PROJETO EDUCATIVO
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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A Educação Básica, no relatório da
UNESCO(1), é considerada como um caminho
através do qual se preparam os alicerces de uma
aprendizagem para a vida e, neste sentido, esta
primeira etapa de alicerce da escolaridade
posterior, em que inserimos também a educação
pré-escolar, deve contemplar um conjunto de
aprendizagens fundamentais ao desenvolvimento
humano.
O acesso à educação e o direito de
aprender são indispensáveis ao desenvolvimento
do talento das crianças e jovens. Na sociedade do
conhecimento o direito à educação não se restringe
ao acesso e frequência da instituição escolar,
abrange, nomeadamente, o direito à apropriação
do saber e à aquisição de competências de
cidadania, remetendo para a necessidade das
escolas desenvolverem processos educativos de
elevada qualidade científica e pedagógica(2).“Trata-
se de encontrar a melhor forma e os recursos mais
eficazes para todos os alunos aprenderem, isto é,
para que se produza uma apropriação efetiva dos
conhecimentos, capacidades, atitudes e valores
que se trabalharam, em conjunto e individualmente,
e que permitem desenvolver as competências
previstas no Perfil dos Alunos ao longo da
escolaridade obrigatória.” (3)
1Jacques Delors, Educação, um tesouro a descobrir, Relatório para
a UNESCO da Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI. 2 Recomendação sobre Estado da Educação 2012 – Autonomia e
Descentralização (Conselho Nacional de Educação -Recomendação n.º 2/2013, 09.05) 3 Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória -
homologado pelo Despacho n.º 6478/2017, 26.07-P.32
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Índice
Introdução ................................................................................................................................................ 4
I. Parte ...................................................................................................................................................... 5
1.Identidade do Agrupamento ..................................................................................................... 5
2.Conceção de escola e de educação ......................................................................................... 6
3.Princípios Educativos valorizados ............................................................................................ 8
4. Caraterização do Contexto Educativo ...................................................................................... 9
4.1. Meio Envolvente ................................................................................................................. 9
4.2. Caraterização geo-demográfica ......................................................................................... 10
4.3. Pessoal Docente ............................................................................................................... 10
4.4. Pessoal Não Docente ........................................................................................................ 11
4.5. Alunos ............................................................................................................................. 11
4.6. Resultados Escolares ........................................................................................................ 11
4.7. Famílias ........................................................................................................................... 13
4.8. Associações de Pais ......................................................................................................... 13
4.9. Parcerias e protocolos ....................................................................................................... 13
II Parte .................................................................................................................................................... 16
1. Oferta Educativa .................................................................................................................. 16
2. Oferta Complementar ........................................................................................................... 18
3.Educação Tecnológica .......................................................................................................... 19
4.Complementos Curriculares .................................................................................................. 20
5. Projetos de desenvolvimento curricular/interdisciplinar ............................................................ 22
6. Apoios Educativos ............................................................................................................... 22
7. Apoio Tutorial Específico ...................................................................................................... 23
8.Enriquecimento da Aprendizagem .......................................................................................... 23
9. Componente de apoio à família: educação pré-escolar e 1.º ciclo ............................................ 24
III Parte ................................................................................................................................................... 24
1. Pontos Fortes e Oportunidades de Desenvolvimento Futuro .................................................... 24
1.1 Avaliação Externa das Escolas ........................................................................................... 24
1.2 Avaliação Interna do Agrupamento ...................................................................................... 26
1.3 Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular .................................................................... 27
2. Contrato de Autonomia ........................................................................................................ 28
3. Metas Globais a Alcançar ..................................................................................................... 29
4. Objetivos Operacionais ........................................................................................................ 29
5. Áreas prioritárias de intervenção ........................................................................................... 31
6. Plano Anual de Atividades e de Formação ............................................................................. 35
7. Avaliação de Projeto ............................................................................................................ 35
8. Divulgação do Projeto Educativo de Agrupamento .................................................................. 36
Bibliografia - Anexos .............................................................................................................................. 37
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Introdução
“Projeto educativo o documento que consagra a orientação educativa do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de
escolas ou escola não agrupada se propõe cumprir a sua função educativa.”
(alínea a) do n.1, do art.º 9.º, decreto-lei n.º 137/2012 de
02.07)
Decorridos três anos sobre a entrada em vigor
do Projeto Educativo de Agrupamento que agora chega
ao seu termo, cumpre-nos proceder à elaboração de um
novo documento que, tendo em conta a experiência
acumulada, nos permita antecipar as mudanças
necessárias, fruto de um mundo em constante mutação,
no qual a capacidade de adaptação é a principal
garantia de estabilidade. O agrupamento pensa-se a si
próprio neste projeto educativo elaborado enquanto
instrumento de gestão estratégica, e que preconiza uma
ideia de futuro partilhada pela comunidade educativa,
constituindo a expressão da sua identidade.
Em resultado da avaliação do projeto anterior e
do processo de avaliação externa (segundo ciclo de
avaliação), assim como do diagnóstico anualmente
realizado, confirmaram-se muitas das opções já
assumidas anteriormente e redefiniram-se novos
caminhos, expressos no 2.º Contrato de Autonomia, nos
Planos de Ação Estratégica a seguir e no Projeto de
Autonomia e Flexibilidade Curricular, que se
consubstanciam neste projeto. Estas medidas
complementam-se no sentido de fomentar o sucesso
escolar, o que significa promover melhores
aprendizagens para todos.
Em termos metodológicos, pretendemos que
este Projeto Educativo seja um instrumento
globalizante, capaz de definir, de forma clara, as linhas
orientadoras da política educativa do Agrupamento para
cuja concretização contribuem outros documentos
fundamentais, como é o caso do Contrato de
Autonomia, do Regulamento Interno, do Plano de
Estudos e Desenvolvimento Curricular e do Plano Anual
de Atividades. Assim, o Projeto Educativo deve ser
assumido por todos os intervenientes, dentro dos
princípios de responsabilização e valorização das
potencialidades que resultam do aproveitamento dos
recursos materiais e humanos inerentes ao meio em
que o Agrupamento de Escolas se encontra inserido.
O processo foi conduzido por uma equipa
orientada sob a responsabilidade do Conselho
Pedagógico, adotou-se uma metodologia de trabalho
participativa, centrada na auscultação, na análise de
informação, produzida interna e externamente, e na
concertação de opiniões na validação de conclusões do
rumo a prosseguir.
A responsabilidade da educação incumbe a
toda a sociedade. Assim, todas as pessoas a quem tal
diga respeito e todos os parceiros - para além das
instituições que têm essa missão específica - devem ter
o seu lugar no processo educativo. Apela-se assim a
todos os intervenientes – alunos, pais e encarregados
de educação, docentes e não docentes, bem como
todas as instituições locais e regionais, públicas e
privadas – para a importância da colaboração de todos,
a fim de que se cumpra aquele que consideramos ser o
objetivo último da educação: conseguir que todos os
alunos sejam autónomos e capazes de agir e
desenvolver processos de aprendizagem ao longo da
vida.
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I. Parte
1. Identidade do Agrupamento
História
O Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho,
anteriormente denominado de Cávado Sul, foi
constituído a seis de junho de 2001 e entrou em
funcionamento a seis de julho do mesmo ano, por
Despacho da Diretora Regional Adjunta de Educação
do Norte, sendo constituído por vinte e oito
estabelecimentos de educação e ensino. Na sequência
do ordenamento da rede educativa, com a extinção do
Agrupamento Horizontal Terra Verde, foi homologado
por despacho do Diretor Regional de Educação do
Norte de 26/06/2003, o alargamento do Agrupamento,
com integração de novos estabelecimentos de
educação e ensino, passando a ser constituído por 32
estabelecimentos. Em resultado da fusão e extinção de
estabelecimentos é, presentemente, constituído por 21
estabelecimentos: seis são da educação pré-escolar,
oito são integrados com pré-escolar e 1.º ciclo, seis são
do 1.º ciclo e um é do 2.º e 3.º ciclo, conforme o quadro
seguinte:
Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho
Nível de ensino Estabelecimento
Pré-Escolar
JI Alcaides de Faria, Barcelinhos
JI de Covelo, Adães
JI de Cruzeiro
JI de Gamil
JI de Montinho
JI de Pereira
Pré-Escolar e
1.º Ciclo
EB de Airó
EB de Alvelos
EB de Areias de Vilar
EB de Carvalhal
EB de Gueral
EBI de Moure
EBI de Remelhe
EB de Rio Côvo S.ta Eugénia
1.º Ciclo
EB de Carvalhos
EB de Gamil
EB de Pereira
EB de Macieira de Rates
EB de São Brás, Areal
EB de Várzea
2.º e 3.º Ciclo EB Rosa Ramalho – Barcelinhos Quadro 1 – Constituição do Agrupamento de Escolas Rosa
Ramalho
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Patrono
A adoção do nome Rosa Ramalho, como nome
identificativo do AE, deriva da valorização da arte
popular como manifestação do próprio povo e do seu
papel no desenvolvimento integral de cada aluno. A
barrista barcelense Rosa Ramalho (1888-1977), cuja
obra é constituída por peças de figurado, numa
dimensão surrealista que vagueia entre o real e o
fantástico, exprimiu uma singular visão do mundo nas
peças que criou, tais como: as alminhas, o Cristo Negro,
os cabeçudos, o galo, o galo mulher, o homem-sereia, o
carrocho, a cabra, a pinha, a banda, entre outras.
“Rosa é, por isso, simultaneamente imitação e originalidade. Imitação, porque, à semelhança dos bonequeiros que a antecederam por terras barcelenses, faz o que os seus antepassados fizeram – no mundo figurado de Rosa e no mundo deles existem os animais que sempre conheceram, as representações do quotidiano que os cercava e, até, bichos-homens do tempo em que os animais falavam e no mar havia sereias. Rosa é, por isso, imitação – mantem o espírito herdado pelos seus antepassados bonequeiros -, mas Rosa é, também, originalidade, na medida em que traz para o seu mundo figurado, o toque de magia, o rasgo criativo.” In. A. Costa, I.M. Fernandes (2007). Rosa Ramalho: a coleção. Catálogo da exposição: Museu de Olaria, Barcelos.
2. Conceção de escola e de educação
A visão estratégica que norteia a prestação da
ação educativa no AE, pretende que esta instituição
seja uma referência na comunidade pela qualidade da
formação e sucesso educativo dos seus alunos. A
promoção de uma cultura de qualidade do ensino e das
aprendizagens, assente em princípios de equidade,
justiça, responsabilidade e eficiência, desenvolvidos
num ambiente educativo de cooperação, segurança,
disciplina e bem-estar.
O AE, integrado no Sistema Educativo, tem por
missão a formação de crianças e jovens. É prestador de
um serviço público de educação de relevante
importância, pelo papel desempenhado no
desenvolvimento integral das crianças da Educação
Pré-escolar e alunos do Ensino Básico.
