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    Seja Bem Vindo!

    Curso

    Cozinheiro

    Parte 2

    Carga horria: 55hs

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    Dicas importantes

    Nunca se esquea de que o objetivo central aprender ocontedo, e no apenas terminar o curso. Qualquer um termina,s os determinados aprendem!

    Leia cada trecho do contedo com ateno redobrada, no sedeixando dominar pela pressa.

    Explore profundamente as ilustraes explicativasdisponveis, pois saiba que elas tm uma funo bem maisimportante que embelezar o texto, so fundamentais paraexemplificar e melhorar o entendimento sobre o contedo.

    Saiba que quanto mais aprofundaste seus conhecimentosmais se diferenciar dos demais alunos dos cursos.

    Todos tm acesso aos mesmos cursos, mas oaproveitamento que cada aluno faz do seu momento deaprendizagem diferencia os alunos certificados dos alunoscapacitados.

    Busque complementar sua formao fora do ambientevirtual onde faz o curso, buscando novas informaes e leiturasextras, e quando necessrio procurando executar atividadesprticas que no so possveis de serem feitas durante o curso.

    Entenda que a aprendizagem no se faz apenas no momentoem que est realizando o curso, mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento s coisas que esto sua volta permiteencontrar elementos para reforar aquilo que foi aprendido.

    Critique o que est aprendendo, verificando sempre aaplicao do contedo no dia-a-dia. O aprendizado s temsentido quando pode efetivamente ser colocado em prtica.

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    Contedo

    Unidade 7

    Ascores sAudve isdosvegetA is

    Unidade 8

    PAstA!

    Unidade 9

    cArneseA ves

    Unidade 10

    PescAdos

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    Cozinhei ro 2

    u n i d a d e 7

    As cores saudveis dosvegetaisComo vimos na primeira Unidade do Caderno 1, desde a Pr--histria os hbitos alimentares das pessoas vm se transformando.

    Hoje, no entanto, algumas mudanas esto comprometendo asade de parte considervel da populao mundial, tanto deadultos como de crianas.

    A obesidade provocada pelo crescente consumo de fast food,frituras, gorduras, refrigerantes e acar, que tm comprometi-do a boa alimentao.

    O Instituto Brasileiro de Geografa e Estatstica (IBGE) realizouum estudo sobre o consumo alimentar dos brasileiros, comparan-do os perodos 2002-2003 e 2008-2009, e concluiu: diminuiu oconsumo de arroz e feijo e aumentou o de refrigerante e cerveja.

    Atividade 1B o ns hB i tos a l i m e n ta res

    1. Leia o texto a seguir e assinale as palavras cujo sentido vocno compreender.

    Brasileiros comem mais acar e menos

    frutas e hortalias que o recomendado

    O consumo de frutas e hortalias nos domi-

    clios brasileiros no passa de um quarto das

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 9

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    recomendaes dos nutricionistas, enquanto a ingesto de acar

    representa 16,4% das calorias totais das famlias, sendo que a

    orientao no ultrapassar 10%. Isso o que mostra a Pesquisa

    de Oramentos Familiares (POF) 2008-2009, divulgada nesta

    quinta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia eEstatstica).

    A pesquisa tambm mostra que o consumo de gordura nas residn-

    cias brasileiras, que representa 29% das calorias totais, est bem

    prximo do mximo recomendado, de 30%. Nas regies Sul e Su-

    deste, porm, o limite j foi ultrapassado, com 31% e 32%, respec-

    tivamente.

    O aumento do consumo de lipdios pode ser explicado, em parte,

    pela aquisio maior de misturas industrializadas, algo que foi re-

    gistrado em todos os estratos. Nas famlias com renda mais baixa,

    a aquisio desse tipo de alimento praticamente dobrou, passando

    de 1,1% para 2,1% do total de calorias, em comparao com a pes-

    quisa anterior, de 2002-2003. J nos domiclios com rendimento

    mais alto, o aumento foi de 25%.

    Os dados deixam claro que o consumo de gordura aumenta e o de

    carboidratos diminui de acordo com a melhora no rendimento das

    famlias. O limite mximo recomendado para as gorduras saturadas

    (10% das calorias totais) quase alcanado na classe de renda men-

    sal de dez a 15 salrios mnimos (9,5%) e ultrapassado na classe de

    mais de 15 salrios mnimos (10,6% das calorias totais).

    A proporo mnima recomendada de 55% de carboidratos no se

    cumpre para as famlias com renda mensal superior a 15 salrios

    mnimos. Para piorar, cerca de 30% dos carboidratos da dieta nes-

    sa faixa de renda correspondem a acares livres (acar de mesa,

    rapadura, mel e acares adicionados a alimentos processados), em

    vez de acares provenientes de massas, gros e frutas.

    A POF 2008-2009 mostra que a disponibilidade domiciliar mdia de

    alimentos corresponde a 1 611 calorias dirias por pessoa, sendo 1 536

    calorias no meio urbano e 1 973 calorias no rural. Isso no significa

    que esse seja o total de calorias consumido no dia, j que a pesquisa

    no leva em conta o que se come fora de casa. Em relao ao levan-

    tamento anterior, houve uma reduo de 180 calorias.

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    Menos arroz, feijo e farinha

    A anlise da evoluo de consumo de produtos individualmente permite

    concluir que a mesa do brasileiro hoje conta com menos arroz e feijo,

    tradio que costuma ser elogiada pelos nutricionistas. A mdia per capi-

    tade arroz polido adquirido caiu de 24,6 kg para 14,6 kg (queda de 40,5%),

    enquanto a de feijo passou de 12,4 kg para 9,1 kg (reduo de 26,4%).

    A aquisio de acar refinado caiu de 6,1 kg per capitapara 3,2 kg(reduo de 48,3%). Tambm houve queda na aquisio de farinha de

    trigo (33,2%) e de mandioca (31,4%).

    Entre os produtos que apresentaram maior aumento per capitaesto

    o refrigerante de cola (39,3%), a gua mineral (27,5%) e a cerveja (23,2%).

    Brasileiros comem mais acar e menos frutas e hortalias que o recomendado. UOL Cincia e Sade, 16

    dez. 2010. Disponvel em: .

    Acesso em: 23 maio 2012.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 11

    Como o prato do brasileiro em casa (Fonte: IBGE)

    Macronutrientes

    Participaorelativa no total

    de calorias(2002-2003)

    Participaorelativa no total

    de calorias(2008-2009)

    Propororecomendada

    Carboidratos 60,6% 59,2% entre 55% e 75%

    Acares livres 16,4% 16,4% at 10%

    Demais carboidratos 44,1% 42,9%

    Protenas 11,6% 12,1% entre 10% a 15%

    Animais 6,1% 6,7 %

    Vegetais 5,5% 5,4%

    Lipdios 27,8% 28,7% entre 15% e 30%

    cidos graxosmonoinsaturados

    8,7 % 9,2%

    cidos graxos poli--insaturados

    9,2% 9,2%

    cidos graxossaturados

    7,9% 8,3% at 10%

    http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/12/16/http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/12/16/
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    2. Procure no dicionrio as palavras que voc assinalou.

    3. Em grupo, discutam as seguintes questes:

    a) O que compreenderam sobre o texto?

    b) O que deve ser ingerido para se obter uma alimentao saudvel?

    c) Qual o papel do cozinheiro nos hbitos alimentares de uma populao?

    d) Que medidas o cozinheiro pode adotar visando a uma alimentao maissaudvel?

    Preparos saudveis

    As coresdos vegetais, das frutas e dos legumes so defnidas pelas substnciasque eles contm, chamadas pigmentos, e podem indicar como esses alimentos

    colaboram para a nossa sade.

    Lutenapigmento dos vegetais amarelos, que fazem bem para a viso e parao corao e fortalecem o sistema imunolgico. Exemplo: pimento amarelo.

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    FotosearchRM/Easypix

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    Flavonoidespigmentos dos vegetais vermelhos, roxos

    e azuis, que so antioxidantes e fazem muito bem parao corao. Exemplos: beterraba, rabanete, berinjela,repolho roxo.

    Voc sabia?A clorofila um pigmen-to responsvel pela corverde nos vegetais, comono alface.

    Carotenopigmento dos vegetais de tom amarelo e

    laranja, que protegem o corao e fortalecem o sistemaimunolgico. Exemplos: cenoura e laranja.

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    ValentynVolkov/123RF

    Westend61RF/ChristianKargl/Diomedia

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    Os vegetais so importantes para a sade e, quando no consumidos crus, devemter cozimento adequado, para que no percam seus nutrientes.

    Coco a maneira de preparar alimentos com aplicao de calor, o que modifcasua estrutura, altera seu sabor e os torna macios e mais fceis de digerir.

    O ovo cru, por exemplo, possui a casca fna, e a gema e a clara esto no estado l -quido, certo? O que acontece quando o aquecemos em uma panela com gua? Acasca continua fna e conseguimos quebr-la, mas o material interno (gema e clara)transforma-se. o ovo cozido.

    Assim como o ovo, os alimentos que contm protenas, carboidratos, gua, gordu-ra e sais minerais, quando recebem calor, tm sua textura, formato, cor e/ou saboralterados. Isso porque, com o calor, certas propriedades dos alimentos se modifcam:as protenas coagulam, diminuindo ou aumentando de volume; o amido gelatiniza;o acar carameliza.

    Na coco de vegetais, necessrio prestar ateno ao processo de alterao da cor,para controlar essa mudana. Com a coco, as fbras so amolecidas, e sua estru-tura e frmeza mudam. o caso da cenoura, que, ao ser cozida, fca menos dura.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 214

    TPGImages/Easypix

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    Mtodos de coco

    Branqueamento

    O vegetal passa por uma pr-coco rpida e, em seguida, resfriado em gua ge-lada, o que inativa as enzimas nele existentes e inibe a presena de microrganismos.Costuma-se utilizar esse mtodo quando no se quer servir o alimento imediata-mente, bastando, ento, esquent-lo antes de lev-lo mesa.

    Coco em lquido

    Usa-se um caldo, fundo, sopa, gua etc. para ocozimento. Os vegetais devem ser cobertos pelolquido e dispostos com espao entre um e outro,

    para que haja total coco.

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    StockFood/Keystone

    StockFood/Keystone

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    Coco a vapor

    o melhor mtodo para manter os nutrientes dos vegetais. Pode ser feito em umforno combinado (calor seco e mido) ou em utenslios prprios, como panela,cesto e tampa. preciso prestar ateno ao espaamento entre os vegetais, para queo vapor circule.

    Grelharcoco por calor seco

    O meio de coco uma grelha, sobre a qual so depositados os alimentos. Essemtodo preserva os nutrientes e promove uma suculncia e um sabor caractersticos,pois os acares do vegetal so caramelizados.

