Transcript
  • Seja Bem Vindo!

    Curso

    Pintor

    Parte 2 Carga horria: 30hs

  • Dicas importantes

    Nunca se esquea de que o objetivo central aprender o contedo, e no apenas terminar o curso. Qualquer um termina, s os determinados

    aprendem!

    Leia cada trecho do contedo com ateno redobrada, no se deixando dominar pela pressa.

    Explore profundamente as ilustraes explicativas disponveis, pois saiba que elas tm uma funo bem mais importante que embelezar o texto,

    so fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o

    contedo.

    Saiba que quanto mais aprofundaste seus conhecimentos mais se diferenciar dos demais alunos dos cursos.

    Todos tm acesso aos mesmos cursos, mas o aproveitamento que

    cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os alunos

    certificados dos alunos capacitados.

    Busque complementar sua formao fora do ambiente virtual onde faz o curso, buscando novas informaes e leituras extras, e quando necessrio procurando executar atividades prticas que no so possveis

    de serem feitas durante o curso.

    Entenda que a aprendizagem no se faz apenas no momento em que est realizando o curso, mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento s coisas que esto sua volta permite encontrar elementos para reforar

    aquilo que foi aprendido.

    Critique o que est aprendendo, verificando sempre a aplicao do contedo no dia-a-dia. O aprendizado s tem sentido quando pode

    efetivamente ser colocado em prtica.

    .

  • Unidade 11

    61

    Unidade 10

    53

    Unidade 9

    49

    Unidade 8

    37

    Unidade 7

    27

    Unidade 6

    9

    Contedo

    P r eP ar e o l o ca l e m o s o b ra

    o t r a b a l h o c o m t e x t u r a s

    P i n t u r a d e j a ne la s , P o r t a s , a r m r i o s

    a t i t u d e s e r e l a e s n o s l o c a i s d e t r a b a l h o

    Po s s i b i l i d a d e s d e t r a b a l ho e v nc u lo s

    se u s no vo s c o n he c im e nt o s e se u c ur r c u lo

  • Pi n t or 2

    u n i d a d e 6

    Prepare o local e mos obra

    A primeira etapa do trabalho de um pintor de obras detectar

    possveis problemas na superfcie, como calcinao, empola-

    mento ou bolhas, umidade, mofo, descascamento, trincas, en-

    tre outros. Havendo problemas, o profissional dever decidir

    como eles sero resolvidos. Depois disso se inicia o preparo do

    cmodo para a pintura.

    Dividimos essa etapa em quatro grandes blocos de atividade.

    1. Corrigir imperfeies e lixar as superfcies que sero pintadas

    O primeiro passo antes de lixar uma parede ou outra superfcie

    de alvenaria verificar se ela j foi pintada.

    Primeira pintura

    Se o local acabou de ser construdo e o pedreiro j aplicou o

    chapisco e a argamassa de revestimento (reboco), preciso

    esperar cerca de 30 dias, tempo de secagem completa do re-

    boco, antes de iniciar qualquer trabalho de pintura.

    Comear a pintura antes da secagem do reboco poder

    causar descascamento da tinta.

    Voc sabia? Calcinao se caracteri- za pela formao de p na superfcie j pintada.

    Ela resultado da ao do tempo.

    Depois disso, seu trabalho ser simples: verificar se h

    alguma imperfeio e corrigi-la com um tipo de lixa

    recomendado para paredes que vo receber a primeira

    pintura. A superfcie dever ser lixada com uma lixa

    adequada para alvenaria nmero 80 ou 100 de modo

    que sejam retiradas as partculas soltas de areia e ci-

    mento e eventuais marcas de desempenadeiras.

    9

  • Feito isso, a parede dever receber uma limpeza. A su-

    perfcie pode ser lavada apenas com gua e, aps duas

    horas, estar seca e pronta para a aplicao do selador

    acrlico para alvenaria base de gua e das tintas.

    Proceda da seguinte forma:

    1. Aplique uma demo de selador acrlico.

    2. Depois da secagem, aplique massa PVA (se a rea for

    interna) ou acrlica (para reas externas). Se preferir,

    aplique tinta ltex ou acrlica e considere o reboco

    como um acabamento texturizado.

    Pintura sobre pintura

    Se no for possvel remover os mveis, arrume-os no centro do ambiente e cubra-os com lona ou plsticos especficos para esse fim. Isto os proteger de poeira e manchas de tinta, que podem danific-los.

    Seu primeiro passo ser procurar por imperfeies: pin-

    turas descascadas, lascas em cantos, partes que precisam

    ser alisadas, bolhas, umidade, mofo e bolor, trincas etc.

    Em ambientes internos (salas ou quartos, por exemplo),

    o ideal que todos os mveis, assim como lustres, espe-

    lhos de interruptores, trilhos de cortina etc., sejam reti-

    rados do local. Dessa forma, voc ter uma viso geral

    do ambiente, conseguindo observar melhor quaisquer

    imperfeies.

    O tipo de servio a fazer, nesse caso, depende do estado

    das paredes e dos tipos de imperfeio encontrados. Las-

    cas nos cantos ou pedaos de parede com furos ou que-

    brados, por exemplo, devem ser consertados com a apli-

    cao de massa corrida, em reas internas, ou de massa

    acrlica, em reas externas. Para isso, voc dever usar

    uma esptula e uma desempenadeira lisa.

    Veja a seguir o passo a passo do procedimento.

    1. Coloque uma pequena quantidade de massa corrida

    na esptula e aplique-a no local que precisa ser corri-

    gido, at cobrir o defeito.

    Pintor 2 10

  • Pi n t or 2

    2. Com a desempenadeira fazendo um ngulo de 45

    com a superfcie, procure espalhar bem a massa como

    se estivesse passando margarina no po.

    Entendendo o que ngulo

    ngulo a figura formada pelo encontro de duas retas (ou segmen- tos/pedaos de reta). Os ngulos so medidos em graus (X). Por exemplo: um ngulo de 45 (graus) entre duas retas significa que elas se encontram da seguinte forma:

    Em uma construo, as paredes e o piso tm de se encontrar em ngulo exato de 90 (graus), tambm chamado ngulo reto.

    Para medir ngulos em desenhos, utiliza-se um instrumento chama- do transferidor. Nas construes, para conferir se os ngulos so de 90 (graus), so usados esquadros.

    3. Repasse a desempenadeira sobre a massa aplicada,

    sempre procurando manter a desempenadeira em um

    ngulo de 45 com a superfcie. Retire o excesso de

    massa e, ao mesmo tempo, a estique/espalhe, de modo

    a ampliar a rea em que a massa aplicada.

    4. Repita esse processo at que toda a superfcie esteja

    coberta.

    5. Espere o tempo de secagem da massa corrida cerca

    de 1 a 2 horas entre cada demo.

    Procure no trabalhar com excesso de massa na superfcie, pois isso vai dificultar o lixamento mais tarde. O acabamento deve ficar o mais nivelado e uniforme possvel.

    No tente apressar o trabalho nessa hora. Esse o

    tempo mdio que uma massa de qualidade demora a

    secar entre cada demo.

    11

    45

    90

  • Qualquer que seja a situao, as superfcies, depois de lixadas, devem ser limpas de forma que no reste nenhuma impureza. A superfcie a ser

    6. Passe lixa (nmero 180 a 220) sobre a massa aplicada,

    de forma que a superfcie retocada se iguale com as

    demais partes.

    7. Retire a poeira deixada pela lixa com uma escova ou

    um pano mido, aplicado levemente.

    Se a superfcie tiver algum acabamento brilhante, dificilmente aceitar outra tinta. Nesse caso, lixe-a integralmente e/ou use produtos especficos para retirar o brilho antes de iniciar a pintura.

    Se as imperfeies forem grandes e houver reas em que

    a pintura esteja descascada ou rachada o que mais

    comum em casas e pinturas mais antigas , pode ser

    necessrio raspar a superfcie antes de lix-la. Para isso,

    use a esptula e, em seguida, lixe o local para igualar a

    parede.

    Pequenas fissuras na parede tambm podem ser conser-

    tadas raspando com esptula e aplicando massa corrida

    (em reas internas) ou massa acrlica (em reas externas).

    importante observar toda a superfcie e fazer uso de

    uma lixa fina para evitar defeitos depois de iniciada a

    pintura.

    Vamos ver a seguir alguns problemas comumente encon-

    trados e como solucion-los.

    pintada deve estar seca, sem poeira, gorduras, graxas, sabo, mofo etc. Essa limpeza pode ser feita com uma escova limpa. Mas se houver excesso de poeira, o ideal utilizar uma esponja umedecida com gua, se possvel quente, e sabo. Use um balde com gua para lavar a esponja e pass-la novamente na parede at a limpeza completa. Tenha cuidado para no deixar resduos de sabo. Para retirar manchas de gordura, utilize gua morna e detergente. J manchas de mofo podem ser retiradas com uma soluo de gua e gua sanitria.

    Pintor 2 12

    Problema Reparo

    Manchas de umidade, mofo e bolor

    Eliminao da umidade.

    Lavagem com soluo de hipoclorito/gua sanitria.

    Reparo do revestimento.

    Empolamento da pintura

    Raspagem da superfcie.

    Renovao do reboco.

    Eliminao da infiltrao se a causa do empolamento estiver relacionada a esse problema.

    Fissuras

    Raspagem da superfcie.

    Renovao do reboco.

    Renovao da pintura.

  • Pi n t or 2

    Atividade 1 ExE rc i tE a ap l i c a o d E m a ssa co r r i da

    Aplicar massa corrida parece uma atividade simples. De

    fato, ela no complexa, mas finalizar sua aplicao de

    modo que a superfcie fique totalmente lisa pode reque-

    rer algum tempo e treino.

    No laboratrio, voc encontrar as ferramentas, os ma-

    teriais e as condies necessrias para exercitar esse co-

    nhecimento e ganhar familiaridade e confiana para

    fazer o trabalho na casa de um cliente.

    Faa o mesmo trabalho algumas vezes, orientado pelo

    monitor e trocando dicas com os colegas.

    Perceba as principais dificuldades e cuidados e registre--

    -os no caderno para poder aproveitar essa informao no

    futuro.

    O uso de massa de melhor qualidade possibilita um melhor trabalho de

    preenchimento e correo de imperfeies. As massas de qualidade inferior costumam ser muito aguadas, dificultando o trabalho, alm de desperdiar material.

    Quando considerar seu trabalho adequado, mostre-o

    para os colegas e converse com eles sobre como foi esse

    aprendizado.