A escola é um ambiente propício à
aprendizagem e ao desenvolvimento de competências e
de múltiplas literacias que são essenciais para os
alunos, no presente e na vida adulta. Em conformidade
com a Lei de Bases do Sistema Educativo, o AE, de
acordo com as necessidades resultantes da realidade
social em que está inserido e a par da globalização,
desenvolve a sua ação educativa contribuindo para o
desenvolvimento pleno e coerente da personalidade das
crianças e jovens, incentivando a formação de cidadãos
livres, responsáveis, autónomos e solidários.
O trabalho desenvolvido no AE procura
corresponder às expectativas da comunidade educativa
de que as escolas cumpram o papel fundamental de
formação dos alunos, dotando-os de capacidades bem
desenvolvidas, valores e conhecimentos estruturantes,
consciencializando-os igualmente para o exercício
responsável dos seus direitos e deveres de cidadania.
Vista deste modo, a escola deve revelar-se um espaço
de participação, reflexão e de diálogo entre os
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diferentes atores em presença, favorecendo deste modo
a emergência de uma cultura escolar orientada para as
dimensões do ser, do saber, do fazer, do conviver, do
comunicar e do aprender.
Queremos uma escola que valorize o mérito de
cada um, assim como o esforço indispensável à
obtenção desse mérito, construída sobre valores e
princípios onde a responsabilidade - individual e social -
seja entendida como elemento fundamental na
construção do progresso. Entendemos a educação
como um ato social e a escola como uma organização
promotora de mudanças sociais, preparada para
responder aos desafios colocados pela sociedade.
Estamos certos de que estes desafios implicam
mudanças, principalmente ao nível das formas de
organizar e pensar o currículo. É este o nosso
entendimento de escola e de educação, suportado nos
princípios e normativos orientadores da política
educativa atual, que desejamos ver instituído nas
práticas pedagógicas e em toda a organização escolar.
Neste sentido, iniciou-se no ano letivo de 2017/2018,
em regime de experiência pedagógica, o Projeto de
Autonomia e Flexibilidade Curricular nas turmas de
início de ciclo (1.º e 2.º ciclos), prevendo-se o
alargamento progressivo, nos próximos anos letivos,
aos demais anos de escolaridade.
O Projeto de Autonomia e Flexibilidade
Curricular, sendo um projeto que concede alguma
autonomia no desenvolvimento do currículo, dá a
possibilidade de desenvolver metodologias e de
organizar o espaço/tempo para garantir aprendizagens
para todos, tendo por base o Perfil dos Alunos à saída
da escolaridade obrigatória. Um perfil de base
humanista que pretende a articulação entre as
dimensões do desenvolvimento curricular, que integra
saberes e aponta para o desenvolvimento de
competências transversais essenciais, quer para a
inserção no mercado do trabalho, quer para
prosseguimento de estudos.
O desenvolvimento da ação educativa no
agrupamento de escolas assenta num processo
contínuo de aperfeiçoamento, atendendo a
necessidades concretas dos alunos, diversificando
modelos educativos, práticas pedagógicas e didáticas.
Procura-se a otimização da gestão dos recursos
disponíveis no desenvolvimento de ações mais
eficazes, com consequente melhoria da qualidade do
ensino e das aprendizagens, traduzida na melhoria do
desempenho escolar dos alunos.
Visto que à escola se exige cada vez mais o
desempenho de novas funções de vária ordem, torna-se
necessário desenvolver nos alunos, paralelamente às
capacidades de ordem cognitiva, relacional e
psicomotora, valores de cidadania, tolerância,
solidariedade e respeito pelos outros, de modo a que se
possam tornar cidadãos participativos, críticos e
responsáveis.
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3. Princípios Educativos valorizados
Os princípios, valores e políticas educativas
identificam as opções do Agrupamento quanto ao ideal
de educação a prosseguir. Neste projeto, para esta
realidade social e cultural procurou colocar-se em
evidência a conceção de educação partilhada pela
comunidade educativa. Assim como, clarificar o
entendimento de escola para todos no sentido da
inclusão, a relevância das aprendizagens realizadas no
contexto escolar inseridas no conjunto das
aprendizagens ao longo da vida, a ética social e a moral
defendidas, nomeadamente no que se refere à
equidade, à participação, à colegialidade, ao civismo e à
cidadania.
Promoção da educação para a liberdade, autonomia e
responsabilidade
Desenvolvimento pleno e coerente da personalidade das crianças e jovens, incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários.
Promoção da educação para o desenvolvimento integral
Contributo de todas as escolas na formação dos alunos, dotando-os de capacidades bem desenvolvidas, valores e conhecimentos estruturantes, consciencializando-os igualmente para o exercício responsável dos seus direitos e deveres de cidadania.
Promoção de uma cultura de inclusão e solidariedade
Igualdade de oportunidades proporcionadas a todos os alunos e em particular no apoio à inclusão de alunos com diferentes necessidades educativas especiais (NEE).
Valorização da cooperação e abertura ao meio.
Circuitos de interação entre a escola, a família e outros membros relevantes da comunidade como forma de desenvolver um trabalho adequado às necessidades do contexto em que o Agrupamento e os alunos se encontram inseridos.
Valorização da dimensão europeia da Educação
A dimensão europeia visa formar jovens conscientes dos seus direitos e deveres, que valorizem a participação ativa no projeto de construção europeia. Procura-se desenvolver uma identidade europeia assente num conjunto de valores e no sentimento de pertença em relação à Europa e ao Mundo.
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4. Caraterização do Contexto Educativo
4.1. Meio Envolvente
Barcelos é uma terra que surgiu praticamente com a fundação da nacionalidade, andando a sua História
estreitamente ligada às crises e triunfos da coroa portuguesa. É um centro urbano, que adquiriu a sua identidade
municipal com o primeiro foral, passado em data incerta, entre 1156 e 1169, por D. Afonso Henriques, e renovado em
1515 por D. Manuel I. Barcelos, que foi elevada a cidade a 28 de agosto de 1928, do ponto de vista económico,
demográfico e urbanístico pouco evoluiu até à década de 60 do séc. XX, tal como o resto do país. É com a emigração
para a Europa, nos meados da década de 60 do século transato, mas particularmente com o 25 de Abril de 1974, que se
dá o início de um grande salto desenvolvimentista, para o qual muito contribuiu a integração de Portugal na União
Europeia e, particularmente, a aplicação da lei das autarquias locais, que conferiu aos municípios maior capacidade de
investimento.
Mapa do concelho de Barcelos
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4.2. Caraterização geo-demográfica
Com base nos dados presentes na Carta
Administrativa Oficial Portuguesa datada de 2013 a
população residente no concelho de Barcelos
correspondia a cerca de 238 637 pessoas. Na área
abrangida pelo Agrupamento de Escolas Rosa
Ramalho, que corresponde a 15 freguesias, a
população residente corresponde a 21.180 pessoas. A
área geográfica das freguesias que integram o
Agrupamento, assim como a respetiva população
residente, são as constantes do quadro que abaixo se
apresenta.
Fonte INE- População residente nas freguesias de
Barcelos 2013_CAOP2013_17 de outubro
4.3. Pessoal Docente
No ano letivo de 2017/2018, o corpo docente
no AE é formado por um total de 148 docentes, sendo
20 da educação pré-escolar, 60 do 1.º ciclo, 30 do 2.º
ciclo,31 do 3.º ciclo e 7 de educação especial. Deste
universo, 81% (120 docentes) pertencem ao quadro da
escola/agrupamento, 7,5% pertencem ao quadro de
zona pedagógica e 11,5% são docentes contratados.
80,5% são mulheres e 19,5% são homens.
Freguesia Área 2013
(Ha)
População
residente
Freguesia
Área 2013
(Ha)
População
residente
Adães 269,03 790
União de Freguesias de Chorente,
Góios, Courel, Pedra Furada e
Gueral
1609,17 2568
Airó 302,34 913
Macieira de Rates 784,95 2083
Alvelos 338,17 2145 Moure 254,31 925
União de Freguesias de Areias de
Vilar e Encourados 1016,77 1879
Pereira 384,81 1318
Barcelinhos 275,7 1781
Remelhe 612,41 1309
Carvalhal 257,98 1391
Rio Covo (Santa Eugénia) 313,41 1483
Carvalhas 349,45 691
Várzea 295,21 1904
União de Freguesias de Gamil e
Midões 583,55 1386
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4.4. Pessoal Não Docente
O pessoal não docente engloba 63
profissionais, sendo 55 assistentes operacionais, 7
assistentes técnicos, 1 técnica superior de psicologia
que distribui a sua ação por todos os níveis de ensino
neste Agrupamento.
4.5. Alunos
No ano letivo de 2017/2018 frequentam o
agrupamento um total de 1.687 alunos, distribuídos
pelos níveis e ciclos de ensino:
Neste mesmo ano, frequentam o Agrupamento
de escolas 83 alunos com necessidades educativas
especiais de carácter permanente apresentando
problemáticas de diversos domínios, nomeadamente
cognitivo, de linguagem, emocional e motor, 9
frequentam a unidade especializada de apoio à
multideficiência e 1 tem apoio educativo no domicílio.
4.6. Resultados Escolares
Ambiente escolar
Os docentes e não docentes valorizam o
ambiente educativo saudável, harmonioso, pautado pelo
respeito mútuo, solidariedade e sentido de
responsabilidade.
O bom comportamento dos alunos é
valorizado, numa relação de proximidade e respeito, na
qual os docentes e não docentes estimulam os alunos a
expressar as suas preocupações, opiniões e os seus
interesses.
Existem orientações explícitas para a atuação
segura e articulada entre os docentes e os assistentes
operacionais, diretores de turma e direção. As famílias
são envolvidas no acompanhamento das situações mais
problemáticas, visando o desenvolvimento adequado da
formação pessoal e social dos alunos.
Resultados académicos
Taxa de Sucesso nas Provas Finais do 9.º ano –2016/17
Disciplina Agrupamento Nacional (1)
Português 82,1% 75,5%
Matemática 80,6% 56,6%
Média das classificações das Provas Finais do 9.º ano – 2016/17
Disciplina Agrupamento Nacional (1)
Português 60% 58%
Matemática 65% 53%
(1)Fonte: relatórios do Júri
Nacional de Exames (JNE)
Da análise aos quadros é possível concluir
que, não obstante o contexto social, cultural e
económico menos favorecido em que o Agrupamento se
insere, os alunos obtêm, na avaliação externa de 9.º
ano, bons resultados nas provas finais de Português e
Níveis de ensino N.º de alunos
Pré-escolar 324
1.º Ciclo 728
2.º Ciclo 353
3.º Ciclo 282
Total 1 687
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Matemática, superando positivamente as taxas de
sucesso e as médias nacionais.