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    MarekUliasz/Easypix

    FoodCollect

    ion/Diomedia

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    Empanamento

    Envolve-se o alimento a ser frito em farinha ou massa, o que d proteo ao alimen-

    to, tornando-o crocante e dourado.Tipos de empanamento:

    Simplesutiliza-se s um tipo de farinha (de trigo, milho, amndoas etc.).

    Completo utiliza-se uma farinha, um lquido (ovos e leite) e outra farinha.

    Massa molefaz-se uma mistura lquida, que adere ao alimento a ser frito eforma uma camada.

    O alimento deve ser frito logo aps o preparo e seco em papel absorvente.A gordura utilizada modifca o produto fnal, pois cada uma possui sabor e resis-tncia ao calor prprios. Veja algumas no quadro a seguir.

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    Tipo de gordura Ponto de fuso Ponto de fumaa

    Manteiga integral 36 C 121 C

    Manteiga clarificada 36 C 190 C

    leo de milho 11 C 215 C

    Azeite 0 C 190 C

    leo de soja 20 C 240 C

    leo de girassol 17 C 183 C

    Gordura animal 20 C 205 C

    Gordura vegetal hidrogenada 20 C 220 C

    Fo

    odCollection/Diomedia

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    A gordura deve ser trocada quando for detectado um oumais dos seguintes problemas: baixo ponto de fumaa,

    presena de espuma, alterao de cor, sabor ou cheiro,escurecimento do alimento.

    Atividade 2reci c l ag e m d o leo Voc sabia?

    O leo vegetal polui omeio ambiente se noreciclado.

    1. Leia a reportagem a seguir.

    Reciclado, leo de cozinha deixa de ser vilo ambiental

    Talvez voc no saiba, mas o leo que voc descarta no ralo da pia

    da cozinha ou no vaso sanitrio tem um efeito devastador para o

    meio ambiente. Por ms, mais de 200 milhes de litros de leousado vo para os rios e lagos do pas. No Brasil, so produzidos

    por ano 3 bilhes de litros de leos vegetais, diz Levi Torres, coor-

    denador de projetos da Associao Brasileira de Coleta e Reciclagem

    de Resduos de leo Comestvel (Ecleo). Somente 7 milhes de

    litros de leo usados so recolhidos por ms. O Estado de So

    Paulo responsvel pela coleta mensal de 1,8 milho de litros, um

    tero do total no Brasil.

    1. No jogue no ralo

    Estima-se que uma famlia descarte 1,5 litro de leo de cozinha por

    ms. O primeiro passo no jogar o leo que voc usa na cozinha

    pelo ralo da pia. Ele deve ser primeiro resfriado e depois guardado

    para a reciclagem. Para guard-lo, use um recipiente plstico com

    tampa. No dia a dia, v acrescentando o resduo de leo ou gordura

    de frituras. O ideal no reutilizar o leo.

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    2. Sem dor de estmago

    Se o reso for necessrio, observe se aparecem espuma e fu-

    maa durante a fritura. A cor escura do leo e do alimento

    frito, o odor e sabor no caractersticos so sinais de que horade comprar um novo. Reutilizar o leo pode causar diarreia e

    outros problemas de sade.

    3. Em casa

    Em condomnios como o do zelador Carlos Silva, na zona sul

    de SP, h um sistema de coleta em parceria com cooperativas

    que recolhem o material. Caso seu edifcio no tenha uma

    parceria do tipo, leve o leo guardado a um ecoponto ou local

    de coleta. Veja no site da Ecleo (www.ecoleo.org.br) os que

    ficam mais perto de sua casa.

    4. Fora de casa

    Restaurantes e lanchonetes, que utilizam volumes significativos do

    produto, devem entrar em contato com empresas ou entidades

    licenciadas pelo rgo competente da rea ambiental da cidade edescartar o leo em uma bomba, cuja capacidade varia entre 50,

    100 e 200 litros.

    5. Cooperativas

    Diversas cooperativas esto cadastradas para receber o leo usado

    e fazer a primeira etapa do beneficiamento. Consiste em uma fil-

    tragem para tirar os resduos slidos do material. O leo filtrado

    diversas vezes. Quando provm de residncias, tem melhor quali-

    dade do que quando vem de restaurantes.

    6. Nas empresas

    O material encaminhado a uma empresa que vai utiliz-lo para

    obteno de outro produto. Primeiro, ele novamente filtrado,

    depois processado de forma a reduzir sua acidez e umidade. Isso

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    http://www.ecoleo.org.br/http://www.ecoleo.org.br/
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    porque a gua oriunda dos alimentos produz alteraes hidrolticas

    quebra ou mudana de uma substncia pela ao da molcula

    de gua.

    7. Mil e uma utilidades

    Entre os produtos que podem ser feitos a partir de leo reciclado

    esto biodiesel, massa de vidro, sabo, graxas, lubrificantes, rao

    animal, tintas vernizes, fertilizantes, acendedores de churrasqueira

    e massa asfltica.

    8. Biocombustvel

    Mais de 50% do leo recolhido no Brasil vai para a produo de

    biodiesel. S a Petrobras Biocombustvel fica com 10% de tudo o

    que se recicla. A fabricao de rao animal, massa de vidro e

    saponceos aparece logo atrs, nesta ordem. Hoje o leo o maior

    poluidor de guas das regies mais populosas do Brasil.

    Reciclado, leo de cozinha deixa de ser vilo ambiental. O Estado de S. Paulo,29 set. 2010. Disponvel em: .Acesso em: 9 maio 2012.

    2. Refita sobre a questo da reciclagem do lixo diariamente produzido por todosos seres humanos.

    3. Discuta com seus colegas as possibilidades de desenvolver algumas aes nobairro em que cada um de vocs mora para preservar o ambiente. Aps a discus-so, escreva no caderno um texto com o tema Eu, agente de preservao do a m b i e n t e ! .

    Suar e refogar

    Suar o mtodo de coco inicial, que utiliza calor seco e alguma gordura (leo,azeite, gordura de porco, azeite de dend), em pouca quantidade.

    O procedimento consiste em colocar numa panela: alho, cebola e gordura. Essesingredientes so refogados em fogo baixo, de maneira a cozinhar bem lentamente,extraindo o mximo de sabor deles. S depois se insere o outro ingrediente que ser

    preparado. Em seguida, deve-se adicionar gua ou caldo, dando forma ao refogado.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 21

    http://www.estadao.com.br/noticias/http://www.estadao.com.br/noticias/
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    Salteado

    A coco feita rapidamente em pouca gordura, emtemperatura elevada. Em geral, usa-se umasauteuse

    (fala-se stze) ou, na cozinha oriental, uma wok(fala-se uc).

    1. O cozimento excessivo dos vegetaiscausa a perda de nutrientes.

    2. Cozinhe o mais prximo possvelda hora de servir.

    3. Se no for servir os vegetaisimediatamente, branqueie-os para

    interromper a coco.4. Corte os vegetais no mesmotamanho para que a coco seja

    uniforme.5. Cozinhe os diferentes tipos de

    vegetal separadamente, pois cada umpossui um tempo de coco.

    6. Procure utilizar vegetais daestao, pois quando esto mais

    frescos e abundantes.

    Atividade 3m to d osd eco c onapr t i c a

    A turma ser dividida em oito grupos, de maneira quecada um execute um dos mtodos a seguir.

    1. Branqueamento de brcolis

    Modo de preparo:

    leve fervura uma panela com gua em quantidade

    sufciente para que os brcolis sejam submersos;

    corte os brcolis em pedaos uniformes;

    coloque gua e gelo em um bowl (fala-se bl);

    quando a gua ferver, adicione o sal e os brcolis,e cozinhe-os. O tempo de cozimento varia de acor-do com o frescor, tipo e tamanho dos f loretes. Por-tanto, cozinhe-os at estarem macios ao toque do

    garfo.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 222

    Ingrediente Quantidade Unidade demedida

    Sal q.b. (quanto bastar)

    Brcolis 100 grama

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    retire do fogo, escorra a gua em outra panela e reserve;

    coloque os brcolis dentro do bowlcom gua e gelo para dar um choque tr-mico e interromper o cozimento;

    retire os brcolis quando eles estiverem frios;

    observe a cor e a textura dos brcolis.

    Para a coco completa:

    coloque para ferver a panela com a gua que foi reservada do branqueamento;

    assim que ferver, adicione os brcolis que foram branqueados;

    cozinhe at que estejam no ponto; observe a cor, a textura e o sabor dos brcolis.

    2. Couve-for cozida no vapor

    Modo de preparo:

    coloque gua para ferver em uma panela prpria para cozimento a vapor;

    corte a couve-for em pedaos iguais;

    quando a gua estiver fervendo, disponha os pedaos de couve-for no cesto demodo que no se encostem. Polvilhe com sal e tampe a panela;

    cozinhe at que a couve-for esteja macia ao toque de um garfo;

    observe a cor, a textura e o sabor da couve-for.

    3. Legumes grelhados

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 23

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Couve-flor 100 grama

    Sal q.b.

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Berinjela 100 grama

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    Modo de preparo:

    limpe e aquea a grelha;

    corte a berinjela e a abobrinha em rodelas de 0,5 centmetro (cm) de espessura;

    passe o leo de milho na grelha aquecida;

    pincele azeite nos vegetais e disponha-os sobre a grelha;

    vire os vegetais quando estiverem marcados e dourados;

    retire e tempere com sal;

    observe a cor, a textura e o sabor de cada legume.

    4. Legumes assados

    Modo de preparo:

    preaquea o forno a 180 C;

    lave e seque a beterraba e o pimento. Embrulhe a beterraba em papel-alumnio

    e coloque-a para assar com o pimento;

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 224

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Abobrinha italiana 100 grama

    leo de milho 20 mililitro

    Azeite extravirgem 20 mililitro

    Sal q.b.

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Beterraba 1 unidade

    Pimento vermelho 1 unidade

    Papel-alumnio q.b.

    Papel-filme q.b.

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    Cozinhei ro 2

    retire do forno o pimento quando a casca estiver quase queimada e embrulheem papel-flme. Retire a beterraba quanto estiver macia;

    deixe esfriar o pimento e retire a casca;

    observe a cor, a textura e o sabor de cada legume.

    5. Braseado de erva-doce

    Modo de preparo:

    preaquea o forno a 180 C;

    limpe a erva-doce;

    sue a cebola e o alho na manteiga clarifcada, adicione a erva-doce e deixe cozinhar;

    deglaceie com o vinho at reduzir e adicione o fundo de ave;

    deixe ferver e adicione o tomilho, o sal e a pimenta;

    tampe e leve ao forno para cozinhar at que a erva-doce esteja macia ao toque deum garfo;

    retire do forno e separe. Coe o lquido na panela e volte a erva-doce ao fogo;

    espesse o lquido com oslurry (fala-se slri), ajustando sua consistncia;

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 25

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Erva-doce cabea

    Cebola pera em cubos pequenos 50 grama

    Alho em brunoise (fala-sebrinuase) dente

    Manteiga clarificada 15 grama

    Vinho branco seco 30 mililitro

    Fundo claro de aves 200 mililitro

    Tomilho fresco q.b.

