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Publicação Bimestral da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores

Novo regime automotivo visa ampliar produtividade e competitividade do

setor automotivo brasileiro

Outubro/Novembro2012

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ENTREVISTACledorvino Belini e Flávio Padovan comentam os dois lados da moeda com a chegada do Inovar-Auto

23o CoNgRESSo FENAbRAVEApós o sucesso de 2012, Fenabrave lança 23º edição do evento

LINHA DE PRoDUÇÃoGeração Y chega ao mercado consumidor e quer mais conectividade nos veículos

INoVAR-AUTo

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Flávio Meneghetti Presidente da Fenabrave

3Revista Dealer

Um ano de incertezas para o setor!

stamos praticamente no final de 2012, e este ano pode ser considerado como um ano de oscilações para o setor da distribuição automotiva. Iniciamos o ano projetando um aumento de vendas para automóveis e comerciais leves e com o desejo de recuperação para setores como os de motocicletas e caminhões. No entanto, o comportamento do mercado, diante do pequeno crescimento interno e do reflexo das sucessivas crises internacionais, atrelados à manutenção da inadimplência em níveis elevados, fez com que a performance do setor, até maio, projetasse um crescimento negativo para o ano.

Foi aí então que a representatividade e participação da Fenabrave foram fatores importantes para a reversão daquele cenário. Nos aliamos à ANFAVEA e à indústria bancária para interagir com o Governo, sugerindo medidas que pudessem reverter o cenário que então se descortinava, ameaçando a produção e os empregos.

O resultado de nosso esforço conjunto foram as já conhecidas medidas de desonerações anunciadas em 21 de maio pelo Governo e mantidas até o final deste ano, incluindo redução de impostos, taxas de juros, margens e a liberação de compulsórios.

Como consequência, tivemos um mês de agosto espetacular para automóveis e comerciais leves, mas ainda pífio para os demais segmentos. Voltamos ao Governo, e conseguimos mais incentivos, novos programas junto à Caixa Econômica e ao BNDES, para motos e caminhões, respectivamente, e chegamos a um mês de outubro com recuperação em todos os segmentos, ainda que, no acumulado, apenas o setor de automóveis e comerciais leves esteja fora do vermelho nos emplacamentos do ano.

Com perspectivas de uma evolução futura, foi anunciado ao País, em 3 de outubro, o novo regime automotivo, denominado Inovar-Auto e que, ao vigorar entre 2013 e 2017, deverá alavancar o desenvolvimento tecnológico, a eficiência energética e contribuir para recuperar a competitividade industrial do País.

Inscritas no programa, as marcas deverão efetivar seus planos de desenvolvimento para ter acesso aos estímulos concedidos.

E acreditamos que, por mais que essas medidas tenham impacto apenas em médio e longo prazo, trarão benefícios aos consumidores brasileiros, que já almejam acesso a veículos com maior eficiência energética e com a crescente inovação tecnológica, dignas de países do primeiro mundo.

Tive, muito recentemente, a oportunidade de ver esse estreitamento de fronteiras de desenvolvimento ao visi-tar o Salão do Automóvel de Paris, na França e, poucos dias depois, o 27º. Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, Brasil, e pude constatar quanto estamos nos aproximando dos padrões mundiais. Agora, temos a perspectiva de ter aqui produtos com ainda mais qualidade, eficiência e inovação. Não é por outra razão que o nosso País se configura como o quarto maior mercado automotivo do mundo e, para muitas montadoras aqui instaladas, já somos o segundo maior mercado em importância efetiva e potencial.

Sinto, apenas, que essa evolução de qualidade não se reflita na exacerbada carga tributária, que penaliza os consumidores brasileiros. Infelizmente, o Brasil planeja se equiparar, internacionalmente, em desenvolvi-mento tecnológico, mas não conseguimos ter, ainda, um regime tributário compatível com o que ocorre nos países do primeiro mundo.

Assim, ao encerrar este ano, temos a expectativa de que 2013 será mais otimista, para o qual projetamos um PIB de 3,5%, com a inflação sob controle e com a esperada retomada da produção industrial, tão necessária para que possamos garantir o emprego e o consumo no país. Com isso, contamos com a queda na inadimplên-cia e a retomada de performance para todos os setores da distribuição automotiva e da economia brasileira.

Que assim seja!

Bons negócios, boa leitura e tenham todos um ótimo 2013!

editorial

EPublicação Bimestral da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores

Novo regime automotivo visa ampliar produtividade e competitividade do

setor automotivo brasileiro

Outubro/Novembro2012

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ENTREVISTACledorvino Belini e Flávio Padovan comentam os dois lados da moeda com a chegada do Inovar-Auto

23o CoNgRESSo FENAbRAVEApós o sucesso de 2012, Fenabrave lança 23º edição do evento

LINHA DE PRoDUÇÃoGeração Y chega ao mercado consumidor e quer mais conectividade nos veículos

INoVAR-AUTo

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Matéria de Capa 22Criado com o objetivo de estimular a inovação tecnológica, reduzir poluentes e ampliar a competitividade do setor automotivo brasileiro, o Inovar-Auto terá início em 2013 e traz uma série de benefícios aos fabricantes que se adaptarem às normas.

matéria de capa

Lançamentos 52Conheça as novidades apresentadas no Salão do Automóvel de São Paulo.lanç amentos

Entrevista 14Cledorvino Belini e Flávio Padovan comentam as mudanças do programa Inovar-Auto e o que ele interfere nas operações dos fabricantes instalados no Brasil, dos importadores e também do mercado.

entrevista

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Radar Fenabrave 6Fenabrave organiza missão técnica à NADA em parceria com a Megadealer.

Debate 18Merchandising é uma ferramenta eficaz para promoção de veículos.

Sustentabilidade 30TV Fenabrave promove mesa redonda de meio ambiente e sustentabilidade e mostra como o mercado pode ser responsável com pequenas atitudes no dia-a-dia.

Opinião 33O consultor e professor da FGV, Cláudio Tomanini, conta como reter talentos no setor automotivo.

Linha de Produção 34Geração Y chega ao mercado consumidor e muda a maneira de se vender carros.

Mobilidade 40Conheça o trabalho desenvolvido pelo Centro Educacional de Trânsito Honda.

Economia 44Bancos estatais atendem pedido de lideranças do setor e lançam linhas de crédito atrativas para o setor de duas rodas.

Conexão 48Portais de classificados para veículos ganham espaço no mercado.

Espaço Aberto 66Alcides Braga, presidente da Anfir, comenta o uso obrigatório do ABS em implementos rodoviários a partir de 2013.

Publicação bimestral da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.Ano 5 – Edição 38 – Outubro/Novembro 2012

Conselho DiretorPresidente dos Conselhos Deliberativo e Diretor Flávio Antonio Meneghetti Presidente Executivo Alarico Assumpção Jr. Vice-Presidentes Antonio Figueiredo Netto, Edson Luchini, Elias dos Santos Monteiro, José Alberto Gisondi, Mário Sérgio Moreira Franco, Mauricio de Souza Queiroz, Paulo de Tarso Costa Beber e Paulo MatiasVice-presidentes “Ad-hoc” Gláucio José Geara, José Carneiro de Carvalho Neto, Octávio Leite Vallejo e Ricardo de Oliveira LimaMembros Natos (Ex-presidentes): Alencar Burti, Sergio Antonio Reze e Waldemar Verdi Jr.Conselho EditorialFlávio Meneghetti, Alarico Assumpção Jr., Paulo Engler, Marcelo Ciardi, Valdner Papa, Rita Mazzuchini

Editoria e Redação MCE – Mazzuchini Comunicação e EventosR. Frei Rolim, 59 – CEP 04151-000 – São Paulo, SPTels.: (11) 2577-6533 / 5582-0049e-mail: [email protected]

Editora e Jornalista Responsável Rita Mazzuchini (Mtb 22128)

Editor Assistente Igor Francisco (Mtb 57082)

Colaboração Daniela Figueira

Projeto Gráfico e Edição de Arte Heraldo Galan e Patricia TagninFotos Marcos Alves, divulgação, iStockphoto

Comercial DNF Comunicação – Gutenberg SoledadeTels.: (11) 2281-8134 e (11) 9169-7485E-mail: [email protected]

Tiragem 10 mil exemplares Distribuição gratuita.

Endereço para correspondênciaAv. Indianópolis, 1967 – Planalto Paulista CEP 04063-003 – São Paulo/ SPTel.: (11) 5582-0000 / Fax: (11) 5582-0001 E-mail: [email protected]

Para contatos na redação E-mail: [email protected]

Autorização para reprodução de textosAs matérias assinadas nesta revista são de responsabilidade do autor não representando, necessariamente, a opinião da Fenabrave. Autorizada a reprodução total ou parcial das matérias sem assinatura, desde que mencionada a fonte. A reprodução de matérias e artigos assinados devem contemplar autorização prévia e por escrito do autor.

sustentabilidade

opinião

linha de produç ão

mobilidade

economia

conexão

espaç o aberto

Cláudio Tomanini e Alcides Braga

Colaboram nesta edição:

sumário

debate

radar fenabrave

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Perspectivas 2013 no Seminário Autodata

No dia 16 de outubro, o presidente do Conselho Deliberativo e Diretor da Fenabrave, Flávio Meneghetti foi um dos painelistas do Seminário AutoDa-ta - Perspectivas 2013, realizado em São Paulo. Na oportunidade, o presidente da entidade dividiu o palco com Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, Gilson Carvalho, vice-presidente da Anef e Paulo Butori, presidente do Sindipeças. Na mesa redonda, mediada pelos jornalistas Marcos Rozen e Alzira Rodrigues, de AutoData, os líderes setoriais discutiram o novo Regime Automotivo e as perspectivas de cada entidade para o ano que vem.

Para Meneghetti, o mercado de 2013 deve totalizar 3,7 milhões de unidades, num cenário econômico projetado para um PIB de 3% a 3,5%. Na avaliação do presidente da Fenabrave, o Novo Regime Automotivo deve beneficiar os consumidores em médio e longo prazo, assim como trazer melhores condições de competitividade e produtividade para a indústria automotiva.

Fenabrave organiza comissão técnica à NADA

A consultoria Megadealer, em parceria com a Fenabrave, está organizando mais uma Missão Técnica para levar Concessionários brasileiros para a NADA Convention, que será realizada em Orlan-do/Flórida, entre os dias 8 e 11 de fevereiro de 2013. A edição 2012 reuniu cerca de 20 mil participantes em Las Vegas.

A Missão Técnica, que será composta por lideranças da Fenabrave e Concessionários filiados interessados, terá benefícios exclusivos, como pacotes diferenciados de viagem, visitas técnicas guiadas a duas concessionárias norte-americanas, palestra especial sobre o mercado americano de veículos, além da participação no evento promovido pela NADA, que também contempla palestras com tradução para o idioma português, proporcionando ainda mais conveniência para todos os empresários brasileiros. Todos os anos, a Megadealer, em parceria com a Fenabrave, leva uma média de 100 pessoas para a NADA Convention.

Os Concessionários interessados em participar do evento podem se inscrever até 10/01/2013. Para participar da comissão técnica basta entrar no site da Megadealer (www.megadealer.com.br), e clicar no banner Missão Oficial Fenabrave na página inicial do lado direito. Automaticamente, abrirá a ficha de inscrição que deverá ser preenchida corretamente e enviada. Após o envio, basta aguardar o contato da consultoria para mais detalhes.

Para obter mais informações sobre o evento entre em contato com a Megadealer, nos contatos abaixo:

Fabiane Mendes – e-mail: [email protected].: (11) 3759-1321 ou celular: (11) 99332-1164www.megadealer.com.br

17ª Pesquisa de Relacionamento Fenabrave

A encerrada no dia 31 de outubro, a 17ª Pesquisa Fenabrave de Relacionamento com o Mercado contou com participação ma-ciça da Rede de Distribuição de Veículos de todo o Brasil. Desde o dia 17 de setembro, os Concessionários receberam 28 perguntas desenvolvidas com o objetivo de identificar e avaliar aspectos que precisam ser corrigidos ou fortalecidos nas relações entre Concessionários e Fabricantes de veículos. “A participação forte e expressiva da Rede credita maior peso à Pesquisa, reforçando sua representatividade e corroborando com o trabalho técnico de cada Associação de Marca junto à sua Montadora e com o trabalho político da Fenabrave junto às instituições em geral”, afirmou Luiz Adelar Scheuer, coordenador da Pesquisa.

Segundo o coordenador da pesquisa, o apoio de cada As-sociação, seja pelo engajamento de seus diretores ou trabalho pró-ativo de seu corpo executivo, é de vital importância para o crescimento da representatividade da pesquisa. As matrizes de cada concessionária receberam e-mails com o ID de acesso (senha), para responderem a pesquisa, online, com total privacidade das informações enviadas.

A análise dos resultados da Pesquisa fornecerá elementos importantes para as Associações de Marca no exercício de repre-sentação coletiva. “O encaminhamento qualificado de negociação facilitará o processo de busca do equilíbrio entre os objetivos da Fábrica e da Rede”, define Scheuer.

“Na 16a Pesquisa, superamos a fronteira dos mil responden-tes, totalizando 1186 matrizes, indicando um índice de respostas superior a 30% do público pesquisado”, comemora o consultor, afirmando que este índice de participação já supera os índices registrados pela NADA, nos Estados Unidos.

Os resultados da 17ª Pesquisa Fenabrave de Relacionamento com o Mercado serão apresentados na primeira quinzena de de-zembro, mas ainda sem data definida. Como normalmente ocorre, os dados são enviados às Associações de Marca que encaminham às montadoras e seus Concessionários.

Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes

Nos dias 11 e 12 de dezembro, no Hotel Windsor Atlântica, no Rio de Janeiro, será realizado o Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes, evento realizado pelo Instituto de Eficiência Ener-gética - INEE e o Instituto Besc de Humanidade e Economia, que contam com a parceria do Banco Mundial.

A Fenabrave é uma das apoiadoras do evento, o que demons-tra a preocupação da entidade com as questões ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. O seminário tem como objetivo debater as tecnologias e práticas que melhoram o desempenho dos caminhões que realizam fretes, além das discussões de ações que sinalizam e induzam este resultado.

Eventos

7Revista Dealer

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radar fenabrave

Inbox

Depois de a Fenabrave receber diver-sas correspondências com relação ao XXII Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave 2012, conforme publicado na edição 37 da Revista Dealer, temos o prazer de trazer aos caros leitores, mais uma manifestação posi-tiva ao trabalho da Fenabrave e sua equipe.

Conselho Editorial

Prezados,Primeiramente, gostaria de me apresen-

tar. Sou consultor de Padrões de Atendimento  Fiat, desenvolvo esse trabalho através da minha empresa SW Consultoria e treina-mento, com sede em Porto Alegre/RS, e visito concessionárias em todo o País.

Ao ter acesso ocasional a um exem-plar da Revista Dealer, setembro de 2012, co m vá r i a s re p o r t a g e n s s o b re o X X I I Congresso Fenabrave, fiquei impressio-nado com a clareza e objetividade dos palestrantes convidados.

Como bem asseverou o diretor da JM&A BRASIL, Carlos Brant: “Em uma reunião em que todos os Distribuidores sabiam qual a venda diária de automóveis de suas lojas, nenhum foi capaz de responder sobre nú-meros mensais da comercialização de peças, por exemplo. O comprometimento do dealer medirá seu índice de sucesso. (sic, fl. 37).”

Além dele, Wagner Kmite e Osmar Hidalgo, sobre “Giro Ideal de estoque e Políti-cas Comerciais”, também, Jon Lancaster em “Como crescer durante a crise”, foram asser-tivos em seus esclarecimentos, bem como os demais consultores e palestrantes.

Rara a concessionária visitada, em que o diagnóstico apontado não passa pela falta de visão mais ampla das oportunidades desperdiçadas. Todavia, é muito difícil “san-to de casa” fazer milagre, por isso mesmo,  aplausos à Fenabrave pela realização do XXII Congresso e pela escolha dos participantes.

Parabéns, igualmente, aos editores pela Revista Dealer, setembro/2012.

Gostaria, por fim, solicitar esclarecimen-tos para poder receber as edições futuras da Revista Dealer.

Alexandre WignerSW Consultoria e Treinamento S/C Ltda

Grupo dos 20

Rede John Deere adere ao programaCom três grupos, a Assodeere - Associação Brasileira de Distribuidores John Deere,

integrou 100% de sua Rede ao programa Grupo dos 20, oferecido pela Fenabrave a partir do acordo estabelecido com a NADA – National Automobile Dealers Association, em 2010. “O primeiro grupo da marca foi formado em outubro e outros dois se complementarão em janeiro e março de 2013. Com isso, reunimos toda a Rede John Deere no Grupo dos 20”, comentou Diego Alvarez, coordenador do programa na Fenabrave.

Alvarez explica que o primneiro grupo formado já está em andamento. “Em uma pri-meira etapa, os representantes estão desenhando a posição econômica e financeira das concessionárias, que será enviada à NADA - National Automobile Dealers Association, dan-do origem ao Composite - ferramenta de gestão que cruza os dados entre os integrantes do Grupo”, explica o coordenador.

Novos integrantes – Além dos Concessionários que fazem parte da Rede Assodeere, o Grupo dos 20 está trabalhando para a formação de mais grupos na Rede Autohonda - Associação Brasileira dos Distribuidores Honda de Veículos Automotores Nacionais e Importados. “Estamos trabalhando, neste momento, na análise da situação econômica e financeira da Rede, para torná-la compatível com o padrão da NADA”, esclarece Alvarez.

TV Fenabrave

Cursos na TV Fenabrave em dezembroA TV Fenabrave realiza a transmissão de aulas da Universidade Fenabrave todas

as terças e quintas-feiras, entre 17h e 19h30 e, no mês de dezembro, o destaque está por conta do início das aulas para o curso de “Desenvolvimento pessoal”, que será realizada no dia 4, às 17h. Outro curso também inicia suas aulas neste mês, como o de “Gestão do conhecimento”, previsto para o dia 4, às 18h30. Confira a programação para este mês e fique atento aos horários!