No ano letivo 2016/2017 concluíram o 9.º ano
de escolaridade sem registo de qualquer retenção no
seu percurso escolar 82,1% dos alunos. Os 66 alunos
que concluíram o 9.º ano vão prosseguir
estudos/formação (100%), pois encontram-se dentro da
escolaridade obrigatória. Destes, 84,9% escolheram
como primeira opção prosseguir estudos em escolas
secundárias e 15,1% escolheram como primeira opção
prosseguir estudos em escolas profissionais/outras
instituições.
Ainda no que concerne ao 9.ºano, a Direção
Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC)
e o Júri Nacional de Exames (JNE) lançaram um novo
indicador de sucesso: percursos diretos de sucesso.
O indicador dos percursos diretos de sucesso
entre os alunos do 3.º ciclo, mostra a percentagem de
alunos que tiveram um trajeto sem retenções nesse
ciclo (7.º e 8.º ano) e, cumulativamente, classificação
positiva nas provas finais de Português e de
Matemática.
Conforme se pode observar no quadro abaixo,
os alunos do Agrupamento que concluíram o 9.º ano em
2016/17 também registaram uma percentagem superior
à média nacional neste novo indicador de sucesso.
Percentagem de percursos diretos de sucesso em 2016/17
Agrupamento Rosa Ramalho (1)
Média Nacional
Alunos com nível escolar
semelhante, aos alunos do AE
Rosa Ramalho, à entrada no 3.º
ciclo(1)
Totalidade de alunos(2)
61% 48% 46%
(1) Fonte: DGEEC – Estatísticas de Ensino Básico (infoescolas.mec.pt)
(2) Fonte: Relatório da DGEEC e do JNE, datado de janeiro de 2018 “Provas finais e Exames nacionais – Principais indicadores – Ensino Básico e Secundário 2017”.
No ano letivo de 2016/17 a taxa do sucesso
escolar (transição/aprovação) situou-se em 98%, 100%
e 92,8%, no 1.º, 2.º e 3.º ciclo, respetivamente.
A taxa de sucesso pleno (transição com
aproveitamento a todas as disciplinas) situou-se em
90,7%, 85,3% e 67,0%, no 1.º, 2.º e 3.º ciclo,
respetivamente.
O quadro de excelência destaca alunos do 1.º
ao 3.º ciclo, que para além do bom comportamento e
assiduidade, obtenham excelentes resultados
escolares, traduzindo-se: no 1.º ciclo, na menção de
“Excelente” em pelo menos três das disciplinas; Nos 2.º
e 3.º ciclos, numa média de níveis igual ou superior a
4,5.
O Agrupamento reconhece ainda, aqueles
alunos que pelas suas atitudes positivas se salientem
pela excelência do seu comportamento cívico e social.
No ano letivo 2016/2017 o quadro de mérito abrangeu
1 aluno do 1.º ciclo, 8 e 11 alunos do 2.º e 3.ºciclo,
respetivamente.
Nível de Ensino Taxa de sucesso
escolar Taxa de
sucesso pleno
1.º Ciclo 98% 90,7%
2.º Ciclo 100% 85,3%
3.º Ciclo 92,8% 67%
Nível de Ensino Alunos quadro de
excelência
1.º Ciclo 21,1%
2.º Ciclo 17,0%
3.º Ciclo 8,2%
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4.7. Famílias
O número de alunos apoiados pela Ação
Social Escolar (ASE), confirmam que uma parte
significativa de alunos é proveniente de famílias com
baixos recursos e baixa escolarização. Em 2017/18
cerca de 35% dos alunos recebem auxílios económicos
sob a forma de subsídio para refeições, livros e outro
material escolar (na educação pré-escolar só são
beneficiados os alunos do 1º escalão da Segurança
Social).
Com base no quadro ao lado, é possível
verificar que a grande maioria das mães dos nossos
alunos possuem o 2.º ciclo como formação académica,
enquanto que a maioria dos pais possuem o 3.º ciclo.
Com 12 anos de escolarização registam-se 8,6% das
mães e 10,37% dos pais.3,9% e 6,75% com formação
superior das mães e dos pais, respetivamente.
4.8. Associações de Pais
Quando todos os intervenientes no processo
educativo e, dentro deste, no processo de ensino e de
aprendizagem, assumem a sua corresponsabilidade,
estão constituídas as bases para o sucesso escolar das
crianças e jovens. Os pais e Encarregados de
Educação devem, cada vez mais, ser
consciencializados para o papel de relevo que exercem
no processo educativo dos seus educandos, sendo
necessário continuar a apelar a uma cada vez maior
participação/acompanhamento dos mesmos. Os
estabelecimentos de ensino que compõem este
Agrupamento têm Associações de Pais constituídas e,
na falta destas, existem representantes de pais e
encarregados de educação que participam nos órgãos
de gestão e administração das escolas do
Agrupamento.
4.9. Parcerias e protocolos
4.9.1. Dimensão local e regional
A existência de parcerias e protocolos de
cooperação é essencial para o sucesso de um Projeto
Educativo. O AE vem desenvolvendo um trabalho de
potenciação de sinergias e trabalho em rede com
algumas instituições da região. Na convicção de que os
desafios hoje postos à escola dificilmente obtêm
resposta apenas com os meios e recursos de que ela
dispõe, assume especial importância a mobilização de
outras instituições e, portanto, as parcerias que com
elas se estabeleçam. A abertura da escola à
comunidade deve basear-se num clima escolar de
estabilidade, dinâmico e otimista, e envolver as noções
de partilha, de responsabilidades e de participação,
assentes na ideia de que o sucesso educativo para
Nível de Ensino Alunos Subsidiados
Pré-Escolar 7,4%
1.º Ciclo 35,3%
2.º Ciclo 46,7%
3.º Ciclo 53,5%
Nível de Ensino Escolarização
das mães Escolarização
dos pais
1.º Ciclo 1,9% 1,3%
2.º Ciclo 12,16% 10,13%
3.º Ciclo 10,37% 13,21%
Secundário 8,6% 10,37%
Superior 3,9% 6,75%
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
14
todos só é possível com a colaboração de todas as
estruturas e contextos que constituem o mundo do
aluno, num processo que adeque o projeto pedagógico
às necessidades reais da comunidade, permitindo-lhe
uma apropriação dos processos de mudança e
reforçando a sua autonomia, a sua credibilidade social e
identidade. Este processo não poderá esquecer que o
aluno é o veículo privilegiado da comunicação entre a
escola e as famílias e a comunidade local em que ele se
insere. O estabelecimento de parcerias socioeducativas
deve traduzir a formalização da participação da
sociedade local nas questões da educação e permitir
reforçar a dimensão comunitária da ação educativa.
Deve, assim, a escola suscitar a participação ativa das
instituições do meio local na sua vida.
A Câmara Municipal de Barcelos constitui um
parceiro privilegiado uma vez que pertence à rede
portuguesa das cidades educadoras o que potencia a
educação escolar como um fator fundamental de
desenvolvimento local e regional. Assim são regulares
as iniciativas realizadas em articulação com o
município, nomeadamente com o Pelouro da Educação
e Cultura e também com a Biblioteca Municipal e o
Museu de Olaria. Ainda a este nível destacam-se as
juntas de freguesia, associações de pais e
encarregados de educação, cujas ações realizadas em
conjunto com o agrupamento produzem um forte
impacto na comunidade educativa dando visibilidade ao
trabalho realizado com os alunos e estreitando a
articulação escola/família/meio. A oferta curricular de
Ensino Articulado da Música, desenvolvida em parceria
com o Conservatório de Música de Barcelos, iniciou-se
no ano letivo de 2009/2010. Esta parceria tem vindo a
contribuir para o reforço da identidade da escola e para
a sua projeção da comunidade em termos de oferta
formativa. As audições musicais e outras atuações
proporcionadas por estas turmas enchem de satisfação
e orgulho todos os membros da comunidade escolar.
Outro parceiro privilegiado é o Centro de Saúde
de Barcelinhos que apoia o desenvolvimento do
Programa Regional de Educação Sexual e Saúde
Escolar(PRESSE), quer através da formação dos
docentes e não docentes, quer através de ações
concretas de esclarecimento e sensibilização junto dos
alunos. Refira-se ainda que a Associação dos
Bombeiros Voluntários de Barcelinhos, o Grupo
Folclórico de Barcelinhos e a Associação Amigos da
Montanha se apresentam como outros parceiros de
destaque com iniciativas regulares no/com o
agrupamento, integrando duas das instituições o
Conselho Geral do AE.
Uma das preocupações do Agrupamento tem sido
a inclusão educativa e social dos alunos com
Necessidades Educativas Especiais (NEE), no acesso e
sucesso educativo, a sua autonomia e a estabilidade
emocional, bem como a promoção da igualdade de
oportunidades, para promover o potencial de
funcionamento biopsicossocial. Assim, foram
estabelecidas parcerias com o objetivo de responder às
necessidades dos alunos, nomeadamente com a
Associação de Pais e Amigos da Criança Inadaptada
(APACI) e Centro Hípico Ir. Pedro Coelho - Areias de
Vilar, a Câmara Municipal de Barcelos e Fundação
EDP, através do “Projeto Canecas”, que envolve todos
os alunos com NEE, de entre os quais evidenciamos os
Currículo Específico Individual (CEI) e a Unidade de
Apoio Educativo para a Multideficiência (UAEM), a
Junta de Freguesia de Barcelinhos, Albergues de apoio
aos Caminhos de Santiago (Albergue do Grupo
Folclórico de Barcelinhos, Albergue dos Amigos da
Montanha e Albergue Cidade de Barcelos) e o OPEN B
– Oportunidades, Parcerias e Empreendedorismo no
Núcleo de Barcelos.
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
15
4.9.2. Dimensão europeia
O Programa Erasmus +, presente neste
Agrupamento desde 2015, surgiu com base nas
solicitações manifestadas pelos docentes da
comunidade escolar do Agrupamento Rosa Ramalho,
com vista a colmatar as carências não só a nível das
novas competências e conhecimentos profissionais
(necessários à concretização dos novos programas,
metodologias e técnicas de ensino...), mas também
como um contributo para o reconhecimento profissional
e desempenho de funções mais amplas no
Agrupamento.
Este Programa extravasa as fronteiras
nacionais pois o Agrupamento favorece a frequência de
ações de formação de âmbito europeu e internacional,
permitindo dar novos rumos às nossas escolas
nomeadamente através de perspetivar uma escola
moderna e atual, formando alunos para uma cidadania
europeia através de projetos europeus.
