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dirigente Lojista l novembro 2011 l 1
lojistad i r i g e n t e an
o 36 · n° 445 · novembro 2011 · r$ 9,90
Os turistas nãO vêm apenas
ver futebOl, eles querem cOnhecer O país e fazer
cOmpras. prepare-se para
nãO perder essa grande
OpOrtunidade
copa de vendas
e-commercevarejo chega às redes sociais, como Facebook
enTrevIsTao spc e a nova cultura do crédito, por ricardo Loureiro
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4 l dirigente Lojista l novembro 2011
roque peLLIzzaro junIorPresidente da Confederação Nacionalde Dirigentes Lojistas (CNDL)
a o s L o j i s t a s
o ano de 2011, cujo último e mais
importante mês para o comércio
varejista vivenciamos agora, foi marca-
do por duas tendências bem-vindas que,
espera-se, serão mantidas em 2012: o
aumento do consumo pelas classes D e
E e a redução da taxa básica de juros.
Um cenário favorável para amenizar a
esperada desaceleração das vendas
deste Natal, cujos resultados deverão
atingir de 6% a 7% contra os 11% re-
gistrados em 2010 devido, em parte,
à diminuição da demanda doméstica
e à inflação ao longo do ano.
A economia vai bem, o desempre-
go em baixa, mas o momento é de
atenção continuada. A salutar queda
da taxa de juros não se sustentará
sem a inflação sob controle. A percep-
ção do Comitê de Política Monetária de
que há espaço para a redução da selic
contribuirá para o fortalecimento da
economia se acompanhada pela dis-
posição por uma política fiscal austera
que conduza o País a um crescimento
duradouro no médio e longo prazo.
O sucesso de um negócio, no entan-
to, não está integralmente a cargo dos
gestores da macroeconomia. Cabe tam-
bém ao comerciante a responsabilidade
de se informar e identificar oportunida-
des. No momento em que as vendas
de Natal coincidem com a ascensão
das classes D e E, o treinamento e a
motivação das equipes de vendas são
fundamentais para o merecido e ade-
quado atendimento a esse novo perfil
de cliente, sem a exclusão dos demais.
O e-commerce merece igual aten-
ção. Uma pesquisa da empresa de con-
sultoria Deloitte realizada em outubro
indica que 21% dos entrevistados no
País pretendem fazer compras pela in-
ternet neste Natal. O número, próximo
ao de quem se dispõe a comprar em
lojas de departamento (25%) e shop-
pings (22%), deverá aumentar nos
anos seguintes com o crescente aces-
so das classes D e E ao mundo virtual.
Na análise por regiões, a pesquisa
revela que a maior procura por presen-
tes deve vir do Sul, onde 37% disseram
que essa é a prioridade dos gastos de
fim de ano. Itens de perfumaria e cos-
méticos serão destaque ao lado de ce-
lulares, incluindo smartphones e tablets
– estes últimos a novidade deste Natal.
É interessante notar que smartpho-
nes e tablets são, por sua vez, potenciais
ferramentas de compra que se somam
às formas tradicionais de acesso à web.
A popularização destes aparelhos refor-
ça, portanto, como as novas tecnologias
e os meios eletrônicos de pagamento
e recebimento têm se tornado inevi-
táveis em nossos negócios. Por isso,
comerciante, adapte-se a essa nova
oportunidade. A cada Natal, o mundo
virtual estará mais presente na vida do
comércio e do varejo de todo o País.
Boas PersPeCtivas: oLho Nas
oporTunIdades“2011 foi marcado
por duas tendências que, espera-se,
serão mantidas em 2012: o aumento do consumo pelas classes D e E e a redução da taxa básica de juros”
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diretoria cndl
Presidente Roque Pellizzaro Junior1º vice-Presidente Vitor Augusto Kochvice-Presidente Adão Henrique vice-Presidente Francisco Honório Pinheiro Alves vice-Presidente Geraldo César de Araújovice-Presidente José César da Costavice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreudiretor administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souzadiretor do dasPc Roberto Alfeu Pena Gomesdiretor cdl Jovem Samuel Torres de Vasconcelosdiretores Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Mar-celo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias
diretorias esPeciaisAdilson SchuenkeEmanuel Silva PereiraCelso Vilela GuimarãesGeovanne TellesValdir Luiz Della GiustinnaMarcelo SalesAntoine Youssef TawilJosé Manoel RamosEgnaldo Pedro da Silva
conselHo sUPeriorRomão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,
Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho
conselHo Fiscal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tas-sinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes)
sUPerintendente André Luiz PellizzaroGerente Kleber Sérgio Carvalho SilvasUPervisão Luiz Santana
conselHo deliberativo do sPc brasilPresidente Itamar José da Silva vice-Presidente José César da Costa
conselHo de administração do sPc brasilPresidente Roberto Alfeu vice-Presidente Melchior L. D. de Abreu Filho diretor Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza vice-diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosadiretor de comUnicação Dr. Francisco de FreitassUPerintendente Nival Martins Júnior
conselHo Fiscal do sPc brasilLuiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil
a revista dirigente lojista é produzida pela editora empreendedor
diretor-editor Acari [email protected] de comercialiZação e marKetinG Geraldo Nilson de [email protected]ção [email protected]ção-eXecUtiva Alexsandro VaninrePortaGem Ana Paula Meurer, Camila Stäheline Raquel Rezendeedição de arte Gustavo Cabral VazProJeto GrÁFico Wilson Williamsrevisão Lu Coelho Foto de caPa Thinkstockeditora do Portal da cndl Ana Paula Meurereditora do Portal emPreendedor Carla Kempinski
sedessão Paulodiretor comercial Fernando Sant’Anna [email protected] de contas Gerson Cândido dos Santos e Osmar Escada JuniorRua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis01239-010 – São Paulo – SP – Fone: (11) [email protected]
FlorianópoliseXecUtiva de atendimento Joana [email protected] Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496Santo Antônio de Lisboa – 88053-400Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666central de comUnicaçãoRua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - CentroFone: (48) 3216-0600E-mail: [email protected]
escritÓrios reGionaisrio de JaneiroRua São José, 40 – 4º andar – Centro20010-020 – Rio de Janeiro – RJFones: (21) 2611-7996 / [email protected]íliaUlysses C. B. CavaCondomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DFFones: (61) 9975-6660 / [email protected] Grande do sulNenê Zimmermann / Renato ZimmermannRua Quintino Bocaiúva, 554 – conjunto 501 Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RSFone: (51) [email protected]@starteronline.com.br.com.brParanáMerconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo TakigutiRua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PRFone: (41) 3079-4666 – [email protected] Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton MarcondesRua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) [email protected] GeraisSBF Representações / Sérgio Bernardes FariaAv. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 170430112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / [email protected]
ProdUção GrÁFica Teixeira Gráfica e Editora
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assine a diriGente loJista(61) 3213 2000 | [email protected] | www.cndl.org.br
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Nesta edIção
segundo pesquisa da empresa de consultoria Ernst & Young
em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Copa do Mundo de 2014 poderá gerar um total de R$ 142 bilhões adicionais para o Brasil nos próximos anos. Para o mercado varejista, as notícias são positivas e o consumo será crescente até o mundial. Em outro levantamento da FGV, este em parceria com o Sebrae, foram mapeadas 122 oportunidades de negócio para o comércio em de-corrência do evento da Fifa.
Porém, é necessário que os comer-ciantes se alinhem quanto a essa de-manda e, principalmente, se atualizem em questões de capacitação, tecnolo-gia e automação bancária. E esta pre-paração deve começar já e seguir gra-dativamente até 2014, sendo que um ano antes teremos um grande “ensaio oficial” com a realização da Copa das Confederações. Planejamento, inova-ção e atendimento de qualidade são as palavras de ordem para quem de-seja aproveitar as chances de negócio.
Como não queremos deixar de le-vantar a taça, tanto em campo quanto no varejo, a dirigente lojista dedica a matéria de capa desta edição às opor-tunidades geradas pela Copa do Mundo. A reportagem apresenta as principais chances de negócio e o que o comer-ciante brasileiro precisa fazer para apro-veitá-las, como ele está se preparando e onde pode encontrar ajuda para sair vencedor deste desafio.
alexsandro vanin Editor
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í N D i C e
edIção 22
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445Entrevista Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian, fala sobre a mudança da cultura do crédito no Brasil e das vantagens do novo SPC, mais ágil, seguro e preciso.
Tendência Pesquisa aponta hábitos e costumes do consumidor brasileiro de vestuário, informações úteis para lojistas desenvolverem estratégias e campanhas. Saiba como utilizar esses dados a seu favor.
E-commerce Varejo avança no modelo de vendas pela internet e agora investe no potencial das redes sociais, em especial o Facebook. Conheça este novo canal e curta as vendas como nunca.
44 Perfil Há 106 anos no mercado, a Doural Presentes mantém a imagem de loja tradicional com foco principal no cliente, mas sempre atenta à inovação, o que lhe rendeu o Prêmio GIA Brasil.
2022
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Reportagem de capaa copa 2014 atrairá muitos turistas – com perfil diferenciado e alto poder de compra – e aumentará a demanda por produtos e serviços, mas o varejo precisa estar preparado para aproveitar o bom momento. descubra o que fazer desde já para não perder as oportunidades e onde conseguir ajuda, e siga o exemplo de quem já deu os primeiros chutes a gol.
seções
04 Aos Lojistas
08 Brasil Lojista
18 CDL Jovem
20 Informe Jurídico
56 Leitura
opInIão
62 Pense Grande, por Joel Fernandes
64 Banho de Loja, por Kátia Bello
58 Sobre Loja, por Josemar Basso
60 De Olho no Cliente, por Luciana Carmo
66 Agenda
26
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B r a s i L L o j i s t a
reestruturação, mudança e resul-tado na forma de benefícios aos
associados. Estes foram os temas do encontro realizado pela FCDL/PR que nos dias 30 de novembro e 1º de de-zembro reuniu as CDLs paranaenses para apresentar o projeto do Movi-mento Lojista no Paraná.
O presidente da FCDL/PR, Samoel Antonio de Mattos, disse aos presen-tes que “o sonho estava se tornando realidade. O Movimento Lojista no Es-tado do Paraná ressurge com o apoio da CNDL e do SPC Brasil”.
O superintendente da CNDL, André Luiz Pellizzaro, lembrou que a CNDL e o SPC Brasil vão trazer os benefícios do Movimento Lojista para solução ao comércio paranaense sem perder a es-sência dos valores do associativismo.
FCDL/PR reúne as CDLs paranaenses
O spc nasceu há mais de 50 anos e permanece nas cdLs com a finalidade de gerar segurança nas vendas a prazo, contribuindo com a economia
nacional e com os próprios consumidores
O Estado do Paraná contará com o SPC que reúne as informações dos associados vinculados ao Sistema CNDL, detentor da marca, sendo o maior banco de dados de pessoa fí-sica da América.
O SPC nasceu há mais de 50 anos e permanece dentro de nossas CDLs
com a finalidade de gerar segurança nas vendas a prazo feitas pelos nos-sos associados, contribuindo com a economia nacional e com os próprios consumidores. O sucesso do evento foi verificado na sinergia e no entu-siasmo dos seus participantes.
Nós somos CDLs.
estreitando o relacionamento com as cdls e atuando em parceria com os diretores distritais da Fcdl/sc, o vice-presidente de coordenação distrital da Federação, olair Klemtz, cumpriu roteiro em cdls pelo estado. nos locais, além de participar de reuniões com os diretores distritais, dirigentes e colaboradores das cdls, olair Klemtz teve a oportunidade de conferir de perto as atividades, projetos e ações dos distritos da Federação em favor do movimento lojista. entre as cdls visitadas estavam a de curitibanos, três barras, caçador e catanduvas, além do 8º e 9º distritos.
movImenTo paranaenseNovo SPC Brasil agrega benefícios sem perder a essência do associativismo
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recentemente foram divulgados os nomes dos campeões do
concurso “Recicla CDL na Escola”, direcionado a estudantes do ensino fundamental da rede pública esta-dual, promovido pela Secretaria de Estado da Educação e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC).
No dia 4 de novembro, nas de-pendências da Secretaria do Desen-
volvimento Regional de Araranguá, foi feita a entrega da premiação aos vencedores e também aos de-mais participantes do concurso na etapa regional.
Os alunos que participaram do concurso e os diretores das escolas receberam um certificado de par-ticipação. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Araranguá entregou aos alunos uma caneca personalizada
com a logomarca do concurso. Re-presentando a entidade, a gestora Luciana Daitx disse que promover um concurso com tal tema é mui-to importante para a sociedade. “É nos pequenos que temos que enrai-zar esta consciência da preservação ambiental, para que os mesmos se tornem adultos mais conscientes, que sem a natureza que nos rodeia é impossível viver”, afirmou.
CDL Araranguá entrega premiação do concurso “Recicla CDL na Escola”
cuLTura da preservação Concurso procura conscientizar crianças para que venham a ser adultos responsáveis
nos dias 23, 25 e 30 de novembro, a Fcdl/Pe e a cdl recife realizaram uma rodada de encontros comerciais de sPcs no estado. o objetivo foi levar a todas as cdls informações referentes à parceria do sPc com a serasa. além disso, nos eventos foram apresentados pacotes comerciais, técnicas de venda, fomento comercial, entre outros.
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B r a s i L L o j i s t a
a 42ª Convenção Estadual Lojista do Rio Grande do Sul começou
oficialmente no dia 10 de novem-bro. A cerimônia de abertura abriu espaço para homenagear, reconhe-cer e integrar os novos presidentes das CDLs, que ocuparam a função a partir do encerramento da edição anterior da convenção. Para isso, foi realizada a posse conjunta das au-toridades, que receberam uma pe-quena estátua do laçador, ícone do tradicionalismo rio-grandense. O as-sociativismo é um fator que facilita o alcance desses objetivos.
“Continuamos trabalhando em prol do associativismo, pois assim nós conquistamos as nossas metas de
convenção estadual reúne cerca de 1,5 mil lojistas em gramado
forma mais fácil, consistente e com resultados imediatos para o nosso ne-gócio. Obrigado pelo grande esforço e por somarem ao nosso exército em defesa do Movimento Lojista”, disse o presidente da FCDL/RS, Vitor Koch.