Dezembro – 17h às 18h

Dia Aula Curso4 1a Desenvolvimento Pessoal6 2a Desenvolvimento Pessoal11 1a Mudanças – Como lidar com novas perspectivas13 2a Mudanças – Como lidar com novas perspectivas

Dezembro – 18h30 às 19h30

Dia Aula Curso4 1a Gestão do conhecimento6 2a Gestão do conhecimento11 3a Gestão do conhecimento13 4a Gestão do conhecimento

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O superintendente da Área de Operações Indiretas do BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento -, Cláudio Bernardo, e o gerente do Departamento de Financiamento a Máquinas e Equi-pamentos da instituição, Paulo Sodré, formaram a mesa de deba-tes, ao lado do presidente do Conselho Deliberativo e Diretor da Fenabrave, Flávio Meneghetti, do presidente executivo da entida-de, Alarico Assumpção Jr., e do vice-presidente da Fenabrave, Paulo Matias, em uma reunião que contou com a presença de executivos de bancos de montadoras, bancos públicos e privados, além de presidentes de Associações de Marca e Concessionários, no dia 7 de novembro, na sede da Fenabrave, em São Paulo.

Flávio Meneghetti abriu a reunião, comentando que aque-le encontro era uma demonstração do bom relacionamento que o setor da distribuição possui com o BNDES, instituição que contribui bastante para o desenvolvimento do mer-cado de caminhões, ônibus, implementos rodoviários e máquinas agrícolas, por meio do programa PSI, que reduziu recentemente as taxas de juros para 2,5% no Finame. “Estamos nos aproximando do final do ano e esperamos a retomada do crescimento no setor de caminhões e ônibus. Por isso, agradeço ao BNDES por ter vindo até a casa da distribuição de veículos no Brasil para par-ticipar deste encontro”, comen- tou Meneghetti.

Segundo Alarico Assumpção Jr., o encontro é uma forma que a entidade encontrou para aproximar os principais executivos do setor em busca de soluções que visam o crescimento. Segundo ele, “nada melhor do que juntar todos os elos desta cadeia para discutir a melhor forma e quais serão os próximos passos para o desenvolvimento dos setores”. O presidente executivo da Fenabrave acrescentou, ainda, que a en-tidade sempre foi muito bem recebida no BNDES para a condução dos assuntos de interesse dos Concessionários e, principalmente, do mercado.

Cláudio Bernardo agradeceu à Fenabrave pela oportunidade de conversar com os empresários presentes e comentou sobre o trabalho do BNDES no mercado de caminhões. “A redução de juros do Finame para 2,5% ajudou a recuperar o desempenho do segmento nos últimos meses”, disse. Segundo Bernardo, uma série de fatores, como a previsão de recorde da safra brasileira neste ano e as vendas crescentes registradas em outubro, contribuirão para um saldo positivo ao final de 2012. “Achamos que as vendas em novembro serão boas, assim como dezembro, onde teremos uma ‘correria’ nas compras”, complementou.

BNDES participa de reunião na sede da Fenabrave

A exposição de Bernardo foi comprovada com os dados apre-sentados pelo diretor setorial da Fenabrave, Marcelo Francciuli, que mostrou o salto de 8,4 mil unidades vendidas, registradas em outu-bro, para mais de 12,5 mil em novembro no setor de caminhões. “E o Finame representou mais de 70% de todas estas vendas”, disse.

Segundo Bernardo, o BNDES tem o compromisso de ser o mais transparente possível com todos os envolvidos na cadeia: Concessionários e bancos. Por este motivo, ouviu as lideranças do setor e levou ao governo as reais dificuldades dos segmentos, dando origem às quedas de juros. “Achamos que este estímulo foi positivo. Agora esperamos ter regras mais estáveis em 2013”, concluiu. Paulo Sodré complementou as afirmações de Bernardo, alertando os empresários presentes, com relação ao prazo do envio de propostas para a concessão de financiamento com a taxa de

2,5%: “Devido ao grande volume de solicitações, é importante os agentes bancários enviarem os pedidos até o dia 14 de dezembro. Após esta data, provavelmente, não conseguiremos atender todos os pedidos dentro do PSI 4”, disse.

Durante a reunião, foi discutida a dificuldade dos agentes finan-ceiros e também dos Concessionários em adequarem os pedidos de financiamento de acordo com as normas do BNDES. Com isso, a liberação de um crédito pode demorar mais do que o previsto, impactando diretamente nos resultados do setor. “Como ainda existem muitas dúvidas, sugiro criarmos um curso de capacitação tanto para a Rede, como para os Bancos. Assim os pedidos chegam a nós sem erros, o que agiliza o processo”, sugeriu Bernardo.

Com esta ideia, Assumpção Jr., disse que a Fenabrave vai se empenhar na capacitação dos agentes por meio da criação de um curso, em parceria com o BNDES, que será transmitido pela TV Fenabrave. “Achamos a ideia excelente e vamos desenvolver o curso”, disse o presidente executivo da Fenabrave, sendo parabe-nizado por todos os empresários presentes.

Paulo Sodré, e Cláudio Bernardo, do BNDES, participam de encontro realizado na Fenabrave, ao lado dos presidentes Alarico Assumpção Jr, Flávio Meneghetti e do vice-presidente da entidade, Paulo Matias.

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Novo portal da Fenabrave entra no ar em dezembro

Pensando em maior agilidade na distri-buição de informações aos mais de 160 mil usuários que visitam o seu portal mensal-mente, a Fenabrave está trabalhando no pro-jeto de reformulação digital, que vai integrar todas as áreas da entidade, e englobar novas estratégias voltadas às mídias sociais, como twitter e facebook. Realizado em parceria com a Agência Click, o novo portal da entida-de deve entrar no ar em dezembro deste ano.

De acordo com o presidente da entidade, Flávio Meneghetti, o novo espaço digital da Fenabrave reunirá conteúdo mais dinâmico, com novo visual e totalmente integrado às redes sociais. “A comissão de inovação tecnológica tem desempenhado um traba-lho importante em conjunto com a área de comunicação da Fenabrave. Com isso, as Associações de Marca, os Concessionários, a imprensa e os demais usuários contarão com um conteúdo atualizado em um portal de fácil navegação”, comenta.

Segundo José Carneiro de Carvalho Neto, presidente da comissão de inovação tecnológica, a Fenabrave se insere neste novo cenário de tecnologia com a reformulação do novo portal e com objetivo de ser referência no mercado. “Queremos nos integrar às redes sociais que crescem cada vez mais e, com o novo portal, teremos a oportunidade de colocar a Fenabrave como liderança no for-necimento de um banco de dados completo e palatável sobre o setor automotivo”, destaca.

Além do novo portal, a Revista Dealer também já possui uma versão destinada a tablets e smartphones, desde a edição 35, que pode ser baixada em português e inglês, dire-tamente do portal da entidade. Para acessar, basta fazer a leitura do QR Code, abrir a Revista Dealer e salvar em seu dispositivo. Para isso, o interessado deve instalar qual-quer leitor, gratuito, disponível nas platafor-mas iOS e Android.

Após o grande sucesso da 22ª edição do Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave 2012, a entidade, em parceria com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento, realizaram, no dia 7 de novembro, no Bar des Arts, em São Paulo, o evento de lançamento do 23o Congresso e ExpoFenabrave 2013, que serão realizados entre os dias 7 e 9 de agosto, no Expo Center Norte - Pavilhão Azul, em São Paulo.

Reunidos em um café da manhã, executivos das Associações de Marcas e Regionais da Fenabrave, parceiros, prospects da feira e expositores já veteranos no evento puderam conhecer as novidades para 2013, além de já terem a oportunidade de reservar seu espaço na maior feira da América Latina destinada aos Concessionários de veículos.

O 23º Congresso Fenabrave e a ExpoFenabrave é uma oportunidade única para os Concessionários conhecerem tendências e novas ferramentas de gestão para terem ope-rações mais rentáveis e melhores resultados para seus negócios. Único evento do Brasil que acompanha os desafios do segmento da distribuição automotiva. Por essa razão, empresários de todos os segmentos automotivos, de diversas regiões do Brasil participam do evento e também visitam a ExpoFenabrave.

Na edição 2013, os eventos continuam a contar com o Patrocínio Master do Banco Itaú, do Patrocínio Gold das empresas JM&A Brasil, Usebens e Assurant e do Patrocínio Silver da Dealernet e F&I Brasil. Algumas empresas já confirmaram presença na ExpoFenabrave 2013 e as demais aproveitaram o café da manhã para garantir seus espaços.

O presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, comentou o sucesso do evento rea-lizado em 2012 e disse estar feliz com a procura antecipada de algumas empresas para reserva de espaço na ExpoFenabrave. “Estamos otimistas com o sucesso destes eventos que, no ano que vem, certamente, alcançarão patamares ainda mais elevados, tanto em presença como na aprovação de seus participantes”.

Meneghetti reforçou o empenho da entidade para atender todas as expectativas dos expositores para que todos possam realizar bons negócios. “É nessa soma de intenções convergentes e competências inquestionáveis que depositamos a certeza de que a edição de 2013 da ExpoFenabrave será ainda mais positiva para todos aqueles que saíram daqui com sua participação confirmada”, concluiu.

23o Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave 2013

Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, apresenta a 23ª edição do Congresso

Fenabrave, que será realizado entre 7 e 9 de agosto de 2013, em São Paulo.

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Drops: Participação da Fenabrave em Eventos

‘Moto do Ano’ 2013A Revista Duas Rodas

realizou, em 24 de outubro, na casa de eventos Museum,

em São Paulo, uma festa para premiação da ‘Moto do Ano 2013’. Em sua 15º edição, o Prêmio reuniu diversos jornalistas do seg-mento de duas rodas que elegeram as melhores motocicletas. Divididas em 13 categorias, 48 motocicletas participaram da disputa, onde a grande vencedora, escolhida a “Moto do Ano 2013”, foi a Honda CB 1000R.

 Ao entregar o prêmio para o representante da grande ven-cedora da noite, o gerente de relacionamento da revista Duas Rodas, Cícero Lima, comentou que a próxima edição do Prêmio será focada nos aspectos de segurança dos veículos, tema que considera de fundamental para o desenvolvimento de novos produtos. “Quero agradecer a todos pela presença, parabenizar aos ganhadores, a grande vencedora da Moto do Ano, e aprovei-tar para dizer que no ano que vem a palavra de ordem da revista Duas Rodas será segurança”.

 O vice-presidente da Fenabrave, Antônio Figueiredo Neto, responsável pelo setor de motocicletas na entidade, representou o presidente Flávio Meneghetti na entrega do prêmio na categoria Street, até 150cc, à Honda, que venceu com a CG 150 Fan Flex. O gerente comercial da Honda, Alexandre Cury, recebeu o troféu em nome da Marca.

Época Negócios 360°Na noite do dia 25 de setembro, a Editora Globo realizou

o evento de premiação da primeira edição do anuário Época Negócios 360º, que premiou as melhores empresas do País a partir da análise de seis dimensões de atuação dos negócios - resultados financeiros, governança corporativa, capacidade de inovação, políticas de recursos humanos, responsabilidade socioambiental e visão de futuro.

Ao todo, 200 empresas figuram no ranking, que aponta a me-lhor empresa do ano, as campeãs em 26 setores da economia e as melhores em cada uma das seis dimensões da pesquisa.

A assessora de comunicação e imprensa da Fenabrave, Rita Mazzuchini, representou o presidente da entidade, Flávio Meneghetti, na noite de premiação, que contou, ainda, com a pre-sença do Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e também do presidente da FIESP, Paulo Skaf.

I Seminário de Segurança no Trânsito no MS

A Fenabrave/MS realizou, no dia 29 de outubro, o

“I Seminário de Segurança no Trânsito – Sinal de Vida”, na

cidade de Campo Grande. O evento aconteceu no Centro

de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, e teve o

apoio do governo do Estado, por meio do Departamento

Estadual de Trânsito (Detran-MS) e a parceria da Agência

Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran).

O seminário contou com a presença do diretor

superintendente da Fenabrave Nacional, Paulo Engler,

do presidente do Detran-MS, Carlos Henrique Santos

Pereira, do diretor da Agência Municipal de Transportes e

Trânsito (Agetran), Rudel Trindade, além de representan-

tes da Companhia Independente de Trânsito (CIPTran),

Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN), do Gabinete

de Gestão Integrada de Trânsito (GGIT), do Corpo de

Bombeiros, além de gestores de trânsito dos Municípios

Dourados, Miranda, Corumbá e Naviraí, e do deputado

federal Hugo Leal, autor da “Lei Seca”.

Com o tema: Como os problemas relacionados ao

trânsito afetam a vida da grande maioria da população,

o debate foi coordenado pelo jornalista J. Pedro Corrêa,

especialista em programas de segurança no trânsito e

consultor do Programa Volvo de Segurança no Trânsito,

referência no setor. “Temos que fazer algo para melhorar

a situação em nossas ruas e estradas. O produto que

comercializamos em nossas concessionárias causam

grande impacto social, quer seja nas vias lotadas ou

nos acidentes. Queremos somar esforços com os órgãos

governamentais que atuam diretamente nessa questão

e dar efetivamente nossa contribuição”, afirmou Roberto

Mosena, presidente da Fenabrave-MS.

A Fenabrave Nacional está disposta a incentivar

este projeto e pretende levar este seminário às demais

Diretorias Regionais espalhadas pelo Brasil. “A Fena-

brave está muito contente com a iniciativa pioneira da

Fenabrave/MS. Essa discussão sobre segurança no trânsi-

to está sendo incentivada pela entidade, pois temos con-

dições, junto ao poder público, na luta e conscientização

de condutores de veículo, além de visarmos a melhoria

da qualidade do trânsito com um único objetivo: a dimi-

nuição de acidentes”, declarou Engler.

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radar fenabrave

Fenabrave participa de Foro AutoMotor 2012 Entre os dias 26 e 27 de setembro, a AMDA – Asociación

Mexicana de Distribuidores de Automotores, realizou o Foro Automotor 2012, no México. O coordenador temático do Congresso Fenabrave, Valdner Papa, participou do evento repre-sentando a entidade. Durante os dois dias de evento, assuntos como a distribuição de veículos no México, perspectivas para este mercado, sustentabilidade no setor, entre outros, foram debatidos por palestrantes mexicanos e internacionais.

ABAC comemora 45 anosEm outubro, a Fenabrave participou do jantar em comemoração

aos 50 anos do Sistema de Consórcio e aos 45 anos da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios – ABAC. O evento aconteceu em São Paulo e o presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., esteve presente prestigiando a entidade que representa todas as administradoras de consórcio do País.

Fenabrave participa da convenção da Abrare em Paris

A Fenabrave, representada pelo presidente do Conselho Deliberativo e Diretor, Flávio Meneghetti, participou de parte da programação da convenção realizada pela Abrare - Associação Brasileira dos Concessionários Renault, que foi realizada no dia 4 de outubro, em Paris.

Na oportunidade, diretores da Renault do Brasil e Renault francesa, e mais de 80 Concessionários da marca, participaram do evento, que contou com visita ao Salão de Paris e ao Renault Technecentre, sede da montadora francesa onde são desenvolvi-dos os principais modelos em circulação em diversos mercados.

Salão de HannoverO presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr.,

o diretor setorial da entidade, Marcelo Franciulli, acompanhados do diretor executivo da Abravo - Associação Brasileira dos Distri-buidores Volvo, participaram, entre os dias 20 e 25 de setembro, do 64º Salão de Hannover, na Alemanha.

A maior feira de veículos pesados do mundo apresentou as no-vidades dos modelos na Europa pensados de acordo com as novas normas antipoluição, o aumento do nível de competitividade e a sofisticação tecnológica dos modelos.

“Foi uma excelente experiência participar deste evento e assim pudemos acompanhar de perto como anda este mercado fora do Brasil. Além disso, pudemos conhecer as novidades que estarão no país em breve”, comentou Assumpção Jr.

Palestra na Convenção da Acara

Entre os dias 19 e 22 de se-tembro, a província de Mendoza, Argentina, foi palco da Convenção anual da Acara (Asocíation de Concesionarios de Automotores de la República Argentina).

Com uma programação re-pleta de assuntos importantes para o setor, durante três dias de convenção, o evento contou com executivos do setor automotivo da Argentina e de outros países, Concessionários, executivos de entidades financeiras.

O presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, foi um dos palestrantes e conduziu a apresentação “Liderança nas Conces-sionárias” a uma centena de executivos que participavam do evento. “Foi uma honra participar desta convenção realizada pela Acara e poder compartilhar um pouco do meu conhecimento e da experiência do mercado brasileiro com os colegas argentinos”, declarou Meneghetti.

7º Seminário Internacional da Acrefi

O 7º SIAC – Seminário Internacional Acrefi, que aconteceu no dia 17 de outubro, no Hotel Renaissance São Paulo, foi acompanha-do pelo superintendente da Fenabrave, Paulo Engler, e pelo Diretor Setorial da entidade, Marcelo Franciulli. O evento teve como tema “Qual o futuro do consumo e de créditos no Brasil e no Mundo?”. Um time de especialistas debateu as tendências deste mercado e seus impactos na economia brasileira.

Drops: Participação da Fenabrave em Eventos

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No dia 25 de outubro, a Fenabrave realizou, no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, uma reunião Estatuária o Conselho Deliberativo, que contou com as presenças do Conselho Diretor, Diretoria Regional da entidade e executivos das Associações de Marcas.

Ainda estiveram presentes no encontro, representantes da Caixa Econômica Fede-ral, Fabio Lenza (Vice Presidente) e Humberto Magalhães (Superintendente Nacional), e do Panamericano, José Luiz Acar Pedro (Presidente) e Sergio Antônio Cipovicci (Di-retor), que falaram sobre os produtos oferecidos e que já estão disponibilizados aos Concessionários, pela CEF/Panamericano como: financiamento de veículos e motos, financiamento capital de giro, financiamento para investimento e descontos. Estes produtos se encaixam como sendo mais uma alternativa do parceiro financiador, além de uma oportunidade de terem redução de custo em suas operações, com taxas competitivas, e desburocratização na formalização de contratos.

Além da reunião, os convidados puderam assistir a uma palestra do Consultor Guido Vildozo, sobre as perspectivas de vendas no mercado de automóveis e co-merciais para América Latina.

Reunião Estatuária do Conselho Deliberativo

Alarico Assumpção Jr. e Joel Jorge Paschoalin, presidente Assodeere; Alexandre Melatto, executivo Abcn e Abrare; e Sergio Reze, presidente da Assobrav.

Lincoln da Cunha Pereira Filho, presidente Abcn; Fábio Lenza, vice-presidente Caixa; José Luiz Acar Pedro, presidente Banco Panamericano.

Francisco Garcia, executivo Abravo; Guido Vildozo, palestrante; Sérgio Dante Zonta, presidente Acav.

Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave.