    Sal refinado q.b.

    Pimenta-preta em p q.b.

    Amido de milho 5 grama

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    ajuste o sal e a pimenta e acrescente a erva-doce;

    sirva quente;

    observe o ponto, a textura, a cor e o sabor da erva-doce, assim como a textura do

    molho.

    6. Guisado de abbora

    Modo de preparo:

    sue a cebola na manteiga e acrescente a abbora. Deixe cozinhar por alguns

    minutos;

    adicione o mel, o sal, a pimenta e a noz-moscada, mexa e acrescente o vinho branco;

    reduza a um tero e junte o fundo;

    cozinhe em fogo baixo at fcar macia;

    retire do fogo e ajuste o sal e a pimenta;

    observe a cor, a textura e o sabor da abbora.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 226

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Cebola pera em brunoise 50 grama

    Manteiga integral sem sal 30 grama

    Abbora de pescoo emcubos grandes, descascados

    300 grama

    Mel 30 grama

    Sal q.b.

    Pimenta-preta em p q.b.

    Noz-moscada em p q.b.

    Vinho branco seco 30 mililitro

    Fundo claro de aves 100 mililitro

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    Cozinhei ro 2

    7. Fritura por imerso de abobrinha

    Modo de preparo:

    corte a abobrinha em rodelas de 0,5 cm de espessurae bata o ovo em um bowl;

    aquea o leo a 180 C;

    passe a abobrinha na farinha de trigo, depois no ovoe em seguida na farinha de rosca, de maneira que fque

    totalmente coberta;

    frite imediatamente no leo, at dourar;

    retire, seque em papel absorvente e tempere com sal;

    ao prov-la sinta a crocncia, o sabor e o ponto decoco.

    Cuidado com a temperatura do leo:se estiver muito baixa,

    o empanamento vai se desfazer e,se estiver muito alta, a abobrinha vai

    dourar por fora e ficar crua por dentro.

    8. Salteado de vagens

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 27

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Abobrinha italiana 100 grama

    Ovo tipo extra 1 unidade

    leo de milho 180 mililitro

    Farinha de trigo 20 grama

    Farinha de rosca 50 grama

    Sal q.b.

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Vagem francesa 100 grama

    Manteiga clarificada 5 grama

    Sal q.b.

    Pimenta-preta em p q.b.

    Salsa fresca q.b.

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    Modo de preparo:

    lave e limpe as vagens, retirando os fos laterais;

    branqueie as vagens e, em uma sauteuse, aquea a man-

    teiga clarifcada; salteie as vagens, tempere com sal e pimenta e polvilhe

    com a salsa picada;

    sinta a textura, a cor e o sabor das vagens.

    Atividade 4F resco r d osa l i m e n t os

    Para que uma receita tenha bom resultado, importan-te que todos os alimentos usados sejam frescos.

    Tarsila do Amaral,Autorretrato I ,1924. leo sobre papel-tela, 38 cmx 32,5 cm. Acervo Artstico-cultural dos Palcios do Governodo Estado de So Paulo. PalcioBoa Vista, Campos do Jordo.

    1. Observe a obraA feira, da artista plstica Tarsila doAmaral, em que esto representados vrios alimentosque podem ser encontrados em uma feira.

    Tarsila do Amaral (1886--1973) nasceu em Capivari(SP) e comeou a estudararte em 1916. Aprendeu pri-meiro escultura; depois, de-senho e pintura no ateliPedro Alexandrino, em SoPaulo. Fez parte da Semanade Arte Moderna em 1922,com Mrio de Andrade,Oswald de Andrade, MenottiDel Picchia e Anita Malfatti,entre outros. Sua obra maisfamosa,Abaporu, de 1928.

    A obra foi o smbolo do Ma-nifesto Antropfago, que sepropunha a construir umaarte brasileira aps consumire transformar a cultura euro-peia. Em 1951, participou daI Bienal de So Paulo e foihomenageada, em 1969,com uma exposio chamadaTarsila, 50 anos de pintura.

    Tarsila do Amaral.A feir a I, 1924. leo sobre tela, 60,8 cm x 73,1 cm.Coleo particular.

    a) Qual(is) dos alimentos voc colocaria em uma receita?Por qu?

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 228

    TarsiladoAmaralEmpreendimentos

    FotoRo

    muloFialdini

    "TarsiladoAmar

    alEmpreendimentos

    Fot

    oRomuloFialdini"

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    Cozinhei ro 2

    b) Qual seria sua receita com esse(s) alimento(s)?

    2. Discuta com seus colegas e registre, em seu caderno, as ideias deles e as suas.

    Batata

    Vimos, na primeira Unidade do Caderno 1, como a batata passou das mesas dapopulao menos favorecida para os cardpios mais refnados.

    Originria dos Andes, na regio do Peru, na Amrica do Sul, a batata usada naalimentao humana h mais de 7 mil anos.

    Fonte: IBGE. Disponvel em: . Acesso em:4 jun. 2012 (adaptado).

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 29

    IBGE

    http://www.ibge.gov.br/7a12/mapas/http://www.ibge.gov.br/7a12/mapas/http://www.ibge.gov.br/7a12/mapas/http://www.ibge.gov.br/7a12/mapas/
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    Tem-se notcia de que os incas foram o primeiro povo a utiliz-la como base desua nutrio, juntamente com o milho. Em 1532, os espanhis invadiram o terri-trio inca, dando fm a uma civilizao de cultura muito rica, e, por volta de 1570,levaram a batata para a Espanha. Hoje ela um dos vegetais mais cultivados para

    a alimentao humana, fazendo parte da culinria de praticamente todos os pases.

    Atividade 5a B a t a t a e s e u s u s o s

    1. Em um grupo de cinco pessoas, listem as diferentes formas de consumo da ba-tata. Por exemplo: Que prato acompanha? servida assada? E como salada?

    2. Agora, vocs vo ampliar os conhecimentos do grupo. No laboratrio de inform-tica, pesquisem na internet receitas que tenham a batata como ingrediente principal.

    O sucesso de uma receita depende da batata utilizada. H duas categorias:

    batatas cerosastm muita umidade, pouco amido, pele fna e polpa de coramarelada. Suportam cozimento prolongado;

    batatas farinceastm pouca umidade e acar, mas muito amido. Ficam

    douradas quando fritas ou assadas.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 230

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    Cozinhei ro 2

    Algumas regras devem ser obedecidas:

    Use batatas novas, descartando as que estiverem moles, com manchas, brotos e,principalmente, as esverdeadas.

    Conserve-as em lugar fresco, seco e escuro, fora de embalagens plsticas.

    Veja os tipos de batata:

    Atividade 6p re pa ro d e rece i t a s co m Bata ta s

    1. Em um grupo de cinco pessoas, preparem uma das receitas a seguir.

    a) Batata duchesse(duquesa)

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 31

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Batata Monalisa 250 grama

    Gema de ovo 1 unidade

    Manteiga integral sem sal 25 grama

    Sal q.b.

    Pimenta-preta em p q.b.

    Noz-moscada em p q.b.

    Papel-manteiga 1 folha

    Ovo tipo extra 1 unidade

    SoFood/Diomedia

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    Cozinhei ro 2

    pique o alho e rale o queijo;

    unte uma frma com a manteiga e polvilhe-a com oalho;

    preaquea o forno a 150 C;

    disponha as fatias de batata uma sobre a outra emleque, crculo ou linha reta. Despeje a mistura de leitee cubra com o queijo ralado;

    asse em banho-maria at que as batatas estejam macias.

    c) Batatanoisette ouparisienne

    Boleador: Equipamento dacozinha utilizado para dar for-mato de bola a certos tipos dealimentos, como a batata.

    Batata em formato de bola. Para chegar a essa forma,utiliza-se um boleador. Em geral, as batatas so cozidase depois passadas por uma fritura rpida em pouca gor-

    dura, em fogo alto.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 33

    StockFood/Latinstock

    StockFood/Keystone

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    2. No laboratrio de informtica, pesquisem na internet as seguintes receitas:

    To r t i l h a .

    Batata rsti.

    Batata rolha (pomme bouchon).

    Batata gratinada.

    ArrozAssim como a batata, o arroz pode ser dividido em duas categorias: de gro curto e degro longo. O de gro curto o que tem mais amido e tende a fcar cremoso, mido eligado depois de cozido; j o de gro longo fca mais solto, macio e leve.

    O arroz tambm classifcado de acordo com o processo de refnamento:

    polido o arroz que passa por um processo no qual so removidos o germe e acasca, para se obter gros mais limpos, macios e de sabor mais ameno. Nesse

    processo, so perdidos muitos nutrientes.

    parboilizado o arroz que sofre uma pr-coco com a casca no vapor, paraque as vitaminas e os minerais permaneam nos gros.

    integral o arroz que no foi polido, preservando-se seus nutrientes.

    Supostamente, o arroz comeou a ser cultivado h mais de 12 mil anos na ndia ena China, em zonas quentes e midas, como planta semiaqutica. Depois, seu

    plantio foi adaptado para uma ampla variedade de condies ambientais, desde as

    regies de clima rido at as de clima frio.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 234

    Nome Como se fala

    Dauphinoise Dfinoze

    Duchesse Duchsse

    Gruyre Gruir

    Noisette Noasete

    Parisienne Parrisiene

    Pomme bouchon Pome buchom

    Rsti Rost

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    10-

    4

    Cozinhei ro 2

    Com o tempo e com a variao de climas, a espcie de arroz original, Oryza sativa,diferenciou-se em trs subespcies: indica,japonicaejavanica. A indicacompreendia

    as variedades tropicais e subtropicais da ndia e da China; ajaponica, as variedadesde gro curto e redondo do Japo, da China e da Pennsula da Coreia; e a javanica ,

    as variedades bulu(com barba) egundil(sem barba), cultivadas na Indonsia.

    Foram os portugueses que trouxeram o arroz para o Brasil, primeiro pas da Am-rica a comear a cultiv-lo, na dcada de 1550, na Capitania de So Vicente, nolitoral do atual Estado de So Paulo.

