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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO

CONTRATOS EMPRESARIAIS Resumo das Aulas

2018

Prof. Luiz Gonzaga Modesto de Paula [email protected]

01/08/2018

CONTRATOS EMPRESARIAIS Página 2

PROGRAMA 1. TEORIA GERAL DO DIREITO CONTRATUAL Autonomia da vontade. Intervenção estatal. Regimes jurídicos de direito privado dos

contratos no Brasil. Princípios do Direito Contratual. Classificação dos contratos. Os contratos dos empresários. Contratos eletrônicos.

2. COMPRA E VENDA ENTRE EMPRESÁRIOS Elementos e formação do contrato. Obrigações do Vendedor. Obrigações do Compra-

dor. Contrato de fornecimento. Compra e venda no comércio exterior. Câmbio. IN-COTERMs.

3. CONTRATOS DE COLABORAÇÃO Distribuição. Concessão mercantil. Concessão para comercialização de veículos au-

tomotores terrestres. Mandato mercantil. Comissão mercantil. Representação comer-cial autônoma. Agência. Cláusula de exclusividade e Mercado Cinza (Importação pa-ralela).

4. CONTRATOS RELATIVOS À PROPRIEDADE INTELECTUAL Franquia (franchising). Licenças e cessões. Transferência de Tecnologia. Know how. 5. CONTRATOS BANCÁRIOS Atividade bancária. Sistema Financeiro Nacional. Depósito bancário. Mútuo bancário.

Aplicação financeira. Desconto bancário. Crédito documentário. Vendor. Garantias bancárias.

6. CONTRATOS BANCÁRIOS IMPRÓPRIOS Fomento mercantil (factoring). Arrendamento mercantil (leasing). Alienação fiduciá-

ria em garantia. 7. CONTRATO DE SEGURO Atividade securitária. Seguro de Pessoas. Seguro de danos. Liquidação do Seguro.

Resseguro. 8. CONTRATOS DE CONSUMO Aplicação do CDC aos contratos entre empresários. Princípios da Tutela Contratual

do Consumidor. Cláusulas Abusivas. 9. OUTROS CONTRATOS EMPRESARIAIS Transporte de carga. Fretamento. Armazenamento. Agenciamento de Publicidade.

Hedge. Corretagem mercantil.

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TEORIA GERAL DE DIREITO CONTRATUAL

Autonomia da vontade. Intervenção estatal. Regimes jurídicos de direito privado dos contratos no Brasil. Princípios do Direito Contra-tual. Classificação dos contratos. Os contratos dos empresários. Contratos eletrônicos. CONCEITO DE CONTRATO Contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de in-teresses entre as partes, com o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial FUNDAMENTO:

AUTONOMIA DA VONTADE (conceito filosófico) KANT - chave para discernir a moralidade das condutas

“fazer algo porque se quer outra coisa” VERSÃO JURÍDICA: reconhecimento da validade e eficácia do acordo

a) ninguém é obrigado a contratar b) todos podem contratar com quem quiser c) contrata na forma que quiser

O CONTRATO É LEI ENTRE AS PARTES

(PACTA SUNT SERVANDA)

O direito garante o cumprimento: - Execução específica - mais perdas e danos RESULTADO: manifestação livre da vontade DEFEITOS NA MANIFESTAÇÃO DA VONTADE:

ERRO - DOLO - COAÇÃO = anulabilidade SIMULAÇÃO - FRAUDE = nulidade

CONSEQUÊNCIA: (proteção ao mais fraco) ENTRE O FRACO E O FORTE A LIBERDADE ESCRAVIZA E O DIREITO

LIBERTA (Jean-Baptiste-Henri Dominique Lacordaire (1802 - 1861)

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EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE CONTRATO

direito romano - contrato civil idade média (476 a 1453) - contrato mercantil formação dos Estados (sec. XV) - contrato administrativo revolução industrial (1780 a 1830) - contrato de trabalho relações de consumo (1891 - NEW YORK CONSUMERS LEAGUE)- contrato de consumo REQUISITOS COMUNS AGENTE CAPAZ

OBJETO LÍCITO e POSSÍVEL

FORMA PRESCRITA OU NÃO DEFESA EM LEI

REQUISITOS DE VALIDADE E EFICÁCIA QUANTO à VALIDADE cumprimento obrigatório (pacta sunt servanda) autonomia da vontade sem efeito por vícios da vontade (art. 147 CCiv)

- VICIOS DE CONSENTIMENTO

ANULABILIDADE = ex nunc “desde agora” = erro ou ignorância, dolo, coação, lesão, estado de perigo - VÍCIOS SOCIAIS

NULIDADE = ex tunc “desde o início” = fraude e simulação QUANTO à EFICÁCIA IMPREVISÃO

ONEROSIDADE EXCESSIVA

(rebus sic stantibus)

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FORMAÇÃO e INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS

FORMAÇÃO PROPOSTA POLICITAÇÃO – quem faz é proponente ou policitante proposta gera obrigatoriedade – art. 427 CCiv - entre presentes – internet, fax, e-mail, etc. - entre ausentes – teoria da expedição (art. 428 III do CCiv)

ACEITAÇÃO quem aceita é aceitante ou oblato expressa – tácita = comportamento adesivo presumida = prazo de recusa não cumprido MANIFESTAÇÃO DA VONTADE (art. 107 CCiv) expressa ou explícita tácita ou implícita DO LUGAR (jurisdição) eleição ou foro contratual entre pessoas de países diferentes = local do proponente (LICC art. 9°- § 2°)

INTERPRETAÇÃO DOS CONTRAT0S

REGRA BÁSICA: Nas declarações de vontade se atenderá mais á intenção neles consubstanciada do que o sentido literal da lingua-gem. (art. 112 CCiv)

REGRAS DE POTHIER

a) cláusula com duplo sentido = deve produzir efeito

b) cláusulas ambíguas = conforme costume do lugar

c) expressões com duplo sentido = cf. natureza e objeto do contrato

d) a regra inserida por um dos contratantes = a favor do outro

e) contratos gratuitos (benéficos) = restrita

f) contratos onerosos = equilíbrio

Robert Joseph Pothier (1699-1772)

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EXTINÇÃO DOS CONTRATOS

⇒ PELO CUMPRIMENTO ⇒ INVALIDADE (VÍCIOS) NULIDADE (ex tunc) = imediata - insanável - perpétua (166) ANULABILIDADE (ex nunc) = erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, fraude (138 a 158) ⇒ DISSOLUÇAO MODOS

RESOLUÇÃO = extinção do contrato por caso fortuito ou força maior (act of God) (478) = vício redibitório e evicção = lesão, estado de perigo, estado de necessidade

RESILIÇÃO = por conveniência BILATERAL (art. 472) UNILATERAL revogação, denúncia, renúncia

RESCISÃO = por inadimplemento CAUSAS

EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO (art. 476) exceptio non adimpleti contractus (só bilateral)

IMPREVISÃO

ONEROSIDADE EXCESSIVA rebus sic stantibus

"Contractus qui habent tractum successivum et debentiam de futuro rebus sic stantibus intelliguntur". Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.

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INTERVENÇÃO ESTATAL

INÍCIO PELO MODELO LIBERAL:

autonomia da vontade (pacta sunt servanda) = vícios e defeitos na manifestação da vontade

REVOLUÇÃO SOCIALISTA (séc. XIX)

= relações de trabalho = relações de consumo

⇒ nasce a idéia de vulneráveis e hipossuficientes

REVISÃO JUDICIAL DOS CONTRATOS: teoria de imprevisão

(rebus sic stantibus) teoria da lesão

(excessiva onerosidade) equalização das condições jurídicas dos desiguais

entre o forte e o fraco, a liberdade escraviza e o direito liberta

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE PRINCIPIO DA LIBERDADE DE INICIATIVA PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA DEFESA DO CONSUMIDOR INCENTIVOS PARA A MICROEMPRESA

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REGIMES JURÍDICOS DE DIREITO PRIVADO

DOS CONTRATOS NO BRASIL

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

convenção estabelecida entre duas ou mais pessoas para constituir, regular ou extinguir, entre elas, uma relação jurí-dica patrimonial, tendo sempre a participação do Poder Pú-blico, visando à persecução de um interesse coletivo, sendo regido pelo direito público. É o ajuste que a Administração Pú-blica firma com o particular ou outro ente público, para a con-secução de interesse coletivo. Lei 8.666/93 (LEI Nº 12.598/2012)

CONTRATOS DE DIREITO CIVIL

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Código Civil - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002

CONTRATOS EMPRESARIAIS

Contratos celebrados entre dois ou mais empresários ou soci-edades empresariais cuja finalidade seja o lucro

CONTRATOS DE CONSUMO

São contratos de consumo os que os fornecedores de pro-dutos ou prestadores de serviços celebram com os consu-midores. Lei n°. 8.078/90

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PRINCÍPIOS DO CONTRATO EMPRESARIAL

(VIDE ARTS. 303 A 310 DO PL. 1.572/2011)

AUTONOMIA DA VONTADE

⇒ liberdade de contratar

contrata se quiser contrata com quem quiser contrata como quiser

PLENA VINCULAÇÃO DOS CONTRATANTES

⇒ pacta sunt servanda ⇒ a revisão dos contratos é excepcional ⇒ caveat emptor (significa 'o risco é do comprador')

PROTEÇÃO DO CONTRATANTE MAIS FRACO

relações assimétricas por dependência econômica o contratante não é vulnerável nem hipossuficiente

exemplo: contratos de franquia

RECONHECIMENTO DE USOS E COSTUMES

são válidas as cláusulas contratuais que reproduzem usos e costumes

LIBERDADE DA FORMA DO CONTRATO

forma ad probationem

o instrumento escrito serve apenas para provar o conteúdo das cláusulas contratadas o contrato por ser oral, gestual, eletrônico, particular, etc.

