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CELS - Curso de Extensão em Línguas Estrangeiras

LINC - Línguas no Cam

pus

Fernanda L.S. ZIEGLERBetyna F. PREISCHARDT

Graciela R. HENDGESJanete ARNT

Laboratório de Pesquisa e Ensino de Leitura e RedaçãoDepartamento de Letras Estrangeiras ModernasUniversidade Federal de Santa Maria

Leitura em InglêsIntensivo

LEITURA E REDAÇÃO

LABO

RATÓ

RIO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE ARTES E LETRAS DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS LABORATÓRIO DE PESQUISA E ENSINO DE LEITURA E REDAÇÃO - LABLER PROJETO DE EXTENSÃO LÍNGUAS NO CAMPUS – LINC PROJETO DE EXTENSÃO CURSO DE EXTENSÃO EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

- CELS

Leitura em Inglês Intensivo

AUTORES Acad. Fernanda L. S. ZIEGLER Acad. Betyna F. PREISCHARDT Profª Drª Graciela Rabuske HENDGES Profa. Mestranda Janete ARNT

COLABORADORES Acad. Maísa Brum Acad. Laila Da Cás Conegatto Acad. Maria Luiza Benavides Costa Profa. Mestranda Anelise S. Scherer ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Profª Drª Graciela Rabuske HENDGES CAPA Profª Mestranda Nathalia Rodrigues Catto Profª Ms. Vanessa Ribas Fialho Profª Drª Graciela Rabuske Hendges

2ª Edição Santa Maria, RS

2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Felipe Martins Müller Reitor Hélio Leães Hey Pró‐Reitor de Pós‐Graduação e Pesquisa Pedro Brum Santos Diretor do Centro de Artes e Letras Marcia Cristina Corrêa Coordenadora do Programa de Pós‐Graduação em Letras Eliana Rosa Sturza Chefe do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas Désirée Motta-Roth Coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Ensino de Leitura e Redação Graciela Rabuske Hendges Luciane Ticks Coordenadoras dos Projetos de Extensão CELS - Curso de Extensão em Línguas Estrangeiras e LINC - Línguas no Campus

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Apresentação

Os projetos de extensão CELS - Curso de Extensão em Línguas Estrangeiras e LINC - Línguas no Campus (LINC) vêm oferecendo cursos de línguas estrangeiras e de língua materna (redação acadêmica) para a comunidade universitária há quase 20 anos. Ao longo desses anos, as abordagens teórico-pedagógicas implementadas nos projetos têm acompanhado o debate científico das pesquisas em Lingüística Aplicada, contribuindo para a formação profissional de alunos das Licenciaturas em Letras, por um lado, e para a formação linguística de centenas de alunos de graduação e de pós-graduação dos diversos cursos e programas da Universidade Federal de Santa Maria, bem como da comunidade em geral. Os livros didáticos usados nos cursos são elaborados, revisados e editados pelos integrantes dos projetos e são atualizados semestralmente como resultado de um processo cíclico de pesquisa, discussão teórica, elaboração, aplicação, reflexão crítica e aperfeiçoamento. Os conteúdos apresentados nesses livros são selecionados considerando-se interesses e necessidades dos alunos, pois são propostos por eles em levantamentos periódicos. Os livros didáticos da coleção Four Skills compreendem tópicos e exercícios direcionados ao desenvolvimento de quatro habilidades de comunicação: produção oral, produção escrita, compreensão oral e compreensão escrita. Os livros da coleção Leitura em Inglês enfatizam a habilidade da leitura estratégica em língua estrangeira, com foco em diferentes fins específicos: leitura de gêneros midiáticos, leitura de gêneros acadêmicos e leitura voltada para o Teste de Suficiência da UFSM. A abordagem pedagógica adotada nos projetos e materiais busca refletir uma concepção de linguagem como prática social, e portanto, indissociável do contexto. Dentro dessa perspectiva, a forma da linguagem é vista como determinada pela função, seguindo padrões de organização de acordo com cada um dos propósitos que a linguagem pode desempenhar. Por fim, considera-se que por meio da linguagem é possível perceber visões de mundo, identidades e representações sociais e culturais, bem como intervir no mundo, ocasionando mudanças sociais. O livro Leitura em Inglês – Intensivo corresponde a um curso de 30 horas que iniciar o aluno na leitura de textos em inglês praticados no contexto acadêmico-científico. Para tanto, dois aspectos são extensivamente explorados: 1. o desenvolvimento de estratégias de leitura em língua estrangeira e 2. a análise da natureza de textos de caráter científico em vários níveis: contexto, conteúdo proposicional, organização retórica, registro acadêmico, léxico, gramática, com foco nos significados e nas funções comunicativa e social que tais textos desemplenham. Sugerimos subdivisões nas unidades com base no “Programa do Teste de Suficiência”. Buscamos propor exercícios variados em termos 1) de nível de exigência, 2) do tipo de tarefa (associar colunas, inferir, sintetizar, listar, etc.) exigida, 3) formato e configuração visual, na tentativa de estimular o aluno a refletir sobre seu processo de leitura conscientemente, permitindo que use as estratégias e informações lingüísticas estudadas em novas situações de leitura fora da sala de aula.