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Florianópolis sediou reunião do Conselho Diretor e Diretoria Regional

A cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, foi palco, no dia 28 de setembro, da reunião do Conselho Diretor e da Diretoria Regional da Fenabrave. O encontro contou com a participação do presidente da Fenabrave Nacional, Flávio Meneghetti, do presidente da Fenabrave - Regional de SC, Ademir Saorin, além de executivos de diversas áreas da entidade e de autoridades da região, como Deputado Renato Hinning, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, que representou o Governador de SC, e o Senador Casildo Maldane. Assuntos como cenário macroe-conômico brasileiro, o desempenho do setor, relacionamento com o governo, entre outros foram tratados no encontro.

Flávio Meneghetti participa do Volkswagen Group Media Night

Na noite de domingo, 21 de outubro, a Volkswagen realizou, em São Paulo, na casa de eventos Vila dos Ipês, o Group Media Night, onde reuniu jornalistas especializados e executivos do setor automotivo. Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, esteve presente e pôde conferir as novidades apresentadas pela monta-dora alemã antes da abertura oficial do 27º Salão Internacional do Automóvel, como o novo Fusca e o novo Gol duas portas.

Fenabrave apoiará campanha “Parada”

Na manhã do dia 24 de outubro, dia da abertura ofi-

cial do 27º Salão Internacional de São Paulo, a Fenabrave

se reuniu com o Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro,

para oficializar o apoio à ‘Campanha Parada’ - Um pacto

pela vida.

O projeto, que é promovido pelo Ministério das

Cidades, contará com apoio da Fenabrave e será voltado

para educação no trânsito. O objetivo desta parceria será

o apoio para redução dos acidentes nas ruas e estradas

do País e, assim sensibilizar, mobilizar e educar a socie-

dade. “A Fenabrave sempre apoiará projetos ligados à

educação no trânsito que contribuem para a redução de

acidentes”, declara Meneghetti.

Segundo o Ministério, a campanha será formada por

três pilares: Educação (capacitação de agentes públicos

e privados, envolvendo formadores e examinadores de

condutores, além de incluir esta disciplina no ensino

médio e fundamental); Fiscalização (planejamento e

intensificação de fiscalização integrada com as ações

de educação e mobilização no trânsito) e Mobilização

Social (divulgação na mídia com foco para a consciência

no trânsito).

Voltaremos, com mais detalhes, na próxima edição

da Revista Dealer.

3ª edição do Seminário Cenários 2013A empresa Librelato S/A Implementos Rodoviários, realizou

no dia 7 de novembro, na Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), em Criciúma/SC, a terceira edição do Seminário Cenários 2013, que reuniu colaboradores, representantes e os principais fornecedores de produtos estratégicos para o mercado de imple-mentos rodoviários.

Estiveram presentes no Seminário, o economista do Banco do Brasil, Élcio Gomes Rocha, o gerente de Vendas da ArcelorMittal, Renato Cançado, o gerente de Marketing do Produto da Pirelli Pneus, Ernani Augusto dos Santos Filho, o palestrante dos Cursos da Agrinvest, Marcos Araújo de Oliveira, o vice-presidente da Fenabrave, Glaucio Geara, além do gerente de vendas para Montadoras de Implementos e Aftermarket da Suspensys, Leandro Correa.

O evento discutiu as expectativas para o ano de 2013 e estima-tivas de crescimento do mercado.

Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, Aguinaldo Ribeiro, Ministro das Cidades, Alarico Assumpção Jr., presidente executivo da Fenabrave, Emerson Fittipaldi, ex-piloto de Fórmula 1 e Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador do Estado de São Paulo, reunidos para a viabilização da campanha “Parada”.

Drops

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Revista Dealer – De que forma foi recebido pela entidade o Inovar-Auto? Quais são suas opiniões a respeito?Cledorvino Belini – O Inovar-Auto foi objeto de longo diálogo do governo federal com a in-dústria automobilística brasileira, como um dos pilares do fortalecimento da produção nacional. O amplo conceito de estimular a indústria no Brasil a inserir-se mais em nível mundial foi, portanto, bem recebido pela indústria, por três razões fundamentais: incentivo à inovação, indução de investimentos e adensamento da cadeia automotiva brasileira. O Inovar-Auto será uma política industrial transfor-madora. Colocará a indústria em um novo ciclo tecnológico e de desenvolvimento da produção automotiva no País.Flávio Padovan – A Abeiva recebeu o programa Inovar-Auto muito bem. O Brasil precisa de uma política industrial voltada ao setor automobilístico capaz de oferecer mais desenvolvimentos de enge-nharia e pesquisas locais. No entanto, a entidade – no quesito referente ao setor de importação oficial – foi prejudicada. Revista Dealer – O governo aumentou o pool de exigências do setor. Será possível atender a todas? Cledorvino Belini – As contrapartidas postas à indústria dizem respeito, basicamente, a investi-mentos em P&D, inovação e engenharia, compras locais e no Mercosul, domínio de atividades fabris, adesão ao programa de etiquetagem veicular do Inmetro e melhora substancial de eficiência ener-gética dos veículos e sua consequente redução de consumo de combustíveis. Nossa expectativa é de que as empresas associadas à Anfavea aderirão integralmente ao programa.Flávio Padovan – O programa Inovar-Auto só terá sentido se a indústria automobilística local cumprir todas as exigências. Revista Dealer – Na sua opinião, quais são as principais vantagens e desvantagens para os impor-tadores e para a indústria?Cledorvino Belini – Temos a expectativa de que, ao final do período do regime (2013-2017), a cadeia de produção automotiva do Brasil sairá for-talecida e com nova face contemporânea em nível global. Teremos uma indústria mais tecnológica, mais competitiva e com produtos de maior valor agregado, tudo isso beneficiando o consumidor e, em última instância, a própria economia nacional e o País.

Flávio Padovan – Em nosso entendimento, a única vantagem é que temos um decreto que regulamenta o setor automotivo como um todo. A desvantagem é que, por cinco anos, o setor de importados estará contingenciado pela cota de teto máximo de 4,8 mil unidades/ano. Revista Dealer – O senhor acha benéfico o País ter regras para estimular investimentos em tecnologia e inovação no segmento? Cledorvino Belini – O mundo todo estimula investimentos em tecnologia e inovação. Por nossos cálculos, somente para atender o mínimo estabe-lecido, serão necessários investimentos de R$ 13,8 bilhões em inovação e engenharia no período 2013-2017, podendo chegar a R$ 30 bilhões, com esforço adicional das empresas. Inovação e engenharia são portas para o futuro do setor automotivo.Flávio Padovan – Sem dúvida. Qualquer pólo produtivo automotivo do mundo recebe estímulos de política industrial por parte do governo. Revista Dealer – Acredita que os fabricantes e os importadores já estejam preparados para atender às exigências do novo regime a partir do primeiro dia de 2013?Cledorvino Belini – O Inovar-Auto será implan-tado gradualmente, o que decorre de sua lógica, no período 2013-2017: desenvolvimento por etapas – conquista-se uma e há uma outra à frente, que decorre do cumprimento da etapa anterior e assim por diante. Por seu desenvolvimento cultural e tecnológico, as empresas terão maior ou menor dificuldade de cumprir esta ou aquela etapa, mas julgamos que as empresas engajar-se-ão no cumpri-mento integral e rigoroso do regime.Flávio Padovan – Esperamos que sim. Até por-que o contingenciamento da redução da alíquota do IPI será válido somente às montadoras ou im-portadoras que conseguirem cumprir as exigências do programa Inovar-Auto. Revista Dealer – O que o consumidor pode espe-rar nos primeiros meses do novo regime, com relação a produtos, preço, etc? Cledorvino Belini – O Inovar-Auto é um progra-ma para a produção.  O mercado e o consumidor serão beneficiados à frente, com produtos mais tecnológicos, mais competitivos e sustentáveis.Flávio Padovan – Os primeiros meses vão se constituir em uma fase de preparação para a habi-litação ao programa e de adaptação às novas realida-

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Muitos empresários do setor auto-motivo comemoraram a chegada do Inovar-Auto, que determina regras, padrões e metas para toda a indústria automotiva instalada no Brasil, assim como para os importadores. Ao seguir essas exigências, as empresas terão o desconto dos 30 pontos percentuais de IPI majorado, dependendo de suas ações em pesquisa e desenvolvimen-to, novas tecnologias, redução de po-luentes, entre outros pontos previstos no Novo Regime.

Se por um lado as fabricantes brasi-leiras comemoram, do outro estão os importadores. Alguns já anunciaram fábricas no Brasil, como parte da es-tratégia de se enquadrar nas novas regras. Em outros casos, como o da Kia Motors, por exemplo, a cota limite para importação, de 4,8 mil veículos por ano, atingiu em cheio os planos da empresa. Segundo José Luiz Gan-dini, presidente da Kia Motors Brasil, a limitação prejudicou as operações da empresa no país, onde a média de emplacamentos, nos últimos três anos, foi de 51,9 mil unidades. “Pas-sado quase um mês do anúncio do de-creto, nós ainda não temos soluções. A única certeza que temos é que não podemos prescindir desse patrimônio composto por uma Rede de 172 con-cessionárias e mais de 8 mil empregos diretos. Mas, sobretudo, por não dei-xarmos de atender aos mais de 324 mil proprietários que conquistamos nos últimos 20 anos de atuação no Brasil”, comentou Gandini, enfatizan-do que a empresa arrecadou mais de R$ 2 bilhões em impostos para o go-verno em 2011.

Os dois lados da moeda

entrevista

Cledorvino Belini e Flávio Padovan

As empresas ainda estão realizando os devidos planos de ações para se enquadrarem no Inovar-Auto, que terá início no primeiro dia de 2013. A Nissan do Brasil foi a primeira montadora a ser habilitada no programa. A empresa foi habilitada como “novo entrante”. Assim, a habilitação está vinculada à construção de sua planta industrial no Rio de Janeiro (RJ). O projeto de investimento completo deverá ser apresentado ao Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio até 1º de fevereiro de 2013.

A habilitação, inicialmente válida até 31 de março, poderá ser estendida, desde que cumprido o cronograma físico-financeiro do projeto de inves-

timento. Com a publicação, a Nissan passa a usufruir, imediatamente, dos benefícios definidos no Inovar-Auto, como o crédito presumido do IPI para parte dos veículos apresentados no projeto de investimento e ganha direi-to a uma cota mensal de importação de 6.666 unidades.

A nova regulamentação, necessária para o Brasil, de acordo com quase a totalidade dos empresários, ainda gera muitas dúvidas e opiniões diver-gentes com relação ao método. Por isso, a Revista Dealer ouviu o presiden-te da Anfavea, Cledorvino Belini e o presidente da Abeiva, Flávio Padovan, para saber um pouco mais da opinião das duas faces desta moeda. Confira.

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incumbe a fiscalização, dispõe de sofisticada tecnologia para tal, em tempo real inclusive, não olvidando que o regime requer prévia habilitação das companhias, em termos de regularidade fiscal, eficiência energética e domínio do processo pro-dutivo básico, todos pré-requisitos, aos quais se seguem investimentos em P&D e inovação, aportes em engenharia e adesão gradual ao programa de etiquetagem veicular do INMETRO, sem o que não serão dados os benefícios da redução do IPI. Revista Dealer – As auditorias do governo ocor-rerão em que prazo? Qual será o papel da Anfavea neste processo?Cledorvino Belini – A auditoria ou fiscalização é contínua e uniforme. A Anfavea não tem papel a cumprir nesse aspecto; o tema diz respeito às com-panhias habilitadas ao regime e ao governo federal. Revista Dealer – Se uma montadora receber o crédito do IPI e for comprovado que ela não inves-tiu o necessário em engenharia, inovação e etc., ela será punida?Cledorvino Belini – A disposição legal é a cor-rente em regimes especiais:  perde-se a habilitação e são devidos os impostos dispensados, com os acréscimos legais.

Revista Dealer – O discurso oficial vai além das promessas para o mercado interno. O Pla-nalto diz que o Brasil tem potencial para se tornar um grande exportador mundial. Isso seria mesmo possível?Cledorvino Belini – O Brasil reúne condições para ser um relevante locus exportador automotivo: aqui estão 27 companhias montadoras de auto-veículos e máquinas agrícolas, com 55 unidades industriais; o complexo de autopartes, congre-gando 500 empresas; e temos também os insumos fundamentais. Um dos aspectos do Inovar-Auto é, certamente, buscar aumentar as exportações automotivas em geral, não só das montadoras. Mas também é fundamental, para isso, colocarmos nossa competitividade em padrões internacionais. 

Revista Dealer – Considerando que os novos ve-ículos serão tecnologicamente mais avançados, há um plano de as montadoras realizarem treinamento das equipes de concessionárias, em vendas, serviços e pós-venda?Cledorvino Belini – As relações Indústria-Rede de Concessionárias são permanentes. E, com o Inovar-Auto, não será diferente. Para chegar ao consumidor, a indústria precisa da Rede Concessio-nária treinada, motivada, competitiva, dinâmica e eficiente, seja em vendas, seja no pós-vendas. Revista Dealer – Quais serão os benefícios ime-diatos e de longo prazo para o consumidor? Flávio Padovan – Não acredito em benefícios imediatos. A médio e longo prazos, porém, os consumidores tendem a ter produtos mais aperfei-çoados do ponto de vista de consumo energético, emissões e segurança veicular. Revista Dealer – Qual será o volume investi-mento previsto por parte dos importadores com o Inovar-Auto? Flávio Padovan – Não temos como responder a esta pergunta neste primeiro momento. Revista Dealer – O senhor acredita que o Inovar--Auto atende, de forma unânime, a todos os asso-ciados da ABEIVA?Flávio Padovan – Absolutamente não. Como dissemos na solenidade de abertura do Salão do Automóvel, a cota com teto máximo de 4,8 mil unidades/ano ou o máximo da média dos últimos três anos significa um limitador ao setor de importados. Revista Dealer – Qual seria o volume ideal para a cota de importação?Flávio Padovan – Desde quando foi anunciada a alta da alíquota do IPI em 16 de setembro de 2011, a Abeiva sempre defendeu o sistema de cotas como uma solução temporária, mas estas deveriam ser a média dos três últimos anos, mas de modo propor-cional às empresas associadas à entidade.

O Brasil precisa de uma política industrial voltada ao setor automobilístico capaz de oferecer mais desenvolvimentos de engenharia e pesquisas locais. No entanto, a entidade – no

quesito referente ao setor de importação oficial – foi prejudicada. (Flávio Padovan)

Teremos uma indústria mais tecnológica, mais competitiva e com produtos de maior valor agregado, tudo isso beneficiando o consumidor e, em última instância, a própria economia nacional e o País. (Cledorvino Belini)

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des do setor e do mercado. Ao longo dos cinco anos de programa, de 2013 a 2017, a indústria tende a introduzir melhorias substanciais aos produtos aqui fabricados. Quanto aos preços, o mercado interno vai estabelecer novos padrões concorrenciais.

Revista Dealer – O novo regime automotivo deve incentivar a produção local de tecnologias já popu-lares na Europa, como start/stop, injeção direta de combustível e híbridos, por exemplo?Cledorvino Belini – De modo geral, o regime induz inovação e agregação de tecnologias em todos os aspectos dos veículos, economicidade de combustíveis, redução de emissões, seguran-ça. Dessa forma, todas as tecnologias, existentes ou por desenvolver, são cabíveis nos amplos termos do regime Inovar-Auto. A produção local de com-ponentes certamente integra o Inovar-Auto, em seu objetivo maior de adensar a cadeia automotiva local.  Investimentos são aguardados não só dos fabricantes de veículos, mas também dos fornece-dores de partes, peças e componentes, em todos os seus níveis.   Revista Dealer – Haverá aumento na produção por conta das novas regras?Cledorvino Belini – Com um mercado interno projetado entre 5 e 6 milhões de veículos anuais nos próximos anos e um mercado internacional cada vez mais globalizado e competitivo, a indústria automobilística brasileira busca o adensamento de sua cadeia produtiva, com inovação e incorporação de tecnologias, mais competitividade e atração de novos investimentos para o País. O novo regime automotivo é um balizamento para o futuro, ao mesmo tempo em que estabelece um amplo arco de desafios para os fabricantes de veículos no País, exigindo investimentos e metas em nacionaliza-ção, inovação, engenharia automotiva, em valor agregado de produto e em eficiência energética dos veículos, visando a valorização da produção nacional. Se somos o 4° maior mercado do mundo, é legítimo ao Brasil aspirar a ser também um dos maiores produtores automotivos mundiais, inclu-

sive capacitar-se como centro global de desenvol-vimento de produtos.

Revista Dealer – Potencialmente, haverá redução dos custos de produção? Qual é a expectativa?Cledorvino Belini – São vários os fatores que pesam na formação dos custos de produção: fatores internos, onde entram os processos e a produtivi-dade das empresas; e fatores externos, como custos de materiais, custo de capital, de infraestrutura, onerações de diversas legislações, etc. A competiti-vidade nacional deve ser fortalecida para atingirmos padrões internacionais. Não é só a competitividade do setor que deve ser melhorada, mas a de toda a economia nacional. Revista Dealer – Qual será o volume de inves-timento previsto por parte da indústria com o Inovar-Auto?Cledorvino Belini – Os investimentos progra-mados e mais o investimento mínimo exigido pelo novo regime em inovação e engenharia podem chegar a R$ 60 bilhões nos próximos anos. Revista Dealer – Com o novo regime, novas fábri-cas serão implantadas e novos centros de tecnologia e estudos do setor serão inaugurados. Quais são as perspectivas da Anfavea? Quantas novas fábricas estão previstas e quantos centros de desenvolvimento serão inaugurados?Cledorvino Belini – Várias empresas já instaladas no País executam novos projetos de investimentos em capacidade de produção, novos produtos e inovação e engenharia. Outras tendem a anunciar investimentos para produzir veículos no País. O mercado brasileiro é um dos poucos que oferecem seguro potencial de mercado nos próximos anos e isso é um fator de atração de novos projetos au-tomotivos, inclusive de plataformas automotivas mundiais, para o País. Revista Dealer – De que forma será feita a fisca-lização com relação aos investimentos?Cledorvino Belini – O governo federal, a quem

O amplo conceito de estimular a indústria no Brasil a inserir-se mais em nível mundial foi, portanto, bem recebido pela indústria, por três razões fundamentais: incentivo à inovação, indução de

investimentos e adensamento da cadeia automotiva brasileira. (Cledorvino Belini)

A desvantagem é que, por cinco anos, o setor de importados estará contingenciado pela cota com teto máximo de 4,8 mil unidades/ano. (Flávio Padovan)

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Assim como ocorre com o automóvel e o futebol, as telenovelas podem ser consideradas paixões nacionais. Não é incomum nas rodas de conversas ouvir comentários a respeito dos capítulos anteriores, da forma de se vestir dos personagens, sem contar os bordões, que fazem a cabeça do

público consumidor. O grande sucesso que estes programas têm na vida dos brasileiros, fez com que as montadoras de veículos pegassem carona na grande exposição, apresentando seus produtos inseridos de forma estratégica na trama.