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CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS UNILATERAIS - mandato - comodato - mútuo BILATERAIS (sinalagmáticos)

perfeitos - compra e venda imperfeitos - depósito

ONEROSOS

comutativos - compra e venda - depósito - locação aleatórios (coisas futuras) – não admite ação redibitória

emptio spei - emptio res speratur GRATUITOS (benéfico) - doação sem encargo - fiança

CONSENSUAIS - transporte REAIS - comodato - mútuo - depósito – penhor

SOLENES (formais) - pacto antenupcial - imóveis - penhor - fiança NÃO SOLENES (informais)

PRINCIPAIS

ACESSÓRIOS - arras - fiança INSTANTÂNEOS - troca

CONTINUADOS (sucessivos) - locação (rebus sic stantibus) IMEDIATOS - compra e venda

DIFERIDOS - fiança PESSOAIS - fiança - sociedade

IMPESSOAIS - locação - mútuo TÍPICOS (nominados)

ATÍPICOS (inominados) CAUSAIS (todos os contratos são causais)

ABSTRATOS - (títulos de crédito - cambiais) nota promissória - cheque PRELIMINARES - (pacto de contrahendo) - protocolo - compromisso

DEFINITIVOS

PARITÁRIO - ADESÃO – (contratos coativos)

- CONTRATO TIPO - fornecimento de serviço público - FORMULÁRIO - conta bancária - cheque especial

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CONTRATOS MERCANTIS 1. PARTES CONTRATANTES

empresários ou sociedades empresárias

2. OBJETO

operação de mercado visando lucro

3. LIMITES A AUTONOMIA DA VONTADE

contratos de conformidade com a lei dirigismo estatal regras de concorrência

4. VEDAÇÃO DE ALGUMAS CLÁUSULAS

proibição de cláusulas potestativas proibição de rescisão unilateral sem perdas e

danos

5. POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO

inexistência de cláusula de onerosidade exces-siva

6. DIREITOS E DEVERES DAS PARTES

minudência contratual

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CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS MERCANTIS

CONTRATOS ASSOCIATIVOS

contratos de sociedade contratos de parceria contratos de consórcio contratos de formação de grupo

CONTRATOS DE FORNECIMENTO

contratos instantâneos (compra e venda) (spot contract) contratos sucessivos

fornecimento arrendamento mercantil alienação fiduciária em garantia built to suit

contratos bancários CONTRATOS DE COLABORAÇÃO

mandato comissão representação agência distribuição transporte franquia fomento

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O CONTRATO ELETRÔNICO

E-COMMERCE

“contrato eletrônico é o contrato celebrado através de transmis-são eletrônica de dados entre as partes”

Fábio Ulhoa, Curso de Direito Comercial, vol III, p. 37

CARACTERÍSTICAS - a manifestação de vontade é feita pelo registro em meio virtual - o iniciador é quem coloca a oferta no website

colocar anúncio no website não configura oferta a oferta ocorre quando esses dados ingressam no computador do usu-ário e o usuário os recebe e as processa

- princípio da equivalência funcional com o papel

ESTABELECIMENTO VIRTUAL

NOME DE DOMÍNIO (website) (XYZ) endereço eletrônico (www. xyz.com.br) título do estabelecimento (Super XYZ)

O CONTRATO ELETRÔNICO

transmissão eletrônica de dados PROTEÇÃO CONTRA MARKETING AGRESSIVO - direito de arrependimento (7 dias)

AS RELAÇÕES INTEREMPRESARIAIS

- via EDI (eletronic data interchange)

- B2B - (via internet) business to business

- não estão sujeitas ao CDC

- dispensa de intermediários

- introdução da duplicata eletrônica (virtual)

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A COMPRA E VENDA EMPRESARIAL

Elementos e formação do contrato. Obrigações do Vendedor. Obri-gações do Comprador. Contrato de fornecimento. Compra e venda no comércio exterior. Câmbio. INCOTERMs. "Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro."

(art. 481 - CCiv.)

REQUISITOS

subjetivo = operação entre dois ou mais empresários

objetivo = o objeto da operação é mercadoria

finalístico = circulação de mercadorias

ELEMENTOS DO CONTRATO

coisa (mercadoria) preço – regra geral = livre

controle governamental (congelamento, tabelamento, autorização, monitoramento)

à vista à prazo

condições suspensivas resolutivas (por amostra não é condicional)

OBRIGAÇÕES DO VENDEDOR

transferir o domínio da coisa por vícios

resolução = ação redibitória ou “quanti minoris” = ação estimatória

por evicção despesas com a tradição

OBRIGAÇÕES DO COMPRADOR

pagar o preço (no local, montante e prazo contratado) receber a coisa (no tempo, lugar e modo contratado) despesas com registro

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CONTRATO DE FORNECIMENTO

CONCEITO

os contratos de fornecimento são os contratos de compra e venda de execução periódica e contínua.

FUNÇÃO DO CONTRATO

estabilização a relação negocial, evitando renegociações pe-riódicas, possibilitando o cálculo empresarial relativamente ao suprimento de insumos (para o comprador) e garantia de demanda (para o vendedor).

MODOS

prazo determinado prazo indeterminado com exclusividade sem exclusividade preço definido ou não procedimentos periodicidade do fornecimento quantidade condições de renovação

não cabe indenização pelo rompimento

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COMPRA E VENDA INTERNACIONAL

OS “STANDARDS CONDITIONS”

INCOTERMS/2010 - Câmara de Com. Internacional Haia

DECISÕES FORMATADAS PARA:

export customs declaration =declaração aduaneira para exportação Carriage to port of export =transporte para o local de exportação Unloading of truck in port of export =descarregamento no local de exportação Loading on vessel/airplane in port of export = carregamento no local de exportação Carriage (sea/air) to port of import =carregamento no local de importação Insurance =seguros Unloading in port of import =descarregamento no porto de importação Loading on truck in port of import =carregamento no transporte no local de importação Carriage to place of destination =transporte para o local de destino Import customs clearance =pagamento dos custos de aduana Import duties and taxes =impostos e taxas na importação

Grupo “E” - ORIGEM EXW = Ex works Grupo “F” – TRANSPORTE

FOB = free on board FAS = free along side (ship) FCA = free carrier

Grupo “C” – DESPESAS CFR = cost and freight CIF = cost, insurance and freight CPT = carriage paid to CIP = carriage and insurance paid

Grupo “D” – ENTREGA DAP = delivered at place DAT = delivered at terminal DDP = delivered duty paid

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AS INCOTERMS

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INCOTERMS FLOW CHART

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CONTRATOS DE COLABORAÇÃO

Distribuição. Concessão mercantil. Concessão para comercialização de veículos automotores terrestres. Mandato mercantil. Comissão mercantil. Representação comercial autônoma. Agência. Cláusula de exclusividade e Mercado Cinza (Importação paralela).

TIPOS

⇒ POR INTERMEDIAÇÃO o intermediário compra as mercadorias e as vende em nome próprio

MODOS DE DISTRIBUIÇÃO-INTERMEDIAÇÃO:

USO DE MARCA, LICENÇA, FRANQUIA REPRESENTAÇÃO, CONCESSÃO

⇒ POR APROXIMAÇÃO o intermediário aproxima o comprador do produtor e recebe uma comissão do vendedor

MANDATO (art. 653 CCiv.)

"Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para em seu nome praticar ou administrar inte-resses. A procuração é o instrumento do mandato."

COMISSÃO (art. 693 CCiv.)

"O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente."

AGÊNCIA - distribuição-aproximação (art. 710 CCiv.)

"Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em cará-ter não eventual e sem vínculos de dependência, a obri-gação de promover, à conta da outra, mediante retribui-ção, em zona determinada, caracterizando-se a distribui-ção quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada."

MERCADO CINZA

ou mercado paralelo, é o comércio de uma mercadoria por meio de canais de distribuição que, embora legais, são não oficiais, não autorizados pelo fabricante original. O tipo mais comum de mercado cinza é a venda de bens importados (trazidos por pequenas empresas de importação ou pes-soas não autorizadas pelo fabricante).