    2. Aplicar selador ou fundo preparador

    A aplicao de selador ou fundo preparador precede a pin-

    tura em situaes especficas. Ambos os produtos tm a

    funo de tornar as superfcies mais adequadas pintura.

    O fundo preparador deve ser utilizado quando se faz

    uma repintura sobre paredes com cal e para selar reboco

    antigo, fraco e pulverulento. Sua funo selar a poro-

    sidade de massas como PVA, massa acrlica e gesso. Por

    esse motivo, tem uma consistncia aguada.

    O selador acrlico, quando aplicado sobre o reboco, sela

    a acidez do cimento, evitando sua calcinao e tornando

    a superfcie menos absorvente. Ele tambm pode ser uti-

    lizado em outras superfcies de cimento, como cimento

    amianto, concreto e aparente. Sua consistncia parece

    13

  • com a de uma tinta. A cor branca tende a cobrir a cor cinza do cimento, facilitando,

    assim, a cobertura posterior com a tinta escolhida.

    Em ambos os casos, quando as superfcies so excessivamente porosas, o fechamen-

    to desses poros com selador ou fundo preparador vai diminuir o consumo de tinta.

    Sua aplicao efetuada com rolo, em movimentos verticais, at a cobertura com-

    pleta das superfcies: paredes e teto. No caso de superfcies com massa e repintura,

    deve ser utilizado um rolo de l baixa. Para superfcies com reboco ou outras super-

    fcies porosas, deve-se utilizar rolos de l alta.

    3. Proteger mveis, janelas e portas

    Outro momento importante no preparo dos cmodos para a pintura a proteo

    de mveis, objetos, portas, janelas e piso. Mesmo os pintores mais experientes difi -

    cilmente conseguem evitar respingos de tinta durante a pintura.

    Com relao ao mobilirio e a outros objetos (incluindo tomadas e interruptores),

    o ideal, como j foi dito, retir-los do local que ser pintado, deslocando-os para

    outros lugares da casa. Mas nem sempre possvel. Alm disso, sempre haver o

    piso, as portas, as janelas, os lustres... enfim, vrias coisas a proteger.

    O primeiro passo forrar o piso. O ideal usar um pedao de lona, que mais

    resistente e voc pode reaproveitar. Mas pedaos de plstico e papelo tambm

    podem ser utilizados. Nesse caso, use fita adesiva para fix-los, assim, voc no

    correr o risco de que saiam do lugar, deixando reas desprotegidas.

    Depois do piso, forre as portas de armrios e de entrada, as janelas e tudo que

    ainda estiver no cmodo. Em relao aos lustres, solte-os do teto com cuidado ou

    cubra-os inteiramente com plstico.

    4. Uso das fitas adesivas

    Finalmente, faz ainda parte dessa etapa de preparo a colocao de fitas adesivas

    em todos os locais onde houver um encontro/juno da superfcie a ser pintada

    com outra que no receber pintura. Isso inclui, por exemplo, as junes das

    paredes com o piso ou rodap, ou das paredes com portas de armrios e esquadrias

    de janelas.

    Pintor 2 14

  • Pi n t or 2

    No encontro entre duas paredes ou das paredes com o

    teto, esse procedimento tambm importante, sobretu-

    do quando for utilizar cores diferentes.

    Independentemente de voc usar rolo ou pincel, no

    simples manter uma linha reta em cantos e no esbarrar

    nas paredes vizinhas. Por isso, no deixe de fazer uso das

    fitas adesivas.

    Para aplicar, coloque uma das pontas da fita adesiva em

    uma das extremidades do local desejado e desenrole-a

    aos poucos, mantendo-a em linha reta com a ajuda de

    um esquadro ou rgua de alumnio. Antes de coloc-la,

    certifique-se de que a superfcie no esteja com poeira,

    para que a fita tenha boa adeso.

    Existem no mercado fitas adesivas especiais para o uso

    em pintura (fitas para mascaramento). Sua espessura

    varia de 18 mm a 50 mm, dimenses suficientes para as

    necessidades de um pintor de obras.

    Pintores mais experientes podem usar rgua em vez de fita adesiva para evitar que a pintura ultrapasse os cantos. Depois de um tempo de prtica, voc poder ver se esse procedimento o deixa mais confortvel, sem que seu trabalho perca qualidade.

    15

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    23

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  • Use o mesmo sistema de colocao de fitas adesivas para fazer acabamentos com efeitos decorativos; por exemplo: paredes listradas ou com desenhos com linhas retas, como os mostrados a seguir.

    As fitas comuns (de cor amarelada) devem ser retiradas no perodo mximo de

    24 horas, para que a cola no tenha adeso superfcie e danifique a pintura no mo-

    mento de sua retirada. As fitas azuis especiais podem permanecer no local por at

    sete dias, sem o risco de deixar resduos.

    Uma vez preparado o local, chegou a hora de comear a pintura.

    Vamos iniciar essa aprendizagem mostrando, primeiro, como fazer uso de rolos e

    pincis.

    Os pincis como j vimos anteriormente so peas obrigatrias no trabalho do

    pintor de obras. Em geral, com eles que se pintam os cantos, os encontros entre

    teto e paredes e as pequenas superfcies, alm de serem necessrios para dar acaba-

    mento pintura.

    Pintor 2 16

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  • Pi n t or 2

    Os rolos, por sua vez, so sempre usados para fazer a

    pintura de grandes extenses.

    Em geral, o pintor inicia o trabalho com a pintura dos

    cantos e dos encontros entre paredes e teto/piso, que

    feita com trinchas de 3 ou 4 polegadas. Feita essa par-

    te, utilize rolos para as superfcies mais amplas. Depois,

    volte aos pincis, se necessrio, para dar acabamento ao

    trabalho.

    Como usar rolos

    Sua utilizao tende a ser mais simples e mais fcil do que

    a dos pincis, garantindo uma pintura mais rpida e pou-

    co sujeita a imperfeies. Por isso, as maiores superfcies

    so sempre preenchidas com rolos.

    Veja o passo a passo de como us-los.

    1. Coloque a tinta a ser usada na bandeja.

    2. De posse de um rolo grande, mergulhe-o na parte

    mais funda da bandeja, movimentando-o para frente

    e para trs at que fique com bastante tinta.

    3. Defina uma rea a ser pintada, com dimenses no

    muito extensas.

    4. Quando o rolo estiver encharcado, posicione-o no

    local que ser pintado e faa-o deslizar sem colocar

    presso. Se a presso ou a quantidade de tinta forem

    excessivas, a tinta escorrer pela parede. Se estiver com

    tinta suficiente, o rolo vai deslizar com facilidade,

    alastrando e nivelando a tinta sem que haja necessi-

    dade de esforo.

    5. Passe o rolo fazendo movimentos para cima e para

    baixo, como se estivesse desenhando uma grande letra

    M ou W, sem retirar o rolo do espao que estiver

    pintando.

    Se o lugar for apertado, passe o rolo apenas no sentido horizontal, sem fazer o movimento das letras M ou W. Nesse caso, use um rolo pequeno (de 10 cm) ou um pincel (do qual falaremos mais adiante). O rolo grande pode dificultar o trabalho.

    17

  • 6. Em seguida, preencha os espaos que ficaram sem

    tinta, passando o rolo no mesmo sentido vertical-

    mente. Passar o rolo em sentidos diferentes (ora ver-

    tical, ora horizontalmente) pode provocar manchas.

    Procure fazer tudo isso ainda sem retirar o rolo.

    7. Ao final, retire o rolo devagar e por inteiro, evitando

    deixar respingos no local.

    Na pintura, tanto de paredes como de tetos, pinte-os por inteiro e de uma nica vez. Caso sobre algum espao no pintado, faa o retoque imediatamente. Interromper a pintura

    para intervalos, ainda que no muito longos, pode provocar defeitos na aplicao, principalmente se estiver usando tintas de secagem rpida.

    8. Para dar continuidade pintura, passe o rolo nova-

    mente na bandeja, retirando o excesso de tinta, e

    inicie os mesmos movimentos em outra rea, prxima

    primeira. Escolha a rea de modo que as pinturas se

    tangenciem, ou seja, sem que fiquem espaos vazios

    entre elas.

    Por qual lado iniciar a pin-

    tura depende apenas de

    voc. indiferente comear

    a pintura pelo lado esquerdo

    ou direito.

    Alm de ajudar na pintura de reas altas, o cabo extensor de rolos muito til para a pintura de tetos. Voc tambm pode usar uma escada, mas o cabo extensor evita o sobe e desce para mudar a escada de lugar e pintar outras partes do teto.

    Porm, sempre inicie pela

    parte inferior da superfcie

    que ser pintada, levando o

    rolo de baixo para cima.

    Assim, caso a tinta do rolo

    se alastre e espalhe, ela no

    cair no cho.

    Pintor 2 18

    Fo

    tos:

    I

    ara

    Mo

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    lli/A

    bra

    fati

  • Pi n t or 2

    Atividade 2 Usan d o d i fE rE ntEs t i pos d E ro lo

    Vamos, mais uma vez, ao laboratrio da escola. Agora, para experimentar o uso dos

    diferentes tamanhos de rolo, com ou sem extensores.

    1. Escolha os materiais que vai usar e, com indicao do monitor, uma rea apro-

    priada para poder exercitar o que aprendeu.

    2. Inicie pela aplicao do solvente apropriado no rolo. Depois, mergulhe-o na

    tinta e v em frente. Faa isso mais de uma vez e, se possvel, pratique tambm

    em casa.

    3. Troque informaes e dicas com os colegas. Aproveite para aprender com eles e

    procure tambm mostrar-lhes algo que aprendeu e que possa ajud-los.

    4. Por fim, registre o que considerar til para seu trabalho futuro. Leia para os

    colegas e oua tambm o que escreveram. Se for o caso, complete suas anotaes.

    Como usar pincis

    Se pintar com rolos algo que se consegue aprender de forma relativamente rpida,

    o uso de pincis costuma exigir um pouco mais de experincia e prtica, de modo

    que as pinceladas no fiquem marcadas e que o trabalho fique bem-feito. No incio,

    deixe para utiliz-los em situaes mais especficas, que exijam cuidados especiais,

    ou quando o uso dos rolos no for indicado: cantos, batentes de porta, rodaps etc.