    A produo de arroz no mundo (em 2010)

    Crculo Polar rtico

    Trpico de Cncer

    Maiores produtoresmundiais de arroz

    BANGLADESH

    MIANMATAILNDIA

    I N D O N S I A

    - BangladeshTrpico de Capricrnio

    Crculo Polar AntrticoEstados Unidosda Amrica

    Fonte: Organizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao (FAO). Produo de alimentos e pro-

    dutos agrcolas, 2010. Disponvel em: . Acesso em: 4 jun. 2012.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 35

    Javanica

    Japonica

    Indica

    Equador

    OCEANO

    ATL NTICO

    OCEANO

    PACFICO

    OCEANO

    PAC FICO

    OCEANO

    NDICO

    0 60 L 120 L120 O 60 O

    0 60 L 120 L120 O 60 O

    BRASIL

    CHINA

    FILIPINAS

    J AP O

    VIETN

    CAMBOJA

    ESTADOSUNIDOS DAAMRICA

    NDIA

    1- China

    2- ndia

    3- Indonsia

    5Vietn-

    6- Mianma

    7-Tailndia

    8- Filipinas

    9- Brasil

    11 - Japo

    12- Camboja

    0 2 862 km

    HudsonCalasans

    MapsWorld

    http://faostat.fao.org/site/339/default.aspxhttp://faostat.fao.org/site/339/default.aspx
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    Hoje o arroz um dos gros mais cultivados no mundo, fcando atrs apenas domilho e do trigo. Os principais produtores de arroz do mundo atingiram um volu-me aproximado de 608 milhes de toneladas no ano de 2010.

    Considerado o cultivo alimentar de maior importncia econmica em muitos pa-ses em desenvolvimento, sobretudo da sia e da Oceania, o arroz alimento bsicopara bilhes de pessoas.

    A maior produo de arroz do mundo concentra-se em pases asiticos, como mos-tra a tabela a seguir.

    Fonte: Organizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao (FAO). Produo de alimentos e pro-dutos agrcolas, 2010. Disponvel em: . Acesso em: 9 maio 2012.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 236

    Principais pases produtores em 2010(arroz em casca/tonelada)

    China 197,2

    ndia 120,6

    Indonsia 66,4

    Bangladesh 49,3

    Vietn 39,9

    Mianmar 33,2

    Tailndia 31,5

    Filipinas 15,7

    Brasil 11,3

    Estados Unidos da Amrica 11,0

    Japo 10,6

    Camboja 8,2

    Paquisto 7,2

    Repblica da Coreia 5,8

    http://faostat.fao.org/site/339/default.aspxhttp://faostat.fao.org/site/339/default.aspx
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    Existem inmeras formas de trabalhar com o arroz. A mais conhecida o arrozsoltinho, obtido pelo mtodo chamado depilaf, que nada mais do que suar oarroz antes de introduzir a gua.

    Modo de preparo:

    sue a cebola e o alho com a manteiga, em fogo baixo;

    coloque o arroz, mexendo de maneira que a preparao se torne homognea;

    introduza a gua ou o caldo claro fervendo na panela, e adicione sal;

    no momento que o lquido entrar em ebulio, tampe a panela e deixe cozinhar

    em fogo mdio. No mexa na panela enquanto o arroz cozinha, para que eleabsorva o lquido acrescentado;

    caso o arroz no cozinhe o sufciente, acrescente mais um pouco do lquido,

    depois de pronto, solte os gros com o garfo.

    Este arroz servido desta maneira ou ento como um guisado, que pode ser decarne, marisco, entre outros.

    Risoto: a variao fna do arroz

    A boa preparao do risoto depende fundamentalmente do tipo de arroz utilizado.Destacam-se trs tipos, todos de origem italiana: o arbrio, o vialone nanoe o carnaroli.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a

    sempre fervente;

    37

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Arroz de gro longo 500 grama

    Manteiga sem sal 50 grama

    Cebola picada 150 grama

    Alho picado 3 dente

    gua ou caldo claro 1 a 1,5 litro

    Sal q.b.

    Nome Como se fala

    Carnaroli Carnarli

    Vialone nano Vialone nno

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    A receita a seguir a base para outras inovaes quando o assunto risoto.

    Risoto bsico

    Modo de preparo:

    aquea uma panela e sue a cebola em da quantidade da manteiga;

    adicione o arroz e mexa bem. Acrescente o vinho branco e mexa at quase secar;

    com uma concha, coloque aos poucos o fundo de legumes, que deve estar ferven-do. Mexa sempre, at que o arroz esteja cozido e al dente.

    observe o ponto do arroz e sua cremosidade: se ainda estiver muito seco, coloqueum pouco de fundo; se estiver muito mido, mantenha no fogo, mas no deixe

    passar o ponto;

    desligue o fogo. Acrescente a manteiga restante e o queijo parmeso e misturebem;

    acerte o sal e a pimenta e sirva imediatamente.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 238

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Cebola em brunoise 15 grama

    Manteiga integral sem sal 45 grama

    Arroz arbrio 110 grama

    Vinho branco 35 mililitro

    Fundo de legumes 500 mililitro

    Queijo parmeso ralado 35 grama

    Sal q.b.

    Pimenta-preta em p q.b.

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    Atividade 7pro d u o ag rco l an oB r a si l

    1. Em dupla, observem a tabela a seguir.

    Fonte: Grupo de Coordenao de Estatsticas Agropecurias GCEA/IBGE, DPE, COAGRO. LevantamentoSistemtico da Produo Agrcola, agosto de 2010. Disponvel em: . Acesso em: 15 maio 2012.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 39

    Estimativa de produo agrcola brasileira (2011)

    Produtos agrcolas Produo (t)

    Cana-de-acar 715 143 562

    Soja (em gro) 74 941 773

    Milho (em gro) 56 271 772

    Mandioca 25 329 667

    Laranja 19 831 787

    Trigo (em gro) 5 696 244

    Feijo (em gro) 3 500 422

    Batata-inglesa 3 844 750

    Caf (em gro) 2 658 049

    Sorgo (em gro) 1 909 187

    Cebola 1 403 171

    Cevada (em gro) 3 03 748

    Cacau (em amndoa) 245 448

    Triticale (em gro) 137 6 12

    Mamona (baga) 115 2 74

    http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/
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    Discutam a situao agrcola do Brasil indicada na tabela.

    a) Quais os cinco alimentos mais produzidos? Por qu?

    b) Quantos desses produtos fazem parte de nossa refeio cotidiana?

    c) A cidade de vocs agrcola ou industrial? Caso seja agrcola, qual o produto maisproduzido nela?

    2. Vimos que o arroz e a batata so alimentos existentes no mundo inteiro. Todasas culturas os utilizam, mas mesmo assim cultivam produtos que no necessa -riamente fazem parte de nossa alimentao do dia a dia.

    a) Ainda em dupla, leiam os textos a seguir. Procurem no dicionrio as palavrascujo signifcado vocs no conhecem.

    Descobrindo cedo que as terras do Nordeste se prestavam mara-

    vilhosamente ao cultivo da cana-de-acar, os colonizadores sacri-

    ficaram todas as outras possibilidades ao plantio exclusivo da cana.Aos interesses da sua monocultura intempestiva, destruram quase

    que inteiramente o revestimento vivo, vegetal e animal da regio,

    subvertendo por completo o equilbrio ecolgico da paisagem e

    entravando todas as tentativas de cultivo de outras plantas alimen-

    tares no lugar, degradando ao mximo, deste modo, os recursos

    alimentares da regio.

    CASTRO, Josu. Geografia da fome(trecho). Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira.

    by Herdeiros de Josu de Castro

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 240

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    Cozinhei ro 2

    Agronegcio e monocultura

    Hoje, no Brasil, o desenvolvimento dominante exige a apropriao dos

    recursos naturais, a promoo do consumo desenfreado e a produo

    incontrolvel de lixo. Esse modelo cria srios riscos de insustentabilidade

    ambiental e refora a desigualdade social, inter-regional e internacional.

    Por Fase

    Diferentemente do passado, em que as culturas para exportao (cana,

    caf, borracha, cacau, algodo) ocupavam espaos delimitados do ter-

    ritrio, hoje os ciclos produtivos tendem a se espalhar por todo o terri-

    trio, abrindo novas reas na frente de expanso ou reconquistando

    reas degradadas ou abandonadas. Contudo, mesmo que na lgicadesenvolvimentista sejam consideradas degradadas ou abandonadas,

    muitas dessas reas possuem dinmicas ecolgicas e socioculturais que

    desautorizam sua utilizao para o monocultivo.

    Mtodos agressivos de produo

    Esse tipo de produo pode ser considerado totalitrio, uma vez que

    no coexiste com a agricultura camponesa e com o agroextrativismo,

    e menos ainda com a opo agroecolgica. Hoje, a tecnologia de

    correo dos solos e a disponibilidade de sementes que se adaptam

    a diversas condies, entre outros fatores, facilitam a expanso desse

    tipo de produo. Alm disso, o emprego macio de agrotxicos e

    gua dificultam e at mesmo impossibilitam a produo camponesa

    e a sobrevivncia das famlias e ncleos rurais ilhados, pois geram uma

    terra devastada, sem gua ou com gua contaminada, e envenenam

    roas, pomares e pequenas criaes de animais e abelhas.

    A produo em larga escala se aproveita dos preos baixos da terra

    em reas remotas ou consideradas inaptas, de crditos e subsdios e

    da alta lucratividade dos produtos no mercado internacional para ex-

    pulsar pela fora ou pressionar os camponeses e agroextrativistas a

    vender suas posses.

    A grande explorao encarada como natural e nico caminho para

    a produo. Tudo estruturado com base nisso.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 41

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    Cozinhei ro 2

    Um pas se constri na interao de uma populao com o territrio

    no qual est inserida. E essa interao se d nas atividades econmicas,

    sociais, polticas, culturais etc. A construo do territrio brasileiro, tal

    como tem se constitudo nas ltimas dcadas, cria srios riscos de

    insustentabilidade ambiental e refora a desigualdade social, inter--regional e internacional.

    Fonte: Agronegcio e monoculturas, por FASE. Le Monde Diplomatique, 15 out. 2009.Disponvel em: . Acesso em: 9 maio 2012.

    b) Discutam suas impresses sobre os textos que vocs acabaram de ler.

    De acordo com suas experincias e conhecimentos, qual sua opinio sobre asgrandes produes agrcolas?

    Qual o impacto, tanto ambiental como social, que a produo da cana-de-acarcausa, por exemplo, no Estado de So Paulo, onde h predomnio dessa cultura napaisagem das estradas e cidades? Vocs acham que existe alguma alternativa para isso?

    Para ampliar ainda mais seus conhecimentos, que tal ler outro texto sobre a produ-o agrcola no Brasil?

    Dois modelos de sociedade e produo agrcola

    A cada dia que passa fica mais difcil fazer a feira e comprar as frutas,

    legumes e verduras para toda a famlia. O dinheiro gasto com aluguel,

    transporte, supermercado, roupa e remdio, entre outros, absorve

    grande parte do oramento dos brasileiros.