Um exemplo de sucesso é a Kia Motors. Nos últimos cinco anos, a marca utilizou esta ferramenta de marketing como estratégia, transformando seus produtos em verdadeiras “celebridades”. A monta-dora sul-corena esteve presente na novela, exibida pela Rede Globo, ‘Avenida Brasil’, grande sucesso de público, que mostrou os modelos Cadenza, Sportage, Sorento, Soul, Picanto, Optima, Carni-val, Carens e o caminhão leve Bongo.

O ator principal da trama e a vilã, respectiva-mente Murílio Benício (Tufão) e Adriana Esteves (Carminha), passaram toda novela desfilando

com seus modelos Kia Sorento e Kia Optima, sem contar os demais personagens que sempre apareciam com modelos da marca. Além da Kia Motors, outros fabricantes também marcaram presença em toda a telenovela. “Nossa intenção ao fazer merchandising dos nossos produtos em novelas é mostrar tecnologia, design e aumentar o fluxo nas lojas da marca. Atraímos, com o merchandising, o telespectador, diferente dos co-merciais”, explica José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil.

A credibilidade da marca e também do modelo contam muito para o sucesso de em um “merchan”, termo utilizado no meio televisivo. Pensando nis-so, a Volkswagen relançou um ícone da marca: o Fusca, nome dado ao modelo Beetle no Brasil, na novela da Globo ‘Guerra dos Sexos’. A trama é um remake de uma das novelas mais marcantes e de grande sucesso da emissora, o que segundo a marca,

Carminha (Adriana Esteves) e Tufão

(Murílio Benício), durante toda a

trama circulavam em veículos Kia, como o Optima.

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na carona do sucesso

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Além apresentar seus modelos em anúncios tradicionais nas diversas mídias, as marcas usam o merchandising como uma ferramenta de associação de produtos a personagens de sucesso em telenovelas.

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realmente planejada e o retorno de visibilidade muito satisfatório”, comenta Martins.

“O Fusca é um ícone e é muito importante para a Marca que ele receba os esforços adequados para o seu retorno, ambientado de diferentes formas que tragam o que ele representa:  tecnologia, perfor-mance, design, modernidade e reconhecimento. Por isso, usar a estreia da novela para apresentar em primeira mão o carro foi uma das ações de lança-mento. A novela de Silvio de Abreu é uma releitura, e assim como o Fusca, não olha para o passado de forma saudosista”, comenta Martins.

Outro fator importante para marca na exposi-ção do modelo é avaliar o personagem que usará o modelo e quais atributos ele oferece para atender a sua necessidade. Esta é uma decisão delicada, pois o telespectador vai associar o modelo diretamente a ele. “Avaliamos características como o cruzamen-to dos perfis dos personagens e dos carros para ressaltar o posicionamento/lifestyle, a relação do contexto do personagem com algum item do veí-culo como, por exemplo, uma tecnologia inovadora para um personagem jovem/moderno que é ligado em inovação, ou então a relação de comportamen-to do personagem com o que o carro oferece em termos de imagem. Com a avaliação dos atores/personagens, contexto de roteiro e das necessidades

de produto, fechamos uma proposta”, explica o executivo da Volks, informando que o Novo Fusca é utilizado na novela pela atriz Glória Pires, per-sonagem Roberta, uma moderna empresária que preside uma confecção.

Já a Kia, na novela Viver a Vida, que foi ao ar em 2009, apresentou o Kia Soul adaptado para deficientes físicos. Na trama, a jovem Luciana, in-terpretada por Aline Moraes, que havia sofrido um acidente e ficado tetraplégica, utilizou o modelo.

As empresas não divulgam valores de inves-timento com essas ações, mas asseguram que o retorno financeiro é positivo e, segundo pesquisas que realizam, os modelos se tornaram sucesso perante o público telespectador. “Todas as ações de merchandising da Kia Motors do Brasil são um case de sucesso, já que o público comenta, assimila e decide pela compra”, enfatiza Gandini.

Para a Volkswagen, não só o Fusca, mas todos os modelos que estão desfilando em novelas são sucessos. “A ação da novela trouxe ótimos resul-tados, tanto em termos de visibilidade, como de mídia espontânea. Temos os números que comprovam esta divulgação mas, infelizmente, não podemos revelar. O que sabemos é que o carro se torna, a cada dia, mais falado e desejado” comemora Martins.

Modelos de maior destaque fazem parte do cotidiano de protagonistas em novelas.

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torna o programa ideal para a primeira exibição da volta deste ícone. “Estamos com Merchandising na novela Guerra dos Sexos e os modelos envolvidos são:  Novo Fusca, Touareg, Tiguan, Novo Voyage e Amarok para realização de ações específicas. Outros modelos como Jetta, SpaceCross e SpaceFox  esta-rão presentes no formato de visualização, ou seja, uso por personagens sem menções exclusivas dos produtos”, comenta Artur Martins, Gerente Exe-cutivo de Marketing.

O executivo explica que a marca tem um his-tórico de participação nas novelas da Rede Globo com formatos diferentes, visualização e ação pontu-al. “Recentemente, estabelecemos como estratégia a participação efetiva da marca com ações para diversos modelos, contextualizados no roteiro de cada personagem. Esta estratégia teve início em 2011, quando fechamos o horário das 19 horas com a novela Aquele Beijo. Em 2012, demos con-tinuidade com Cheias de Charme - um sucesso de audiência - e, agora, na nova versão de Guerra dos Sexos”, explica Martins.

 Para exposição dos modelos na grade de novelas é necessário que um conjunto de fatores seja avalia-do, tanto pela emissora quanto pela marca. “Para fazer um ‘merchan’, nos reunimos para uma análise conjunta entre a empresa e a direção do núcleo das novelas, para assim decidirmos qual modelo estará na trama”, explica Gandini.

Modelos Volkswagen fazem parte da trama de Guerra dos Sexos.

Para Mauricio Portella, diretor da loja Auto Star - concessionária Kia -, a procura por modelos divulgados em novelas é constante, associando o produto ao personagem. “O modelo divulgado na novela gera uma curiosidade imensa no cliente. Ele chega à loja procurando por aquele modelo de tal personagem. Geralmente, os modelos mais procurados são os dos atores principais na novela, divulgados com maior destaque”, explica.

Na opinião de Portella, “o fator principal na divulgação dos produtos é despertar a curiosidade do cliente e levá-lo até a concessionária. Após essa visita, a efetivação da compra é outro fator, que inclui o trabalho do Concessionário em oferecer a melhor solução para que este consumidor realize seu desejo”, conta.

As marcas também se atentam para unir o lan-çamento do produto junto a um momento relevan-te da novela. No caso da Volkswagen, o Fusca foi atrelado ao lançamento da novela.“Geralmente, os lançamentos são as estrelas do merchandising. Isso ocorreu no último dia 01/10, quando, na estreia de Guerra dos Sexos, apresentamos o Novo Fusca em primeira mão. Até aquele momento, o modelo não havia sido exposto publicamente. A ação foi

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A grande oferta de crédito disponível no mer-cado, principalmente para a aquisição de veículos novos, fez com que grande parte da população contraísse dívidas acima de suas possibilidades de pagamento. Como resultado, o índice de inadimplência cres-ceu e, logo no começo deste ano, refletiu no desempenho do mercado. “Mesmo com

a alta nas vendas entre fevereiro e março do ano passado, notamos que a média diária de vendas caiu pouco mais de 6% para automóveis e comerciais leves”, comenta Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave.

De acordo com Meneghetti, o crescimento da inadim-plência no setor automotivo chegou a índices superiores aos registrados durante a crise de 2009. Essa inadimplência alta, segundo o presidente da Fenabrave, fez com que as insti-tuições financeiras ficassem mais restritivas na liberação do crédito ao consumidor, medida que impactou diretamente as vendas nas concessionárias. “Esta restrição no cadastro gerou queda nas vendas, por isso, a média diária foi menor de um ano para outro. Essa situação nos preocupou, pois podia afetar a expansão esperada para o ano”, detalha o presidente da Fenabrave.

Este efeito fez com que a entidade revisasse as perspec-tivas do setor para aquele ano, depois da queda de 16% registrada no mês seguinte. Como resultado, em maio, o governo brasileiro interveio no mercado, lançando pacotes de medidas para estimular a economia nacional e reaquecer o setor, que amargava sucessivas quedas de vendas. Foi assim que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de operação de crédito à pessoa física, assim como a liberação dos compulsórios aos bancos. Em contrapartida, a indústria se comprometeu a promover descontos adicionais em suas tabelas (2,5%), e as instituições financeiras passaram a rever sua oferta de crédito, com taxas menores de juros. Assim, o preço final dos automóveis de entrada caiu cerca de 10%. Para os mo-delos com motor entre 1000 e 2000 cilindradas, a redução foi de cerca de 7%.

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Depois de diversas ações para impulsionar o mercado interno, no início de outubro foi anunciado pelo Governo o texto final do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, o Inovar-Auto, programa cujo principal objetivo é criar condições de competitividade da indústria automotiva brasileira e incentivar as empresas a fabricar veículos mais econômicos e seguros.

Inovar-auto: maIs produt IvIdade e competItIvIdade

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O presidente do Sindipeças considerou, ainda, que “a indústria de autopeças tinha grande expec-tativa com o Regime, mas o Inovar-Auto não con-templa o segmento como deveria. As montadoras sim, contam com benefícios como a taxa de IPI de 30 pontos porcentuais, que protege a produção local e faz com que os investimentos venham por essa taxação”.

O presidente da Anfavea, presente no debate promovido por AutoData, discordou da visão de Butori ao argumentar que a nova política industrial provocará, sim, alavancagem de investimentos e desenvolvimento para as autopeças no País. “Tanto que há montadoras no limite por não cumprir ín-dice suficiente de nacionalização para se livrar dos 30 pontos porcentuais no próximo ano, que terão que contar com fabricantes daqui”.

De acordo com Belini, novos players ainda virão para o Brasil e demandarão fornecimento local. “Com estratégia de produção just in time é preciso comprar aqui”, defendeu. E emendou: “A preocupação é se as autopeças brasileiras suportarão os novos desafios da produção, que demandará mais desenvolvimento tecnológico”.

Porém, em momento de reflexão, e mais come-dido, os dois executivos concordaram plenamente que o Inovar-Auto tem qualidades e defeitos – pas-síveis ainda de correção – e que, pior do que a forma com que foi desenhado, seria sua inexistência. “Ao menos temos uma política industrial automotiva na prática.”

Para se encaixar nas regras do Novo Regime, as empresas deverão cumprir três requisitos compul-sórios: manter as obrigações fiscais em dia, ampliar a eficiência energética e realizar seis das 12 etapas fabris necessárias para a produção destes veículos no Brasil, a partir do ano que vem. Estas etapas vão se ampliando, gradativamente, ano a ano, até a meta de oito etapas em 2016 e 2017.

O Novo Regime prevê, ainda, a concessão de cré-ditos presumidos adicionais de lPl para incentivar as empresas a extrapolarem as metas estabelecidas para habilitação ao lnovar-Auto. Para incentivar investi-mentos crescentes em pesquisa e desenvolvimento, as empresas receberão um crédito presumido de lPl correspondente a 50% do valor dos investimentos em P&D, limitados a 2% da Receita Operacional Bruta (ROB) menos encargos tributários.

No caso dos investimentos em engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de forne-cedores, o crédito presumido de lPl corresponderá a 50% dos gastos com esta finalidade, limitando o crédito a 2,75% da Receita Operacional Bruta (ROB) menos encargos tributários. As empresas, contudo, só terão direito a esse crédito presumido se superarem o piso de 0,75% da receita operacio-nal bruta (menos impostos) investidos na área.

Importadores apontam ressalvas – No caso de empre-sas que não produzem mas comercializam veículos no Brasil, a habilitação ao lnovar-Auto fica con-dicionada a compromisso da empresa de atender aos seguintes requisitos: importar veículos mais econômicos, segundo os parâmetros do decreto, realizar no país investimentos em pesquisa e de-senvolvimento (P&D); em engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores correspondentes; e aderir ao Programa de Eti-quetagem Veicular, definido pelo Ministério do Desenvolvimento, lndústria e Comércio Exterior e estabelecido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (lnmetro).

Pelo Novo Regime, as empresas que não pro-duzem no país e não têm planos de instalar fábrica poderão importar até 4.800 veículos por ano sem pagar o adicional tributário. O cálculo será feito

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Flávio Meneghetti, da Fenabrave, Cledorvino Belini, da Anfavea, e Paulo Butori, do Sindipeças, discutiram os principais pontos do Inovar-Auto para a cadeia automotiva.

Este pacote de medidas foi balizador para a criação do chamado Novo Regime Automotivo, anunciado no início de outubro, com o objetivo de ampliar a competitividade da indústria automotiva brasileira e promover investimentos em tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, para oferecer ao consumidor veículos mais econômicos e mais seguros. “É um regime transformador, uma política de longo prazo que vai atrair investimentos em pesquisa e tecnologia no País”, diz Cledorvino Belini, presidente da Fiat e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que revisou para cima o plano de investimento das montadoras para os próximos cinco anos.

Em vez dos US$ 22 bilhões previstos inicial-mente, entre 2013 e 2017, serão US$ 60 bilhões para o período. O novo acordo pretende atrair, principalmente, os centros de pesquisa de empresas que hoje apenas vendem seus carros no mercado brasileiro, motivando-as a investir em inteligência local que seria exportada aos quatro cantos do planeta, sob a forma de novos produtos e serviços. Para se adequar, as montadoras terão de aplicar pelo menos 0,5% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento, e 1% em engenharia de produ-ção. Precisarão, também, reduzir o consumo de combustíveis em 12%, produzindo carros com au-tonomia de 17,26 quilômetros por litro de gasolina e 11,96 quilômetros por litro de álcool em 2017.

De acordo com o texto, são beneficiárias no Novo Regime as empresas que produzem veículos no país, as que não produzem mas comercializam, e as empresas que apresentarem projetos de inves-timentos no setor. Segundo Belini, o Inovar-Auto vai promover investimentos em empresas do setor automotivo, visando a retomada e a competiti-vidade da indústria nacional, que é classificada

como a 7ª maior produtora mundial. “O Brasil é o quarto maior mercado no mundo. Estas medidas vão ampliar investimentos fazendo com que a indústria entre em um novo ciclo tecnológico. É o balizamento para o futuro”, comentou.

Uma das principais metas previstas no decreto para a habilitação ao Inovar-Auto é a eficiência energética para automóveis e comerciais leves movidos tanto com gasolina, como etanol. Pelo decreto, a indústria deverá ampliar gradativamente, a redução de consumo dos veículos, de acordo com a tabela apresentada pelo governo. A meta é chegar em 2017 com redução de 12% do consumo de combustível em comparação aos dias atuais. “Isso significa redução no consumo de combustível de 13,6%”, completou o presidente da Anfavea.

“Também como estímulo ao investimento adi-cional em eficiência energética, o governo estipulou um benefício de até dois pontos percentuais do lPI para os fabricantes que ultrapassarem a meta de habilitação, fixada em 12%. Válido para o período entre 2017 e 2020, esse desconto na alíquota do lPl será de um ponto percentual no caso de uma redução de consumo de 15,4%, e de dois pontos percentuais no caso de uma redução de 18,8%”, detalhou Belini.

Autopeças reclamam – Durante o Seminário AutoData - Perspectivas 2013, realizado em São Paulo, o presidente do Sindipeças, Paulo Butori, questionou alguns pontos da norma, principalmen-te os que afetam a indústria de autopeças. “A lei de comercialização dos países que integram o Mer-cosul, se sobrepõe ao Inovar-Auto, que menciona conteúdo regional e não nacional. Assim, trazer pe-ças da Argentina, por exemplo, será uma saída para burlar a regra da produção local. Ou seja: tínhamos nada em nosso favor, e continuamos tendo nada.”

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Segundo a agência de notícias Reuters, um representante da Nissan afirmou que a montadora deve retomar as vendas em patamares normais no Brasil a partir de novembro, depois que sua cota de importação do México acabou no fim de agosto, reduzindo a oferta de produtos no País. É de lá que a empresa traz os veículos de maior volume, como o hacth March e o sedã Versa. A falta de produtos causou queda de 55% nas vendas de setembro (4,5 mil) com relação a agosto (10 mil).

A Fiat também pode se beneficiar com a nova regra. Apesar de menos dependente dos modelos importados do país parceiro, a montadora traz o 500 e o Freemont, que registram rápido avanço no mercado. Nos últimos meses, com a determinação das cotas, as concessionárias já não conseguiam atender a demanda dos consumidores.

Como a regra vale tanto uma nova fábrica quan-to para a localização da produção de um veículo, a Ford é outra que pode ter ganhos. O New Fiesta é importado do México em versões hatch e sedã, mas será produzido na fábrica de São Bernardo do Cam-po (SP). Até que a linha nacional comece a operar, a montadora pode extrapolar a cota com o México sem pagar o IPI maior.

Novos fabricantes – Marcas que pretenderem instalar fábricas no país terão benefícios. As regras valem tanto para empresas já instaladas que farão novos investimentos, como para aquelas que pretendem investir em novas plantas. As contrapartidas de aquisição de insumos, os dispêndios em P&D e engenharia e as atividades fabris serão flexibili-zados no tempo, exigindo do novo investidor os parâmetros iniciais do Regime no momento em que ele inicie suas operações no país. “Assim, se a empresa iniciar suas operações em 2015, ela utilizará os requisitos estabelecidos para 2013. Em 2016, essa mesma empresa estaria no segundo ano

Cotas mexicanas – O Novo Regime Automotivo trouxe alívio para as montadoras que importam do México e já estão perto de esgotarem suas cotas. Dentro do programa Inovar-Auto há três maneiras de trazer produtos do exterior sem pagar o adicio-nal de 30 pontos porcentuais no IPI. Mesmo com volumes limitados, as novas regras podem salvar as montadoras de terem de importar pagando a alíquota majorada. De acordo com o Inovar-Auto, qualquer fabricante de veículos habilitada que te-nha investimento programado em nova fábrica ou produto nacional pode ter crédito presumido do IPI. O benefício é limitado a 50% da capacidade produtiva anual prevista no projeto. Do total pago pela montadora, 25% é abatido mensalmente durante a fase de construção, com o limite de 24 meses. O restante é recuperado após o início da produção e das vendas do modelo nacional.

