalha de modo produtivo e
frutífero e contribui para a comunidade.
Prevenção em Saúde Mental
Dimensões relacionadas à saúde mental:
Emoções positivas: Esperança, entusiasmo e
interesse pela vida.
Qualidade de vida: satisfação em vários
domínios da vida; funcionamento psicológico
positivo, relações interpessoais e auto aceitação,
Funcionamento social positivo: senso de
pertencimento e valorização das diferenças.
Prevenção em Saúde Mental
Ações preventivas podem ser definidas
como intervenções desenvolvidas para se evitar
o surgimento de doenças específicas, através da
detecção, do controle e da mitigação dos fatores
de risco dessas enfermidades.
Prevenção em Saúde Mental
As pesquisas indicam que os fatores
ambientais são capazes de alterar a nossa
biologia. Embora eles não sejam capazes de
modificar a sequência do DNA que herdamos, o
ambiente é capaz de alterar quais e como os
genes são expressos em determinadas células
durante o neuro-desenvolvimento
Prevenção em Saúde Mental
A exata relação entre os fatores genéticos
e os fatores ambientais, bem como a magnitude
do risco do desenvolvimento de uma
psicopatologia ainda são aspectos
desconhecidos e provavelmente são bastante
diferentes para cada pessoa.
Prevenção em Saúde Mental
Níveis de prevenção da saúde mental:
Primária
Secundária
Terciária
Prevenção em Saúde Mental
A prevenção primária tem como objetivos
evitar o aparecimento de um transtorno mental
e, assim, reduzir a incidência na população
(número de casos novos em um período de
tempo específico).
Prevenção em Saúde Mental
A prevenção secundária visa à identificação
precoce e ao pronto tratamento de portadores do
distúrbio, para a redução da prevalência na
população (número total de casos existentes em
um determinado período de tempo) e do tempo de
duração do distúrbio.
Prevenção em Saúde Mental
A prevenção terciária busca a redução da
prevalência de incapacidades residuais, para que
as pessoas com doença mental crônica alcancem
o nível mais alto de funcionamento possível.
Prevenção em Saúde Mental
O objetivo é promover fatores de
proteção, aspectos sadios que podem ser
ativados diante de situações adversas.
Prevenção em Saúde Mental
O psicólogo não impõe a adoção de
comportamentos, ele estimula o fortalecimento
do grupo para que, se surgir alguma
adversidade, os indivíduos sejam capazes de
ultrapassar o problema através da resiliência ou
consigam enfrentar e reagir, utilizando suas
habilidades de vida.
Prevenção em Saúde Mental
Fatores de proteção são:
Inteligência – funcionamento cognitivo, habilidades
de comunicação e as habilidades sociais;
Relação interpessoal - relacionamentos sociais e
afetivos;
Rede de apoio social - acesso aos serviços de saúde
e à educação e as políticas públicas de proteção aos
direitos humanos.
Prevenção em Saúde Mental
Os riscos relacionados à saúde mental
podem ter diversas origens:
Física - doenças genéticas ou adquiridas;
Social - ambiente violento;
Psicológica - abuso, negligência ou exploração.
Prevenção em Saúde Mental
A literatura científica tem destacado cinco
fatores gerais que explicam as variações individuais
frente à adversidade:
Idade;
Personalidade;
Suporte social;
Experiências anteriores;
Modelos de relação entre família e criança.
Prevenção em Saúde Mental
Uma das metodologias para promover os
fatores protetivos é o ensino de habilidades de
vida, como, por exemplo, a habilidade para a
tomada de decisões e para a resolução de
problemas, o pensamento crítico e a
comunicação eficaz de sentimentos.
Prevenção em Saúde Mental
Como as habilidades sociais são
aprendidas, é possível desenvolver estratégias
de prevenção a partir de programas de
treinamento que podem ser aplicados nas
escolas, no âmbito do trabalho e, também, nos
contextos da Psicologia Clínica e da Psicologia da
Saúde.
Prevenção em Saúde Mental
O fortalecimento das habilidades sociais
para o combate dos comportamentos agressivos
estão estreitamente relacionados a diversos
fatores, entre eles a dificuldade de compreender
a perspectiva do outro, de estabelecer relações
satisfatórias e de lidar com frustrações.
