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  • 1. Lei n 8.078, de 11 de setembro de 1990 Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras providncias. O Presidente da Repblica, fao saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte lei: TTULO I Dos Direitos do Consumidor CAPTULO I Disposies Gerais Art. 1 O presente Cdigo estabelece normas de proteo e defesa doconsumidor, de ordem pblica e interesse social, nos termos dos arts. 5, incisoXXXII, 170, inciso V, da Constituio Federal e art. 48 de suas DisposiesTransitrias. Art. 2 Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utilizaproduto ou servio como destinatrio final. Pargrafo nico. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,ainda que indeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo. Art. 3 Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada,nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, quedesenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo,transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao deprodutos ou prestao de servios. 1 Produto qualquer bem, mvel ou imvel, material ou imaterial. 2 Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de crditoe securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista. CAPTULO II Da Poltica Nacional de Relaes de Consumo Art. 4 A Poltica Nacional de Relaes de Consumo tem por objetivo oatendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidade,sade e segurana, a proteo de seus interesses econmicos, a melhoria dasua qualidade de vida, bem como a transparncia e harmonia das relaes de
  • 2. consumo, atendidos os seguintes princpios: (Redao dada pela Lei n 9.008,de 21 de maro de 1995) I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado deconsumo; II - ao governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; b) por incentivos criao e desenvolvimento de associaesrepresentativas; c) pela presena do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e servios com padres adequados dequalidade, segurana, durabilidade e desempenho; III - harmonizao dos interesses dos participantes das relaes de consumoe compatibilizao da proteo do consumidor com a necessidade dedesenvolvimento econmico e tecnolgico, de modo a viabilizar os princpiosnos quais se funda a ordem econmica (art. 170, da Constituio Federal),sempre com base na boa-f e equilbrio nas relaes entre consumidores efornecedores; IV - educao e informao de fornecedores e consumidores, quanto aosseus direitos e deveres, com vistas melhoria do mercado de consumo; V - incentivo criao pelos fornecedores de meios eficientes de controle dequalidade e segurana de produtos e servios, assim como de mecanismosalternativos de soluo de conflitos de consumo; VI - coibio e represso eficientes de todos os abusos praticados nomercado de consumo, inclusive a concorrncia desleal e utilizao indevida deinventos e criaes industriais das marcas e nomes comerciais e signosdistintivos, que possam causar prejuzos aos consumidores; VII - racionalizao e melhoria dos servios pblicos; VIII - estudo constante das modificaes do mercado de consumo. Art. 5 Para a execuo da Poltica Nacional das Relaes de Consumo,contar o Poder Pblico com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manuteno de assistncia jurdica, integral e gratuita para o consumidorcarente; II - instituio de Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor, no mbitodo Ministrio Pblico; III - criao de delegacias de polcia especializadas no atendimento deconsumidores vtimas de infraes penais de consumo;
  • 3. IV - criao de Juizados Especiais de Pequenas Causas e VarasEspecializadas para a soluo de litgios de consumo; V - concesso de estmulos criao e desenvolvimento das Associaes deDefesa do Consumidor. 1 (Vetado) 2 (Vetado) CAPTULO III Dos Direitos Bsicos do Consumidor Art. 6 So direitos bsicos do consumidor: I - a proteo da vida, sade e segurana contra os riscos provocadospor prticas no fornecimento de produtos e servios considerados perigosos ounocivos; II - a educao e divulgao sobre o consumo adequado dos produtos eservios, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contrataes; III - a informao adequada e clara sobre os diferentes produtos eservios, com especificao correta de quantidade, caractersticas, composio,qualidade e preo, bem como sobre os riscos que apresentam; IV - a proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodoscomerciais coercitivos ou desleais, bem como contra prticas e clusulasabusivas ou impostas no fornecimento de produtos e servios; V - a modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaesdesproporcionais ou sua reviso em razo de fatos supervenientes que astornem excessivamente onerosas; VI - a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais,individuais, coletivos e difusos; VII - o acesso aos rgos judicirios e administrativos, com vistas preveno ou reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivosou difusos, assegurada a proteo jurdica, administrativa e tcnica aosnecessitados; VIII - a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a inverso donus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critrio do juiz, forverossmil a alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regrasordinrias de experincias; IX - (Vetado)
  • 4. X - a adequada e eficaz prestao dos servios pblicos em geral. Art. 7 Os direitos previstos neste Cdigo no excluem outros decorrentesde tratados ou convenes internacionais de que o Brasil seja signatrio, dalegislao interna ordinria, de regulamentos expedidos pelas autoridadesadministrativas competentes, bem como dos que derivem dos princpios geraisdo direito, analogia, costumes e eqidade. Pargrafo nico Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderosolidariamente pela reparao dos danos previstos nas normas de consumo. CAPTULO IV Da Qualidade de Produtos e Servios, da Preveno e da Reparao dos Danos SEO I Da Proteo Sade e Segurana Art. 8 Os produtos e servios colocados no mercado de consumo noacarretaro riscos sade ou segurana dos consumidores, exceto osconsiderados normais e previsveis em decorrncia de sua natureza e fruio,obrigando-se os fornecedores, em qualquer hiptese, a dar as informaesnecessrias e adequadas a seu respeito. Pargrafo nico Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabeprestar as informaes a que se refere este artigo, atravs de impressosapropriados que devam acompanhar o produto. Art. 9 O fornecedor de produtos e servios potencialmente nocivos ouperigosos sade ou segurana dever informar, de maneira ostensiva eadequada, a respeito de sua nocividade ou periculosidade, sem prejuzo daadoo de outras medidas cabveis em cada caso concreto. Art. 10 O fornecedor no poder colocar no mercado de consumoproduto ou servio que sabe ou deveria saber apresentar alto grau denocividade ou periculosidade sade ou segurana. 1 O fornecedor de produtos e servios que, posteriormente suaintroduo no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade queapresentem, dever comunicar o fato imediatamente s autoridadescompetentes e aos consumidores, mediante anncios publicitrios. 2 Os anncios publicitrios a que se refere o pargrafo anterior seroveiculados na imprensa, rdio e televiso, s expensas do fornecedor doproduto ou servio.
