CONTROLE DE CUSTOS E PERDAS DO SETOR DE HORTIFRUTIGRANJEIROS
DE UM SUPERMERCADO
Elisângela Moraes Oliveira1
Antônio Osório Gonçalves2
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo salientar a importância do manejo ereaproveitamento de produtos no setor de hortifrutigranjeiros em um Supermercadode médio porte no período de 2010 a 2011 de Santa Cruz do Sul. Trata-se depesquisa descritiva, caracterizada como estudo de caso e pesquisa bibliográfica, deabordagem quantitativa. Mostra que cuidados simples e exposição apropriada deprodutos, reduz custos sem altos investimentos. Os resultados encontrados indicamque o setor de hortifrutigranjeiros representa o percentual de 10,36% do total dofaturamento, e a recuperação de 36,17% nas perdas no período analisado no setor,mostra que a empresa possui controle interno capaz de evitar perdas e promoverreaproveitamento no setor de hortifrutigranjeiros, qualificando resultados.
Palavras-chave: Controle de Perdas; Reflexos dos controles internos;Reaproveitamento.
ABSTRACT
This study aims to highlight the importance of management and reuse ofproducts in the horticultural sector in a medium sized supermarket in the period 2010to 2011 Santa Cruz do Sul. It is descriptive, characterized as a case study andliterature, a quantitative approach. It shows that simple care and proper exposure ofproducts, reduces costs without large investments. The results indicate that thehorticultural sector represents the percentage of 10,36% of total revenue, 36,17%and the recovery of losses in the sector during the period analyzed, shows that thecompany has internal control can prevent losses and promote reuse in thehorticultural sector, qualifying results.
Key-words: Loss Control; Reflections of internal controls; Reuse.
1 Graduanda do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto
1
2 Especialista em Auditoria e Gerência Contábil pelo Instituto Nacional de Pós Graduação,São Paulo,SP, em convenio com a Fundação Universidade Federal de Rio Grande, RS.1 INTRODUÇÃO
Hoje em dia o mercado está cada vez mais competitivo e para se manter as
empresas precisam encontrar um diferencial seja ele em produtos ou serviços,
existem vários fatores que se deve levar em consideração entre eles se destaca
preço e qualidade. Considerando que as necessidades do cliente não mantêm uma
postura linear, a empresa deve se adequar, segundo Berto e Beulke (2006, p.9), “a
gestão dos materiais pode ocorrer no aspecto físico e monetário. No aspecto físico,
o melhor controle deve ser efetuado sobre os níveis de estocagem”.
Neste contexto a empresa precisa, além de um bom atendimento e qualidade
dos produtos, oferecer preços competitivos, para manter suas vendas e atrair novos
clientes, destaca-se a importância da análise dos controles internos para a redução
de perdas. Diante disso surgem algumas questões: Como controlar o desperdício no
setor de hortifrutigranjeiros? E que reflexos o controle de perdas trará no resultado
da empresa?
O controle das perdas é imprescindível para a maximização dos resultados.
Uma empresa que consegue ser eficiente na aplicação de seus recursos tende a
obter melhores resultados.
Para se manter no mercado a empresa precisa ser competitiva, atender às
necessidades dos seus clientes em preço, qualidade e atendimento. Nesse sentido,
esta pesquisa na área de controle e diminuição de perdas vem para destacar a
importância de pequenos cuidados no manuseio e reaproveitamento de produtos no
setor de hortifrutigranjeiros no Supermercado estudado no período de 2010 a 2011
em Santa Cruz do Sul.
O objetivo da pesquisa foi encontrar formas de reduzir desperdícios do setor
de hortifrutigranjeiros de forma que seja favorável para a empresa, clientes e
colaboradores, reutilizando produtos antes descartados e evitando manejos
inadequados objetivando reduzir perdas.
De modo mais especifico buscou-se: i) caracterizar a empresa pesquisada; ii)
identificar os desperdícios havidos no setor de hortifrutigranjeiros; e, iii) desenvolver
formas de recuperar parte das perdas, através de reaproveitamento dos produtos. O
2
estudo justifica-se por apresentar uma contribuição prática no processo de
implementação de um instrumento de controle utilizado pela empresa em questão. O
trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: inicialmente apresentam-se a
fundamentação teórica do estudo; a seguir descreve-se o método e os
procedimentos do mesmo; por fim são apresentados os resultados da pesquisa e as
considerações finais deste estudo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Controle de Custos e Perdas
A necessidade de redução de estoques e tempo de reposição dos produtos,
são as principais causas das preocupações por parte dos acadêmicos e
profissionais de gestão.