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Sumário

UNIDADE 1 O processo de leitura

1

UNIDADE 2 Entre o popular e o científico

20

UNIDADE 3 Artigos científicos

43

UNIDADE 4 Resenhas acadêmicas

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O Processo de Leitura

1. Analise os textos de A a I e dê um nome para cada um deles.

Roles of Drinking Pattern and Type of Alcohol Consumed in Coronary Heart Disease in Men

Kenneth J. Mukamal, M.D., M.P.H., Katherine M. Conigrave, M.B., B.S., Ph.D., Murray A.

Mittleman, M.D., Dr.P.H., Carlos A. Camargo, Jr., M.D., Dr.P.H., Meir J. Stampfer, M.D.,

Dr.P.H., Walter C. Willett, M.D., Dr.P.H., and Eric B. Rimm, Sc.D.

Background Although moderate drinking confers a decreased risk of myocardial infarction, the roles of

the drinking pattern and type of beverage remain unclear.

Methods We studied the association of alcohol consumption with the risk of myocardial infarction

among 38,077 male health professionals who were free of cardiovascular disease and cancer at base line. We assessed the consumption of beer, red wine, white wine, and liquor individually every four

A. _____________________________

UNIDADE 1

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years using validated food-frequency questionnaires. We documented cases of nonfatal myocardial infarction and fatal coronary heart disease from 1986 to 1998.

Results During 12 years of follow-up, there were 1418 cases of myocardial infarction. As compared with men who consumed alcohol less than once per week, men who consumed alcohol three to four or five to seven days per week had decreased risks of myocardial infarction (multivariate relative risk, 0.68 [95 percent confidence interval, 0.55 to 0.84] and 0.63 [95 percent confidence interval, 0.54 to 0.74], respectively). The risk was similar among men who consumed less than 10 g of alcohol per drinking day and those who consumed 30 g or more. No single type of beverage conferred additional benefit, nor did consumption with meals. A 12.5-g increase in daily alcohol consumption over a four-year follow-up period was associated with a relative risk of myocardial infarction of 0.78 (95 percent

confidence interval, 0.62 to 0.99).

Conclusions Among men, consumption of alcohol at least three to four days per week was inversely

associated with the risk of myocardial infarction. Neither the type of beverage nor the proportion consumed with meals substantially altered this association. Men who increased their alcohol consumption by a moderate amount during follow-up had a decreased risk of myocardial infarction.

New England Journal of Medicine, 348 (2):109-118

Retrieved July 22, 2011 from http://www.iated.org/iceri2011

C. _____________________________

B. _____________________________

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Retrieved July 22, 2011 from

http://member.america.htc.com/download/web_materials/Manual/Dopod_C500/C500_Manual_Chinese.pdf

D. ___________________________

Tundo, P.; Perosa, A.; Zecchini, F. (Eds). (2007). Methods and

reagents for green chemistry. New Jersey: John Wiley & Sons, Inc.