    Um dos primeiros aprendizados para fazer bom uso dos pincis saber escolher a

    trincha certa para cada tipo de tinta e saber como segur-los. Conforme o jeito de

    peg-los, voc conseguir maior firmeza e controle sobre eles, o que facilitar a

    aplicao. Esse jeito, entretanto, depende do tipo de pincel.

    19

  • Os pincis com cabos mais finos (usados principal-

    mente para acabamentos) podem ser segurados com

    a ponta dos dedos, como se voc estivesse pegando

    um lpis ou uma caneta para desenhar/escrever. A

    grande diferena a ser observada que, no uso de

    lpis ou caneta, a ponta fica virada para baixo. J no

    caso do pincel, as cerdas devem ser posicionadas de

    frente para a superfcie que ser pintada.

    Quando voc for utilizar um pincel de cabo mais grosso,

    o ideal segur-lo com a mo inteira, abraando-o,

    como se faz ao segurar uma vassoura ou um martelo.

    Dessa forma, sua mo ficar firme.

    Talvez voc demore um pouco para acertar a quantidade ideal de tinta no pincel um volume que seja suficiente para cobrir a superfcie desejada, mas no excessiva a ponto de escorrer e sujar o ambiente. Mas no se preocupe com isso de imediato. Com o tempo e a experincia, essa atividade se tornar automtica.

    Agora que voc j sabe como segur-lo, vamos ao passo

    a passo do uso dos pincis.

    1. Mergulhe o pincel diretamente na lata de tinta no

    h necessidade de utilizar bandeja. Voc deve cobrir

    com tinta at cerca de das cerdas e movimentar o

    pincel na lata para que a tinta penetre nas cerdas.

    Pintor 2 20

    A

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    3R

    F

  • Pi n t or 2

    2. Para que a tinta no escorra no piso ou na parede,

    deixe o pincel pendurado sobre a lata por alguns se-

    gundos. Se o pincel permanecer com muita tinta,

    passe-o levemente na lateral interna da lata.

    Os pincis, como j foi dito, so usados principalmente

    para pintar o encontro entre paredes ou destas com o teto

    ou rodap e tambm para fazer retoques/acabamentos.

    Para pintar cantos, use o chamado pincel de remate que,

    conforme indicamos na Unidade 3, um pincel peque-

    no. Voc tambm usar esse tipo de pincel para pintar

    batentes de janelas e portas e rodaps.

    Quando for pintar paredes prximas com cores diferentes, no coloque muita tinta no pincel. melhor fazer o trabalho de forma mais lenta do que ter de refaz-lo. No se esquea, alm disso, de fazer uso de fita adesiva para proteger superfcies que se tangenciem.

    Para esses tipos de pintura, siga as seguintes etapas.

    1. Aplique tinta no pincel da forma vista anteriormente.

    2. Passe o pincel fazendo pequenas faixas horizontais de

    cerca de 10 cm na superfcie a ser pintada, sempre

    no mesmo sentido: do canto para o centro. D de trs

    a cinco pinceladas por vez.

    3. Em seguida, sem deixar que a tinta seque, passe o

    pincel verticalmente sobre as faixas horizontais. Esse

    procedimento vai deixar as pinceladas menos marcadas.

    Para ter um melhor entendimento de como fazer, obser-

    ve as figuras a seguir:

    PNT_C2_012

    PNT_C2_013

    21

    Fo

    tos:

    I

    ara

    Mo

    rse

    lli/A

    bra

    fati

  • 4. Se a pintura for feita em rodaps, use a mesma tcni-

    ca. Porm, inverta o sentido das pinceladas. Escolha

    uma pequena rea e passe o pincel em sentido vertical,

    de baixo para cima. Em seguida, d uma pincelada

    maior em sentido horizontal. Se ficar uma parte sem

    pintar entre o rodap e a parede, complete a pintura

    usando o pincel em sentido horizontal.

    Sempre que estiver pintando e ocorrerem pequenos acidentes de percurso respingos em paredes, pequenas manchas, pingos de tinta no piso etc. , limpe-os na mesma hora. Depois que a tinta seca, sempre mais difcil remov-la.

    Caso a pintura das superfcies (paredes, tetos, rodaps,

    batentes) seja feita com cores diferentes, essa forma de

    pintar e o uso de fitas adesivas tender a deixar o

    trabalho mais limpo e evitar que ocorram manchas

    entre as reas que ficam lado a lado.

    Mesmo que for utilizar as mesmas tintas e cores em

    todas as reas de um cmodo, siga esse procedimento

    para deixar seu trabalho mais caprichado e bonito.

    Atividade 3 t r abalhan d o co m pi n c is

    Voc j fez alguns testes com rolos. Agora, far uso de

    diferentes tipos de pincel para aprender, na prtica, a

    segur-los, a embeb-los com a quantidade adequada de

    tinta e a aplic-los em cantos.

    1. Separe trs tipos de pincel e tinta e escolha um

    local apropriado para seu trabalho. Caso a superf-

    cie definida j esteja pintada, inicie a atividade pelo

    uso de uma lixa que a deixe pronta para a nova

    pintura.

    2. Agora, colocar tinta nos pincis e mos obra!

    3. Mais uma vez, observe o modo de agir dos colegas e

    troquem ideias sobre como fazer o trabalho.

    Pintor 2 22

  • Pi n t or 2

    4. Registre o que aprendeu de mais importante.

    5. Leia suas anotaes e escute as dos demais alunos.

    Pode ser que algo importante tenha passado desper-

    cebido. No deixe de aproveitar essa oportunidade

    para aprender mais.

    Pintura de pisos

    A pintura de pisos no difere da que se faz em outras su-

    perfcies. O que dar a especificidade, nesse caso, o tipo

    de piso a ser pintado e o tipo de tinta a ser aplicada.

    importante saber que nem toda tinta pode ser usada em

    pisos. Ltex e esmalte, por exemplo, no so indicados para

    pisos. Existem, para esse fim, tinta acrlica, para piso tipo

    cimento, e tinta epxi base de gua ou solvente.

    Como no caso das paredes, a etapa inicial ser preparar

    o piso para receber a tinta. Isso significa deix-lo total-

    mente limpo: sem restos de poeira e outros materiais de

    obra, sem terra, verniz ou cera, se j tiver recebido aca-

    bamento anterior.

    Lembre-se: no caso especfico do verniz, sua remoo

    deve ser feita com lixas apropriadas. Use, primeiramen-

    te, uma lixa grossa, de granulao 80 ou 100. Em segui-

    da, utilize uma mais fina (200 a 600) para a remoo de

    marcas da madeira.

    Feito isso, o passo seguinte fazer a escolha correta do

    material a ser empregado.

    Veja a seguir algumas possibilidades de uso de materiais.

    Outras opes podem ser dadas pelos fabricantes. Este-

    ja sempre disposto a pesquisar e perguntar.

    23

  • Para reas externas revestidas com madeira, deve ser aplicado, primeiramente, o stain. Depois do stain, deve-se aplicar verniz para madeira, base de gua.

    Exceto se houver alguma restrio especfica do fabri-

    cante para a tinta escolhida, o uso de rolos tende a ser

    mais adequado para esse tipo de pintura, por se tratar de

    uma grande superfcie.

    Atividade 4 rE f l i ta so b rE sE Us aprE n d iz ad os at ag o r a

    Vimos na Unidade 2 que h diferentes formas de apren-

    der: compreendendo, memorizando, ref letindo, exerci-

    tando, vivenciando situaes novas etc.

    Em dupla, pensem em alguns dos conhecimentos que

    foram comentados at este momento do curso e indiquem

    as formas de aprendizagem envolvidas.

    Pintor 2 24

    Tipo de piso Pintura

    reas externas, exceto as revestidas com madeira

    Esmalte base de leo + poliuretano (para proteo)

    reas externas com necessidade de proteger da umidade

    Tintas epxi

    Alvenaria Tintas para piso com resina acrlica

    Conhecimento Como aprendemos

    Escolher pincis

    Definir que tipo de tinta utilizar em cada situao

    Orientar o cliente sobre cores

    Calcular reas de superfcies

  • Pi n t or 2

    Carlos Drummond de An- drade nasceu em Itabira (MG) em 31 de outubro de 1902, e morreu no Rio de Janeiro (RJ), em 17 de agosto

    de 1987. Comeou sua car-

    reira de escritor no jornal

    Dirio de Minas, em Belo Horizonte. Mais tarde j no Rio de Janeiro, onde fixou

    residncia , escreveu crni- cas para jornal e publicou

    vrias obras: Alguma poesia (1930), Brejo das almas (1934), Sentimento do mun- do (1940), Jos (1942) e A rosa do povo (1945).

    Ao preencher o quadro, voc deve ter percebido que al-

    guns dos principais conhecimentos envolvidos na ocu-

    pao de pintor de obras dependem da experincia e do

    exerccio frequente de certa atividade.

    Para conhecer alguns de seus

    poemas, voc pode consultar

    o site Releituras. Disponvel em: .

    Acesso em: 14 maio 2012.

    Assim, por exemplo, ser preciso usar o rolo muitas vezes,

    em vrias situaes, at voc ter certeza da quantidade

    de tinta que dever colocar e de como manuse-lo com

    segurana.

    No desanime caso demore um pouco at voc adquirir

    essa segurana.

    O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (19 0 2 -

    -1987) dizia que amar se aprende amando. Podemos

    falar algo parecido em relao pintura de paredes, pois

    voc s aprender a pintar pintando.

    hora de limpar a casa!

    Mesmo que voc tenha todo o cuidado do mundo,

    normal, conforme comentamos anteriormente, haver

    respingos, gotas e manchas de tinta enquanto se faz a

    pintura. O melhor fazer as pequenas limpezas du-

    rante o prprio trabalho, sem deixar tudo para o final.

    Carlos Drummond de Andrade. Autorretrato em caricatura.

    25

    Conhecimento Como aprendemos

    Elaborar um oramento

    Lixar paredes

    Aplicar massa corrida

    Usar rolos e pincis

    Pintar cantos

    Fazer pintura de pisos

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    s D

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  • limpeza. medida

    As tintas so sempre mais fceis de limpar enquanto es-

    to molhadas. Fazer esse tipo de limpeza no toma um

    grande tempo e auxilia muito no resultado.

    Vamos ver agora como faz-la.