Dessa forma, a Nissan, por exemplo, que está construindo fábrica em Resende (RJ), com capa-cidade para 200 mil carros por ano, é a primeira montadora habilitada pelo governo a operar den-tro do novo regime automotivo. A portaria que habilita a montadora, divulgada no Diário Oficial da União, determina que a Nissan tem até 1º de fevereiro para apresentar ao governo seu projeto de investimento. De acordo com as normas do Novo Regime, o projeto deverá contemplar a descrição e as características técnicas dos veículos a serem importados e produzidos.

Agora habilitada, a Nissan poderá importar 6.666 unidades por mês, perfazendo um total de quase 80 mil veículos para 2013, que não terão incidência do aumento de 30 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Some-se a isso a cota de importação dentro do acordo automotivo com o México, cerca de 35 mil unidades, que a empresa pode trazer sem pagar imposto de importação de 35%.

Luiz Gandini, da Kia Motors, Sérgio Habib, da JAC Motors e Flávio Padovan, da Abeiva: limite de 4,8 mil unidades importadas, por ano, é baixa.

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com base nas importações feitas no período de 2009 a 2011, com o limite de 4.800 unidades/ano, desde que as companhias invistam em fornecedores e pesquisa no país. “O limite de importação é tími-do e beneficia muito mais as empresas já instaladas no Brasil e que importam um volume pequeno”, comenta o presidente da Abeiva - Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores, Flávio Padovan.

De acordo com o presidente da entidade, “o Inovar-Auto é um remédio paliativo e imediatista. Quem acaba perdendo é o consumidor brasileiro, pois as importadoras trazem novas tecnologias para o mercado”, disse, completando que as ven-das registradas pelas empresas associadas à Abeiva reduziram pela metade após o aumento do IPI,

passando de 12 mil unidades mensais para 6 mil. “Prevemos fechar 2012 com a comercialização de 120 mil unidades, 40% a menos que o ano passa-do”, declarou Padovan.

Segundo a Anfavea, a medida para importa-dores foi incluída por uma questão política, numa tentativa de que o Regime fosse de “não exclusão”. A entidade admite, entretanto, que a possibilida-de de questionamentos na OMC (Organização Mundial do Comércio) também influenciou na decisão. “O futuro dos importadores é difícil de prever. As cotas ajudam sim, mas o volume não será o suficiente para as empresas”, comentou Padovan, informando que, com o Novo Regi-me, a média mensal de importação será de 12,5 mil unidades.

Nissan March, Ford New Fiesta, Fiat 500 e Freemont: veículos importados do México que hoje entram no país por meio do regime de cotas.

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A BMW confirmou, no Salão do Automóvel, a construção de sua primeira fábrica na América do Sul. A confirmação da planta foi feita pelo presidente da BMW do Brasil, Jorg Henning. Com a expectativa de começar a produzir em dois anos, a unidade que será erguida em Araquari, na região de Joinville (SC) terá capacidade de produção de 30 mil carros por ano e receberá um investimento de 200 milhões de euros (R$ 524 milhões). A localização da nova linha de produção da montadora alemã levou em conta, principalmente, a estrutura portuária e de logística oferecidas pela região. Os primeiros modelos da BMW feitos no Brasil devem ser os compactos Série 1 e X1.

Segundo o executivo, o projeto da fábrica já estava em análise na montadora há dois anos. Com as regras do Inovar-Auto, anunciadas pelo governo em outubro, a BMW teve de fazer alguns ajustes no plano para levar para aprovação do governo. De acordo com o presidente da empresa, a aposta no mercado brasileiro se dá por conta do potencial de vendas dos carros de luxo, hoje estimados em apenas 1%. “Na Alemanha, esse percentual é de 25%. Ainda temos muito espaço para conquistar por aqui”, disse.

Com investimento previsto de R$ 900 milhões, a fábrica brasileira da JAC Motors terá produtos com índice de nacionalização, nos três primeiros anos, menor do que as demais fabricantes. “Va-mos começar com 1,3 de coeficiente no primeiro ano, em 2015” complementou Habib. Segundo o executivo, a importação de uma cota, sem pagar IPI majorado e o índice de nacionalização menor, viabiliza a fábrica da JAC no Brasil, que terá capa-cidade para produzir até 100 mil unidades por ano, sendo que no primeiro ano está prevista a produção de 40 mil veículos.

“Infelizmente, o ritmo acelerado de nossas vendas foi parcialmente interrompido com a de-cretação do aumento do IPI em setembro do ano passado”, comentou José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors Brasil. Segundo o executivo, a filial brasileira negociou com a matriz, reduziu as mar-gens da importadora e da Rede, além de reduzir drasticamente os investimentos em marketing, com o objetivo de manter a participação de mercado. “Por conta dessas ações, vimos nossas vendas caírem muito”, disse Gandini.

Segundo o presidente da Kia Motors Brasil, o programa Inovar-Auto, que limita a importa-ção a 4,8 mil unidades por ano, prejudicou as

operações da empresa no país, onde a média de emplacamentos nos últimos três anos foi de 51,9 mil unidades. “Nós ainda não temos soluções. A única certeza que temos é que não podemos pres-cindir desse patrimônio composto por uma Rede de 172 concessionárias e mais de 8 mil empregos diretos. Mas, sobretudo, por não deixarmos de atender aos mais de 324 mil proprietários que conquistamos nos últimos 20 anos de atuação no Brasil”, comentou Gandini enfatizando que a em-presa arrecadou mais de R$ 2 bilhões em impostos para o governo em 2011.

Na avaliação de Gandini, “ao instituir a cota para importados sem os 30 pontos adicionais de IPI, o go-verno utilizou a maneira mais lógica, utilizou a média de vendas dos últimos três anos, mas equivocou-se totalmente ao limitar as cotas a 4,8 mil unidades por ano. Fere a livre concorrência e joga no lixo todo o esforço da Kia Motors em 20 anos de trabalho. O decreto nivelou por baixo, como se fôssemos uma importadora de uma loja só. A cota de ter sido feita baseada nos anos anteriores sim, mas sem limites. Os números não teriam ficado de fora do objetivo do governo, bastaria ter fixado um número total e dividido pelo histórico das marcas, como já foi feito no passado”, complementou.

Nova fábrica anunciada

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de operação, logo utilizaria os requisitos de 2014. Nessa mesma linha, os fatores que dão direito ao crédito presumido de lPl, correspondente a até 30 pontos percentuais, também se orientam em função do ano de início das suas operações”, explicou o presidente da Anfavea.

De acordo com Belini, as empresas deverão apresentar um projeto de investimento ao Governo Federal com a capacidade de produção planejada. Uma vez analisado o plano, será concedida uma cota-crédito de lPl correspondente a 50% da capacidade de produção de veículos informada. “Esta cota será dividida em duas: a primeira me-tade (25%) poderá ser utilizada durante a fase de construção da fábrica, mas a liberação do crédito será realizada de acordo com o cronograma do projeto. A outra metade (25%) constituirá crédito a ser aproveitado, em função do pagamento do imposto durante a instalação da fábrica, a partir da comercialização do primeiro veículo produzido nessa nova unidade fabril”, comentou.

A JAC Motors Brasil, comandada por Sérgio Habib, aguardava a decisão do governo para definir os rumos da empresa no país. Desde o aumento de 30 pontos percentuais do IPI, a empresa suspendeu a construção da nova fábrica, projeto que foi retomado após o Inovar-Auto. “Eu acho que o Inovar-Auto, da maneira como ele foi concebido, está bem feito e permite a implantação da JAC Motors no Brasil”, comenta o presidente da empresa. Segundo o executivo, a JAC vai ter uma cota para importar cerca de 25 mil carros, por ano, a partir de novembro, pagando IPI igual às outras montadoras.

Habib comenta que realizou diversas reuniões com o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que estava em busca de informações de diversas em-presas e entidades do setor para a constituição do Inovar-Auto. “Ou seja, este decreto foi um consenso onde ninguém teve tudo o que queria, mas todos tiveram uma parte do que queriam”, diz o executivo.

Nova fábrica da JAC Motors, em Camaçari,

que deve consumir investimentos de R$

900 milhões.

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A TV Fenabrave realizou, no início de outubro, mesa redonda sobre meio ambiente e sustentabilidade, que foi transmitida ao vivo, para todos os pontos de recepção do canal em todo o Brasil. Na oportunidade, Concessionários puderam participar enviando perguntas por meio de

SMS, e-mail e telefone. Mediada pelo Coordenador Educacional da Universidade Fenabrave, Valdner Papa, a mesa redonda contou com a participação de Mauro de Stefani, Presidente da Comissão de Sustentabilidade da Fenabrave, Alvanir Fernando Zuse, diretor da concessionária Cordial (Fiat), de Concórdia e Erechim/RS, Luiz Henrique Lopes Vilas, diretor da Ouro Verde Meio Ambiente e Sustentabilidade e Eduardo Augusto dos Santos, Gerente de Assuntos Institucionais e de Mercado do Cesvi Brasil.

Durante o programa, Mauro de Stefani des-tacou a preocupação da Fenabrave em mostrar à Rede de distribuição a necessidade de se trabalhar o aspecto ambiental na concessionária. Segundo o presidente da comissão de sustentabilidade da

Fenabrave, além de gerar economia de despesas, os Concessionários poderão se enquadrar na lei ambiental, que exige determinadas obrigações aos empresários com relação ao descarte de resíduos só-lidos, tratamento de efluentes e a separação do óleo usado proveniente da oficina. “O objetivo é trazer ferramentas aos Concessionários, por meio de pro-fissionais que conhecem a fundo as soluções, para que os empresários consigam obter o licenciamento ambiental de funcionamento”, comentou Stefani.

Na opinião de Luiz Henrique Lopes Vilas, da Ouro Verde Meio Ambiente, o Concessionário precisa desmistificar o licenciamento ambiental. Para isso, na opinião do especialista, é necessário criar na empresa um sistema de gestão para que consiga se enquadrar na legislação. “Este é um caminho sem volta, pois existe uma legislação que deve ser atendida. Todos os Concessionários terão de se adaptar”, diz Lopes Vilas.

De acordo com Vilas, são necessárias algumas medidas para atendimento às normas, como o descarte correto de resíduos sólidos, a correta destinação de pneus e, principalmente, a separa-ção do óleo, da água e do gás de ar-condicionado

Mauro de Stefani, presidente da comissão

de sustentabilidade da Fenabrave, Alvanir

Fernando Zuse, da Cordial, Luiz Henrique

Lopes Vilas, da Ouro Verde Meio Ambiente,

Eduardo Augusto dos Santos, do Cesvi

Brasil e Valdner Papa, coordenador

educacional da Universidade

Fenabrave, no estúdio da Dtcom, em São Paulo,

debatem temas de interesse à Rede.

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ConCessionária sustentável é tema

na tv Fenabrave

sustentabilidade

Pequenas atitudes no dia-a-dia, com a ajuda de profissionais especializados, concessionárias de veículos podem adequar atividades e instalações de acordo com a lei ambiental.

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opinião

Cláudio Tomanini é prof. MBA da FGV, palestrante e especialista em Planejamento Estratégico e Gestão de Vendas. Autor do best seller “Venda Muito Mais - Editora Gente”

Cláudio Tomanini

Vivemos, hoje, num ambiente cercado de armadilhas, competitivo e altamente dinâmico. A todo instante surgem fatos novos e obstáculos diferentes. O desenvolvimento de estratégias que permitam identificar novas tendências torna-se imprescindível. Este é o ponto-chave da questão: largar na frente e, assim, agregar diferenciais competitivos à sua empresa.

Quantas vezes você ofereceu uma solução total ou sob medida para determinado cliente? Saiba que a essência da sua resposta pode indicar o seu verdadeiro

grau de intimidade com seu cliente.Este grau de intimidade vai além da satisfação,

pois significa dar ao cliente benefícios e resultados do produto/serviço adquirido, além de orientar toda a atividade empresarial para ele, preocupando-se em desenvolver uma relação duradoura.

O diferencial não é a mercadoria nem o preço, mas os valores agregados ao relacionamento conces-sionária-cliente. Relacionamento, mais do que um substantivo, é um conceito: o elemento humano como valor. Crie vínculos de mão dupla, de longo prazo. Faça com que os compradores sejam clientes ou, mais do isso, sejam advogados da marca. Para isso, estabeleça uma relação emocional, transforme a venda num momento mágico.

Vejo muitos empresários dizerem que sua equipe de vendas troca demais, que o pessoal de assistência técnica não tem compromisso em vender serviços e pior, dizem que fulano ou sicrano é muito ruim. Mas ele continua na empresa??? E aí vêm as descul-pas do tipo: “Fazer o quê?”. “Ele é de confiança”. Ou “ruim com ele pior sem ele”. Ou ainda: “Se este

Passaporte para uma nova era

vai embora, vem um ainda pior”. “Se eu pego um cara mais inteligente e treino, invisto, ele vai para a concorrência”.

E assim continuam mantendo pessoas ruins, que ainda falam coisas ruins da empresa e que, por sua vez, entregam resultados ruins. Claro que é preci-so investir em treinamento, desenvolvimento em capacitação, mas, antes, limpe a sujeira, demita os incompetentes. Não queira ensinar elefante a voar. Ele não voa! É perda de tempo. Lembre-se: quem mantiver pessoas ruins na empresa está desestimu-lando os competentes.

Não podemos ser complacentes a ponto de não tomarmos decisões e buscarmos caminhos. Equipe de alta performance precisa de gestor de alta per-formance. A hora é agora!

Competitividade é ter o foco do cliente (e não no cliente), ter atitude, antecipar-se a ideias e con-ceitos e, o mais importante: conquistar o coração do cliente. Preço qualquer empresa pode oferecer, mas isso não garante fidelidade. O que garante é um tratamento diferenciado. Comece na próxima venda e teste a eficiência da proposta. Não venda produtos, venda experiências. E experiência só é possível com pessoas excelentes. Caso contrário, vira pesadelo.

Sucesso!

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proveniente das oficinas. “Porém, antes de tudo, é preciso criar a conscientização dos Concessionários e dos funcionários”, complementa o especialista.

Segundo Alvanir Fernando Zuse, com este princípio conseguiu transformar suas concessio-nárias em empresas ambientalmente responsáveis. “O projeto foi balizado na legislação em vigor e isso passou a motivar as equipes para realizar as mudan-ças culturais. O empresário deve ter a consciência e mostrar isso aos funcionários. A fábrica já desem-penha seu papel neste quesito. Temos que seguir os mesmos passos, pois somos a imagem da montado-ra perante o nosso público”, complementa.

Na Cordial, concessionária Fiat de Concórdia e Erechim, no Rio Grande do Sul, existem cisternas com capacidade de até 100 mil litros, que captam água da chuva e que depois é utilizada para a la-vagem do pátio da concessionária e dos veículos. Além disso, os funcionários fazem a reciclagem de materiais, reutilizam todo o papel da área adminis-trativa e utilizam tinta à base de água na pintura dos carros. “Para completar, instalamos torneiras e descargas econômicas nos banheiros, tratamos todo o esgoto gerado e ainda contamos com telhas translúcidas e sensor de presença para lâmpadas, o que gera grande economia de energia”, elenca Zuse.

Como implantar? – A Lei 12.305 institui a política nacional de resíduos sólidos, que rege diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às respon-sabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Sujeito à fisca-lização, o Concessionário precisa estar atento com a forma que realiza o descarte. “Boa parte da Rede desconhece a Lei. É preciso trabalhar um plano para o descarte correto destes resíduos”, explica Eduardo Augusto dos Santos, do Cesvi Brasil.

Segundo o representante do Cesvi, é possível fa-zer as modificações nas concessionárias por meio de recursos que exigem baixo investimento. De acordo com o especialista, a caixa separadora de água e óleo, por exemplo, é simples, moderna e barata. “A simples troca de lâmpadas já ajuda”, relata. Segundo Santos, algumas concessionárias já são construídas com soluções voltadas ao meio ambiente. “Isso tem que ser uma bandeira na concessionária”, completa.

De acordo com os participantes, o processo de implantação deve ser realizado com o auxílio de consultoria especializada, que vai identificar todos os pontos de geração de resíduos e quais serão as ações necessárias para dar a destinação correta aos materiais. “O mais importante é trabalhar com a eliminação de resíduos em primeiro plano, o que não é fácil. É necessária a contratação de empresa homologada e licenciada em órgãos ambientais que dará a destinação correta no material”, explica Lopes Vilas. Zuse complementou, informando que alguns fornecedores têm a obrigação de recolher o material, como as fabricantes de pneus, por exem-plo. “Isto é lei!”, afirma.

Os participantes da mesa redonda concluíram alertando que todos os distribuidores de veículos precisam realizar o Cadastro Técnico Federal (CTF) no IBAMA.

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Smartphone, conectividade e fones de ouvido. Estas são as principais caracte-rísticas encontradas nos jovens nascidos entre 1980 e 2000, que estão entrando no mercado de consumo. Conhecidos como Geração Y, esses consumidores

estão mudando a forma de pensar dos fabricantes de veículos, formando tendências, tanto na concep-ção de modelos, como nos sistemas integrados aos veículos. “Existe uma preocupação muito grande da nossa marca em estar em linha com as tendências e, sem dúvida nenhuma, daqui para a frente, é a Geração Y que vai ditar tendências”, comenta o diretor de marketing do produto da GM do Brasil, Hermann Mahnke.

“O jovem que pertence à Geração Y é muito de atitude. Por isso, no Onix, adotamos uma estratégia de personalização, com uma linha de mais de 100 peças de acessórios para o carro. Esta personalização permite ao jovem expressar aquilo que ele quer e aquilo que ele é”, conta Mahnke, explicando que é possível comprar um aplique de adesivos para o painel do veículo, por exemplo, em que o consumidor entra no site da montadora, por meio de uma senha, encaminha uma foto de sua preferência e recebe na sua casa um decalque para aplicar no carro. “Isto está muito em linha com o jovem”, completou.

A Geração Y não é adepta aos métodos tra-dicionais de compra e venda de veículos, com a entrega de brindes e outros benefícios comuns na Rede. Eles querem agilidade e conectividade à mão. Estas conclusões foram elaboradas com base numa pesquisa apresentada na Folha de S. Paulo, encomendada pela GM, nos Estados Unidos, à MTV Scatch, divisão da emissora de TV responsável por ajudar as empresas a entender os desejos deste público consumidor. De acordo com o que foi publicado no periódico, a MTV propôs mudanças na Rede de Concessionárias, nos carros

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Com a chegada da chamada Geração Y no mercado de consumo, diversos

fabricantes estão adaptando seus produtos e sua forma de atuação para atender estes jovens clientes, que são exigentes e fazem do

carro uma extensão de si próprios por meio das

novas tecnologias.

