Transcript
Page 1: Contribuição Sindical - Senge-MG · 1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015 O ano

1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015

O ano de 2015 será difícil para os trabalhadorese as negociações coletivas devem ficar mais complicadas, principalmente para os profissionais da Engenharia. Esta

é a leitura feita pelo Departamento Intersindicalde Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Confira na página 8.

CRISE HÍDRICA

Falta de planejamento e gestão estão na raiz do problemaAs crises hídrica e energética têm sido amplamente

noticiadas pela mídia nos últimos meses. O medo em geral é de que se tenha racionamento, o que pode afetar

de forma negativa o crescimento do país. A falta de planejamento e de gestão estão na raiz do problema.

Veja nas páginas 6 e 7.

Contribuição SindicalA Contribuição Sindical de 2015

pode ser paga até o dia 28/2 com a guia do Sindicato. O valor

para este ano é de R$205,13, correspondente a 1/30 do Salário

Mínimo Profissional de 2014. Confira na página 7.

Trabalhadores, aposentados, entidades que os

representam e as principais centrais sindicais do Brasil

(CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CBS)

realizaram, em 28 de janeiro, o “Dia Nacional de

Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos” para

protestar contra as Medidas Provisórias 664 e 665

que alteram uma série de benefícios trabalhistas,

como o seguro-desemprego, o auxílio-doença,

pensão por morte, seguro-defeso, abono salarial e

auxílio-reclusão. Os manifestantes se reuniram em

diversas cidades do país e pediram a revogação das

MPs e que as conquistas trabalhistas e previdenciárias

sejam preservadas. Leia nas páginas 2, 3, 4 e 5.

Page 2: Contribuição Sindical - Senge-MG · 1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015 O ano

2 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015

OPINIÃO

SINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - Rua Ara-guari, 658 - Barro Preto - CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail: [email protected] - site: www.sengemg.org.br - GESTÃO 2013/2016 - DIRETORIA EXECUTIVA •

Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira • 1º Vice-Presidente: Augusto César Santiago e Silva Pirassinunga • 2º Vice-Presidente: José Flávio Gomes • Diretor 1º Tesoureiro: Abelardo Ribeiro de Novaes Filho • Diretor 2º Tesoureiro: Welhiton Adriano de Castro Silva • Secretário Geral: Elder Gomes Dos Reis • Diretor 1º Secretário: Anivaldo Matias De Sousa DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS • Diretor de Aposentados: Paulo Roberto Mandello • Diretor de Ciência e Tecnologia: Cynthia Franco Andrade • Diretor de Assuntos Comunitários: Josias Gomes Ribeiro Filho • Diretor de Imprensa: Mateus Faria Leal • Diretor Administrativo: Alírio Ferreira Mendes Júnior • Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo Cézar Duarte • Diretora da Saúde e Segurança do Trabalhador: Anildes Lopes Evangelista • Diretor de Relações Intersindicais: Rubens Martins Moreira • Diretor de Negociações: Antônio Azevedo • Diretor de Interiorização: Ricardo dos Santos Soares • Diretor Socioeconômico: Antônio Dias Vieira • Diretor de Promoções Cul-turais: José Marcius Carvalho Valle CONSELHO FISCAL • Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira • Éderson Bustamante • Virgílio Almeida Medeiros • Júlio César Lima • Gilmar Pereira Narciso DIRETORIA REGIONAL ZONA DA MATA • Diretor Administrativo: Fernando José • Diretora Secretária: Vânia Barbosa Vieira • Diretora Tesoureira: Ilza Concei-ção Maurício • Diretores Regionais: Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu; Gilwayne Alves de Sousa Gomes; Sílvio Rogério Fernandes; Luiz Antônio Fazza; Liércio Feital Motta Junior; Francisco de Paula Lima Netto; Marcos Felicíssimo Beaklini Cavalcanti; Carlos Alberto de Oliveira Joppert; Eduardo Barbosa Monteiro de Castro; João Vieira de Queiroz