E. _______________________

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Retrieved Aug 4, 2008, from: http://www2.esf.org/asp/esfrcaf.asp?confcode=284&meetno=1

F. ___________________________________

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Retrieved Aug 11, 2008, from: http://www.bbc.co.uk/persian/science/story/2008/07/080731_si-mars-waterfound.shtml

G. _____________________________

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Retrieved July 26, 2011 from http://www.bbc.co.uk/arabic/weather/?city=1183#weather-nav

I. ___________________________

H. ______________________

Retrieved July 28, 2008,

from http://home.wangjianshuo.

com/archives/2006/07/31/map-shanghai.metro-

complete-thumb.jpg

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2. Assinale a(s) alternativa(s) que indica(m) qual(is) recursos você utilizou para nomear os textos.

a. ( ) vocabulário (palavras-chave) b. ( ) layout (aparência visual dos textos) c. ( ) estrutura textual (organização das informações em blocos mais ou menos

sequenciados, tipos de subtítulos) d. ( ) imagens (não só a presença delas, mas o tipo de imagem, p. ex. se é tabela ou

foto) e. ( ) conhecimento prévio (familiaridade com textos parecidos) f. ( ) outros: ________________________

3. Em grupos de quatro, discuta as seguintes questões com seus colegas:

a. Quais textos você conseguiu nomear com mais facilidade? Por quê? b. Quais textos você nomeou com mais dificuldade? Por quê? c. Houve algum texto que você não conseguiu nomear? Por quê? d. Em que medida sua falta de conhecimento sobre os idiomas inglês, holandês, persa,

mandarim e vietnamita interferiu na identificação dos textos? e. Em que medida sua falta de familiriadade com as práticas sociais (ou seja, com os

eventos comunicativos, p. ex. previsão do tempo, manual de instrução, etc.) da qual cada texto faz parte interferiu na identificação dos textos? Explique.

( ) interferiu muito ( ) interferiu razoalvemente ( ) interferiu pouco

Dica Quando estamos lendo, é relevante que nos perguntemos:

1. Por que estou lendo esse texto?

2. Preciso ler o texto por inteiro? 3. Por onde devo começar a ler? 4. Quais partes desse texto são mais relevantes para meu objetivo de

leitura?

Essas perguntas podem nos ajudar a economizar tempo porque vão nos levar ‘direto ao ponto’. Elas também indicam que a maneira como lemos depende do objetivo pelo qual estamos lendo. Uma das maneiras de ler tem sido chamada – em pesquisas sobre o ensino de leitura – de skimming. O skimming consiste em ‘correr os olhos pelo texto’, é uma leitura rápida feita para captar apenas a idéia central e/ou geral do texto. Para resolver a atividade 1, por exemplo, você provavelmente usou o skimming. Não usamos essa estratégia só para a leitura de textos em língua estrangeira. Recorremos ao skimming constantemente no nosso dia-a-dia quando, por exemplo, folhamos um jornal ou uma revista na sala de espera do consultório médico. Além do skimming, há várias outras ESTRATÉGIAS DE LEITURA. Talvez você não perceba, mas é bastante provável que inconscientemente você já use muitas delas quando lê textos na sua língua materna. Neste curso vamos tentar ‘trazer’ essas estratégias para um nível consciente e dar nomes a elas, já que são fundamentais para ajudar você a ler textos em línguas estrangeiras.

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4. Levando em conta que quando lemos um texto temos algum objetivo para tal leitura, indique possíveis objetivos/razões/motivos para lermos os textos de A a I. Texto A: ___________________________________________________________________ Texto B: ___________________________________________________________________ Texto C: ___________________________________________________________________ Texto D: ___________________________________________________________________ Texto E: ___________________________________________________________________ Texto F: ___________________________________________________________________ Texto G: __________________________________________________________________ Texto H: ___________________________________________________________________ Texto I: ___________________________________________________________________

Dica

Dentro da sala de aula, de um modo geral quem escolhe os textos que vamos ler

é o professor. Fora da sala de aula, entretanto, somos nós que decidimos o que

será lido.

Mas como tomamos essa decisão, tendo em vista que há zilhões de textos ao

nosso alcance?