    Mais de 90% dos empregos no pas tm como teto dois salrios mnimos

    [...]. Como resultado, 72 milhes de pessoas no comem o suficiente no

    pas. O desemprego e o empobrecimento da populao tm impactos

    diretos na agricultura e, principalmente, nos 4 milhes de famlias que

    tm pequenas propriedades, onde so produzidos 70% dos alimentosconsumidos no pas, segundo dados do Ministrio da Agricultura.

    O enfraquecimento do mercado interno diminui o consumo de mer-

    cadorias pelos trabalhadores e desvaloriza os produtos agrcolas, o que

    estrangula os pequenos agricultores que do prioridade para a plan-

    tao de alimentos.

    Jornal Sem Terra Especial, 22 jun. 2009.

    Disponvel em: . Acesso em: 9 maio 2012.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 43

    http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=115&PHPSESSID=099chttp://www.mst.org.br/node/7158http://www.mst.org.br/node/7158http://www.mst.org.br/node/7158http://www.mst.org.br/node/7158http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=115&PHPSESSID=099chttp://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=115&PHPSESSID=099chttp://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=115&PHPSESSID=099c
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    Atividade 8

    d e Bate

    1. A turma divide-se em dois grandes grupos e cada umdeles deve eleger:

    uma pessoa para controlar o tempo que o grupo terpara debater;

    uma pessoa para ser a porta-voz do grupo;

    uma pessoa para escrever os argumentos do grupo.

    No h vencedores ou perdedores; oobjetivo do debate buscar

    argumentos, para,ao final, todos terem uma opinio

    mais bem formulada.

    Um grupo vai defender a compra de vegetais e legumesde um grande produtor agrcola, e o outro, a compra

    desses alimentos de um pequeno produtor agrcola.2. Aps o debate, escreva um texto sobre sua opinio,

    no importando a posio do grupo de que participou.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 244

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    Cozinhei ro 2

    u n i d a d e 8

    Pasta!No Brasil, costuma-se utilizar a denominao massa para as mais diversas preparaes feitas base de farinha, entre elasmacarro, pizzae pastel. J em pases europeus e em nossosvizinhos sul-americanos, h distino entre massa e pasta. Nogrupo das pastas, entram os diferentes tipos de macarro, lasa-nhas, rondelli(fala-se rondli) etc., e, no das massas, as pre-paraes das famlias daspizzase dos pastis. Aqui vamos usar

    essa diferenciao.

    Voc sabia que o ingrediente principal tanto das massas comodas pastas a farinha de trigo?

    O trigo o segundo gro mais produzido no mundo, fcandoatrs apenas do milho. Surgido no Oriente Mdio h aproxi-madamente 8 mil anos, muito utilizado para fazer farinha,

    cerveja e rao de animais. Constitui a base da alimentao na

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 45

    FLPA/DavidHosking/Easypix

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    Europa, na frica, nas Amricas e na Oceania. Cerca de da populao mundial depende dele como sustento.

    O trigo pode ser duro, com elevada quantidade de glten, ou macio, com altaconcentrao de amido.

    Para fazer a farinha, o trigo descascado, as impurezas so retiradas, e os gros,modos, peneirados e separados conforme o grau de peneiramento.

    A farinha integral obtida da moagem sem peneiramento. J a farinha de semolina o produto do trigo duro modo e peneirado, destinada ao preparo de macarro eoutras massas.

    Ao macarro

    O preparo da massa

    A composio bsica da massa fresca farinha de trigo, ovo e sal, na proporo de1 ovo para cada 100 gramas (g) de farinha, mais ou menos. Em geral, usa-se apenasfarinha de semolina, mas tambm podem ser utilizadas propores de farinha detrigo e semolina, assim como farinha de centeio, aveia e espelta (um tipo de trigo

    pouco plantado hoje no mundo), cada uma delas proporcionando sabor e textura

    caractersticos.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 246

    Jirkaejc/123RF

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    Cozinhei ro 2

    possvel, ainda, fazer massas de vrias cores e sabores com a adio de sucos delegumes, corantes ou temperos: massa roxa, com suco de beterraba; verde, com sucode espinafre ou manjerico; amarela, com aafro; vermelha, com suco ou p de

    pimento; preta, com tinta de lula etc.

    A massa pode ser aberta manualmente, com um rolo de macarro ou em mquinaprpria.

    Mquina domstica para abrir massa. Mquina industrial para abrir massa.

    Como abrir a massa com o rolo

    Polvilhe com farinha o rolo e uma superfcie comprida, lisa e limpa (mesa oubancada), para que a massa no grude.

    Coloque o pedao de massa sobre a superfcie e, com movimentos de ir e vir,abra-a uniformemente, at a espessura desejada.

    Corte-a com faca ou molde ou use uma mquina de corte.

    Como abrir a massa na mquina

    Corte um pedao da massa, abra a abertura da mquina ao mximo e passe nelaa massa, afnando-a.

    Dobre a massa na espessura e no formato de um retngulo e continue afnando-a,at a espessura desejada. Sempre que estiver grudando, passe um pouco de farinhana mquina.

    Corte a massa com faca ou molde sobre uma superfcie limpa enfarinhada ou useuma mquina de corte.

    No caso das massas recheadas, a massa deve ter sido feita recentemente, estar midae fresca, e o recheio tem de estar frio ou gelado, pouco mido ou seco. Defna ocorte e o tamanho da massa, deixando o espaamento necessrio para a colocao do

    recheio. Existem moldes prprios para o corte de massa recheada.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 47

    DesignPics/Diomedia

    Piga&catalano/Easypix

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    Exemplos de massas

    Em tiras: capellini, espaguete,fettuccine, tagliatelle.

    Em tubos: manicotti,penne, rigatoni,ziti.

    Outras formas:farfalle,fusilli, risoni.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 248

    DeAgostini/DEA/PrimaPress/

    Diomedia

    MatthewAntonino/123RF

    TracyHebden/Alamy/OtherIm

    ages

    NinaRicciFedotova/Easypix

    RaulTaborda/Alamy/OtherImages

    AdrianPetrean/123RF

    VitalyKorovin/123RF

    FoodCo

    llection/Diomedia

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    Cozinhei ro 2

    Recheadas: agnolotti, canelone, cappelletti, lasanha, ravili, tortellini.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 49

    Nome Como se fala

    Agnolotti Anholti

    Capellini Capelni

    Cappelletti Capelti

    Farfalle Farfale

    Fettuccine Fetutine

    Fusilli Fuzli

    Manicotti Manicti

    Orzo Ortso

    Penne Pne

    Rigatoni Rigatni

    Tagliatelle Ta l h i a t l e

    To r t e l l i n i To r t e l n i

    Ziti Dzti

    RaulTaborda/123RF

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    Como cozinhar a massa

    Use a proporo de 1 litro () de gua para cada 100 gde massa a ser cozida.

    Ferva a gua e coloque sal. Quando estiver fervendode novo, acrescente a massa, mexendo com cuidado

    para que ela no grude e cozinhe com uniformidade.Al dente: Expresso i talianaque descreve o ponto certoda massa: firme, mas nocrua.

    Cozinhe at que fque al dente, escorra e sirva ime-diatamente.

    Atividade 1

    mo

    na

    m a s s a

    !

    Em um grupo de cinco pessoas, preparem as receitas aseguir.

    Ravili de ricota, espinafre e nozes

    Massa bsica

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 250

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Farinha de semolina degrano duro

    80 grama

    Farinha de trigo 40 grama

    Sal q.b.

    Ovo 1 unidade

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    Cozinhei ro 2

    Modo de preparo:

    em um bowl, ponha 60 g de farinha de semolina, afarinha de trigo e uma pitada de sal, e misture bem.Faa um buraco no meio, como se fosse um vulco, ecoloque o ovo;

    trabalhe a massa com a ponta dos dedos e a palma dasmos at que ela fque homognea;

    sove a massa com as mos at atingir um ponto els-tico e deix-la lisa por fora;

    No momento em que estiversovando, polvilhe o restante da

    farinha de semolina (20 g) na mesapara a massa no grudar na mesa

    nem em suas mos.

    deixe descansar por pelo menos 30 minutos.

    Recheio de espinafre, ricota e nozes

    Modo de preparo:

    branqueie o espinafre, pique e reserve;

    sue a cebola e o alho no azeite, junte o espinafre esalteie;

    tempere com sal e pimenta. Deixe esfriar;

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 51

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Espinafre fresco 50 grama

    Cebola em brunoise 15 grama

    Alho picado dente

    Azeite 10 mililitro

    Sal q.b.

    Pimenta-do-reino em p q.b.

    Ricota fresca 40 grama

    Queijo parmeso ralado q.b.

    Gema de ovo unidade

    Nozes picadas 15 grama

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    Cozinhei ro 2

    u n i d a d e 9

    Carnes e avesVoc sabia que a alimentao do animal infuencia o gosto ea textura de sua carne? Por exemplo, a carne dos animais quevivem soltos tende a ter gosto de terra e das ervas e plantasque comem; a dos criados perto do mar levemente salgada;e a de porcos, cordeiros, frangos e bois alimentados com cas-tanhas ou com uma erva, como o alecrim, tambm adquire

    esses sabores.Assim, a carne de um animal cuja alimentao mais naturalser mais saborosa do que a de outro criado prximo a umacidade muito poluda, com alimentao baseada em produtosindustrializados.

    Muitos lugares so famosos pelas carnes saborosas porqueos animais so alimentados em um terroirespecial, ouseja, em um ambiente prprio para que a carne adquira

    sabor diferenciado. Existe um corte chamadoKobe beef,da raa Wagyu, originria do Japo, que criado comvrios mimos.

    Marmorizao: Diz respei-to quantidade de gorduraintramuscular (dentro dosmsculos) presente na carne,o que a torna mais macia esaborosa.

    Alm de os animais contarem com um cardpio que inclui itens como cerveja, eles tambm ouvem msicaclssica durante o dia. Desse tratamento de luxo resultauma carne de marmorizaoespetacular, com textura esabor nicos.

    No so apenas tratamentos especiais que colaboram para a

    maciez e o sabor da carne. A raa do animal tambm fator

    importante para a obteno de um sabor especial nos pratos.

    As bellotasaparecem na animaoA era do gelo (direo de Chris Wedge

    e Carlos Saldanha, 2002), em queuma das personagens toma todo o

    cuidado para no perder seu alimento.

    Na Espanha, um porco de cor e patas negras criadosolto, comendo razes, ervas e plantas da regio, princi-

    palmente bellotas, espcie de noz. Ele possui carne desabor especial e produz o melhor e mais caro presunto

    cru do mundo: o Pata Negra.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 53

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    Mesmo no tendo saboreado essas carnes famosas na gastronomia, podemos per-ceber nitidamente a diferena entre o ovo caipira, que provm da galinha criadasolta, e o ovo vendido nos supermercados.