Prevenção em Saúde Mental
Intervenções de promoção de saúde tem
por objetivo desenvolver habilidades e oferecer
recursos para o sujeito enfrentar adversidades
pessoais e contextuais.
Prevenção em Saúde Mental
A prevenção tem como foco o aumento
em fatores protetivos e a redução dos riscos de
aparecimento de problemas, incluindo os níveis
de exposição ao risco.
Prevenção em Saúde Mental
O tratamento refere-se à assistência
àqueles que já apresentam o diagnóstico de um
transtorno, podendo ser oferecido serviços de
terapia breve ou de longa duração, conforme a
gravidade do diagnóstico.
Prevenção em Saúde Mental
Fatores de risco são as características ou
variáveis que, se presentes em um contexto,
tornam pessoas ou grupos mais vulneráveis ao
desenvolvimento de desfechos negativos em saúde
mental, enquanto os fatores de proteção modificam
ou diminuem os efeitos de risco.
Prevenção em Saúde Mental
Fatores de risco para a saúde mental são:
Habilidades sociais pobres;
Estilo de enfrentamento negativo;
Baixa autoestima e auto eficácia;
Negligência e maus-tratos parentais;
Exposição à miséria e violência na
comunidade.
Prevenção em Saúde Mental
Fatores de proteção à saúde mental estãorelacionados a:
Habilidades sociais;
Sucesso escolar;
Autoconceito positivo;
Participação em uma comunidade acolhedora;
Práticas educativas parentais saudáveis;
Suporte social.
Prevenção em Saúde Mental
Saúde mental e trabalho
Para Sigmund Freud, a saúde mental é a
“capacidade de amar e de trabalhar”. O amor,
traduzido nos afetos, nos amigos, na família e no
erotismo, e o trabalho, na profissão, no dinheiro,
na classe social, na produção, no consumo,
entre outros fatores.
Prevenção em Saúde Mental
Em outras palavras, se, por uma lógica
inversa, a doença mental é a capacidade de
amar e de trabalhar, então, é o próprio amor
e/ou o trabalho que se apresentam com
problemas.
Prevenção em Saúde Mental
A abordagem preventiva na área da saúde
mental também está presente nas Polícias
Militares. Em Goiás, a unidade que trabalha na
área da Psicologia é o Serviço de Psicologia
pertencente ao Comando de Saúde.
Prevenção em Saúde Mental
Os principais objetivos do serviço da Psicologia:
Promover o reequilíbrio psicoemocional do
policial;
Promover a interação do policial com a
sociedade;
Prevenir ocorrências que tenham como resultado
morte e/ou lesões corporais;
Prevenção em Saúde Mental
Fortalecer princípios éticos e morais;
Maximizar a qualidade dos serviços prestados
para a sociedade;
Minimizar o grau de exposição ao risco
Reduzir os efeitos traumáticos ao longo da
carreira.
Prevenção em Saúde Mental
As pesquisas demonstram a relevância da
Psicoterapia para o encurtamento de períodos
de sofrimento e para a prevenção de sintomas.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Depressão
Do ponto de vista psicopatológico, a
depressão tem como elementos mais salientes o
humor triste e o desânimo (Del Pino, 2003).
TRANSTORNOS DE HUMOR
A depressão se caracteriza por uma multiplicidade de sintomas:
Sintomas relacionados ao Humor
Sintomas Vegetativos ou Somáticos
Sintomas Motores
Sintomas Sociais
Sintomas Cognitivos
Sintomas ligados à Ansiedade
Sintomas geradores de Irritabilidade
TRANSTORNOS DE HUMOR
Mania
A euforia ou alegria patológica e a elação
(ou expansão do Eu) constituem a base da
síndrome maníaca (Belmaker, 2004).