    Tintas ltex passe um pano umedecido com gua

    morna e detergente sobre o local onde h respingos de

    Seus materiais pincis, rolos, bandeja, panos etc. tambm devem ser limpos com rapidez. muito mais fcil limp-los enquanto as tintas esto frescas. Para retirar tinta ltex de pincis e rolos, enxgue-os em gua morna e lave com detergente. Voc tambm poder usar uma escova para retirar os resduos de tinta das cerdas. Para tintas base de solventes, voc dever utilizar solventes de limpeza (tner). Alm da lavagem com gua ou solvente, voc deve secar o material antes de guard-lo, para sua melhor conservao. Para tirar o excesso de gua de pincis e rolos, esprema-os suavemente. Depois, retire o restante da umidade com papel-toalha.

    suficiente

    Tintas base de solventes:

    tinta fresca passe um pedao de pano umedecido

    com solvente;

    tinta seca passe um pedao de pano umedecido com

    um solvente para limpeza (tner). Em seguida, passe

    gua com detergente.

    Tinta esmalte passe um pedao de pano umedecido

    com solvente.

    Tinta acrlica passe um pano umedecido com gua

    morna.

    Respingos de tinta em vidros passe um pedao de

    pano umedecido com um solvente para limpeza (tner).

    Em seguida, limpe com um pedao de l de ao n-

    mero 0 (zero).

    Respingos de tinta em madeira ou cermica raspe os

    respingos de forma bem suave com a ponta de um

    estilete. Faa isso com muito cuidado para no riscar

    a madeira ou a cermica. Em seguida, passe gua e

    sabo. Nunca use solvente sobre esses materiais, para

    no manch-los.

    Pintor 2 26

    tinta. Essa dever ser para a

  • Pi n t or 2

    u n i d a d e 7

    O trabalho com texturas

    De um tempo para c sobretudo a partir dos anos 1990 ,

    comeamos a ver cada vez mais, em residncias, as chamadas

    pinturas texturizadas.

    Enquanto a pintura comum deixa as superfcies lisas, sem sa-

    lincias, com aparncia uniforme, a texturizao as deixa spe-

    ras, com rugosidades, bem diferentes do que se observa com a

    aplicao de argamassa.

    Assim, uma parede texturizada ganha o aspecto de outros ma-

    teriais utilizados em construes, podendo parecer mais ou

    menos rstica, ter desenhos mais ou menos uniformes ou simu-

    lar/aparentar revestimentos de mrmore, madeira, metal ou

    jeans, entre outras texturas.

    Quando se trata da pintura de reas inter-

    nas da casa ou do escritrio, a texturizao

    pode ser aplicada em uma nica parede

    ou em cmodos inteiros. Porm, preciso

    ter cuidado com a harmonia das cores e

    texturas. Exageros na texturizao e/ou

    pinturas decorativas, no geral, podem dei-

    xar o ambiente muito carregado.

    27

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    23

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  • A opo por texturas mais ou menos rsticas envolve o

    gosto individual. Mas sempre bom tomar cuidado para

    que a superfcie texturizada no destoe muito das demais.

    Ou seja, preciso considerar o estilo dos outros ambientes,

    do mobilirio e dos moradores da casa.

    J quando a texturizao envolve reas externas como

    muros ou fachadas , a escolha pode recair em texturas

    mais rsticas e com granulao maior. Como se trata de

    ambientes abertos, o risco de a fachada ficar carregada

    ou pesada demais menor.

    Voc sabia? A palavra portflio, adap-

    tada do ingls, bastante

    usada por diferentes em-

    presas e profissionais.

    Seu significado varia con-

    forme o contexto em que

    empregada. Mas, na

    rea que nos interessa,

    portflio uma espcie

    de livro ou pasta em que

    os profissionais armaze-

    nam fotos, recortes e ou-

    tros tipos de registro de

    seus trabalhos para po-

    derem mostrar aos clien-

    tes o que so capazes de

    fazer. Essa forma de apresentao utilizada

    por arquitetos, designers (desenhistas profissio- nais que criam projetos

    de mveis, objetos, deco-

    rao de interiores etc.), modelos, entre outros. Ento, por que no ser usado tambm pelos pin- tores de obras?

    De qualquer forma, esteja preparado para orientar seus

    clientes, caso eles tenham dvidas sobre quando optar

    por esse recurso e em quais locais aplic-lo. Para isso,

    nada melhor do que saber as novidades do mercado e ter

    um portflio para apresentar a eles.

    Comece a montar esse portflio reunindo uma amostra

    com trabalhos interessantes, feitos por outros pintores de

    obras podem ser recortes de revistas ou fotos de obras que

    voc viu e gostou. Mas no deixe de considerar tambm

    uma amostra dos servios j realizados por voc.

    Pintor 2 28

    P

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    este

    r/1

    23

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  • Pi n t or 2

    Procure sempre registrar seus trabalhos. Uma cmera fotogrfica simples de ce-

    lular suficiente para isso. Aos poucos, conforme voc for acumulando mais

    trabalhos para mostrar, substitua as fotos e recortes de revistas por registros seus.

    Atividade 1 co m EcE j sE U po r tf l i o

    1. Em casa, providencie uma pasta que sirva de base para voc iniciar o portflio.

    Se voc tiver recortes ou fotos demonstrativas de trabalhos que considera inte-

    ressantes, j os coloque nessa pasta.

    2. No laboratrio, veja se h algum ensaio de pintura que voc ou seus colegas te-

    nham feito e gostado, e fotografe-o. Vocs podem fazer juntos essa seleo e tirar

    uma nica foto; depois, s imprimir cpias para todos os que quiserem guard--

    -la. Esses sero seus registros iniciais.

    3. Guarde a pasta com voc e continue essa atividade ao longo de sua carreira. No

    deixe de lev-la sempre que for encontrar um novo cliente.

    Para fazer texturas: ferramentas e materiais

    Entendido o que so texturas, vamos aos procedimentos bsicos para faz-las.

    As ferramentas necessrias no diferem daquelas que j vimos: rolos, esptulas,

    pincis, desempenadeiras... Mas a escolha do que utilizar depender do tipo de

    textura que vai fazer e do efeito que voc quer dar superfcie tratada.

    J em relao aos materiais, h produtos especficos disponveis no mercado, de

    diversos fabricantes. So genericamente conhecidos como texturas acrlicas e sua

    consistncia espessa/grossa, de massa.

    A diferenciao entre os produtos disponveis no mercado pode se dar, entre outras

    razes, pela composio do material (alguns so arenosos, outros no), pelo efeito

    que se quer dar (deixar a aparncia mais ou menos rstica) etc. A melhor forma de

    conhecer os produtos e ter uma ideia mais clara sobre suas peculiaridades por meio

    de catlogos de materiais ou diretamente, visitando e pesquisando em estabeleci-

    mentos que comercializam materiais para construo.

    Basicamente, os produtos so compostos de uma massa acrlica acrescida, entre

    outros materiais, de gros de quartzo (mais ou menos finos) e resinas ou polmeros

    acrlicos e hidrorrepelentes.

    29

  • Passo a passo da texturizao

    Uma das primeiras coisas a saber que a parede que vai

    receber a textura deve ser a ltima a ser trabalhada. Ou

    seja, pinte todas as paredes, o teto, os batentes, as portas...

    S depois de tudo pronto, pense na textura.

    A superfcie que ser texturizada deve receber, alm dis-

    so, o mesmo tratamento que foi dado s demais. Assim

    como acontece com a pintura comum, comece com um

    bom olhar para a superfcie que ser texturizada. Pin-

    turas rachadas ou com bolhas; paredes mofadas, sujas

    ou engorduradas; tintas brilhantes: todos esses detalhes

    devem ser observados e corrigidos.

    Vamos retomar o que fazer em cada caso?

    Paredes com mofo limpe com gua sanitria diluda

    em gua.

    Paredes engorduradas limpe com gua e detergente

    e enxgue bem para no sobrarem restos de detergente.

    Paredes com tintas brilhantes lixe e limpe em segui-

    da, para retirar o p deixado pela ao das lixas.

    Fundo preparador: Produ- to que se aplica nas paredes antes das tintas e que as pro-

    tege contra o aparecimento de manchas de mofo, des-

    cascamento das tintas etc.

    Paredes com pinturas que precisam ser retocadas

    (rachadas, com bolhas etc.) lixe e limpe como se

    fossem receber tintas comuns. Se voc tem dvidas,

    retorne ao incio da Unidade 6, onde esse assunto

    foi tratado.

    Feito isso, aplique um fundo preparador, do qual tam-

    bm j falamos antes (na p. 13), lembra-se?

    Depois de preparada a superfcie, coloque as fitas adesi-

    vas nos cantos.

    Est na hora de partir para a aplicao da textura.

    A essa altura, o tipo de textura deve estar definido. E, portanto, as ferramentas que voc vai utilizar para texturizar tambm j tm de estar preparadas.

    Quaisquer que sejam as caractersticas da textura a ser

    feita, a forma de aplicao praticamente no difere.

    Delimite uma rea de cerca de 1 m para comear o

    trabalho.

    Pintor 2 30

    2

  • Pi n t or 2

    Aplique uma fina camada de textura acrlica. O ideal

    que essa camada tenha por volta de 3 mm.

    Se a granulao da textura for grossa, use uma desem-

    penadeira para fazer essa aplicao, como se estivesse

    colocando argamassa na parede. Caso a textura tenha

    gros finos ou no seja granulada, a aplicao tambm

    deve ser feita com desempenadeiras ou esptulas. A tc-

    nica ou efeito so dados depois, com o uso de pincis ou

    rolos especiais.

    Na aplicao de textura acrlica, necessria uma nica

    demo. Em seguida, comece o trabalho com a ferramenta

    escolhida.

    A secagem da superfcie texturizada relativamente rpida e pode variar de 2 a 6 horas, dependendo do tipo de produto e da textura.

    Vamos ver, a seguir, algumas das ferramentas mais apro-

    priadas para cada tipo de textura.

    As esptulas, por exemplo, permitem fazer desenhos

    mais uniformes.

    Se voc passar a esptula de forma reta, poder fazer

    riscos paralelos, com maior ou menor uniformidade,

    alternando os lados. Voc tambm pode usar a esptula

    para fazer movimentos circulares, conseguindo um efei-

    to diferente. Veja os exemplos.

    31

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    rfico

  • As desempenadeiras (lisas, dentadas, com forro de l) permitem vrias texturizaes,

    a depender do tipo escolhido e do movimento que voc faa com as mos.

    Se usar uma desempenadeira dentada, o efeito ser um; se apenas pressionar a

    ferramenta lisa contra a parede, ser outro. H ainda a possibilidade de fazer

    desenhos (texturas) mais ou menos uniformes. E se a desempenadeira possuir

    revestimento de l? Veja o efeito na imagem a seguir.