Controlar os produtos em relação a preço qualidade e demanda que varia
muito em função das estações do ano, e localização geográfica.
Bosseau e Cordon (2000) apud Machado (2002) “analisam os FLV (frutas
verduras e legumes), como sendo compostos de duas grandes classes. A primeira é
formada por produtos de menor perecibilidade, maior facilidade de controle
econômico e usualmente localizado próximo aos produtores, de forma a minimizar
dificuldades com logística, a exemplo da pêra. O segundo grupo caracterizado pela
alta perecibilidade e complexidade de gestão, como o agrião”.
Devido a mudança de hábitos alimentares preocupações com o bem estar e
saúde percebe-se um grande crescimento no setor nos últimos anos.
Para Belick e Chaian (1999), “as questões ligadas à qualidade e a
segmentação dos produtos têm alterado a forma de produzir e comercializar
hortifrutículas. Os supermercados tem dado atenção cada vez maior à seção FLV,
investindo em qualidade e variedade, de modo a agregar valor à categoria”. Por
esse motivo a seção vem aumentando sua participação na receita das lojas. Em
1999, ainda segundo Belick e Chaim “os FLV representavam em média 6,4% do
faturamento dos supermercados, chegando a ter participação de 10% em algumas
3
redes. EM 2006, os FLV já representavam entre 8% e 12% do faturamento dos
supermercados (APAS, 2006)”.
Spanhol, Lima-Filho e Sproesser (2007) “compartilham a idéia de que a
deteriorização desse tipo de alimentos requer maiores cuidados com melhorias no
processo de manipulação, ambiente climatizado e, ainda, mão-de-obra
especializada”. De acordo com Souza (1998) apud Machado (2002), “é necessário
adotar estratégias que acompanhem o comportamento do consumidor de FLV e
aumentam o seu valor agregado”. Existe a necessidade de ser acompanhado o
comportamento do consumidor a fim de se usar de técnicas para aumentar o valor
agregado.
Conforme Becker (2002), “os fatores situacionais têm grande poder de
influenciar o ato da compra. Para ele, um ambiente agradável e confiável em alguns
casos é determinante do ato de compra, pois muitos consumidores definem suas
compras no ponto de venda”.
O cliente se sentindo bem com o ambiente, sendo bem tratado, tende a se
tornar um cliente assíduo, o que resultará em acréscimo de vendas. Musica, prêmios
e atenção às suas necessidades, funcionários satisfeitos, uniformizados, faz com
que se sinta importante, confiante na empresa e com o ambiente refletindo
diretamente em vendas, não somente no setor FLV mas em toda a loja.
Porter (1997) “ no seu modelo de cadeia de valor, prega que a empresa para
ter vantagem competitiva deveria diminuir os custos e ter diferenciação nos vários
grupos de operações”. Com cuidados simples de estocagem, compra e manuseio
dos produtos perecíveis principalmente, se consegue evitar desperdícios e reduzir
os custos tornando a empresa mais competitiva.
Devido a crescente exigência do consumidor no que tange a qualidade dos
FLV encontrados no varejo alimentar, Camargo (2006) “defende a idéia de que o
abastecimento bem gerenciado dos FLV, a eficiência logística e a utilização de
tecnologias são aspectos importantes para o sucesso das atividades da
organização”.
Torna-se cada vez mais necessário o investimento em novas tecnologias,
mão-de-obra especializada para que as empresas não venham a perder espaço no
4
mercado, se adequando a cada dia às mudanças nos processos, devido ao fato do
cliente estar cada vez mais exigindo qualidade nos serviços produtos e preço.
2.2 Contabilidade Gerencial
Este estudo será desenvolvido na área de contabilidade gerencial, Segundo
Crepaldi (2006), “a contabilidade Gerencial é uma atividade fundamental na vida
econômica. Mesmo nas economias mais simples, é necessário manter a
documentação dos ativos, das dívidas e das negociações com terceiros. O papel da
contabilidade torna-se ainda mais importante nas complexas economias modernas”.
Com a competitividade acirrada em todos os ramos de negócio o controle
gerencial e contábil, é uma ferramenta indispensável para manter controle da
empresa, tem por objetivos fornecer instrumentos aos administradores de empresas
que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos
recursos econômicos da empresa, através de controles dos insumos efetuado por
um sistema de controle gerencial.