TRANSTORNOS DE HUMOR
A atitude geral do paciente é alegre,
brincalhona ou irritada, arrogante. Além das
alterações propriamente do humor (euforia,
elação) e do ritmo psíquico (aceleração), na
esfera ideativa verifica-se um pensamento em
geral superficial e impreciso.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Transtorno bipolar do humor
Mescla crises de depressão e mania;
Crises médias de 03 meses;
Pode variar de intensidade, elação/depressão;
Crises que se sucedem até por toda a vida;
Normalmente as crises não estão vinculadas a
eventos da vida.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Distimia
Trata-se de uma depressão crônica,
geralmente de intensidade leve, muito
duradoura. Começa no início da vida adulta e
persiste por vários anos.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Os sintomas depressivos mais comuns são:
Diminuição da autoestima,
Fatigabilidade aumentada,
Dificuldade em tomar decisões ou se concentrar,
Mau humor crônico,
Irritabilidade
Sentimento de desesperança.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Transtornos de Ansiedade e Fobias
Ansiedade é um sentimento vago e
desagradável de medo, apreensão, caracterizado
por tensão ou desconforto derivado de antecipação
de perigo, de algo desconhecido ou estranho. É um
sinal de alerta que permite ao indivíduo ficar atento
a um perigo iminente, e tomar as medidas
necessárias para lidar com a ameaça.
TRANSTORNOS DE HUMOR
A ansiedade e o medo passam a ser
reconhecidos como patológicos quando são
exagerados, desproporcionais em relação ao
estímulo, ou qualitativamente diversos do que se
observa como norma naquela faixa etária e
interferem com a qualidade de vida, o conforto
emocional ou o desempenho diário do indivíduo.
TRANSTORNOS DE HUMOR
A ansiedade Patológica é uma resposta
inadequada ao estímulo, em virtude de sua
intensidade ou duração.
Traz prejuízos ao seu bem estar;
Diminui seu desempenho nas tarefas;
Não permite que ele se prepare e enfrente as
situações ameaçadoras.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Transtorno de Pânico
Transtorno de pânico ou Síndrome de
pânico é um transtorno de ansiedade
caracterizado por um intenso medo e/ou mal-
estar com sintomas físicos e cognitivos que se
iniciam de forma brusca e alcançam intensidade
máxima em cerca de 5 minutos e causando
medo de morrer persistente e recorrente.
TRANSTORNOS DE HUMOR
São ataques recorrentes de ansiedade
aguda e grave, sem serem motivados por
circunstâncias específicas.
Etiologia: genética e psicossocial.
Tratamento: medicamentoso e psicoterapia.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Sintomas: Primeiro ataque é espontâneo,
inesperado; crescentes, por até 30 minutos;
sensação de Asfixia e Desmaio; palpitações,
tremores, sudorese, medo de enlouquecer ou
morrer...
TRANSTORNOS DE HUMOR
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Tem como características:
Ansiedade crônica;
Preocupações irrealistas ou excessivas.
Apreensão: preocupação com desgraças,
perdas.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Tensão motora: inquietação, tremores.
Hiperatividade autonômica: sensação de cabeça
leve, sudorese, taquicardia...
Tratamento: ansiolíticos e psicoterapia.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Fobias Específicas
Fobias específicas são definidas pela
presença de medo excessivo e persistente
relacionado a um determinado objeto ou
situação, é restrita a situações específicas como:
Chuva, Animais, Altura, Escuridão, Sangue,
Espaços fechados.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Fobias específicas apresenta sintomas como:
Desespero;
Imobilidade;
Agitação psicomotora;
Tratamento: Psicoterapia/ dessensibilização.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Fobia Social
Medo excessivo, imensurável de um objeto
ou situação, esquiva e ansiedade antecipatória.
Medo patológico de agir de forma ridícula em
público: comer, beber, falar, enrubescer.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TCO)
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
é um transtorno comum, crônico e
duradouro. É caracterizado pela presença de
obsessões e/ou compulsões.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Obsessões são pensamentos, impulsos ou
imagens recorrentes e persistentes que são
vivenciados como intrusivos e indesejados.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Compulsões são comportamentos
repetitivos ou atos mentais em que um
indivíduo se sente compelido a executar em
resposta a uma obsessão ou de acordo com
regras que devem ser aplicadas rigidamente.