Assim, destacam-se os projetos em
desenvolvimento no nosso Agrupamento:
Projeto Erasmus+ KA2 – Learning for life -
Aprendizagem pela Descoberta e Múltiplas
Inteligências
Projeto Coordenado pelo Colégio Salesianos
Urnieta Salesiarrak do País Basco (Espanha) com as
seguintes parcerias: Universidade do País Basco
(Espanha), Instituição Pixel (Itália), escola “Liceul
ALEXANDRU CEL BUN" Botoșani (Roménia), escola
“Gimnazjumnr 3 im. Noblistow Polskich w Zespole
Szkolnr 2 w Swidniku” (Polónia) e Agrupamento de
escolas Rosa Ramalho (Portugal).
Projeto Erasmus+ KA2 - “Educação para o
Desenvolvimento Sustentável” 2017-2019
Projeto coordenado por uma escola alemã
(Oberschule Papenteich) com as seguintes parcerias:
uma escola da Roménia (Scoala Gimnazlala nº.79),
uma escola de França (Lycée Polyvalent Paul Mathou),
uma escola de Itália (II SS PUBLIO VIRGILIO
MARONE) e uma escola de Polónia (Zespol Szkolnr 2
im. Stanislawa Lema Gimnazjumnr 4) e o Agrupamento
Escolas Rosa Ramalho. Neste projeto está prevista a
mobilidade de docentes e de alunos.
Projeto Erasmus+ KA1 – “Escola: Ser
melhor, ser maior”
O projeto foi aprovado com 16 mobilidades
havendo 6 mobilidades para job shadowing nas áreas
da atividade: Matemática, Ciências Naturais e Físico-
química e Educação Especial; 10 mobilidades para
cursos estruturados nas áreas de atividade: Línguas
estrangeiras, Trabalho prático e experimental; Robótica;
Salas de aula do Futuro; Arte/música fora de sala de
aula; Educação formal/não formal; Gestão e avaliação.
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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II Parte
1. Oferta Educativa
O Agrupamento disponibiliza a seguinte oferta educativa e formativa: Educação Pré-escolar; Ensino básico em
regime regular (1.º, 2.º e 3.º ciclos); Ensino especializado da música no 2.º e 3.º ciclo, na modalidade de ensino articulado
e Unidade de Apoio Especializada à Multideficiência.
Uma oferta educativa de qualidade, em que o currículo é entendido como um projeto em construção, visando o
desenvolvimento integral de todos os alunos. Conceber uma escola de qualidade implica, assim, assumir o currículo
como um projeto global de cultura e de formação, que dê sentido e articule sequencialmente experiências educativas
concretas, tendo em vista a sua adaptação a todos os que as frequentam.
1.1. Educação pré-escolar
A Lei-Quadro da Educação Pré-escolar (Lei nº
5/97, de 10.02) estabelece como principio geral que a
“educação pré-escolar é a primeira etapa da educação
básica no processo de educação ao longo da vida,
sendo complementar da ação educativa da família, com
a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a
formação e o desenvolvimento da criança, tendo em
vista a sua plena inserção na sociedade como ser
autónomo, livre e solidário”.
A educação pré-escolar destina-se a crianças com
idades compreendidas entre os três anos e a entrada na
escolaridade obrigatória. Os Jardins de Infância
proporcionam às crianças uma educação pré-escolar
vocacionada para o seu desenvolvimento global,
pessoal e social e das formas de expressão e
comunicação através de linguagens múltiplas.
As áreas de conteúdo a desenvolver na educação
pré-escolar são constituídas pela Área de Formação
Pessoal e Social, a Área da Expressão e Comunicação
e a Área do Conhecimento do Mundo.
1.2. Ensino básico
Nível de ensino Anos de
escolaridade Idade
1.º ciclo 1.º - 4.º 6 – 10 anos
2.º ciclo 5.º - 6.º 10 – 12 anos
3.º ciclo 7.º - 9.º 12 – 15 anos
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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O ensino básico corresponde à primeira etapa
da escolaridade obrigatória, tem a duração de nove
anos, dos 6 aos 15 anos de idade e organiza-se em três
ciclos sequenciais, cujo currículo está estruturado em
áreas disciplinares e disciplinas. “O ensino básico visa
assegurar uma formação geral comum a todos os
portugueses, proporcionando a aquisição de
conhecimentos basilares que permitam o
prosseguimento de estudos.” Ponto 1, art.º 5.º Decreto-
Lei 139/2012, de 05.07.
O ensino básico compreende o ensino básico
geral, cursos do ensino artístico especializado, cursos e
educação e formação, percursos escolares alternativos
e os currículos específicos individuais.
1.2.1. Ensino Especializado da Música
A oferta curricular de Ensino Especializado da
Música, na modalidade de ensino articulado, é
desenvolvida em parceria com a escola de ensino
artístico especializado, o Conservatório de Música de
Barcelos. A esta instituição compete a organização do
currículo e a lecionação das disciplinas da componente
de ensino especializado. Por seu turno, à Escola Básica
Rosa Ramalho compete a organização do currículo e a
lecionação das áreas disciplinares e disciplinas da
formação geral. Para além das finalidades do ensino
básico presentes nas disciplinas do ensino básico geral,
as disciplinas da área vocacional visam proporcionar
aos alunos, a aquisição de um conjunto de
conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades
inerentes à área da música. Pretende-se assim,
proporcionar aos alunos que optam pela frequência do
ensino especializado da música, o aprofundamento da
educação musical e dos conhecimentos em ciências
musicais, proporcionando-lhes o domínio avançado da
execução dos instrumentos bem como das técnicas
vocais.
1.2.2. Outras ofertas formativas
Prosseguindo os princípios e objetivos expressos
na Lei de Bases do Sistema Educativo, pretendemos,
sempre que se justifique, criar as condições que
garantam o direito a uma justa e efetiva igualdade de
oportunidades, de modo a que os alunos consigam
obter sucesso no processo de escolarização básica
obrigatória.
Os cursos de educação formação, os percursos
curriculares alternativos visam desenvolver a
escolarização básica, promovendo a participação nas
atividades escolares, assimilação de regras de trabalho
de equipa, o espírito de iniciativa e o sentido de
responsabilidade dos alunos, levando os jovens a
adquirir conhecimentos e a desenvolver capacidades e
práticas que facilitem futuramente a sua integração no
mundo do trabalho.
Por outro lado, os alunos que optem pela
frequência destes cursos progridem para o ensino
profissional, ou Cursos de Educação Formação, ou
terão a possibilidade de regressar ao ensino regular no
início de estudos seguinte, após a realização das
provas finais de 9.º ano.
1.2.3. Currículos específicos individuais
A Educação Especial visa responder às
necessidades educativas especiais dos alunos com
limitações significativas ao nível da atividade e da
participação, num ou vários domínios da vida,
decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de
carácter permanente, resultando em dificuldades
continuadas ao nível da comunicação, da
aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do
relacionamento interpessoal e da participação social.
Tem por objetivos a inclusão educativa e social, o
acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a
estabilidade emocional, bem como a promoção da
igualdade de oportunidades, a preparação para o
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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prosseguimento de estudos ou para a adequada
preparação para a vida profissional e para uma
transição da escola para o emprego das crianças e dos
jovens com necessidades educativas especiais.
Os currículos específicos individuais,
pressupõem alterações significativas no currículo
comum, podendo as mesmas traduzir-se na introdução,
substituição e ou eliminação de objetivos e conteúdos,
em função do nível de funcionalidade da criança ou do
jovem. Esta medida educativa prevê a inclusão de
conteúdos conducentes à autonomia pessoal e social
do aluno e dá prioridade ao desenvolvimento de
atividades de cariz funcional centradas nos contextos de
vida, à comunicação e à organização do processo para
a vida pós escolar.
A Unidade de apoio especializada à
multideficiência destina-se à frequência de alunos dos
10 aos 18 anos de idade, e está integrada na rede de
unidades especializadas para apoio à inclusão de
alunos com multideficiência no concelho de Barcelos.
Procura-se oferecer uma resposta educativa de
qualidade, promovendo a participação dos alunos com
multideficiência nas atividades curriculares, entrosando
com os seus pares da turma. Procede-se às
adequações curriculares necessárias, à utilização de
metodologias e estratégias de intervenção
interdisciplinar, ao desenvolvimento de apoios
específicos ao nível das terapias (fala, ocupacional,
fisioterapia), da psicologia, da orientação e da
mobilidade, estimula-se a participação dos
pais/encarregados de educação, visando a integração
social e escolar e o desenvolvimento integral dos alunos
com multideficiência.
2. Oferta Complementar
2.1. 1.º Ciclo
Oficina de projeto
Para o 1.º Ciclo é definido um eixo de
temáticas interdisciplinares e transdisciplinares, nos
domínios das literacias artísticas, literárias, ambientais e
da cidadania interventiva. Para responder à formulação
de problemáticas pertinentes e desafiadoras, levantadas
pelos alunos, anualmente, será apontado um conjunto
de temas de âmbito genérico em coerência com as
delineações do Projeto Educativo e que sejam
considerados pertinentes, em articulação e
valorização das aprendizagens.
No entanto, dada a natureza do trabalho de
projeto e em particular a importância da iniciativa dos
alunos que queremos fomentar, estes temas assumem-
se apenas como meras sugestões/orientações. Esta
dinâmica valoriza o currículo, não somente por induzir
metodologias ativas de aprendizagem, mas também
pelo maior comprometimento dos alunos em relação ao
seu trabalho, resultante do espaço que lhes está
reservado quando é chegado o momento de decidir o
que aprender e como aprender.
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2.2. 2.º e 3.º Ciclos
Oficina de Projeto de Cidadania e
Desenvolvimento
A dinâmica da Oficina de Projeto de Cidadania e
Desenvolvimento pretende ir de encontro ao
preconizado no Projeto de Autonomia e Flexibilidade
Curricular. Esta disciplina visa o desenvolvimento do
trabalho de projeto, como dinâmica centrada no papel
dos alunos enquanto autores, proporcionando situações
de aprendizagem significativas, com contributo
interdisciplinar nomeadamente das disciplinas de
Cidadania e Desenvolvimento e TIC.
Oficina de Comunicação em Inglês
A Oficina de Comunicação em Inglês tem como
principal objetivo a promoção da interação
comunicativa, através da concretização de várias
atividades de fala, nomeadamente descrição de
imagens, debate de ideias, entrevista, diálogos sobre
temas pré-definidos e role-plays.
As atividades referidas surgem sempre integradas
nos conteúdos programáticos lecionados na respetiva
disciplina de Inglês, privilegiando-se o trabalho em
pares, sem descurar o incremento da autonomia de
cada aluno.
Oficina de Matemática
A Oficina de Matemática tem como principal
objetivo a consolidação de conteúdos lecionados na
disciplina de Matemática, sendo dado especial ênfase à
resolução de problemas com aplicação direta a
situações reais do quotidiano e resolução de provas
finais do 9.º ano. É privilegiado o trabalho em pares e
em pequeno grupo, o que proporciona um clima de
aprendizagem colaborativo e autónomo. O trabalho
desenvolvido nesta oficina pretende contribuir para o
sucesso académico dos alunos, quer ao nível da
avaliação interna, quer ao nível da avaliação exterior.