    Enquanto o ovo de mercado tem casca fna, quase quebradia, e gema plida,amarelo-clara, que estoura facilmente, o ovo caipira tem casca grossa e gema viva,quase laranja, de gosto forte e intenso.

    A qualidade da alimentao, portanto, tem grande infuncia em nossa estruturacorprea, e por isso que realmente somos o que comemos.

    Galeria Giuseppe Arcimboldo (1530-1593)

    Giuseppe Arcimboldo. Primavera, 1573. leo sobre tela, 76 cm x 64 cm.Museu do Louvre, Paris, Frana.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 254

    Nome Como se fala

    Bellota Belhta

    Kobe beef Cubi bif

    Terroir Te r r o r

    Wagyu Uguiu

    ErichLessing/Album/L

    atinstock

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    Cozinhei ro 2

    Giuseppe Arcimboldo. Vero, 1573. leo sobre painel, 76 cm x64 cm. Museu do Louvre, Paris, Frana.

    Giuseppe Arcimboldo. Inverno, 1573. leo sobre tela, 67 cm x51 cm. Kunsthistorisches Museum, Viena, ustria.

    Giuseppe Arcimboldo. Outono, 1573. leo sobre tela, 76 cm x64 cm. Museu do Louvre, Paris, Frana.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 55

    ErichLessing/Album/Latinstock

    ErichLessing/Album/Latinstock

    ErichLessing/Album/Latinstock

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    Maminha15.deAba8.16. Fraldinha

    fil9. Ponta de agulha

    Patinho17.

    Carne bovina

    Consumida nas mais diversas partes do mundo, principalmente nos pases de origemlatina, a carne bovina vendida em pedaos, em bifes e moda.

    Existem diferentes tipos de cortes bovinos, cujos nomes variam de acordo com aparte de que extrada a carne. Aqui veremos apenas os brasileiros, mas saiba queum dos cortes mais famosos do mundo o argentino, nosso vizinho sul--americano.

    Cortes bovinos brasileiros

    1. Peito2. Pescoo3. Cupim4. Acm5. Brao6. Ossobuco7. Capa de fil

    10. Noix (fil de costela)11. Contrafil12. Fil-mignon13. Picanha14. Alcatra

    18. Coxo duro19. Coxo mole20. Lagarto21. Rabo

    O gado bovino possui duas subespcies, com caractersticas bem diferentes:

    Gado taurinode origem europeia, possui carne de boa marmorizao e macia,e muito bom para a produo de leite. No entanto, sofre muito com pragas e

    doenas tropicais.

    Gado zebunode origem asitica, tem carne rgida, porm muito mais resis-tente a pragas e doenas.

    So feitos cruzamentos entre as espcies para se obter gados com caractersticasmistas, os chamados hbridos.

    No Brasil, a maior parte dos rebanhos para corte de origem zebuna. Da decorre aprincipal diferena da carne brasileira com relao s carnes argentina e uruguaia, de

    origem taurina.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 256

    2

    1

    5

    4

    3

    916

    15

    8

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    10 713

    19

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    66

    20

    21

    Hud

    sonCalasans

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    Cozinhei ro 2

    Os cortes bovinos eram tradicionalmente divididos entrecarne de primeira (nobres) e carne de segunda:

    Carnes de primeiracontrafl, alcatra, fl-mignon,

    coxo mole, lagarto, coxo duro, patinho, maminha,fraldinha e picanha.

    Carnes de segundamsculo, paleta, acm, peito,ponta de agulha, ossobuco, rabo e costela.

    No entanto, essa diviso j no predomina na culinria,dado que a qualidade do alimento depende muito maisdo modo como ele preparado. Hoje em dia, faz-se uma

    diviso mais generalista, classifcando os cortes em tra-seiro e dianteiro.

    A carne deve ser armazenada emtemperaturas de 0 C a 4 C,

    embalada corretamente e ficarseparada de outras protenas (peixe,

    frango, cordeiro etc.).

    Depois, cada uma dessas metades dividida ao meio,produzindo o quarto traseiro e o quarto dianteiro. Noquarto dianteiro fcam os cortes mais rgidos, de segun-da; no traseiro, os mais macios, de primeira.

    As carnes de textura dura, como lagarto, coxo duro,msculo, rabo, costela, coxo mole e acm, devem ser

    preparadas por mtodos de coco demorados (assados,cozidos, guisados, ensopados), e os cortes macios, como

    picanha, maminha, fl-mignon, alcatra e contrafl, pormtodos rpidos (grelhados, salteados ou fritos).

    Na hora de escolher a carne, fque atento aos seguintespontos:

    A carne fresca e boa muito vermelha e tem veios de

    gordura. Se ela estiver escura, sem esses veios, o animalpode ter sido submetido engorda forada ou o abatefoi prematuro. Se for um vermelho-vinho, o animalmorreu por molstia ou era velho.

    Se a carne estiver soltando muito lquido, provavel-mente na coco vai fcar seca e perder muitos nu-trientes.

    Voc sabia?Vitelo o bezerro abati-do com 14 semanas devida. Ele alimentadoapenas com o leite dame, por isso sua carne muito macia, de colora-o clara, magra e comalto teor proteico.

    Aperte a carne com o dedo: se ela no voltar ao normal,

    no est to boa.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 57

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    O cheiro tem de ser fresco e agradvel; caso sinta qual-

    quer cheiro forte, descarte a carne.

    Limpeza e cortes do fl-mignon

    1. Retire o cordo, separando-o do nervo que o une aolombo, e limpe-o bem.

    2. Extraia a membrana que o recobre.

    3. Retire o nervo, passando uma faca prxima carne,Exerccio de demonstrao

    do monitor.cabea

    4. D um talho na parte mais pontuda do fl, sem cor-

    tar at o fnal.5. Dobre a extremidade do fl para baixo (com isso, a

    carne fca com a mesma espessura de uma ponta outra).

    6. Acomode o cordo limpo s costas do fl sobre umpapel-flme.

    7. Enrole com o papel-flme, pressionando de maneira a

    formar um cilindro frme.8. Feche bem as duas extremidades. Leve ao congelador

    por alguns instantes para facilitar o corte posterior-mente.

    9. Desse modo obtm-se medalhes de fl-mignon re-gulares.

    Principais cortes do fl-mignon

    Ponta de flpedao que pesa em torno de 200 g; utilizado cortado em cubos, em tiras ou em bifes fnos,para fazer paillard(fala-se pair).

    Paillard: Corte de 200 g dofil-mignon que se colocaentre dois plsticos e batecom um martelo de cozinhaat ficar com uma espessurade 0,5 cm e 20 cm de dime-

    tro.

    Medalhespedaos pequenos, individuais, obtidosdo fnal do fl-mignon. Pesam entre 80 g e 100 g etm 2,5 cm de espessura.

    Tornedorpedaos individuais obtidos do centro do

    fl-mignon. Pesam entre 150 g e 180 g.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 258

    da at aponta.

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    BistecaPernil

    5.6.

    S1.

    Cozinhei ro 2

    Chateaubriandcorte obtido da cabea do fl--mignon; pesa entre 300 g e 350 g.

    Escalopelminas fnas de carne (aproximadamente50 g) desde a extremidade mais larga at a mais estrei-ta. A lmina de carne colocada e depois achatadaentre duas folhas de papel-flme.

    Voc sabia?Carne suna

    Os sunos so criados h cerca de 10 mil anos. Principalfonte de protena em alguns pases, sua carne de sabor

    forte, muito nutritiva e de excelente qualidade, pormde difcil digesto, devendo sempre ser bem cozida paraevitar doenas.

    So encontrados para venda o porco, que o animaladulto, dividido em cortes; e o leito, que o animal emidade de mama, geralmente usado inteiro e limpo.

    Cortes sunos

    O porco o hospedeirointermedirio de um pa-rasita conhecido comoTaenia solium (fala-se t-nia slium), que transmi-te duas doenas. Uma

    delas conhecida comotenase ou solitria, emque o parasita j est nafase adulta, o verme. Aoutra a cisticercose,causada pela larva cha-mada popularmente decanjiquinha. Ambas asdoenas so transmitidaspela ingesto de carnecrua ou malpassada, prin-cipalmente de porco, oude uma pessoa infectadapara outra. Elas represen-tam um srio problemade sade pblica, sobre-tudo nos pases pobres,com saneamento bsicoprecrio.

    o brepaletacom osso

    2. Copa lombo3. Lombo4. Carr

    7. Picanha8. Filezinho9. Paleta

    Exerccio de demonstraodo monitor.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 59

    13

    2

    14

    3

    54

    8

    10

    11

    96

    7

    15

    12

    16

    1

    10.11.12.

    13 .

    CostelaBarrigaJo elho

    a c o mM s c a rorelha

    14 .

    15 .

    1 6 .

    P ap a daRa b oP

    HudsonCalasans

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    4.5.

    Carne ovina

    Os ovinos (carneiros, cordeiros e ovelhas) esto entre osprimeiros animais domesticados e so de extrema impor-

    tncia na histria do homem, fornecendo-lhe protena,leite, couro e l.

    Na culinria, so utilizados o carneiro, que o animaladulto; o cordeiro, que o carneiro jovem, com 4 mesesa 1 ano; e o cordeiro de leite, que ainda no desmamou,geralmente com 3 meses de vida.

    A carne ovina de colorao rosada, tem pouca gordurae envolta por uma pele fna e transparente, de sabor

    caracterstico.

    Cortes ovinos

    Exerccio de demonstraodo monitor.

    PicanhaQuarto/Pernil

    Carnes de caa

    As carnes de caa j foram a maior fonte de protenas nadieta do homem, mas, com o desenvolvimento das cida-des e da pecuria, acabaram se tornando iguarias.

    A prtica da caa proibida no Brasil desde 1965. Porisso, as carnes de caa hoje so de animais criados em

    cativeiro.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 260

    2

    6

    4

    1

    3

    5

    1. Paleta2. Carr3. Fil 6. Costela

    HudsonCalasans

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    Cozinhei ro 2

    Como acontece com todos os animais, sua dieta e hbi-tos interferem na textura e no sabor da carne, que emgeral rija, de colorao escura e sabor forte. A idadeacentua essas caractersticas.

    Tradicionalmente, as caas so evisceradas (ou seja, asvsceras so retiradas) aps o abate e penduradas de ca-bea para baixo pelas patas traseiras, quando as tiverem,em lugar fresco e escuro.

    As caas so classifcadas em dois grupos.

    Caas pequenas: coelho, lebre, paca, pre e outros ro-edores.

    Caas grandes: veado, cervo, queixada, anta, capivara,javali, entre outros.

    Aves

    Compreendem todos os animais de penas, de diferentesespcies, domesticados ou no. Entre as utilizadas na

    alimentao, as mais conhecidas so: frango, galinha,peru, pato, codorna, faiso, avestruz e perdiz.