O contador gerencial é definido pelo IFAC – Internacional Federation of
Accounting (federação Internacional de Contabilidade) – como um profissional que
“...identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e relata informações
(tanto financeiras quanto operacionais) para uso da administração de uma empresa”.
A contabilidade gerencial exige que o profissional não somente saiba
interpretar os dados históricos mas também através de amplo conhecimento geral
da empresa consiga analisar as possibilidades para uma tomada de decisão mais
correta possível. Este trabalho exige muita dedicação e estudo do profissional pois é
necessário conhecimento em diferentes áreas da contabilidade, como financeira,
administrativa e de custos.
A contabilidade financeira registra a história financeira da empresa e gera
relatórios destinados aos usuários externos tais como acionistas e credores. A
contabilidade administrativa trabalha com informações financeiras úteis para através
de analises de fatos passados projetar o futuro. Já a contabilidade de custo tem a
importante tarefa de ter controle dos valores atribuídos aos estoques, e a tomada de
decisão quanto ao que, como e quando produzir.
5
3 METODOLOGIA
Para a realização de um trabalho de pesquisa é fundamental que se entenda
de maneira clara a sua metodologia. Este tópico apresenta a importância de um
controle de custos e perdas, a fim de reduzir os desperdícios no setor de
hortifrutigranjeiros e descreve o modo como a pesquisa foi realizada, em busca à
atingir os objetivos propostos e de responder a pergunta central do trabalho.
Conforme estabelece Beuren in Como Elaborar Trabalhos Monográficos em
Contabilidade, considerando as particularidades dessa área do conhecimento, torna-
se útil delinear as tipologias de pesquisa em três categorias. Quanto aos objetivos,
quanto aos procedimentos e quanto a abordagem do problema.
Quanto aos objetivos a pesquisa classifica-se como descritiva, que segundo
Beuren (2003, p. 80) tem como principal objetivo descrever características de
determinado população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as
variáveis. Uma de suas características mais significativas esta na utilização de
técnicas padronizadas de coletas de dados.
Neste estudo, a pesquisa desenvolvida reveste-se de características
descritivas a partir do momento em que coleta dados e informações junto aos
documentos e sistemas de controle da empresa pesquisada, que servem como
elementos de analise, sem que o pesquisador proceda qualquer tipo de ação sobre
os referidos dados, mantendo-os na sua íntegra.
Do ponto de vista procedimental, o estudo pode ser classificado como um
estudo de caso, que segundo Beuren (2003, p. 83) “o estudo de caso justifica sua
importância por reunir informações numerosas e detalhadas com vista em aprender
a totalidade de uma situação“. Pois busca observar de maneira detalhada e profunda
o assunto objeto da pesquisa.
Além disso, recorre-se a pesquisa bibliográfica que segundo Beuren (2003, p.
86) “no que diz respeito a estudos contábeis, percebe-se que a pesquisa
bibliográfica esta sempre presente, seja como parte integrante de um outro tipo de
6
pesquisa ou exclusivamente enquanto delineamento“.Será necessária para
fundamentar a importância da pesquisa realizada.
Como instrumento de pesquisa utilizou-se a observação participante conforme
Beuren (2003, p. 90) “quanto maior for a participação, maior a interação entre
pesquisador e membros da investigação, contribuindo para o alcance de um
resultado mais consistente a partir do estudo“. Desta forma o pesquisador tem uma
visão real das dificuldades e complexidade do dia a dia da empresa, e o quanto há
de dificuldades em se alterar procedimentos rotineiros da empresa.
Ainda, quanto a abordagem do problema os dados coletados foram
analisados quantitativamente segundo Beuren (2003, p. 92) “a abordagem
quantitativa é freqüentemente aplicada nos estudos descritivos, que procuram
descobrir e classificar a relação entre variáveis e a relação de causalidade entre
fenômenos“. pois através dos dados representados revela a importância de
demonstrar resultados a fim alterar procedimentos antes adotados visando o
desenvolvimento da empresa, pois através de manejo eficiente poderá ser oferecido
produtos de maior qualidade ao cliente sem adição de custo extra.
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
4.1 Caracterização da Empresa Pesquisada
A empresa atua no ramo de atacado e varejo de produtos alimentícios,
fundada em março de 2009.