Neto DIRETORIA REGIONAL NORTE NORDESTE • Diretor Administrativo: Guilherme Augusto Guimarães Oliveira • Diretor Secretário: Jessé Joel de Lima • Diretor Tesoureiro: Melquíades Ferreira de Oliveira • Diretores Regionais: Holbert Caldeira; Renata Athayde Gomes; Pedro Bicalho Maia; Plínio Santos de Oliveira DIRETORIA REGIONAL SUL • Diretor Administrativo: Nelson Benedito Franco • Diretor Secretário: Fernando Barros Magalhães • Diretora Tesou-reira: Fabiane Lourdes de Castro • Diretor Regional: Nélson Gonçalves Filho DIRETORIA REGIONAL TRIÂNGULO • Diretor Administrativo: Ismael Dias Figueiredo da Costa Cunha • Diretor Secretário: Pedrinho da Mata • Diretor Tesoureiro: Jean Marcus Ribeiro • Diretores Regionais: Francielle Oliveira Silva; Hélver Martins Gomes DIRETORIA REGIONAL VALE DO AÇO • Diretor Administrativo: Antônio Germano Macedo • Diretor Secretário: Sergino Ventura Dos Santos Oliveira • Diretor Tesoureiro: Bruno Balarini Gonçalves DIRETORIA REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES • Diretor Administrativo: Domingos Palmeira Neto • Diretor Secretário: Wilson Antônio Siqueira • Diretor Tesoureiro: Arnaldo Coutinho Brito DIRETORIA REGIONAL CENTRO • Diretor Administrativo: Alfredo Marques Diniz • Diretor Secretário: Wellington Vinícius Gomes da Costa • Diretores Regionais: Aline Almeida Guerra; Gilmar Côrtes Sálvio Santana; Marcelo Fernandes da Costa; Marcos Moura do Rosário; Epaminondas Bittencourt Neto; Marcelo de Ca-margos Pereira; Andrea Thereza Pádua Faria; Sávio Nunes Bonifácio; Waldyr Paulino Ribeiro Lima; Wanderley Acosta Rodrigues; Laurete Martins Alcântara Sato; José Tarcísio Caixeta (licenciado); Carlos Moreira Mendes; Jairo Ferreira Fraga Barrioni; Jucelino Dias Moreira; Paulo Henrique Francisco Santos.

SENGE INFORMA• EDIÇÃO: Miguel Ângelo Teixeira REDAÇÃO: Miguel Ângelo Teixeira, Luiza Nunes e Caroline Diamante ARTE FINAL: Viveiros Editoração IMPRESSÃO: Gráfica Millenium

Nenhum direito a menos!!!RAUL OTÁVIO DA SILVA PEREIRA*

Em meio ao maior escândalo de corrupção da história do país, de uma crise hídrica sem precedentes e da posse dos governantes elei-tos no último pleito de outubro do ano passado, os trabalhadores brasileiros vivem a ameaça da per-da de conquistas históricas, diante da necessidade de um ajuste nas contas do governo federal. É neste contexto que o Sindicato de Enge-nheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) se posiciona e pauta as suas ações, sempre com o pro-pósito da defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores diante de constantes ameaças, sejam de governos ou do patronato.

O chamado escândalo do pe-trolão atinge a principal empresa do país, com desvios bilionários de recursos de uma estatal conside-rada há bem pouco tempo como modelo de eficiência e de gestão. Mais uma vez, estão no cerne do problema as questões relacionadas ao financiamento de campanhas eleitorais e da governabilidade com a ga-rantia do apoio dos partidos que formam a base de apoio governamental. As soluções para estes problemas estão numa reforma política abrangente que coíba a doação de empresas, que contemple o financiamento público e que reestruture a representação partidária no país, além da punição exem-plar dos envolvidos, sejam corruptores ou corrompidos.

O Senge tem se posicionado pelo am-plo debate em torno da reforma almejada e possível, apoiando iniciativas como o fi-nanciamento público de campanhas e elei-ções proporcionais em dois turnos.

A crise hídrica, com graves consequên-cias no abastecimento de água e energia elétrica, é uma demonstração clara da falta

de planejamento e de ações integradas de nossos governantes, bem como reflexo do baixo investimento e do atraso recorrente em importantes obras de infraestrutura no país. Certamente, a crise influenciará nega-tivamente no crescimento do país e quem pagará a conta serão os trabalhadores.

A posse dos governos eleitos em outu-bro do ano passado traz preocupações e algumas expectativas positivas. Em meio a uma das maiores crises fiscais da história do país, o governo federal se vê premido a cortar gastos para equilibrar as suas contas. Diferentemente do que havia prometido na campanha eleitoral, mais uma vez o ajuste se dá na conta dos trabalhadores. Medidas foram anunciadas que alteram e dificultam

o acesso dos trabalhadores a bene-fícios como o seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença.