TRANSTORNOS DE HUMOR
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é
considerado uma doença mental grave. Ela está
entre as dez maiores causas de incapacitação,
de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Tratamento: Psicoterapia, antidepressivos e
antipsicóticos.
TRANSTORNOS DE HUMOR
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
O transtorno do estresse pós- traumático
(TEPT) é uma entidade nosológica distinta, onde o
indivíduo deve ter sido exposto a um evento
traumático (guerras, tortura, estupro, experiência
de combate, desastres naturais ou ocasionados
pelo homem, acidentes automobilísticos, estresse
do trabalho).
TRANSTORNOS DE HUMOR
As comorbidades mais frequentes ao TEPT são:
Transtorno depressivo maior;
Tentativa de suicídio;
Abuso de substâncias;
Transtorno obsessivo compulsivo;
Transtorno do pânico.
Estresse
O estresse não é uma doença, mas o
estado do organismo submetido a tensão, com
participação de componentes físicos e/ou
psicológicos, causada pelas alterações
psicofisiológicas que podem ocorrer em
situações de confronto, medo, ira, excitação,
indecisão e até situação de extrema felicidade.
Estresse
Como é a resposta do nosso corpo ao estresse?
O início do estresse é através de um longo
processo bioquímico, que se instala
independente da causa da tensão.
Estresse
Várias são as respostas ao estresse:
Taquicardia;
Sudorese Excessiva;
Tensão Muscular;
Boca Seca;
Sensação de Estado de Alerta, etc.
Estresse
Fonte do estresse – É qualquer situação advinda de
um estado emocional forte, que quebra a
homeostase interna e exija adaptação.
Estressores internos: Frio, Fome e Dor.
Estressores externos: Fatores psicossociais
relacionado com a história de vida/adaptação.
Estresse
Efeitos Causados pelos Elementos Estressores
Adoecimento- sobrecarga dos órgãos vitais;
Imunidade;
Enfraquecimento do sistema de defesa;
Redução no desempenho do trabalho;
Perdas nas relações sociais e afetivas;
Prejuízo da qualidade de vida.
EstresseCausas
Excesso de atividades/ má distribuição do tempo;
Acúmulo de raiva e sentimentos negativos;
Problemas de relacionamento;
Descontrole diante de situações críticas;
Preocupação excessiva;
Falta de descanso ou lazer;
Dificuldades em lidar com perdas.
Estresse
Fases do Estresse
1ª Fase de Alerta: São alterações fisiológicas que
preparam o organismo para enfrentar as excitações,
incômodos ou ameaças.
É um confronto inicial com o estressor, é uma
reação de alerta que se instala no organismo,
eliciando comportamento de luta ou fuga.
Estresse
2ª Fase de Resistência: É uma fase mais acentuada,
o organismo já apresenta doença, precisando de
acompanhamento médico e/ou psicológico.
Se o estressor permanece ou se ele é intenso,
mas não letal, o organismo tenta restabelecer seu
equilíbrio interno, reparar o dano.
Estresse
3ª Fase de Exaustão: Esta fase é muito perigosa:
Surgem severas alterações físicas ou cerebrais com
risco de doenças crônicas, risco de morte através de
infarto, hemorragia cerebral, úlcera perfurada,
suicídio, etc.
Quando o estressor perdura, e ocorrem
outros estressores cumulativos, o processo evolui,
há exaustão psicológica, começam a aparecer
doenças e pode levar a morte.
Estresse
Prevenção do estresse:
Alimente-se de maneira saudável e em períodos regulares.
Não faça uso de tranquilizantes sem orientação médica.
Mantenha, pelo menos, uma atividade física periódica, com orientação médica.
Administre seu tempo realizando uma atividade por vez.
Programe e tire férias anuais.
Estresse
Evite o fumo, café e bebidas alcoólicas.
Resolva os problemas de forma racional, encarando-os positivamente.
Procure ser mais compreensivo e menos exigente.
Desenvolva um bom relacionamento interpessoal.
Procure conhecer seu organismo e respeite-o, não ultrapassando seus limites.
Melhore a qualidade de sua vida.
Estresse
Como lidar com os agentes Estressores?