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Automóvel este ano, foi totalmente desenvolvido no Brasil, utiliza tecnologia de ponta, possui um design moderno e oferece bastante conectividade, além de conter em suas especificações com itens exclusivos jamais vistos em carros da categoria, como o MyLink, citado por Mahnke.

“Buscamos conceber um carro com níveis de design, conforto e tecnologia elevados e harmo-nicamente distribuídos para um produto que irá atender a um grande público. Este é um modelo compacto, mas que apresenta itens só encontrados em veículos de segmentos superiores. Certamente os consumidores reconhecerão estes valores e, consequentemente, transformarão o Onix em um efetivo sucesso de mercado”, destaca Gustavo Colossi, diretor de Marketing da Chevrolet.

O mesmo ocorre com a Renault, que durante o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo apresentou o Media Nav, que já equipa o Duster e será um dos opcionais nas linhas Logan e Sandero, veículos de entrada da marca. “Estamos trazendo tecnologia acessível aos nossos clientes de veículos mais baratos”, explica Carlos Henrique Ferreira, Gerente-Geral de Imprensa da Renault, infor-mado que o novo equipamento custará apenas R$ 500.

O Media Nav tem funções de rádio, Bluetooth e GPS. Uma tela sensível ao toque (touch screen) de sete polegadas, integrada ao painel do veículo, apre-senta menus de fácil identificação e configuração.

A Fiat, por exemplo, percebeu que a vida moderna nos grandes centros faz com que os motoristas passem cada vez mais tempo dentro do automóvel. Pensando nisso, em 2005, a mon-tadora lançou o Connect, primeira conexão via bluetooth, entre o telefone celular e o sistema de áudio do veículo, onde era possível fazer e receber ligações. “A partir daquele momento, percebemos que tínhamos que tornar o carro cada vez mais como uma extensão das nossas vidas, do nosso trabalho e da nossa casa”, explica o assessor técnico da Fiat, Ricardo Dilser.

Carlos Henrique Ferreira, gerente-geral de imprensa da Renault, diz que a montadora traz tecnologia acessível a todos os clientes.

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e na forma de comunicação. “O Ônix foi pensado, planejado e concebido pensando neste público em todos os sentidos: no desenho, na personalização e na conectividade. E o MyLink é uma prova deste planejamento”, diz Mahnke.

O MyLink é uma plataforma de conectividade que deixa para trás o sistema de som convencional, ou “duro”, como definiu o executivo da GM do Brasil. Segundo ele, é um sistema que é uma porta de acesso ao mundo. “O MyLink parte do princí-pio de que a vida das pessoas está concentrada no smartphone. Os arquivos, as músicas, os vídeos e os aplicativos estão concentrados nestes aparelhos. Por isso, o sistema que desenvolvemos é um emulador de tudo isso”, acrescentou Mahnke, informando que o sistema se destaca por sua interface intuitiva

e de fácil navegação, a qual faz uso de uma tela LCD touch screen de sete polegadas. Por meio dele, é possível controlar algumas configurações funcionais do carro, além de funções tradicionais de rádio AM/FM com leitor de áudio para arquivos MP3/WMA.

Tecnologia aplicada – Durante o último Salão de Paris, o assunto conectividade também foi pauta entre as empresas expositoras. Há o consenso de que os smartphones tomaram do carro a posição de “símbolo da vida adulta”, diferentemente do que ocorria há alguns anos. Os empresários acreditam que os jovens estão dispostos a gastar mais em apa-relhos de última geração do que em automóveis.

No evento francês, várias fabricantes deram grande destaque a recursos como muitas entradas auxiliares no sistema de som, comandos por voz e recepção de rádio por internet. “Antes, falávamos mais de dirigibilidade, motores e coisas assim”, afirma o vice-presidente de Qualidade na Ford europeia, Gunnar Herrmann, em entrevista ao Jornal da Tarde. “Isso está perdendo lugar para a conectividade”, disse.

O Chevrolet Onix, principal lançamento da marca norte-americana, apresentado no Salão do

Gustavo Colossi, diretor de marketing da Chevrolet. Ao lado, o Onix, que vem equipado com o sistema MyLink.

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www.nadaconventionandexpo.org

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De acordo com Disler, a tecnologia embarca-da nos veículos da marca passaram por diversas evoluções. Depois do sistema Connect, a monta-dora italiana lançou o Blue and Me e o Blue and Me Nav. O mais recente sistema é o EcoDrive, ferramenta onde a central do motor registra a dirigibilidade do motorista, monta um panorama do perfil do condutor, o quanto consumiu e dá dicas de como ele pode melhorar a condução. “O sistema atrai os jovens, pois gera uma verdadeira convergência entre o veículo, as pessoas e as mídias sociais”, comenta Disler.

A mais recente novidade da empresa é o Social Drive, solução que permite o acesso com as redes sociais, para receber notícias dos portais enquan-to dirige, por comando de voz. Trata-se de um software que “lê” para o motorista as atualizações de suas redes sociais. O dono do carro precisa ter um smartphone conectado à internet, que será

ligado ao sistema de som do veículo via bluetooth. Com isso, é possível ouvir as postagens de amigos do Facebook, por exemplo. O acesso pode ser feito por comando de voz. O Novo Punto foi o primeiro carro a oferecer esse serviço. “Todo o novo projeto que efetuamos na fábrica já leva em consideração as questões de conectividade”, complementa Dilser.

Todas estas tendências que integram conec-tividade aos veículos parecem ter se tornado um caminho sem volta no mercado. Grande parte das empresas já possui produtos voltados para a Gera-ção Y, porém, a comunicação deve ir ao encontro do que este público pensa e necessita. “Toda a nossa comunicação no Brasil já está de acordo com a linguagem deste público”, explica Mahnke, da GM do Brasil.

A Rede de Concessionárias também deve se pre-parar para receber este novo consumidor em suas lojas. As formas tradicionais de venda, que incluem os apelos de potência e dirigibilidade, perderam espaço para conceitos de design, estilo e conecti-vidade. “O Concessionário deve estar atento com relação à utilização do produto para poder explicar com propriedades toda a tecnologia presente hoje nos veículos”, comenta Disler, da Fiat.

“Os nossos Concessionários estão capacitados a entender este público e a interagir com eles. Desen-volvemos treinamentos constantes para que a equi-pe de vendas entenda os hábitos e os gostos. Com isso, conseguimos gerar credibilidade e fidelidade destes novos clientes à marca”, finaliza Mahnke.

Novo Punto, da Fiat, é o primeiro veículo da marca equipado com o Social Drive.

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Um estudo inédito sobre a violência no trânsito, realizado em maio pelo Instituto Sangari por meio da análise de 1 milhão de certidões de óbito em todo o mundo, revelou que o Brasil é o segundo país do mundo em vítimas fatais em acidentes envolvendo moto-

cicletas, com 7,1 óbitos a cada 100 mil habitantes. O Mapa da Violência 2012, publicado pela revista Veja, mostra que apenas no Paraguai se morre mais, com 7,5 óbitos por 100 mil habitantes.

Nos últimos 15 anos, o crescimento da taxa de mortalidade em acidentes com motocicleta no Brasil aumentou 846,5%, sendo que 40% das vítimas morre no local. Em 2012, mais de 13 mil brasileiros devem morrer nas ruas e avenidas do País em acidentes com veículos de duas rodas. Em 2010, foram 13.452 vítimas fatais, contra 1.421 registradas em 1996. Entre as vítimas, 75% são homens e 40% têm entre 21 e 35 anos.

Uma das razões para este panorama é a explosão no mercado das duas rodas nos últimos 10 anos. A frota de motocicletas em circulação no país cresceu nada menos que 246% na última década, atingindo 19 milhões de unidades.

Mas o crescimento da frota não acompanha a capacitação dos condutores. E foi pensando nisso que, desde 1972, a Honda Motos desenvolve

treinamento para motociclistas no Brasil. Na época, com instrutores vindos do Japão, eram realizados cursos preparatórios, tanto para desen-volver técnicas de pilotagem, como para ensinar o manuseio dos veículos. “Com o aumento da importação, em 1974, a Honda formou um grupo próprio no Brasil para treinar motociclistas. Dois anos depois, foi criada uma unidade móvel de treinamento, que realizava cursos em todo o Bra-sil de forma itinerante”, comenta o instrutor do Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH), Thiago Vasconcelos.

Inaugurado em 1998, em Indaiatuba, interior de São Paulo, o CETH ocupa uma área total de 120 mil m², entre sede administrativa e espaço para treinamentos práticos. Na parte externa, a área de off-road tem cerca de 90 mil m². “Possuímos uma estrutura completa para capacitação de clientes Honda, Concessionários, além do trabalho feito com empresas, forças armadas e órgãos públicos”, detalha Vasconcelos.

A estrutura ainda possui simuladores de pilota-gem que possibilitam aos motociclistas vivenciar as mais variadas situações do trânsito e se condicionar a reagir de forma segura. Sua utilização vai desde o primeiro contato com a moto até a assimilação dos exercícios e avaliação de comportamento pós-treinamento.

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DUas RoDas:MobiliDaDe coM segURançaCom o aumento dos índices de acidentes envolvendo motos, está clara a necessidade de preparo teórico e prático dos motociclistas. Iniciativas de montadoras, como cursos gratuitos que disseminam o conhecimento, visam promover a conscientização sobre direção responsável.

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a forma correta de se utilizar o freio dianteiro, com o objetivo de diminuir cada vez mais o espaço de frenagem”, complementa Vasconcelos.

De acordo com o instrutor, das empresas for-neceram este benefício aos funcionários, foram reduzidos em cerca de 40% o número de acidentes. “Com isso, as empresas realizam anualmente os cursos conosco”, detalha Vasconcelos, informan-do que são treinadas até 300 pessoas por dia no CETH.

Participação da Rede – A Rede de Concessionárias Honda desempenha papel fundamental na multi-plicação dos conceitos difundidos no CETH. Por meio de um curso chamado “Formação de Instru-tores da Rede”, a Honda multiplica, regionalmente, esse conhecimento aos motociclistas em geral por

meio de instrutores das concessionárias. Os cursos têm duração de 32 horas, com diversas avaliações, exercícios e testes que os qualificam para a atividade de multiplicação.

Esse trabalho acabou gerando os CETCs (Centros Educacionais de Trânsito das Conces-sionárias), por meio dos quais cada concessionária forma turmas para treinamento teórico e prático utilizando estrutura própria ou em parceria. Ao todo, mais de 100 concessionárias da marca já pos-suem instrutores capacitados. “Alguns Concessio-nários estão em busca da certificação para realizar o treinamento obrigatório dos motofretistas, cuja fiscalização inicia em 2013. Hoje, apenas as insti-tuições do Sistema “S” [SESI, SENAI e SENAC] estão autorizadas a ministrar este treinamento”, completa Vasconcelos.

Moto Check-UpDesenvolvido pela Abraciclo - Associação Brasileira dos Fa-

bricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a ação batizada de Moto Check-Up, tem o objetivo de orientar e não fiscalizar motociclistas e suas motos, além de oferecer avaliação gratuita de 21 itens de segurança dos veícu-los, vistoria de capacetes, conscientização sobre a importância da pilotagem defensiva, além de distribuir brindes e um vale troca de um litro de óleo. Desde sua criação, em 2008, o evento já realizou 16 edições e atendeu quase 30 mil motociclistas.

A última edição, realizada em setembro, na cidade de Bra-sília, atraiu mais de 1,5 mil motociclistas. Durante o evento, promovido em comemoração à Semana Nacional de Trânsito, a entidade fez um levantamento dos itens com mais neces-sidade de manutenção e detectou que os freios traseiros (25%) e o nível de óleo (22,7%) estão em primeiro e segundo lugar, respectivamente.

Nas edições anteriores do programa, a entidade consta-tou que, entre os itens com maior necessidade de manuten-ção, o freio traseiro ficou em primeiro lugar, com 45,4% de ocorrências. Com base neste resultado, o MotoCheck-Up pas-sou também a orientar os condutores sobre o procedimento correto de frenagem. “Os motociclistas precisam entender que, com a utilização de ambos os freios, é possível diminuir em até 50% a distância necessária para a parada total do ve-ículo no ato da frenagem, evitando possíveis acidentes com obstáculos ou outros veículos à frente”, explica José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.

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No CETH, com mais de 120 mil m², alunos têm à disposição aulas teóricas e práticas sobre técnicas de pilotagem.

Com cinco tipos de treinamentos diferentes, o CETH de Indaiatuba e o de Recife (inaugurado em 2006) já capacitaram mais de 400 mil pessoas desde o início das atividades. “Os motociclistas praticam as aulas em motos do próprio CETH, além de serem acompanhados por uma equipe de instrutores. Os cursos de nível básico, avançado, fora-de-estrada e para quadriciclos são totalmente gratuitos e têm car-ga horária entre 8 e 16 horas”, explica Vasconcelos.

Durante o aprendizado no curso básico, o mo-tociclista recebe noções de prevenção, proteção, po-sicionamento de pilotagem e técnicas de circulação no trânsito. Nas aulas práticas, os alunos realizam percursos na pista de treinamento e recebem orien-tações com relação às curvas e frenagem. “Ensinamos o jeito correto e a velocidade em que se aciona o freio antes de uma curva, por exemplo. Mostramos, ainda,

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O setor de motocicletas, após sua lenta recuperação desde a crise econô-mica enfrentada em 2008, voltou a ter retração nas vendas este ano. O principal motivo, de acordo com a Fenabrave, é a restrição de cadastro na concessão de crédito que, de acordo

com a entidade, chegou ao patamar de 17% de fichas aprovadas. “Os bancos estão muito restritos, principalmente para as pessoas de renda mais baixa, que representam a maior parcela do mercado de motos. Mais de 80% das vendas são de motos de até 150 cilindradas, que é a porta de entrada da motorização da população”, comenta o presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr.

De acordo com a Fenabrave, entre janeiro e outubro deste ano, o setor de motocicletas atingiu vendas de 1,37 milhão de unidades. Este valor representa queda de 12,82% na compara-ção com o mesmo período do ano passado. Se for comparado outubro deste ano e o mesmo mês de 2011, a queda chega a quase 8%. “A alta na inadimplência também contribuiu para este resultado, pois muitas pessoas compravam motos com valores altos e não conseguiam quitar as parcelas”, explica Assumpção Jr.

Preocupada com o desempenho do setor, a Fenabrave, por meio de seus representantes, solici-tou ao governo uma atenção especial a este merca-do, pedindo que fossem oferecidos estímulos para que as vendas voltassem a crescer.

Como resultado, após reuniões entre as enti-dades representantes do setor, governos e bancos, foi anunciada, no início de outubro, uma parce-ria entre a Caixa Econômica Federal e o Banco Panamericano, que lançaram o programa, “Melhor de Moto Nova” - linha de crédito que oferece con-dições mais atrativas para quem for adquirir uma moto 0km. “Entendemos que a liquidez da Caixa Econômica Federal e a experiência no varejo que o Panamericano possui nos fez acreditar que a inicia-tiva poderá fomentar o mercado de crédito para este segmento, que estava enfraquecido. O governo e os bancos fizeram a parte deles. Agora o mercado tem que começar a reagir e é por isso que esperamos e torcemos”, comenta Paulo Engler, superintendente da Fenabrave.

“A inadimplência cresceu muito nos últimos tempos e o comprometimento da renda familiar afetou este setor, impossibilitando o comprador de fazer mais uma dívida. Esta parceria dos bancos foi fundamental para o segmento que estava com difi-culdade de crédito. A Caixa e o Panamericano abri-ram um leque com juros acessíveis e competitivos que atrai o cliente. A recuperação será lenta, mas estamos otimistas e acreditamos em uma melhora”, argumenta Antônio Figueiredo, vice-presidente da Fenabrave e representante do segmento de motoci-cletas na entidade.

O programa “Melhor de Moto Nova”, é desti-nada à aquisição de veículos 0km, a partir de 100 cilindradas. A ação permite o financiamento de

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IncentIvOs dO gOvernO mOtIvam setOr de duas rOdasBancos estatais atendem pedido de lideranças do setor e lançam linhas de crédito atraentes na tentativa de impulsionar o segmento de duas rodas. Ainda é cedo para falar de resultados expressivos, mas a Fenabrave acredita que as vendas voltarão a subir.

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Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave e Carlos Henrique Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do IPEA.

Lideranças da Caixa Econômica Federal,

do Panamericano e da Fenabrave apresentam

programa “Melhor de Moto Nova”.

até 100% do valor da moto, com prazo de até 36 meses para pagar. O processo de análise do crédito é simples, e o atendimento é realizado na própria concessionária. Qualquer pessoa pode ser benefi-ciada pelo programa.

O vice-presidente de Pessoa Física da Caixa Econômica Federal, Fábio Lenza, destaca a im-portância da parceria com o Banco Panamericano. “É uma iniciativa que possibilita uma abrangên-cia ainda maior para o Programa Caixa Melhor Crédito, cujo objetivo é justamente melhorar as condições de acesso ao crédito para as famílias brasileiras”, afirma.

 Para o presidente do Panamericano, José Luiz Acar Pedro, o programa tem o mérito de apoiar o segmento para a alavancagem das vendas, que tem se mostrado menos vigorosa nos últimos meses.

Na visão do presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., essa parceria servirá para reanimar o setor de duas rodas. “Essa parceria foi extremante bem-vinda e oportuna para o setor, principalmente neste momento em que a queda nas vendas era contínua”, explica o presidente executivo da Fenabrave.

Para a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fa-bricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motone-tas, Bicicletas e Similares), entidade que representa os fabricantes de veículos duas rodas, essa parceria e o apoio dos bancos devem ser seguidos, também, por outras instituições. “Esperamos que essas medi-das possam motivar outras instituições financeiras a também oferecer planos de financiamento que atendam às atuais necessidades dos consumidores e contribuam para a retomada dos negócios com

motocicletas”, comenta José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.

Segundo o executivo da Abraciclo, mesmo com este apoio, o setor ainda fechará 2012 com retração. “Iniciamos 2012 com a perspectiva de crescimento de 5% na produção e vendas no atacado em rela-ção a 2011. Todavia, diante da alta seletividade na concessão de financiamentos, tivemos retração nos negócios e devemos fechar 2011 com quedas de 16% na produção, com a projeção de 1.788.000 unidades fabricadas, e 17% nas vendas no atacado, com cerca de 1.690.000 unidades entregues. Por-tanto, acreditamos que o anúncio feito pela CEF e o Banco Panamericano, envolvendo nova linha de crédito para o consumidor de motocicletas, poderá estimular as vendas no segmento”, explica o executivo.