    Texturas bastante diferenciadas e criativas tambm podem ser obtidas com os

    chamados rolos de efeito.

    Na aparncia, so rolos de pintura como quaisquer outros. Mas suas superfcies no

    so necessariamente de l ou espuma. Esse tipo de rolo pode ser de diversos materiais

    e comporta diferentes desenhos.

    Pintor 2 32

    Fo

    tos:

    I

    ara

    Mo

    rse

    lli/A

    bra

    fati

  • Pi n t or 2

    Alm de desenhos, tambm com esse tipo de rolo que voc poder conseguir

    certos efeitos na pintura uma parede com aparncia de jeans ou de mrmore, por

    exemplo.

    A forma de usar esse tipo de rolo diferente do procedimento indicado para a

    aplicao de tintas com os rolos comuns, como visto na Unidade 6. Nesse caso,

    passe-o na parede com movimentos contnuos, de baixo para cima, sem deixar es-

    paos. O rolo deve estar um pouco mido e voc no deve apert-lo com fora

    sobre a superfcie. Fazer presso no torna o trabalho melhor. O resultado desse tipo

    de trabalho uma parede com acabamento rstico, com pontas que podem machu-

    car a pele das pessoas quando em contato. Alerte o seu cliente quanto a esse proble-

    ma e se certifique da escolha desse tipo de textura.

    Voc poder observar seu trabalho, medida que for passando o rolo, e fazer acer-

    tos, deixando-o como planejou/desejou.

    33

    Fo

    tos:

    CM

    C

  • Alguns exemplos de trabalhos desse tipo podem ser observados a seguir.

    Existe ainda a possibilidade de texturizar paredes utilizando pincis comuns ou de

    espuma. No primeiro caso, a textura obtida pelas prprias pinceladas, que criam

    pequenas salincias na superfcie, como se fosse a pintura de um quadro. Esse tipo

    de textura exige um pouco mais de tcnica do que os demais. Caso contrrio, po-

    der parecer uma pintura malfeita.

    Vincent van Gogh. Quarto de Van Gogh, 1888. leo sobre tela, 72 cm x 90 cm. Museu Van Gogh, Amsterd, Holanda.

    Pintor 2 34

    Fo

    tos:

    I

    ara

    Mo

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    M/E

    asyp

    ix

  • Pi n t or 2

    Se optar pelo uso dos pincis de espuma, proceda da seguinte maneira: efetuada a

    pintura comum e antes que ela comece a secar, bata o pincel seguidamente e de

    forma leve sobre a superfcie. O resultado, nesse caso, ser uma textura mais tnue/

    sutil, que no chama muito a ateno, mas d certo destaque s superfcies.

    importante frisar que o uso do pincel de espuma para textura s se aplica para

    pequenas reas. Como o pincel pequeno, o trabalho com ele leva muito tempo.

    Para superfcies extensas, o mesmo tipo de efeito pode ser obtido com rolos.

    Mas e a colorao? Vem antes ou depois da aplicao da textura?

    Depende do produto e do tipo de textura que vai fazer.

    No caso das texturas acrlicas aplicadas com desempenadeira e com granulao

    maior, voc pode colorir aps a aplicao, com um rolo de l e com a tcnica j

    indicada na Unidade 6. No caso das texturas com rolos e pincis, a colorao e a

    texturizao podem ocorrer de forma simultnea.

    Para concluir, tenha em mente que aplicar texturas requer mais tcnica, trabalho e

    tempo do que aplicar tintas, alm de materiais e instrumentos diferenciados.

    No deixe de considerar esses aspectos quando for fazer o oramento de um traba-

    lho que envolva texturizao.

    Quando se sentir confiante para isso, no se esquea tambm de informar seus

    clientes de que voc sabe fazer determinados tipos de textura, e indique quais.

    Lembre-se de que esse saber que pode diferenciar seu trabalho no mercado.

    35

    P

    au

    lo S

    avala

  • Atividade 2 tE x tU r izE a s parE d Es d o l abo r at r i o

    Provavelmente no precisamos falar mais que o melhor jeito de aprender a pintar

    pintando. Por que texturizar uma parede seria diferente? Ento, vamos l?

    1. Escolha diferentes materiais e ferramentas. Pea tambm indicao para o mo-

    nitor sobre onde voc poder trabalhar.

    2. Veja o que preciso para comear e mos obra!

    3. Faa e refaa seu trabalho quantas vezes achar necessrio. Converse com os co-

    legas, pea dicas ao monitor.

    4. Quando se sentir mais vontade com o material, registre seus aprendizados.

    Assim, voc poder consult-los mais adiante, quando for fazer seus primeiros

    trabalhos de texturizao na casa dos clientes.

    Pintor 2 36

  • Pi n t or 2

    u n i d a d e 8

    Pintura de janelas, portas, armrios

    Embora as tcnicas possam ser parecidas, h trabalhos de pin-

    tura que merecem um olhar mais cuidadoso: seja pelo formato,

    pelo tipo de material de que so feitos, pelo destaque que acabam

    tendo nos cmodos de uma casa.

    Por essa razo, nesta Unidade vamos tratar da pintura de

    rodaps, portas, janelas e armrios.

    37

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  • J abordamos rapidamente a pintura de rodaps e frisos que ficam rentes ao cho

    na Unidade 6, mas vale a pena retomar alguns aspectos.

    H, em particular, duas dificuldades especficas que voc precisar enfrentar nesse

    trabalho. A primeira o formato no uniforme das superfcies, com partes arredon-

    dadas e que podem conter detalhes que dificultam a pintura. A segunda a proxi-

    midade com o cho, o que implica voc ficar em posies desconfortveis e risco

    de respingos de tinta atingirem regies que no sero pintadas e cujo material pode

    ser complicado de limpar, como madeira, carpete etc.

    Antes de comear a pintar, necessrio, como no caso de outras superfcies, prepa-

    rar o rodap para a pintura.

    Em primeiro lugar, verifique se o rodap precisa ser reparado. Se for o caso, uti-

    lize massa especfica para madeira. O rodap deve ser lixado para criar uma

    melhor aderncia e, em seguida, limpo.

    Lembre-se de que importante remover toda a sujeira das superfcies (poeira,

    gordura e outros resduos) antes de proceder a pintura.

    Aps a limpeza, comece a proteger a rea de trabalho. Alm de lona ou plstico,

    que evita respingos indesejveis, coloque fita adesiva na parede e nas superfcies mais

    prximas do rodap.

    Em seguida, escolha um pincel pequeno ou rolo de remate adequado para o uso em

    reas pequenas, pois ele lhe dar maior controle sobre a superfcie que vai pintar.

    Por fim, aplique a tinta escolhida. Como a rea linear, a tinta pode ser aplicada

    sempre no sentido horizontal, tanto a primeira como a segunda demo. Isso dar

    um bom nivelamento pintura.

    Divida a rea do rodap e faa o trabalho por pequenas partes, sem pressa. Dessa

    forma, voc garantir uma pintura com acabamento melhor.

    Se acontecer de respingar ou se a tinta ficar grossa demais em algum ponto, procu-

    re corrigir na hora, antes que a tinta seque.

    Depois da primeira demo, espere a tinta secar completamente e observe os even-

    tuais defeitos para aplicar a segunda demo.

    Pintor 2 38

  • Pi n t or 2

    Cuidado com a postura

    A postura do pintor de obras no momento do trabalho

    merece uma considerao especial, principalmente para

    fazer a pintura de rodaps, que bastante desconfortvel.

    O fato de voc ter de permanecer agachado pode ser

    particularmente prejudicial para suas costas, sobretudo

    na regio lombar.

    Vale lembrar, porm, que todo o seu trabalho requer

    cuidados especiais com a postura, pois voc ficar de p

    ou em posio incmoda vrias horas no dia.

    Para prevenir dores e inf lamaes musculares relaciona-

    das postura inadequada e a grandes esforos, que so-

    brecarregam uma ou outra regio do corpo, tome os

    seguintes cuidados:

    a) antes de iniciar o trabalho, procure fazer alguns exer-

    ccios de alongamento, principalmente envolvendo

    braos, mos, pernas e msculos das costas. Voc no

    gastar mais de dez minutos com isso, e os benefcios

    para seu corpo sero enormes.

    Voc sabia? Entre as principais situa-

    es que podem afetar a

    sade do trabalhador es-

    to os riscos ergonmi-

    cos, fatores que causam desconforto e acabam por provocar doenas, como inflamaes nos tendes, nas juntas dos

    ossos (ou articulaes) e

    nos msculos. Trabalhar

    com posturas inadequa-

    das e fazer esforos fsi-

    cos intensos e repetitivos

    podem causar esses tipos

    de doena.

    Veja a seguir alguns exemplos:

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  • b) preste ateno postura durante o trabalho. De tempos em tempos, procure

    perceber se est em posio correta e, se no estiver, corrija-se;

    c) para cada duas horas de trabalho, faa pausas de pelo menos dez minutos. Essas

    pausas esto previstas na legislao trabalhista e so um direito seu. Voc no

    estar agindo de forma incorreta, nem matando trabalho ao fazer isso.

    Atividade 1 g i n sti c a l abo r al: aprE n da E pr ati q U E

    Hoje em dia h empresas que incorporaram a prtica de reservar um tempo para a

    chamada ginstica laboral, ou seja, exerccios realizados no ambiente de trabalho.

    1. Orientados pelo monitor, vocs vo aprender a fazer alguns desses exerccios e

    pratic-los durante uma parte dessa aula. Ser dada nfase aos exerccios que tm

    relao direta com a posio de trabalho dos pintores que atuam em obras da

    construo civil.

    2. Em grupo, faam uma pesquisa, procurando identificar, entre as empresas que

    contratam pintores construtoras/empresas da rea da construo civil, escrit-

    rios de arquitetura e decorao etc. , aquelas que j incorporaram essa prtica,

    tendo em vista a melhoria da qualidade de vida de seus trabalhadores.

    Pintor 2 40

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  • Pi n t or 2

    3. Depois que cada grupo apresentar os resultados de suas pesquisas, discutam em

    classe:

    a) A maioria das empresas pesquisadas adota essa prtica?

    b) Quais as caractersticas das empresas onde os trabalhadores fazem ginstica laboral?

    c) Por que h empresas preocupadas com essa prtica e outras no?

    d) O que se pode fazer para que essa prtica seja adotada por mais empresas ou por

    todas elas?