  • 5. 3 Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ouservios sade ou segurana dos consumidores, a Unio, os Estados, oDistrito Federal e os Municpios devero inform-los a respeito. Art. 11 (Vetado) SEO II Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Servio Art. 12 O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e oimportador respondem, independentemente da existncia de culpa, pelareparao dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes deprojeto, fabricao, construo, montagem, frmulas, manipulao,apresentao ou acondicionamento de seus produtos, bem como porinformaes insuficientes ou inadequadas sobre sua utilizao e riscos. 1 O produto defeituoso quando no oferece a segurana que delelegitimamente se espera, levando-se em considerao as circunstnciasrelevantes, entre as quais: I - sua apresentao; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a poca em que foi colocado em circulao. 2 O produto no considerado defeituoso pelo fato de outro de melhorqualidade ter sido colocado no mercado. 3 O fabricante, o construtor, o produtor ou importador s no serresponsabilizado quando provar: I - que no colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Art. 13 O comerciante igualmente responsvel, nos termos do artigoanterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador no puderem seridentificados; II - o produto for fornecido sem identificao clara do seu fabricante,produtor, construtor ou importador; III - no conservar adequadamente os produtos perecveis.
  • 6. Pargrafo nico. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderexercer o direito de regresso contra os demais responsveis, segundo suaparticipao na causao do evento danoso. Art. 14 O fornecedor de servios responde, independentemente daexistncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores pordefeitos relativos prestao dos servios, bem como por informaesinsuficientes ou inadequadas sobre sua fruio e riscos. 1 O servio defeituoso quando no fornece a segurana que oconsumidor dele pode esperar, levando-se em considerao as circunstnciasrelevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a poca em que foi fornecido. 2 O servio no considerado defeituoso pela adoo de novastcnicas. 3 O fornecedor de servios s no ser responsabilizado quandoprovar: I - que, tendo prestado o servio, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais ser apuradamediante a verificao de culpa. Art. 15 (Vetado) Art. 16 (Vetado) Art. 17 Para os efeitos desta Seo, equiparam-se aos consumidorestodas as vtimas do evento. SEO III Da Responsabilidade por Vcio do Produto e do Servio Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou nodurveis respondem solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidadeque os tornem imprprios ou inadequados ao consumo a que se destinam oulhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade,com as indicaes constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem oumensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza,podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas.
  • 7. 1 No sendo o vcio sanado no prazo mximo de trinta dias, pode oconsumidor exigir, alternativamente e sua escolha: I - a substituio do produto por outro da mesma espcie, em perfeitascondies de uso; II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada,sem prejuzo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preo. 2 Podero as partes convencionar a reduo ou ampliao do prazoprevisto no pargrafo anterior, no podendo ser inferior a sete nem superior acento e oitenta dias. Nos contratos de adeso, a clusula de prazo dever serconvencionada em separado, por meio de manifestao expressa doconsumidor. 3 O consumidor poder fazer uso imediato das alternativas do 1deste artigo sempre que, em razo da extenso do vcio, a substituio daspartes viciadas puder comprometer a qualidade ou caractersticas do produto,diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 4 Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do 1 desteartigo, e no sendo possvel a substituio do bem, poder haver substituiopor outro de espcie, marca ou modelo diversos, mediante complementao ourestituio de eventual diferena de preo, sem prejuzo do disposto nos incisosII e III do 1 deste artigo. 5 No caso de fornecimento de produtos in natura, ser responsvelperante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificadoclaramente seu produtor. 6 So imprprios ao uso e consumo: I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados,falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos vida ou sade, perigosos ou,ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricao,distribuio ou apresentao; III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fima que se destinam. Art. 19 Os fornecedores respondem solidariamente pelos vcios dequantidade do produto sempre que, respeitadas as variaes decorrentes desua natureza, seu contedo lquido for inferior s indicaes constantes dorecipiente, da embalagem, da rotulagem ou de mensagem publicitria, podendoo consumidor exigir, alternativamente e sua escolha: I - o abatimento proporcional do preo;
  • 8. II a complementao do peso ou medida; III - a substituio do produto por outro da mesma espcie, marca oumodelo, sem os aludidos vcios; IV - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada,sem prejuzos de eventuais perdas e danos. 1 Aplica-se a este artigo o disposto no 4 do artigo anterior. 2 O fornecedor imediato ser responsvel quando fizer a pesagem oua medio e o instrumento utilizado no estiver aferido segundo os padresoficiais. Art. 20 O fornecedor de servios responde pelos vcios de qualidade queos tornem imprprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como poraqueles decorrentes da disparidade com as indicaes constantes da oferta oumensagem publicitria, podendo o consumidor exigir, alternativamente e suaescolha: I - a reexecuo dos servios, sem custo adicional e quando cabvel; II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada,sem prejuzo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preo. 1 A reexecuo dos servios poder ser confiada a terceirosdevidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. 2 So imprprios os servios que se mostrem inadequados para osfins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que no atendams normas regulamentares de prestabilidade. Art. 21 No fornecimento de servios que tenham por objetivo a reparaode qualquer produto, considerar-se- implcita a obrigao do fornecedor deempregar componentes de reposio originais adequados e novos, ou quemantenham as especificaes tcnicas do fabricante, salvo, quanto a estesltimos, autorizao em contrrio do consumidor. Art. 22 Os rgos pblicos, por si ou suas empresas, concessionrias,permissionrias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, soobrigados a fornecer servios adequados, eficientes, seguros e, quanto aosessenciais, contnuos. Pargrafo nico. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, dasobrigaes referidas neste artigo, sero as pessoas jurdicas compelidas acumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste Cdigo. Art. 23 A ignorncia do fornecedor sobre os vcios de qualidade porinadequao dos produtos e servios no o exime de responsabilidade.
  • 9. Art. 24 A garantia legal de adequao do produto ou servioindependentemente de termo expresso, vedada a exonerao contratual dofornecedor. Art. 25 vedada a estipulao contratual de clusula que impossibilite,exonere ou atenue a obrigao de indenizar prevista nesta e nas seesanteriores. 1 Havendo mais de um responsvel pela causao do dano, todosrespondero solidariamente pela reparao prevista nesta e nas seesanteriores. 2 Sendo o dano causado por componente ou pea incorporada aoproduto ou servio, so responsveis solidrios seu fabricante, construtor ouimportador e o que realizou a incorporao. SEO IV Da Decadncia e da Prescrio Art. 26 O direito de reclamar pelos vcios aparentes ou de fcilconstatao caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de servio e de produto nodurveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de servio e de produtodurveis; 1 Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetivado produto ou do trmino da execuo dos servios. 2 Obstam a decadncia: I - a reclamao comprovadamente formulada pelo consumidor perante ofornecedor de produtos e servios at a resposta negativa correspondente, quedeve ser transmitida de forma inequvoca; II - (Vetado) III - a instaurao de inqurito civil, at seu encerramento. 3 Tratando-se de vcio oculto, o prazo decadencial inicia-se nomomento em que ficar evidenciado o defeito. Art. 27 Prescreve em cinco anos a pretenso reparao pelos danoscausados por fato do produto ou do servio prevista na Seo II deste Captulo,iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de suaautoria.