A atitude da Fenabrave em pleitear ajuda junto ao governo e aos bancos para melhoria do setor foi bem vista pelo Presidente da Assohonda (Associa-ção Brasileira de Distribuidores Honda), Clemente Sartório. “A atuação da Fenabrave foi perfeita neste momento. O setor precisava muito que alguém fos-se atrás do governo e solicitasse essa ajuda. Nós, da Assohonda, parabenizamos a entidade nesta ação”, comenta. De acordo com Sartório, mesmo com este movimento por parte da Caixa, há a necessidade de outras instituições financeiras seguirem o mesmo exemplo. “Acredito que após este estímulo o setor de Duas Rodas volte a caminhar. Minha expectativa é positiva, mas com cautela, pois não temos como afirmar nada ainda por ser recente essas medidas. O que tudo indica é que no segundo semestre de 2013 o setor retorne suas vendas”, comenta.

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Desempenho do segmento

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A pesquisa de produtos na internet, antes da efetivação da compra, tornou-se comum em todos os segmentos. A prati-cidade e a evolução da tecnologia contri-buíram para o crescimento de portais de classificados de veículos. No segmento

automotivo, essa tendência está em expansão e mais que portais de classificados de carros, essas novas ferramentas são chamariz de clientes para a Rede de Concessionárias.

Tradicionalmente recheados por ofertas de seminovos, o conceito de anúncio em classificados online passou a atrair anunciantes de veículos zero quilômetro. Não se trata da venda efetiva pela in-ternet, porém, especialistas garantem que, anúncios bem feitos, com fotos atraentes e a maior quantida-de de informações sobre os veículos, faz com que boa parte dos clientes se motive a ir à concessionária ver de perto o objeto de seu desejo.

A exemplo disso, o portal iCarros, que atua como um site de classificados, desde 2008, e ofe-rece anúncios de veículos seminovos, lançou, em outubro, a ferramenta “Comparar 0Km”. Essa é uma área de exclusiva destinada a veículos novos que oferece ao cliente condições de comparar pro-dutos, tanto com relação aos atributos técnicos, como preços e desempenho. Além disso, o cliente pode buscar a concessionária mais próxima de sua residência para ver de perto o modelo pretendido. “O portal iCarros não é um site para compra de carros e sim uma ferramenta de marketing, onde divulgamos os veículos das concessionárias a nossos clientes, ou seja, é um espaço publicitário. O internauta entra no portal e pesquisa o modelo desejado, com diversas opções entre carros novos e usados”, explica Sylvio Alves de Barros Netto, CEO do iCarros.

O “Comparar 0Km” permite que o cliente pesquise por categoria (conversível/cupê, hatch, monovolume, picapes, sedã, utilitário esportivo, van e wagon/perua), por preço, pelas 47 marcas automotivas, ou até mesmo por estilo de vida. A ferramenta é gratuita e também atende às necessi-dades do meio automobilístico quanto às estratégias de marketing, pois chega como uma nova opção de mídia contextualizada, já que com o “Comparar 0Km”, as montadoras poderão atingir o usuário no exato momento de consideração de compra. “Ao utilizar o catálogo, o site traz para o consumidor uma galeria de fotos, os preços, as versões dispo-níveis daquele modelo e até mesmo uma avaliação geral, baseada em opiniões de especialistas e de

iCarros e CarClick: portais de classificados que têm o objetivo de atrair mais clientes às concessionárias.

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Veículos Ao AlcAnce do mouse

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Veículos ao alcance do mouse

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Não se trata de vendas pela internet, mas os portais de classificados estão ganhando espaço cada vez maior no mercado como ferramenta de pesquisa antes da decisão de

compra. O objetivo é atrair clientes, tanto para a compra de novos ou seminovos, para as concessionárias.

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Federação Nacional da Distribuição de Veículos AutomotoresAv. Indianópolis, 1967 – CEP 04063-003 – São Paulo/ SPTel.: (11) 5582-0000 / Fax: (11) 5582-0001E-mail: [email protected] – Site: www.fenabrave.org.br

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Parceira Tecnológica

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Para anunciar, basta o Concessionário entrar em contato com o atendi-mento dos portais e checar os pacotes oferecidos para divulgação de produtos. “Temos pacotes mensais que dão direito a uma determinada quantidade de anúncios por mês. Os pacotes vão de R$ 1.000 a R$ 50 mil mensais. O nosso foco é que a concessionária venda mais carros. Nos preocupamos em dar um suporte decente para a concessionária obter o retorno investido”, explica Barros Netto, do iCarros.

Massaro explica que no CarClick a forma de anúncio é diferente e ilimitada. “O custo para a concessionária é único. Não oferecemos pacotes com opções de valores e também não há limite de estoque para o anúncio. O Concessionário anuncia e divulga todo seu estoque”, argumenta Massaro.

Apesar do pouco tempo de mercado, o CarClick já tem expectativas de sucesso para o futuro. “Nosso site ainda é prematuro e devemos fechar 2012 com 500 concessionárias e aproximadamente 5 mil anúncios. Para 2013, nossa meta é ter 1,5 mil Concessionários anunciando no CarClick”, ressaltou o executivo.

proprietários daquele carro, com pontos positivos e negativos”, explica Barros Netto.

“Nosso objetivo é ajudar o cliente a fazer a me-lhor escolha, de acordo com seu perfil e necessidade”, comenta o CEO do iCarros. Para o projeto, a empre-sa estudou o consumidor de carros 0Km e reuniu, em um só ambiente, todas as informações que impactam a tomada de decisão: fotos/vídeos, versões e preços, ficha técnica, opiniões de especialistas e consumido-res, e busca de concessionárias. “Com a diversidade de modelos existentes hoje no mercado brasileiro, buscamos entregar ainda mais conveniência para os nossos usuários”, afirma Barros Netto.

No último Congresso Fenabrave, realizado em agosto, o assunto internet, foi amplamente deba-tido por diversos palestrantes. Todos afirmaram a importância de a web ajudar na pesquisa antes da compra e vendas de veículos. Segundo uma pes-quisa realizada pelo Google, em 2011, apresentada pelo consultor Fúlvio Kaminski Massaro, respon-sável pela criação do site CarClik, mais de 90% dos consumidores com acesso à internet utilizam essa ferramenta na hora de decidir qual modelo comprar. “A internet é a mídia de pesquisa mais utilizada na hora da compra”, explicou. “Dos 90% dos internautas que pesquisam o modelo na inter-net antes da compra, 13% deles já navegam pelo celular. No Brasil, o tempo de navegação semanal chega a 25 horas. Já é comprovado que a internet é o 2º maior meio de investimento, perdendo apenas para TV”, complementa Massaro.

O CarClik foi lançado há sete meses e oferece anúncios de veículos seminovos. Assim como o iCarros, o site também é uma ferramenta de marke-ting que auxilia o cliente na hora da pesquisa. “O

Carclick é um portal de classificados de veículos se-minovos exclusivo para concessionárias, que oferece inúmeros diferenciais, como publicação ilimitada do estoque, busca inteligente de veículos, 12 fotos por anúncio, integração com outros sites de classificados e muito mais”, explica o criador do CarClick.

O objetivo destes portais é auxiliar o cliente durante a pesquisa, porém finalizar a compra na própria loja. “A função dessa ferramenta de marke-ting não é vender carros pela internet e sim acom-panhar a pesquisa do cliente no portal e cumprir seu papel, que é levar o cliente até a loja para fechar o negócio”, destaca o executivo do iCarros.

“É importante ressaltar que a forma de vender não mudou, já que o CarClick não vende carros pela internet. É uma plataforma, uma ferramenta de marketing que auxilia o cliente na pesquisa pelo carro desejado. Quem continua a vender é o pró-prio vendedor, e o cliente fecha o negócio na loja”, enfatiza Massaro.

Segundo Barros Netto, o iCarros possui 12 milhões de acessos mensais, o que comprova o poder de penetração dessas mídias. “A mídia online tem mais frequência do consumidor automotivo quando o assunto é pesquisa, pois o consumidor nem sempre vai pesquisar na própria loja o modelo desejado, diferente da internet, que o internauta faz essa pesquisa, tira suas dúvidas sobre o modelo e seus correntes ao mesmo tempo”.

Para que a concessionária obtenha sucesso por meio do portal de classificados, é necessário ter uma estrutura muito bem formada tecnologicamente, além de oferecer suporte adequado para atender clientes com dúvidas. Manter uma parceria próxima com o portal de classificados também é uma forma de mostrar anúncios sempre completos e atraentes. “No caso da CarClick, temos uma equipe que dá suporte aos nossos anunciantes e confere as atua-lizações: os modelos anunciados, regra de posição com informações mais completas dos modelos, entre outros detalhes. Caso o Concessionário passe mais de uma semana sem atualizar seu anúncio, ligamos para ele para saber se está havendo alguma dificuldade e se podemos ajudar de alguma forma. É muito impor-tante o suporte ao anunciante para que o resultado seja positivo, assim como o suporte também ao cliente no ato da pesquisa”, explica Massaro.

Um site bem alimentado de informações, pro-fissionais capacitados para gerenciamento de conte-údos e agilidade no sistema de acesso, são quesitos importantes na hora da navegação do cliente em encontro com seu modelo.

Como vender mais?

Sylvio Alves de Barros Netto, do iCarros e Fúlvio Kaminski Massaro, do CarClick: classificados online trazem bons negócios aos Concessionários.

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audiCom um estande repleto de novidades, a Audi

apresentou, no Salão paulista, os modelos A1 Quattro, A3 Sport, S6, S7, S8 e R8 GT Spyder. “Já crescemos mundialmente 13%, somos líderes na Europa, China e batemos recorde de vendas no EUA e América Latina. Nosso objetivo é ser líder na marca Premium no Brasil”, declarou

Leandro Radomile, presidente da Audi no Brasil. O principal lançamento da marca no evento foi o A3 Sport, que será comercializado a partir de janeiro de 2013, e terá como concorrentes o Mercedes-Benz Classe A e o BMW Série 1. “No Brasil, já crescemos 5% no acumulado deste ano e acreditamos muito neste mercado”, enfatiza o executivo.

bmwA montadora alemã BMW roubou a cena no Salão de

São Paulo ao anunciar que terá uma fábrica no Brasil, que estará localizada em Araquari/SC. “Já tomamos a decisão e teremos sim uma fábrica no Brasil. Só estamos no aguardo da aprovação do projeto para entregar ao governo”, declarou o presidente da marca no Brasil, Jörg Henning Dornbusch. O executivo deu poucos detalhes da nova fábrica, mas adiantou que serão produzidos 30 mil unidades anualmente. “Investiremos, nesta unidade

fabril, 200 milhões de euros, e ela terá capacidade de produção de cerca de 30 mil unidades por ano”, explicou Hewnning.

O principal lançamento da montadora no evento foi o novo Série 6 Gran Coupé, quatro e duas portas, que completa a linha, preconizada com a configuração conversível comercializada no Brasil. Outros modelos da marca alemã também foram apresentados, como o hatch M135i, o sedã M5 e o M6 Coupé.

M6

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Na última edição do Salão de Paris, ficou muito evidente a necessidade das montadoras em criar plataformas globais de veículos e focarem a maior parte de seus esforços em países considerados emergentes, como o Brasil, um dos poucos que possuem boas perspectivas no longo prazo.

Isso se dá pelo fato de a crise econômica na Europa derrubar o mercado, assim como ocorreu com os Estados Unidos que, desde 2008, está se recuperando dos efeitos de períodos turbulentos na economia.

Esta tendência mundial ficou clara durante o evento realizado na capital francesa. O novo EcoSport, por exemplo, modelo mundial da Ford, foi apresentado em primeira mão no Brasil e, meses depois, desembarcava em Paris. Algo parecido aconteceu com o Peugeot 2008, mostrado pela primeira vez ao mundo no Salão de Paris e já com a confirmação de que será feito em solo brasileiro. São duas notícias que confirmam a entrada do País na lista de prioridades das montadoras.

De acordo com o presidente do grupo PSA no Brasil e na América Latina, Carlos Gomes, este movimento começou há 10 anos, mas está mais visível agora, quando o mercado brasileiro conquistou a 4a colocação mundial em vendas, superando a Alemanha e ficando atrás somente dos Estados Unidos, China e Japão. “Hoje, o brasileiro tem renda maior, taxas de juros menores, incentivo do governo com a redução de impostos como o IPI e crédito mais fácil. Com isso, ele passou a poder não só comprar um carro melhor, mas também a exigir produtos melhores”, explica o executivo.

A mesma tendência foi vista durante o IAA, evento que aconteceu em Hannover, Alemanha, e considerado maior salão do setor de veículos comerciais do mundo. Durante a feira, a Iveco confirmou que vai produzir e vender o Stralis Hi-Way

no País, modelo mais sofisticado que entrará como topo da gama da linha atual. Também entre os extrapesados, a Volvo vai nacionalizar o novo FH.

Já a MAN aproveitou o evento para contar que venderá no País uma nova família de modelos vocacionais. Apesar de não integrarem o estande da Volkswagen Caminhões e Ônibus no evento, Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, confirmou a jornalistas que a empresa lançará no País o Distributor, para distribuição de bebidas; o Constructor, voltado à construção civil; e o Compactor para o segmento de coleta de lixo. Além disso, há opção para o transporte de valores.

Em São Paulo, muitas marcas aproveitaram o Salão do Automóvel, o maior da América Latina, para fazer a estreia mundial de seus modelos. Foi o caso de Mercedes-Benz, Ford e Volkswagen. A Mercedes apresentou uma versão de aniversário do ícone SLS GT3, que completa 45 anos. São cinco unidades no mundo e a única que veio ao Brasil já foi vendida. A Ford apresentou, pela primeira vez, o New Fiesta sedã, que chega por aqui em 2013. Na Volkswagen, além do novo Fusca, do Novo Gol duas portas e da família Up!, os visitantes puderam ver, entre os dias 24 de outubro e 4 de novembro, os carros-conceito, entre eles, o SUV Taigun, que fez sua estreia mundial em São Paulo.

Depois de mostrar as 49 marcas expositoras apresentar mais de 500 diferentes modelos, a Revista Dealer selecionou os modelos que prometem mexer com o mercado brasileiro.

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Salão Internacional do Automóvel Brasil no roteiro de plataformas mundiais

lanç amentos

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Citroën

A Fiat, que nos últimos 18 meses lançou nove produtos no mercado, apresentou no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo o Fiat 500 By Gucci, parceria entre a montadora e a grife italiana. O veículo será vendido por R$ 60.800,00.

Outro modelo que enfeitou o estande da marca italiana é o Fiat 500 Cabrio. Derivado da versão Lounge Air, é o primeiro conversível da marca vendido no Brasil. Segundo Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat, das vendas totais do veículo 5% devem ser do Cabrio, que estará, em breve, disponível nas concessionárias da marca. “É o conversível mais acessível do mercado brasileiro, pois custará R$ 57.900,00”, destaca Ramos.

FiatAlém, dos modelos, a Fiat também levou ao Salão do

Automóvel uma Ferrari 458 Spider vermelha, com teto retrátil em alumínio, e o Maserati GrandCabrio Sport.

A francesa Citroën apresentou a linha completa DS, com o lançamento dos modelos DS4 e DS5, que vão se unir ao compacto DS3 a partir do 1º semestre do ano que vem. De carona nas apresentações, a montadora mostrou ao público a versão híbrida do DS5, que não será vendida no País.

A marca, que nos últimos 10 anos passou por transformações importantes, busca no mercado brasileiro a imagem de uma organização inovadora e fabricante de veículos sofisticados. “Passamos a agregar maior valor aos veículos que projetamos e construímos em todas as partes

do mundo. Essa atitude inclui as operações em países em desenvolvimento, como o Brasil”, comentou Frédérik Banzet, CEO da Citroën.

A PSA Peugeot Citroën, que reúne as duas marcas francesas, realizará investimentos de R$ 3,7 bilhões no Brasil entre 2010 e 2015. O montante permitirá a expansão da linha de produtos e elevará a capacidade de produção na fábrica de Porto Real (RJ), em instalações reservadas à montagem de veículos compactos. “Estamos chegando ao limite da capacidade de produção em Porto Real, o que exige ampliação da unidade no curto prazo, por isso,

tomamos essa decisão”, esclareceu Banzet.

DS4

TRAIL BLAZER

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lanç amentos

A GM do Brasil apresentou ao mercado nacional dois modelos de peso: o compacto Onix e a SUV TrailBlazer. O novo Onix deve agitar o mercado do segmento hatch. A montadora afirmou que o modelo terá 10 versões de acabamento, começará a ser vendido por R$ 29.990 (preço da versão de entrada), com motor 1.0, a partir de novembro. “O Brasil é o terceiro maior mercado da GM no mundo, o maior na América Latina e o País tem mostrado crescimento consistente. Estamos caminhando bem aqui e o Onix é importante para manter o bom desempenho na região. A nova cara da GM inclui o Onix”, disse Dan Akerson, presidente mundial da GM.

“Nos últimos 12 meses, fizemos nove lançamentos, e o mais importante deles é, com certeza, o Onix, que chega para mudar a história da GM e do segmento no Brasil. É o mais importante lançamento que fazemos aqui desde o Corsa”, declarou Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul. Segundo o executivo, o modelo eleva o grau de qualidade na faixa de carros compactos no País, que respondem por mais de 70% das vendas nacionais. “Já não existe mais aqui aquele cliente que só quer preço e espaço. Hoje ele também quer qualidade, conectividade, conforto e tecnologia, e o Onix oferece tudo isso”, explica.

O Onix terá, como principais concorrentes, o Volkswagen Gol, Hyundai HB20, Nissan March, Fiat Palio, Fiat Uno e Renault Sandero. O SUV TrailBlazer também foi apresentado em grande estilo e deverá ser importado da Tailândia para o Brasil e mais de 50 mercados. O utilitário chegou às lojas em novembro.

chevrolet

TRAIL BLAZER

TRAIL BLAZER

ONIX LTZ

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A Honda anunciou no evento a ampliação de sua fábrica, com uma nova estrutura para capacidade de produção. Com um investimento estimado em R$ 100 milhões, a unidade de produção e Sumaré (SP), terá uma nova área construída.

Além deste anúncio, a montadora japonesa também revelou a volta do Honda Civic Si ao mercado nacional e mostrou a nova versão do Fit, batizada de Fit Twist. Além disso, a partir de 2014, deve inserir a premium Acura no Brasil. “Para 2014, nosso desafio será a renovação de toda linha de carros pequenos da marca”,

hondacomentou Roberto Akyama, diretor comercial da Honda.