A mudança de atitudes inclui
principalmente evitar crenças geradoras do
estresse. É necessário ser aprovado ou estimado
por todas as pessoas que são importantes em
nossas vidas. Devemos ser “perfeitos”, para
sermos considerados pessoas de valor.
Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout é uma doença
relacionada ao trabalho. Trata-se de um estado
de exaustão física, emocional e mental, causado
pela discrepância entre as expectativas do
indivíduo e a sua vivência no trabalho.
Síndrome de Burnout
É o resultado final de um processo
gradativo de desilusão, vivenciado pelos
indivíduos diante da impossibilidade de derivar
do seu trabalho um sentido existencial.
Síndrome de Burnout
O burnout é a resposta a um estado
prolongado de estresse, ocorre pela
cronificação deste, quando os métodos de
enfrentamento falharam ou foram insuficientes.
Enquanto o estresse pode apresentar aspectos
positivos ou negativos, o burnout tem sempre
um caráter negativo (distresse).
Síndrome de Burnout
É mais comum em profissões que exigem o contato
direto com pessoas, tais como: professores;
Assistentes sociais;
Bancários;
Enfermeiros;
Fonoaudiólogos e fisioterapeutas;
Médicos e dentistas,
Policiais, bombeiros, agentes penitenciários
Recepcionistas; etc.
Síndrome de Burnout
São consequências do burnout:
Exaustão emocional (resultante das demandas
emocionais no relacionamento do profissional com
os usuários dos seus serviços);
Despersonalização (atitude do profissional para se
distanciar do estresse gerado na relação com o
usuário, tratamento do cliente como objeto e não
como pessoa);
Síndrome de Burnout
Baixa realização pessoal (avaliação negativa do
profissional de seu desempenho no trabalho e
de seu relacionamento com o público)
Síndrome de Burnout
O burnout é desenvolvido por indivíduos
motivados, com altos objetivos pessoais e
expectativas acerca do que o trabalho pode
prover.
Pessoas com baixa motivação podem
experimentar estresse, alienação, depressão ou
fadiga, mas não o burnout.
Síndrome de Burnout
São sintomas do burnout: Físicos
Fadiga constante;
Distúrbios do sono;
Dores musculares ou osteomusculares;
Cefaleias;
Enxaquecas;
Perturbações gastrointestinais;
Imunodeficiência;
Transtornos cardiovasculares;
Disfunções sexuais.
Síndrome de BurnoutSão sintomas do burnout: Psicológicos
Falta de atenção e concentração;
Alterações de memória;
Lentificação do pensamento;
Sentimento de alienação;
Sentimento de solidão;
Impaciência;
Baixa autoestima;
Desânimo;
Depressão.
Síndrome de BurnoutSão sintomas do burnout: Comportamentais
Negligência;
Irritabilidade;
Agressividade;
Incapacidade para relaxar;
Dificuldade na aceitação de mudanças;
Perda de iniciativa;
Aumento do consumo de substâncias (álcool, drogas...);
Comportamento de alto risco;
Suicídio (em casos extremos).
Síndrome de Burnout
Tratamento:
Uso de medicamentos (quando necessário);
Medidas psicoterapêuticas individuais e/ou
em grupo.
Síndrome de Burnout
A psicoterapia promove o
autoconhecimento, favorecendo o
desenvolvimento de melhores estratégias de
enfrentamento frente às dificuldades da vida.
O uso de medicamentos melhora os
sintomas de ansiedade e depressão.
Síndrome de Burnout
O tratamento da síndrome de burnout
inclui uma mudança no estilo de vida, para um
modo mais moderado de viver. Cuidados com a
saúde, sono e alimentação são imprescindíveis,
assim como praticar exercícios físicos
regularmente e manter uma vida social ativa.
Dependência Química
Transtornos mentais pelo uso de substâncias psicoativas
Uma substância psicoativa é qualquer
substância química que, quando ingerida,
modifica uma ou várias funções do SNC (Sistema
Nervoso Central), produzindo efeitos psíquicos e
comportamentais.
Dependência Química
São substâncias psicoativas:
Álcool;
Maconha;
Cocaína;
Café;
Chá;
Diazepam;
Nicotina;
Heroína; etc.