Também foram homenageadas as empresas e entidades que possuem o certificado QComércio: um selo de qualidade, capacitação e modelo de gestão de eficiência. Foram mais de 1 mil horas de treinamento entre lojistas e CDLs certificadas, com o objetivo de buscar a excelência e o envolvimen-to direto com as melhores práticas na gestão das organizações. A força e a união do setor foram pontos bastante lembrados durante a cerimônia.
Estiveram presentes na solenida-de, além do presidente da FCDL/RS, o prefeito de Gramado, Nestor Tissot; o deputado estadual José Sperotto; o presidente da Confederação Na-cional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior; o coorde-nador da CDL Jovem do Rio Grande do Sul, Marcos Rogério Carbone; os presidentes das federações de CDLs de Santa Catarina, Sergio Alexandre Medeiros; do Rio de Janeiro, Jair Fran-cisco Gomes; de Pernambuco, Adjar Soares da Silva; e o presidente da União dos Vereadores do Rio Grande do Sul (Uvergs), Antonio Inacio Bac-carin, e a presidente da CDL de Gra-mado, Elaine Negruni.
Como um dos itens que fazem parte do grande projeto de ações para o biênio 2011/2012, a diretoria da Câmara de Di-rigentes Lojistas de Nanuque (MG) está estruturando o “Banco de Habilidades”, iniciativa que tem a missão de transfor-mar ideias em realidade, abrindo portas para o primeiro emprego.
Segundo a presidente da CDL, Gleu-sa Ramos, “o Banco de Habilidades é um instrumento que tem como obje-tivo concentrar currículos, habilitando as pessoas que querem o autoconhe-cimento, a vontade de aprender e que estão buscando uma colocação no mercado de trabalho”.
CDL de Nanuque lança “Banco de Habilidades”8
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um dos temas abordados no CDL Doze Horas, ocorrido no dia 1º
de dezembro, foi o novo sistema SPC Brasil, pauta essa desenvolvida pelo presidente da CDL, Jorge Prestes Lo-pes, que anunciou para o associado cedelista a migração do Banco de Dados SPC Uruguaiana para o sistema SPC Brasil, considerado o maior birô de crédito da América Latina.
Jorge Lopes apresentou uma gama de produtos e serviços que o lojista poderá dispor através do
Produtos e serviços do SPC Brasil são apresentados a lojistas no CDL Doze Horas
novo sistema. Segundo o presiden-te, são ferramentas de informação extremamente competitivas que
permitirão ao associado ter aces-so a números de consultas, regis-tros, comprometimento financeiro, cheques emitidos ou sem fundos e dados gerais do comprador. “A CDL de Uruguaiana é pioneira no interior do estado na implantação do novo sistema. O que estamos oferecendo para nosso associado é o que tem de melhor no Brasil, no que diz res-peito a sistema de informação e ca-dastro de pessoa física e jurídica”, completou Jorge Lopes.
spc Brasil é considerado o maior birô
de crédito da América Latina
Ela explica: “Toda a diretoria vem desenvolvendo um grande esforço para que todas as empresas de nossa cidade que pretendem contratar novos profissionais, ou aumentar o seu qua-dro de pessoal, nos procurem para que possamos encaminhar a mão de obra certa, para o trabalho certo e na hora
certa, para os seus postos de trabalho através do Banco de Habilidades”.
As empresas estão sendo convida-das a agilizar as inscrições, definindo o perfil do profissional de que elas precisam. Numa etapa seguinte, uma ampla divulgação será feita através da imprensa local, convidando as pes-
soas a entregarem seus currículos.“Essa é uma das alternativas que
encontramos para estimular a gera-ção de empregos e o aproveitamento de nossos profissionais. Afinal, temos muitos talentos, pessoas com muitas aptidões, que precisam mostrar suas capacidades”, completou Gleusa.
novo sIsTemaGama maior de produtos e serviços do sPC Brasil
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B r a s i L L o j i s t a
dez empresas de Minas Gerais receberam a Medalha Mérito
Lojista por terem sido as mais vo-tadas em seus segmentos na eco-nomia betinense. Com a presen-ça do senador Aécio Neves, como paraninfo, no dia 10 de novembro aconteceu a entrega da Medalha Mérito Lojista para empresas que se destacaram na cidade em seus ra-mos de atividade durante o último ano. A iniciativa foi idealizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Betim e pela Câmara Municipal de Betim, que transformaram o Prê-mio Mérito Lojista em condecoração e realizaram, em conjunto, a sole-nidade de entrega das honrarias no Clube Atlético Rodoviário.
Empresários e representantes de empresas associadas à CDL Betim responderam pesquisas de opinião
CDL Betim condecora empresasem dez segmentos, entre comércio lojista e prestação de serviços. As mais citadas em cada categoria rece-beram a honraria lojista-legislativa. Desse modo, dez empresas – uma por categoria – receberam as me-dalhas banhadas a ouro, onde estão gravados o Brasão da Câmara Muni-cipal e a logomarca da CDL Betim.
O senador mostrou gratidão, elo-giou o comércio lojista da cidade e criticou a alta carga tributária e sua centralização. “Dou minhas sauda-ções e agradecimentos pelo privilé-gio de estar entre vocês para home-nagear quem dedica a vida a servir à população e ao desenvolvimento socioeconômico da cidade”, disse Aécio Neves. “Se eu puder sintetizar, em uma expressão, o que o municí-pio de Betim significa, essa expres-são é trabalho, muito trabalho.”
HomenagemAutoridades prestigiaram a entrega de condecoração
Dez empresas, uma por
categoria, receberam
a medalha Mérito Lojista
dirigente Lojista l novembro 2011 l 13
a diretoria da FCDL/MG se reuniu no dia 25 de novembro, na sede
da entidade, para encerrar as ativida-des institucionais e lançar a progra-mação para o próximo ano. O presi-dente José César da Costa apresentou um compilado das principais ativida-des de 2011. Assim que se iniciou a explanação, os diretores receberam a ilustre visita de um ex-presidente da Federação, Sebastião Mauro, que foi calorosamente ovacionado pelos seus companheiros de causa.
O vice-presidente administrativo-financeiro, Marco Antônio de Olivei-ra, apresentou a prestação de contas
diretoria fcdl/mg em última reunião de 2011
atualizada e o orçamento para os principais eventos institucionais da entidade como o 9º Encontro de Pro-fissionais e a 21ª Convenção Estadual do Comércio Lojista (ambos no Hotel Tauá, entre os dias 24 e 27 de maio de 2012) e o 5º Encontro de Presi-dentes (Hotel Glória, em Caxambu, entre os dias 15 e 18 de março de 2012). Ainda haverá em 2012 o 6º Encontro de Presidentes e as habitu-ais assembleias, reuniões de direto-ria e reuniões regionais. José César da Costa também os anunciou, con-vidando sua diretoria a participar de forma ativa nestas datas.
No campo estratégico, uma agen-da com propostas para aproximar a classe lojista com o poder público foi discutida. Em 2011, além da Frente Parlamentar de Apoio ao Comércio Varejista em Minas, a FCDL/MG in-gressou como membro nos comitês de discussão do Fopemimpe (Fórum Permanente Mineiro das Microem-presas e Empresas de Pequeno Porte) e recebeu uma cadeira no Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais.
campo esTraTégIcoDirigentes discutiram
propostas para aproximar os lojistas do poder público
14 l dirigente Lojista l novembro 2011
1971 2011
LOSANGO. HÁ 40 ANOS FAZENDO PARTEDAS CONQUISTAS DO VAREJO.
*Fonte: Guia VOCÊ S/A EXAME 2011. A Losango atua como prestadora de serviços de correspondente não bancário do HSBC BANK BRASIL S.A. – BANCO MÚLTIPLO, conforme permitido pela legislação vigente.
Melhor empresa do setor varejista para trabalhar*, líder do mercado de varejo e parte do Grupo HSBC, a Losango possui solidez e credibilidade para ajudar você a atender às necessidades dos seus clientes. É assim que ela faz parte das suas conquistas, garantindo bons negócios e o crescimento da sua empresa, sempre respeitando o consumidor. Comemore com a Losango estes 40 anos de sucesso.
SEJA NOSSO PARCEIRO. ACESSE LOSANGO.COM.BR/SEJANOSSOPARCEIRO
B r a s i L L o j i s t a
no dia 29 de novembro, uma impor-tante e participativa reunião entre as
entidades que disponibilizam o serviço de SPC no Estado de Rondônia aconteceu na CDL de Pimenta Bueno. Na pauta do en-contro, esclarecimentos sobre a parceria CNDL/SPC Brasil com a Serasa Experian.
Os gerentes do SPC Brasil e da CNDL, Ronaldo Guimarães e Luiz Santana, respectivamente, apresentaram os ob-jetivos e regras da parceria, o que res-pondeu às indagações do plenário, com-posto por mais de 30 representantes das entidades estaduais.
CDLs de Rondônia tiram dúvidas sobre parceria SPC Brasil e Serasa
escLarecImenTos Diretores apresentaram
objetivos e regras da parceria
dirigente Lojista l novembro 2011 l 15
1971 2011
LOSANGO. HÁ 40 ANOS FAZENDO PARTEDAS CONQUISTAS DO VAREJO.
*Fonte: Guia VOCÊ S/A EXAME 2011. A Losango atua como prestadora de serviços de correspondente não bancário do HSBC BANK BRASIL S.A. – BANCO MÚLTIPLO, conforme permitido pela legislação vigente.
Melhor empresa do setor varejista para trabalhar*, líder do mercado de varejo e parte do Grupo HSBC, a Losango possui solidez e credibilidade para ajudar você a atender às necessidades dos seus clientes. É assim que ela faz parte das suas conquistas, garantindo bons negócios e o crescimento da sua empresa, sempre respeitando o consumidor. Comemore com a Losango estes 40 anos de sucesso.
SEJA NOSSO PARCEIRO. ACESSE LOSANGO.COM.BR/SEJANOSSOPARCEIRO
Diretoria CNDL realiza última reunião de 2011
a diretoria da CNDL esteve reunida no dia 8 de dezembro em sua sede em Brasília. O presi-
dente Roque Pellizzaro Junior abriu o encontro dan-do boas-vindas aos diretores, nesta que foi a última reunião da diretoria no ano de 2011.
Em pauta, assuntos como Convenção Nacional de 2011, 2012 e 2013; Seminário Nacional de SPCs do próximo ano; Mérito Lojista 2011 – a premiação acontece no próximo ano; Missão NRF 2012; além de projetos como SPC, Seminário E-COM 2011 e Projeto Sebrae.
16 l dirigente Lojista l novembro 2011
B r a s i L L o j i s t a
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Sinop (MT), ciente da importância do Natal para o comércio – período de maior movimento nas lojas –, já está organizando tudo para que o comer-ciante usufrua desta data da melhor maneira possível. Três pontos são importantes: uma boa campanha de prêmios, para impulsionar as vendas; o horário especial de Natal, para que todos possam ir às compras; e o po-liciamento reforçado, para garantir a segurança neste período.
A campanha de Natal da entidade já está sendo distribuída aos lojistas com os melhores prêmios da história de Si-nop. Este ano a CDL vai dar uma casa, um carro de luxo, cinco motos e 1 mil prêmios instantâneos na Raspadinha.
Com relação ao horário diferencia-do, a CDL realizou uma reunião com
CDL de Sinop organiza horário especial de Natal
os principais lojistas da cidade e já está elaborando o horário estendido, que deve acontecer nos 10 dias que antecedem o Natal. O pedido de au-torização de funcionamento será en-tregue à prefeitura.
E por fim, para garantir que os lojis-tas terão segurança para ficarem aber-
tos até mais tarde, o presidente da CDL, Afonso Teschima Junior, esteve reunido com a Polícia Militar. Participaram da reunião o comandante regional coronel Adriano Denardi, o comandante de Si-nop, tenente-coronel Aurélio Vilas Boas, e o comandante da Força Tática, capitão Vanilson da Silva Moraes.
poLIcIamenTo reForçadoSegurança durante Natal é vital para comerciante aproveitar bem a data
enconTro com presIdenTeDirigentes discutiram o funcionamento do novo SPC
o presidente e o diretor-financeiro da CDL Ji-Para-ná (RO), Huberman Carneiro de Souza e Osmar
Farinácio, respectivamente, cumpriram agenda na Capital Federal no dia 23 de novembro.
No Congresso Nacional cumpriram uma agenda de visitas aos parlamentares rondonienses, buscan-do soluções para a melhoria da infraestrutura de Ji-Paraná e região.
Aproveitando a passagem por Brasília, realizaram visita à sede da CNDL, onde foram recepcionados pelo presidente Roque Pellizzaro Junior. Durante con-versa, discutiram assuntos relacionados ao funciona-mento do serviço de SPC, dentro do novo modelo de parceria entre a CNDL/SPC Brasil e a Serasa.
Diretores da CDL de Ji-Paraná visitam a CNDL
dirigente Lojista l novembro 2011 l 17
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BALANÇO DE 2011
PROJETOS DEFINIDOS PARA 2012
C D L J o v E m
Coordenação Nacional se reúne em Gramadono dia 11 de novembro, a Co-
ordenação Nacional da CDL Jo-vem esteve reunida durante a 42ª edição da Convenção Estadual Lojis-ta que aconteceu em Gramado (RS). Durante o encontro os coordenado-res fizeram um balanço do ano de 2011 e elaboraram o calendário de reuniões para 2012.
Entre os participantes estava o coordenador nacional da CDL Jovem, Samuel Vasconcelos, e os coorde-nadores estaduais de Minas Gerais, Geovanne Teles; de Santa Catarina, Renan Stringhini; do Rio Grande do Sul, Marcos Carbone; de Vitória, Le-onardo Krohling; de Pernambuco, Paula Costa; e do Rio de Janeiro, Ca-rolina Ferreira.
Participaram também da reunião os presidentes da FCDL do Rio Gran-de do Sul, Vitor Augusto Koch, e da FCDL Pernambuco, Adjar Soares.