Em outubro de 2009, a empresa iniciou suas atividades na Rua Julio de
Castilhos n° 700, realizava somente atividade de atacado, optante pelo regime
Simples Nacional, a partir de novembro de 2009 a empresa mudou-se para a rua
Dona Carlota nº 512 onde anteriormente já existia um outro mercado, ocupando uma
estrutura física de 700m². Logo nos dois primeiros meses, a empresa obteve
crescimento em suas vendas. A partir de janeiro de 2010, a empresa passou a ser
tributada pelo lucro Real devido ao crescimento de seu faturamento, que continua
em expansão devido a dedicação dos proprietários e colaboradores. A empresa
conta com o total de 33 colaboradores, em diferentes setores: gerência,
7
administração, frente de caixa, loja, fiambreria, açougue, fruteira e depósito. A
distribuição dos cargos pode ser visualizada no organograma a seguir:
A empresa tem como missão atender ao cliente de forma que obtenha
satisfação nos produtos e serviços oferecidos pela empresa, maximizar a
rentabilidade e também oportunizar o crescimento pessoal e profissional dos
colaboradores.
A visão da empresa está focada em oferecer produtos e serviços de
qualidade a fim de satisfazer seus clientes internos e externos, tendo em vista que
há uma larga concorrência no ramo.
As promoções e divulgações da empresa em rádios e jornais locais são
formas de manter os clientes informados de suas ofertas, a empresa também dispõe
de entrega gratuita das compras na cidade de Santa Cruz do Sul, de convênios com
empresas locais as quais recebem as ofertas via e-mail, outro destaque importante é
que a empresa mantém suas obrigações em dia com colaboradores, fornecedores e
obrigações fiscais.
O objetivo da pesquisa é encontrar formas de reduzir desperdícios do setor se
hortifrutigranjeiros de forma que se torne favorável para a empresa, clientes e
colaboradores, reutilizando produtos antes descartados e evitando manejos
inadequados dos mesmos. Para a realização da pesquisa busca-se referências
teóricas sobre o tema, que são utilizadas no decorrer deste trabalho.
4.2 Quantificação das perdas havidas e da obtenção de receita com o
reaproveitamento
8
gerencia
administração
Frente de caixa
loja
limpezamotorista
s
Açougue/fiambreria
Fruteira/depó
sito
Escritório Contábil
Os dados analisados no presente estudo, referem-se ao mês de julho de 2011
e representa a quantidade de cada produto do setor da fruteira e seus respectivos
custos preços de venda e o total apurado no período representados no quadro 1 a
seguir:
quadro 1 - quebras do mês de julho de 2011
Produtos Custo Venda Total kgTotalcusto Total Venda
Abacate 2,00 3,30 25,20 50,40 83,16 Abacaxi 1,30 2,67 22,00 28,60 58,74 Aipim 0,80 1,20 18,90 15,12 22,68 Abobrinha 2,20 3,10 4,50 9,90 13,95 Alho 9,00 13,59 37,00 333,00 502,83 Agrião 0,70 1,25 6,00 4,20 7,50 Alface 0,60 1,10 27,00 16,20 29,70 Abobrinha italiana 1,50 2,05 2,70 4,05 5,54 Banana Caturra 0,95 1,25 75,70 71,92 94,63 Banana Prata 1,50 2,39 62,50 93,75 149,38 Batata Branca 0,75 0,78 42,60 31,95 33,23 Batata Doce 1,25 2,15 18,20 22,75 39,13 Batata Rosa 1,75 1,20 31,90 55,83 38,28 Bergamota 0,47 1,40 5,50 2,59 7,70 Bergamota comum 1,00 1,40 7,50 7,50 10,50 Brócolis 0,80 1,29 15,00 12,00 19,35 Beterraba 1,25 2,50 24,70 30,88 61,75 Caqui branco 1,50 3,29 5,80 8,70 19,08 Caqui Chocolate 1,70 3,19 16,30 27,71 52,00 Cebola 0,92 1,79 20,90 19,23 37,41 Cenoura 1,90 2,25 15,90 30,21 35,78 Couve 0,50 0,98 13,00 6,50 12,74 Couve-flor 0,60 2,75 6,00 3,60 16,50 Chuchu 1,45 2,85 24,80 35,96 70,68 Goiaba 2,00 3,89 1,15 2,30 4,47 Laranja Céu 0,90 1,50 3,89 3,50 5,84 Laranja suco 0,60 1,08 37,80 22,68 40,82 Limão 1,00 3,89 20,40 20,40 79,36 Laranja umbigo 0,75 1,30 1,40 1,05 1,82 Maçã Argentina 2,78 4,60 10,20 28,36 46,92 Maçã Fugi 1,22 1,98 41,20 50,26 81,58 Maçã Gala 1,22 1,98 81,90 99,92 162,16