    Pintar portas

    A pintura de portas, como nos demais casos, deve ser iniciada com a preparao de

    sua superfcie.

    1. Verifique se h imperfeies na madeira e corrija-as com massa especfica para

    madeiras.

    2. Lixe a porta e/ou utilize removedor para retirar camadas de tintas anteriores, no

    caso de repintura. Lembre-se: ao manusear removedor extraforte, no deixe de

    utilizar os EPI necessrios, como luvas, culos e mscaras.

    3. Remova a sujeira da superfcie.

    Considere, ainda, que, alm da massa para madeira, existem produtos especialmen-

    te desenvolvidos para trabalho em madeira:

    seladoras e fundo preparador base de gua para madeira;

    stain base de gua;

    vernizes base de gua;

    tinta esmalte para madeira.

    Independentemente do tipo de porta seja ela simples ou com detalhes/decora-

    es especiais , uma vez preparada a superfcie, continue o trabalho da seguin-

    te forma:

    1. escolha o material que vai usar, que poder ser rolo ou pincel;

    2. forre o cho e coloque fita adesiva nos encontros dos batentes com as paredes;

    3. retire as fechaduras e espelhos dos trincos;

    41

  • 4. inicie sempre a pintura pela parte superior da porta,

    fazendo um movimento vertical de ida e volta com

    pincel ou rolo. Faa esse movimento sempre na mesma

    direo.

    Se houver manchas na madeira, aplique, antes da pin-

    tura, um fundo preparador base de gua.

    A pintura de uma porta, quaisquer que sejam suas carac-

    tersticas e detalhes, deve sempre ser feita de uma nica

    vez, para no haver o risco de ficarem marcas.

    Quando as portas tiverem detalhes, inicie a pintura por

    eles. Pinte primeiro a parte interna os painis centrais (1).

    Depois pinte os contornos dos detalhes, chamados de

    umbrais (2). Somente ento faa a pintura da parte ex-

    terna as vergas (3).

    A ltima etapa ser a pintura das bordas e dos batentes

    (4 e 5).

    5. Batentes

    No faa uma camada grossa de tinta nas bordas, pois poder dificultar a abertura e o fechamento da porta. Caso a pintura fique grossa depois de seca, retire o excesso com uma lixa fina e retoque com pincel.

    1. Painis centrais

    Esses procedimentos valem tanto para a aplicao de tintas como de vernizes. Os vernizes so aplicados quando se pretende um acabamento transparente, ou seja, em que aparecem os veios da madeira. J os acabamentos com tinta criam uma camada que cobre os veios da madeira.

    Feito isso, repita todos os passos do outro lado da porta.

    Somente depois da secagem, aplique a segunda demo.

    Espere secar novamente e recoloque as fechaduras e os

    espelhos dos trincos.

    Pintor 2 42

    3. Vergas

    4. Bordas

    2. Umbrais

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  • Pi n t or 2

    Pintar janelas

    A pintura das janelas tende a ser um pouco mais traba-

    lhosa do que a das portas, quando feita com a obra ter-

    minada. Isso acontece em funo dos caixilhos.

    Para tornar o trabalho mais fcil, utilize uma trincha

    com cerca de 5 cm.

    Faa a preparao da superfcie antes de iniciar o traba-

    lho de pintura ou envernizamento. Ou seja, verifique se

    h imperfeies na madeira e as corrija com massa espe-

    cfica para madeira. Em seguida, lixe toda a superfcie

    da janela.

    Depois de lixar e cobrir os cantos com fita adesiva, voc

    pode comear a pintura ou o envernizamento.

    Existem trinchas fabricadas fora do Brasil que possuem cerdas cortadas em diagonal. Esse tipo de corte torna mais simples o alcance de cantos e espaos apertados. Se voc for trabalhar para uma construtora, em obras de grande porte, poder ter contato com esse tipo de trincha.

    Vamos, em primeiro lugar, conhecer cada uma das par-

    tes de uma janela:

    Venezianas: partes

    mveis de madeira, que abrem e fecham

    Ombreiras: locais/canaletas por onde os caixilhos correm, possibilitando a abertura ou o fechamento dos vidros

    Peitoril: local onde a janela encaixada (moldura)

    Caixilhos: partes mveis da janela (que sobem e descem), compostas de vidros e madeiras que lhes do sustentao

    43

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  • Voc poder comear a pintura pelas venezianas, abrindo--

    -as totalmente, para ter mais espao e f lexibilidade.

    Assim como no caso de portas e rodaps, os mesmos procedimentos citados para a aplicao de tintas

    Em seguida, voc pintar os caixilhos. Para isso, desa

    um pouco o caixilho superior e suba o inferior. Voc

    poder pintar um deles integralmente e o outro pela

    metade. Quando a tinta secar, inverta as posies e com-

    plete a pintura.

    Terminada a pintura dos caixilhos, voc poder pintar

    o peitoril.

    Pintor 2

    vlido para a aplicao de vernizes.

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  • Pi n t or 2

    Encerre o trabalho com a pintura das ombreiras. Mas, para fazer isso, espere at que

    os caixilhos estejam bem secos. Pinte em primeiro lugar a parte superior das ombreiras,

    descendo totalmente os caixilhos. Depois, faa o mesmo com a parte inferior, colocan-

    do os caixilhos para cima.

    Pintar armrios

    O ltimo item de que trataremos nesta Unidade a pintura de armrios.

    Primeiro, escolha o tipo de tinta adequado ao material do armrio. Para armrios

    de madeira, utilize tinta esmalte base de gua.

    Antes de iniciar, vale lembrar, mais uma vez, que os procedimentos apresentados a

    seguir so os mesmos para aplicao de tintas e de vernizes.

    Para comear a pintura, tenha em mente que, como nos demais casos que j vimos

    (portas, rodaps e janelas), a maior dificuldade lidar com os detalhes que nor-

    malmente fazem parte desse tipo de mobilirio e com os espaos nem sempre fceis

    de alcanar.

    Por isso, sua primeira etapa deve ser desmontar o armrio, desmembrando tudo

    o que for possvel, a comear pela retirada de gavetas e prateleiras. Se for vivel,

    remova tambm as portas. Junto com elas, retire, se houver, fechaduras, puxadores,

    dobradias e o que mais tiver.

    Feito isso, separe um pincel pequeno o suficiente, que caiba com a sua mo dentro

    do armrio, e comece a pintura pela base, que nesse momento dever estar comple-

    tamente vazia.

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  • Faa em primeiro lugar a pintura do local mais difcil, a parte interna: fundo, pa-

    redes laterais, piso e teto.

    Depois, pinte o exterior, com pinceladas firmes e constantes. Faa a pintura toda

    de uma nica vez.

    Se voc no retirou as portas do armrio, pinte-as tambm nesse momento. Abra-as

    bem para facilitar a pintura da parte interna e, em seguida, feche-as um pouco para

    pintar a parte de fora.

    Por ltimo, pinte as partes das gavetas e prateleiras que ficaro aparentes enquanto

    elas ainda estiverem fora do armrio. Laterais e fundos no precisam ser pintados,

    desde que no apaream. Coloque essas partes de volta apenas quando estiverem

    bem secas.

    Atividade 2 a prE n da, mais U ma vEz, fa zE n d o

    1. Renam-se em grupo de oito pessoas. Escolham um pedao de rodap, uma

    porta, uma janela e uma parte de um armrio de madeira. Agora o grupo

    vai se dividir em duplas e cada uma ficar encarregada de trabalhar em um

    desses materiais.

    2. O monitor dar um tempo para os grupos trabalharem nas pinturas.

    3. Converse com a pessoa que faz dupla com voc, lembrando os aprendizados das

    aulas. Aprimorem seus conhecimentos, mostrando uns para os outros o que sabem

    fazer melhor.

    4. Terminada a atividade, mostrem o trabalho aos colegas. Troquem mais informa-

    es e dicas. O trabalho compartilhado e solidrio s faz o resultado melhorar.

    5. Registre, no seu caderno, o que aprendeu para usar em sua futura ocupao.

    Pintor 2 46

  • Existe no mercado um produto especfico para impedir o aparecimento de ferrugem. conhecido como neutralizador

    Pi n t or 2

    Pintura sobre superfcies metlicas

    Tratamos, at aqui, da pintura de portas, janelas e arm-

    rios fabricados em madeira. Mas no podemos esquecer

    que eles podem ser metlicos.

    Da mesma forma, possvel que voc seja chamado para

    pintar esquadrias de metal, portes, grades, entre outras

    superfcies metlicas.

    As superfcies metlicas, como as demais, tambm pre-

    cisam ser preparadas antes de receber a pintura.

    de ferrugem, e pode ser aplicado antes do fundo apropriado com pigmentos anticorrosivos.

    Esteja atento, em particular, para a presena de ferrugem.

    Para remov-la, use uma lixa de granulao apropriada

    ou uma escova de ao.

    Tambm podem ser utilizados produtos especficos para

    a remoo de ferrugem em ferros corrodos e usar massa

    plstica para corrigir eventuais imperfeies.

    Uma vez preparada a superfcie ou seja, quando ela

    estiver sem ferrugem e sem carepas de laminao ,

    aplique um fundo com pigmentos anticorrosivos (primer).

    O tempo entre a preparao da superfcie e a aplicao

    do primer deve ser o menor possvel.

    Em seguida, proceda a limpeza e aplique a tinta.

    A escolha da tinta, para pintura sobre superfcies metli-

    cas, deve considerar o grau de agressividade do meio em

    que se encontra.

    Em ambientes mais agressivos, como locais com muita

    umidade, beira-mar, ambientes martimos etc., a corroso

    maior. Nesse caso, prefira a tinta esmalte sinttico bri-

    lhante. J em lugares com menor grau de agressividade,

    voc poder usar esmalte sinttico fosco, acetinado ou

    brilhante, ou, ainda, tinta a leo.

    Carepa: Aspereza; produto oriundo da oxidao da su- perfcie do ao quando sub- metido ao gradiente trmico. Fonte: Associao Brasileira

    de Metalurgia e Minerao.

    Disponvel em: .

    Acesso em: 29 maio 2012.

    O tempo entre a aplicao do fundo e a pintura tambm

    deve ser o menor possvel. Sero necessrias pelo menos

    duas demos de tinta, sendo recomendvel lixar leve-

    mente a superfcie entre as demos.