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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3. Educação Tecnológica
A tecnologia é parte intrínseca da vida do ser humano, não sendo possível contemplar a cultura e a obra sem a sua
presença. Neste contexto a disciplina de Educação Tecnológica, desenvolve no aluno o prazer pela compreensão do
objeto técnico, da tecnologia e dos processos de construção e fabrico. A disciplina de Educação Tecnológica no 3.º ciclo,
no 7.º 8.º ano, constitui um complemento à educação artística na área tecnológica, funcionando em organização
semestral (sempre que possível) com a disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação.
4. Complementos Curriculares
4.1. Componente Local e Regional do
Currículo
A identidade de uma comunidade, seja local,
regional ou nacional, constrói-se preservando a sua
cultura vista como um todo. A Escola deverá ter um
papel fundamental na preservação “desta” cultura,
através da sensibilização dos jovens para a proteção do
património da sua localidade/região/mundo,
estimulando-os a participar ativa e criativamente sobre
ele. O estudo da História Local e Regional, em Estudo
do Meio (1.º ciclo) e História e Geografia (2.º e 3.º
ciclos), com atividades de abordagem direta e seguindo
uma metodologia projetual potencializa-se uma melhor
compreensão do meio, do papel dos vestígios históricos
e das técnicas de pesquisa e investigação. Uma vez
que a Geografia procura responder às questões que o
Homem levanta sobre o Meio Físico e Humano,
utilizando diferentes escalas de análise, as
características inerentes à disciplina fundamentam a
decisão de trabalhar a componente local em diversas
unidades temáticas.
4.2. Componente Experimental
O reforço do desenvolvimento da componente
experimental das ciências, na área do Conhecimento do
Mundo (pré-escolar) no Estudo do Meio (1.º ciclo) e nas
Ciências Naturais e Físico-Químicas (2.º e 3.º ciclos),
concretizado na realização de atividades
experimentais/laboratoriais, permite estimular para a
importância da cultura científica. Permite ainda, criar
contextos propícios e estimulantes de aprendizagens,
envolvendo os alunos nas atividades práticas e
experimentais.
4.3. Componente Artística
A Educação Estética e Artística é também uma
pretensão deste agrupamento, nos diferentes níveis de
ensino, valorizando-se os domínios das diferentes
formas de arte em contexto escolar: artes visuais,
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dança, música e teatro, e sempre que possível, com o
estabelecimento de parcerias com as diferentes
Instituições Culturais (museus, teatros, conservatório,
entre outras). Nas componentes curriculares,
desenvolve-se sob a forma de vivências e experiências,
bem como de atividades lúdicas. São criados e
produzidos diversos projetos/produtos que fazem parte
de mostras, exposições, visitas e espetáculos para a
comunidade educativa. O objetivo é desenvolver nos
alunos a curiosidade, a imaginação e a
criatividade, de forma a lidarem melhor com os desafios.
Pretende-se assim que alunos, professores e
famílias desenvolvam o gosto pela Arte, criem hábitos
culturais e valorizem a Arte como uma forma de
conhecimento no desenvolvimento do ser humano.
4.4. Oficina de Literacia e Comunicação de Português
A Oficina de Literacia e Comunicação de Português, que se desenvolve num dos tempos letivos da disciplina de
Português, visa desenvolver a capacidade de comunicação escrita dos alunos, pela realização de exercícios de redação
de diferentes tipos de texto, tais como: descritivo, narrativo, de opinião, argumentativo.
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5. Projetos de desenvolvimento curricular/interdisciplinar
Na educação pré-escolar e no ensino básico desenvolvem-se projetos de desenvolvimento curricular, envolvendo
os alunos dos vários estabelecimentos de ensino.
São ainda definidos temas integradores por ano de escolaridade, visando a promoção de práticas de gestão
curricular mais articulada e de trabalho interdisciplinar, cuja concretização se materializa anualmente no Plano de
Atividades
6. Apoios Educativos
A implementação de medidas de promoção do
sucesso escolar dos alunos, nomeadamente o apoio ao
estudo e o apoio educativo em disciplinas estruturantes,
visa garantir a aquisição, consolidação e
desenvolvimento dos conhecimentos e das capacidades
dos alunos, de acordo com os programas e as metas
curriculares do ensino básico. Proporciona-se aos
alunos uma maior diversidade de oportunidades de
aprendizagem, tarefas e tempos de trabalho, de forma a
promover o sucesso e a prevenir a retenção.
O apoio educativo no 1.º ciclo, é prestado nas
disciplinas de português, matemática e estudo do meio,
desenvolvendo-se em coadjuvação ao professor titular
de turma. No 2.º e 3.º ciclo, desenvolve-se como
complemento curricular, nas disciplinas de Português,
Inglês e Matemática. Com o apoio ao estudo no 1.º e 2.º
ciclo, nas diversas áreas/disciplinas, pretende-se, uma
vez mais, prestar um maior acompanhamento aos
alunos, criando contextos de trabalho onde estes
possam apresentar as suas dificuldades e colocar as
suas dúvidas, de forma personalizada e de acordo com
o seu ritmo de aprendizagem.
Sempre que necessário e integradas nas
orientações da política educativa serão adotadas outras
medidas de promoção do sucesso educativo que
favoreçam a igualdade de oportunidades,
nomeadamente a criação de turmas mistas, e/ou grupos
de homogeneidade relativa em disciplinas estruturantes,
tendo em vista colmatar dificuldades de aprendizagem
ou desenvolver capacidades, e a coadjuvação em sala
de aula, incrementando a cooperação entre docentes e
a qualidade do ensino.
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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7. Apoio Tutorial Específico
Todos os alunos do 2.º e 3.º ciclo que ao longo
do seu percurso escolar registem duas ou mais
retenções, independentemente da tipologia de cursos
que frequentem, beneficiam de apoio tutorial específico.
Esta medida constitui-se como um recurso adicional,
visando a diminuição das retenções e do abandono
escolar precoce e consequentemente, a promoção do
sucesso educativo. O Apoio Tutorial Específico visa
levar os alunos a: definir ativamente objetivos; decidir
sobre estratégias apropriadas; planear o seu tempo;
organizar e priorizar materiais e informação; mudar de
abordagem de forma flexível; monitorizar a sua própria
aprendizagem; e fazer os ajustes necessários em novas
situações de aprendizagem.
8. Enriquecimento da Aprendizagem
Considerando que o Currículo deve ser enriquecido por outras vertentes, para além da oferta educativa formal,
funcionam, também, no agrupamento diversos clubes e projetos.
Estas estruturas oferecem aos alunos oportunidades de valorização pessoal e de ocupação dos tempos livres,
constituindo dispositivos de consolidação e de enriquecimento das aprendizagens curriculares, ao mesmo tempo que se
assumem como formas de educação para uma cidadania mais informada e participativa.
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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1.º ciclo do ensino básico
Atividades Lúdico-Expressivas/Desportivas
Iniciação à programação e Robótica
2.º e 3.º ciclos do ensino básico
“Oficina de Escrita” - Revista do Agrupamento
Clube Europeu
Clube de Teatro
Web Rádio Escolar RR
Projeto Canecas
Clube Erasmus
Clube da Robótica
Clube Gen10S
Desporto Escolar (Futsal masculino e feminino, BTT, Badminton, Atividade interna: desporto inter-turmas).
9. Componente de apoio à família:
educação pré-escolar e 1.º ciclo
As atividades de animação e apoio à família na
educação pré-escolar e a componente de apoio à
família no 1.º ciclo do ensino básico constituem uma
resposta às necessidades das crianças e das famílias,
visando o acompanhamento diário das crianças antes
e/ou depois das atividades escolares e nos períodos de
interrupção letiva. Esta valência é planificada pelo AE,
articulando com o Município de Barcelos e as
Associações de Pais/Juntas de Freguesia, competindo
aos docentes assegurar a supervisão pedagógica e o
acompanhamento da execução das atividades desta
resposta social.
III Parte
1. Pontos Fortes e Oportunidades de Desenvolvimento Futuro
1.1 Avaliação Externa das Escolas
Atendendo que a identificação da comunidade educativa com o Projeto Educativo passa pelo reconhecimento
deste como um instrumento de futuro, ou seja, de definição do que o Agrupamento pretende ser, procedeu-se a uma
reflexão sobre os “pontos fortes” e as “áreas de melhoria” da organização e do desempenho do Agrupamento, apontadas
no Relatório da Avaliação Externa das Escolas, datado de novembro 2011.
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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Pontos Fortes Áreas de Melhoria
A redução das taxas de abandono escolar, em resultado das medidas implementadas;
O bom comportamento e a participação ativa dos alunos na vida do agrupamento;
O recurso a metodologias ativas e experimentais nas aprendizagens e as iniciativas artísticas e comunitárias promotoras da valorização das aprendizagens e da formação integral dos alunos;
As práticas de monitorização e avaliação dos apoios educativos e dos resultados pelas lideranças intermédias;
A gestão dos recursos humanos centrada nas pessoas e nas suas competências profissionais;
A liderança da diretora, atenta e mobilizadora das lideranças intermédias e da participação dos encarregados de educação;
A abertura ao meio, estreitando a colaboração com a Câmara Municipal de Barcelos e outras entidades locais e regionais.
Os resultados escolares, particularmente os de Português na prova final do 9.º ano;
A consolidação da articulação vertical entre o 1.º e 2.º ciclo;
O acompanhamento e supervisão da prática letiva em sala de aula, enquanto processo de melhoria da qualidade do ensino e de desenvolvimento profissional.
Em virtude dos Planos de Melhoria que têm vindo a ser implementados e do Plano de Ação Estratégica para a
Promoção do Sucesso Escolar, que ainda vigora em 2017/18, e conforme consta nos Relatórios de Autoavaliação
institucional (Relatórios Anuais de Progresso), constata-se que, no que concerne às “áreas de melhoria” acima
apontadas, o Agrupamento tem alcançado resultados muito positivos:
Ao nível dos resultados escolares, particularmente os de Português na Prova Final do 9.º ano, estes têm vindo a
melhorar nos últimos anos letivos, uma vez que a taxa de sucesso e a média das classificações desta prova se
têm situado acima das verificadas a nível nacional, à semelhança da Prova Final de Matemática.