CALENDÁRIO DE REUNIÕES PARA 2012
Impressão de 5 mil catálogos para serem entregues na Convenção Nacional;
Confecção de camisas polo para participação nas reuniões da coordenação;
Dia da Liberdade de Impostos (DLI) fica definido para 31 de maio;
Projeto piloto Aiesec;
Projeto Ambiental – 5 de junho;
Projeto Não Morra no Trânsito (Viva no Trânsito) – 23 de setembro
1. Projetos de âmbito nacional que tiveram resultados positivos:
DLI;
Não Morra no Trânsito.
2. Confecção e distribuição de kits DLI, Kit Start e Catálogo de Projetos.
Coordenadores fizeram
balanço do ano e definiram
calendário para 2012
10 de fevereiro Vitória (ES)
27 de abril Belo Horizonte (MG)
22 de junho Caruaru (PE)
17 de agosto Niterói (RJ)
19 de outubro Florianópolis (SC)
7 de dezembro Brasília (DF)
dirigente Lojista l novembro 2011 l 19
20 l dirigente Lojista l novembro 2011
i N f o r m e j u r í D i C o
Eis que o empresário, além de amargar os prejuízos pelo
não recebimento dos produtos e serviços, tem que arcar com os
tributos incidentes
venda a prazo não quitada tem incidência tributáriauma matéria importante foi jul-
gada pelo Supremo Tribunal Federal que, por maioria de votos, entendeu que em caso de inadim-plemento de vendas a prazo o Fisco deve arrecadar e tornar definitivo o recolhimento das contribuições de PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Finan-ciamento da Seguridade Social).
A discussão teve início com um mandado de segurança impetrado na instância de origem por um supermer-cado que buscava a declaração de seu direito líquido e certo de reaver os valo-res pagos a título de PIS e Cofins, tendo em vista a ausência do abatimento da base de cálculo das receitas não recebi-das devido à inadimplência de compra-dores de suas mercadorias ou serviços.
O ministro Dias Toffoli, relator do processo, ressaltou que o inadimple-mento não descaracteriza o fato ge-rador da operação, ao contrário da venda cancelada que a lei expressa-mente, assim, dispõe.
O ministro Dias Toffoli frisou o fato de as vendas canceladas não poderem ser equiparadas às vendas inadimpli-das. Segundo ele, isto ocorre porque diferentemente dos casos de cancela-mento de vendas em que o negócio jurídico é desfeito, extinguindo-se as obrigações do credor e do devedor, “as vendas inadimplidas, a despeito de poderem resultar no cancelamen-to das vendas e na consequente de-
Mais uma vez, o SPC é uma impor-tante ferramenta para amenizar estas perdas. (Fonte: STF)
acidente no traJeto Para o tra-balHo: O acidente que ocorre no tra-jeto de casa até o trabalho não faz presumir culpa da empresa emprega-dora. Caso desta natureza foi decidido pelo Tribunal de Justiça de Santa Cata-rina que entendeu que a mãe de um trabalhador atropelado a caminho do serviço não deveria receber indeniza-ção por danos morais e pensão vita-lícia da empregadora de seu filho. Os desembargadores concluíram que não há como atribuir a responsabilidade do acidente à ré, pois ele foi causado por terceiro. A vítima morava perto do trabalho – a menos de 1 quilômetro –, não necessitando de transporte até o local ou, se dele precisasse, poderia ainda usufruir do transporte oferecido pela municipalidade. Doutrinadores, aliás, entendem que acidentes desta natureza, também chamados in itine-re, não são considerados acidentes do trabalho para fins de indenização por
volução da mercadoria, enquanto não sejam efetivamente canceladas, im-portam em crédito para o vendedor, oponível ao comprador”.
Os ministros Marco Aurélio e Celso de Mello votaram pelo provimento do RE e ficaram vencidos. “Ante o inadim-plemento não se aufere coisa algu-ma”, disse o ministro Marco Aurélio, ao entender que receita auferida é “recei-ta que teve ingresso na contabilidade em si da empresa, na contabilidade do sujeito passivo do tributo”. No mesmo sentido, o ministro Celso de Mello sa-lientou que valores não recebidos não podem configurar receita, “revelando-se inábeis a compor a própria base de cálculo”. Conforme ele, “a base de cál-culo das exações tributárias em ques-tão há que se apoiar no conceito de receita, cuja noção foi definida por esta Corte como sendo de receita efetiva-mente auferida”. (RE 586482).
Comungamos dos votos divergen-tes eis que o empresário, além de amargar os prejuízos pelo não rece-bimento dos produtos e serviços, tem que arcar com os tributos incidentes.
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por andré LuIz, assessor jurídico CNDL [email protected]
A força e união do associativismo das FCDLs e CDLs com o novo
momento do SPC. “Nós somos CDL.”
em altaA tentativa de aplicar o novo aviso prévio aos contratos de trabalho findos e com prescrição legal.
em baixa
“Cada sonho que você deixa para
trás é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.”
steve Jobs
responsabilidade civil do empregador, mas tão somente para fins de recebi-mento de benefícios previdenciários. (Fonte: TJSC)
HonorÁrios advocatÍcios na JUs-tiça do trabalHo: Em caráter ter-minativo, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o PL nº 3392 que institui ho-norários na Justiça do Trabalho, além de considerar imprescindível a atuação do advogado. Pelo projeto, que ainda irá ao plenário da Câmara e ao Senado, se o trabalhador ganhar a causa, ele não mais terá descontados de seu cré-dito os honorários devidos ao advoga-do, que deverão ser pagos pela parte perdedora (sucumbencial) da ação, ou seja, o empregador. (Fonte: OAB)
devedores JUdiciais no sPc: A re-forma do Código de Processo Civil (Projeto de Lei nº 8046/10) poderá permitir a inscrição em empresas de restrição ao crédito, como o SPC, das pessoas que não cumprirem o paga-mento determinado nas sentenças judiciais. A emenda deverá ser apre-sentada ao relator do texto, deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA). A ideia é que, com essa restrição, a pes-
soa pague a dívida. “E hoje todo mun-do precisa de crédito”, disse o rela-tor. Com a proposta, uma pessoa que deixe de pagar pensão alimentícia, por exemplo, poderá ser inscrita nos cadastros de proteção ao crédito. “A intenção da comissão é garantir que as pessoas cumpram as suas obriga-ções”, informou o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Alexandre Câmara, que faz parte do grupo de juristas da reforma do CPC. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)
dano moral eXorbitante: A inde-nização imposta a uma administrado-ra de consórcio de veículo que emitiu cobrança indevida contra um cliente foi reduzida de R$ 180 mil para R$ 30 mil. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça considera que a cobrança de débito inexistente gera o dever de reparar os danos morais sofridos por quem é cobrado, mas o valor não pode ser exorbitante. O ministro Raul Araújo, relator do caso, considerou esse valor exorbitante, o que justifica sua revisão pelo STJ. Ele observou que não há no processo prova de quitação do valor total do veículo. Por isso, entendeu que foi demasiado estimar o montante da
reparação dos danos morais no mes-mo valor do bem sorteado. A decisão de reduzir o valor para R$ 30 mil foi unânime. (Fonte: STJ)
e-mails da cHeFia: Uma ex-empre-gada não conseguiu provar na Justiça do Trabalho que os e-mails recebidos da chefia da empresa eram ofensi-vos à sua honra e imagem a ponto de caracterizar assédio moral e, em consequência, motivar o recebimento de indenização por danos morais. Por essa razão, a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, à unanimidade, não conheceu do recurso de revista da trabalhadora mantendo a decisão do Tribunal Regional, que entendeu que nenhum dos e-mails apresenta-dos registrou ameaça de dispensa na hipótese de as metas estabelecidas não serem alcançadas. Na avaliação do Regional, a cobrança em relação ao cumprimento de metas representa pressão sobre os empregados. Con-tudo, embora a forma de abordagem nos e-mails não fosse a mais apro-priada, não havia rigor excessivo que pudesse ser entendido como assédio moral, porque os e-mails não se des-tinavam a determinado empregado, e sim a toda a equipe. (Fonte: TST)
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e N t r e v i s t a
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muDar a CuLtura do crédITo
Em 1970, o Brasil tinha uma população de 100 milhões de brasileiros e conquistou no futebol o título de
tricampeão mundial. Em 2014, na próxima Copa do Mundo de Futebol, que será realizada em diferentes regiões brasileiras, o País terá uma população de 200
milhões e pelo menos a metade – ou seja, 100 milhões – terá o título de “bons pagadores”. A previsão é do presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro. Ele revela que no momento estão incluídos no Cadastro
Positivo cerca de 17 milhões de brasileiros, e pelo ritmo atual esse número alcançará 100 milhões de pessoas
quando for dado o pontapé inicial do maior evento esportivo do mundo em 2014.
ricardo Loureiro | Presidente da Serasa Experian
por acari amOrim
24 l dirigente Lojista l novembro 2011
e N t r e v i s t a
o que representa para a econo-mia brasileira e para o varejo em particular a introdução do cadas-tro Positivo?ricardo loureiro – O Cadastro Posi-tivo muda toda uma cultura na con-cessão de crédito no Brasil. Sempre se focou, se buscou informação so-bre os maus pagadores, sobre quem poderia ter dificuldades de pagar a prestação de um bem ou serviço. Agora, com o Cadastro Positivo, se-rão privilegiadas as informações po-sitivas das pessoas. Assim, quem for
considerado um bom pagador cer-tamente terá pagamento com juros menores e mais prazo para saldar sua dívida. Isso cria todo um am-biente positivo na economia para a geração de novas vendas e com-pras, de novos negócios.
como está o ritmo para a forma-ção desse cadastro Positivo?loureiro – Diariamente a Serasa busca junto aos bancos, junto às empresas que trabalham com car-tões de crédito e em outras fontes,
novas informações sobre o compor-tamento positivo de pessoas e em-presas. São milhões de informações cruzadas diariamente. Num ritmo muito veloz, pois fazemos uso das mais modernas tecnologias. Por isso devemos alcançar, com certeza, da-dos e informações positivas de mais de 100 milhões de brasileiros no ano da próxima Copa do Mundo.
a serasa também criou um ser-viço para proteger o consumidor chamado “Proteja-me”. Qual é o
Nesta entrevista, Ricardo Loureiro, além de reforçar as vantagens do Cadastro Positivo que, segundo ele, muda a cultura de concessão de crédito no Brasil, fala também sobre a importância da parceria recém-firmada entre a Serasa Experian e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a maior entidade do varejo brasileiro. O presidente da Serasa avalia ainda os efeitos da atual crise econômica mundial sobre a concessão de crédito no Brasil.
dirigente Lojista l novembro 2011 l 25
objetivo, como funciona? loureiro – Queremos dar não ape-nas ao lojista, mas aos donos de empresas informações seguras para o fechamento de seus negó-cios. Assim criamos um serviço para atender, dar segurança diretamen-te para o consumidor. Através de uma mensalidade, cerca de R$ 10, o consumidor será sempre avisado sobre alguém que esteja consultan-do, por exemplo, o seu CPF. Pode ocorrer que uma pessoa esteja uti-lizando o CPF de outra pessoa para
são na grande maioria lojistas. Esta-mos preparados para atender a essa demanda que tende a crescer pelo bom momento da economia brasi-leira. Hoje estamos fechando uma média de 10 mil novos contratos por mês, na maioria – quase 100% – de pequenas empresas. Acreditamos que cerca de 4 milhões de micro e pequenas empresas têm capacidade e necessidade de fechar contratos para receber informações e fechar novos negócios com segurança.
o nível atual de inadimplência no varejo brasileiro preocupa?loureiro – Não. Essa taxa de inadim-plência está dentro de uma normali-dade. Com o atual nível de emprego e desenvolvimento do Brasil, essa taxa de inadimplência é perfeita-mente aceitável.
não existe o perigo de estourar uma bolha de venda, como ocor-reu nos estados Unidos com o mercado imobiliário?loureiro – O governo brasileiro está atento aos níveis de inflação e ao controle da taxa de juros. Ao mes-mo tempo o governo está empe-nhado em desenvolver o País. As perspectivas para o Brasil são ex-tremamente positivas. O momento econômico é extremamente favo-rável, especialmente aos micro e pequenos empresários que estão tendo um ambiente para crescer. Estamos preparados para atender esses empresários com informações e dados para fechamento de novos negócios, que vão gerar novas ri-quezas, mais bem-estar econômico e social para o todo o País.
fazer compras ou negócios. Diaria-mente recebemos pedidos de con-sulta sobre dados e informações de cerca de 5 milhões de pessoas. Te-mos condições de informar na hora, via internet, a cada pessoa, sobre a consulta que está sendo feita no seu CPF, se procede, está correto e se é do seu interesse.
até que ponto a recente parceria entre a serasa e a cndl (a maior entidade do varejo lojista brasilei-ro) poderá incrementar e melhorar a concessão de crédito no brasil?loureiro – Essa parceria vinha sen-do perseguida há muito tempo. O objetivo é levar um bom serviço ao lojista. Estamos somando nossas es-truturas, nossos investimentos de anos. Numa única consulta, o lo-jista terá os dados das duas bases de informações, ou seja, da Serasa e do CNDL (SPC). Temos uma ação complementar. Nossa base conjunta passa a ser maior. Assim, o lojista, ao invés de acessar duas fontes di-ferentes, já começa a acessar uma só. Isso agiliza os serviços para o lo-jista, além de possibilitar segurança e precisão nas informações.
o objetivo é cobrir todo o brasil? o lojista, num ponto mais distan-te do País, poderá ter acesso a es-sas informações de crédito?loureiro – Esse é o objetivo final. O lojista, na cidade mais distante, poderá ter acesso instantâneo, via internet, às informações neces-sárias para que possa fechar uma venda com segurança. Nosso gran-de foco no momento é atender as micro e pequenas empresas, que
Estamos preparados para
atender cerca de 4 milhões de novas empresas
com dados e informações confiáveis
Temos que privilegiar o bom
pagador, com juros menores e
maiores prazos de pagamentos
26 l dirigente Lojista l novembro 2011
GoLEADA DEC a P a
oporTunIdadesa Copa 2014 atrairá muitos turistas e aumentará a demanda por produtos e serviços, mas o varejo precisa estar preparado para aproveitar o bom momentopor camila stähelin
ESTIMATIVAS DO GOVERNO FEDERAL
r$ 183 bilhões
agregados ao Pib
r$ 33 bilhões em
investimento em infraestrutura
3,7 milhões de turistas
brasileiros e estrangeiros
r$ 9,4 bilhões
devem ser gerados
dirigente Lojista l novembro 2011 l 27
depois de 64 anos, o país do futebol vai sediar mais uma
vez a maior competição desportiva do mundo. O evento é simplesmen-te o mais visto em todo o planeta. Em 2014, todas as atenções estarão voltadas para o Brasil. Não é à toa que um acontecimento de propor-ções gigantescas como este seja considerado pelo governo federal e pela iniciativa privada como uma excelente ferramenta para alimen-tar o crescimento econômico. Isso sem contar na chance que o País terá de lapidar ainda mais a boa imagem que vem conquistando lá fora. E o setor varejista, como não poderia deixar de ser, é peça funda-
mental nesse processo. No entanto, ainda há muito o que ser feito.