Decidimos o que vamos ler e como vamos ler (ou superficialmente, ou prestando

atenção a determinados partes do texto, ou repetidas vezes, etc) com base em

interesses e necessidades sociais ou pessoais. São esses interesses e necessidades

que geram o objetivo da leitura e que conduzem à maneira como „abordamos‟

cada texto. Por exemplo, se precisamos tomar um remédio, mas não sabemos a

dosagem diária permitida, vamos direto para a seção Posologia da bula.

Mas quem ou o quê determina o objetivo da leitura quando não somos nós quem

escolhe o texto?

Em aula e em situações de testagem (Teste de Proficiência/Suficiência, Vestibular,

concursos públicos), são as questões que estabelecem os objetivos de leitura. São

elas que vão dizer como devemos abordar o texto, se precisamos ler tudo ou não

e quais são as partes do texto que precisam ser lidas.

Portanto, em aula e em situações de testagem:

Leia as questões antes de ler o texto.

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5. Na produção de um texto, escolhas em termos de layout, da organização das informações, de estilo (formal vs. informal), de palavras, da presença ou não de imagens, dentre outras, dependem de vários fatores. O principal fator que definidor dessas escolhas são objetivos do/s autor/es e dos leitores do texto. Mas outros fatores, como a fonte (livro acadêmico, revista, jornal) e a mídia (impressa, audiovisual, digital, etc.) onde o texto foi publicado também abrem possibilidades e impõe restrições para como será a aparência final do texto. Nossa experiência de leitura nos mostra, por exemplo, que uma reportagem de revista impressa tem mais imagens do que uma reportagem de jornal impresso (provavelmente porque o jonal é diário e pensado para ser lido rapidamente). Também notamos que se a mesma reportagem é publicada na versão online da revista, poderá ter uma configuração totalmente diferente, podendo estar distribuída em várias “janelas”, conter ainda mais imagens, e incluir hiperlinks. Isso quer dizer que, dependendo dos objetivos da interação mediada pelo texto, da fonte, da mídia, as expectativas do leitor quanto ao layout, formato e tipo de recursos usados no texto variam. No caso dos textos de A a I, em quais você espera encontrar: a. hiperlinks (recurso de ligação digital que, quando ativado por meio de um clique, conecta

duas partes no mesmo documento ou diferentes documentos)? b. imagens (fotos, gráficos, figuras, tabelas, mapas, etc.)? c. informações divididas/separadas em blocos (identificáveis por algum elemento tipográfico

como subtítulos, espaçamento)? Para que você não precise ficar voltando às páginas anteriores ao responder as alternativas abaixo, sugerimos que você escreva os nomes dos textos ao lado das letras A, B, C, D, etc. na primeira coluna, seguindo o exemplo.

HIPERLINKS IMAGENS BLOCOS

( ) Texto A __capa de livro __________

( ) Texto B _______________________________

( ) Texto C ______________________________

( ) Texto D ______________________________

( ) Texto E ______________________________

( ) Texto F _____________________________

( ) Texto G ______________________________

( ) Texto H ______________________________

( ) Texto I ______________________________

( ) Texto A

( ) Texto B

( ) Texto C

( ) Texto D

( ) Texto E

( ) Texto F

( ) Texto G

( ) Texto H

( ) Texto I

( ) Texto A

( ) Texto B

( ) Texto C

( ) Texto D

( ) Texto E

( ) Texto F

( ) Texto G

( ) Texto H

( ) Texto I

6. Os campos semânticos, ou seja, as palavras e seus significados, também variam de um texto para o outro e de uma atividade humana para a outra. Se, por exemplo, a atividade é a „preparar um carreteiro ‟, podemos encontrar palavras como „arroz, charque, cebola, misturar, dourar, tomate, cozinheiro, fogão‟ relacionadas a essa atividade, mas sabemos que provavelmente não encontraremos a palavra „nanotecnologia‟ nesse contexto. Nesse

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sentido, que palavras poderiam ser relacionadas com o campo semântico associado à imagem abaixo?

7. Ainda em relação à noção de campo semântico, relacione as colunas de modo a identificar a palavra-chave (1-9) da coluna à esquerda que pode ser associada a cada um dos nove textos (coluna da direita).