  • 10. Pargrafo nico (Vetado) SEO V Da Desconsiderao da Personalidade Jurdica Art. 28 O juiz poder desconsiderar a personalidade jurdica da sociedadequando, em detrimento do consumidor, houver abuso do direito, excesso depoder, infrao da lei, fato ou ato ilcito ou violao dos estatutos ou contratosocial. A desconsiderao tambm ser efetivada quando houver falncia,estado de insolvncia, encerramento ou inatividade da pessoa jurdicaprovocados por m administrao. 1 (Vetado) 2 As sociedades integrantes dos grupos societrios e as sociedadescontroladas, so subsidiariamente responsveis pelas obrigaes decorrentesdeste Cdigo. 3 As sociedades consorciadas so solidariamente responsveis pelasobrigaes decorrentes deste Cdigo. 4 As sociedades coligadas s respondero por culpa. 5 Tambm poder ser desconsiderada a pessoa jurdica sempre quesua personalidade for, de alguma forma, obstculo ao ressarcimento deprejuzos causados aos consumidores. CAPTULO V Das Prticas Comerciais SEO I Das Disposies Gerais Art. 29 Para os fins deste Captulo e do seguinte, equiparam-se aosconsumidores todas as pessoas determinveis ou no, expostas s prticasnele previstas. SEO II Da Oferta
  • 11. Art. 30 Toda informao ou publicidade, suficientemente precisa,veiculada por qualquer forma ou meio de comunicao com relao a produtose servios oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicularou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Art. 31 A oferta e apresentao de produtos ou servios devem assegurarinformaes corretas, claras, precisas, ostensivas e em lngua portuguesa sobresuas caractersticas, qualidade, quantidade, composio, preo, garantia,prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos queapresentam sade e segurana dos consumidores. Pargrafo nico. As informaes de que trata este artigo, nos produtosrefrigerados oferecidos ao consumidor, sero gravadas de forma indelvel.(Includo pela Lei n 11.986, de 27 de julho de 2008) Art. 32 Os fabricantes e importadores devero assegurar a oferta decomponentes e peas de reposio enquanto no cessar a fabricao ouimportao do produto. Pargrafo nico. Cessados a produo ou importao, a oferta deverser mantida por perodo razovel de tempo, na forma da lei. Art. 33 Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal,deve constar o nome do fabricante e endereo na embalagem, publicidade e emtodos os impressos utilizados na transao comercial. Pargrafo nico. proibida a publicidade de bens e servios por telefone,quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina. (Includo pela Lein 11.800, de 29 de outubro de 2008) Art. 34 O fornecedor do produto ou servio solidariamente responsvelpelos atos de seus prepostos ou representantes autnomos. Art. 35 Se o fornecedor de produtos ou servios recusar cumprimento oferta, apresentao ou publicidade, o consumidor poder, alternativamente e sua livre escolha: I exigir o cumprimento forado da obrigao, nos termos da oferta,apresentao ou publicidade; II aceitar outro produto ou prestao de servios equivalente; III rescindir o contrato, com direito restituio de quantiaeventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. SEO III Da Publicidade
  • 12. Art. 36 A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor,fcil e imediatamente, a identifique como tal. Pargrafo nico O fornecedor, na publicidade de seus produtos ouservios, manter, em seu poder, para informao dos legtimos interessados,os dados fticos, tcnicos e cientficos que do sustentao mensagem. Art. 37 proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 1 enganosa qualquer modalidade de informao ou comunicao decarter publicitrio, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo,mesmo por omisso, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito danatureza, caractersticas, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preo equaisquer outros dados sobre produtos e servios. 2 abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatria de qualquernatureza, a que incite violncia, explore o medo ou a superstio, se aproveiteda deficincia de julgamento e experincia da criana, desrespeita valoresambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de formaprejudicial ou perigosa sua sade ou segurana. 3 Para os efeitos deste Cdigo, a publicidade enganosa por omissoquando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou servio. 4 (Vetado) Art. 38 O nus da prova da veracidade e correo da informao oucomunicao publicitria cabe a quem as patrocina. SEO IV Das Prticas Abusivas Art. 39 vedado ao fornecedor de produtos ou servios, dentre outrasprticas abusivas: (Redao dada pela Lei n 8.884, de 11 de junho de 1994) I - condicionar o fornecimento de produto ou de servio ao fornecimentode outro produto ou servio, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; II - recusar atendimento s demandas dos consumidores, na exatamedida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com osusos e costumes; III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitao prvia, qualquerproduto, ou fornecer qualquer servio;
  • 13. IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorncia do consumidor, tendo emvista sua idade, sade, conhecimento ou condio social, para impingir-lhe seusprodutos ou servios; V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; VI - executar servios sem a prvia elaborao de oramento eautorizao expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de prticasanteriores entre as partes; VII - repassar informao depreciativa, referente a ato praticado peloconsumidor no exerccio de seus direitos; VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou servio emdesacordo com as normas expedidas pelos rgos oficiais competentes ou, senormas especficas no existirem, pela Associao Brasileira de NormasTcnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,Normalizao e Qualidade Industrial (Conmetro); IX - recusar a venda de bens ou a prestao de servios, diretamente aquem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados oscasos de intermediao regulados em leis especiais; (Redao dada pela Lei n8.884, de 11 de junho de 1994) X - elevar sem justa causa o preo de produtos ou servios; (Includo pelaLei n 8.884, de 11 de junho de 1994) XI inciso acrescido pela Medida Provisria n 1.890/67, de 22 deoutubro de 1999 e transformada em inciso XIII, quando de sua converso pelaLei n 9.870, de 23 de novembro de 1999; XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigao oudeixar a fixao de seu termo inicial a seu exclusivo critrio; (Includo pela Lei n9.008, de 21 de maro de 1995) XIII aplicar a frmula ou ndice de reajuste diverso do legal oucontratualmente estabelecido. (Includo pela Lei n 9.870, de 23 de novembro de1999) Pargrafo nico. Os servios prestados e os produtos remetidos ouentregues ao consumidor, na hiptese prevista no inciso III, equiparam-se samostras grtis, inexistindo obrigao de pagamento. Art. 40 O fornecedor de servio ser obrigado a entregar ao consumidororamento prvio discriminando o valor da mo-de-obra, dos materiais eequipamentos a serem empregados, as condies de pagamento, bem como asdatas de incio e trmino dos servios. 1 Salvo estipulao em contrrio, o valor orado ter validade peloprazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor.