9
Manga 1,75 2,89 24,20 42,35 69,94 Mamão Formosa 1,60 2,45 76,90 123,04 188,41 Maracujá 1,43 2,69 28,80 41,18 77,47 Mamão Papaia 2,79 2,75 58,70 163,77 161,43 Melão 1,92 3,45 3,70 7,10 12,77 Milho verde 0,80 1,98 3,00 2,40 5,94 Moranga Cabotia 0,75 1,09 6,20 4,65 6,76 Moranguinho 2,50 3,90 11,00 27,50 42,90 Mostarda 0,50 0,89 14,00 7,00 12,46 Pepino Salada 1,50 2,50 16,80 25,20 42,00 Pêra 3,40 4,29 17,30 58,82 74,22 Pimentão amarelo 5,05 7,80 22,10 111,61 172,38 Pimentão verde 3,00 4,98 22,90 68,70 114,04 Pimentão vermelho 5,22 6,19 10,80 56,38 66,85 Rabanete 1,00 1,25 29,00 29,00 36,25 Rúcula 0,60 1,20 44,00 26,40 52,80 Tempero verde 0,50 0,89 23,00 11,50 20,47 Tomate Gaúcho 3,40 4,98 8,10 27,54 40,34 Tomate cereja 2,50 3,99 22,70 56,75 90,57 Tomate 1,50 1,99 359,10 538,65 714,61 Vagem 2,00 2,30 0,60 1,20 1,38
Totais 2.581,74 3.849,16
O quadro acima demonstra os quantitativos dos itens do setor que foram
utilizados no reaproveitamento, o valor da venda, o total do custo e também o total
da venda de cada item, favorecendo assim a visualização do trabalho realizado.
Através dos gráficos podemos visualizar o quanto representa o
reaproveitamento temos o total do custo da quebra R$ 2.581,74 e o total da mesma
se a venda tivesse sido realizada R$ 3.881,74. No quadro 2 a seguir, demonstra-se
o quantitativo dos valore apurados com a comercialização dos novos produtos
gerados a partir do reaproveitamento da quebra verificada no setor:
Quadro 2 - recuperação de quebras julho/2011
Produto KG valor Total R$
Salada de frutas 84 3,90 327,60
Molho pronto 52 4,00 208,00
10
Sopão 68 4,50 306,00
Doce de fruta 120 3,5 420,00
Total recuperado 934,00
É possível visualizar o total recuperado de R$ 934,00 que representa 36,17%
do custo da quebra de R$ 2.581,74, o que proporciona uma parcial recuperação das
perdas havidas no período.
O quadro 3, a seguir, descreve quantitativamente os valores envolvidos no
período analisado, considerando a empresa como um todo, bem como identificando
os valores relativos ao setor de hortifrutigranjeiros.
Quadro 3 – valores de julho/2011
Faturamento total da empresa 07/2011 R$ 627.237,96 1
Faturamento total da fruteira 07/2011 R$ 65.027,66 2
Total custo quebra R$ 2.581,74 3
Total venda quebra R$ 3.849,16 4
Valor recuperado R$ 934,00 5
No quadro 3 acima descreve o total do faturamento da loja no período R$
627.237,96 o total do faturamento do setor de hortifrutigranjeiros de R$ 65.027,66, o
total do custo da quebra R$ 2.581,74 o total da receita a ser obtida com a
comercialização da quebra se tivesse sido efetuada R$ 3.849,16 e por final o total
recuperado com a comercialização dos produtos resultantes da quebra de R$
934,00.
Através do quadro acima podemos visualizar a importância da empresa
utilizar o reaproveitamento com o objetivo de reduzir perdas aumentando o
faturamento da empresa.
A seguir insere-se o gráfico comparativo da relação existente entre os dados
gerais relativos ao total da venda da loja, conforme quadro 3 supra.