    Carne de frango Exerccio de demonstraodo monitor.

    1. Meia da asa2. Coxinha da asa3. Peito4. Fil5. Sobre coxa de fora6. Sobre coxa7. Coxa8. Pescoo9. Dorso10. Sambiquira11. Ps

    12. Corao

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 61

    3

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    11

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    1

    HudsonCalasans

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    O frango a ave mais comum nos usos culinrios. H cinco categorias:

    Frango de leitecom apenas 3 meses de idade, pesa de 400 g a 800 g e temcarne macia, com pouca gordura e sabor suave. Normalmente feito grelhado,frito ou assado.

    Frango comumanimal com 3 a 7 meses, com peso entre 1 quilograma (kg) e1,5 kg, possui carne suculenta e saborosa.

    Galinha e galoaves adultas com mais de 7 meses, pesando mais de 1,5 kg, somais usadas em guisados, sopas e assados, pois tm a carne mais rija.

    Frango caipira o frango criado solto, com alimentao natural ou mista, desabor mais forte e carne mais rija.

    Capo o frango capado (castrado), criado com alimentao especial para queengorde rapidamente. Sua carne bem saborosa.

    A carne de frango fresca quando:

    tem cheiro suave;

    a pele de cor clara, entre amarelo e branco, macia e seca. Se estiver muito mida,

    sinal de que j esteve congelada;

    ao toque, cede e volta ao normal.

    Aves de caa

    Como qualquer animal silvestre, sua carne de sabor forte e textura rija.

    So aves de caa:

    Perdizde carne escura e tenra, deve ser gorda e redonda e fcar refrigerada porum ou dois dias aps o abate, para s ento ser preparada.

    Pombode carne tambm escura e sabor caracterstico, possui aplicao culin-ria semelhante da perdiz.

    Faisoave muito carnuda e apreciada, tem sabor selvagem quando silvestre.

    Codornada famlia das galinhas e das perdizes da regio do norte da frica,Europa e sia. Tem tamanho menor e j domesticada. Sua carne saborosa eseus ovos so muito usados.

    Patopossui muitas variaes, todas muito apreciadas. Cada lugar prepara pra-

    tos diferentes com o pato, dando-lhe sabores diferentes.

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    Cozinhei ro 2

    Mtodos de conservao

    Todas as carnesbovina, suna, ovina e de avespodemser conservadas pelos mtodos descritos a seguir.

    Resfriamento: depois de abatida e limpa, ela divididaem pores e guardada sob refrigerao a 0 C.

    Congelamento: a carne embalada, a vcuo ou no, econgelada a temperaturas de at -40 C. O ideal queisso seja to rpido que no se formem cristais de guano interior da carne, para no prejudicar sua estrutura.

    Maturao: um processo natural que ocorre na car-

    ne embalada a vcuo. A falta de oxignio faz com quea carne libere uma enzima, que age sobre sua fbra,amaciando-a. A carne deve ser embalada a vcuo deacordo com rigorosos padres de higiene, impossibi-litando o crescimento de microrganismos. Quantomaior o tempo de maturao, maior a alterao da core do sabor da carne.

    Congele sempre em porespequenas.

    Use embalagem adequada, que noaltere o sabor nem a estrutura da carnee que fique hermeticamente fechada,

    como o papel-filme.Etiquete-a com o nome, o corte, a

    quantidade e a data decongelamento.

    Descongele a carne sempre sobrefrigerao em condies

    controladas, em cmaras ougeladeiras, em forno convencional oumicro-ondas. Depois dedescongelada, a carne deve ficar sob

    refrigerao a 4 C.

    Mtodos de cocoAs carnes possuem mtodos de coco semelhantes aosdos vegetais.

    Grelhar

    Para que os sulcos da carne fquem preservados, a coco feita em grelha sob calor intenso.

    Desse modo, os acares externos so caramelizados,

    difcultando a sada de nutrientes pelos sulcos.

    Esse mtodo ideal para carnes de cortes mais macios,por causa da coco rpida. Cortes com gordura acen-tuam o sabor.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 63

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    Os pontos da carne bovina so:

    Saltear

    Por se tratar de um mtodo de coco rpida e para seobter melhores resultados, a carne deve ser macia e nomuito grande.

    Em panela de tamanho adequado e preferencialmentede fundo grosso, utiliza-se pouca gordura em tempera-tura alta. O suco liberado durante a coco pode serusado como base para molhos.

    A carne s una dev e ser semprebem cozida, para evitar a transmisso

    de doenas.

    A coco feita sob o calor seco e indireto do forno. Agordura muito importante, pois deixa a carne maismida e macia. O lquido que se solta pode ser utilizadocomo base para molhos.

    Alguns cuidados devem ser tomados:

    preaquea o forno; regule a temperatura conforme o tamanho e as carac-

    tersticas da carne;

    a carne deve fcar dourada por fora e cozida por dentro.Preste ateno temperatura para que no fque tos-tada por fora e crua por dentro;

    em peas magras, utilize os mtodos de lardear e bar-

    dear.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 264

    PontoTemperatura

    interna To q u e

    Bleu(fala-se bl) 50 C Muito macio

    Malpassada 55 C a 60 C Macio

    Ao ponto 60 C a 65 CLevemente

    macio

    Bem passada 65 C a 74 C Firme

    Assar

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    Lardear

    So inseridos pedaos de gordura ou de vegetais na carne a ser assada para deix-lamais mida e saborosa.

    Bardear

    Fatias de gordura so enroladas em volta da carne para que ela no resseque e fquesaborosa.

    Brasear

    o mtodo utilizado para a coco de cortes grandes e duros. Pode ser usado omirepoix (fala-se mirrepo), que deixa a carne macia e mida. O lquido restante da coco pode ser coado e se transformar em molho.

    Para comear, a pea selada no fogo, para desenvolver sabor e cor e manter o sucointerno. Depois, vai para o forno preaquecido, para coco lenta e prolongada. Nofnal, volta para o fogo, em panela destampada, para reduzir o molho.

    O braseado deve ter sabor intenso e textura muito macia, a ponto de ser cortadocom garfo.

    Guisar

    um mtodo muito similar ao do braseado. O tamanho do corte o de umamordida e a coco feita diretamente no fogo, em tempo menor. O molho servido com a carne sem ser coado.

    O objetivo ter um produto fnal crocante, dourado, com suculncia e sabor. Devemser utilizados cortes naturalmente macios, pois a coco rpida e no favorece oamaciamento.

    preciso tomar muito cuidado para que a carne no fque crua por dentro e quei-mada por fora. Para fnalizar e atingir o ponto desejado, pode-se utilizar o forno.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 65

    Fritar

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    Atividade 1

    p re pa ro d e c a rn es

    Em um grupo de cinco pessoas, preparem uma das receitas a seguir.

    1. Contrafl grelhado

    Modo de preparo:

    limpe, aquea e unte a grelha; limpe e seque o contrafl;

    coloque a carne na grelha. Assim que atingir o ponto desejado, tempere-a comsal e pimenta e vire-a;

    sirva imediatamente.

    Observao: teste todos os pontos de coco da carne.

    2. Frango ao molho de limo

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 266

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Contrafil 200 grama

    Sal q.b.

    Pimenta-preta em p q.b.

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Fil de frango 120 grama

    Sal q.b.

    Pimenta-preta em p q.b.

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    Modo de preparo:

    limpe e seque o fl, tempere-o com sal, pimenta e tomilho, e salpique com afarinha;

    aquea umasauteusee coloque a manteiga clarifcada;

    salteie o fl, dourando dos dois lados. Caso no cozinhe, termine a coco em

    forno preaquecido. Reserve; descarte o excesso de gordura dasautesee adicione a cebola. Deixe suar por alguns

    minutos;

    deglaceie com o suco de limo e o fundo de aves;

    ferva em fogo baixo, mexendo sempre at reduzir a ;

    retire do fogo, adicione a manteiga gelada e fnalize com sal e pimenta;

    coloque o molho sobre o fl e polvilhe com as raspas de limo.

    3. Fricass de frango

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 67

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Tomilho fresco picado 1 ramo

    Farinha de trigo 20 grama

    Manteiga clarificada 5 grama

    Cebola em brunoise 10 grama

    Suco de limo-siciliano 5 mililitro

    Fundo claro de aves 50 mililitro

    Manteiga integral sem salgelada

    30 grama

    Raspas de limo-siciliano q.b.

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Cenoura em rodelas de0,5 cm a 1 cm

    100 grama

    Coxa e sobrecoxa de frango 2 unidade

    Sal q.b.

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    Modo de preparo:

    branqueie a cenoura e reserve;

    desosse e limpe a coxa e a sobrecoxa. Corte-as em pedaos mdios e tempere comsal e pimenta;

    aquea a manteiga clarifcada em uma panela e sele o frango sem dourar. Retiree reserve;

    na mesma panela, sue a cebola, o alho e o alho-por;

    junte a farinha e faa um roux(fala-se ru) branco; deglaceie com o vinho e complete com o fundo de aves. Acrescente o louro e o

    tomilho;

    deixe ferver e recoloque o frango;

    cozinhe em fogo baixo at que fque macio;

    retire o excesso de gordura e adicione o creme de leite. Cozinhe at que espesse;

    adicione a cenoura reservada, ajuste o sal e a pimenta e sirva.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 268

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Pimenta-preta em p q.b.

    Manteiga clarificada 30 grama

    Cebola em cubos mdios 115 grama

    Alho 1 dente

    Alho-por unidade

    Farinha de trigo 15 grama

    Vinho branco seco 60 mililitro

    Fundo claro de ave 400 mililitro

    Louro 1 folha

    Tomilho fresco 1 ramo

    Creme de leite fresco 60 mililitro

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    4. Frango Kiev (fala-se quiev)

    Modo de preparo:

    amasse o alho com o sal e as ervas, misture com a manteiga e enrole em papel---flme. Congele at que fque frme. Isso resultar na manteiga composta;

    lave e seque bem o fl. Com uma faca pequena, faa um corte interno com ta-manho sufciente para inserir rodelas da manteiga congelada;

    misture o ovo com o leite;

    coloque a gordura vegetal para esquentar em uma panela em que seja possvelfritar por imerso o fl inteiro;

    coloque rodelas da manteiga congelada dentro do fl e tempere-o com sal e pi-menta. Prenda a abertura do fl com palitos, como se estivesse costurando;

    polvilhe com farinha de trigo. Passe na mistura de ovo e empane com farinha de

    rosca;

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 69

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Alho dente

    Sal q.b.

    Salsa fresca picada 3 ramo

    Tomilho fresco picado 1 ramo

    Manteiga integral sem salem ponto de pomada

    15 grama

    Fil de frango 1 unidade

    Ovo 1 unidade

    Leite integral 20 mililitro

    Gordura vegetal hidrogenada 200 grama

    Pimenta-preta em p q.b.