“O varejo vive da sazonalidade, de datas especiais. São situações como a Copa no Brasil que suscitam os desejos de comprar, de substituir produtos. É evidente que um evento dessa natureza vai trazer benefícios para a comercialização de bens e serviços”, destaca o professor e pre-sidente do conselho do Programa de Administração de Varejo, da Funda-ção Instituto de Administração (Pro-var/FIA), da Universidade de São Paulo (USP), Claudio Felisoni.
Segundo o especialista, alguns trabalhos já foram feitos levando em consideração o impacto do tor-
neio mundial no Produto Interno Bruto (PIB) do País. “O varejo de bens representa 52% do consumo das famílias. Se tirarmos o consu-mo de automóveis, motos, peças e combustível, tradicionalmente debitados como peso, pelo valor médio alto, significaria aproximada-mente 42%. Ao considerarmos es-ses percentuais e as estimativas que se tem com dados em outras inicia-tivas como esta, significa que essa expansão deve ficar em torno de 0,2 ponto percentual a 0,5 ponto per-centual do PIB. É um valor grande, particularmente em um momento que a economia mundial vive uma desaceleração”, diz Felisoni.
700 mil empregos
permanentes e temporários
criados
28 l dirigente Lojista l novembro 2011
C a P a
torneio deve gerar expansão de 0,2% a 0,5%
do pIB
De acordo com o professor, ainda é difícil definir com muita exatidão quais segmentos varejistas serão mais beneficiados. No entanto, ele acredita que boa parte da expan-são fique por conta de serviços. No que se refere à comercialização de bens, enumera alimentos, vestuário, informática e eletroeletrônicos como os mais prováveis de apresentarem resultados elevados. “Há sempre um aumento na venda de televisões em copas do mundo. As pessoas procu-ram trocar por um aparelho melhor para assistir aos jogos”, afirma.
Já o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, defende que todos os segmentos do setor serão atingidos positivamente pela compe-tição. No entanto, também indica que alguns terão mais destaque. “Todo
aquele ligado a vestuário e calçados, serviços dos mais variados, além de produtos de higiene e limpeza”, diz.
Pequenos e médiosAs grandes redes varejistas, se-
gundo o professor Claudio Felisoni, devem apresentar melhores resulta-dos com o Mundial de Futebol do que os pequenos e médios comerciantes. “Esses grupos têm condições mais amplas de manter e melhorar suas margens, não só no que diz respeito a eventos como esses, mas de uma maneira geral.” No entanto, as chan-ces de ganhos para os pequenos tam-bém existem e são bem promissoras. Tudo depende de como cada lojista vai se planejar e se organizar visando o acontecimento em 2014.
Atualmente, o comércio varejista corresponde a mais da metade de um
FeLIsonI, da provarsão situações como a Copa no Brasil que suscitam os desejos de comprar, de substituir produtos
dirigente Lojista l novembro 2011 l 29
total de 5,9 milhões de micro e pe-quenas empresas existentes no País. “Esta representatividade já mostra a importância de receber investimentos na preparação para a Copa do Mun-do”, destaca o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.
Segundo o executivo, nos próximos anos, a entidade prestará auxílio para estas empresas melhorarem a gestão e incluírem o conceito de inovação no seu cotidiano. “Essa é a principal maneira de torná-las mais competiti-vas. Além disso, os investimentos que forem feitos para o evento serão o legado que terão, podendo se benefi-ciar mesmo após sua realização”, diz.
Foi pensando nesse potencial econômico e nas necessidades dos comerciantes que o Sebrae, em par-ceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), desenvolveu o estudo “Mapa
de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Se-de”. De acordo com o levantamento, somente o comércio varejista deve gerar 122 oportunidades de negó-cios para essas empresas.
“No período que antecede a reali-zação da Copa do Mundo, os mais be-neficiados serão o comércio de mate-riais de construção, devido ao grande número de obras que serão realizadas; e alimentos e bebidas, pelo aumento contínuo no fluxo de turistas, resul-tando em uma maior demanda de hotéis, bares e restaurantes”, afirma o presidente. Já durante a competição, o ganho mais significativo ficará por conta de alimentos e bebidas, vestu-ário e acessórios, material esportivo, presentes, artesanato e produtos que trabalhem a identidade local.
O mapeamento também mostra
peLLIzzaro, da cndLtodos os segmentos do setor serão atingidos positivamente
unIFormIzadosDecoração especial de ícones da arquitetura de Brasília com símbolos e ídolos da seleção marcou escolha do Brasil como sede
marcelo casal Jr/abr valter campanato/abr
30 l dirigente Lojista l novembro 2011
C a P a
Investimentos de R$ 80 milhões até 2013
Tornar os espaços comerciais mais atrativos, seguros e valorizados
“Projeto Inovarejo”: acesso à automação comercial, ao comércio eletrônico e aos meios eletrônicos de pagamento
Cartilha “Inove com Normas Técnicas”
PROGRAMA SEBRAE 2014
quais os requisitos que as micro e pequenas empresas devem atender para aproveitar as oportunidades que serão criadas. A pesquisa é uma das ações previstas no Programa Sebrae 2014, criado exclusivamente para ajudar os empresários de pequeno porte no que se refere ao evento no Brasil, e que receberá, até 2013, in-vestimentos de R$ 80 milhões. Além dessa iniciativa, há ainda outras que serão colocadas em prática.
A primeira delas terá o objetivo de tornar os espaços comerciais mais atrativos, seguros e valorizados. “Para isso faremos a articulação entre em-presários, instituições públicas, priva-das e comunidade para a realização de ações conjuntas para desenvolvimento de um plano estratégico, definição de
Sebrae Mais
Sebraetec
Negócio a Negócio
Agentes Locais de Inovação
PARA AJUDAR NA GESTÃO
marca e identidade visual do espaço comercial, promoções de vendas e melhorias na infraestrutura do espaço comercial, por exemplo, e sempre va-lorizando a história e a cultura presen-tes na região”, destaca Barretto.
A segunda iniciativa é o Projeto Inovarejo, de âmbito nacional, vol-tado para o acesso à automação co-mercial, ao comércio eletrônico e aos
meios eletrônicos de pagamento. “O custo para um investimento como esse não é alto, e é uma solução que tornará a empresa mais competitiva no mercado, e com mais chances de ter sucesso antes, durante e depois da realização dos jogos”, diz. Lembrando que, principalmente os turistas es-trangeiros, devem utilizar prioritaria-mente cartões de crédito e débito.
Já a terceira ação é a publicação da cartilha “Inove com Normas Técnicas”, idealizada em parceria com a Associa-ção Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). O material vai abordar quais os requisitos que a norma da ABNT voltada ao comércio apresenta para que um empreendimento tenha qua-lidade em serviço.
Além do Programa Sebrae 2014,
“Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede”:
– 122 oportunidades de negócios
– Segmentos mais beneficiados:
antes: comércio de materiais de construção e alimentos e bebidas
durante: alimentos e bebidas, vestuário e acessórios, material esportivo, presentes, artesanato e produtos que trabalhem a identidade local.
Preparação da mão de obra deve ser feita
gradativamente até 2014
dirigente Lojista l novembro 2011 l 31
a instituição conta com outros progra-mas que têm como objetivo justamen-te auxiliar a melhorar a gestão, como: Sebrae Mais, Sebraetec, Negócio a Ne-gócio e o Agentes Locais de Inovação.
dever de casaPlanejamento, inovação e atendi-
mento de qualidade são as palavras de ordem para aqueles comerciantes que quiserem aproveitar as chances de negócios criadas pela Copa de 2014. Por isso, quem ainda não co-meçou a se preparar já está perdendo tempo. “Os empresários devem co-meçar desde já, pois em 2013 tere-mos uma prévia da Copa do Mundo, que será a Copa das Confederações”, defende o presidente do Sebrae.
Segundo o professor da USP, Claudio
Felisoni, só é possível administrar aqui-lo que se conhece. “É hora de parar e pensar em estratégias e soluções que estejam mais conectadas com o seu negócio. Podem ser roupas ou outros produtos que remetam à ideia da Copa”, sugere. Mas o especialista também dei-xa claro que não é o caso, por exemplo, de se lançar uma loja exclusivamente para o torneio. “A não ser que se tenha uma ideia muito original, como foi com a vuvuzela (aquela corneta) na África do Sul. Mas, mesmo assim, é muito arriscado. A Copa é um evento muito pontual, e tem como as atividades já estabelecidas se especializarem e tirar proveito delas”, aconselha.
Para Felisoni, o que acaba contan-do mais não é nem tanto o que se vende, mas como se faz. O ganho, na
maioria das vezes, acontece à me-dida que a loja tem um serviço que permite que o consumidor seja me-lhor atendido. É um trabalho de pre-paração da mão de obra que já pode – e deve – ser feito gradativamente até 2014. “Haverá muito mais turis-tas estrangeiros no País. Saber dizer ‘bom dia’ e ‘boa tarde’ em inglês, por exemplo, e conhecer bem seus pro-dutos são orientações muito básicas, quase rasas, mas que não podem ser deixadas de lado”, enfatiza.
Já existem algumas iniciativas que fornecem esse tipo de apoio. O Se-brae, por exemplo, desenvolveu uma parceria com a Escola do Transporte, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e com o Serviço Social do Trans-porte e o Serviço Nacional de Apren-
BarreTo, do seBraemelhorias adotadas para a Copa continuarão a trazer
benefícios após evento
ber
nard
o re
bello
/a
sn
32 l dirigente Lojista l novembro 2011
C a P a CIDADES-SEDE / ARENAS
Brasília/DFMané Garrincha
Capacidade: 71.500 (reconstrução)
Cuiabá/MTVerdão
Capacidade: 43.600 (reconstrução)
Curitiba/PRArena da BaixadaCapacidade: 42 mil
(reforma)
Manaus/AMVivaldão
Capacidade: 44.310 (construção)
dizagem do Transporte (Sest/Senat) para capacitar os taxistas na área de gestão e também nos idiomas inglês e espanhol. “Certamente os turistas serão melhor recebidos, mas, assim como nos demais ramos de atuação, o objetivo do Sebrae é preparar este pro-fissional para crescer e se desenvolver, ampliando os negócios mesmo após a Copa”, diz o presidente Luiz Barretto.
Ainda sobre cursos de línguas, as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) de algumas cidades, de acordo com o presidente da CNDL, Roque Pelliz-zaro Junior, já estão fazendo algo nesse sentido. Da mesma forma, o Senac também oferece cursos espe-cíficos nessa área.
Mas, além de melhorar a qualida-de de atendimento, Pellizzaro Junior afirma que é preciso investir no port-fólio de produtos para o Mundial. “Es-tamos falando de um perfil de cliente que não faz consulta de preço, que está disposto a gastar. Quer encon-trar aquilo que deseja e quando de-seja. São pessoas que viajam, e que exigem facilidades e velocidade na aquisição de bens e serviços, além, é lógico, da qualidade”, enfatiza.
além das cidades-sedeA Copa do Mundo de 2014 acon-
tecerá em 12 cidades. No entanto, há outros municípios brasileiros, prin-cipalmente os turísticos, que devem receber visitantes nesse período. “Será
um evento do Brasil, movimentando a economia de todo o País. Os turistas que vierem aproveitarão para conhecer todos os nossos destinos, fazendo com que haja uma intensa movimentação. Por isso o comércio varejista, mesmo daquelas cidades que não receberão os jogos, precisa estar preparado da mesma maneira: com planejamento e inovação”, ressalta o presidente do Sebrae Nacional. Luiz Barretto cita João Pessoa e Florianópolis como dois bons exemplos de cidades que ficam entre duas sedes e que estão desde já se preparando para aproveitar as oportu-nidades que serão geradas.
O consultor do Provar/FIA afirma que, apesar de ser óbvio que os bene-fícios vão se materializar muito mais nos locais onde acontecerão os jogos, também haverá um espalhamento. “No caso do Brasil, tendo o País ca-racterísticas de expressão continental, onde os deslocamentos não são tão simples, as ações devem ficar bastan-te mitigadas fora das regiões onde a Copa vai acontecer”, pondera.
O presidente da CNDL, por sua vez, ressalta que entre um jogo e outro do torneio são quatro dias. “Historicamen-te, nesse evento, as pessoas percorrem 350 quilômetros rodoviários no entor-no das cidades-sede, principalmente daquelas que não têm um atrativo de retenção muito grande, como as capi-tais distantes do litoral e as que pas-sam por uma fase de inverno”, diz.
Turistas da Copa aproveitarão para conhecer todos os nossos destinos
dirigente Lojista l novembro 2011 l 33
CIDADES-SEDE / ARENAS
São Paulo/SPFielzão
Capacidade: 68 mil (construção)
Belo Horizonte/MGMineirão
Capacidade: 64.500 (reforma)
Fortaleza/CECastelão
Capacidade: 67.037 (reforma)
Natal/RNMachadão
Capacidade: 42.623 (construção)
Porto Alegre/RSBeira-Rio
Capacidade: 60 mil (reforma)
Recife/PEArena PernambucoCapacidade: 46.214
(construção)
Rio de Janeiro/RJ Maracanã
Capacidade: 78.639 (reforma)
Salvador/BAFonte Nova
Capacidade: 50 mil(reconstrução)
AM
MT BA
CERN
PE
MG
DF
RJSP
PR
RS
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celo
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/a
br
34 l dirigente Lojista l novembro 2011
PERFIL DOS TURISTAS NA COPA 2010
Maioria de europeus, norte-americanos e sul-americanos
83% homens
60% solteiros
86% concluíram, no mínimo, o curso superior
87% pagaram a viagem com recursos próprios
Gasto médio por pessoa: R$ 11,4 mil, sem contar passagem
Fonte: Ministério do Turismo e FGV
Os turistas não vêm só para ver as partidas, mas também para conhecer o País. Por isso, afirma Pellizzaro Junior, esses municípios do entorno devem se preparar com a mesma intensidade e força. Segundo ele, a CNDL também já tem realizado ações nesses locais.
créditoPara investir e crescer é preciso
crédito, e, no caso das pequenas e médias empresas, o acesso pode não ser tão facilitado. “Hoje ele é relativa-mente abundante, o que se vê dificul-dade são em empresas que possuem restrições em relação ao seu crédito ou uma capacidade de endividamen-to já esgotada. O empresário precisa dosar isso, e entender que precisa ter recursos suficientes para aproveitar essa maré boa da Copa”, aponta o presidente da CNDL.