Dependência Química
Intoxicação - Definida como uma síndrome
reversível específica (alterações
comportamentais ou mentais, como prejuízo do
nível de consciência e outras alterações
cognitivas, beligerância, agressividade e/ou
humor instável) causada por substância
psicoativa recentemente ingerida.
Dependência Química
O abuso de substâncias psicoativas ocorre
quando há uso recorrente ou contínuo de uma
substância psicoativa.
Tal uso produz prejuízos ao sujeito em sua
vida familiar, no trabalho ou na escola (ausência
ao trabalho, fracasso escolar, brigas familiares,
etc.).
Dependência Química
O conceito de uso nocivo de uma substância
psicoativa é mais restrito que o de abuso.
Refere-se a um padrão de uso que causa dano
à saúde física (esofagite ou hepatite alcoólica,
bronquite por tabagismo) ou mental (depressão
associada a pesado consumo de álcool) (OMS,
1993).
Dependência Química
Fissura (correspondente ao craving, em
inglês) é o termo que se dá ao desejo intenso de
usar uma substância.
Dependência Química
Tolerância - refere-se à diminuição do
efeito de uma substância depois de repetidas
administrações.
O organismo passa a necessitar de
quantidades cada vez maiores da substância
para que se obtenha o mesmo nível inicial de
seu efeito.
Dependência Química
Síndrome de abstinência - conjunto de
sinais e sintomas que ocorrem horas ou dias
após o indivíduo cessar ou reduzir a ingestão da
substância que vinha sendo consumida
geralmente de forma pesada e contínua (APA,
2002).
Dependência Química
Sintomas gerais de abstinência:
Ansiedade;
Inquietação;
Náuseas;
Tremor;
Sudorese;
Em casos muito graves, ocorre convulsões, coma
e morte.
Dependência Química
A dependência a substâncias psicoativas é
definida como um padrão mal adaptativo de uso
de substâncias em que há repercussões:
Psicológicas;
Físicas;
Sociais.
Dependência Química
Há, na dependência, um grande
envolvimento do sujeito com a substância; ele
gasta muito tempo (e interesse afetivo) em
atividades que implicam a obtenção ou o
consumo da substância.
Dependência Química
Alguns dependentes tornam-se
desnutridos, descuidam-se do vestuário, da
higiene e dos dentes e têm vida sexual
promíscua (que é um fator importante para a
contaminação por doenças como a AIDS e a
sífilis).
Dependência Química
Assim como o envolvimento com a
substância acaba por tornar-se compulsório, o
processo de recuperação implica envolver-se
afetivamente em outras atividades e
desenvolver relações afetivas com pessoas
significativas, reconquistando, assim, a
autoestima.
Dependência Química
Alcoolismo ou síndrome de dependência de
álcool
Bebidas alcoólicas têm sido utilizadas pelos
seres humanos desde o início da história. O álcool
é uma substância que produz, ao longo dos anos,
significativa tolerância e dependência física.
Dependência Química
O abuso do álcool caracteriza-se por um
padrão patológico de ingestão repetitiva de
bebidas alcoólicas (padrão mais qualitativo que
quantitativo), ocorrendo repercussões sobre a
saúde física, sobre o bem-estar psicológico e
sobre o funcionamento familiar e profissional
(Ramos; Bertolote, 1997).
Dependência Química
A síndrome de dependência de álcool
(SDA) é definida como um estado psíquico e
físico resultante da ingestão repetitiva de álcool,
incluindo a compulsão para ingerir bebidas
alcoólicas de modo contínuo ou periódico,
havendo a perda do controle.
Dependência QuímicaOs aspectos característicos da SDA são:
1. Empobrecimento do repertório.
2. Relevância da bebida.
3. Aumento da tolerância ao álcool.
4. Sintomas repetitivos de abstinência.
5. Esquiva ou busca de alívio para os sintomas de abstinência.
6. Compulsão para beber.
7. Reinstalação mais rápida da tolerância após a abstinência
8. Negação.
Dependência Química
Epidemiologia
O álcool é a droga psicoativa mais utilizada
em todo o mundo. Segundo a OMS (Organização
Mundial de Saúde) estima que a prevalência
esteja em torno de 15% da população. No Brasil,
existem 18 milhões de alcoolistas e atinge três
homens para cada mulher.