    Farinha de trigo 50 grama

    Farinha de rosca 100 grama

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    frite o fl por imerso na gordura vegetal hidrogenada, at que fque dourado;

    caso doure e no cozinhe por dentro, termine o cozimento no forno preaquecido.

    5. Medalho bardeado

    Modo de preparo:

    bardeie os medalhes com as fatias de bacone amarre-os com o barbante;

    cozinhe as cebolas descascadas em gua salgada at que fquem macias. Reserve;

    tempere os medalhes com sal e pimenta e salteie na manteiga clarifcada at oponto desejado;

    retire-os do fogo e, se necessrio, coloque-os no forno preaquecido a 160 C parafnalizar;

    deglaceie asauteusecom o vinho do Porto, acrescente o aceto, o fundo de carnee deixe reduzir. Acrescente as cebolas, monte com a manteiga integral e sirva com

    o medalho.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 270

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Medalho de fil-mignon 2 unidade

    Bacon em fatias finas 3 unidade

    Barbante 50 centmetro

    Cebola-prola 6 unidade

    Sal q.b.

    Pimenta-preta em p q.b.

    Manteiga clarificada 10 grama

    Aceto balsmico 30 mililitro

    Vinho do Porto 50 mililitro

    Fundo escuro de carne 60 mililitro

    Manteiga integral sem salgelada

    20 grama

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    6.Magretde pato (fala-se magr)

    Modo de preparo:

    faa cortes em losango na gordura do magretsem perfurar a carne;

    tempere a carne com sal e pimenta;

    coloque o magretcom a gordura virada para baixo em umasauteusefria. Acendao fogo e deixe a gordura cozinhar lentamente at dourar;

    quando dourar bem, vire a carne e deixe cozinhar por mais alguns minutos;

    retire o magretdasauteusee leve ao forno por aproximadamente 6 minutos emfogo alto;

    tire o excesso de gordura dasauteusee deglaceie com o vinho do Porto;

    reduza a um tero e ajuste o tempero;

    acrescente a manteiga gelada, de forma a adquirir um molho para acompanhar omagret;

    ao retirar o magretdo forno, deixe-o descansar por alguns minutos; fatie o magrete cubra-o com o molho.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 71

    Ingrediente Quantidade Unidade de medida

    Magret de pato1

    unidade

    Sal q.b.

    Pimenta-preta em p q.b

    Vinho do Porto tinto 90 mililitro

    Manteiga integral sem salgelada

    10 grama

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    u n i d a d e 10

    PescadosPescados so todos os animais aquticos, tanto de gua salgadacomo de gua doce, que servem para a alimentao.

    So considerados frescos os animais que no sofreram nenhumtipo de processo de conservao, exceto a refrigerao, e quemantm inalteradas suas caractersticas organolpticas (cheiro,cor, aparncia).

    Classificao dos pescados

    Peixes

    So os peixes de gua doce e salgada, com escamas ou comcouro. Podem ser divididos estruturalmente em:

    Peixes redondostm espinha ao longo da extremidade su-

    perior, dois fls (um de cada lado) e um olho de cada lado.Exemplo: truta, salmo, atum, badejo, tilpia, robalo.

    Peixes achatadostm espinha no centro, quatro fls (doisde cada lado) e os olhos de um lado s. Exemplo: vrias es-pcies de linguado.

    Peixes sem ossospossuem cartilagens no lugar de ossos.Exemplo: tubaro, arraia.

    Tipos de corte

    Inteiropeixe eviscerado e inteiro.

    Fillmina de carne retirada por inteiro, sem espinhas, comou sem pele.

    Fil em borboletadois fls unidos pela pele do dorso, semespinhas.

    Goujonette(iscas)tiras de fl em diagonal.

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    Postascortes transversais, normalmente de peixes

    redondos.

    Tranchecorte de grossos fls, cortados na diagonal.

    Crustceos

    Caracterizados pelo esqueleto externo, renem vriasespcies de gua salgada e doce. Exemplos: caranguejo,camaro, pitu, siri, lagosta, lagostim.

    Moluscos

    Univalvestm uma concha s. Exemplo: abalone,ourio-do-mar.

    Bivalvestm duas conchas ligadas. Exemplo: mexi-

    lho, vngole, ostra, vieira.

    Cefalpodespossuem tentculos (braos) ligados cabea. Exemplo: polvo, lula.

    Mamferos marinhos

    Os mamferos marinhos soclassificados na categoria de

    pescados por possurem protenasprximas s dos pescados.

    So mamferos de vida aqutica. Exemplo: baleia, golf-nho, boto, foca.

    Anfbios

    So animais vertebrados de pele lisa. A maioria tem como

    caracterstica a vida dividida em duas fases, uma na guae outra na terra. Exemplo: r.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 274

    Nome Como se fala

    Goujonette Gujonti

    Tr a n c h e Tr a n c h

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    Cozinhei ro 2

    Crocodilianos

    So rpteis que tm o corpo recoberto por placas duras. Exemplos: jacar, cro-codilo.

    Identificao de qualidade

    O ponto mais importante ao comprar ou receber pescados o cheiro. Caso sejamuito forte, no aceite e devolva o produto.

    Peixes

    Aperte a pele: se ela no voltar ao normal, o peixe no fresco.

    Verifque os olhos e as guelras. Os olhos devem estar transparentes, brilhantes,salientes e frescos; as guelras, ter colorao vermelho vivo e muco claro.

    Observe se as escamas esto bem presas pele.

    Crustceos vivos

    Verifque se h movimento e se as cascas esto midas, brilhantes, sem manchasnegras ou alaranjadas, e se os olhos esto vivos e destacados.

    Use o olfato: devem estar com cheiro de mar, suave.

    Moluscos com concha

    Observe se as conchas esto bem presas e umedecidas. Se abertas, devemapresentar lquido incolor e lmpido e reagir rpido ao mais leve toque, fe-chando-se.

    Sinta o cheiro, que deve ser agradvel.

    Moluscos cefalpodes

    Verifque se a pele est lisa e mida; os olhos, vivos e salientes; a carne, consisten-te e elstica; o cheiro, agradvel.

    Fique atento colorao. Polvos e lulas no devem apresentar cor vermelha ouroxa, principalmente na parte interna dos tentculos.

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    Armazenagem

    Para armazenagem rpida, coloque o peixe sobre uma camada plstica em cimade gelo picado em recipiente que no acumule gua; cubra com mais gelo.

    Guarde mariscos, mexilhes e ostras no recipiente em que foram entregues, sobrefrigerao.

    Coloque vieiras sem concha e peixes em fl ou postas em recipiente plstico ouenvolva-os em papel-flme, sob refrigerao.

    Mtodos de coco

    A seguir so apresentados os mtodos de coco de diversos tipos de pescados efrutos do mar.

    Grelhados

    Use cortes gordos e macios.

    Aquea e unte a grelha.

    Tempere bem os cortes a serem usados.

    Grelhe um lado at atingir o ponto; vire e grelhe o outro lado.

    Ao grelhar, evite virar muitas vezes o alimento.

    Escalfados

    Nesse mtodo, o alimento lentamente cozido em temperatura baixa em lquidosaboroso. Esse lquido escolhido de modo que combine com a preparao que seest fazendo: um fundo, caldo ou court-bouillon(fala-se "currbuion").

    Escalfados em muito lquido

    Escolha uma panela em que caibam todos os ingredientes, com espao para aexpanso do lquido.

    Cubra o alimento totalmente com o lquido.

    A temperatura do lquido deve fcar em torno de 75 C; portanto, no deve ferver.

    Escume sempre que houver acmulo de gordura ou resduos.

    No deixe o alimento cozinhar demais, para no perder textura e umidade.

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    Escalfados em pouco lquido

    um mtodoque utiliza o vapor como agente de coco,alm da imerso no lquido.

    Devem-se usar cortes pequenos e macios. O lquidopode ser usado para preparar o molho servido com opeixe. Finaliza-se com manteiga.

    Como a temperatura no deve ultrapassar 75 C,pode-se usar o forno para melhor controle da tempe-ratura.

    Este mtodopode ser utilizadotambm para o cozimento de frutas,

    ovos e vegetais.

    Unte a panela, acrescente os ingredientes, os compo-

    nentes aromticos e o alimento a ser escalfado. Colo-que o lquido at a metade do alimento, cubra compapel-manteiga ou ento com a tampa e cozinhe at oponto desejado.

    Peixes

    Por causa da grande variedade de peixes, de diversasestruturas e tamanhos, preciso escolher com cuidado

    o mtodo de coco, para que o resultado fnal sejaperfeito.

    Anchova

    facilmente encontrada nas formas fresca (inteira ou emfl), enlatada, em pasta e defumada. A anchova frescapode ser assada, grelhada ou frita.

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    SallyUllman/GettyImages

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    Voc sabia?

    um peixe bastante comum na culinria. Existem vriasespcies, com qualidades diversas, mas seu sabor e tex-tura so caractersticos. Pode ser encontrado fresco (in-teiro, em postas ou em fls), enlatado, seco, defumadoe em conserva. Quando fresco, usado cru, grelhado ousalteado.

    Algumas espcies deatumse encontram emvias de extino por cau-sa da pesca predatria.Em janeiro de 2012, umatum de 269 quilos, um

    dos maiores j encontra-dos, foi leiloado e arre-matado por 736 mil dla-res, no Japo.

    Bacalhau e hadoque

    So peixes de carne magra e branca. O peixe se transforma

    em bacalhau, cujo nome cientfco Gadus morhua, depois

    de passar pelo processo de salga e cura. Ele costuma serencontrado salgado, e o hadoque, defumado. Quando fres-

    cos, podem ser escalfados, cozidos no vapor, grelhados,fritos ou salteados. O bacalhau e o hadoque so vtimas de

    pesca predatria, correndo o risco de ser extintos.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Cozinheiro 278

    Atum

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    NaturePL/WWE/Lundgren/Diomedia

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    Cozinhei ro 2

    Robalo

    Peixe de carne branca e muito saborosa, pode ser grelhado, cozido, frito, escalfado,

    assado ou comido cru.

    Arco O cupacional G a s t r o n o m i a 79

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    AndreSeale/Alamy/OtherImages

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    Salmo

    Hoje em dia a maioria criada em cativeiro; os selvagens j no so encontradoscom facilidade. O salmo tem carne de colorao alaranjada muito viva, de texturagordurosa e sabor forte. Pode ser feito por meio de todos os mtodos de coco, mas mais bem aproveitado se for defumado, grelhado, assado ou ingerido cru.

    De carne frme, que varia da cor branca at o rosa-escuro, muito parecida com osalmo. Pode ser preparada por todos os mtodos de coco.

    Arco Ocupacional G a s t r o n o m i a Co


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