A desculpa apresentada de que estão coibindo abusos e fraudes nestes benefícios não passa de uma falácia ou embuste. Dificul-tar e limitar o acesso de milhões de trabalhadores a benefícios ad-quiridos é sim corte de direitos. O Senge-MG, junto com a Federação dos Sindicatos de Engenheiros (Fi-senge) e centrais sindicais, repudia qualquer ataque aos direitos dos trabalhadores e defende que há outras formas de se fazer o ajuste necessário e coibir fraudes e abu-sos, que não sejam com o sacrifício dos trabalhadores brasileiros.

Aqui em Minas, a posse do go-vernador Fernando Pimentel abre uma expectativa positiva de que as relações de trabalho em nossas principais estatais, como a Cemig e Copasa, terão melhores dias. É fundamental que seja restabele-

cido o diálogo com as entidades sindicais nestas empresas e que as negociações co-letivas se dêem em ambiente de respeito às reivindicações dos profissionais que nelas trabalham.

Sem dúvidas, este ano será de dificul-dades. A participação e mobilização dos engenheiros e engenheiras em torno do nosso Sindicato serão fundamentais para que NENHUM DIREITO nos seja usurpado.

(*) Raul Otávio da Silva Pereira é engenheiro eletricista, presidente do Senge-MG e Conselheiro Federal no Confea.

Page 3: Contribuição Sindical - Senge-MG · 1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015 O ano

3 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015

NENHUM DIREITO A MENOS

Medidas Provisórias limitamacesso a conquistas históricas

Trabalhadores, aposentados, entidades que os representam e as principais centrais sindicais do Brasil (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CBS) reali-zaram, em 28 de janeiro, o “Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos” para protestar contra as Medidas Pro-visórias 664 e 665 que alteram uma série de benefícios trabalhis-tas, como o seguro-desemprego, o auxílio-doença, pensão por morte, seguro-defeso, abono salarial e auxílio-reclusão. Os ma-nifestantes se reuniram em diver-sas cidades do país e pediram a revogação das MPs e expuseram a insatisfação com as ações do governo Dilma, uma vez que esta afirmou durante sua campanha eleitoral que não iria mexer nos direitos dos trabalhadores “nem que a vaca tussa”.

O Senge-MG, desde o pri-meiro momento, se posicionou contrariamente às MPs. “En-tendemos que as promessas de campanha, de que nenhum direito dos trabalhadores seria retirado, devem ser cumpridas. O governo federal deveria se preocupar em não retirar direi-tos, mas também em implantar algumas outras questões que são de fundamental importân-cia para os trabalhadores, como a correção correta e mais justa da tabela do imposto de renda e a questão da extinção do Fator Previdenciário”, afirma Raul Otá-vio da Silva Pereira, presidente do Senge-MG.

Clóvis Nascimento, presiden-te da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fi-senge), também é contra qual-quer retirada de direitos dos tra-balhadores. “Os rumos da atual política econômica brasileira vão na contramão do fortalecimento do Estado, privilegiando o setor privado, como o caso das perí-cias médicas e o aumento de juros para aquisição de casa pró-pria. O governo precisa seguir a agenda para a qual foi eleito, apostando no fortalecimento do mercado interno e aumento de investimentos públicos em seto-res primordiais (saúde, educa-ção, transporte, saneamento e indústria)”, acredita.

Para Clóvis, é necessário for-talecer a agenda das Centrais Sindicais contra a retirada de direitos e pela abertura do diálo-go com o governo federal. “Te-mos que mobilizar a sociedade para reivindicar direitos nas ruas, principal espaço de disputa po-lítica. Um governo não avança sozinho, mas sim com pressão popular da sociedade civil orga-nizada”, afirma.

O presidente da Fisenge acre-dita que em vez de cortar direi-tos, o governo deveria investir em um trabalho de combate à corrupção. “O próprio Governo divulgou a informação de que 57,5% das pensões são de um salário mínimo. Mesmo assim, a justificativa para as MPs é de coi-bição de fraudes. Urge ressaltar que práticas lúgubres e burlistas

partem de um problema estrutu-ral da sociedade, que necessita de um debate mais aprofun-dado, que é a corrupção. Para enfrentá-la, o caminho é o for-talecimento de instrumentos de controle social, transparência e

participação popular. A corrup-ção não é combatida com reti-rada de direitos. Tais medidas re-presentam um retrocesso histó-rico nas lutas dos trabalhadores e das trabalhadoras do Brasil”, diz Clóvis.