  • 14. 2 Uma vez aprovado pelo consumidor, o oramento obriga oscontraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociao das partes. 3 O consumidor no responde por quaisquer nus ou acrscimosdecorrentes da contratao de servios de terceiros, no previstos nooramento prvio. Art. 41 No caso de fornecimento de produtos ou de servios sujeitos aoregime de controle ou de tabelamento de preos, os fornecedores deverorespeitar os limites oficiais sob pena de, no o fazendo, responderem pelarestituio da quantia recebida em excesso, monetariamente atualizada,podendo o consumidor exigir, sua escolha, o desfazimento do negcio, semprejuzo de outras sanes cabveis. SEO V Da Cobrana de Dvidas Art. 42 Na cobrana de dbitos, o consumidor inadimplente no serexposto a ridculo, nem ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ouameaa. Pargrafo nico. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de enganojustificvel. SEO VI Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores Art. 43 O consumidor, sem prejuzo do disposto no art. 86, ter acesso sinformaes existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e deconsumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. 1 Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros,verdadeiros e em linguagem de fcil compreenso, no podendo conterinformaes negativas referente ao perodo superior a cinco anos. 2 A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e deconsumo dever ser comunicada por escrito ao consumidor, quando nosolicitada por ele. 3 O consumidor, sempre que encontrar inexatido nos seus dados ecadastros, poder exigir sua imediata correo, devendo o arquivista, no prazo
  • 15. de cinco dias teis, comunicar a alterao aos eventuais destinatrios dasinformaes incorretas. 4 Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, osservios de proteo ao crdito e congneres so considerados entidades decarter pblico. 5 Consumada a prescrio relativa cobrana de dbitos doconsumidor, no sero fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteo aoCrdito, quaisquer informaes que possam impedir ou dificultar novo acesso aocrdito junto aos fornecedores. Art. 44 Os rgos pblicos de defesa do consumidor mantero cadastrosatualizados de reclamaes fundamentadas contra fornecedores de produtos eservios, devendo divulg-lo pblica e anualmente. A divulgao indicar se areclamao foi atendida ou no pelo fornecedor. 1 facultado o acesso s informaes l constantes para orientao econsulta por qualquer interessado. 2 Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regrasenunciadas no artigo anterior e as do pargrafo nico do art. 22 deste Cdigo. Art. 45 (Vetado) CAPTULO VI Da Proteo Contratual SEO I Disposies Gerais Art. 46 Os contratos que regulam as relaes de consumo no obrigaroos consumidores, se no lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimentoprvio de seu contedo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos demodo a dificultar a compreenso de seu sentido e alcance. Art. 47 As clusulas contratuais sero interpretadas de maneira maisfavorvel ao consumidor. Art. 48 As declaraes de vontade constantes de escritos particulares,recibos e pr-contratos relativos s relaes de consumo vinculam o fornecedor,ensejando inclusive execuo especfica, nos termos do art. 84 e pargrafos. Art. 49 O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias acontar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou servio,sempre que a contratao de fornecimento de produtos e servios ocorrer forado estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domiclio.
  • 16. Pargrafo nico. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimentoprevisto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer ttulo, duranteo prazo de reflexo, sero devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. Art. 50 A garantia contratual complementar legal e ser conferidamediante termo escrito. Pargrafo nico. O termo de garantia ou equivalente deve serpadronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesmagarantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e osnus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamentepreenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manualde instruo, de instalao e uso do produto em linguagem didtica, comilustraes. SEO II Das Clusulas Abusivas Art. 51 So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuaisrelativas ao fornecimento de produtos e servios que: I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade dofornecedor por vcios de qualquer natureza dos produtos e servios ouimpliquem renncia ou disposio de direitos. Nas relaes de consumo entre ofornecedor e o consumidor - pessoa jurdica, a indenizao poder ser limitada,em situaes justificveis; II - subtraiam ao consumidor a opo de reembolso da quantia j paga,nos casos previstos neste Cdigo; III - transfiram responsabilidades a terceiros; IV - estabeleam obrigaes consideradas inquas, abusivas, quecoloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatveiscom a boa-f ou a eqidade; V - (Vetado); VI - estabeleam inverso do nus da prova em prejuzo do consumidor; VII - determinem a utilizao compulsria de arbitragem; VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negciojurdico pelo consumidor; IX - deixem ao fornecedor a opo de concluir ou no o contrato, emboraobrigando o consumidor;
  • 17. X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variao do preo demaneira unilateral; XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, semque igual direito seja conferido ao consumidor; XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrana de suaobrigao, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor; XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o contedo ou aqualidade do contrato, aps sua celebrao; XIV - infrinjam ou possibilitem a violao de normas ambientais; XV - estejam em desacordo com o sistema de proteo ao consumidor; XVI - possibilitem a renncia do direito de indenizao por benfeitoriasnecessrias. 1 Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que: I - ofende os princpios fundamentais do sistema jurdico a que pertence; II - restringe direitos ou obrigaes fundamentais inerentes natureza docontrato, de tal modo a ameaar seu objeto ou o equilbrio contratual; III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,considerando-se a natureza e contedo do contrato, o interesse das partes eoutras circunstncias peculiares ao caso; 2 A nulidade de uma clusula contratual abusiva no invalida ocontrato, exceto quando de sua ausncia, apesar dos esforos de integrao,decorrer nus excessivo a qualquer das partes. 3 (Vetado) 4 facultado a qualquer consumidor ou entidade que o representerequerer ao Ministrio Pblico que ajuze a competente ao para ser declaradaa nulidade de clusula contratual que contrarie o disposto neste Cdigo ou dequalquer forma no assegure o justo equilbrio entre direitos e obrigaes daspartes. Art. 52 No fornecimento de produtos ou servios que envolva outorga decrdito ou concesso de financiamento ao consumidor, o fornecedor dever,entre outros requisitos, inform-lo prvia e adequadamente sobre: I - preo do produto ou servio em moeda corrente nacional; II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros; III - acrscimos legalmente previstos; IV - nmero e periodicidade das prestaes;