11
Gráfico 1
O quadro 4, a seguir, descreve quantitativamente os valores envolvidos no
período analisado, considerando os valores relativos ao setor de hortifrutigranjeiros,
relacionando faturamento, quebra havida e recuperação de quebras:
Quadro 4 – setor de hortifrutigranjeiros julho/2011
Faturamento total fruteira R$ 65.027,66 1
Total custo quebra R$ 2.581,74 2
Total venda quebra R$ 3.849,16 3
Valor recuperado R$ 934,00 4
Conforme o quadro 4 pode-se observar que o faturamento do setor de
hortifrutigranjeiros soma o total de R$ 65.027,66 tendo um total de quebra no mês
trabalhado de R$ 2.581,74 e o total de quebra recuperada de R$ 934,00,
12
representando 36,17% do total da quebra recuperada, e representando 1,44% do
total faturamento bruto do setor.
A seguir insere-se o gráfico comparativo da relação existente entre os dados
específicos relativos ao setor de hortifrutigranjeiros, conforme quadro 4 supra.
Gráfico 2
O presente trabalho pode ser continuado sabendo-se que novas idéias e
possíveis sugestões vindas da direção funcionários ou trabalhos acadêmicos como o
presente, podem contribuir para que o resultado do reaproveitamento torna-se ainda
mais significativo.
5 Considerações Finais
Este estudo teve por objetivo evidenciar a contribuição da redução de perdas.
Analisou-se os dados da empresa referente ao período de 2010 a 2011 tomando
como amostragem o mês de julho de 2011. Inicialmente procurou-se identificar os
percentuais de contribuição do setor no total do Faturamento do mês de julho e os
reflexos apresentados após a realização do trabalho.
Como pontos positivos, do trabalho realizado destaca-se a associação de
conhecimentos teóricos a realidade da empresa selecionada. Isso é significativo
para a redução de perdas com o objetivo de aumentar o lucro da empresa.
13
O reaproveitamento possibilita a geração de novas oportunidades de trabalho
e aprendizado aos colaboradores e gestores.
O objetivo do trabalho é a amostragem física e exposição diferenciada de
produtos visando ampliar vendas e aumentar o lucro da empresa.
Conforme o quadro 3 acima, descreve o total do faturamento da loja no período R$
627.237,96 o total do faturamento do setor 65.027,66, o total do custo da quebra R$
2.581,74 o total da quebra se esta tivesse sido efetuada R$ 3.849,16 e por final o
total recuperado R$ 934,00. Esta que representa 36,17% do total da quebra
recuperada, e representando 1,44% do total do setor.
Os dados demonstram valores significativos na recuperação das perdas
sendo este um trabalho que pode ser continuado e aperfeiçoado, acredita-se que
novas sugestões e idéias podem vir a tornar o resultado ainda mais favorável.
No entanto, entende-se que este resultado pode ser melhorado, se forem
adotadas alternativas como venda para restaurantes de polpa de tomate e legumes
já picados que anteriormente faziam parte da quebra. Como recomendações a
estudos futuros sugere-se a reaplicação desta pesquisa no decorrer de um ano, a
fim de se verificar se as ações sugeridas nesta pesquisa, proporcionaram uma
efetiva melhora na estimativa das previsões da empresa.
REFERÊNCIAS
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. São Paulo: Atlas,1996
BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade.
São Paul: Atlas, 2003
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n° 750 de 29-12-1993
Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade, Brasília 2003.
CODIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. São Paulo: Saraiva,1996.
14
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil Teoria e Pratica. 4 ed – São
Paulo: Atlas,2007.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial Teoria e Pratica. 3 ed –
São Paulo: Atlas,2006.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed –
São Paulo: Atlas,2002.
LASTRES, Helena Martins; FERRAZ, João Carlos. Economia da Informação, do
conhecimento e do aprendizado. Informação e globalização na era do
conhecimento. Rio de Janeiro: Campus,1999.
MARTINS, Luis de Oliveira. Manual de Contabilidade Tributaria. Edital 5 ed – São
Paulo: Atlas, 2006.
MAGALHAES, Antonio de Deus Farias. Perícia Contábil. 5 ed- São Paulo: Atlas
2006.
Soares, Suelen; Da Costa, Edgar. Demandas e fluxos do setor alimentício in natura
dos supermercados de porte médio de Corumbá. 2008/9
http://www.propp.ufms.br/gestor/titan.php?target=openFile&fileId=409 acesso em: 14
set.2010.
WERNKE, Rodney; Gestão de Custos. 2°.Ed. São Paulo, 2004.
15