Clóvis Nascimento,presidente da Fisenge

Raul Otávio da Silva Pereira, presidente do Senge-MG

Page 4: Contribuição Sindical - Senge-MG · 1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015 O ano

4 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015

Aposentados e pensionistas de todo o Brasil se reuniram, no dia 25 de janeiro, em Aparecida (SP) para, mais uma vez, comemorar o Dia Nacional dos Aposentados (24) e reforçar suas bandeiras de luta e também para protestar contra as Medida Provisórias 664 e 665 anunciadas pelo governo federal no final de 2014. As MPs alteram as regras de diversos direitos tra-balhistas, entre eles da pensão por morte, e vão prejudicar milhares de trabalhadores e suas famílias.

“A MP 664 afeta diretamente os aposentados, uma vez que al-tera as regras para a pensão por morte. Ela vai limitar os direitos dos pensionistas. No meu entendi-mento, os pensionistas adquiriram esse direito através da legislação que orienta todas as ações do go-verno federal, dos estados e muni-cípios. E a previdência social, por questões financeiras, mais uma vez, através do executivo brasilei-ro, do governo federal, vem traba-lhando para a retirada de direitos. A Dilma, inclusive, disse que não ia mexer nos direitos dos trabalhado-res ‘nem que a vaca tussa’. A vaca

Em resposta às justificativas apresentadas pelo governo fe-deral para as Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram as regras previdenciárias do Brasil, mexen-do no seguro-desemprego, pen-são por morte, auxílio-doença, entre outras, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Es-tudos Socioeconômicos (Dieese) lançou, em janeiro de 2015, o trabalho “Considerações sobre as Medidas Provisórias 664 e 665 de 30 de dezembro de 2014”. A análise refuta os argumentos uti-lizados pelo governo Dilma para justificar as alterações, que serão

prejudiciais aos trabalhadores.“O governo federal justifica

a adoção dessas Medidas no contexto de ajuste das contas públicas, como parte integrante do esforço fiscal para 2015 de alcançar um superávit primário de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto), alegando que poderão gerar uma economia de gasto de R$ 18 bilhões. Deve-se regis-trar, no entanto, que as várias medidas de apoio e benefícios ao setor empresarial adotadas pelo próprio Governo nos últi-mos anos - como a redução de alíquotas de IPI e desonerações,

entre outras - representaram cerca de R$ 200 bilhões a título de renúncia fiscal, ou seja, de recursos que o Tesouro Nacio-nal deixou de receber. Não há como justificar, portanto, que o ajuste se inicie exatamente pela parcela mais vulnerável da po-pulação”, atesta o documento do Dieese.

A justificativa que as MPs vão corrigir distorções nos be-nefícios também é refutada pelo Departamento. Assim como as Centrais Sindicais, o Dieese reconhece a necessida-de se ter mais transparência e

controle na gestão dos recursos públicos, mas sem penalizar os trabalhadores. “O Governo Fe-deral tem reiterado que essas medidas não extinguem direitos trabalhistas. Todavia, as novas regras para a utilização dos be-nefícios restringem seu alcance, excluindo milhões de pessoas da possibilidade de acessá-los”, destaca o Dieese.

O trabalho “Considerações sobre as Medidas Provisórias 664 e 665 de 30 de dezembro de 2014” está disponível em www.dieese.org.br , em Outras Publicações.

Dieese contesta justificativas do governo

tossiu e já morreu e ela está reti-rando direitos”, considera Robson Bittencourt, presidente da Federa-ção dos Aposentados e Pensionis-tas de Minas Gerais (FAP-MG).

De acordo com Bittencourt, as entidades representantes dos aposentados e pensionistas já es-tão avaliando quais são as opções para tentar impedir que o gover-no faça as alterações anunciadas. “Nós vamos ter embates dos aposentados. Já tivemos reunião com advogados da Confedera-

ção e das federações de aposen-tados, que estão estudando todo esse processo e nós vamos tomar atitudes. O governo não vai sim-plesmente falar: nós vamos fazer isso, vamos cortar aquilo”, avisa. “Nós não podemos deixar que isso aconteça. É como colocar uma boiada no matadouro. Cor-tam a cabeça de todo mundo e sugam tudo o que for possível para pagar as contas do gover-no. Vamos pensar, vamos agir com coerência e decência e com

lisura no que determina a nossa Constituição e as leis vigentes no nosso país”, reforça Bittencourt.

Reivindicações históricas Os aposentados aproveitaram

a manifestação em Aparecida para reforçar antigas reivindicações que ainda não foram atendidas, tais como a paridade dos benefícios com as contribuições pagas; a re-cuperação das perdas acumuladas; reajustes anuais para todos no mes-mo nível do salário mínimo; fim do fator previdenciário, entre outros. Como em todos os anos, as lide-ranças fizeram a leitura da Carta de Aparecida, documento que reúne as reivindicações dos trabalhadores e que é entregue ao governo.