Pellizzaro Junior também aponta a ampliação do teto da Lei Geral do Supersimples em novembro de 2011 como um facilitador para a sobrevivên-cia do pequeno varejista na atividade. “Isso resulta uma facilidade não só para a Copa do Mundo, mas para o dia a dia até lá e depois dele”, afirma.
O Sebrae é outra fonte que pode auxiliar na obtenção de crédito por meio de diferentes iniciativas. Uma delas é o Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe), que com-plementa as garantias exigidas pelo banco. Para se ter uma ideia, desde 1995, quando o Fampe foi criado, já beneficiou 180 mil micro e pequenas empresas em todo o País com um to-tal de R$ 4,7 bilhões utilizados.
A entidade também atua em par-
C a P a
nik
e/d
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gaçã
o
dirigente Lojista l novembro 2011 l 35
ceria com o segmento de coopera-tivismo de crédito, que possui juros menores e menos exigências que as instituições bancárias, apoiando di-versas ações e iniciativas de micro e pequenas empresas.
Por último, tem as sociedades ga-rantidoras de crédito, que são quatro em funcionamento hoje, no Rio Gran-de do Sul e no Paraná. “Com apoio do Sebrae, já avalizaram R$ 12 milhões, viabilizando R$ 20 milhões em finan-ciamentos”, esclarece o presidente nacional da instituição.
Pontapé inicialO Grupo Fitta, pioneiro em franchi-
sing de agências de câmbio no Brasil e líder no mercado de ouro e metais preciosos, é uma das empresas que já está se preparando para o Mundial. “Como estamos em franca expansão, acreditamos que até a Copa de 2014 teremos ainda mais pontos de aten-dimento. A pulverização da oferta de câmbio será algo importante para o
País e para os estrangeiros que virão para o evento. Apesar de ser um tor-neio que dura 30 dias, durante este período acreditamos que o movimen-to das lojas aumentará muito”, diz o diretor comercial Luiz Ramos.
Com 62 unidades espalhadas pelo Brasil, de acordo com o executivo, as lojas e os funcionários serão prepa-rados para receber bem os turistas. “A qualificação dos colaboradores é importante, mas não será a única es-tratégia adotada. Ainda estão em de-senvolvimento algumas ações para o atendimento do estrangeiro sem que necessariamente ele precise ir à loja”, conta. Isso faz parte do planejamento da empresa, que prevê que a plata-forma de atendimento tenha diversos pontos de contato com este público.
“Não pretendemos criar espaços
diferenciados, no aspecto físico, ape-nas fazer com que o estrangeiro se sinta bem acolhido em nossas lojas, seja com atendimento em sua língua materna ou com uma decoração es-pecífica com o tema da competição”, afirma Ramos.
Recentemente a rede inaugurou uma loja no Bairro da Liberdade, em São Paulo, com atendentes que falam tanto em português como em man-darim. “A unidade busca satisfazer as necessidades específicas do pú-blico predominante naquele local. Os chineses procuram a loja para fazer remessas de dinheiro para a China, usando o nosso serviço de ‘remit-tance’, provido pela Western Union. Para a Copa do Mundo teremos aten-dimento em mais outras línguas”, conclui o diretor comercial.
“Cidades próximas devem se
preparar com a mesma
intensidade e força”, diz pellizzaro
ramos, do grupo FITTafazer com que o estrangeiro se
sinta bem acolhido nas lojas
36 l dirigente Lojista l novembro 2011
RETRATo
Pesquisa aponta hábitos e costumes do consumidor brasileiro de vestuário, informações úteis para lojistas desenvolverem estratégias e campanhas
t e N D ê N C i a
a maioria dos consumidores não se interessa por olhar as eti-
quetas das peças de vestuário, pou-cos adquirem artigos de moda pela internet e são as mulheres que, ge-ralmente, escolhem o que comprar para si própria e para os membros da família. Essas são algumas das con-clusões de um estudo inédito reali-zado pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e pelo MDIC (Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior) sobre Usos, Hábitos e Costumes do Consumidor Brasileiro de Vestuário.
As informações obtidas com o estudo possibilitam definir melhor as estratégias de vendas, captando
novos consumidores e fidelizando os atuais. “Nossa intenção, com essa parceria entre governo e iniciativa privada, foi democratizar as informa-ções, buscando fortalecer o setor na-cional ante os importados. Os resul-tados possibilitam que o empresário entenda a cabeça do consumidor e melhore seus negócios, planejando suas compras e suas rotinas”, explica Fernando Pimentel, diretor-superin-tendente da Abit.
Atualmente, o setor têxtil e de confecção brasileiro é o quarto maior do mundo na produção de vestuário, empregando cerca de 1,7 milhão de trabalhadores diretos. Somente em 2010 faturou US$ 60 bilhões. Em
por ana paula meurer
FIeL
dirigente Lojista l novembro 2011 l 37
Apenas 27,1% dos entrevistados costumam olhar as etiquetas das peças de vestuário/artigos de moda para saber a origem do produto;
As mulheres são as maiores responsáveis, com participação de 84,6%, pela escolha de peças de vestuário/artigos de moda para si próprias ou para membros da família;
A frequência de compra de peças de vestuário/artigos de moda é de uma vez por mês para 37,7% dos entrevistados e a cada três meses para 30,4% dos consumidores;
As lojas de rua são o local preferido para compra de 56,2% dos entrevistados, sendo que quanto mais jovem o consumidor, maior a preferência pelas compras em shoppings;
O dinheiro ainda é a principal forma de pagamento utilizada para comprar vestuário/artigos de moda, com 56,4% das preferências, seguido de cartão de crédito, com 30,4%;
Somente 15,2% dos consumidores já compraram peças de vestuário/artigos de moda pela internet;
No Brasil, a participação do gasto com vestuário no total de despesas das famílias é de 5,5%, sendo que a Região Norte apresentou o maior índice: 7,4%;
Televisão é apontada como principal fonte de informação sobre moda, com participação de 72%;
47,5% dos entrevistados já compraram produtos de moda por causa de propagandas. Este índice é maior entre as mulheres, com 52,7%;
84,7% dos entrevistados costumam se informar a respeito de moda, sendo que a cidade que mais se destaca é Porto Alegre, com 98,5%; a de menor participação é Belo Horizonte, com 59%;
Apenas 32,1% dos entrevistados acompanham as Semanas de Moda, sendo que as mulheres costumam acompanhar mais que os homens (40,4% e 22,9%, respectivamente);
A maneira de vestir das personalidades (artistas, modelos, cantores e jogadores de futebol) influencia 62,2% dos entrevistados,
sendo que as mulheres são as mais influenciadas, com 70,7%.
As informações estão disponíveis nos sites do MDIC (www.mdic.gov.br) e da Abit (www.abit.org.br), sendo possível ter acesso a diferentes informações por meio de filtros e obter os dados completos da pesquisa quantitativa. O superintendente da Abit explica que há uma expectativa que as informações sejam atualizadas anualmente ou a cada 18 meses.
O CONSUMIDOR BRASILEIRO
38 l dirigente Lojista l novembro 2011
t e N D ê N C i a
meio a um mercado cada vez mais crescente, e ao mesmo tempo cada vez mais competitivo pela concor-rência com empresas estrangeiras, torna-se fundamental conhecer o comportamento predominante dos consumidores deste segmento.
Na primeira etapa da pesquisa, foram entrevistados consumidores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro e formadores de opinião de São Paulo sobre conhecimentos preliminares do assunto. Na se-gunda etapa, foi aplicada a técnica quantitativa, com dados conclusivos sobre o tema. Foram ouvidos con-sumidores das principais capitais do Brasil: São Paulo, Rio de Janei-ro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Salvador.
Ainda que não abranja todos os estados, para o consultor de negó-cios Alcides Ortiz, da empresa Credify Marketing & Concept, o comerciante tem importantes informações gerais para a elaboração de um agressivo plano de reestruturação de sua loja e de seu marketing. Os resultados podem ainda ajudar a decidir o foco dos seus produtos e das suas campa-nhas com base no perfil que atenda mais o seu público.
“Se apenas 27% olham a ori-gem da roupa, significa que o que deve ser exposto é produto que de-monstre boa qualidade, aparência e preço atrativo. Sendo comum as consumidoras retornarem de um a três meses para novas compras, por que não cadastrá-las de forma a en-viar uma mala direta agradecendo a fidelidade e informando as novi-dades nos períodos previstos para
retorno?”, exemplifica. Grande parte dos varejistas já está
se conscientizando da importância de conhecer os hábitos dos seus con-sumidores para melhor atender seus desejos e necessidades. “Sempre buscamos conhecer o perfil de quem está comprando nossos produtos. Mensalmente extraímos relatórios da nossa plataforma e do nosso ERP, sistemas de informação que inte-gram todos os dados e processos de uma organização”, destaca José Pau-lo Motta, sócio do e-closet, primeiro e-commerce de moda do Brasil.
“resultados possibilitam que
o empresário entenda a cabeça do
consumidor e melhore seus
negócios”
Fernando pImenTeL,
diretor-superintendente
da abit
40 l dirigente Lojista l novembro 2011
CuRTição DE
o varejo avança no modelo de vendas pela internet e agora investe no potencial das redes sociais, em especial o facebook
e - C o m m e r C e
curtir, compartilhar, comentar, atualizar e tweets são alguns
dos vocábulos cada vez mais pre-sentes na nossa linguagem. Seja pelo Facebook, Orkut, Twitter ou LinkedIn, grande parte da popu-lação mundial destina uma parte do dia para ficar conectada com os amigos, conhecidos e até mes-mo com os famosos por meio da internet e de suas redes de rela-cionamento. Somente o Facebook concentra mais de 800 milhões de usuários no mundo, sendo 30 mi-lhões no Brasil.
Atentos à nova realidade virtu-al, os varejistas estão descobrindo que uma rede social pode ser muito mais do que uma forma de lazer e interação. Com a possibilidade de troca de informações e influências entre os usuários, muitas empresas estão apostando neste mercado em
potencial como uma nova forma de fazer negócios. Trata-se do social commerce que, segundo a consul-tora Booz & Company, será respon-sável por 20% das vendas mundiais on-line neste ano e deve atingir a cifra de US$ 30 bilhões até 2015.
O método funciona como o e-commerce tradicional, mas, ao invés de usar o próprio site para fazer as vendas, as empresas co-mercializam seus produtos por meio de aplicativos e plataformas das redes sociais. Apesar de ser um termo relativamente novo no Brasil, muitas lojas, marcas e redes já estão apostando no uso dessa ferramenta por aqui.
Uma das primeiras foi o Magazine Luiza, que criou um canal de vendas em que os próprios usuários podem se tornar vendedores de produtos da empresa no seu perfil do Facebook e
por ana paula meurer
compras
Orkut. Por meio da plataforma “Ma-gazine Você” o usuário realiza um cadastro, seleciona os produtos da rede que deseja vender, dá dicas e avaliações para os seus amigos. Os internautas vendedores podem, in-clusive, personalizar suas lojas com seus nomes, como, por exemplo, “MagazinedoJoão”.
“Os consumidores buscam a opinião dos amigos nas redes so-ciais antes de comprar. Pensando nisso, criamos a melhor ferramen-ta on-line capaz de aproximar o comprador do divulgador”, afirma Frederico Trajano, diretor de Ven-das e Mar keting do Magazine Lui-za. Ele também ressalta que todo o processo da venda, como o pa-gamento, fica por conta da rede e que o usuário ganha comissão, que pode ser de 2,5% e de 4,5%, de cada produto comercializado.
40 l dirigente Lojista l novembro 2011
dirigente Lojista l novembro 2011 l 41
meu sHoppIng tatiana e flávio lançaram aplicativo que permite
passear entre as lojas, conhecer produtos e serviços e publicar fotos para colher opiniões
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e - C o m m e r C e
Para Paulo Kendzerski, diretor-pre-sidente da WBI Brasil, empresa espe-cializada em marketing digital, essa facilidade de obter informações de consumidores que já adquiriram um produto ou serviço é uma das principais vantagens do social commerce em re-lação ao e-commerce. Tal característica faz com que a confiabilidade de uma compra seja muito maior. “Além disso, há uma maior praticidade. As pessoas passam a maior parte do tempo nas re-des sociais, em especial no Facebook. Desta forma é mais fácil impactar estas no ambiente onde elas estão do que procurar motivá-las a clicar para levá-las a um outro site”, opina.
shopping 2.0Agregar diversas lojas dentro de
uma rede social. Foi com essa inten-ção que os sócios Tatiana Albuquer-que e Flávio Berman, diretores da E-like, lançaram o “Meu Shopping”, primeiro aplicativo brasileiro que oferece a possibilidade de o usuário comprar roupas, utensílios domésti-cos, vinho e perfumes diretamente do Facebook. Assim como o próprio nome sugere, a plataforma funcio-na como um verdadeiro shopping, sendo possível para o usuário pas-sear entre as lojas, conhecer seus produtos, serviços e até publicar a foto de determinado item na pági-na pessoal para perguntar as opini-ões dos amigos.
Para ter acesso ao f-commerce
de cada marca, é preciso “curti-las”. Além do benefício de poder com-prar sem sair de casa, os internautas também contam com promoções e vantagens exclusivas. “O aplicativo permite que a marca gere valor ex-clusivo para a categoria de clientes que há no Facebook, o metro qua-drado mais valorizado da internet”, destaca Tatiana.