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REPRESENTAÇÃO COMERCIAL AUTÔNOMA

(Lei Federal n. 4886/65 alterada pela Lei n. 8420/92)

"Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pes-soa física, sem relação de emprego, que desempenha em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realiza-ção de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios."

registro obrigatório

nos Conselhos Regionais de Representantes Comerciais

CONDIÇÃO ESSENCIAL = subordinação do colaborador CLÁUSULAS CONTRATUAIS:

EXCLUSIVIDADE

TERRITORIALIDADE

QUOTA DE FORNECIMENTO

CRÉDITOS E GARANTIAS

ORGANIZAÇÃO DO INTERMEDIÁRIO

"DEL CREDERE"

RESOLUÇÃO

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CONCESSÃO COMERCIAL DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

Lei Federal n°. 6.729/79

a distribuição de veículos automotores, de via terrestre, através de conces-são comercial entre produtores e distribuidores, em área operacional deter-minada. DEFINIÇÕES : produtores - empresa industrial que realiza a fabricação ou a montagem de veículos automotores distribuidores - empresa comercial que realiza a comercialização de veículos automotores, implementos e componentes novos, presta assistência técnica e exerce outras funções pertinentes à atividade. veículo automotor - automóvel, caminhão ônibus, trator, motocicleta e similares concedente = o produtor concessionário = o distribuidor serviço autorizado = empresa que presta serviços de assistência técnica e que comercializa peças e componentes. OBJETO comercialização de veículos, implementos e componentes prestação de assistência técnica uso gratuito da marca da concedente poderá abrigar somente uma classe de veículos poderá proibir a comercialização de veículos de outro produtor DIREITOS DO CONCESSIONÁRIO

comercialização de implementos e componentes novos de terceiros, desde que respeitada a quota de fidelidade

poderá comercializar veículos usados de qualquer marca comercialização de acessórios prestação de serviços diferenciados DIREITOS DO CONCEDENTE proibir o concessionário de atuar fora de sua área estabelecer quota mínima de aquisição (com revisão anual) estabelecer índice de fidelidade de compra de componentes estabelecer o preço de venda mínimo de maneira uniforme REGRAS : o pagamento do preço só pode ser exigido após o faturamento é vedada a comercialização para revenda, exceto para a mesma rede (15% e 10%) o concessionário pode vender para o exterior a concedente pode efetuar vendas diretas à administração pública e especiais estabelecimento de convenções de categorias econômicas de âmbito nacional estabelecimento de convenções de marca CONDIÇÕES DO CONTRATO : a) forma escrita padronizada b) especificação de produtos, área demarcada, distância mínima e quota; c) requisitos financeiros, organização, capacidade técnica, equipamentos e mão de obra d) prazo indeterminado (inicial determinado por 5 anos mínimo - 180 dias denúncia) e) multas e penalidades por rescisão na Lei

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CONTRATOS RELATIVOS Á PROPRIEDADE INTELECTUAL

Franquia (franchising). Licenças e cessões. Transferência de Tecno-logia. Know how. FRANQUIA EMPRESARIAL – FRANCHISING Lei Federal n°. 8.955, de 15.12.1994- Lei Federal n°. 9.279, de 1996 (Art. 211) registro no INPI CONCEITO:

Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição ex-clusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante re-muneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.

(art. 2 °. da Lei Federal n. 8.955/94) ⇒ licença de uso de marca ⇒ know how ⇒ engineering ⇒ management ⇒ marketing

CARACTERÍSTICAS:

o CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA (Circular Offering) o FRANQUEADOR (franchisor): titular de nome ou marca, idéia, produto, serviço,

método, processo ou equipamento. o FRANQUEADO (franchisee): cessionário o REMUNERAÇÃO: inicial (taxa inicial- initial fee),

periódica ou por resultado (royalties) e taxa de propaganda

o OBJETO: uso de marca ou patente direito de distribuição exclusiva ou semi exclusiva direito de uso de tecnologia de implantação e/ou administração assistência técnica (prestação de serviços) fornecimento de mercadorias

o CONTRATO DE ADESÃO (interpretação favorável ao aderente) TIPOS: -MASTER FRANCHISING – (ex.: MacDonald) -FRANQUIA EMPRESARIAL (business format franchising) - de canal alternativo (marca ou produto sem exclusividade) - Ellus - de canal exclusivo - Benetton, Boticário - de conversão - Holliday Inn QUESTÕES JURÍDICAS:

• responsabilidade pré-contratual - art. 7°. da Lei 8.955/94 • responsabilidade perante terceiros - arts. 3°, 12, 18 e 34 do CDC. • controle externo do franqueado – (união vertical de empresas) • cláusula potestativa – art. 122 do CCiv. • abuso do poder econômico – art. 4°. da Lei n°. 8.137/90 • foro competente – art. 94 do CPC. - Súmula 363 do STF. - foro contratual

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CONTRATOS RELATIVOS Á PROPRIEDADE INTELECTUAL

TRANFERÊNCIA DE TECNOLOGIA – KNOW HOW CONCEITO:

é a denominação genérica dada aos contratos que têm por objeto a exploração de patente, uso de marca, fornecimento de tecnologia e prestação de serviços técnicos

TIPOS: LICENÇA PARA A EXPLORAÇÃO DE PATENTE:

contrato que autoriza a exploração efetiva, por terceiros, do objeto de patente regularmente depositada ou concedida no pais.

LICENÇA PARA USO DE MARCA:

contrato que autoriza a exploração efetiva, por terceiros, de marca ou propa-ganda regularmente depositada ou registrada no pais.

FORNECIMENTO DE TECNOLOGIA:

contrato que tem por finalidade a aquisição de conhecimentos e de técnicas não amparadas por direitos de propriedade industrial, a serem aplicadas na produção de bens de consumo ou de insumos em geral.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E CIENTÍFICA:

contrato que tem por finalidade a aquisição de conhecimentos, de técnicas e de serviços requeridos para a fabricação de unidades e sub unidades industriais, e de maquinas, equipamentos, respectivos componentes, e outros bens de ca-pital, sob encomenda, e/ou o planejamento, a programação e a elaboração de estudos e projetos, bem como a execução ou a prestação de serviços de caráter especializado.

REGIME JURÍDICO:

1. averbação obrigatória no INPI como condição para : - legitimar os pagamentos (cambial) - permitir a dedutibilidade fiscal - comprovar a exploração de patente e o uso de marca. 2. descrição detalhada do objeto; - forma de exploração - uso efetivo - aquisição de conhecimento (sigilo e indisponibilidade) 3. remuneração (royalties) expressamente definidos em lei preço fixo % sobre preço líquido % sobre lucro valor fixo por unidade 4. responsabilidade tributária

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: - Resolução n°. 20 do INPI, de 27.02.91 - Lei n. 5772, de 21.12.71 - Código de Propriedade Industrial

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CONTRATOS BANCÁRIOS

Atividade bancária. Sistema Financeiro Nacional. Depósito bancá-rio. Mútuo bancário. Aplicação financeira. Desconto bancário. Cré-dito documentário. Vendor. Garantias bancárias. CONCEITO contratos de intermediação financeira realizada pelos bancos TIPOS DEPÓSITO BANCÁRIO:

contrato pelo qual uma pessoa entrega certa soma em dinheiro a um banco que se obriga a restituí-la quando solicitado. (Ripert)

FORMAS à vista / à prazo / poupança

individuais/conjunto simples/de movimento ordinários/especiais. CONTA CORRENTE

contrato pelo qual o banco se obriga a realizar, por conta do cliente, todas as operações de caixa. (pagamentos e cobranças)

MÚTUO (empréstimo - mútuo feneratício)

contrato pelo qual o banco entrega ao cliente certa soma em dinheiro e o cliente se obriga a devolver, findo o prazo, acrescido de juros, comissões e despesas. (art. 586 a 592 do CCiv)

FORMAS de dinheiro de títulos de nome (fiança/aval/carta de garantia).

ABERTURA DE CRÉDITO : contrato pelo qual o banco se obriga a colocar à disposição do cliente

certa soma em dinheiro que poderá ser usada por conveniência deste.

FORMAS cheque especial conta garantida

CRÉDITO DOCUMENTÁRIO (carta de crédito) contrato pelo qual o banco se compromete a efetuar pagamento à

terceiros mediante a apresentação de documentos representativos de entrega de mercadorias.

(Publicação n. 500 da Câmara Internacional do Comércio – 1993)

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DESCONTO :

contrato pelo qual o banco antecipa para o cliente o valor de créditos contra terceiros, ainda não vencidos, mediante a cobrança de juros, comissões e despesas. cessão de crédito por meio de endosso.

instrumento do desconto = borderô

ANTECIPAÇÃO (adiantamento) contrato pelo qual o banco coloca à disposição do cliente certa soma

em dinheiro diretamente proporcional ao valor de coisas dadas em garantia.