Dependência Química
Diagnóstico
Os alcoolistas apresentam um funcionamento
social ou ocupacional comprometido por fatores
como: Violência enquanto intoxicado; faltas ao
trabalho; perda de emprego; dificuldades legais;
acidentes de trabalho e de tráfego; discussões com
a família ou amigos por causa do uso excessivo.
Dependência Química
Principais transtornos mentais induzidos pelo
álcool
INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA: Consumo excessivo de
álcool em um curto espaço de tempo.
Os sinais podem ser:
Neurológicos;
Psíquicos;
Comportamentais.
Dependência Química
Os traços de personalidade como timidez ou
desconfiança, podem ser exagerados ou
reduzidos.
O início é súbito, com comportamento hostil e
agressivo.
O episódio é de curta duração e há amnésia
subsequente.
Dependência Química
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA:
Sintomas:
Tremores (mãos, língua e pálpebras);
Náuseas;
Vômitos e mal estar;
Taquicardia;
Sudorese;
Aumento de pressão arterial.
Dependência Química
TRATAMENTO DO ALCOOLISMO CRÔNICO:
É um transtorno difícil de ser tratado;
As recaídas são frequentes e desanimadoras;
Objetivo evitar o impulso irresistível para beber.
Dependência Química
Técnica: é o tratamento múltiplo, que envolve a
associação de psicoterapia:
Individual;
Grupo;
Familiar;
Uso de medicamentos.
Suicídio
O que é suicídio?
O suicídio configura-se como morte
intencional auto infligida. Isto é, quando a
pessoa decide tirar sua própria vida.
O Suicídio é um problema complexo para o
qual não existe uma única causa ou uma única
razão.
Suicídio
O suicídio resulta de uma complexa
interação de fatores:
Biológicos;
Genéticos;
Psicológicos;
Sociais;
Culturais;
Ambientais.
Suicídio
É difícil explicar porque algumas pessoas
decidem cometer suicídio, enquanto outras em
situação similar ou pior não o fazem.
A maioria dos suicídios pode ser
prevenida. Suicídio é uma grande questão de
Saúde Pública em todos os países.
Suicídio
Suicídio e transtornos mentais
Fatores relacionados ao suicídio:
Primeiro - a maioria das pessoas que cometeu
suicídio tem um transtorno mental
diagnosticável.
Segundo - suicídio e comportamento suicida são
mais frequentes em pacientes psiquiátricos.
Suicídio
Diagnósticos em ordem decrescente de risco:
Depressão (todas as formas);
Transtorno de personalidade;
Alcoolismo (abuso de substância);
Esquizofrenia;
Transtorno mental orgânico.
Suicídio
O estado mental e o suicídio
Três características em particular são próprias
do estado das mentes suicidas:
Ambivalência
Impulsividade
Rigidez
Suicídio
O comportamento suicida pode ser
prevenido e, para isso, um bom planejamento e
a criação de programas envolvendo diversos
profissionais qualificados para tal fim são
necessários.
Suicídio
Os principais fatores de risco para o suicídio são:
História de tentativa de suicídio
Transtorno mental.
O uso de drogas, principalmente do álcool,
aumenta a impulsividade e, com isso, o risco de
suicídio.
Suicídio
É falso afirmar que “quem fala não faz”.
É preciso ficar atento aos sinais.
Aquilo que a pessoa fala ou faz que indique
desejo de morrer.
Suicídio
Não podemos esquecer que o ato suicida
nem sempre envolve planejamento, a pessoa
pode cometer suicídio sem ter demonstrado
previamente esta intenção.
Suicídio
Entre todos os grupos, o de maior risco é o
das pessoas que já tentaram o suicídio.
Apenas uma em cada três delas chega aos
serviços de pronto-socorro (urgência e emergência),
recebe o primeiro atendimento, mas nem sempre é
encaminhada para serviços de saúde mental.
Sem tais cuidados, a maioria dessas pessoas
pode voltar a tentar o suicídio.