(1) Gráfico (2) Ensolarado (3) Prazo (4) Funções (5) Orgânica (6) Modalidade/ Tipo de apresentação (7) Estação (8) Saúde (9) Satétile

( ) Texto A ( ) Texto B ( ) Texto C ( ) Texto D ( ) Texto E ( ) Texto F ( ) Texto G ( ) Texto H ( ) Texto I

8. O Texto C foi acessado na Internet. No menu desse texto há uma série de hiperlinks. Usando seu conhecimento prévio sobre textos dessa natureza, sugira uma tradução para o português para cada um desses itens hyperlincados.

a. Announcement: ________________________________________

b. Important dates: ________________________________________

c. Topics: _______________________________________________

d. Who should attend?: ___________________________________

e. Call for papers: ________________________________________

f. Abstract Submission: ____________________________________

g. Presentation Instructions: _________________________________

h. Registration: __________________________________________

i. Programme: ___________________________________________

j. ICERI 2011 Committee: __________________________________

l. Venue: _______________________________________________

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m. About Madrid: _____________________________________________

n. Accomodation & Travel: _________________________________

Dica

No exercício anterior (8) você deve ter notado que nem sempre a tradução de uma

palavra do inglês para o português, oferecida pelo dicionário, serve para o

contexto onde a palavra foi usada. Observe como ficaria a tradução literal de

“abstract submission” (letra f), por exemplo:

abstract submission = submissão abstrata

Como leitores regulares de anúncios de eventos/congressos, sabemos que essa

tradução não „cabe‟ nesse contexto nem nessa parte do website (menu), que

oferece a lista com as informações essenciais para os interessados em participar do

congresso.

Então, na hora de traduzir uma palavra (ou um grupo de palavras) de uma língua

para a outra, não se esqueça de, em primeiro lugar, considerar o contexto onde a

palavra está sendo usada.

Outra dica de tradução importante está relacionada à diferença na ordem das

palavras entre o inglês e o português. Considere o seguinte grupo de palavras

retiradas do Texto E:

Enantioselective metal catalyzed oxidation processes

Como fica esse grupo em português?

( ) Enantiosseletiva metal catalisado oxidação processos

( ) Processos de oxidação catalisados por metais enantiosseletivos

( ) Metais enantiosseletivos catalisados por processos de oxidação

( ) Oxidação de metais enantiosseletivos catalisados no processo

( ) Oxidação catalisada no processo metal enantiosseletivo

( ) Catalisação enantiosseletiva de metais oxidados no processo

( ) Processos de oxidação de metais enantiosseletivos catalisados

( ) outra: _______________________________________________________

Ao traduzirmos grupos de palavras como esse – tecnicamente chamados de grupos

nominais porque têm como núcleo um substantivo – do inglês para o português, a

tradução deve começar pelo último termo (na maioria dos casos). Não devemos

traduzir palavra por palavra na seqüência em que elas aparecem porque o

resultado final pode nos confundir e atrapalhar nossa compreensão do texto. Veja,

por exemplo, como a tradução literal palavra por palavra do grupo nominal em

questão fica sem sentido em português:

??

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Enantioselective metal catalyzed oxidation processes

Enantiosseletiva metal catalisado oxidação processos

Temos que procurar o núcleo do grupo, aquilo sobre o que se está falando. No

inglês, esse núcleo comumente aparece no final do grupo; no português, no início.

No caso do grupo nominal em questão, o núcleo é processos. Por isso a tradução

começa com essa palavra:

Enantioselective metal catalyzed oxidation processes

Processos de oxidação catalisados por metais enantiosseletivos

É claro que esse exemplo é um dos mais complexos. Para lembrar dessa

inversão dos elementos entre o inglês e o português, podes usar como

modelo um grupo nominal bem mais simples e familiar:

HOT DOG

CACHORRO QUENTE 9. Com base nessas dicas de tradução (relevância do contexto e da estrutura do texto e a diferença entre a ordem das palavras do inglês para o português), passe os seguintes grupos nominais retirados do Texto H para o português.

a. organic chemistry: ___________________________________________

b. green chemistry: ____________________________________________

c. technical incineration processes: _______________________________

d. supported liquid-phase systems: _______________________________

e. transition metal catalysis: _____________________________________

f. waste minimization: __________________________________________

??