Ao nível da articulação vertical entre o 1.º e 2.º ciclo tem-se reforçado/consolidado esta articulação, quer ao nível
da parte curricular (nas reuniões para esse efeito), quer ao nível de atividades do PAA. Equipas de docentes do
1.º ciclo, nomeadamente do 4.º ano, colaboram na elaboração das turmas do 5.º ano. No início do ano letivo,
participam em reuniões de articulação com Delegados das áreas disciplinares e Coordenadores de
departamento, no sentido da articulação curricular, e ainda nas primeiras reuniões de conselho de ano do 5.º
ano, dando o seu contributo na caraterização das respetivas turmas, na análise das aprendizagens realizadas no
1.º ciclo e na definição de estratégias no sentido de promover a integração dos alunos. Os docentes de Inglês do
1.º ciclo articulam com os docentes de Inglês do 2.º e 3.º ciclo, nas reuniões desta área disciplinar.
Ao nível do acompanhamento e supervisão da prática letiva em sala de aula, enquanto processo de melhoria da
qualidade do ensino e de desenvolvimento profissional, continua a ser desenvolvida, sempre que se justifique, a
prática da coadjuvação de aulas. O acompanhamento e a supervisão está a ser efetuada no sentido de apoiar o
processo de aprendizagem dos alunos, proporcionando também a partilha de experiências entre os docentes.
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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1.2 Avaliação Interna do Agrupamento
No último Relatório Anual de Progresso, relativo ao ano letivo de 2016/17, elaborado no âmbito da avaliação
interna do Agrupamento, foram apontados, para cada domínio de avaliação, um conjunto de “pontos fortes” e
“fragilidades”. O trabalho a desenvolver futuramente passará, também, pela procura de superação dessas fragilidades.
Pontos Fortes Fragilidades
Domínio A – Resultados
Envolvimento de todos os jardins-de-infância na dinamização do Projeto, na área do conhecimento do mundo, “O cientista itinerante e o seu amigo robot”;
Atingida/superada a meta de sucesso (transição/aprovação) nos três ciclos do ensino básico;
Taxa de 100% de aprovação no 6.º ano. Subida significativa da taxa de transição no 7.º ano (12%); Subida da taxa de sucesso pleno no 1.º e 2.º ciclo; Subida da taxa de sucesso a Português e a Matemática; Subida significativa da taxa de sucesso a Matemática e Português, no 7.º ano; Superada a taxa contratualizada de sucesso a Inglês; Evolução positiva da taxa de transição dos alunos que usufruíram de um PAPI; Número de alunos que integraram o Quadro de Valor e Excelência; Taxas de sucesso nas Provas Finais de Português e Matemática do 9.º ano
superiores aos valores nacionais. Elevada diversidade e qualidade de projetos e atividades de enriquecimento
curricular e extracurricular; Agrado dos alunos na concretização das visitas de estudo, avaliada pelos mesmos,
nos três ciclos do ensino básico, com muito bom; Quadro competitivo do desporto escolar, com cinco grupos equipas e torneios entre
turmas.
Taxa de transição no 7.º ano aquém da meta contratualizada para o 3.º ciclo;
Descida da taxa de sucesso pleno no 3.º ciclo, ficando aquém da meta contratualizada;
Taxas de sucesso pleno no 1.º ciclo que se mantém aquém das metas contratualizadas;
Taxa de sucesso a Português, no 2.º e 3.º ciclo, ainda aquém da meta contratualizada.
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Domínio B – Prestação do Serviço Educativo
Auscultação e valorização do conselho de delegados de turma de 3.º ciclo; Aprofundamento das práticas de articulação intra e inter departamental e entre
ciclos; Projeto desenvolvido na educação pré-escolar de experimentação e robótica; Projetos desenvolvidos na educação pré-escolar e no 1.º ciclo, por temas
integradores, envolvendo todos os estabelecimentos dos respetivos departamentos; Dispositivos diversos no âmbito das estratégias de diferenciação pedagógica em
várias disciplinas, nomeadamente pela dinamização de Oficinas e práticas de coadjuvação;
Utilização de metodologias ativas no processo de ensino aprendizagem, nomeadamente na componente experimental das ciências;
Projetos interdisciplinares, por temas integradores, no 2.º e 3.º ciclo; Continuidade da diversificação da oferta curricular com a dinamização do Curso
Básico de Música.
Pouca evidência, nas atas dos conselhos de turma, do trabalho interdisciplinar realizado nas disciplinas envolvidas nos projetos dos temas integradores previstos no Plano de ação estratégica.
Domínio C – Liderança e Gestão
Desenvolvimento de ações conducentes à inclusão e desenvolvimento global dos alunos com necessidades educativas especiais;
Número de alunos não subsidiados que contribuíram para a constituição e beneficiaram dos manuais da Bolsa de empréstimo de manuais escolares;
Desenvolvimento de vários projetos pedagógicos, com base em protocolos de colaboração, com fontes de financiamento variadas, de valorização do serviço público de educação;
Elevada participação dos Pais e Encarregados de Educação nas atividades do Plano Anual de Atividades abertas à comunidade.
Diminuição do número de crianças da educação pré-escolar que consome diariamente leite escolar;
Ligeira redução da taxa de realização de aulas no 3.º ciclo.
1.3 Projeto de Autonomia e
Flexibilidade Curricular
O Projeto de Autonomia e Flexibilidade
Curricular(PAFC), enquanto instrumento de trabalho,
iniciou-se, no Agrupamento de Escolas, no ano letivo de
2017/18, em regime de experiência pedagógica, em
todas as turmas do 1.º e do 5.º ano de escolaridade
(exceto na turma do ensino articulado), prevendo-se um
alargamento sequencial e progressivo aos demais anos
de escolaridade. Como tal, os anos de escolaridade
envolvidos têm uma matriz curricular-base enquadrada
por este projeto. As componentes do currículo
Cidadania e Desenvolvimento e Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC) integram, pela
primeira vez, as matrizes do 1.º e do 5.º ano de
escolaridade.
O Agrupamento de escolas gere até 25% da
carga horária semanal inscrita nas matrizes
curriculares-base, por ano de escolaridade, com a
criação de domínios de autonomia curricular ou de
novas disciplinas, no âmbito da Oferta Complementar.
Como tal, foi implementada, no 2.º ciclo, a disciplina
“Oficina de Projeto de Cidadania e Desenvolvimento”,
abarcando de modo interdisciplinar aprendizagens
essenciais das disciplinas e dos temas propostos pela
Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania. Foi
também ponderada a existência, por período, de dias
letivos em que a metodologia de trabalho interdisciplinar
assentará no desenvolvimento de trabalho de
investigação, experimental e de projeto. A
reconfiguração da dinâmica curricular, centrada no
Projeto Educativo – 2017/2021 - Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho - Barcelinhos
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contexto sociocultural estende-se a todas as disciplinas
do currículo, com a participação ativa dos alunos no
desenvolvimento das temáticas abordadas, e orientadas
por equipas educativas.
Um dos princípios orientadores deste projeto é
a promoção da melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem, tendo por base as Aprendizagens
Essenciais definidas para cada disciplina, cuja respetiva
operacionalização pretende promover a articulação de
conhecimentos, capacidades e atitudes e o
desenvolvimento de ações estratégicas de ensino
orientadas para o Perfil dos Alunos à saída da
escolaridade obrigatória.
O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade
Obrigatória afirma-se como um documento de
referência para a organização de todo o sistema
educativo, contribuindo para a convergência e a
articulação das decisões inerentes às várias dimensões
do desenvolvimento curricular, no qual são elencados
princípios, valores e áreas de competências
consideradas essenciais: linguagens e textos;
informação e comunicação; raciocínio e resolução de
problemas; pensamento crítico e pensamento criativo;
relacionamento interpessoal; desenvolvimento pessoal
e autonomia; bem-estar, saúde e ambiente;
sensibilidade estética e artística; saber científico,
técnico e tecnológico; consciência e domínio do corpo.
2. Contrato de Autonomia
“A autonomia é a faculdade reconhecida ao agrupamento de escolas ou à escola não agrupada pela lei e pela administração educativa de tomar decisões nos domínios da organização pedagógica, da organização curricular, da gestão dos recursos humanos, da ação social escolar e da gestão estratégica, patrimonial, administrativa e financeira, no quadro das funções, competências e recursos que lhe estão atribuídos.”
(ponto n.1, do art.º 8.º, decreto-lei n.º 137/2012 de 02.07)
O Contrato de Autonomia, instrumento de
desenvolvimento e aprofundamento da autonomia,
negociado pelos órgãos de administração e gestão do
Agrupamento com a administração educativa é
entendido como o acordo celebrado entre a escola, os
serviços competentes do Ministério da Educação e
Ciência e, outros parceiros da comunidade, através do
qual são definidos compromissos e fixadas as
condições que viabilizam o desenvolvimento do Projeto
Educativo. O 1.º contrato de autonomia para o
desenvolvimento do Projeto Educativo do Agrupamento
data do ano letivo de 2007/2008 tendo sido reformulado
no ano letivo de 2012/2013.
Os Planos de Melhoria, que operacionalizam o
Contrato de Autonomia, abrangem a instituição escolar
como um todo, pressupondo-se que sejam elaborados
de forma participada pelos docentes sob a coordenação
do Conselho Pedagógico, sendo que o enfoque de
trabalho aponta para a melhoria dos resultados
escolares dos alunos.
O exercício da autonomia pressupõe a
implementação de lideranças distribuídas entre
diferentes atores educativos na assunção de
compromissos no prosseguimento das metas a alcançar
durante a vigência do contrato de autonomia.
A monitorização do respetivo contrato tem sido
desenvolvida através de procedimentos de
autoavaliação institucional e de avaliação externa. Os
domínios da autonomia, para os quais se propõem
compromissos, abrangem essencialmente os domínios
da organização pedagógica e curricular, e da ação
social escolar.
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3. Metas Globais a Alcançar
Face ao diagnóstico traçado, e considerando os princípios educativos enunciados, pretende-se com este projeto
atingir as metas globais que a seguir se discriminam:
Valorizar a escola pública, enquanto instituição plural, multicultural e inclusiva;
Desenvolver o currículo escolar tendo por objetivos prioritários a melhoria das experiências educativas dinamizadas e o incremento da aprendizagem dos alunos;
Acompanhar de forma eficaz o percurso escolar dos alunos, na perspetiva de promoção da qualidade educativa e no adequado enquadramento educativo e curricular, em consonância com os interesses e necessidades dos alunos, de forma a assegurar o cumprimento, com sucesso, do percurso escolar educativo;
Aprofundar a autonomia através da elaboração conjunta do Regulamento Interno, Projeto Educativo e Plano de Estudos e de Desenvolvimento Curricular do Agrupamento, com uma identidade comum que possam ser reconhecidos e partilhados por todas as escolas.