"crédito lombardo" FORMAS penhor mercantil caução antecipação de IR-Fonte.

CAIXA DE SEGURANÇA (cofre de aluguel) contrato pelo qual o banco põe à disposição do cliente comparti-

mento de sua caixa-forte para a guarda de objetos, mediante remu-neração.

= é contrato de locação - art. 565 do CCiv - II TAC/SP –

CUSTÓDIA DE TÍTULOS contrato pelo qual o banco se obriga a guardar títulos de crédito do

cliente, administrar seus frutos, tomar medidas conservatórios e restituí-los ao final do prazo.

FORMAS

simples custódia depósito cerrado depósito em administração documento representativo = Certificados de Depósitos de Ações

COBRANÇA DE TÍTULOS

contrato pelo qual o banco se obriga a prestar serviços de cobrança de títulos contra terceiros.

instrumento = borderô de cobrança (endosso-mandato)

VENDOR (financiamento bancário) contrato típico da colaboração empresarial por intermediação o banco paga ao fornecedor à vista as operações feitas à prazo pelo colaborador.

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CONTRATOS BANCÁRIOS IMPRÓPRIOS

Fomento mercantil (factoring) Arrendamento mercantil (leasing) Alienação fiduciária em garantia

FOMENTO MERCANTIL (FACTORING) CONCEITO "é a prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou prestação de serviços."

(Art. 58 da Lei Federal n°. 9.249/95) NATUREZA JURÍDICA - endosso - arts. 910 a 920 do Código Civil

- cessão de crédito - arts. 286 a 298 do Código Civil

TIPOS

• MATURITY FACTORING - pagamento no vencimento - cobrança

• OLD LINE FACTORING - (conventional factoring) - pagamento antecipado - desconto com risco OBS.: alguns autores costumam denominar de COLONIAL FACTORING a representação comercial = (comissão) com cláusula de "del credere" LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Não há legislação específica. HISTÓRICO - Lei n°. 4.595, de 31.12.64 - sistema financeiro nacional

Art. 1° - Considera-se instituição financeira, para efeito desta Lei, a pes-soa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermedi-ação ou aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda na-cional ou estrangeira, ou a custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários.

- Circular n°. 703, de 16.06.82 do BACEN (proibiu o factoring) – (já revogada) - TFR. Apelação em MS. n°. 99.964-RS – Relator Min. COSTA LIMA, em 13.05.86 - Instrução Normativa DNRC n°. 16, de 10.12.86 - Circular n°. 1359, de 30.09.88 do BACEN (revogou a Circular n°. 703/82)

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CONTRATOS BANCÁRIOS IMPRÓPRIOS

ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING) CONCEITO

É o contrato pelo qual uma pessoa jurídica, pretendendo utilizar determi-nado equipamento, comercial ou industrial, ou certo imóvel, consegue que uma instituição financeira o adquira, arrendando-o ao interessado, por um tempo determinado, possibilitando ao arrendatário, findo tal prazo, optar entre a devolução do bem, a renovação do arrendamento, ou a aquisição do bem arrendado mediante um preço residual fixado no contrato, o que fica após a dedução das prestações até então pagas.

MARIA HELENA DINIZ Considera--se arrendamento mercantil o negócio jurídico realizado entre a pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora e a pessoa física ou jurí-dica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arrenda-mento de bens adquiridos pela arrendadora segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta.

Lei n. 7132, de 26/10/1983 - Figuras jurídicas associadas Locação, compra e venda, financiamento

renda constituída sobre imóveis - (arts. 803 a 813 do CCiv.) HISTÓRIA

Lend and Lease Act - USA. 11/03/1941 Boothe Jr. – 1952 – "Boothe Leasing Corporation" e "U.S. Leasing Company"

FUNDAMENTO LEGAL

- Lei Federal n°. 6.099, de 12.09.74 (com redação dada pela Lei n°. 7.132 de 26.10.83) - Resolução n°. 351, do BACEN, de 17.11.75 (leasing de imóveis) - Resolução n°. 666, do BACEN de 17.12.1980 (leasing contratado no exterior) - Resoluções n°.s 1.649/89, 2.309/96 e 2.659/99 do Banco Central (BACEN) - Circulares n°.s 2.153/92, 2.325/92 e 2.442/94 do Banco Central

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TIPOS DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ARRENDAMENTO FINANCEIRO (financial lease) garantia real o bem cuja compra é financiada pelo agente financeiro serve de garantia de pagamento das prestações contratadas. ARRENDAMENTO OPERACIONAL (operational lease) ou "RENTING" fabricante direto com arrendatário (ex: xerox) o fabricante do bem é o próprio financiador da operação "LEASE-BACK" (sale and lease-back) a arrendatária é a proprietária original do bem. o proprietário vende o bem para o financiador e compra de volta à prestação "SELF LEASING" (operação entre empresas coligadas) empresas coligadas transacionam entre si "DUMMY CORPORATION" - criação de sociedade intermediária entre investidores e arrendatários ex.: Walt Disney World Company utilizou a Compass East Corpora-tion para a aquisição de terras na Florida Central. "LEASE PURCHASE" contrato de aluguel de um bem com opção de compra ao final do período.

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ELEMENTOS DO CONTRATO DE ARRENDAMENTO a) PRAZO (3 ou 2 anos (veículos) no arrendamento financeiro)

(mínimo de 90 dias no arrendamento operacional)

(mínimo de 5 anos no leasing de produtos do exterior)

b) VALOR DA PRESTAÇÃO - períodos não superiores a seis meses

c) DEVOLUÇÃO do bem, opção de compra ou renovação do contrato como opçã

d) PREÇO previamente estabelecido ou critérios para a sua fixação

e) tratamento do VALOR RESIDUAL DE GARANTIA (VRG)

O VRG opera nas hipóteses em que o arrendatário devolva o bem ao final do contrato, não renovando o arrendamento e nem exercendo a opção de compra. Em qualquer destes casos, o bem será vendido a ter-ceiros e poderá obter valor inferior ou superior ao quantum que arren-dador e arrendatário acordaram como parcela final a ser recebida pelo primeiro ao término do arrendamento mercantil. Assim, se o valor ob-tido na venda for inferior ao quantum mínimo contratado, por força do VRG o arrendatário pagará a diferença; se o preço de venda for supe-rior, a garantia terá sido desnecessária. CARACTERÍSTICAS

a) TRÊS PARTICIPANTES:

• fabricante (vende o equipamento)

• "leasing broker" ou "leasing banker" – arrendador financiador

• arrendatário financiado

b) REGULAMENTAÇÃO pelo C. M. N. e controle e fiscalização do

Banco Central

(só podem operar em leasing as sociedades autorizadas pelo BACEN)

c) as OPERAÇÕES REALIZADAS EM DESACORDO COM A LEI

são consideradas compra e venda a prestação

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CONTRATOS BANCÁRIOS IMPRÓPRIOS

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA CONCEITO

É o contrato pelo qual uma das partes aliena um bem para a outra sob a condição de ele ser restituído à sua propriedade quando ve-rificado determinado fato. É o negócio jurídico pelo qual o devedor, para garantir o paga-mento da dívida, transmite ao credor a propriedade de um bem, restando-lhe a posse direta, sob a condição resolutiva de saldar as prestações da dívida.

CARACTERÍSTICAS

é contrato privativo de instituições financeiras ?

é contrato-meio, que instrumentaliza outros contratos.

LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA Da propriedade fiduciária – arts. 1.361 a 1368 do Código Civil

Lei n°. 4.728, de 14/07/1965

– art. 66-B com a redação da Lei n°. 10.931, de 2/8/2004

Decreto Lei n°. 911, de 01/10/1969

– processo - alienação fiduciária de coisa móvel

Lei n°. 9.514, de 20/11/1997 – alienação fiduciária de imóveis

Arts. 1.421, 1.425, 1.426, 1.435, 1.436 do Código Civil – penhor

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DIREITO DAS PARTES NA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DIREITOS DO CREDOR MUTUANTE PROPRIETÁRIO FIDUCIÁRIO domínio resolúvel e posse indireta a) ação de busca e apreensão por rito sumaríssimo

b) ação de depósito

c) ação de execução contra devedor solvente

d) ação de restituição na falência

e) liberdade de vender o bem apreendido

f) incluir no crédito juros, comissões, taxas,

cláusula penal e correção monetária

g) mora de pleno direito pelo inadimplemento

- independe de notificação pelo Cartório de Títulos e Documentos

ou protesto do título

h) a mora produz o vencimento antecipado de todas as prestações

DIREITOS DO DEVEDOR (mutuário fiduciante): depositário e possuidor direto a) purgar a mora nos 5 dias seguintes à execução da liminar de busca e

apreensão (no caso de imóvel, em 15 dias a contar da intimação do

Cartório de Registro de Imóveis – art. 26 da Lei 9.514/97)

b) receber o saldo apurado na venda pelo credor.