  • 18. V - soma total a pagar, com e sem financiamento. 1 As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigao noseu termo no podero ser superiores a dois por cento do valor da prestao.(Redao dada pela Lei n 9.298, de 01 de agosto de 1996) 2 assegurada ao consumidor a liquidao antecipada do dbito, totalou parcialmente, mediante reduo proporcional dos juros e demais acrscimos. 3 (Vetado) Art. 53 Nos contratos de compra e venda de mveis ou imveis mediantepagamento em prestaes, bem como nas alienaes fiducirias em garantia,consideram-se nulas de pleno direito as clusulas que estabeleam a perdatotal das prestaes pagas em benefcio do credor que, em razo doinadimplemento, pleitear a resoluo do contrato e a retomada do produtoalienado. 1 (Vetado) 2 Nos contratos do sistema de consrcio de produtos durveis, acompensao ou a restituio das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terdescontada, alm da vantagem econmica auferida com a fruio, os prejuzosque o desistente ou inadimplente causar ao grupo. 3 Os contratos de que trata o caput deste artigo sero expressos emmoeda corrente nacional. SEO III Dos Contratos de Adeso Art. 54 Contrato de adeso aquele cujas clusulas tenham sidoaprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelofornecedor de produtos ou servios, sem que o consumidor possa discutir oumodificar substancialmente seu contedo. 1 A insero de clusula no formulrio no desfigura a natureza deadeso do contrato. 2 Nos contratos de adeso admite-se clusula resolutria, desde quealternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no 2 do artigo anterior. 3 Os contratos de adeso escritos sero redigidos em termos claros ecom caracteres ostensivos e legveis, cujo tamanho da fonte no ser inferior aocorpo doze, de modo a facilitar sua compreenso pelo consumidor. (Redaodada pela Lei n 11.785, de 22 de setembro de 2008)
  • 19. 4 As clusulas que implicarem limitao de direito do consumidordevero ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fcilcompreenso. 5 - (Vetado) CAPTULO VII Das Sanes Administrativas Art. 55 A Unio, os Estados e o Distrito Federal, em carter concorrente enas suas respectivas reas de atuao administrativa, baixaro normas relativas produo, industrializao, distribuio e consumo de produtos e servios. 1 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios fiscalizaro econtrolaro a produo, industrializao, distribuio, a publicidade de produtose servios e o mercado de consumo, no interesse da preservao da vida, dasade, da segurana, da informao e do bem-estar do consumidor, baixandoas normas que se fizerem necessrias. 2 (Vetado) 3 Os rgos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais comatribuies para fiscalizar e controlar o mercado de consumo manterocomisses permanentes para elaborao, reviso e atualizao das normasreferidas no 1, sendo obrigatria a participao dos consumidores efornecedores. 4 Os rgos oficiais podero expedir notificaes aos fornecedorespara que, sob pena de desobedincia, prestem informaes sobre questes deinteresse do consumidor, resguardado o segredo industrial. Art. 56 As infraes das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas,conforme o caso, s seguintes sanes administrativas, sem prejuzo das denatureza civil, penal e das definidas em normas especficas: I - multa; II - apreenso do produto; III - inutilizao do produto; IV - cassao do registro do produto junto ao rgo competente; V - proibio de fabricao do produto; VI - suspenso de fornecimento de produtos ou servios; VII - suspenso temporria de atividade;
  • 20. VIII - revogao de concesso ou permisso de uso; IX - cassao de licena do estabelecimento ou de atividade; X - interdio, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou deatividade; XI - interveno administrativa; XII - imposio de contrapropaganda. Pargrafo nico. As sanes previstas neste artigo sero aplicadas pelaautoridade administrativa, no mbito de sua atribuio, podendo ser aplicadascumulativamente, inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente deprocedimento administrativo. Art. 57 A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade dainfrao, a vantagem auferida e a condio econmica do fornecedor, seraplicada mediante procedimento administrativo, revertendo para o Fundo de quetrata a Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores cabveis Unio, oupara os fundos estaduais ou municipais de proteo ao consumidor nos demaiscasos. (Redao dada pela Lei n 8.656, de 21 de maio de 1993) Pargrafo nico. A multa ser em montante no inferior a duzentas e nosuperior a trs milhes de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referncia(UFIR), ou ndice equivalente que venha substitu-lo. (Includo pela Lei n 8.703,de 06 de setembro de 1993) Art. 58 As penas de apreenso, de inutilizao de produtos, de proibiode fabricao de produtos, de suspenso do fornecimento de produto ouservio, de cassao do registro do produto e revogao da concesso oupermisso de uso sero aplicadas pela administrao, mediante procedimentoadministrativo, assegurada ampla defesa, quando forem constatados vcios dequantidade ou de qualidade por inadequao ou insegurana do produto ouservio. Art. 59 As penas de cassao de alvar de licena, de interdio e desuspenso temporria da atividade, bem como a de interveno administrativasero aplicadas mediante procedimento administrativo, assegurada ampladefesa, quando o fornecedor reincidir na prtica das infraes de maiorgravidade previstas neste Cdigo e na legislao de consumo. 1 A pena de cassao da concesso ser aplicada concessionriade servio pblico, quando violar obrigao legal ou contratual. 2 A pena de interveno administrativa ser aplicada sempre que ascircunstncias de fato desaconselharem a cassao de licena, a interdio oususpenso da atividade.