“As reivindicações dos aposen-tados são várias, mas não mudam muito de um ano para o outro, pois o governo se nega a negociar com os aposentados e pensionis-tas. Ele apenas usa o poder da ca-neta para definir aquilo que é para o aposentado, sem observar seus direitos, que ele adquiriu ao longo de sua vida laboral e pessoal”, fina-liza o presidente da FAP-MG.

NENHUM DIREITO A MENOS

Aposentados e pensionistas também pagam a conta do ajuste

Aposentados se reuniram em Aparecida (SP) para reforçar pauta de reivindicações e manifestar contra as MPs 664 e 665

Page 5: Contribuição Sindical - Senge-MG · 1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015 O ano

5 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015

Decidir pelo fim ou pela ma-nutenção do Fator Previdenciá-rio está nas mãos dos novos de-putados federais que tomaram posse em 1º de fevereiro na Câmara dos Deputados. Desde 2003, o Projeto de Lei do Se-nado 296/2003 – já aprovado pelos senadores - tenta extin-guir o Fator Previdenciário. Na Câmara, ele tramita como o PL 3.299/2008 em conjunto com outras seis propostas, mas ain-da não houve consenso para a sua aprovação no Plenário.

“Em 2010, nós conseguimos derrubar o Fator Previdenciário no Congresso Nacional, mas o Lula vetou. De lá para cá reini-ciaram novas discussões e as centrais sindicais, que deveriam estar defendendo os trabalha-dores, querem negociar com o governo a alteração do Fator”, diz o presidente da Federação dos Aposentados e Pensionistas

de Minas Gerais (FAP-MG), Rob-son Bittencourt.

O representante dos apo-sentados entende o Fator Previ-denciário como “uma tábua de cálculo esdrúxula, ridícula, que prejudica muito os trabalhado-res”. Segundo Bittencourt, as propostas de alteração do Fator não mudam em nada o prejuízo para os trabalhadores. “A nossa posição é de que tem que acabar com o Fator Previdenciário. Não podemos permitir que eles ape-nas o alterem, porque vai ficar até pior do que a regra de cál-culo atual. Isso não deve acon-tecer. Temos que manter a nossa bandeira de luta, que é acabar com o Fator e não substituir por nada”, acredita Bittencourt.

Desaposentação O julgamento sobre o mé-

rito das ações de desaposen-tação está suspenso no Su-

premo Tribunal Federal desde 29 de outubro de 2014, data em que a questão foi julgada pela última vez. A ministra Rosa Weber pediu vis-tas dos autos para análise, após o em-pate na votação. Os ministros Teori Zavascki e Dias To-ffoli votaram con-trariamente à de-saposentação. Já os ministros Marco Aurélio Mello e Luís Roberto Barroso votaram a favor. O Departamento Jurí-dico do Senge-MG, no entanto, conti-nuará a ajuizar esta ação. Os interessa-dos podem entrar em contato com o Sindicato, através do telefone (31)3271-

Em 2015, o salário mínimo nacional foi reajustado em 8,84% e passou de R$724,00 para R$788,00. Os aposen-tados que recebem benefício de até um salário receberam o mesmo reajuste em suas aposentadorias. No entanto, aqueles aposentados cujos benefícios estão acima de um salário tiveram reajuste de apenas 6,23%, percentual que ficou abaixo da inflação medida para 2014. “Isso não

Benefícios são reajustados abaixo da inflaçãoaconteceu só esse ano. Isso já vem ao longo dos anos. Os últimos anos tem sido dolo-rosos para os trabalhadores aposentados que ainda ga-nham acima do mínimo. A cada ano, em torno de 350 mil a 400 mil aposentados caem para a faixa do mínimo porque as perdas ocorridas ao longo dos anos vão jogan-do sempre pra baixo esse teto dos trabalhadores em termos de benefícios”, afirma Rob-

son Bittencourt, presidente da Federação dos Aposenta-dos e Pensionistas de Minas Gerais (FAP-MG).