PROCESSO

• Ação de Busca e Apreensão com pedido de Liminar (processo autônomo) • purgação da mora em 5 dias a contar da intimação • não encontrado o bem cabe ação de depósito – arts. 901 a 906 do CPC • afastada a impenhorabilidade (arts. 649, VI e VII do CPC) • da sentença cabe apelação somente no efeito devolutivo

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CONTRATO DE SEGURO Atividade securitária. Seguro de Pessoas. Seguro de danos. Li-quidação do Seguro. Resseguro. CONCEITO: “O contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado),mediante pagamento de um prêmio, a garantir-lhe interesse legítimo relativo a pessoa ou a coisa e a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros previstos no contrato”.

Maria Helena Diniz Código Civil art. 757: “Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados”. Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada.” CONTRATO DE SEGURO Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada. COMPROVAÇÃO - APÓLICE - BILHETE DE SEGURO O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio. A emissão da apólice deverá ser precedida de pro-posta escrita com a declaração dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco. A apólice ou o bilhete de seguro serão nomina-tivos, à ordem ou ao portador, e mencionarão os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário. No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete não podem ser ao portador. CO-SEGURO Quando o risco for assumido em cosseguro, a apólice indicará o segura-dor que administrará o contrato e representará os demais, para todos os seus efeitos.

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NULIDADE Nulo será o contrato para garantia de risco proveniente de ato doloso do segurado, do beneficiário, ou de representante de um ou de outro. PAGAMENTO DO PRÊMIO Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no paga-mento do prêmio, se ocorrer o sinistro antes de sua purgação. Salvo dis-posição especial, o fato de se não ter verificado o risco, em previsão do qual se faz o seguro, não exime o segurado de pagar o prêmio. OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS O segurado e o segurador são obrigados a guardar na conclusão e na execução do contrato, a mais estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do objeto como das circunstâncias e declarações a ele concernentes. DECLARAÇÃO INEXATA OU OMISSÃO Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido. Se a inexatidão ou omissão nas declarações não re-sultar de má-fé do segurado, o segurador terá direito a resolver o con-trato, ou a cobrar, mesmo após o sinistro, a diferença do prêmio. SEGURO À CONTA DE OUTREM No seguro à conta de outrem, o segurador pode opor ao segurado quais-quer defesas que tenha contra o estipulante, por descumprimento das normas de conclusão do contrato, ou de pagamento do prêmio. OBRIGAÇÕES - SEGURADO O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia, se provar que silenciou de má-fé. Sob pena de perder o direito à indenização, o segurado participará o si-nistro ao segurador, logo que o saiba, e tomará as providências imediatas para minorar as consequências. AGRAVAÇÃO DE RISCO O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato. O segurador, desde que o faça nos quinze dias seguintes ao recebimento do aviso da agravação do risco sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por escrito, de sua decisão de

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resolver o contrato. A resolução só será eficaz trinta dias após a notifi-cação, devendo ser restituída pelo segurador a diferença do prêmio. DIMINUIÇÃO DO RISCO Salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso do con-trato não acarreta a redução do prêmio estipulado; mas, se a redução do risco for considerável, o segurado poderá exigir a revisão do prêmio, ou a resolução do contrato. DESPESAS DE SALVAMENTO Correm à conta do segurador, até o limite fixado no contrato, as despe-sas de salvamento consequente ao sinistro. MORA DO SEGURADOR A mora do segurador em pagar o sinistro obriga à atualização monetária da indenização devida segundo índices oficiais regularmente estabeleci-dos, sem prejuízo dos juros moratórios. RISCO INEXISTENTE O segurador que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco de que o segurado se pretende cobrir, e, não obstante, expede a apólice, pagará em dobro o prêmio estipulado. RENOVAÇÃO A recondução tácita do contrato pelo mesmo prazo, mediante expressa cláusula contratual, não poderá operar mais de uma vez. REPRESENTANTES - SEGURADOR Os agentes autorizados do segurador presumem-se seus representantes para todos os atos relativos aos contratos que agenciarem. FORMA DE INDENIZAÇÃO O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido, salvo se convencionada a reposição da coisa.

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SEGURO DE PESSOAS “O seguro de pessoa tem por finalidade beneficiar a vida e as faculdades humanas. Diferentemente do seguro de dano, não tem caráter indenitá-rio. Seu valor não depende de qualquer limitação e varia de acordo com a vontade e as condições financeiras do segurado, que pode fazer tantos seguros quantos desejar”1 CONDIÇÕES Nos seguros de pessoas, o capital segurado é livremente estipulado pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro sobre o mesmo in-teresse, com o mesmo ou diversos seguradores. No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse pela preservação da vida do segurado. Até prova em con-trário, presume-se o interesse, quando o segurado é cônjuge, ascen-dente ou descendente do proponente. BENEFICIÁRIO Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou se por qualquer mo-tivo não prevalecer a que for feita, o capital segurado será pago por metade ao cônjuge não separado judicialmente, e o restante aos her-deiros do segurado, obedecida a ordem da vocação hereditária. Na falta das pessoas indicadas como beneficiários, serão beneficiários os que provarem que a morte do segurado os privou dos meios neces-sários à subsistência. É válida a instituição do companheiro como bene-ficiário, se ao tempo do contrato o segurado era separado judicial-mente, ou já se encontrava separado de fato. SUBSTITUIÇÃO DE BENEFICIÁRIO Se o segurado não renunciar à faculdade, ou se o seguro não tiver como causa declarada a garantia de alguma obrigação, é lícita a substituição do beneficiário, por ato entre vivos ou de última vontade. O segurador, que não for cientificado oportunamente da substituição, desobrigar-se-á pagando o capital segurado ao antigo beneficiário.

1 GONÇALVES, Carlos Roberto.. Direito Civil Brasileiro – Contratos e Atos Unilaterais. São Paulo: Saraiva, 2012, 9ª ed., 2ª tiragem, vol. 3, p. 508.

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NÃO SUJEIÇÃO Á DÍVIDAS OU HERANÇA No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o ca-pital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, nem se consi-dera herança para todos os efeitos de direito. É nula, no seguro de pes-soa, qualquer transação para pagamento reduzido do capital segurado. PRAZOS O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado, ou por toda a vida do segurado. No seguro de vida para o caso de morte, é lícito estipular-se um prazo de carência, durante o qual o segurador não responde pela ocorrência do sinistro. Neste caso o segurador é obrigado a devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já formada. FALTA DE PAGAMENTO Em qualquer hipótese, no seguro individual, o segurador não terá ação para cobrar o prêmio vencido, cuja falta de pagamento, nos prazos pre-vistos, acarretará, conforme se estipular, a resolução do contrato, com a restituição da reserva já formada, ou a redução do capital garantido proporcionalmente ao prêmio pago. SUICÍDIO O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado a restituição da reserva já formada, ou a redução do capital garantido proporcionalmente ao prêmio pago. Ressalvada a hipótese prevista no parágrafo anterior, é nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por suicí-dio do segurado. CONDIÇÕES GERAIS O segurador não pode eximir-se ao pagamento do seguro, ainda que da apólice conste a restrição, se a morte ou a incapacidade do segurado provier da utilização de meio de transporte mais arriscado, da prestação de serviço militar, da prática de esporte, ou de atos de humanidade em auxílio de outrem. Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se nos direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o causador do sinistro.

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SEGURO EM GRUPO O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou jurídica em proveito de grupo que a ela, de qualquer modo, se vincule. O estipu-lante não representa o segurador perante o grupo segurado, e é o único responsável, para com o segurador, pelo cumprimento de todas as obri-gações contratuais. A modificação da apólice em vigor dependerá da anuência expressa de segurados que representem três quartos do grupo. INAPLICABILIDADE Não se compreende nas disposições a garantia do reembolso de despe-sas hospitalares ou de tratamento médico, nem o custeio das despesas de luto e de funeral do segurado. SEGURO DE DANOS Nos seguros de dano, a garantia prometida não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento da conclusão do contrato, sob pena deste perder o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio ven-cido, e sem prejuízo da ação penal que no caso couber. O risco do seguro compreenderá todos os prejuízos resultantes ou con-sequentes, como sejam os estragos ocasionados para evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa. SEGURO DE TRANSPORTE A vigência da garantia, no seguro de coisas transportadas, começa no momento em que são pelo transportador recebidas, e cessa com a sua entrega ao destinatário. LIMITE DE INDENIZAÇÃO A indenização não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no mo-mento do sinistro, e, em hipótese alguma, o limite máximo da garantia fixado na apólice, salvo em caso de mora do segurador. NOVO SEGURO O segurado que, na vigência do contrato, pretender obter novo seguro sobre o mesmo interesse, e contra o mesmo risco junto a outro segura-dor, deve previamente comunicar sua intenção por escrito ao primeiro, indicando a soma por que pretende segurar-se, a fim de se comprovar a obediência ao limite do interesse segurado. Salvo disposição em contrá-rio, o seguro de um interesse por menos do que valha acarreta a redução proporcional da indenização, no caso de sinistro parcial.