    47

  • Pintor 2 48

  • Pi n t or 2

    u n i d a d e 9

    Atitudes e relaes nos locais de trabalho

    Alm dos conhecimentos tcnicos mais especficos da ocupa-

    o , tratados na Unidade 2, voc ver que h um conjunto de

    conhecimentos listados como necessrios na Classificao Bra-

    sileira de Ocupaes (CBO), que dizem respeito ao modo de

    ser e de agir das pessoas em seus locais de trabalho.

    Nossa proposta analisar, neste momento, essas atitudes e esses

    conhecimentos.

    Algumas atitudes j foram comentadas ao longo do texto:

    a importncia de manter o ambiente de trabalho limpo e de

    zelar por suas ferramentas, seus equipamentos e seus acessrios;

    a necessidade de seguir normas de segurana que voc po-

    der consultar, sempre que necessrio, no site do Ministrio

    do Trabalho e Emprego, em Normas Regulamentadoras.

    Dos demais aspectos, vamos falar agora.

    Saber planejar bem um trabalho condio essencial no coti-

    diano de qualquer trabalhador. Isso significa que, alm de fazer

    um oramento bem elaborado, do qual falamos na Unidade 5,

    voc deve se programar para cumprir os prazos combinados,

    seja com empregadores, seja com clientes, no caso de trabalhar

    como autnomo.

    Ningum gosta de saber que um trabalho vai atrasar, ainda mais

    quando envolve o local de moradia.

    Contratempos so normais: a dificuldade de achar um pro-

    duto no mercado; uma semana de muita umidade que impe-

    de a secagem da parede, impossibilitando a aplicao da se-

    gunda demo em determinado dia; ou mesmo algum na

    famlia que precisa de sua ajuda e faz voc se ausentar por

    algum tempo...

    49

  • segunda Com relao possibilidades

    Mas importante que voc procure comunicar a pos-

    sibilidade de atraso com antecedncia. E que explique

    os motivos pelos quais voc poder atrasar a entrega

    prevista.

    Essa explicao no resolver o problema, mas, certa-

    mente, mostrar sua disposio de resolv-lo da melhor

    forma possvel e seu profissionalismo e comprometimen-

    to com o trabalho.

    Ser um trabalhador com esse perfil gera confiana, tan-

    to nos empregadores como nos clientes, de que podem

    contar com voc. E esse um caminho que pode abrir-lhe

    muitas portas no mundo do trabalho.

    Outras atitudes que geram confiana esto relacionadas

    postura tica no trabalho e busca de aprimoramento

    e eficincia.

    Procure dar esse tipo de informao (sobre atrasos e faltas) sempre pessoalmente, pois esse contato gera maior credibilidade. Pode haver ocasies em que ser necessrio dar esses avisos por telefone ou bilhete, mas deixe para fazer isso apenas se for inevitvel.

    atitude,

    de interveno: desde a procura por novos cursos e a

    leitura de revistas especializadas, at a simples observao

    de um colega que tenha mais experincia que voc.

    Tudo isso o ajudar a conhecer mais sobre o trabalho e

    a manter-se atualizado sobre novas tcnicas e materiais,

    o que demonstrar sua iniciativa e vontade de saber mais.

    Mas e com relao a ter uma postura tica? O que ,

    afinal, ser tico?

    Atividade 1 rE f l i t a s o b r E t i c a n o t r ab a l h o

    1. Olhando o quadro a seguir, marque sim para as ati-

    tudes que voc considera ticas e no para as que no

    considera.

    Pintor 2 50

    h vrias

  • Pi n t or 2

    2. Discutam as respostas em classe e tentem chegar a um consenso sobre as atitudes

    que todos devem ter no cotidiano (no apenas no ambiente de trabalho).

    Nessa conversa, vocs devem ter percebido como a cooperao fundamental,

    principalmente em uma obra de porte mdio ou grande, na qual vrias pessoas

    trabalham juntas e, em geral, a tarefa de um colega depende e interfere no tra-

    balho do outro.

    Referir-se a colegas, clientes e empregadores de forma respeitosa ajuda a preservar

    o clima de cooperao, alm de tornar o ambiente de trabalho mais prazeroso para

    todos.

    Quantas vezes voc j ouviu falar de pessoas grosseiras, que se sentem superiores s

    demais ou teve de conviver com elas? horrvel, no mesmo?

    Pois . Assim como no agradvel conviver com algum que no nos reconhece e

    respeita, tambm no agradvel agir desse modo com os demais.

    Todos somos diferentes de um modo ou de outro: so diferenas fsicas, no modo

    de pensar, no modo de agir, de idade, de orientao sexual, entre tantas outras.

    Alm de as pequenas regras de civilidade ajudarem a manter o ambiente de traba-

    lho equilibrado, respeitar as diferenas e reconhecer todos como iguais uma

    questo de cidadania.

    51

    Atitude Sim ou no

    Fazer um oramento mais alto do que o normal porque naquele ms voc teve despesas extras para cobrir.

    Ajudar um companheiro de trabalho que est atrasado com o servio, mas isso no faz parte do que o seu empregador espera que voc faa.

    Levar para a sua casa sobras de tinta e verniz.

    Comentar com o empregador ou com os encarregados de uma obra que um colega de trabalho faz o servio muito devagar.

    Organizar um grupo de colegas para reivindicar melhores condies de trabalho.

    Procurar o sindicato caso se sinta prejudicado no ambiente de trabalho, independentemente das relaes pessoais.

  • Um ltimo aspecto que vale a pena ressaltar diz respeito necessidade de um pintor

    sobretudo se trabalhar em edifcios e em algumas obras de infraestrutura (como

    viadutos, pontes, metrs, usinas etc.) sentir-se confortvel de estar em grandes alturas.

    H pessoas que no conseguem permanecer em locais muito altos, mesmo usando

    equipamentos de proteo adequados.

    Quando um pintor vai trabalhar em obras de grande porte, e fazer pinturas que

    exijam ficar sobre edifcios ou viadutos, as empresas contratadas para o trabalho

    oferecem um curso sobre normas de segurana.

    Participando desses cursos, os profissionais ficam cientes da importncia da segu-

    rana e do uso de equipamentos de proteo individuais e coletivos para prevenir

    acidentes. Se ainda assim voc no conseguir exercer trabalhos em grandes alturas,

    no se sinta envergonhado. Ref lita sobre suas caractersticas e procure locais para

    trabalhar que no exijam isso de voc. Voc pode, por exemplo, trabalhar somente

    na pintura de residncias e, dessa forma, no conviver com esse problema.

    Pintor 2 52

  • Pi n t or 2

    u n i d a d e 10

    Possibilidades de trabalho e vnculos

    Saber como exercer uma ocupao nem sempre suficiente para

    ter sucesso na vida profissional.

    Estudar, ampliar nossos saberes , sem dvida, o primeiro pas-

    so para comearmos nossa carreira. Mas, mesmo adotando

    essas atitudes, s vezes esbarramos em problemas que no conse-

    guimos contornar e, com isso, no seguimos adiante na ocupao

    que escolhemos.

    Voc j deve ter ouvido falar de algum que montou um neg-

    cio prprio, por exemplo, mas esse empreendimento no foi

    para frente; ou de uma pessoa que sabia fazer muito bem algu-

    ma coisa, mas no conseguia um emprego naquela rea.

    Isso pode acontecer por vrias razes: uma crise econ-

    mica nacional ou mundial, uma mudana no processo de

    produo na rea em que estamos procurando trabalho e

    que ainda no conhecemos, uma alterao na forma de

    organizar um servio etc.

    Como j dissemos, o mercado de trabalho dinmico, ou seja, muda conforme a economia, a localidade, a

    ocupao. Portanto, voc tem de se atualizar sempre. E isso vale para tudo o que fazemos.

    Conhecer o mercado de trabalho pode ser um caminho

    para evitar que voc seja pego de surpresa na hora de pro-

    curar um local para trabalhar, ajudando-o a saber quais so

    as oportunidades que seus novos saberes podem trazer.

    por isso que nesta Unidade falaremos sobre o mercado de

    trabalho que est aberto para pintores de obras de nvel bsico.

    Um mercado em expanso

    Atualmente, a construo civil um mercado em expanso no

    Brasil. A economia do Pas est crescendo e, com isso, pessoas

    esto conseguindo comprar moradias, construtoras esto fazen-

    do mais prdios e os governos esto investindo mais em obras

    para a melhoria das cidades.

    53

  • Isso quer dizer que est mais fcil conseguir trabalhos nessa rea como pedreiro,

    pintor, azulejista, entre outros.

    Mas no podemos nos esquecer de que tambm h pessoas de outros setores bus-

    cando empregos na construo civil. Incluindo mulheres que, at poucos anos atrs,

    estavam totalmente ausentes das obras e desse tipo de trabalho.

    Se voc mulher, certamente seu desafio para entrar nessa rea maior. Mas as

    mulheres j enfrentaram tantas vezes a dificuldade de serem aceitas em uma nova

    ocupao que no ser agora que vo desistir, no mesmo?

    Atividade 1 s i n d i c ato d os tr abalhad o rEs da rE a d E pi ntU r a

    Embora a ocupao de pintor seja bastante antiga e o mercado de trabalho dessa

    rea esteja em expanso, os pintores de obras no contam com um sindicato espe-

    cfico que defenda os direitos desses trabalhadores.

    Ref lita sobre o papel dos sindicatos e responda:

    1. Por que voc acha que os pintores no tm um sindicato que os represente?

    2. Por que ter um sindicato representativo da categoria importante?

    3. Compartilhe suas concluses com a classe.

    Pintor 2 54

  • Pi n t or 2

    Onde trabalhar como pintor de obras

    Nessa ocupao, voc tem as seguintes opes:

    trabalhar como empregado assalariado para construtoras particulares (empresas

    privadas), que constroem prdios ou grandes obras pblicas;

    trabalhar como empregado assalariado para pequenas construtoras e/ou escritrios

    de engenharia ou arquitetura;

    trabalhar por conta prpria de forma autnoma , fazendo pinturas em residn-

    cias, comrcios etc. e atuando sozinho ou em parceria com algum amigo ou colega.

    Lembre-se de que, nesse ltimo caso, o incio da ocupao pode ser mais difcil,

    pois voc precisar arrumar clientes, comprar todo o material necessrio para co-

    mear e contribuir como autnomo para o Instituto Nacional do Seguro Social

    (INSS), para garantir a aposentadoria no futuro.

    Empregado assalariado

    O empregado assalariado aquele que atua em construtoras ou escritrios, contra-

    tado por outra pessoa.