O presidente da Honda, Masahiro Takedagawa, comentou que 2012 “está sendo histórico para Honda. Até setembro, já emplacamos 37 mil unidades e, com isso, já crescemos 89% no mercado”, comemora.

hyundaiUm dos modelos mais aguardados para o mercado

automotivo, o recém-lançado HB20 foi destaque da Hyundai no Salão de São Paulo. A marca anunciou que o modelo será produzido em sua nova fábrica, em Piracicaba (SP), e apresentou a versão “aventureira” do hatch, com lançamento previsto para janeiro: HB20X. O modelo, exclusivo para o mercado brasileiro, parte na versão básica por R$ 31.990,00. O HB20 é a primeira linha de produtos totalmente fabricada no Brasil pela Hyundai. “Teremos três versões do HB20 que serão fabricados na unidade fabril de Piracicaba/SP e, com isso, serão gerados cinco mil empregos”, declarou Luiz Sergio Cazzonatto, diretor de pós-venda da Hyundai Caoa.

A corenana também apresentou o modelo i30 reestilizado que começará a ser vendido em janeiro. “Ainda não temos preço definido, nem quanto o modelo ficará mais caro”, explicou o executivo. Outro lançamento marca foi o novo Santa Fé, cuja chegada é prometida para o 1º semestre de 2013 e, até o momento, não há especulações sobre valores.

CIVIC SI

NEW FIESTA

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fordApresentado pela primeira vez no Brasil, o novo “New

Fiesta” foi exposto no Salão do Automóvel nas versões sedã e hatch, que deverão ser produzidos no Brasil. Previstos para chegar ano que vem ao mercado nacional, os modelos reestilizados, em um projeto que contou com a participação de engenheiros brasileiros, traz a nova identidade visual global da marca. A marca ainda não fala em preço, mas diz que vai tentar não encarecer o carro, apesar de a tecnologia aumentar.

Outro modelo também exposto pela primeira no Salão do Automóvel, é novo EcoSport. Outros modelos da marca também enfeitaram o estande da montadora americana, como Ford Fusion, EcoSport, Focus, entre outros.

O vice-presidente da Ford, Jim Farley, afirmou que 2013 será um ano

muito especial para a montadora no Brasil. “O próximo ano será especial para nós, porque os novos modelos da linha EcoSport, Ranger, Focus e Fusion estarão juntos no mercado nacional. Eles são produtos globais que traduzem o espírito ‘One Ford’, estratégia adotada pela montadora para sair da crise e voltar com força ao mercado mundial”.

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ECOSPORT

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O Presidente da Jaguar Land Rover no Brasil e América Latina, Flávio Padovan, antes de apresentar os principais modelos das marcas, anunciou que as importações já não estão mais nas mãos do empresário Sérgio Habbib. “A própria marca irá fazer a importação dos modelos ao Brasil”, declarou Padovan. A Jaguar levou ao Salão o F-Type, que chegará ao mercado, em 2013, em três versões. O modelo já havia sido apresentado, em setembro, no Salão de Paris. “Queremos aproveitar este lançamento para aumentar

Jaguar e Land rovernossa participação no Brasil, assim como o sucesso do modelo Ranger Rover, que já comercializamos quatro mil unidades em menos de um ano”, explicou o executivo.

Já a Land Rover apresentou a nova geração do Range Rover Vogue, com um visual moderno e descontraído. “Ao apresentarmos este modelo, estamos quebrando todos os paradigmas, nos mantendo bastante otimistas com mercado brasileiro e como nossos modelos são bem aceitos”, comemorou o presidente da marca.

RANGE ROVER VOGUE

JAGUAR F-TYPE

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Com a continuidade dos investimentos em sua fábrica em Camaçari/BA, a JAC Motors apresentou em seu estande o J2: um automóvel compacto, bem equipado, de design moderno e extremamente ágil e veloz. Segundo a montadora, o modelo chegará à rede autorizada no início de dezembro.

Já tradicional nos demais modelos da marca, o J2 também contará com itens de conforto e segurança de série. No pacote, estão incluídos ar-condicionado, direção assistida eletricamente, vidros, trava central e retrovisores com acionamento elétrico, freios com ABS, air bag duplo e CD player com MP3. As rodas de liga leve aro 14, faróis de neblina e sensor de estacionamento traseiro também compõem o pacote de itens de série do J2.

Por conta da prorrogação da redução de IPI, a JAC Motors anunciou queda no preço do modelo. Quando chegar à Rede de Concessionários, na primeira semana de dezembro, o novo J2 será comercializado por R$ 30.990,00. “Quando formulamos o preço do novo J2, havíamos considerado que o IPI retornaria ao patamar de 13% em 31 de outubro. Ou seja, no instante em que o carro

jac motors

lanç amentos

chegasse às lojas, não estaríamos mais tendo o benefício dessa redução. Mas a notícia dada pela presidente Dilma possibilitou essa redução em seu preço de lançamento, pois o novo J2 chegará nas lojas no inicio de dezembro, quando a redução de IPI ainda estará valendo, explica Sergio Habib, presidente da JAC Motors.

kia motorsComemorando 20 anos de operações no Brasil, a Kia

Motors apresentou três novos modelos para o mercado brasileiro, em seu estande no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo: Novo Cerato, novo Quoris e Optima Hybrid.

O principal lançamento da coreana foi o Kia Cerato, que só deve chegar ao mercado brasileiro o final do primeiro trimestre de 2013. O novo Quoris, sedã de luxo que terá como concorrente o BMW série 7, não teve seu preço revelado e também deve ser lançado no primeiro trimestre de 2013. “Esses modelos que estamos apresentando, entre eles o Quoris, são divisores de águas para Kia”, comemorou

José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors no Brasil.Já o hibrido Optima, que já é comercializado no Brasil

na versão gasolina, esteve no Salão, mas ainda está em processo de homologação, e seu lançamento está previsto para 2013, sem data definida.

J2

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A Japonesa Nissan anunciou, para 2013, o sedã de luxo Altima. A marca, que investirá R$ 2,6 bilhões na ampliação da capacidade de produção, com uma nova fábrica em Resende/RJ, não divulgou o valor do modelo, que terá, como concorrente direto, o Ford Fusion. “Este modelo é muito bem aceito nos Estados Unidos e esperamos o mesmo aqui”, declarou o presidente da Nissan do Brasil, Christian Meunier.

NissaNAlém do sedã de luxo, a Nissan também apresentou o

conceito Extrem, sem data definida para ser lançado, porém, conforme anunciado pela marca, será desenvolvido no Brasil e terá como rival o Ford EcoSport. Em comemoração às Olimpíadas de 2016, que acontecem no Rio de Janeiro, Brasil, a japonesa também anunciou uma série especial do Nissan March, nomeada Rio 16, com um visual diferenciado.

peugeotTendo como principal concorrente o Chevrolet Onix,

o Peugeot 208 foi apresentado pela montadora francesa, mas o modelo não deve ainda substituir a série 207 que, de acordo com a marca, seguirá disponível nas concessionárias como modelo de entrada da fabricante. A Peugeot também não revelou o preço do novo veículo.

“Temos a gama mais moderna de veículos vendidos no Brasil. Priorizamos para que os modelos que são

comercializados na Europa cheguem idênticos, com o mesmo conteúdo para o mercado brasileiro e, assim, obtermos sucesso em todos os Países”, argumentou Frédéric Drouin, diretor-geral da marca para o Brasil e América Latina. Além do modelo 208, que foi o principal lançamento da Peugeot para o mercado brasileiro, a marca também levou ao Salão os modelos 208 Gti Concept, o 308 CC, o 408, 508, 3008 e o RCZ.

208

ALTIMA

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Com o objetivo de voltar a crescer em 2013, a Mercedes Benz levou ao Salão do Automóvel o novo Classe B. “Nosso objetivo, com esse modelo, é assumir o primeiro lugar entre as marcas de luxo”, afirmou o vice-presidente comercial da Mercedes-Benz para a América Latina, Joachim Mayer. O carro está disponível em duas versões, B 200 Turbo, que custará R$ 115.900,00, e o B 200 Turbo Sport, com valor estimado em R$ 129.900,00. O modelo, que é bem aceito na Europa, deve chegar no Brasil até o fim do ano.

Segundo Mayer, a montadora alemã foi beneficiada pelo programa Inovar-Auto por conta dos investimentos que já faz no Brasil, e assim poderá importar automóveis sem

pagar os 30 pontos extras de IPI. Com isso, a marca espera, em 2013, bater o recorde de vendas alcançado em 2011, de pouco mais de 10 mil unidades vendidas.

Outra novidade apresentada pela marca foi o Mercedes-Benz SLS GT3 45th, que só tem cinco unidades no mundo inteiro. O modelo faz parte das comemorações dos 45 anos da marca AMG, que nasceu em 1967 como uma preparadora de carros. “Esta série limitada possui apenas cinco unidades em todo o mundo. E para a nossa alegria, o primeiro foi vendido no Brasil”, comunicou o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para América Latina, Juergen Ziegler.

Mercedes-Benz

SLS GT3

CLASSE B

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toyotaA Toyota apresentou ao mercado brasileiro seu

sucesso de vendas em outros países: o Prius. O modelo híbrido, movido à eletricidade e gasolina, será o principal concorrente do Ford Fusion, que também possui uma versão elétrica. “Não sabemos se a concorrência quer só marcar presença, com um carro de imagem, ou se a intenção é vender. A intenção da Toyota é vender”, esclareceu Luiz Carlos Andrade Jr, vice-presidente sênior da montadora para o Mercosul. Com um estande recheado de novidades, a

marca também apresentou o recente lançamento da Toyota para o mercado brasileiro: o compacto Etios. Segundo Andrade Jr, devem ser produzidas oito mil unidades do Etios de setembro (mês de estreia do modelo), até o fim de 2012. “Esse volume já está praticamente vendido. Aliás, para atender a demanda do Etios, iniciaremos o segundo turno da fábrica de Sorocaba (SP) em janeiro do próximo ano. De 70 mil unidades por ano, nossa capacidade deverá ser ampliada para 100 mil em breve”, comentou o executivo.

PRIUS

ETIOS

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A Volvo apostou este ano em um modelo altamente tecnológico. É o único automóvel do mundo equipado com airbag para pedestre. O modelo exposto pela montadora foi o principal lançamento da Volvo no Salão, que deve chegar ao País no ano que vem para competir em grande estilo com segmento de hatchbacks Premium.

Outra novidade da marca foi a apresentação do novo Volvo On Call. Trata-se de um aplicativo para smartphones

volvoe tablets que possibilita o condutor, por meio destes aparelhos, monitorar a todo tempo seu veículo. Por meio do aplicativo, é possível saber onde se encontra o veículo, caso seja roubado, fazer o monitoramento de portas, do nível de combustível, o acionamento do ar condicionado e aquecimento, entre outros detalhes. “A Volvo é a única montadora que permite ao usuário ter este aplicativo”, declarou Paulo Solti, presidente da Volvo no Brasil.

lanç amentos

Com um design diferente e bem mais moderno, o novo Renault Clio foi apresentado no Salão como uma das principais atrações da marca.

Além do Clio, a francesa expôs o Renault Fluence Turbo e o sistema Media Nav, ao lado do Duster DCross, do SUV Captur e dos elétricos Fluence e Twizzy.

Segundo a Renault, o modelo, mesmo reestilizado, se mantém concorrente do Chevrolet Celta, Fiat Palio e Ford Ka. “Estamos no melhor momento da história e nosso objetivo é trazer sempre novidades ao Brasil”, comentou Olivier Murguet, presidente da marca no Brasil.

O executivo, em análise da trajetória atual da empresa no País, considerou muito bom o desenvolvimento da Renault, com um crescimento expressivo nos emplacamentos,

que alcançaram 189.373 mil unidades até a metade de outubro. Com esse resultado, a marca francesa ficou com o quinto lugar no ranking de vendas de automóveis e comerciais leves.

renault

NOVO CLIO

VOLVO V40

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A revista Autoesporte realizou, no dia 07 de novembro, no Museu Brasileiro da Escultura, o MuBe, em São Paulo, a cerimônia de divulgação do Carro do Ano 2013, considerado o mais importante e tradicional prêmio da indústria automobilística brasileira. O grande vencedor da premiação foi o HB20, modelo da Hyundai que concorreu com o Chevrolet Sonic, Citroën C3, Peugeot 308 e Toyota Etios. O modelo vencedor foi eleito pelo juri composto de jornalistas de todo o Brasil e pela equipe de Autoesporte.

Além do “Carro do Ano”, os principais modelos comercializados no Brasil concorreram em 9 categorias (confira os vencedores na tabela abaixo), além de homenagear personalidades do setor automotivo no Hall da Fama.

“Trinta e oito lançamentos foram avaliados pelos jurados nas principais categorias, consequência do aquecimento do mercado. A forte concorrência no segmento esquentou também a disputa pelo prêmio”, diz o redator-chefe da Autoesporte, Glauco Lucena.

HB20 é eleito Carro do ano 2013

HB20

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Carro do Ano Hyundai HB20

Carro Premium do Ano Ford Fusion (1)

Picape do Ano Ford Ranger (2)

Utilitário Premium do Ano Audi Q3 (3)

Utilitário do Ano Ford EcoSport (4)

Motor abaixo de 2.0 Audi A1 1.4 TSFI

Motor acima de 2.0 Ford Ranger 3.2 20V Turbodiesel

Carro Verde do Ano Ford Fusion Hybrid

Executivo do Ano Jaime Ardila

Site do Ano Fiat

Publicidade do Ano Honda City

Os Vencedores 1 2

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Com o maior estande da exposição (mais de 5 mil m2), a Volkswagen expôs toda a sua linha de produtos disponível no Brasil. A novidade ficou por conta do Novo Fusca que, segundo a imprensa especializada, já pode se candidatar à vaga de “Porsche do povo” porque, além de possuir um motor TSI 2.0, com 200 cv, a nova geração do modelo terá preço inicial de R$ 76.600,00, com câmbio manual, e R$ 80.990,00 na versão automática. A Volkswagen aproveitou o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo deste ano para fazer a apresentação mundial do Taigun, um SUV conceitual que pode dar origem ao primeiro crossover

compacto da montadora no futuro. O modelo segue à risca a atual identidade estética da marca, com linhas retas e volumosas, inspirado no irmão maior Tiguan. A plataforma usada pelo utilitário é a mesma do subcompacto Up!. Segundo a marca, o pequeno aventureiro possui 3,85 m de comprimento, 1,72 m de largura, 1,57 de altura e 2,47 de distância entre os eixos. Quanto ao modelo ser produzido, em nota, a própria marca dá a dica: “É bem provável que o Taigun venha um dia a aparecer nas concessionárias Volkswagen”.

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FUSCA

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Alcides Braga

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Alcides Braga é presidente da ANFIR - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

A partir de 1º janeiro de 2013, torna-se obrigatório o uso de freios ABS em todos os Conjuntos de Veículos de Carga (CVC) com peso bruto total igual ou superior a 57 toneladas.

A partir de janeiro de 2013, o transporte rodoviário de carga ganhará mais segurança. Dessa data em diante, todos os Conjuntos de Veículos de Carga (CVC), com peso bruto total (PBT) igual ou supe-

rior a 57 toneladas, serão fabricados no Brasil com freios ABS. A norma foi baixada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Con-tran) e trata-se de uma conquista importante para a sociedade brasileira que a Associação Nacional dos Fabricantes de Imple-mentos Rodoviários (ANFIR) se orgulha de ter tomado parte.

Os demais modelos produzidos pela indústria irão, gradati-vamente, sendo obrigados a implementar a norma. O objetivo é de que, em1º de janeiro de 2014, todos os implementos rodoviários rebocados estarão saindo das linhas de produção com freios ABS.

A contribuição da norma para o bem estar social é inegá-vel. Ter freios ABS nos reboques e semirreboques, junto com os equipamentos que são também obrigatórios nos cavalos--mecânicos, amplia a estabilidade dinâmica de todo o conjunto. Isso representa para o condutor ter à sua disposição sistemas inteligentes que aumentam a capacidade de frenagem, evitando acidentes que levam vidas preciosas, além de interromperem os negócios.

É importante entender que as normas não são uma forma de restringir a atividade de produtores e transportadores. Ao contrário, a legislação desenvolvida para o setor de transporte de carga regula e orienta a ação de todos os envolvidos. A ne-cessidade de se aprimorar cada vez mais o transporte de carga, ampliando a segurança nas operações, é o que motiva o trabalho das entidades envolvidas. Portanto, na prática, trata-se de uma importante ação que terá impacto direto na produção das 1.300 companhias fabricantes de implementos rodoviários distribuídas por todo o Brasil.

A presença da ANFIR no ambiente de desenvolvimento de normas técnicas vem, desde 1998, com os primeiros contatos junto à ABNT, que resultaram na criação do próprio CB39.

Mais uma conquista para a segurança

O objetivo que norteia as ações da entidade é manter o setor organizado e atualizado, contribuindo, como entidade civil, à melhoria do transporte de carga brasileiro.

Como representante da indústria que produz implementos rodoviários, portanto responsável pelo transporte de 60% de todas as mercadorias que circulam pelo Brasil, é natural que a ANFIR assuma o papel de proponente e desenvolvedora de ideias inovadoras. Dessa forma, a sociedade tem a sua disposição todo o vasto conhecimento acumulado pela entidade ao longo dos anos, que reúne as melhores práticas e técnicas com a real necessidade das operações de mercado.

Por isso, é natural que nos últimos anos, das medidas apli-cadas pelo poder público no setor de implementos rodoviários, com o objetivo de incrementar a segurança do transporte de carga, a maioria contou com o trabalho da ANFIR. Para estar à altura dos desafios crescentes que a sociedade impõe, a entida-de dispõe da Comissão Técnica ANFIR (CTA), integrada por representantes das empresas associadas.

A obrigatoriedade do ABS nos CVCs vem se reunir a outras normas aprovadas anteriormente, como Circulação de Veículos de Carga de 57 toneladas, com unidade de tração 6X4; avalia-ção da conformidade de Quinta Roda; Transporte de Blocos e Chapas Serradas de Rochas Ornamentais; índice de Tolerância para Tanques; Transporte de Produtos Perigosos, a instalação do protetor lateral em implementos rodoviários entre tantas outras medidas.

Assim, a ANFIR contribui para a evolução do transporte de carga, ciente que a cada passo dado há sempre a necessidade de se dar o seguinte. Porque em um País como o nosso, em constante crescimento, os desafios são muitos e a cada dia surge um novo. Ora ditado pela necessidade imediata, ora fruto da visão dos que pensam o transporte do futuro com segurança.

Porque diariamente, e tendo ao lado as demais entidades e empresas do mercado, construímos um Brasil melhor e mais seguro.

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