Para Robson, a intenção do governo é criar um valor único para as aposentado-rias. “A intenção do governo é ir forçando essa situação para ter um piso único de benefício de aposentadoria. Ou seja, para termos, em um futuro bem próximo, com to-das essas minirreformas que

NENHUM DIREITO A MENOS

Morosidade do Legislativo e do Judiciário trava lutas históricas

estão fazendo na Previdên-cia, uma Previdência única no Brasil. Tanto a dos servidores públicos quanto a dos traba-lhadores de empresas priva-das. Está caminhando para isso. Isso é o que trabalhador aposentado vai ter depois de 35, 40 anos ou mais de traba-lho. Essa é a recompensa por aquilo que ele fez para cons-truir o país, para construir o que está aí”, reclama o presi-dente da FAP.

7355 ou podem agendar um horário de atendimento em www.sengemg.org.br.

Page 6: Contribuição Sindical - Senge-MG · 1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015 O ano

6 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015

A palavra crise, nos últimos dias, tem sido noticiada pela mí-dia brasileira constantemente acompanhada dos termos hídrica e energética. O medo em geral é de que se tenha racionamento em ambos os setores e a palavra de ordem é economizar. Em Belo Horizonte, na região metropoli-tana e em cidades de outras re-giões de Minas Gerais, a Copasa já divulgou medidas para conter o desperdício de água. Caso a po-pulação não economize 30% de água e a escassez de chuva con-tinue nos próximos três meses, poderá haver racionamento com a implantação do rodízio no for-necimento.

Para o recém-empossado di-retor-presidente da Cemig, Mau-ro Borges Lemos, a educação do consumo é muito importante e, para isso, é fundamental o apoio da população tanto para a econo-mia de água como a de energia. “Nós não temos nenhum objetivo de penalização do consumidor. Nosso objetivo é que o consumo eficiente de energia evite o racio-namento.”

Segundo Mauro Borges não há risco de racionamento de energia no Brasil, pelo menos em 2015, se tivermos um consumo cons-ciente. Ele lembra que o país tem ampliado as fontes de base ener-gética. “Nós criamos um enorme parque de base não-hidráulico. Além da termoelétrica, nós temos um conjunto de energia como eólica, solar e pequenas centrais hidroelétricas. O Brasil fez o dever de casa.”

Desde 2001, em razão do ris-co de apagão, muitas usinas ter-moelétricas foram construídas no Brasil para serem utilizadas em caráter emergencial. No entanto, o engenheiro civil e Doutor em Recurso Hídrico, Aloysio Portugal Maia Saliba, explica que o uso que se tem feito delas não é o ideal. “O problema é que já faz alguns anos que o que deveria ser emer-gencial passou a ser corriqueiro. As usinas térmicas são acionadas continuamente, elevando o custo de geração. Ao mesmo tempo, parques eólicos são construídos sem interligação ao sistema de

transmissão, obras importantes como Belo Monte atrasam e no-vamente a fragilidade do nosso planejamento energético vem à tona. Obviamente, quem vai pa-gar a conta somos nós, consumi-dores.”

Para o doutor em Recurso Hídrico, a sensação é de que so-mos relapsos e procrastinadores, como se não acreditássemos na possibilidade de crises como es-tas. Em se tratando dos governos, ele acredita que esta visão afeta o planejamento dos recursos para expansão e melhoria dos sistemas de abastecimento e geração. “Na última explicação para o ‘apa-gão programado’, que ocorreu em janeiro deste ano, atribuiu-se a falha em um equipamento. É um princípio básico da engenha-ria que equipamentos tão críticos tenham um sistema reserva ou ao menos estejam submetidos a um plano de manutenção bastante rigoroso. Será que todas as ver-bas que deveriam ser utilizadas para garantir a resiliência do sis-tema foram utilizadas, ou foram realocadas em função de nossa descrença de que eventos extre-mos acontecem?” Tendo em vista o último apagão programado, ele completa. “Em minha opinião, já estamos em racionamento.”

Se o regime de chuvas voltar ao normal, o Doutor em Recur-so Hídrico, Aloysio Maia, esti-ma que será necessário de dois a três anos para a situação ser controlada. “Nossos reservató-rios, utilizados para geração de energia ou abastecimento públi-co, são grandes e demoraram a se recuperar.” Com a crise, Maia vê uma oportunidade de incenti-var o uso racional dos recursos. “Incentivos fiscais poderiam ser oferecidos a empresas que im-plantassem ou expandissem o reuso, como também para que consumidores residenciais subs-tituam eletrodomésticos e lâm-padas por outros mais eficien-tes, instalem aquecimento solar, etc. Ao atuarmos na demanda, também protegemos os recursos hídricos.” No entanto, ele des-confia que a economia possa ser um empecilho para que medidas como essas possam ser toma-das. “A situação econômica em

que o país se encontra talvez im-peça este tipo de abordagem.”