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Dica

Você deve ter notado que as palavras do Texto E destacadas no exercício anterior

(9) são muito parecidas na grafia e no significado com palavras do português.

Quando se trata da terminologia técnica/ especializada de uma área do

conhecimento, a porcentagem de semelhança entre português e inglês é em geral

alta. Isso pode ser explicado em

função de pelo menos três fatores:

1. o latim já foi a “língua da

ciência”;

2. o latim exerceu grande

influência na formação da

língua inglesa, conforme mostra

o gráfico ao lado; e

3. o português é uma língua

neolatina.

Palavras em inglês semelhantes a

palavras do português podem,

portanto, ser consideradas nossas

amigas na hora da leitura de textos

em inglês.

Todavia, como na vida, na

linguagem também há “falsos

amigos”: palavras que não são o que parecem. Apesar da identidade morfológica

e/ou fonológica (grafia e/ou som semelhantes, respectivamente), essas palavras têm

significados diferentes de uma língua para outra. Tecnicamente falando, tais termos

são chamados falsos cognatos.

Ex.: Argument (n) - discussão, bate boca Argumento - reasoning, point

Expert (n) - especialista, perito Esperto - smart, clever

Journal (n) - periódico, revista especializada Jornal - newspaper

No final deste livro apresentamos uma listagem dessas palavras para seu estudo

(Anexo A).

Outro recurso que pode ajudar você a ler textos em inglês e a fazer a tradução

adequada dos termos de um grupo nominal são os sufixos: terminações adicionadas

ao final das palavras. Os sufixos podem mudar a classe gramatical de uma palavra, ou

seja, transformar um verbo em um substantivo (ex. promote → promotion), um

substantivo em um adjetivo (promotion → promotional) ou ainda um adjetivo em um

advérbio (promotional → promotionally). Considere, por exemplo, o grupo nominal:

Culturally meaningful context

Se reconhecermos que o sufixo -ly indica que a palavra é um advérbio e que o sufixo –

ful indica que a palavra é um adjetivo, então a tradução adequada para o português

desses termos será uma palavra com a mesma classe gramatical.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/English_language

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Inglês Português

“culturally” (advérbio) = “culturalmente” (advérbio)

“meaningful” (adjetivo) = “significativo” (adjetivo)

Assim, usando apenas os sufixos como base, podemos concluir que a tradução

palavra por palavra do grupo terá que ser:

Culturally meaningful context

Culturalmente significativo contexto

Mas como já vimos anteriormente, a ordem dos termos dos grupos nominais entre

inglês e português varia. Então, como ficaria a tradução mais adequada desse grupo

nominal?

TRADUÇÃO: _________________________________________________

A seguir apresentamos uma lista de alguns tipos de sufixos em inglês, sua função e

exemplos de palavras formadas por eles.

SUFIXOS

A. Sufixos que formam substantivos 1. -hood (subst. contável em subst. abstrato) = ‘o estado de ser’

childhood fatherhood neighborhood

2. -ship (subst. contável em subst. abstrato) = ‘o estado de ser’

citizenship friendship leadership relationship

3. -ist e -(i)an (subst. em subst.) = pessoa associada a certa coisas

geologist biologist mathematician physician

4. -ness (adj. em subst. abstrato) = o estado, a qualidade de

cleverness (esperteza) darkness (escuridão) faithfulness (lealdade)

happiness (felicidade) kindness (gentileza) usefulness (utilidade)

5. -ity (adj. em subst. abstrato) = o estado, a qualidade de; equivalente ao -idade do português.

ability (habilidade, capacidade)

activity (atividade)

applicability (relevância, utilidade)

availability (disponibilidade)

purity (pureza)

responsibility (responsabilidade)

scarcity (escassez)

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6. -ment, -ance, -ence (verbo em subst.) = a ação de, o resultado da ação de.

development performance residence

7. –tion/-sion (verbo em subst.) = o estado, a ação ou a instituição; equivale ao -ção do português.