4. Objetivos Operacionais
Os objetivos operacionais definidos na cláusula 2 do Contrato de Autonomia, celebrado em 15/02/2013, são:
Domínios Objetivos operacionais a)
A Resultados
2. Aumentar/consolidar as taxas do sucesso escolar, de transição/aprovação: 1.º ciclo nos 98%; 2.º ciclo de 96% para 98%; 3.º ciclo de 88% para 92%;
3. Aumentar as taxas de sucesso pleno: 1.º ciclo, de 93,5% para 96%; 2.º ciclo, de 77,0% para 83%; 3.º ciclo de, 63,4% para 70%;
7. Aumentar as taxas de sucesso, no 2.º e 3.º ciclo, nas disciplinas de: Inglês de 83,6% para 90%; Português de 83,2% para 90%; Matemática de 80,2% para 86%.
9. Atingir ou aproximar o abandono escolar de 0%.
B Prestação
do serviço
educativo
1. Adaptar ou desenvolver modelos pedagógicos alternativos e inovadores com as consequências respetivas na organização do tempo, do espaço, dos métodos de ensino, dos materiais e da avaliação de todos os elementos organizativos, no respeito pelos objetivos do sistema nacional de educação.
4. Adaptar e diversificar as ofertas formativas no 2.º e 3.º ciclo, criando vias adequadas às necessidades e expetativas de formação dos alunos, despertando e desenvolvendo aptidões em diferentes atividades vocacionais direcionadas para diferentes perfis de alunos, no respeito pelos objetivos do sistema nacional de educação.
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5. Integrar as componentes locais e regionais no currículo dos alunos na área disciplinar de Estudo do Meio, no 1.º ciclo, na disciplina de História e Geografia de Portugal, no 2.º ciclo, e nas disciplinas de História e Geografia, no 3.º ciclo, respeitando os núcleos essenciais definidos a nível nacional.
6. Desenvolver ao longo do ensino básico mecanismos de diferenciação pedagógica no apoio à aprendizagem e desenvolvimento de métodos de estudo, complementares à matriz curricular de cada ano de escolaridade.
8. Desenvolver mecanismos de recuperação de aprendizagens em disciplinas nas quais os alunos não obtiveram sucesso em finais do ano letivo e que condicionam a transição dos mesmos.
C Liderança
e gestão
10. Dinamizar as valências terapêuticas e apoios (terapia da fala, terapia ocupacional e fisioterapia) para alunos com necessidades educativas especiais, desenvolvida por técnicos especializados do Centro de Recursos para a inclusão (CRI).
11. Debelar situações económico-sociais que condicionem o acesso e sucesso escolar estabelecendo, quando necessário protocolos de colaboração com outras instituições e associações da comunidade local.
12. Organizar os horários do pessoal docente de forma a assegurar a totalidade das aulas previstas nos horários dos alunos:
12a. Aproximar a taxa de realização de aulas a 100%.
13. Estabelecer protocolos de colaboração com outros estabelecimentos, instituições de ensino superior, associações profissionais, tendo em vista o desenvolvimento do plano de formação do pessoal docente e não docente.
14. Estabelecer protocolo de colaboração com instituição de ensino superior visando o apoio externo no desenvolvimento do processo de autoavaliação institucional e implementação de projetos de melhoria.
a) A numeração dos objetivos está de acordo com a ordem dos objetivos operacionais definidos na cláusula 2 do Contrato de
Autonomia.
O trabalho desenvolvido nos últimos anos revela um esforço significativo do Agrupamento de escolas e dos seus
profissionais, com repercussões positivas na melhoria dos resultados académicos e num aumento das aprendizagens dos
alunos, traduzida numa evolução favorável do serviço de educação prestado. Assim, constata-se ter havido uma evolução
muito positiva do grau de progresso dos objetivos operacionais contratualizados e das respetivas metas, propondo-se
para um horizonte de quatro anos a consolidação dos mesmos. O ponto de situação atual, com base na média obtida nos
últimos quatro anos letivos, ou seja, nos anos posteriores à celebração do 2.º Contrato de Autonomia, é a seguinte:
Relativamente ao A2, no 1.º ciclo, a taxa se sucesso escolar é de 97,9%; no 2.º ciclo de 98,9%; no 3.º ciclo de 91,9%, concluindo-se que os objetivos inicialmente estabelecidos foram atingidos no 1.º e 3.º ciclo e superados no 2.º ciclo.
Quanto ao A3, no 1.º ciclo a taxa de sucesso pleno situa-se nos 91,3%; no 2.º ciclo nos 83,2% e no 3.º ciclo nos 66,9%, concluindo-se que no 1.º ciclo a taxa de sucesso pleno está aquém do ponto de partida (93,5%) e no 3.º ciclo está no nível intermédio, tendo a taxa sido atingida no 2.º ciclo.
Quanto ao A7, a taxa de sucesso de Inglês é de 90,0%, de Português é de 86,3% e de Matemática de 82,9%, concluindo-se que a taxa de sucesso da disciplina de Inglês foi alcançada, estando as taxas de sucesso de Português e de Matemática no intervalo inicialmente contratualizado.
Relativamente ao B8, verifica-se atualmente a inexistência desta necessidade.
Quanto ao C14, considera-se que esta necessidade foi ultrapassada.
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5. Áreas prioritárias de intervenção
Tendo em conta os princípios educativos referidos, o diagnóstico elaborado e compromissos, emergiram três
áreas e vertentes de intervenção que irão ser desenvolvidas de 2017 a 2021:
A. Melhoria do Processo Ensino/Aprendizagem e Qualidade do Sucesso O Agrupamento de Escolas presta um serviço público, no qual o acesso à escola expressa-se pela não discriminação de qualquer espécie e pela obrigação de garantir igual acesso a todas as crianças e jovens. Relativamente ao sucesso educativo, de todos e de cada um dos alunos, é um objetivo incontornável deste Agrupamento e concretiza-se pela qualidade das políticas educativas e do currículo desenvolvido em que se insere, quando necessário, a oferta de vias educativas e formativas alternativas.
B. Reforço do Desenvolvimento pessoal e social dos alunos (Saber Estar e Relacionar-se com os Outros) A escola, independentemente da via de formação que os alunos prossigam, tem por missão formar cidadãos autónomos, responsáveis, solidários e dotados de espírito crítico e criativo. A educação na e para a cidadania, valorizando a compreensão do outro no respeito pelos valores do pluralismo e compreensão mútua, é um objetivo da escola pelo que entendemos como fundamental dar maior intencionalidade aos domínios de educação para a cidadania e do desenvolvimento sustentável.
C. Fomento da participação na relação Escola/Família/Comunidade Para tornar os estabelecimentos de educação e ensino mais próximos das famílias e da comunidade em que se inserem, dando visibilidade ao trabalho ai desenvolvido, torna-se necessário melhorar os canais de comunicação e, definir processos de divulgação das atividades constantes no Plano Anual de Atividades. O conhecimento da realidade envolvente por parte dos docentes e não docentes é, também, prioritário para o estreitar de parcerias com outras instituições locais que possam colaborar com os estabelecimentos.
Vertentes e estratégias de intervenção
Área de intervenção: Melhoria do processo ensino aprendizagem e qualidade do sucesso
Vertentes de intervenção Estratégias
Oferta educativa e formativa
- Diversificação e divulgação da oferta curricular/educativa/formativa, adequando-a às necessidades dos alunos e da comunidade.
- Construção de projetos educativos e formativos de modo consciente e responsável com os alunos em risco de abandono escolar.
- Apoiar os alunos na escolha dos seus percursos formativos. - Divulgação atempada e com eficácia da oferta educativa do Agrupamento em colaboração
entre os SPO e a Direção. - Conceber e executar projetos de intervenção primária de absentismo, abandono e
insucesso escolar.
Projetos e planos
- Elaboração do Plano de Estudos e de Desenvolvimento Curricular (PEDC) de acordo com as linhas orientadoras do PE, as orientações curriculares/metas de aprendizagem adequando-o à especificidade do contexto sócio cultural local.
- Elaboração de Planos Curriculares de Grupo/Turma (PCG/T) de acordo com as orientações curriculares/programas e metas de aprendizagem currículo e as orientações do PEDC, adequando-os, na sua conceção e desenvolvimento às necessidades educativas de cada grupo/turma.
- Desenvolvimento de Projetos que impliquem o uso da língua Inglesa nas atividades de intercâmbio.
- Promoção de projetos e planos de apoio psicopedagógico a de orientação escolar/vocacional.
- Promoção de projetos e planos de incentivo ao sucesso e de promoção de comportamentos saudáveis.
- Desenvolvimento de projetos de promoção da literacia digital.
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Articulação
- Acompanhamento do processo de aprendizagem / avaliação dos alunos na mudança de nível e de ciclo pelo docente titular de turma ou diretor de turma.
- Planificação do currículo e das atividades de enriquecimento curricular com a colaboração de docentes de outros ciclos.
- Desenvolvimento de projetos/atividades interdisciplinares entre as turmas / anos de escolaridade / ciclos.
Processo ensino e aprendizagem
- Aproximação do número de aulas previstas ao número de aulas realizadas. - Promoção de uma cultura de sucesso desenvolvendo ações nesse sentido. - Proceder à diferenciação pedagógica e respetivas adequações curriculares, a fim de
promover a motivação e o sucesso dos alunos. - Implementar estratégias de aula que visem a aquisição de metodologias de trabalho e a
superação de possíveis dificuldades dos alunos, considerando a planificação das áreas/disciplinas.
- Abordar os conteúdos de cada área do saber, associando-os a situações e problemas presentes no quotidiano da vida do aluno ou presentes no meio sociocultural e geográfico em que se insere, recorrendo a materiais e recursos diversificados.
- Organizar o ensino prevendo a experimentação de técnicas, instrumentos e formas de trabalho diversificados, promovendo intencionalmente, na sala de aula ou fora dela, atividades de observação, questionamento da realidade e integração de saberes.
- Estimular para a importância da cultura científica através do reforço do desenvolvimento do ensino experimental das ciências naturais e físico-químicas, concretizado na realização de atividades laboratoriais.
- Valorização das componentes loca e regionais nomeadamente nas áreas disciplinares de estudo do Meio, Historia e Geografia de Portugal 2º ciclo, Geografia e História do 3.º Ciclo.
- Organizar o ensino prevendo a utilização crítica de fontes de informação diversas e das tecnologias da informação e comunicação.
- Utilização de metodologias investigativas sobre, pelo menos, um tema de História e Geografia, em cada turma/ano de escolaridade.
Avaliação
- Aplicar critérios de avaliação predefinidos e claros, dando a toda a avaliação uma dimensão formativa, integrando-a sistematicamente no processo de ensino e aprendizagem.
- Valorização, na avaliação das aprendizagens do aluno, do trabalho de livre iniciativa, incentivando a intervenção positiva no meio escolar e na comunidade.
- Articulação da avaliação das diferentes áreas/disciplinas através do Plano Curricular de Turma, de modo a obter um conjunto coerente e exequível.
Resultados escolares
- Aumento da taxa e da qualidade de sucesso em todas as disciplinas (sucesso pleno - alunos com aprovação a todas as disciplinas).