A sugestão de Ney Murtha, engenheiro e mestre em Sanea-mento, Meio Ambiente e Recur-sos Hídricos, é de que uma das prioridades seja a preservação de mananciais com a recomposição de matas e de áreas de recarga. Entretanto, agora que a crise hí-drica está instaurada, ele diz que é importante estabelecer planos de contingência para proteger ati-vidades essenciais da sociedade, garantindo suprimento de esco-las, hospitais, laboratórios, equi-pamentos públicos e uma cota para atendimento mínimo das ne-cessidades individuais para inges-tão e asseio. “Fazer valer a priori-dade legal para o abastecimento público é uma função inadiável e inescapável das estruturas de ges-tão. Racionar, racionalizar, criticar e obter desta experiência, que pode ser um flagelo em algumas cidades, lições para o futuro.”

Recursos devem serusados de forma racional

CRISE HÍDRICA

Escassez de chuvas pode levar ao racionamento de água e energia

Nível dos reservatórios de água é crítico em várias regiões do Brasil

Page 7: Contribuição Sindical - Senge-MG · 1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015 O ano

7 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015

CRISE HÍDRICA

Gestão eficiente poderia minimizaros efeitos nas regiões mais afetadas

Para a engenheira e mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Maria Cristina Sá de O. M. Brito a crise hídrica está associada à crise elétrica na dimensão do stress hídrico e tam-bém na da gestão. “Nosso siste-ma elétrico é fundado na matriz hidráulica e a escassez hídrica di-minui a disponibilidade de água para a geração. Dessa forma, há um déficit na geração e em mui-tos reservatórios há conflitos de usos. Um agravante é que, mes-mo diante da perspectiva de es-cassez, o consumo não foi deses-timulado nos últimos anos.”

A análise sobre a crise hídrica do engenheiro e mestre em Sa-neamento, Meio Ambiente e Re-cursos Hídricos Ney Murtha, é de que ela contém dois elementos constitutivos. Um deles é stress hídrico, com a ocorrência de chuvas, nos últimos anos, muito abaixo de suas médias históricas e que assola com muita força o

nordeste (três anos de chuvas abaixo da média) e o sudeste (dois anos) do Brasil. “Trata-se de um evento extremo e de lon-go período de recorrência que certamente impactaria sistemas de usos que tem na água seu insumo, como a agricultura, in-dústria e mineração e o uso prio-ritário da água que é o abasteci-mento público.”

O segundo elemento, na visão de Murtha, diz respeito à gestão da água e de suas condições de uso, como alocação e planeja-mento de infraestruturas no mé-dio e longo prazo. “Uma boa ges-tão poderia minimizar os efeitos do stress hídrico, mas não é o que se verifica, especialmente nos es-tados onde a crise é mais latente. Eventos climáticos extremos como este são raros, mas recorrentes, e é para suportar situações como esta que os sistemas de abasteci-mento devem ser projetados.”

A gestão de um bem público como a água sob a perspectiva mercadológica, orientada para a obtenção de lucro e remuneração de acionistas, deve ser reavaliada na opinião da engenheira Maria Cristina. “Investimentos neces-sários à ampliação dos sistemas e melhoria da segurança hídrica das populações não foram reali-zados ao longo dos últimos anos e boa parte dos lucros obtidos na prestação dos serviços foram distribuídos a acionistas, alguns deles de fora do país”, denuncia.

Maria Cristina alerta para a necessidade das gestões dos se-tores saneamento e recursos hí-

Maria Cristina Brito,engenheira e ex-presidente

do Senge-MG

dricos estabelecerem instâncias e ações de cooperação, coordena-ção e de responsabilização pelas políticas. “O setor de recursos hídricos ainda não está respon-dendo à altura aos desafios e precisamos fazer uma avaliação dos papéis dos diversos atores na atual crise. No caso do Canta-

reira em São Paulo, por exemplo, desde 2004 havia determinação na outorga concedida para a im-plantação de obras que diminuís-sem a dependência deste sistema e não foram implementadas. Há falta de instrumentos para obri-gar a implementação de ações”, questiona.

