Download - Criptococose
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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
A criptococose é uma micose habitualmente subaguda ou crônica, conhecida, sobretudo, por sua localização
meníngea, após aquisição da infecção por via respiratória.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
É uma doença sistêmica que acomete órgãos profundos É uma doença sistêmica que acomete órgãos profundos e a pele, com principal tropismo pelo sistema e a pele, com principal tropismo pelo sistema
nervoso central. nervoso central.
Antigamente muita rara, aumentou em freqüência na Antigamente muita rara, aumentou em freqüência na década de 80, com o aumento da população de década de 80, com o aumento da população de
imunossuprimidos.imunossuprimidos.
SINONÍMIASINONÍMIA
Torulose Torulose
Blastomicose européia.Blastomicose européia.
Gênero Gênero CriptococcusCriptococcus
Criptococcus neoformans Criptococcus neoformans var. var. neoformansneoformans
Criptococcus neoformans Criptococcus neoformans var. gattivar. gatti
Únicas passíveis de causar quadros de Únicas passíveis de causar quadros de criptococose.criptococose.
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Agente etiológicoAgente etiológico
Um fungo, o Um fungo, o Cryptococcus neoformansCryptococcus neoformans, nas , nas variedades variedades neoformansneoformans (sorotipo A e D) e (sorotipo A e D) e gattigatti
(sorotipo B e C).(sorotipo B e C).
O O C. neoformansC. neoformans var. var. neoformansneoformans sorotipo A é sorotipo A é responsável por mais de 90% das infecções nos responsável por mais de 90% das infecções nos
pacientes com AIDS no Brasil. pacientes com AIDS no Brasil.
A variedade A variedade gattigatti acomete principalmente indivíduos acomete principalmente indivíduos sem imunossupressão aparente, sendo mais sem imunossupressão aparente, sendo mais freqüente em países tropicais e subtropicais. freqüente em países tropicais e subtropicais.
Agente etiológicoAgente etiológico
Cruzamentos das espécies de sorotiposCruzamentos das espécies de sorotipos
A x DA x D Filobasidiella neoformans Filobasidiella neoformans var. var. neoformansneoformans..
B x CB x C Filobasidiella neoformans Filobasidiella neoformans var. var. bacillisporabacillispora
Agente etiológicoAgente etiológico Reservatório Reservatório
É um fungo saprófita que vive no solo, frutas secas, cereais e nas árvores e é isolado nos
excrementos de aves, principalmente pombos.
AnexosAnexos AnexosAnexos
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AnexosAnexos Modo de transmissãoModo de transmissão
O fungo é inalado atingindo como primeiro O fungo é inalado atingindo como primeiro órgão os pulmões, com tropismo para o SNC, órgão os pulmões, com tropismo para o SNC,
ocasionando meningite criptocócicaocasionando meningite criptocócica
Período de incubaçãoPeríodo de incubação
Desconhecido. O comprometimento pulmonar Desconhecido. O comprometimento pulmonar pode anteceder, em anos, ao acometimento pode anteceder, em anos, ao acometimento
cerebral. cerebral.
Período de transmissibilidadePeríodo de transmissibilidade
Não há transmissão homem a homem, nem de Não há transmissão homem a homem, nem de animais ao homem. animais ao homem.
Manifestações clínicasManifestações clínicas
•• Assintomático;Assintomático;
•• Pulmonar;Pulmonar;
•• Neurocriptococose;Neurocriptococose;
•• Disseminada;Disseminada;
•• Cutânea primaria.Cutânea primaria.
AssintomáticoAssintomático
O acontecimento de doenças pulmonares podem ser O acontecimento de doenças pulmonares podem ser freqüentes, entretanto na maioria das vezes não freqüentes, entretanto na maioria das vezes não
mostra nenhum sintoma clinico, ou então, mostra nenhum sintoma clinico, ou então, demonstra sinais clínicos menores que passam demonstra sinais clínicos menores que passam
despercebidos.despercebidos.
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PulmonarPulmonar
Somente nos indivíduos com alguma Somente nos indivíduos com alguma predisposição é que os sintomas se fazem predisposição é que os sintomas se fazem
presente. presente.
Dessa forma devem ser observados certos sinais Dessa forma devem ser observados certos sinais como um estado de gripe , tosse e como um estado de gripe , tosse e
expectoração mucosa.expectoração mucosa.
NeurocriptococoseNeurocriptococose
O tropismo do O tropismo do C. neorformansC. neorformans pelo SNC não é bem pelo SNC não é bem explicado. Sabeexplicado. Sabe--se, entretanto, que a composição se, entretanto, que a composição química do líquor serve para esse fungo como um química do líquor serve para esse fungo como um
excelente meio de cultura. excelente meio de cultura.
O início do quadro clínico é geralmente insidioso, O início do quadro clínico é geralmente insidioso, podendo durar semanas ou meses, com períodos de podendo durar semanas ou meses, com períodos de exacerbação da sintomatologia alternados por outros exacerbação da sintomatologia alternados por outros
de remissão completa. de remissão completa.
NeurocriptococoseNeurocriptococose Sintomas da NeurocriptococoseSintomas da Neurocriptococose
•• Cefaléia bem localizada;Cefaléia bem localizada;
•• Náuseas;Náuseas;
•• Vertigens;Vertigens;
•• Febre moderada.Febre moderada.
DisseminadaDisseminada
Apesar de o SNC ser o foco principal de Apesar de o SNC ser o foco principal de disseminação da doença, esta também pode disseminação da doença, esta também pode disseminardisseminar--se a partir de um foco pulmonar. se a partir de um foco pulmonar.