  • 21. 3 Pendendo ao judicial na qual se discuta a imposio depenalidade administrativa, no haver reincidncia at o trnsito em julgado dasentena. Art. 60 A imposio de contrapropaganda ser cominada quando ofornecedor incorrer na prtica de publicidade enganosa ou abusiva, nos termosdo art. 36 e seus pargrafos, sempre s expensas do infrator. 1 A contrapropaganda ser divulgada pelo responsvel da mesmaforma, freqncia e dimenso e, preferencialmente no mesmo veculo, local,espao e horrio, de forma capaz de desfazer o malefcio da publicidadeenganosa ou abusiva. 2 (Vetado) 3 (Vetado) TTULO II Das Infraes Penais Art. 61 Constituem crimes contra as relaes de consumo previstas nesteCdigo, sem prejuzo do disposto no Cdigo Penal e leis especiais, as condutastipificadas nos artigos seguintes. Art. 62 (Vetado) Art. 63 Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade oupericulosidade de produtos, nas embalagens, nos invlucros, recipientes oupublicidade: Pena - Deteno de seis meses a dois anos e multa. 1 Incorrer nas mesmas penas quem deixar de alertar, medianterecomendaes escritas ostensivas, sobre a periculosidade do servio a serprestado. 2 Se o crime culposo: Pena - Deteno de um a seis meses ou multa. Art. 64 Deixar de comunicar autoridade competente e aosconsumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimentoseja posterior sua colocao no mercado: Pena - Deteno de seis meses a dois anos e multa. Pargrafo nico. Incorrer nas mesmas penas quem deixar de retirar domercado, imediatamente quando determinado pela autoridade competente, osprodutos nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
  • 22. Art. 65 Executar servio de alto grau de periculosidade, contrariandodeterminao de autoridade competente: Pena - Deteno de seis meses a dois anos e multa. Pargrafo nico. As penas deste artigo so aplicveis sem prejuzo dascorrespondentes leso corporal e morte. Art. 66 Fazer afirmao falsa ou enganosa, ou omitir informaorelevante sobre a natureza, caracterstica, qualidade, quantidade, segurana,desempenho, durabilidade, preo ou garantia de produtos ou servios: Pena - Deteno de trs meses a um ano e multa. 1 Incorrer nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. 2 Se o crime culposo: Pena - Deteno de um a seis meses ou multa. Art. 67 Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber serenganosa ou abusiva: Pena - Deteno de trs meses a um ano e multa. Pargrafo nico. (Vetado) Art. 68 Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber sercapaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa asua sade ou segurana: Pena - Deteno de seis meses a dois anos e multa. Pargrafo nico. (Vetado) Art. 69 Deixar de organizar dados fticos, tcnicos e cientficos que dobase publicidade: Pena - Deteno de um a seis meses ou multa. Art. 70 Empregar, na reparao de produtos, peas ou componentes dereposio usados, sem autorizao do consumidor: Pena - Deteno de trs meses a um ano e multa. Art. 71 Utilizar, na cobrana de dvidas, de ameaa, coao,constrangimento fsico ou moral, afirmaes falsas, incorretas ou enganosas oude qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente,a ridculo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena: Deteno de trs meses a um ano e multa. Art. 72 Impedir ou dificultar o acesso do consumidor s informaes quesobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros:
  • 23. Pena - Deteno de seis meses a um ano ou multa. Art. 73 Deixar de corrigir imediatamente informao sobre consumidorconstante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveriasaber ser inexata: Pena - Deteno de um a seis meses ou multa. Art. 74 Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantiaadequadamente preenchido e com especificao clara de seu contedo: Pena - Deteno de um a seis meses ou multa. Art. 75 Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes referidosneste Cdigo incide nas penas a esses cominadas na medida de suaculpabilidade, bem como o diretor, administrador ou gerente da pessoa jurdicaque promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento, oferta,exposio venda ou manuteno em depsito de produtos ou a oferta eprestao de servios nas condies por ele proibidas. Art. 76 - So circunstncias agravantes dos crimes tipificados nesteCdigo: I - serem cometidos em poca de grave crise econmica ou por ocasiode calamidade; II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo; III - dissimular-se a natureza ilcita do procedimento; IV - quando cometidos: a) por servidor pblico, ou por pessoa cuja condio econmico-socialseja manifestamente superior da vtima; b) em detrimento de operrio ou rurcola, de menor de dezoito ou maiorde sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficincia mental interditadasou no; V - serem praticados em operaes que envolvam alimentos,medicamentos ou quaisquer outros produtos ou servios essenciais. Art. 77 A pena pecuniria prevista nesta Seo ser fixada em dias-multa, correspondente ao mnimo e ao mximo de dias de durao da penaprivativa da liberdade cominada ao crime. Na individualizao desta multa, o juizobservar o disposto no art. 60, 1 do Cdigo Penal. Art. 78 Alm das penas privativas de liberdade e de multa, podem serimpostas, cumulativa ou alternadamente, observado o disposto nos art. 44 a 47,do Cdigo Penal: I - a interdio temporria de direitos;
  • 24. II - a publicao em rgos de comunicao de grande circulao ouaudincia, s expensas do condenado, de notcia sobre os fatos e acondenao; III - a prestao de servios comunidade. Art. 79 O valor da fiana, nas infraes de que trata este Cdigo, serfixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir o inqurito, entre cem eduzentas mil vezes o valor do Bnus do Tesouro Nacional (BTN), ou ndiceequivalente que venha substitu-lo. Pargrafo nico. Se assim recomendar a situao econmica doindiciado ou ru, a fiana poder ser: a) reduzida at a metade do seu valor mnimo; b) aumentada pelo juiz at vinte vezes. Art. 80 No processo penal atinente aos crimes previstos neste Cdigo,bem como a outros crimes e contravenes que envolvam relaes deconsumo, podero intervir, como assistentes do Ministrio Pblico, oslegitimados indicados no art. 82, incisos III e IV, aos quais tambm facultadopropor ao penal subsidiria, se a denncia no for oferecida no prazo legal. TTULO III Da Defesa do Consumidor em Juzo CAPTULO I Disposies Gerais Art. 81 A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vtimaspoder ser exercida em juzo individualmente, ou a ttulo coletivo. Pargrafo nico - A defesa coletiva ser exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos desteCdigo, os transindividuais, de natureza indivisvel, de que sejam titularespessoas indeterminadas e ligadas por circunstncias de fato; II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos desteCdigo, os transindividuais de natureza indivisvel de que seja titular grupo,categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrria poruma relao jurdica base; III - interesses ou direitos individuais homogneos, assim entendidos osdecorrentes de origem comum.