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VÍCIO INTRÍNSECO Não se inclui na garantia o sinistro provocado por vício intrínseco da coisa segurada, não declarado pelo segurado. Entende-se por vício intrínseco o defeito próprio da coisa, que se não encontra normalmente em outras da mesma espécie. TRANSFERÊNCIA A TERCEIROS Salvo disposição em contrário, admite-se a transferência do contrato a terceiro com a alienação ou cessão do interesse segurado. Se o instru-mento contratual é nominativo, a transferência só produz efeitos em re-lação ao segurador mediante aviso escrito assinado pelo cedente e pelo cessionário. A apólice ou o bilhete à ordem só se transfere por endosso em preto, datado e assinado pelo endossante e pelo endossatário. SUB-ROGAÇÃO Paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor res-pectivo, nos direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano. Salvo dolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano foi causado pelo cônjuge do segurado, seus descendentes ou ascendentes, consan-guíneos ou afins. É ineficaz qualquer ato do segurado que diminua ou extinga, em prejuízo do segurador, os direitos de sub-rogação. SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL No seguro de responsabilidade civil, o segurador garante o pagamento de perdas e danos devidos pelo segurado a terceiro. Tão logo saiba o segurado das consequências de ato seu, suscetível de lhe acarretar a responsabilidade incluída na garantia, comunicará o fato ao segurador. É proibido ao segurado reconhecer sua responsabilidade ou confessar a ação, bem como transigir com o terceiro prejudicado, ou indenizá-lo di-retamente, sem anuência expressa do segurador. Intentada a ação con-tra o segurado, dará este ciência da lide ao segurador. Subsistirá a res-ponsabilidade do segurado perante o terceiro, se o segurador for insol-vente. Nos seguros de responsabilidade legalmente obrigatórios, a inde-nização por sinistro será paga pelo segurador diretamente ao terceiro prejudicado. Demandado em ação direta pela vítima do dano, o segura-dor não poderá opor a exceção de contrato não cumprido pelo segurado, sem promover a citação deste para integrar o contraditório.

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LIQUIDAÇÃO DO SEGURO A liquidação de um sinistro inicia-se com a comunicação feita pelo segu-rado à corretora de seguros, relatando informações sobre o acidente ocorrido: data, hora, local, descrição detalhada do evento e prejuízo acar-retado. A corretora de seguros é a responsável por transmitir o aviso de sinistro à seguradora, que irá realizar uma vistoria para constatação do dano e nexo causal. Também é solicitada ao segurado uma relação de documentos inerentes ao ocorrido para análise e posterior posiciona-mento de cobertura ou não. PRESCRIÇÃO Código Civil, artigo 206, parágrafo 1, que trata da prescrição, o segurado terá o prazo de um ano para comunicar o sinistro, a contar da data do acidente. PRAZO A liquidação dos sinistros será feita num prazo não superior a trinta dias, contados a partir do cumprimento de todas as exigências feitas ao segu-rado. A contagem do prazo é suspensa quando, no caso de dúvida fundada e justificável, forem solicitados novos documentos, e reiniciada a partir do cumprimento das exigências. Os procedimentos para a liquidação de sinistros devem ser claramente informados na apólice, com especificação dos documentos básicos neces-sários a serem apresentados para cada tipo de cobertura. FRANQUIAS A franquia é o valor previsto na apólice pelo qual o segurado fica respon-sável em cada sinistro, tornando-se até esse valor segurador de si pró-prio. Existem dois tipos de franquia: simples, em que o segurador res-ponde pela totalidade dos prejuízos sempre que estes ultrapassarem a franquia estabelecida; ou dedutível, onde o segurador só paga os preju-ízos que ultrapassarem a franquia. As franquias podem ser fixadas em valor absoluto ou como percentual do limite máximo de garantia. Se for estabelecida como percentual dos prejuízos indenizáveis, comumente re-cebe o nome de Participação Obrigatória do Segurado (POS). E sua con-tratação resulta, naturalmente, em redução de prêmio, já que os sinistros a cargo do segurador diminuem.

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PERDA DO DIREITO A seguradora ficará isenta de qualquer obrigação decorrente do contrato se: • O segurado agravar intencionalmente o risco; • O sinistro ocorrer por culpa grave ou dolo do Segurado ou Benefici-ário do seguro; • A reclamação de indenização por sinistro for fraudulenta ou de má-fé; • O segurado ou beneficiário ou ainda seus representantes e prepostos fizerem declarações falsas ou, por qualquer meio, tentarem obter bene-fícios ilícitos do seguro; • O segurado não participar o sinistro à sociedade seguradora, tão logo tome conhecimento, e não adotar as providências imediatas para minorar suas consequências. RESSEGURO Denomina-se resseguro a operação na qual um segurador transfere a outro, total ou parcialmente, um risco assumido através da emissão de uma apólice ou um conjunto delas. Nessa operação, o segurador objetiva diminuir suas responsabilidades na aceitação de um risco considerado excessivo ou perigoso, e cede a outro uma parte da responsabilidade e do prêmio recebido. O resseguro é visto como um seguro do seguro. TIPOS DE RESSEGUROS AUTOMÁTICO É uma forma de contrato pelo qual se estabelece, automaticamente, a responsabilidade do ressegurador, até determinado limite de cobertura, desde o momento em que o seguro foi aceito pela seguradora direta ou pelo ressegurador retrocedente. O resseguro automático pode ser com-plementado por outro contrato de resseguro avulso, para garantir riscos de montante muito elevado, não totalmente cobertos pelo resseguro au-tomático. FACULTATIVO É o resseguro que não dispõe de cobertura automática, ou que ultrapassa o referido limite. Neste caso é necessário que a seguradora direta ou a retrocedente solicite cobertura de resseguro para as propostas que re-cebe em tais condições, caso a caso.

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CATÁSTROFE É um tipo de resseguro não proporcional destinado a prover cobertura para ocorrências danosas de grandes proporções, provenientes da acu-mulação de sinistros consequentes de um mesmo evento ou de uma série de eventos com o mesmo nexo causal. O ressegurador ajusta com a se-guradora cedente um limite de perdas, denominado Limite de Catástrofe, a partir do qual são recuperados os prejuízos excedentes, geralmente resultantes de convulsões da natureza, incêndios, explosões etc. O res-segurador costuma ajustar, ainda, o seu Limite Máximo de Responsabili-dade. Em face de a natureza e de os eventos sob cobertura, serem po-tencialmente capazes de gerar prejuízos de elevadíssimo montante, é co-mum que estas ocorrências sejam resguardadas mediante a constituição de pools ou consórcios, geralmente embasados em fundos formados pela contribuição periódica das seguradoras expostas a tais riscos, contribui-ção esta complementada por um mecanismo contratual de chamada re-sidual, sempre que o numerário depositado nos fundos não seja suficiente para a cobertura integral dos prejuízos. DIFERENCIADO É o sistema em que as condições dos planos de resseguro são negociadas especificamente, fora dos padrões habituais, em função do perfil de cada carteira de seguros. EM CONDIÇÕES ORIGINAIS É o resseguro onde o ressegurador assume o risco exatamente nas mes-mas bases da aceitação da seguradora cedente como se segurador tam-bém fosse, embora sem se responsabilizar diretamente com o segurado, mas tão-somente com a cedente. É um tipo de resseguro proporcional, no qual o ressegurador se obriga a constituir as mesmas provisões da cedente, nas mesmas bases, matemáticas inclusive, quando for o caso. EXCEDENTE DE RESPONSABILIDADE É a forma mais difundida de resseguro. É um contrato de resseguro pro-porcional no qual a seguradora cedente ou retrocedente, se obriga a ce-der ao ressegurador aceitante, parte ou totalidade do que exceder o seu limite de retenção (também chamado de pleno) em cada risco isolado. EXCESSO DE DANOS É um tipo de resseguro não proporcional no qual o segurador direto fixa uma importância determinada para cada sinistro, ou uma importância global para todos os sinistros que venham a ocorrer em determinado prazo. Esta importância se denomina limite de sinistro, máximo de con-servação de danos ou prioridade. Quando o limite de sinistro é atingido, o segurador arca com a totalidade das indenizações e recupera do resse-gurador as que excederem o referido limite.