    Em geral, quando pensamos em trabalho assalariado, o que nos vem mente a

    carteira de trabalho registrada, alm de direitos garantidos e benefcios, como vale--

    -transporte e vale-refeio.

    Voc possivelmente j passou por uma experincia de trabalho assalariado. Por isso,

    j pode ter uma opinio em relao s vantagens e, tambm, a algumas dificuldades

    que temos de enfrentar quando trabalhamos para os outros.

    As principais vantagens desse tipo de trabalho (independentemente do lugar) so o

    salrio garantido e o vnculo empregatcio assegurado pelo Estado. Se o profissional

    tiver registro em sua Carteira de Trabalho, ele goza de direitos sociais como frias,

    13 salrio, descanso semanal remunerado e licena-maternidade ou paternidade,

    entre outros benefcios garantidos pela Constituio Federal e pela Consolidao

    das Leis do Trabalho (CLT).

    O empregador e o empregado, nesse caso, devem recolher a contribuio previden-

    ciria que destinada ao INSS. Ela garante ao empregado o direito a receber um

    auxlio em caso de doena ou de acidente de trabalho entre outros problemas ,

    alm de lhe assegurar a aposentadoria, que de fato a devoluo do imposto re-

    colhido durante o tempo trabalhado.

    55

    o

  • Em geral, a pessoa tem um salrio fixo que consta da Carteira de Trabalho.

    Outro aspecto positivo do trabalho assalariado em construtoras e escritrios poder

    atuar com outros profissionais de sua rea. E essa convivncia possibilita uma troca

    de experincias muito rica para todos. Ou seja, novas possibilidades de qualificao

    so abertas.

    Os profissionais que atuam no mesmo local podem e devem se ajudar. A solida-

    riedade e o esforo em equipe tornam o trabalho mais prazeroso e os resultados

    melhores.

    Atividade 2 pE n san d o so b rE o t r ab al h o a ssal a r i ad o

    1. Com base no que voc viu at agora, ref lita alguns minutos sobre as caracte-

    rsticas do trabalho assalariado e como ter um emprego em uma grande e

    em uma pequena construtora. Veja o que lhe parece mais interessante e ano-

    te suas ref lexes.

    2. Troque impresses com os colegas, de modo que percebam outros aspectos de

    trabalhar nesses lugares que ainda no lhes havia ocorrido.

    Antes de seguir adiante, lembre-se: a forma ideal de trabalho sempre aquela que

    garante os direitos do profissional. Entretanto, essa possibilidade no est sempre

    disponvel para todos.

    Pintor 2 56

  • Pi n t or 2

    Por outro lado, h pessoas que preferem trabalhar sozinhas, de forma mais autnoma e

    com maior liberdade para organizar a vida pessoal. Pense no que ser melhor no seu caso.

    Trabalho por conta prpria ou autnomo

    Se voc considerar que tem mais vontade de trabalhar por conta prpria, fazendo

    pinturas em residncias, do que como empregado assalariado, lembre-se: esse cami-

    nho exige maior organizao e planejamento.

    Para isso, voc precisa planejar como comear, ou seja, identificar como e onde

    obter financiamento para comprar seus materiais de pintor e como divulgar seu

    trabalho e conquistar os primeiros clientes.

    Lembre-se tambm de ref letir sobre suas caractersticas pessoais e tentar responder

    seguinte pergunta: eu tenho disposio para comprar materiais, planejar meu

    trabalho, controlar meus ganhos e minhas despesas? Essas so questes fundamen-

    tais para voc decidir trabalhar como autnomo.

    Atividade 3 o t r ab a l h o aU t n o m o

    1. Imagine-se trabalhando como autnomo e complete o quadro.

    2. Apresente suas ref lexes para a turma.

    Como fazer uma planilha de custos

    Saber se voc tem ou no o perfil para trabalhar como autnomo provavelmente

    no basta para decidir o que far adiante.

    Fazer uma planilha de custos servir para voc prever tudo o que vai gastar para se

    iniciar na ocupao e ver se isso possvel nesse momento de sua vida.

    57

    Pode ajudar Pode atrapalhar

    Exemplo: Sou muito organizado e cumpro os prazos com que me comprometo.

    Exemplo: No sei como cobrar adequadamente pelo meu trabalho.

  • No laboratrio de informtica, faa uma planilha para calcular esses gastos. Se voc

    no tiver muita familiaridade com o computador, forme dupla com algum um

    pouco mais experiente. O monitor tambm poder ajud-lo.

    Nessa planilha, voc vai anotar todos os materiais listados que precisar comprar e

    que esto indicados na Unidade 3.

    A seguir, escreva ao lado de cada item quanto vai gastar para compr-lo pela pri-

    meira vez.

    Voc usar a planilha para saber se precisa ou no pedir financiamento para abrir

    seu negcio.

    Alm do material que voc j tem descrito, importante incluir nessa planilha os

    custos de se tornar um Microempreendedor Individual (MEI), que uma forma

    de voc garantir alguns direitos, como o de aposentadoria, mesmo sem ser empregado.

    Finalmente, inclua tambm na planilha os custos que voc ter para divulgar seu

    trabalho e os custos de transporte para locomover-se at os locais das obras que vai

    levar adiante.

    Pintor 2 58

  • Pi n t or 2

    Microempreendedor Individual (MEI)

    Atualmente existe uma legislao que facilita a abertura de empresas para quem tem pequenos negcios, cujo faturamento seja menor do que 60 mil reais por ano.

    Ser um Microempreendedor Individual pode ajud-lo na hora de conseguir acesso a um emprstimo bancrio. Voc tambm ficar habilitado a se inscrever no INSS como contribuinte individual. Isso ga-

    rantir no s a possibilidade de voc obter futuramente sua aposentadoria, como lhe dar direito a

    outros benefcios, como o auxlio-doena.

    Para se tornar um Microempreendedor Individual, preciso ir a uma junta comercial e abrir uma empre- sa. No nada complicado.

    Voc pode ter mais informaes no Portal do Empreendedor. Disponvel em: . Acesso em: 14 maio 2012.

    1. Existe um rgo do governo do Estado de So Paulo que concede financiamento a juros baixos para pessoas que estejam se iniciando em uma ocupao. Trata-se do Banco do Povo Paulista (. Acesso em: 14 maio 2012) da Secretaria do Emprego e Relaes do Trabalho.

    Consulte o site para saber as condies de financiamento e os documentos necessrios para obter o emprstimo.

    2. Seus amigos, vizinhos ou parentes tambm podem ajud-lo a divulgar seu trabalho. Veja se vale a pena pedir auxlio da associao de seu bairro ou colocar um anncio num site.

    59

    Dicas:

  • Pintor 2 60

  • Pi n t or 2

    u n i d a d e 11

    Seus novos conhecimentos e seu currculo

    Com esta Unidade, chegamos ao fim deste curso.

    importante, neste momento, que voc esteja bem certo do

    que aprendeu e de quais so seus saberes agora.

    Voc tambm tem de se preparar para se colocar no mercado

    de trabalho: seja como empregado assalariado ou profissional

    autnomo.

    Vamos comear retomando seus conhecimentos.

    Atividade 1 o lh E d E n ovo o q U E d iz a cbo

    1. Nossa primeira atividade ser retomar os quadros que voc

    preparou na Unidade 2, onde esto os conhecimentos neces-

    srios para ser um pintor de obras, de acordo com a CBO.

    Voc vai preencher os quadros novamente, compar-los depois

    com aqueles que voc preencheu no incio do curso e ver se

    alguma coisa mudou.

    61

  • Antes de montar esses equipamentos consulte a Norma Regulamentadora n 18 (NR 18) do Ministrio do Trabalho. Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2012.

    Pintor 2 62

    Elaborar oramento de pinturas

    O que sei fazer

    O que sei fazer mais ou menos

    O que no sei fazer

    Tirar medidas em uma obra

    Calcular as reas a serem trabalhadas

    Discriminar servios

    Definir material (qualidade e tipo) a ser utilizado

    Calcular a quantidade de materiais a serem utilizados

    Estimar custos de material e de mo de obra

    Definir cronograma de execuo

    Apresentar o oramento

    Organizar ferramentas, acessrios e equipamentos

    O que sei fazer

    O que sei fazer mais ou menos

    O que no sei fazer

    Relacionar e providenciar ferramentas, acessrios e equipamentos de proteo individual (EPI) conforme o servio discriminado

    Verificar equipamentos de segurana e EPI

    Montar equipamentos (andaimes, cavaletes, escadas etc.)

    o

  • Corrigir e preparar superfcies para o acabamento, especificamente no que se refere pintura

    O que sei fazer

    O que sei fazer mais ou menos

    O que no sei fazer

    Verificar as condies de superfcies a serem trabalhadas

    Corrigir superfcies utilizando massa de cimento

    Aplicar selador para isolar a superfcie, de forma que a porosidade no absorva muita tinta e/ou massa e que se crie um campo melhor de adeso

    Aplicar fundo preparador para corrigir manchas, depois de eliminar o mofo

    Aplicar massa corrida (PVA) para corrigir imperfeies de reas internas, e massa acrlica para corrigir imperfeies de reas externas

    Proteger superfcies que no vo ser trabalhadas

    Remover pinturas ou revestimentos antigos ou danificados

    Lixar tetos e paredes com reboco e massa ( mo)

    Lixar pisos de madeira (com mquina)

    Limpar superfcies a serem trabalhadas

    Pi n t or 2

    63

  • Preparar o material para acabamento da obra, especificamente no que se refere pintura

    O que sei fazer

    O que sei fazer mais ou menos

    O que no sei fazer

    Misturar e diluir as tintas

    Pintor 2 64

    Aplicar tintas O que sei fazer

    O que sei fazer mais ou menos

    O que no sei fazer

    Aplicar esmalte base de gua com rolo

    Aplicar verniz base de gua em parede, madeira ou concreto

    Aplicar tintas

    Produzir efeitos de decorao em pinturas (texturizao e outros)

    Aspectos relacionados s atitudes no mbito pessoal e no ambiente de trabalho

    O que sei fazer

    O que sei fazer mais ou menos

    O que no sei fazer

    Manter limpo o ambiente de trabalho

    Respeitar normas de segurana

    Agir com tica profissional

    Demonstrar criatividade e iniciativa

    Manter-se atualizado sobre novos materiais e tcnicas

    Demonstrar habilidade para trabalhar em grandes alturas

    Zelar pelos equipamentos, mquinas e acessrios

    Planejar trabalhos

    Demonstrar eficincia e comprometimento com o trabalho

  • Pi n t or 2

    2.


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