Até o momento, oito lojas fazem parte da plataforma, entre elas Hope, Pepper, Maria Bonita, Extra, Cantão, Richards, Sack’s e Reserva. Mesmo em pouco tempo e ainda com pouca divulgação, os resultados positivos já são visíveis. Uma delas realizou uma ação promocional e teve seu volume de vendas superior ao de uma loja física presente em um importante shopping center no Rio de janeiro.
“Por meio da integração das fer-ramentas disponíveis e plug ins ex-clusivos, a experiência de compra do consumidor torna-se um importan-
te diferencial. Além de ser o único shop ping que os consumidores já en-tram identificados, o aplicativo ofe-rece outras possibilidades, como o vale-presente virtual.” Outras novas funcionalidades estão sendo implan-tadas pouco a pouco. A expectativa é que o Meu Shopping conte com 60 lojas até o final de 2012.
Mas é preciso ter certos cuidados e adotar estratégias eficazes na hora de implantar o comércio nas redes so-ciais. Neste sentido, Paulo Kendzerski enfatiza que o empresário deve se preocupar em desenvolver um bom relacionamento, sendo proativo na comunicação com seu público-alvo, retornando contatos e apresentando dicas úteis para seus consumidores. “Engana-se quem acredita que vai colocar uma loja virtual no Facebook e sempre conseguirá gerar vendas no mesmo volume de uma loja vir-tual tradicional. São situações em ambientes diferentes”, alerta.
magazIne LuIzausuários podem se tornar
vendedores da empresa no seu perfil do facebook e orkut
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P e r f i L
por raquel rezende
InovarTRADição Em
Há 106 anos no mercado, a Doural Presentes mantém a imagem de loja tradicional com foco principal no cliente, mas sempre atenta à inovação
dirigente Lojista l novembro 2011 l 45
desde 1905 é possível encontrar a Doural Presentes no mesmo
endereço: a famosa rua do comércio popular de São Paulo, a 25 de Março. Hoje, administrada pela quarta gera-ção da família Abdalla que começou com Assad Abdalla, um emigrante sírio em busca de melhores oportuni-dades no Brasil, a Doural disponibiliza mais de 70 mil itens de cama, mesa, banho, tapetes, utilidades domésticas, eletroportáteis, entre outros. Conside-rada a loja mais antiga do segmento, a Doural se mantém no mercado há 106 anos sempre inovando e seguindo a tradição de atender bem o cliente.
A difícil situação econômica da Sí-ria motivou a vinda de Assad Abdalla, aos 25 anos, para São Paulo junta-mente com um primo e conterrâne-os. Já no Brasil, colocou em prática o talento de negociador que costumava usar na Síria quando fazia pequenas obras no interior, durante um inverno rigoroso, e recebia como pagamento gêneros alimentícios que vendia na cidade. Como mascate carregando nas costas uma grande caixa, cheia de armarinhos, chamando os fregue-ses ao som da matraca pelas ruas da capital paulista, Assad Abdalla teve determinação para economizar e
Fernando assad aBdaLLaatual diretor da Doural Presentes faz parte da
quarta geração da família
46 l dirigente Lojista l novembro 2011
P e r f i L
constituir sua primeira empresa aos 30 anos. A Doural, então, começou a ser construída no número 141 da 25 de Março, hoje 595.
Tanto esforço desse patriarca de visão aguçada para os negócios sur-te efeito até hoje nas lições deixadas por ele e seguidas pelos membros da família que administram a loja. “Tradição, família, visão, flexibilidade e avaliação de risco são alguns dos ensinamentos deixados por ele que seguimos”, conta Fernando Assad Abdalla, diretor da loja. Não somen-te Fernando usa as reflexões de Ab-dalla como Assad Abdalla Neto utili-zou em outro momento da trajetória da loja, quando, sem precedentes na
região, começou a comercializar corti-nas prontas e obteve grande sucesso. Ideia, essa, que Neto teve ouvindo os clientes. E, assim, com foco no cliente e na inovação, a Doural foi conquis-tando cada vez mais consumidores. “A gestão das lojas é feita a partir da proximidade com o consumidor e os funcionários, ouvindo suas opiniões”, explica Fernando Assad Abdalla.
de a a ZUm dos fascínios da loja está em
oferecer em um único lugar produtos que variam de preço entre R$ 10 e R$ 5 mil, atingindo todas as classes sociais, com atendimento personali-zado. Todos os vendedores recebem
constantes treinamentos para sabe-rem usar e dar dicas de cada um dos produtos da loja. “Acompanhando o dia a dia do ‘chão de loja’ é possí-vel ter um feedback das necessida-des dos clientes, que ajuda muito a definir o mix de produtos”, comenta Fernando Abdalla.
Mas o grande desafio vivenciado pela loja é estar sempre em busca de produtos diferenciados, marcas novas e diferentes formas de atingir o clien-te. Mesmo estando em um endereço popular, a Doural investe para ser uma empresa multicanal. O site de e-com-merce leva mais de 45 mil itens na casa do cliente. Além disso, a empresa criou nove canais de comunicação que
dirigente Lojista l novembro 2011 l 47
foram unificados em um único portal, o Club Doural, para se manter conec-tado com o consumidor 24 horas por dia. Também foram criados espaços para atendimento específico a arqui-tetos, decoradores e noivas. Em de-zembro a família inaugura uma nova loja, direcionada aos públicos A e B, da Doural Jardins na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, principal roteiro de decoração do Brasil. “A aposta é ven-der produtos de maior valor agregado, conquistando público mais exigente”, afirma Fernando Abdalla.
Todo esse empenho foi reconhe-cido com o prêmio Global Innovator Award, que classifica a loja mais ino-vadora do Brasil. Em março de 2012,
a Doural vai representar o Brasil na etapa GIA Internacional, nos Estados Unidos, concorrendo com vencedoras de mais de 30 países.
Na avaliação de Fernando Abdalla, estar sempre atento a mudanças, ter agilidade para adaptar-se a novas si-tuações e alterações de rumo com to-
madas de decisões rápidas para estar à frente da concorrência são fatores que contribuíram para o sucesso da loja até hoje. Visão de negócio, saber ar-riscar, ter recursos para enfrentar crises e fazer das crises oportunidades tam-bém integram algumas das lições que Fernando acredita que fez a diferença para a Doural permanecer no merca-do com êxito durante tanto tempo. “A visão dos gestores, a localização, e acima de tudo, a presença constante dos donos na loja, procurando saber o que o cliente necessita, instruindo os vendedores, abrindo e fechando a loja. Tudo isso constitui um completo siste-ma de pequenas ações que nos leva-ram ao sucesso”, conclui Fernando.
gestão das lojas é feita a partir da
proximidade com consumidor
e funcionários
democráTIcoLoja oferece produtos de r$ 10 a r$ 5 mil num mesmo local, onde
funciona há mais de 100 anos
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P a N o r a m apor geraLdo rIgonI [email protected]
governo Lança pacoTe para esTImuLar vendas de FIm de ano
a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que
incide sobre eletrodomésticos da linha branca (como geladeiras e máquinas de lavar) deve resultar numa queda entre 3% e 5% do preço cobrado do consumidor final. A estimativa é da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio/SP).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no início do mês de dezembro a redução de IPI sobre a produção de fogões, geladeiras, tanquinhos e máquinas de lavar rou-
redução do IpI sobre linha
branca e crédito especial
para compra destes produtos
estão entre as medidas
pa. Em alguns casos o imposto foi totalmente cortado. O IPI incidente sobre o fogão, por exemplo, que era de 4%, foi zerado. Da mesma forma, os 10% que eram cobrados sobre os tanquinhos também caíram para zero. A redução do preço cobrado do consumidor final, no entanto, depen-de do impacto do imposto sobre o custo de produção, o que varia de acordo com o produto.
Após o anúncio do pacote do governo, a Caixa Econômica Fede-ral anunciou no mês de dezembro
dirigente Lojista l novembro 2011 l 49
por geraLdo rIgonI [email protected]
governo Lança pacoTe para esTImuLar vendas de FIm de ano
a Nova Pontocom, unidade de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar, espera elevar em 50% o volume de entregas em dezembro
deste ano na comparação anual, apoiada no reforço de sua estrutura ope-racional para evitar o “apagão” visto no final do ano passado, quando mui-tas empresas atrasaram a entrega de produtos aos clientes. A companhia, que concentra os sites Extra, Ponto Frio e Casas Bahia, prevê a entrega de 3 milhões de itens somente neste mês, o que representa um aumento de 50% na comparação anual. No último bimestre do ano, deverão ser entre-gues 5 milhões de itens. Foram contratados 1,8 mil funcionários para atuar principalmente no atendimento ao cliente. O sortimento de produtos tam-bém foi revisto e foram incluídas novas categorias, que incrementaram o mix em 16%, para mais de 60 mil itens.
Na área de logística, a empresa investiu na ampliação da capacidade de armazenagem, adicionando quatro novas cen-trais de distribuição em 2011. Hoje a Nova Pontocom tem oito centros de distribuição próprios. A companhia também desenvolveu e ampliou parcerias com 20 transportadoras do País, incluindo cinco contratos de exclusividade para atender os mercados de São Paulo e Rio de Janeiro. Essas cinco trans-portadoras serão responsáveis por entre 50% e 60% do volu-me de entregas da empresa, que afirma estar confortável para entregar antes do Natal os produtos resultantes de compras feitas até 22 de dezembro, nos casos de São Paulo e Rio de Janeiro.
nova pontocom prevê volume de entregas 50% maior no natal
a ricardo eletro, parte da máquina de vendas,
segunda maior varejista de eletroeletrônicos
e móveis do País, oferece um prêmio de r$
1 milhão em sua ação de fim de ano, que
será encerrada em 31 de janeiro de 2012. Para
concorrer, o consumidor deve adquirir produtos da ricardo eletro nas
lojas ou por meio do site. cada r$ 100 em compras vale um cupom,
que deverá ser cadastrado no site da promoção.
que disponibilizou R$ 5 bilhões em crédito para aquisição de eletrodo-mésticos, móveis, eletroeletrônicos e outros bens de consumo. Segundo a instituição, a medida segue as ações de incentivo ao crédito, investimen-tos e consumo, divulgadas pelo Mi-nistério da Fazenda.
O estímulo tem como principal ob-jetivo combater a queda das vendas no setor do varejo. O consumo conti-nua sendo a principal aposta do gover-no para acelerar a economia do País e superar os efeitos da crise global.
50 l dirigente Lojista l novembro 2011
P a N o r a m a
nem entre os especialistas nem en-tre as empresas há consenso sobre
o que esperar de 2012. Novamente, o mundo vai enfrentar um ano pós-crise, desta vez com o maior impacto vindo da Europa. No País, aumento de salário mínimo, eleições e preparação para a Copa do Mundo. É nesse contexto que o varejo brasileiro traça suas perspecti-vas para o próximo ano. Para Hugo Be-thlem, VP de relações corporativas do Grupo Pão de Açúcar, maior varejista nacional, o ano de 2012 será estável, mas não necessariamente brilhante. A expectativa é que o PIB volte a cres-cer no centro da meta, assim como a inflação, trazendo estabilidade e, con-sequentemente, consumo. Flávio Ro-cha, presidente da Riachuelo, também espera um ano mais estável que 2011 e com ritmo de crescimento parecido com o deste ano. A Máquina de Vendas
compartilha do mesmo pensamento e acredita em estabilidade para o Brasil em 2012 e maior expansão da renda.
Mesmo diante do pessimismo de alguns, o próximo ano tem dois fatores que continuam ajudando o consumo: o aumento do salário mínimo e as elei-ções no segundo semestre. Para Rocha, os eventos do próximo ano, especial-mente o aumento do salário mínimo, reforçam que o ano pode ser bom. Bethlem, do Pão de Açúcar, diz que o mercado continua aquecido e não vê aumento na inadimplência.
pão de açúcar, máquina de vendas e riachuelo projetam 2012 estável
Dois fatores estimulam consumo: aumento do salário mínimo e
eleições no segundo semestre
o comércio de motocicletas chamou a atenção de uma das maiores empresas do varejo nacional, a máqui-
na de vendas, holding formada pela união das redes insinuante, ricardo eletro, city lar e eletro shopping. a
empresa anunciou o início das vendas de cinco modelos de motocicletas da mar-
ca Flash. a estratégia é resultado da parceria firmada entre o grupo e a cr Zong-
shen. o negócio prevê a venda de 15 mil motos até o fim de 2011 e prevê um
faturamento de r$ 90 milhões. os novos modelos serão comercializados, inicial-
mente, em 67 lojas city lar dos estados de mato Grosso e amazonas. a partir de
janeiro de 2012, o negócio deverá ser ampliado aos poucos para as demais lojas
do Grupo máquina de vendas, começando pelas unidades da insinuante na bahia.
dirigente Lojista l novembro 2011 l 51
casa&vídeo vende produtos financeiros para ampliar receita
a Casa&Vídeo, rede de eletrodomésti-cos e utilidades do lar do Rio de Ja-
neiro, começou a abrir novas frentes para aumentar sua receita. Desta vez o foco está nas vendas de produtos financeiros. A empresa lançou um cartão próprio, o Livre Card, para financiar as compras em suas lo-jas, uma linha de empréstimo pessoal, em parceria com a financeira Losango, e agora planeja lançar uma linha de Crédito Direto ao Consumidor e negocia com seguradoras a venda de apólices de seguros. O Livre Card foi lançado em junho de 2010, mas, segundo Rogério Bimbi, vice-presidente do conselho de administração e responsável por reestruturar a área, a empresa não fez propaganda porque não podia alavancar seu balanço. Ele explica que, depois da re-cuperação judicial, aprovada em setembro
de 2009, a empresa foi negociada primeiro com a Lojas Americanas e depois com o BTG Pactual.