  • 25. Art. 82 Para os fins do art. 81, pargrafo nico, so legitimadosconcorrentemente: (Redao dada pela Lei 9.008, de 21 de maro de 1995) I - o Ministrio Pblico; II - a Unio, os Estados, os Municpios e o Distrito Federal; III - as entidades e rgos da Administrao Pblica, direta ou indireta,ainda que sem personalidade jurdica, especificamente destinados defesa dosinteresses e direitos protegidos por este Cdigo; IV - as associaes legalmente constitudas h pelo menos um ano e queincluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitosprotegidos por este Cdigo, dispensada a autorizao assemblear. 1 O requisito da pr-constituio pode ser dispensado pelo juiz, nasaes previstas no art. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse socialevidenciado pela dimenso ou caracterstica do dano, ou pela relevncia dobem jurdico a ser protegido. 2 - (Vetado) 3 - (Vetado) Art. 83 Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este Cdigoso admissveis todas as espcies de aes capazes de propiciar sua adequadae efetiva tutela. Pargrafo nico. (Vetado) Art. 84 Na ao que tenha por objeto o cumprimento da obrigao defazer ou no fazer, o juiz conceder a tutela especfica da obrigao oudeterminar providncias que assegurem o resultado prtico equivalente ao doadimplemento. 1 A converso da obrigao em perdas e danos somente seradmissvel se por elas optar o autor ou se impossvel a tutela especfica ou aobteno do resultado prtico correspondente. 2 A indenizao por perdas e danos se far sem prejuzo da multa (art.287, do Cdigo de Processo Civil). 3 Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificadoreceio de ineficcia do provimento final, lcito ao juiz conceder a tutelaliminarmente ou aps justificao prvia, citado o ru. 4 O juiz poder, na hiptese do 3 ou na sentena, impor multa diriaao ru, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatvelcom a obrigao, fixando prazo razovel para o cumprimento do preceito.
  • 26. 5 Para a tutela especfica ou para a obteno do resultado prticoequivalente, poder o juiz determinar as medidas necessrias, tais como buscae apreenso, remoo de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimentode atividade nociva, alm de requisio de fora policial. Art. 85 (Vetado) Art. 86 (Vetado) Art. 87 Nas aes coletivas de que trata este Cdigo no haveradiantamento de custas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outrasdespesas, nem condenao da associao autora, salvo comprovada m-f, emhonorrios de advogados, custas e despesas processuais. Pargrafo nico. Em caso de litigncia de m-f, a associao autora eos diretores responsveis pela propositura da ao sero solidariamentecondenados em honorrios advocatcios e ao dcuplo das custas, sem prejuzoda responsabilidade por perdas e danos. Art. 88 Na hiptese do art. 13, pargrafo nico deste Cdigo, a ao deregresso poder ser ajuizada em processo autnomo, facultada a possibilidadede prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciao da lide. Art. 89 (Vetado) Art. 90 Aplicam-se s aes previstas neste Ttulo as normas do Cdigode Processo Civil e da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no querespeita ao inqurito civil, naquilo que no contrariar suas disposies. CAPTULO II Das Aes Coletivas para a Defesa de Interesses Individuais Homogneos Art. 91 Os legitimados de que trata o art. 82 podero propor, em nomeprprio e no interesse das vtimas ou seus sucessores, ao civil coletiva deresponsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com dispostonos artigos seguintes. (Redao dada Lei n 9.008 de 21 de maro de 1995) Art. 92 O Ministrio Pblico, se no ajuizar a ao, atuar sempre comofiscal da lei. Pargrafo nico (Vetado) Art. 93 Ressalvada a competncia da Justia Federal, competente paraa causa a justia local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando dembito local;
  • 27. II - no foro da Capital do Estado ou no Distrito Federal, para os danos dembito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Cdigo de Processo Civilaos casos de competncia concorrente. Art. 94 Proposta a ao, ser publicado edital no rgo oficial, a fim deque os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, semprejuzo de ampla divulgao pelos meios de comunicao social por parte dosrgos de defesa do consumidor. Art. 95 Em caso de procedncia do pedido, a condenao ser genrica,fixando a responsabilidade do ru pelos danos causados. Art. 96 (Vetado) Art. 97 A liquidao e a execuo de sentena podero ser promovidaspela vtima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art.82. Pargrafo nico - (Vetado) Art. 98 A execuo poder ser coletiva, sendo promovida peloslegitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vtimas cujas indenizaes jtiverem sido fixadas em sentena de liquidao sem prejuzo do ajuizamento deoutras execues. (Redao dada pela Lei n 9.008, de 21 de maro de 1995) 1 A execuo coletiva far-se- com base em certido das sentenasde liquidao, da qual dever constar a ocorrncia ou no do trnsito emjulgado. 2 competente para a execuo o juzo: I - da liquidao da sentena ou da ao condenatria, no caso deexecuo individual; II - da ao condenatria, quando coletiva a execuo. Art. 99 Em caso de concurso de crditos decorrentes de condenaoprevista na Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, e de indenizaes pelosprejuzos individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas teropreferncia no pagamento. Pargrafo nico. Para efeito do disposto neste artigo, a destinao daimportncia recolhida ao fundo criado pela Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985,ficar sustada enquanto pendentes de deciso de segundo grau as aes deindenizao pelos danos individuais, salvo na hiptese de o patrimnio dodevedor ser manifestamente suficiente para responder pela integralidade dasdvidas.