Page 8: Contribuição Sindical - Senge-MG · 1 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015 NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Cenário político-econômico pode prejudicar negociações em 2015 O ano

8 SENGE INFORMA Nº 212 - 15/FEVEREIRO/2015

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Cenário político-econômico pode dificultar negociações coletivas em 2015

A luta pelo cumprimento do Salário Mínimo Profissio-nal (SMP) tanto no âmbito das empresas privadas quanto no âmbito das empresas públicas é uma bandeira carregada pelo Senge-MG desde a criação da lei 4950-A/1966, que estipu-la o piso profissional da cate-goria. Em 2014, o Sindicato conseguiu vitórias importantes para a causa. “O Senge tem ajuizado inúmeras ações indi-viduais nas empresas privadas. Nestas ações, temos inúmeros casos sendo julgados proce-

O ano de 2015 será difí-cil para os trabalhadores e as negociações coletivas devem ficar mais complicadas, princi-palmente para os profissionais da Engenharia. Esta é a leitura feita pelo Departamento Inter-sindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “A desaceleração econômica que vem ganhando força nos últimos anos, somada à crise energética e hídrica na qual o país já se en-contra e às Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram os dire-tos trabalhistas, vão dificultar as negociações coletivas em 2015 e a vida dos trabalhadores daqui pra frente”, afirma o economista Thiago Rodarte, técnico da sub-seção do Dieese no Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG).

Os profissionais da Enge-nharia, principalmente, devem se preparar e mobilizar para enfrentar tempos difíceis. “Em 2014, houve geração de 400 mil postos de trabalho no Brasil e o desemprego foi o menor da sé-rie histórica, ficando em 4,8%. Porém, grande parte das vagas foi gerada nos setores de servi-ços e comércio, que não costu-mam empregar grande número de engenheiros. Ao contrário, o mercado de trabalho da Enge-nharia teve redução de cerca de 2.600 vagas em todo país em 2014”, revela Thiago.

Os setores que mais empre-gam engenheiros e engenheiras, ou seja, a indústria e a constru-ção, assim como a Consultoria, estão em crise e o número de de-missões já é preocupante. A in-dústria brasileira teve, em 2014, o seu pior desempenho desde 2009, época da crise econômica internacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) a produção industrial teve recuo de 3,2% no ano passado.

O presidente do Senge-MG, Raul Otávio da Silva Pereira es-pera que, mesmo diante deste cenário, as negociações coleti-

vas feitas pelo Sindicato cres-çam em quantidade e quali-dade. “Tivemos um aumento muito grande no número de negociações no ano passado e esperamos, agora que o nosso setor já está estruturado com a participação de vários direto-res e empregados qualificados, conseguir atender às expectati-vas dos engenheiros”, diz.

PlanejamentoO setor de Negociações Cole-

tivas do Senge-MG realizou sua primeira reunião, no dia 6 de fevereiro, para discutir e planejar as ações para 2015. Durante o encontro foi feita a divisão das negociações entre os direto-res que fazem parte do setor e foram discutidos, entre outros pontos, ações para ampliação do número de negociações e cursos de interesse dos profis-sionais. Além disso, os partici-pantes discutiram a conjuntura política-econômica atual e co-

meçaram a construir estratégias para as negociações deste ano. Participaram da reunião os di-retores Antônio Azevedo, Abe-lardo Novaes, Gilmar Santana, Ricardo Soares, Domingos Pal-meira, Paulo Roberto Mandello, Ricardo Duarte, Fernando Quei-roz, Arnaldo Coutinho Brito e Marcos Moura, além da gerente do setor de Negociações Coleti-vas, Valéria Arruda, do advoga-do Daniel Rangel e do técnico do Dieese, Thiago Rodarte.

dentes, determinando o paga-mento do SMP afastando, as-sim, qualquer questionamento sobre a constitucionalidade e aplicação da referida Lei”, ex-plica Daniel Rangel, advogado do Senge-MG.

A atuação do Senge-MG também tem sido cada vez mais abrangente nos casos de profissionais contratados pela Administração Pública sob o re-gime da CLT. “Existem diversas ações coletivas ajuizadas pelo Sindicato julgadas procedentes, reconhecendo, também para

estes engenheiros, a aplicação do Salário Mínimo Profissional. É uma grande conquista para a categoria”, afirma Daniel.

Assim, diversos questiona-mentos em relação ao Salário Mínimo Profissional estão sen-do superados. “A Constitucio-nalidade da Lei 4.950-A/66 tem sido confirmada pelos Tri-bunais, bem como o cumpri-mento do SMP pelas empresas públicas e sociedades de eco-nomia mista, que contratam engenheiros pela CLT”, finaliza o advogado do Senge.

Avanços na luta peloSalário Mínimo Profissional

Diretores do Senge se reuniram para definir o planejamento das negociações coletivas de 2015


Top Related