A carteira do Livre Card conquistou cerca de 50 mil clientes. Por enquanto, o produ-to só está sendo oferecido em 35 das 75 lojas da rede. Bimbi explica que o objeti-vo é aumentar a base para, no futuro, criar um cartão co-branded em parceria com um grande banco e uma operadora de crédito. Com a estrutura para vender produtos finan-ceiros montada, a Casa&Vídeo viu a oportu-nidade de lançar outros serviços. A empresa então montou a parceria com a Losango. A financeira vende empréstimo pessoal, com a marca própria da Casa&Vídeo, Livre, e a rede de lojas ganha uma comissão sobre cada contrato. A taxa cobrada, entretanto, é bastante salgada e chega a 15% ao mês.
a rede varejista cybelar termina-
rá o ano com um faturamento de r$
470 milhões e vai para o comércio
eletrônico em 2012. ela também
cresce com pontos de venda físicos.
neste mês de dezembro abre sua
94ª loja. será em birigui, o que de-
monstra seu interesse em correspon-
der à demanda do interior paulista.
Com a estrutura para vender produtos financeiros montada, a Casa&Vídeo viu a oportunidade de lançar outros serviços
52 l dirigente Lojista l novembro 2011
P a N o r a m a
ao mesmo tempo em que exe-cutivos e empresários do va-
rejo consideram iminente a venda da Lojas Colombo, a empresa gaú-cha promete retomar a expansão da rede em 2012, depois de um período de três anos seguidos de enxugamento. A varejista planeja encerrar 2012 com dez a 15 lojas a mais do que terá no fim deste ano. Os novos pontos serão concentrados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O presidente Adelino Co-lombo nega a intenção de vender o controle da empresa e o diretor de vendas e marketing, Thiago Baisch, diz que o enxugamento dos últimos anos teve como objetivo elevar a rentabilidade da varejista, especia-
colombo encerra plano de enxugamento para aumentar margem
lizada em eletroeletrônicos, eletro-domésticos e móveis. Desde o fim de 2008 até o fim deste ano, o nú-mero de lojas vai cair de 361 para 320, ou quase 12%. A rede opera nos três estados da Região Sul, além de Minas Gerais e interior de São Paulo. No período, a receita líquida da Colombo cresceu 26,6%, para R$ 1,22 bilhão, mas o lucro líquido caiu de R$ 103,4 milhões para R$ 11,4 milhões. Para 2011, Baisch prevê resultado “muito maior” do que a margem líquida inferior a 1% obti-da em 2010. Neste ano lojas foram fechadas por mostrarem resultados abaixo do esperado ou devido a re-ajustes muito altos nos dos aluguéis dos imóveis.
casas bahia e Ponto Frio podem ter 210 novas lojas até
2014, segundo o planejamento estratégico da Globex, hol-
ding que controla as duas marcas. dois terços
dessas inaugurações devem ser da bandei-
ra casas bahia, especialmente no norte
e nordeste. a entrada da bahia no norte
será no tocantins, onde já há contratos as-
sinados para a abertura de uma loja de rua e outra em
shopping. a Globex fechou o terceiro trimestre com 993
lojas em 13 estados (456 com a bandeira Ponto Frio e 537
da casas bahia). Para 2012, o planejamento da companhia
é abrir entre 50 e 60 unidades, das quais entre 60% e
70% devem ser no nordeste.
varejista planeja encerrar 2012 com dez a 15 lojas a mais do que terá no fim deste ano
dirigente Lojista l novembro 2011 l 53
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dirigente Lojista l novembro 2011 l 55
56 l dirigente Lojista l novembro 2011
pense diferente
quando se fala em inovação, Steve Jobs, fundador da Apple, é lendário. O slogan que escolheu para sua empresa – “Pense diferente” – vai
muito além de uma mera jogada de marketing. Trata-se de uma abordagem poderosa, positiva e transformadora que Jobs aplicou durante toda sua vida. Autor de Faça como Steve Jobs, Carmine Gallo é palestrante, especialista em técnicas de comunicação e colunista da revista Bloomberg BusinessWeek, entre outros. Em sua mais recente obra, o autor dá dicas para repensar o negócio, reinventar produtos e processos e revitalizar a gestão de acordo com os princípios de Jobs. A ideia é que, ao seguir estas dicas, o leitor entre em contato com novos modos de liberar o potencial criativo e criar um ambiente de estímulo à inovação, permitindo que ela floresça em todos os níveis. Conheça o cerne da filosofia inovadora de Jobs, baseada em sete princípios, e aprenda a superar concorrentes, a desenvolver serviços mais revolucionários e prosperar em tempos cada vez mais desafiadores.
Considerado um dos maiores especialistas em empreendedorismo, José Dornelas
é professor em cursos de MBA na USP e na FIA, além de ser autor de uma dezena de livros sobre o tema. Em sua mais recente obra, ele pretende suprir a demanda de clientes, empreendedores e demais pessoas que precisam desenvolver um planejamento de negócios de maneira objetiva e direta.
Além do volume impresso, a editora oferece ainda vários recursos on-line, que são disponibilizados para complementar o aprendizado e o conhecimento. Os leitores podem conferir imagens de vídeos, apresentações, planilhas e exemplos de planos completos. O pacote inclui ainda um software on-line (www.easyplan.com.br) para facilitar o desenvolvimento do plano de negócios.
Voltada aos executivos de marketing, produtos e estrategistas corporativos, a
obra oferece diversas abordagens inovadoras de precificação, além de insights e pesquisas que fundamentaram sua criação. O título traz ainda novas maneiras de ajustar a oferta correta ao
cliente certo no momento oportuno. O leitor também confere uma série de dicas de como planejar e executar uma guerra de preços para conquistar novos territórios de venda e do que você pode abrir mão, do que não pode e como se defender do “grátis”.
plano de negócios – seu guia definitivoJosé Dornelas – Editora Campus-Elsevier – R$ 44,90
o preço inteligenteJagmohan Raju e Z. John Zhang – Editora Campus-Elsevier – R$ 59,90
Siga os princípios de Steve Jobs e revitalize a gestão de sua empresa, criando um ambiente propício à inovação
Inovação – a arte de steve jobsCarmine Gallo Lua de Papel R$ 29,90
L e i t u r a | L a N ç a m e N t o s
dirigente Lojista l novembro 2011 l 57
58 l dirigente Lojista l novembro 2011
o P i N i ã o | s o B r e L o j a
a falta de atenção com o detalhe
é um fato que tem acontecido
frequentemente em algumas lojas,
tanto pequenas como grandes. Antes,
quando tivemos um período grande
com inflação alta, os erros de preços
muitas vezes eram imperceptíveis
pela variação de preço mensal.
Seguidamente entro em lojas de to-
dos os tipos e tamanhos para ver se
aprendo alguma coisa. Com relação a
preços, promoções e merchandising,
tenho ficado espantado com o que
tenho visto.
Fui a uma loja que na saída tem um
painel para colocar como o cliente se
sente com o atendimento recebido.
Andei por todos os setores da loja e
não recebi nem um ‘boa tarde’. En-
contrei três duplas e dois trios conver-
sando na loja. O que a gente coloca
com relação à nota?
Em uma loja havia duas embalagens
do mesmo produto com preços iguais.
Só que uma dizia ‘leve seis e pague
cinco’. Falei com o responsável pelo
setor e ele disse que era isso mes-
mo. Vejam o despreparo deste cola-
borador da empresa. Perguntei pelo
chefe do setor, demorou exatamente
oito minutos até aparecer o dito-cujo.
Apareceu e adivinhe de quem foi a
culpa? Claro que era do computador.
Perguntei se não tinha a etiqueta com
o preço correto para colocar junto ao
produto e se no caixa isso já não es-
tava no sistema. Ele disse que não
tinha tempo de verificar tudo e que
estava com falta de gente. Será que
os diretores destas grandes redes têm
consciência do que está acontecendo
em suas lojas com a falta de gente e
o que estão perdendo de venda por
falta de produtos no ponto de venda,
produto fora de época, merchandising
malfeito, equipe desinformada ou
mesmo pelo mau atendimento?
Em outra loja, desta vez pequena,
tinha o mesmo produto com três eti-
quetas sobrepostas de preço. Perguntei
se a inflação galopante tinha voltado. E
ouvi do colaborador que o patrão havia
mandado remarcar vários produtos que
eram da China e “o dólar tinha subido”,
e que ela era uma simples empregada
e que o patrão não conversava nada,
só mandava. Lembrei-me que faltava
a chibata na loja.
ateNção Com preços, equIpe e promoções
josemar BassoAdministrador de empresas, consultor e [email protected]
“Aqueles que não conseguem
se lembrar dos erros do passado
estão condenados a repeti-los.”
George santayanna
O pensamento acima deveria fa-
zer alguns diretores de empresas se
dirigente Lojista l novembro 2011 l 59
lembrarem de que as empresas não
podem perder a sua memória. São
as pessoas que, quando aparece um
novo criativo que quer inventar algo
novo (para ele), “a memória” vai
lembrar que esta mesma promoção
ou evento criativo já foi feito uma vez
e não deu certo – deu prejuízo.
Em uma loja que entrou em pro-
moção fui ver uma camisa que tinha
olhado outro dia e até pensei: “Que
bom que não comprei na semana
passada. Agora vou pagar mais bara-
to.“ Doce ilusão: a camisa, a mesma,
estava custando R$ 25 a mais. Per-
guntei o motivo da mudança. A res-
posta veio que a central da empresa
determina o preço. Perguntei se ele
– o gerente – tinha dito que o preço
antes da promoção era mais barato.
A resposta foi: “Não adianta se me-
ter que quem determina são eles e
já levei bronca por ter comentado em
reunião que em algumas promoções
o preço era mais alto”.
“Basta o esquecimento de uma única
circunstância para nos levar ao erro.”
Jaime balmes
será que isso é ético?
Ou mesmo os criativos estão saben-
do as besteiras que estão fazendo?
E querem que os consumidores con-
tinuem acreditando em promoções.
Do meu ponto de vista, todo o pes-
soal que cria promoções e alterações
na loja deveria passar alguns dias tra-
balhando nos diversos setores, como
se dizia antigamente – encostar a bar-
riga no balcão. Esta realmente é uma
maneira de escutar o cliente. E com o
conhecimento teórico que estas pes-
soas possuem tenho certeza de que
errariam bem menos, e o que é mais
importante: as suas empresas ganha-
riam bem mais.
“Todos que criam
promoções e
alterações na loja
deveriam encostar
a barriga no balcão.
Com o conhecimento
teórico que têm,
certamente errariam
bem menos, e o que
é mais importante:
suas empresas
ganhariam
bem mais”
As publicações da editora Empreendedor têm sempre artigos, notícias e dados atualizados sobre o mundo dos negócios.Com 18 anos de história, a Empreendedor é a maior editora brasileira voltada ao empreendedorismo e às inovações do mundo dos negócios.Publica as revistas Empreendedor e Dirigente Lojista, além de manter o mais acessado site sobre empreendedorismo: www.empreendedor.com.br.Na hora de buscar informações ou falar com empreendedores de todos os portes, conte com as nossas publicações.
O mundo dos negócios é muito grande para você se aventurar sozinho.
60 l dirigente Lojista l novembro 2011
o P i N i ã o | D e o L h o N o C L i e N t e
evoluímos muito em termos de
comportamento do consumidor.
Houve um momento no qual a qua-
lidade do produto era o que diferen-
ciava uma loja da outra na percepção
do cliente. Em seguida se iniciaram os
serviços agregados, como embrulhar
para presente, oferecer crediário na
loja, pagar contas e ter informações
disponibilizadas na web.
Paralelamente, o atendimento ao
cliente foi muito difundido: chamar o
cliente pelo nome, conhecer as suas
preferências, entender o que motiva
este cliente a comprar. Mais recente-
mente tivemos um avanço em termos
de ferramentas da internet – hoje o
consumidor escolhe com qual empre-
sa ele vai se comunicar e como pode
usar as mídias sociais a seu favor.
Um péssimo atendimento custa
muito caro para uma empresa porque
a proporção do alcance de uma recla-
mação, bem como o risco de imagem,
não podem ser mensurados. Hoje
existem até empresas especializadas
em monitorar as mídias sociais para
avaliar se existe alguma queixa ou
comentário sobre produtos e serviços
oferecidos. O cliente jamais deve ficar
sem solução e resposta.
Quando pensamos que quase tudo
já havia sido feito, vivemos uma era
de convergência para a experiência. A
loja deve ser atrativa o suficiente para
proporcionar uma experiência memo-
rável ao cliente.
Uma empresa focada no público
de alta renda deve oferecer todos
os seus diferenciais com muito zelo,
pois tem um cliente acostumado
com uma oferta variada e de quali-
dade de serviços. Ter algumas vezes
não será o mais importante e sim
poder viver alguma coisa diferente
do que os outros possam fazer e as-
sim se distinguir dentro do seu gru-
po de amigos.
Quando falamos em experiência,
um exemplo muito prático foi o que
a Apple fez com maestria, atingindo
diversos públicos diferentes, mas com
especial zelo conseguiu reinventar o
varejo. A missão da empresa é cons-
CoNversão Para proporcIonar experIêncIa
A loja deve ser
atrativa o suficiente
para proporcionar
uma experiência
memorável
ao cliente
Luciana carmo Especialista em gestão de serviços e [email protected]
dirigente Lojista l novembro 2011 l 61
“De nada
adiantará uma
tecnologia de
ponta se não
houver pessoas
capazes de
transformar
o complexo
em simples e
inteligível, e a
capacidade de
falar a linguagem
que o cliente
quer ouvir”
truir os melhores computadores, mas
não somente fez computadores de
ponta como inovou no design dos pro-
dutos, no layout das lojas, proporcio-
nando interatividade com os clientes.
Agora avança ainda mais, quer que
os clientes obtenham o melhor pro-
veito possível de seus produtos. Para
isso disponibiliza aulas, workshops e
palestras para seus clientes nas lojas.
Funcionários bem treinados e dispos-
tos a servir, em um ambiente onde
predomina o autosserviço. Sempre
retornaremos à importância de pes-
soas, porque de nada adiantará uma
tecnologia de ponta se não houver
pessoas capazes de transformar o
complexo em simples e inteligível,
e a capacidade de falar a linguagem
que o cliente quer ouvir.
O comércio eletrônico tem cresci-
do acima de dois dígitos nos últimos
tempos – oferece agilidade, pratici-
dade e muita informação ao cliente.