  • 28. Art. 100 Decorrido o prazo de um ano sem habilitao de interessadosem nmero compatvel com a gravidade do dano, podero os legitimados do art.82 promover a liquidao e execuo da indenizao devida. Pargrafo nico. O produto da indenizao devida reverter para o fundocriado pela Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985. CAPTULO III Das Aes de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e Servios Art. 101 Na ao de responsabilidade civil do fornecedor de produtos eservios, sem prejuzo do disposto nos Captulos I e II deste Ttulo, seroobservadas as seguintes normas: I - a ao pode ser proposta no domiclio do autor; II - o ru que houver contratado seguro de responsabilidade poderchamar ao processo o segurador, vedada a integrao do contraditrio peloInstituto de Resseguros do Brasil. Nesta hiptese, a sentena que julgarprocedente o pedido condenar o ru nos termos do art. 80 do Cdigo deProcesso Civil. Se o ru houver sido declarado falido, o sndico ser intimado ainformar a existncia de seguro de responsabilidade, facultando-se, em casoafirmativo, o ajuizamento de ao de indenizao diretamente contra osegurador, vedada a denunciao da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil edispensado o litisconsrcio obrigatrio com este. Art. 102 Os legitimados a agir na forma deste Cdigo podero proporao visando compelir o Poder Pbico competente a proibir, em todo o territrionacional, a produo, divulgao, distribuio ou venda, ou a determinaralterao na composio, estrutura, frmula ou acondicionamento de produto,cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso sade pblica e incolumidade pessoal. 1 (Vetado) 2 (Vetado) CAPTULO IV Da Coisa Julgada Art. 103 Nas aes coletivas de que trata este Cdigo, a sentena farcoisa julgada: I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente porinsuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar
  • 29. outra ao, com idntico fundamento, valendo-se de nova prova, na hiptese doinciso I do pargrafo nico do art. 81; II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvoimprocedncia por insuficincia de provas, nos termos do inciso anterior,quando se tratar da hiptese prevista no inciso II do pargrafo nico do art. 81; III - erga omnes, apenas no caso de procedncia do pedido, parabeneficiar todas as vtimas e seus sucessores, na hiptese do inciso III dopargrafo nico do art. 81. 1 Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II noprejudicaro interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, dogrupo, categoria ou classe. 2 Na hiptese prevista no inciso III, em caso de improcedncia dopedido, os interessados que no tiverem intervindo no processo comolitisconsortes podero propor ao de indenizao a ttulo individual. 3 Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com oart. 13 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, no prejudicaro as aes deindenizao por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou naforma prevista neste Cdigo, mas, se procedente o pedido, beneficiaro asvtimas e seus sucessores, que podero proceder liquidao e execuo,nos termos dos arts. 96 a 99. 4 Aplica-se o disposto no pargrafo anterior sentena penalcondenatria. Art. 104 As aes coletivas, previstas nos incisos I e II do pargrafo nicodo art. 81, no induzem litispendncia para as aes individuais, mas os efeitosda coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III doartigo anterior no beneficiaro os autores das aes individuais, se no forrequerida sua suspenso no prazo de trinta dias, a contar da cincia nos autosdo ajuizamento da ao coletiva. TTULO IV Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor Art. 105 Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC),os rgos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidadesprivadas de defesa do consumidor. Art. 106 O Departamento de Proteo e Defesa do Consumidor, daSecretaria de Direito Econmico (MJ), ou rgo federal que venha substitu-lo, organismo de coordenao da poltica do Sistema Nacional de Defesa do
  • 30. Consumidor, cabendo-lhe: (Conforme nomenclatura dada pelo decreto n 2.181,de 20 de maro de 1997) I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a poltica nacional deproteo ao consumidor; II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denncias ousugestes apresentadas por entidades representativas ou pessoas jurdicas dedireito pblico ou privado; III - prestar aos consumidores orientao permanente sobre seus direitose garantias; IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor atravs dos diferentesmeios de comunicao; V - solicitar polcia judiciria a instaurao de inqurito policial para aapreciao de delito contra os consumidores, nos termos da legislao vigente; VI - representar ao Ministrio Pblico competente para fins de adoo demedidas processuais no mbito de suas atribuies; VII - levar ao conhecimento dos rgos competentes as infraes deordem administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos, ouindividuais dos consumidores; VIII - solicitar o concurso de rgos e entidades da Unio, Estados, doDistrito Federal e Municpios, bem como auxiliar a fiscalizao de preos,abastecimento, quantidade e segurana de bens e servios; IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programasespeciais, a formao de entidades de defesa do consumidor pela populao epelos rgos pblicos estaduais e municipais; X (Vetado) XI (Vetado) XII (Vetado) XIII - desenvolver outras atividades compatveis com suas finalidades. Pargrafo nico. Para a consecuo de seus objetivos, o Departamentode Proteo e Defesa do Consumidor poder solicitar o concurso de rgos eentidades de notria especializao tcnico-cientfica. (Conforme nomenclaturadada pelo decreto n 2.181, de 20 de maro de 1997) TTULO V Da Conveno Coletiva de Consumo
  • 31. Art. 107 As entidades civis de consumidores e as associaes defornecedores ou sindicatos de categoria econmica podem regular, porconveno escrita, relaes de consumo que tenham por objeto estabelecercondies relativas ao preo, qualidade, quantidade, garantia ecaractersticas de produtos e servios, bem como reclamao e composiodo conflito de consumo. 1 A conveno tornar-se- obrigatria a partir do registro doinstrumento no cartrio de ttulos e documentos. 2 A conveno somente obrigar os filiados s entidades signatrias. 3 No se exime de cumprir a conveno o fornecedor que se desligarda entidade em data posterior ao registro do instrumento. Art. 108 (Vetado) TTULO VI Disposies Finais Art. 109 (Vetado) Art. 110 Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1 da Lei n 7.347, de 24de julho de 1985: V - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo." Art. 111 O inciso II do art. 5 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985,passa a ter a seguinte redao: "II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteo ao meioambiente, ao consumidor, ao patrimnio artstico, esttico, histrico, turstico epaisagstico, ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. Art. 112 O 3 do art. 5 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, passa ater a seguinte redao: " 3 Em caso de desistncia infundada ou abandono da ao porassociao legitimada, o Ministrio Pblico ou outro legitimado assumir atitularidade ativa. Art. 113 Acrescente-se os seguintes 4, 5 e 6 ao art. 5 da Lei n7.347, de 24 de julho de 1985. " 4 O requisito da pr-constituio poder ser dispensado pelo juiz,quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimenso oucaracterstica do dano, ou pela relevncia do bem jurdico a ser protegido."
  • 32. " 5 Admitir-se- o litisconsrcio facultativo entre os Ministrios Pblicosda Unio, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitosde que cuida esta Lei." " 6 Os rgos pblicos legitimados podero tomar dos interessadoscompromisso de ajustamento de sua conduta s exigncias legais, mediantecominaes, que ter eficcia de ttulo executivo extrajudicial." Art. 114 O art. 15 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter aseguinte redao: "Art. 15 Decorridos sessenta dias do trnsito em julgado da sentenacondenatria, sem que a associao autora lhe promova a execuo, deverfaz-lo o Ministrio Pblico, facultada igual iniciativa aos demais legitimados." Art. 115 Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n 7.347, de 24 de julho de1985, passando o pargrafo nico a constituir o caput, com a seguinte redao: "Art. 17 Em caso de litigncia de m-f, a danos." Art. 116 D-se a seguinte redao ao art. 18 da Lei n 7.347, de 24 dejulho de 1985: "Art. 18 Nas aes de que trata esta Lei, no haver adiantamento decustas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas, nemcondenao da associao autora, salvo comprovada m-f, em honorrios deadvogado, custas e despesas processuais." Art. 117 Acrescente-se Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, o seguintedispositivo, renumerando-se os seguintes: "Art. 21 Aplicam-se defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos eindividuais, no que for cabvel, os dispositivos do Ttulo III da Lei que instituiu oCdigo de Defesa do Consumidor." Art. 118 Este Cdigo entrar em vigor dentro de cento e oitenta dias acontar de sua publicao. Art. 119 Revogam-se as disposies em contrrio.Braslia, em 11 de setembro de 1990, 169 da Independncia e 102 daRepblica.FERNANDO COLLORBernardo CabralZlia M. Cardoso de MelloOzires Silva

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