Quaisquer órgãos podem ser comprometidos, Quaisquer órgãos podem ser comprometidos, tais como: fígado, rins, baço, gânglios tais como: fígado, rins, baço, gânglios
linfáticos e supralinfáticos e supra--renais.renais.
Cutânea primáriaCutânea primária
O comprometimento cutâneo primário resulta da O comprometimento cutâneo primário resulta da inoculação traumática da levedura.inoculação traumática da levedura.
As lesões cutâneas primárias apresentamAs lesões cutâneas primárias apresentam--se, geralmente, se, geralmente, com características bastante pleomórficas, como com características bastante pleomórficas, como
pápulas, pústulas, nódulos subcutâneos. pápulas, pústulas, nódulos subcutâneos.
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ComplicaçõesComplicações
O fungo pode viver como saprófita na árvore O fungo pode viver como saprófita na árvore brônquica, podendo expressarbrônquica, podendo expressar--se clinicamente na se clinicamente na
vigência de imunodeficiência. vigência de imunodeficiência.
A meningite causada pelo A meningite causada pelo CryptococcusCryptococcus, se não , se não tratada a tempo, pode levar à morte. tratada a tempo, pode levar à morte.
Diagnóstico clínicoDiagnóstico clínico
As manifestações clínicas da criptococose são bastantes As manifestações clínicas da criptococose são bastantes polimórficas, portanto, fazpolimórficas, portanto, faz--se necessária uma se necessária uma
investigação diagnóstica abrangente. investigação diagnóstica abrangente.
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
Baseado em três fundamentos.Baseado em três fundamentos.
•• a demonstração do fungo no material clínico; a demonstração do fungo no material clínico;
•• o isolamento em cultura e a identificação o isolamento em cultura e a identificação final;final;
•• a pesquisa de antígenos circulantes. a pesquisa de antígenos circulantes.
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
Técnicas utilizadasTécnicas utilizadas
•• LâminaLâmina--lamínula com nigrosina;lamínula com nigrosina;
•• Esfregaços;Esfregaços;
•• Cortes histopatológicos; Cortes histopatológicos;
Materiais adequadosMateriais adequados
•• Líquor;Líquor;
•• Escarro;Escarro;
•• Lavado brônquicoLavado brônquico--alveolar;alveolar;
•• Biópsia Biópsia
Como a grande maioria do material que chega ao Como a grande maioria do material que chega ao laboratório de micologia para pesquisa de laboratório de micologia para pesquisa de C. C.
neoformans neoformans é de fluído, a técnica mais utilizada é a é de fluído, a técnica mais utilizada é a lâminalâmina--lamínula com nigrosina.lamínula com nigrosina.
Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial
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Lâmina com amostraLâmina com amostraNankinNankin
HomogeneizarHomogeneizar
ProcedimentoProcedimento
Análise no MicroscópioAnálise no Microscópio
AnexoAnexo
Crescimento em Ágar Sabouraud Crescimento em Ágar Sabouraud AnexoAnexo
AnexoAnexo AnexoAnexo
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Lesão provocada por Lesão provocada por Cryptococcus Cryptococcus
neoformansneoformans varvar. .
gattiigattii
AnexoAnexo Diagnostico diferenciadoDiagnostico diferenciado
•• Toxoplasmose; Toxoplasmose;
•• Tuberculose;Tuberculose;
•• Meningoencefalites; Meningoencefalites;
•• Sífilis; Sífilis;
•• Sarcoidose; Sarcoidose;
•• Histoplasmose; Histoplasmose;
•• Linfomas.Linfomas.
EpidemiologiaEpidemiologia
Doença cosmopolita, de ocorrência esporádica. Doença cosmopolita, de ocorrência esporádica. Geralmente acomete adultos e é duas vezes mais Geralmente acomete adultos e é duas vezes mais
freqüente no gênero masculino. freqüente no gênero masculino.
A suscetibilidade aumenta com o uso prolongado de A suscetibilidade aumenta com o uso prolongado de corticosteróide, na vigência de AIDS, Hodgkin e corticosteróide, na vigência de AIDS, Hodgkin e
Sarcoidose. Sarcoidose.
Objetivos da vigilância epidemiológica Objetivos da vigilância epidemiológica
Diagnosticar e tratar adequadamente todos os casos, Diagnosticar e tratar adequadamente todos os casos, devendodevendo--se estar atento para o fato de que a se estar atento para o fato de que a
criptococose, geralmente, está associada à criptococose, geralmente, está associada à imunossupressão servindo de evento sentinela, para imunossupressão servindo de evento sentinela, para
a busca de sua associação com fatores a busca de sua associação com fatores imunossupressores.imunossupressores.
NotificaçãoNotificação
Não é doença de notificação compulsória. A Não é doença de notificação compulsória. A investigação deve ser feita no sentido de se investigação deve ser feita no sentido de se buscar sua associação à imunodeficiência e buscar sua associação à imunodeficiência e
para implantar as medidas de controle para implantar as medidas de controle disponíveis. disponíveis.
Medidas de controleMedidas de controle
Até o momento não existem medidas Até o momento não existem medidas preventivas específicas, a não ser atividades preventivas específicas, a não ser atividades educativas com relação ao risco de infecção. educativas com relação ao risco de infecção.
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Tratamento
• Anfotericina B, na dose de 0,3mg/Kg, IV, durante 6semanas;
• Fluconazol, na dose de 200 a 400mg/dia, VO, poraproximadamente 6 semanas
Bibliografia Bibliografia
•• http://www.pdamed.com.br/ http://www.pdamed.com.br/
•• http://www.canalciencia.ibict.brhttp://www.canalciencia.ibict.br
•• TRABULSI, Luiz , ALTERTHUM, Flavio. TRABULSI, Luiz , ALTERTHUM, Flavio. MicrobiologiaMicrobiologia. . 4ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.4ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.