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EXCESSO DE SINISTRALIDADE Um tipo de resseguro não proporcional que consiste em o segurador ce-dente suportar determinado coeficiente sinistro/prêmio. Acima do valor deste coeficiente cabe ao ressegurador modalidade de resseguro propor-cional também conhecida por Resseguro Misto de Quotas- Parte e de Ex-cedentes. No Brasil, além deste tipo de resseguro, costuma-se combinar modalidades de resseguro proporcional e não proporcional, tais como Ex-cedente de Responsabilidade e Excesso de Danos. Dá-se a esta combina-ção a denominação de Resseguro Misto. NÃO-PROPORCIONAL É aquele no qual o ressegurador responde pela totalidade da carteira ou pela sinistralidade globalmente considerada e se responsabiliza pela parte que exceder o limite de sinistro da seguradora cedente. No que concerne aos resseguros não proporcionais, em que se desconsidera o exposto ao risco de forma isolada, computando-se carteiras ou sinistralidade global, as bases tarifárias são ajustadas por processos diferentes dos utilizados no resseguro proporcional. OBRIGATÓRIO É o resseguro que deve ser efetuado por força de lei (legalmente obriga-tório) ou em decorrência de um contrato (contratualmente obrigatório). PERCENTUAL É uma forma de resseguro proporcional, efetuado sob a forma de exce-dente de responsabilidade e convertido em percentual. Não confundir com Resseguro por quota. POR QUOTA É um tipo de resseguro proporcional no qual a seguradora cedente ou retrocedente, repassa ao ressegurador uma quota fixa percentual dos seus negócios, e o ressegurador se responsabiliza pela mesma proporção em cada um dos sinistros ocorridos, como se sócio fosse da sociedade cedente ou retrocedente. Esta forma de resseguro, isoladamente, tem restrita aplicação, sendo mais comum a sua utilização em conjugação com o resseguro Excedente de Responsabilidade. PROPORCIONAL É aquele no qual o ressegurador responde por parte proporcional, previ-amente definida, em relação ao risco integral. Os resseguros de Exce-dente de Responsabilidade, Quota e Misto (quota mais excedente) são exemplos de resseguro proporcional. De modo geral este tipo de resse-guro é mais adequado quando se podem identificar indubitavelmente os riscos isolados e seus respectivos valores segurados.

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STOP LOSS O ressegurador compromete-se a assumir parte da carga de sinistros anual que supera a prioridade, fixada, geralmente, em uma porcentagem da receita de prêmios anual, e às vezes, em uma importância previa-mente acordada. OBSERVAÇÕES Liquidação de dano repõe o patrimônio e tem caráter indenizatório Liquidação de pessoa não é indenização SEGURO ACUMULATIVO = 2 ou + seguros sobre a mesma coisa proibido INFRASEGURO = seguro por valor menor EXCESSO DE SEGURO = valor superior JURISPRUDÊNCIA NO STJ.: - NÃO HÁ ABUSIVIDADE DE CLÁUSULA EM SEGURO DE VEÍCULO CUJA INDENIZAÇÃO É FEITA PELO VALOR DE MERCADO = SUSEP - SUICÍDIO ANTES DE DOIS ANOS = intencional ou não - EQUILÍBRIO ATUARIAL = negativa de renovação por idade - DOENÇA PRÉEXISTENTE = exame médico exigível

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CONTRATOS DE CONSUMO Aplicação do CDC aos contratos entre empresários. Princípios da Tutela Contratual do Consumidor. Cláusulas Abusivas. APLICAÇÃO DO CDC AOS CONTRATOS ENTRE EMPRESÁRIOS O Código de Defesa do Consumidor só se aplica em contratos empresa-riais em caráter excepcional. Existem situações nas quais um dos contratantes equipara-se a consu-midor, como por exemplo, quando um fabricante adquire papel higiênico para utilização de seus empregados. Uma das partes do contrato empresarial será enquadrada como fornece-dor e a outra como consumidor, nos termos do CDC quando este último aparece como destinatário final do bem ou do serviço contratado. CRITÉRIO: insumos e atos de consumo. O EMPRESÁRIO EM VULNERABILIDADE (contratos de adesão) - aplica-se o CDC por analogia. Aos ENTES DESPERSONALIZADOS aplica-se o CDC. (condomínio, massa falida, nascituro, espólio) PRINCÍPIOS DA TUTELA CONTRATUAL DO CONSUMIDOR 1 Princípio da transparência informações claras - art. 4 significa informação clara e correta sobre o produto a ser vendido, sobre o contrato a ser firmado, significa lealdade e respeito nas relações entre fornecedor e consumidor, mesmo na fase pré-contratual, isto é, na fase negocial dos contratos de consumo. 2 Princípio da confiança consiste na credibilidade depositada pelo consumidor no produto ou contrato a fim de que sejam alcançados os fins esperados. Prestigia, dessa forma, as legítimas expectativas do consumidor. 3 Princípio da boa-fé objetiva Assim, a boa-fé significa a transparência obrigatória em relação aos con-tratantes, um respeito obrigatório aos interesses do outro contratante, uma ação positiva do parceiro contratual mais forte com relação ao par-ceiro contratual mais fraco, permitindo as condições necessárias para a formação de uma vontade liberta e racional.

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4 Princípio da eqüidade ou princípio do equilíbrio contratual ab-soluto Deve haver equilíbrio entre direitos e deveres dos contratantes. Busca-se a justiça contratual, o preço justo. Por isso, são vedadas as cláusulas abusivas, bem como aquelas que proporcionam vantagem exagerada para o fornecedor ou oneram excessivamente o consumidor. 5 Princípio da isonomia ou princípio da vulnerabilidade do con-sumidor O CDC reconheceu as situações de vulnerabilidade econômica, técnica e jurídica do consumidor, sabendo tratar-se de pessoa que, na prática, para obter produto ou serviço, deve aceitar, com pouca margem para negociação, as condições impostas pelo fornecedor. 6 Princípio da função social do contrato O princípio da função social do contrato tem como pressuposto o reconhecimento de que este tem seu valor social, não só como figura jurídica abstrata, mas também como negócio jurídico envolvendo duas ou mais pessoas particularmente consideradas, com reflexos e efeitos para toda a sociedade. 7 Princípios de direito processual o princípio da hipossuficiência o princípio da inversão do ônus da prova. CLÁUSULAS ABUSIVAS Abusiva é a previsão da irresponsabilidade por vícios e defeitos de qua-lidade, isto é o produtor ou fornecedor não pode se eximir de sua res-ponsabilidade em havendo quaisquer vícios ou defeitos de qualidade. O consumidor não pode também abrir mão de seu direito de reembolso das parcelas já pagas em caso de rescisão, sendo considerada uma hipótese de abusividade. Não se pode admitir também que se transfira a respon-sabilidade contratual a terceiros. Essa prática, apesar de comum, é abu-siva. Sabe-se que o ônus da prova da veracidade da informação ou co-municação publicitária cabe a quem patrocina, logo esse ônus não pode ser transferido ao consumidor.

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OUTROS CONTRATOS EMPRESARIAIS

Logística. Transporte de carga. Fretamento. Armazenamento. Publi-cidade. Hedge. Corretagem. CONTRATOS DE LOGÍSTICA As mercadorias para serem escoadas dependem de atividades que são de-nominadas genericamente de “logísticas” e que se referem ao planejamento e execução da infraestrutura necessária ao funcionamento do mercado TRANSPORTE DE CARGA (arts. 743 a 756 do CCiv) atividade econômica de transferência de bens de consumo ou de capital de um lugar para outro com segurança e responsabilidade OBRIGAÇÕES DA TRANSPORTADORA: - receber as mercadorias constantes do contrato no local e data pré deter-minados - entrega-las no local e hora previamente ajustado - zelar pela integridade dos bens transportados vide Súmula 161 do STF: em contrato de transporte é inope-rante cláusula de não indenizar - observar o itinerário contratado, se houver - emitir o documento fiscal (conhecimento de transporte) FRETAMENTO Em caso de necessidade de transporte de mercadorias no qual prevaleça a condição de espaços para a contenção dos bens transportados, o melhor caminho, ao invés da contratação de uma transportadora é o aluguel de um veículo para tanto (navio ou avião) FRETADOR é quem coloca à disposição o veículo para transporte AFRETADOR é quem contrata o fretador FRETE pagamento do preço tipos: voyage charter, trip charter, time charter barebord charter (fretamento a caso nu) ARMAZENAMENTO guarda e conservação de mercadorias ARMAZÉNS GERAIS (Decreto 1.102/1903) CONTRATO DE DEPÓSITO Conhecimento de Depósito e Warrant AGENCIAMENTO DE PUBLICIDADE (Lei n°. 4.680/65 e Decreto n°. 57.690/66) contrato tem natureza jurídica de MANDATO