abortion (aborto)

acquisition (aquisição, assimilação)

confusion (confusão)

connection (conexão

discussion (discussão)

identification (identificação)

inclusion (inclusão)

permission (permissão)

pretension (pretensão, alegação duvidosa)

reception (recepção)

relation (relação)

seduction (sedução)

subscription (assinatura de um periódico)

translation (tradução)

8. -er (verbo em subst.) = o agente da ação; sufixo de alta produtividade.

baker (padeiro, confeiteiro)

blender (liquidificador)

boiler (tanque de aquecimento, caldeira)

diver (mergulhador)

drummer (baterista)

drier (secador)

eraser (apagador, borracha)

folder (pasta para papéis)

freezer (congelador)

leader (líder)

prosecuter (promotor)

reader (leitor)

smoker (fumante)

teacher (professor)

9. -al, -age (verbo em subst.) = o ato de; o resultado do ato de

removal reversal drainage coinage

B. Sufixos que formam adjetivos 1. -ful (= cheio de ..., que tem ....) e -less (= sem ...)

NOUN ...ful ADJECTIVE ...less ADJECTIVE

care (cuidado)

harm (dano, prejuízo)

meaning (significado)

power (potência)

use (uso)

careful (cuidadoso)

harmful (prejudicial)

meaningful (significativo)

powerful (potente)

useful (útil)

careless (descuidado)

harmless (inócuo, inofensivo)

meaningless (sem sentido)

powerless (impotente)

useless (inútil)

beauty (beleza)

skill (habilidade)

wonder (maravilha)

beautiful (belo, bonito)

skillful (habilidoso)

wonderful (maravilhoso)

-

-

-

home (casa)

price (preço)

rest (descanso)

speech (fala)

wire (arame, fio)

-

-

-

-

-

homeless (sem-teto)

priceless (que não tem preço)

restless (inquieto)

speechless (sem fala)

wireless (sem fio)

2. -y e -ly (subst. em adj.) = que tem qualidade de , que tem aparência de

greasy salty fatherly weekly

3. -ous (subst. em adj.)

ambitious erroneous virtuous dangerous

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4. -able ou -ible (verbo em adj.) = o mesmo que o sufixo -ável ou -ível do português.

accesible (acessível)

achievable (realizável)

affordable (que está dentro de

nossa capacidade financeira)

available (disponível)

bearable (sustentável, suportável)

believable (acreditável)

changeable (mutável)

5. -ive (verbo em adj.)

destructive relative productive

C. Sufixos que formam advérbios 1. -ly (adj. em adv.) = equivale ao -mente do português

ADJECTIVE …ly ADVERB

actual (real)

bad (mau)

careful (cuidadoso)

careless (descuidado)

dangerous (perigoso)

eager (ansioso, ávido)

fortunate (afortunado, feliz)

hopeful (esperançoso)

late (tarde, último)

proud (orgulhoso)

quick (ligeiro)

sincere (sincero)

slow (lento)

soft (suave, macio)

sudden (repentino)

true (verdadeiro)

unfortunate (infeliz)

wise (sábio, prudente)

actually (de fato, na realidade)

badly (maldosamente, com extrema necessidade)

carefully (cuidadosamente)

carelessly (de forma descuidada)

dangerously (perigosamente)

eagerly (ansiosamente, avidamente)

fortunately (felizmente)

hopefully (esperemos que)

lately (ultimamente)

proudly (orgulhosamente)

quickly (ligeiramente)

sincerely (sinceramente)

slowly (lentamente)

softly (suavemente)

suddenly (repentinamente)

truly (verdadeiramente)

unfortunately (infelizmente)

wisely (sabiamente, prudentemente)

10. Transcreva abaixo 5 palavras do texto B e 5 palavras do texto C que contêm sufixos. Depois traduza-as.

5 palavras do Texto b que contêm sufixo 5 palavras do Texto C que contêm sufixo

Palavra Tradução Palavra Tradução

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11. Além dos sufixos, existe outra terminação adicionada antes de uma palavra que pode proporcionar um significado diferente à essa palavra. Essa terminação é chamada de prefixo. No anexo B, apresentamos um quadro com alguns dos prefixos mais comuns em

inglês e exemplos de palavras formadas com o uso desses prefixos. Com base no seu conhecimento sobre sufixos e na breve explicação sobre prefixos, circule nas palavras listadas abaixo os prefixos e/ou sufixos em cada uma. Na sequência, identifique qual a classe gramatical de cada palavra utilizando o código abaixo:

(A) Adjetivo (V) Verbo (S) Substantivo (Ad) Advérbio

( ) information

( ) beautiful

( ) consumption

( ) individually

( ) nonfatal

( ) additional

( ) inversely

( ) attention

( ) responsibility

( ) unclear

( ) announcement

( ) opportunity

( ) achievements

( ) collaborative

( ) enormous

( ) lovely

12. Agora, troque os sufixos das palavras acima de modo que mude suas classes gramaticais. __________________________________________________________________________

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13. Para finalizar esta unidade, discuta com os colegas e a professora quais das estratégias de leitura em língua estrageira abaixo foram destacadas nesta unidade.

a. ( ) antes de ler o texto, observar a mídia de publicação (internet, impressa, televisiva), a

fonte de publicação, a seção, a data e a autoria na tentativade ativar nosso

conhecimento prévio sobre esses fatores e fazer previsões conscientes e informadas

sobre função, objetivo, público-alvo, organização e assunto do texto.

b. ( ) examinar as imagens (Tabelas? Fotos? Símbolos? Fórmulas? Esquemas?) e outros

recursos visuais (tamanho e estilo da fonte, presença ou não de cores) antes de ler

palavra por palavra, pois podem indicar muito sobre o assunto, o público-alvo, a

organização, o objetivo do texto.

c. ( ) analisar a presença ou não de subdivisões o texto e os subtítulos para fazer previsões

sobre quais informações o texto abrange e onde podem ser localizadas rapidamente.

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d. ( ) fazer uma leitura superficial não-linear – skimming – do texto para identificar aspectos

gerais sobre provável assunto.

e. ( ) escanear o texto em busca de informações específicas.

f. ( ) fazer um levantamento de palavras cognatos e outras palavras cohecidas para fazer

inferências sobre palavras desconhecidas.

g. ( ) usar o dicionário de forma eficiente para identificar a tradução de palavras relevantes

cujo significado não tenha ficado claro com o uso de outras estratégias.

h. ( ) fazer mapa semântico sobre os potenciais significados a serem encontrados no texto,

com base em palavras-chave.

i. ( ) usar o co-texto (texto “em volta” do texto) como mecanismo para ajudar a identificar o

provável significado bem como a função e a classe gramatical (p. ex., verbo, substantivo,

adjetivo, advérbio etc.) de uma palavra desconhecida.

j. ( ) prever o significado/a tradução de palavras a partir de características morfológicas

como sufixos/prefixos.

k. ( ) fazer previsões sobre o conteúdo de um parágrafo a partir da compreensão da oração

inicial.

l. ( ) distinguir idéias/argumentos/informações principais de idéias/argumentos/informações

secundárias.

m. ( ) distinguir representação de fatos da representação de opiniões.

n. ( ) reconhecer o tipo de relação (p. ex., comparação, contraste, soma, causa-consequência

etc.) entre as idéias/ argumentos/informações apresentadas no texto a partir de pistas da

linguagem como os conectores (however, and, in addition, therefore, nevertheless,

consequently, because, conversely, more... than etc.).

o. ( ) identificar relações lexicais de sinonímia, antonímia, hiperonímia, referência, que

constróem a coesão e a coerência do texto.

p. ( ) reler partes do texto e corrigir inferências já feitas quando a compreensão do texto fica

comprometida.

q. ( ) parafrasear orações, parágrafos, seções na tentativa de resumir essas partes do texto.

r. ( ) cronometrar o tempo de leitura para otimizá-lo.

s. ( ) ter em mente o objetivo pelo qual você está lendo o texto e tentar alcançá-lo indo

“direto ao ponto”, sem antes traduzir o texto todo palavra por palavra.

t. ( ) considerar todas as experiências de leitura em língua materna, pois ajudarão na leitura

em língua estrageira.

u. outras: ___________________________________________________________________________________________

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