Mas as pessoas ainda gostam de um
contato pessoal. Qual a diferença
para o cliente que comprava na loja
de rua e hoje migrou para o shop-
ping center? Acesso a mais opções,
ar-condicionado, estacionamento,
segurança, facilidade de pagamento,
acesso a diversas marcas, opções de
restaurantes, limpeza, atendimento,
diversão para as crianças, lazer para
adultos, shows, cinemas, e as com-
pras de supermercado. Estes são
Este novo consumidor quer ter aces-
so àquilo que não tinha antes. Houve
um aumento de renda que foi des-
tinado para serviços. Isto é apenas
um exemplo de como uma loja que
agrega serviço à sua operação será
mais competitiva e aumentará a sua
lucratividade, pois não permanecerá
na zona conflitante de produto por
produto simplesmente.
Temos grandes eventos ocorrendo
no Brasil nos próximos anos e isto
faz com que seja repensada a forma
de atuação da sua loja. Qual é a sua
visão do negócio? É necessário saber
para onde quer ir e poder traçar o
melhor caminho, fazer a lição de casa
corretamente, definindo uma estra-
tégia segura e pronta para enfrentar
desafios. Quem não tem estratégia
segue a concorrência e trabalha como
bombeiro, sempre apagando incên-
dio, mas sem a certeza de que está
no caminho correto.
Aproveite este momento e revise
seu planejamento para 2012, o que
pode ser feito de melhor, como agre-
gar mais serviços na sua loja. Rela-
cionamento com cliente, treinamento
e capacitação dos funcionários, in-
formação sobre produtos e serviços
ofertados, além do mix adequado ao
mercado que você pretende atingir.
São algumas sugestões que poderão
fazer diferença na gestão da sua loja
no próximo ano.
alguns atributos que o cliente leva
em consideração no momento de
decidir aonde vai comprar.
Foi o primeiro mês em que houve
uma migração nos gastos da classe C
para serviços – 65% do ganho é des-
tinado a serviços: cabeleireiros, ma-
nicure, sapateiro, celular, energia em
função de maior aquisição de produtos
eletroeletrônicos, viagens, entre ou-
tros. Para produtos, bens de consumo,
ficaram destinados 34% da renda.
62 l dirigente Lojista l novembro 2011
o P i N i ã o | P e N s e G r a N D e
can I help you? Fiz esta pergun-
ta, em inglês, para um casal
de alemães que veio me consul-
tar. Trouxeram uma lista estrutura-
da com dezenas de perguntas para
saber como funcionava no Brasil o
negócio em que queriam investir.
Qual o tamanho do mercado atual,
suas tendências, nossa estrutura de
custo, os hábitos e valores de seus
clientes potenciais, a concorrência,
o estado da arte da tecnologia e
muito mais. Nossa conversa, feita
em português, pois a mulher falava
nossa língua, durou uma hora e 22
minutos. O detalhe desta consulta é
que o casal só virá para o Brasil da-
qui a três ou quatro anos.
Na sequência imediata atendi uma
cliente brasileira, empresária qualifi-
cada, formada em design, fabrican-
te de roupas especiais que queria se
mudar para os Estados Unidos e co-
mercializar lá suas roupas e de outros
pequenos fabricantes que, segundo
ela, poderiam exportar, mas têm difi-
culdade para tal. Nossa conversa du-
rou 30 minutos, com a maior parte do
tempo eu fazendo perguntas do tipo:
você conhece os Estados Unidos? Já
estive lá uma vez. Você conhece as
praças específicas em que preten-
de vender seus produtos? Não, mas
tenho alguns amigos que moram lá
e podem me ajudar. Você conhece
os costumes dos americanos? Não.
Quando você pretende se mudar e
iniciar o negócio? No mês que vem!
Este relato não é uma caricatura, é
real. Ele revela que o empreendedo-
rismo daqui não é o mesmo do de
lá, de outros países, especialmente
do empreendedorismo dos países
desenvolvidos.
Há nove anos, a partir de um privi-
legiado posto de observação, como
analista do Sebrae, venho observan-
do e estudando milhares de empre-
sas e seus empreendedores. Como
não poderia deixar de ser, nossos
empreendedores, assim como os
políticos ou trabalhadores, são re-
flexo da cultura brasileira. Vou citar
algumas características e solicitar ao
leitor a sua avaliação.
artista que virou empresário
A maioria dos empreendedores
emPreeNDeDor arTIsTa
“Nossos
empreendedores,
assim como
os políticos ou
trabalhadores, são
reflexo da cultura
brasileira”
joel FernandesAutor dos livros Eu quero ser empresário rico!, Empresário rico também vai para o céu e Sua pequena empresa: muito além da sobrevivência! e do site www.euqueroserempresariorico.com.br
dirigente Lojista l novembro 2011 l 63
“A maioria dos
empreendedores
que abrem um
negócio é um
artista que virou
empresário.
Entende daquilo
que faz, mas
entende muito
pouco, às vezes
quase nada, de
negócios, daquilo
que deveria
fazer sob o ponto
de vista do
investimento que
realizou”
que abrem um negócio é um artista
que virou empresário: é a costureira
de mão cheia que abre uma em-
presa de confecção, um engenheiro
competente que abre uma empresa
de TI, uma talentosa psicóloga que
abre uma empresa de recursos hu-
manos, e assim por diante. Enten-
dem do empreendimento, ou seja,
daquilo que fazem, mas entendem
muito pouco, às vezes quase nada,
de negócios, daquilo que deveriam
fazer sob o ponto de vista do inves-
timento que realizaram.
esperança de ser feliz
A maioria abre sua empresa na
esperança de ser feliz com o em-
preendimento e poder sustentar a
si e a sua família, ou seja, com a
intenção prévia da sobrevivência.
ambição empresarial
A maioria não tem ambição empre-
sarial. Não pensa grande. Pouquíssi-
mas abrem com a intenção prévia de
crescer continuamente para se tornar
média e grande empresa e se tornar
um empresário rico.
bes de futebol. A maioria não co-
nhece sequer o nome do jogo que
está jogando, ou vai jogar, nem suas
regras – capitalismo, capital, inves-
timentos, retorno... Eles não têm
consciência dos papéis que neces-
sariamente surgem quando abrem
suas empresas: o empreendedor, o
investidor e o presidente. Eles ficam
identificados apenas com o papel de
empreendedor e jamais se lembram
do investidor ou do papel de pre-
sidente; logo, as soluções técnicas
da administração, contabilidade ou
economia para eles não faz sentido,
por isso não as implementam.
Feliz natal
Os livros de administração e ne-
gócios em nosso País são, em sua
maioria, de autores estrangeiros
cujas culturas empresariais, religio-
sas, de crédito, sonhos e ambições
são muito diferentes da nossa. Esta
coluna tem como intenção prévia
contribuir para a evolução do empre-
endedor-artista em empresário rico e
feliz, aquele que ama o que faz e faz
da maneira certa. Feliz Natal!
Presidentes de times
A maioria não compreende que
deixou de ser um craque, ou ar-
tista, e passou a ser presidente de
seu próprio time; não percebe que
fundou um time de várzea que terá
que competir com os grandes clu-
64 l dirigente Lojista l novembro 2011
o P i N i ã o | B a N h o D e L o j a
uma das reclamações mais fre-
quentes que escuto de geren-
tes e donos de loja é sobre a escassez
de mão de obra. Eles comentam que
sobram vagas e faltam profissionais
capacitados para ocupá-las. Mesmo
quando se convencem de que con-
tratarão uma pessoa sem experiên-
cia e investirão em seu treinamento,
nem sempre conseguem o resultado
esperado. Ou, ainda, quando a pes-
soa é treinada e acaba não perma-
necendo na empresa.
Ouço muitas reclamações sobre o
comprometimento das pessoas, sobre
como as pessoas não têm envolvi-
mento com suas empresas. Inclusive,
a frase “este funcionário veste a ca-
misa da empresa” está cada vez mais
difícil de ser empregada.
Trabalhar em loja não é missão das
mais fáceis, concordo. Quem trabalha
com varejo precisa ser dinâmico, pois
a velocidade é grande e a mudança
constante. A receita do sucesso de
ontem pode não ser suficiente para o
êxito de amanhã, e bater a meta do
mês não garante as vendas do mês
seguinte. São muitas variáveis para ad-
ministrar e vários fatores externos que
podem interferir no resultado final.
Nem todas as variáveis são controlá-
veis, mas temos que fazer a nossa “li-
ção de casa bem-feita”, ou seja, cuidar
ao máximo dos recursos disponíveis.
Dentre eles os recursos humanos.
Cada pessoa é um mistério a ser
desvendado. Você pode dizer a mes-
ma frase para dez pessoas e cada
uma entenderá conforme seus filtros,
decodificando a mensagem do seu
modo e vontade. Não é à toa que ve-
mos muitos esforços em tecnologia
para o varejo, que tentam diminuir o
número de pessoas necessárias para
uma operação, não somente visando
à redução de custos, mas também à
limitação que a escassez de mão de
obra qualificada impõe.
Há muitos esforços concentrados em
diminuir postos de trabalho na área de
vendas. Esta é a parte mais crítica da
operação, na qual está o contato com
o cliente. Um vendedor ou atendente
que não trata bem um cliente pode,
além de perder uma venda, fazer com
que o cliente não volte mais à loja e
ainda faça propaganda negativa sobre
a experiência vivida, desencorajando
potenciais clientes.
oNDe estão os FuncIonárIos?
“Há várias formas
de diminuição
de pessoas nas
operações; mas
somos nós,
humanos, que
decidiremos quais
aceitaremos no
comércio ou não”
Kátia BelloArquiteta e sócia-diretora da Opus Design. [email protected]
dirigente Lojista l novembro 2011 l 65
Alguns exemplos de tecnologia que reduzem
o número de funcionários necessários na área
de vendas são os self-checkouts e as etiquetas
eletrônicas. Com o self-checkout o próprio clien-
te passa e paga as suas compras. O sistema já
é utilizado em várias lojas da Europa e Estados
Unidos. As etiquetas eletrônicas, que já estão
em uso no Brasil, propiciam a atualização ele-
trônica do preço na gôndola, sem necessidade
de um funcionário imprimir uma etiqueta e se
dirigir até a gôndola para trocá-la.
Há várias formas de substituição ou diminui-
ção de pessoas nas operações; no entanto, so-
mos nós mesmos, os humanos, que decidiremos
quais destas tecnologias aceitaremos no comér-
cio ou não. Anos atrás houve uma tentativa em
postos de gasolina de introduzir aqui no Brasil o
autoabastecimento, normalmente utilizado nos
Estados Unidos – o próprio cliente desce do carro
e abastece sozinho o veículo. A nova proposta
não foi vista com bons olhos por nós brasilei-
ros, pois não agregava vantagens suficientes
que substituíssem a comodidade de ter o carro
abastecido sem sair de dentro dele.
Talvez aí esteja um fator extremamente im-
portante que nem sempre é levado em consi-
deração nas introduções de tecnologias e inova-
ções: qual o benefício real entregue ao usuário?
Consumidores cada vez mais exigentes deman-
dam respostas cada vez mais assertivas!
As publicações da editora Empreendedor têm sempre artigos, notícias e dados atualizados sobre o mundo dos negócios.Com 18 anos de história, a Empreendedor é a maior editora brasileira voltada ao empreendedorismo e às inovações do mundo dos negócios.Publica as revistas Empreendedor e Dirigente Lojista, além de manter o mais acessado site sobre empreendedorismo: www.empreendedor.com.br.Na hora de buscar informações ou falar com empreendedores de todos os portes, conte com as nossas publicações.
O mundo dos negócios é muito grande para você se aventurar sozinho.
66 l dirigente Lojista l novembro 2011
agosto
14 a 16/08/2012PhotoImageBrazilExpo Center Norte – São Paulo – SPwww.photoimagebrazil.com.brA PhotoImageBrazil reúne e expõe as principais tendências de tecnologia e desenvolvimento de produtos de imagens. A era digital e a convergência de tecnologias de imagens fizeram com que o evento se tornasse muito mais abrangente e hoje há a presença de empresas fornecedoras de tecnologias de outros segmentos da produção de imagens.
a G e N D a
Profissional, dinâmica, especialmente preparada para atender o mercado dos salões de beleza e clínicas de estética, a Hair Brasil é a feira que lança novos produtos, sinaliza tendências e promove negócios na área de beleza. Mais de 800 marcas do segmento expõem novidades em produtos e serviços para salões e clínicas de estética. Paralelamente ao evento são
realizados o 10º Congresso Brasileiro de Manicures e o 4º Congresso de Podologia. Atingindo todas as expectativas de visitação e contatos, a Hair Brasil 2011 encerrou sua 10ª edição registrando 80 mil visitas de cabeleireiros, esteticistas, manicures, maquiadores e demais profissionais da área de beleza, vindos de todo o País e do
exterior. Para 2012, são esperadas mais de 80 mil pessoas.
De 24 a 27/03/2012Hair Brasil – Feira Internacional de Beleza, Cabelos e EstéticaExpo Center Norte – São Paulo – SPwww.hairbrasil.com/ [email protected]
Beleza pura
15 a 18/01/2012
São Paulo Prêt à PorterExpo Center Norte – São Paulo – SPwww.saopaulopretaporter.com.brO São Paulo Prêt à Porter é uma feira internacional de negócios para a indústria da moda, confecções e acessórios. Tem como público-alvo varejistas do Brasil e do exterior. O evento é realizado simultaneamente à feira de calçados Couromoda.
janeiro março
13 a 16/06/2012ABF Franchising ExpoExpo Center Norte – São Paulo – SPwww.portaldofranchising.com.brA ABF Franchising Expo é considerada uma das maiores feiras de franquia do mundo. Reúne consultores, redes de franquia e investidores interessados em se tornar franqueados. Para expor na feira é preciso ser associado da ABF.
Hair Brasil é a feira que lança novos produtos, sinaliza tendências e promove negócios na área
66 l dirigente Lojista l novembro 2011
junho
20 a 22/03/2012Super Rio ExpofoodRiocentro – Rio de Janeiro – RJwww.superrio.com.brO Expofood tem como tema central “Varejo: conhecimento, tecnologia e modernidade”. O evento reúne empresários e profissionais do segmento de panificação, supermercado, franchising, hotelaria, restaurante e conveniência. Durante o evento são realizados o Seminário Nacional de Panificação e Confeitaria e a Convenção Supermercadista.
68 l dirigente Lojista l novembro 2011