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Controle privado através do CONAR e do CENP (www.cenp.com.br) HEDGE O hedge é uma palavra de origem inglesa que significa cobertura. Em ter-mos financeiros, ele pode ser definido como uma ferramenta de proteção contra grandes variações de preços. 1. Hedge cambial A partir desta ideia, o hedge cambial é fundamentado em ativos nesta moeda como: Dólar em espécie: esta é a forma mais simples do hegde cambial. O inves-tidor compra uma boa quantia da moeda norte-americana quando o seu preço está em baixa e mantém a custódia até que ela valorize. Assim, ele pode tanto vender os dólares a uma cotação maior ou usar para viagens/compras. Contratos futuros e mini contratos de dólar: o hedge cambial em contrato futuro consiste em um termo compromissado de compra ou venda de dólar em uma data futura. Neste caso, você negocia apenas o direito de assumir essas posições, ou seja, você não obtém, de fato, a moeda. Opções de compra de dólar: esse tipo de hedge é um dos mais acessíveis. Com ele, você adquire o direto de comprar o dólar a um determinado preço no futuro. Para isso, é preciso desembolsar parte do valor, que é o prêmio. Ao exercer esse direito, você leva o prêmio por ter enfrentado o risco. Títulos cambiais: eles são ativos com rendimentos atrelados à variação do câmbio. Assim, eles oscilam conforme o comportamento do real ante ao dólar. A sua forma mais comum é através dos Fundos Cambiais. 2. Hedge natural O hedge natural funciona como uma proteção indireta. Ele é muito comum em ações de exportadoras, em que a companhia emissora possui ativos em dólar ou lida com a moeda. Em momentos de queda do real, esses papéis tendem a se valorizar porque a receita obtida com as exportações aumenta e os lucros também. Na situação oposta, eles sofrem quedas de curto prazo, porém em menor escala que as ações de empresas que só dependem do real. 3. Hedge em commodities Esse tipo de hedge é o mais antigo de todos. Basicamente, o produtor de commodities compra ou lança contratos futuros com os preços desejados para vender os seus produtos em datas futuras. Assim, ele consegue fixar uma cotação que considera justa para a venda deles. O objetivo é evitar que a lei da oferta e demanda causem oscilações bruscas.

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Sem o hedge, a escassez da commodity causaria o aumento do seu preço. Enquanto que a grande disponibilidade traria a baixa. Como os resultados das safras podem ser previstos, os produtores já esti-pulam os valores, pelos quais, desejam vender os seus produtos. Portanto, o hedge vem justamente desta segurança em fixar as cotações e fazer com que ela se torne mais independente dos momentos da bolsa de valores. O ouro também entra como um instrumento de proteção. Até hoje, ele é considerado como um dos ativos para seguros do mundo. Há investidores que fazem a aquisição dele através de: Barras de ouro Joias Contratos futuros de ouro Fundos de ouro Acredita-se que se todo o mercado entrar em colapso, o ouro será mais valioso do que já é. Então, poderá ser vendido e convertido em dinheiro. 4. Hedge em ações O investimento em ações é visto como arrojado. Para minimizar isto, há o hedge em Opções de compra ou venda. Estes dois ativos (ações e opções) possuem relação inversa, ou seja, quando um sobe o outro cai. Então, se você tem uma ação e tem a sua Opção, é possível se proteger de perdas de capital. Apesar de parecer um hedge simples e certeiro, ele precisa ser cuidadosa-mente selecionado e pensado. Nos próximos tópicos, vamos mostrar como ele pode ser feito. CORRETAGEM Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, independentemente de mandato, de prestação de serviços ou outra relação de dependência, obriga-se a obter para outra um ou mais negócios, conforme instruções recebidas. Na corretagem, um agente comete a outrem a obtenção de um resultado útil de certo negócio. A conduta esperada é no sentido de que o corretor faça aproximação entre um terceiro e o comitente. A mediação é exaurida com a conclusão do negócio entre estes, graças à atividade do corretor. Trata-se de contrato preparatório. Pressupõe universo negocial amplo. O desenvolvimento do comércio criou a necessidade de intermediários. A re-gra geral é não depender de forma, podendo ser verbal ou escrito. "A re-muneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes" (artigo 725).

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

BULGARELLI, Waldírio:

Contratos mercantis. São Paulo, Editora Atlas

COELHO, Fábio Ulhoa:

Curso de Direito Comercial. vol. III, São Paulo, Editora RT

FORGIONI, Paula A.

Contratos Empresariais, teoria geral e aplicação, São Paulo, Ed. RT.

GOMES, Orlando:

Contratos. Rio de Janeiro, Editora Forense

MARTINS, Fran:

Contratos e obrigações comerciais. Rio de Janeiro, Ed. Forense

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BIBLIOGRAFIA GERAL

- ALVIM, Pedro: O contrato de seguro. Rio de Janeiro, Forense, 1999, 3ª ed. - BAPTISTA, Luiz Olavo: Dos contratos internacionais. São Paulo, Saraiva, 1994. - BARRETO, Lauro Muniz: Questões de direito bancário. São Paulo, Max Limonad, - BASTOS, Celso & KISS, Eduardo Amaral Gurgel: Contratos internacionais. - BENJAMIN, Antônio Herman de Vasconcellos e: Comentários ao Código de Proteção do Consumidor.

Obra coletiva coordenada por Juarez de Oliveira. - BULGARELLI, Waldírio: Contratos mercantis. São Paulo, Atlas, 1990, 5ª ed. - CASELLA, Paulo Borba: Economic integration and legal harmonization, with special reference to

Brazil. Em Uniform Law Review, UNIDROIT, vol. 1998-2/3, págs. - COELHO, Fábio Ulhoa: Curso de Direito Comercial. São Paulo, Saraiva, 2000, vol. - ___________________: Manual de Direito Comercial. São Paulo, Saraiva, 2000, - COSTA, Ligia Maura: O Crédito documentário e as novas regras e usos uniformes da Câmara de

Comércio Internacional. São Paulo, Saraiva, 1994. - COVELLO, Sergio Carlos: Contratos bancários. São Paulo, LEUD, 1999, 3ª ed. - DINIZ, Maria Helena: Tratado teórico e prático dos contratos. São Paulo, Saraiva, - DONATI, Antigono & PUTZOLU, Giovanna Volpe: Manuale di diritto delle assicurazioni. Milão, Giuffrè,

1995, 4ª ed.. - FARINA, Juan M.: Contratos comerciales modernos. Buenos Aires, Astrea, 1994, - ______________: Defensa del consumidor y del usuario. Buenos Aires, - FERREIRA DE ALMEIDA, Carlos: Os direitos dos consumidores. Coimbra, - FERREIRA, Waldemar: Tratado de direito comercial. São Paulo, Saraiva, 1963. - FRANCO, J. Nascimento: Ação renovatória. São Paulo, Malheiros, 1994. - FRONTINI, Paulo Salvador: Contrato de adesão. Em Revista do Advogado nº 33, - GHESTIN, Jacques: Le contrat. Montréal, Université McGill, 1982. - GLANZ, Semy: Internet e contrato eletrônico. Em Revista dos Tribunais n. 757. - GOMES, Orlando: Contratos. Rio de Janeiro, Forense, 1984, 10ª ed. - ______________: Transformações gerais do direito das obrigações. São Paulo, - ______________: Contrato de adesão (condições gerais dos contratos). São - MARQUES, Cláudia Lima: Contratos no Código de Defesa do Consumidor. São Paulo, RT, 1992. - MARTINS, Fran: Contratos e obrigações comerciais. Rio de Janeiro, Forense, 1977, - MELO, Claudineu de: Contrato de distribuição. São Paulo, Saraiva, 1987. - MENDONÇA, Fernando: Direito dos transportes. São Paulo, Saraiva, 1990, 2ª ed. - MIRANDA, Pontes de: Tratado de direito privado. São Paulo, RT, 1984, 3ª ed., 2ª - NERY Jr., Nelson: Código Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do

anteprojeto. Obra coletiva. Rio de Janeiro, Forense Universitária, - OLIVEIRA, Fernando Albino de: Notas sobre a disciplina jurídica dos preços. Em Revista de Direito

Público n.º 49 e 50. São Paulo, 1979. - REQUIÃO, Rubens: Do representante comercial. Rio de Janeiro, 1983, Forense. - RIZZARDO, Arnaldo: Contratos de crédito bancário. São Paulo, RT, 1999, 4ª ed. - SIDOU, J.M. Othon: A revisão judicial dos contratos. Rio de Janeiro, Forense, - STRENGER, Irineu: Contratos internacionais do comércio. São Paulo, RT, 1986. - STUBER, Walter Douglas & FRANCO, Ana Cristina de Paiva: A internet sob a ótica jurídica. Em

Revista dos Tribunais n. 749. São Paulo, RT, 1998. - TZIRULNIK, Ernesto: Estudos de Direito do Seguro. Colaboração de Alessandro Octaviani. São

Paulo, Max Limonad, 1999. - VERÇOSA, Haroldo Malheiros Duclerc: Notas sobre o sistema de controle de câmbio no Brasil. Em

RDM n. 78. São Paulo, RT, 1990. - _____________: Câmbio flutuante e contas de não residentes. Em RDM n. 92. São Paulo, RT, 1993.


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