- Reconhecimento e valorização do mérito dos alunos do ensino básico.
Apoios educativos - Dinamizar apoios educativos, no sentido de prestar maior acompanhamento aos alunos,
em especial aqueles que apresentam maiores dificuldades;
Área de intervenção: Melhoria do desenvolvimento pessoal e social dos alunos.
Vertentes de intervenção Estratégias
Formação pessoal e social
- Promover comportamentos e atitudes de cidadania– assente numa lógica de participação e de corresponsabilização - que favoreçam o desenvolvimento de competências pessoais e sociais e o estabelecimento de relações interpessoais de solidariedade e de entreajuda.
- Promover a aquisição de conhecimentos e competências pessoais para a promoção da saúde, a nível da alimentação saudável, educação sexual e prevenção do uso de substâncias aditivas.
- Desenvolver no aluno o respeito por si próprio e pelo outro, promovendo o espírito de grupo/equipa.
- Organizar e desenvolver atividades cooperativas de aprendizagem, orientadas para a integração e troca de saberes, a tomada de consciência de si, dos outros e do meio e a realização de projetos intra ou extraescolares.
- Promover de modo sistemático e intencional, na sala de aula e fora dela, atividades que permitam ao aluno fazer escolhas, confrontar pontos de vista, resolver problemas e tomar decisões com base em valores.
- Criar nas escolas espaços e tempos para que os alunos intervenham livre e responsavelmente.
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Participação na vida escolar
- Dinamização de assembleias de alunos, para fomentar a participação dos mesmos nas dinâmicas escolares.
- Participação dos alunos no planeamento, organização e avaliação do Plano Anual de Atividades.
Ambiente escolar
- Implementação da componente curricular de Cidadania e Desenvolvimento numa abordagem de Whole-school Approacch (a escola no seu todo).
- Promoção de estratégias para reforçar a confiança e a autoestima dos alunos. - Consciencializar e responsabilizar, toda a comunidade escolar, para a preservação e
respeito pelos espaços, equipamentos e materiais. - Promover momentos de debate de forma a atenuar as barreiras entre alunos dos
diferentes ciclos. - Potenciar a ocupação dos tempos livres dos alunos, dinamizando os jogos de recreio e as
Bibliotecas Escolares como espaço privilegiado de estudo, pesquisa, promoção da leitura e escrita, acesso a livros, jornais, revistas, DVDs e internet.
- Promoção de atividades de enriquecimento curricular e semanas e dias de cariz pedagógico-cultural.
Espaços educativos
- Melhorar as condições de conforto nas salas de aula. - Aumentar o número de recursos e equipamentos tecnológicos. - Melhorar os espaços exteriores, com aumento de equipamentos e jogos de recreio.
Área de intervenção: Aprofundar a relação Escola/Família/Comunidade
Vertentes de intervenção Estratégias
Relação Escola/família
- Utilizar o Plano Curricular de Turma e as sínteses descritivas como instrumento de comunicação e de envolvimento dos pais e encarregados de educação.
- Desenvolvimento de políticas de atendimento dos pais e encarregados de educação e implementar novas formas de comunicação, nomeadamente recorrendo à internet.
- Realizar atividades de índole sociocultural e/ou científica que envolvam os pais/encarregados de educação que apelem à sua vinda à escola.
- Realizar ações de formação, seminários específicos para os encarregados de educação com técnicos especializados, de outras entidades locais.
Relações institucionais
- Promover protocolos com instituições locais em benefício do desenvolvimento dos projetos pedagógicos de qualidade.
- Promover protocolo com o Conservatório de Música de Barcelos para o desenvolvimento do Ensino Especializado da Música, em regime articulado.
- Continuar a estabelecer protocolos com a Associação de Pais e Amigos de Crianças Inadaptadas e com as organizações empresariais para satisfazer as necessidades de formação dos alunos abrangidos pela educação especial.
Canais de Comunicação
- Formalizar convites para os encarregados de educação de modo a incitar que estes participem nas diferentes atividades, nomeadamente, colaborando na elaboração da Revista do Agrupamento, através da publicação de notícias e artigos de opinião.
- Dinamizar a página Web do Agrupamento, tornando-o um verdadeiro espaço de comunicação interna e externa.
- Utilizar SMS e o contacto telefónico e pessoal como forma de transmissão de informação. - Utilização das plataformas eletrónicas como forma de transmissão de informação e de
interação institucional.
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Contributo dos Alunos e Pais/EE para a definição das vertentes de intervenção
Ainda no que concerne às áreas prioritárias de
intervenção, as vertentes de intervenção delineadas e
respetivas estratégias, também tiveram em
consideração os resultados de um questionário aplicado
a 200 alunos, sendo 55 do 1.º ciclo (4.º ano) e 145
alunos do 2.º e 3.º ciclo, e outro aplicado a 147
pais/encarregados de educação de crianças/alunos do
Agrupamento de Escolas (28 do pré-escolar e 119 do
ensino básico), no ano letivo de 2017/18.
O objetivo da aplicação destes questionários
foi aferir o grau de satisfação de alunos e de
pais/encarregados de educação relativamente a vários
aspetos da vida escolar. A sua elaboração teve por
base questionários aplicados no âmbito na última
Avaliação Externa das Escolas.
Da análise efetuada aos resultados dos
questionários, realçam-se, de seguida, alguns aspetos
considerados mais relevantes para a definição das
áreas prioritárias de intervenção.
Alunos
No que concerne à área de intervenção
“Melhoria do desenvolvimento pessoal e social dos
alunos”, foram delineadas algumas vertentes e
estratégias que pretendem dar resposta a alguns
aspetos considerados menos positivos na opinião dos
alunos, nomeadamente no que respeita aos “Espaços
educativos” e à “Participação na vida escolar”.
Contudo, os alunos responderam
favoravelmente à maioria das questões colocadas,
tendo de igual forma as suas opiniões justificado
algumas vertentes e estratégias delineadas na área de
intervenção “Melhoria do processo de ensino
aprendizagem e qualidade do sucesso”, nomeadamente
“Processo de ensino e aprendizagem” e “Avaliação” e
na área de intervenção “Melhoria do desenvolvimento
pessoal e social dos alunos” a vertente “Ambiente
escolar”.
Pais/Encarregados de Educação
Os pais/EE responderam muito positivamente à
maioria das questões colocadas, nomeadamente no
que respeita à “relação escola/família” (particularmente
os do Pré-Escolar), reforçando-se esta vertente na área
de intervenção” Aprofundar a relação
Escola/Família/Comunidade”.
Destaca-se, ainda, a satisfação com o
“processo de ensino e aprendizagem” e com os
“resultados escolares”, pelo que se procedeu também a
um reforço destas vertentes no âmbito da área de
intervenção “Melhoria do processo de ensino
aprendizagem e qualidade do sucesso”.
Na área de intervenção “Melhoria do
desenvolvimento pessoal e social dos alunos”, a
vertente “Ambiente escolar” também espelha a
satisfação dos pais/EE, face às suas respostas no
questionário. Ainda no que concerne a esta área de
intervenção, mas no que respeita aos “Espaços
educativos”, os pais/EE também partilham da mesma
opinião dos alunos, uma vez que responderam menos
positivamente às questões relacionadas com esse
assunto, o que veio justificar, ainda mais, as estratégias
delineadas para esta vertente de intervenção.
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6. Plano Anual de Atividades e de
Formação
Este PE concretiza-se através do Plano de
Estudos e de Desenvolvimento Curricular (PEDC), do
Plano Anual de Atividades (PAA) e do Plano de
Formação (PF). Em cada ano letivo é elaborado um
plano de execução prevendo as ações prioritárias, as
estratégias e os indicadores de avaliação.
O PEDC, o PAA e o PF são instrumentos de
planeamento da função educativa, nos quais são
definidos em função deste Projeto Educativo, os
objetivos, as formas de organização e de programação
das atividades, identificando os recursos necessários à
sua execução. O PEDC é o documento que contempla
para o AE a definição das opções de gestão pedagógica
e curricular, a oferta educativa, o processo e critérios de
avaliação das aprendizagens dos alunos, os projetos,
as parcerias e as colaborações com outras instituições.
No Plano Anual de Atividades, a partir de temas
integradores, planeiam-se um conjunto de ações
interdisciplinares que motivam toda a comunidade
educativa para a concretização de um projeto comum.
Anualmente será elaborado, também, o Plano
de Formação do Agrupamento, de acordo com as
necessidades do plano de melhoria, em parceria com o
Centro de Formação de Associação de Escolas,
instituições de ensino superior, e sob de candidatura a
financiamento ao programa Erasmus+ no âmbito dos
projetos de educação e formação.
7. Avaliação de Projeto
A avaliação tem como objetivo a recolha de dados com o fim específico de fornecer informações sobre o objeto
que está a ser avaliado. Concretiza-se pela avaliação anual do PEDC, do PAA e do PF. Será utilizado o referencial da
avaliação externa das escolas, nomeadamente os três domínios: Resultados; Prestação do Serviço Educativo; Liderança
e Gestão.
Finalidades da Autoavaliação Institucional
Entre outras finalidades da autoavaliação institucional, destacam-se as seguintes:
Colocar a avaliação ao serviço da melhoria e desenvolvimento organizacional do Agrupamento e do reforço da capacidade para desenvolver a sua autonomia.
Desenvolver processos de reflexão e debate que sustentem o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria do grau de progresso dos objetivos gerais e estratégicos do Contrato de Autonomia.
Apresentar o Relatório anual de autoavaliação aos órgãos de administração e gestão, à administração educativa, à autarquia e comunidade educativa.
Sustentar as ações de melhoria.
Intervenientes
Atores educativos (alunos, pais, docentes, não docentes e outros membros da comunidade educativa)
Equipa de Avaliação Interna
Conselho Pedagógico
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Direção
Conselho Geral
Momentos de Avaliação
Avaliação periódica – final do ano letivo
Avaliação final – final do ciclo de vigência do Projeto Educativo (2020/2021)
8. Divulgação do Projeto Educativo de Agrupamento
O PE será analisado em reunião das várias estruturas de orientação educativa nos diferentes ciclos e na
educação pré-escolar e será divulgado, após aprovação, pelos órgãos com competência nesta matéria.
Será apresentado aos representantes das Associações de Pais, sendo a sua divulgação feita através da página
Web do Agrupamento. Para além disso, será analisado em reunião com os pais e encarregados de educação. A entrega
do mesmo será facultada aos membros da comunidade educativa que o solicitarem.
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Bibliografia - Anexos
AAVV. (1996). Educação: Um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional para o século XXI. Porto: ASA Editores II.
AZEVEDO, J. (2011). Liberdade e Política Pública de Educação: Ensaio Sobre um Novo Compromisso
Social pela Educação. V. N. de Gaia: Fundação Manuel Leão.
BARROSO, J. (Org.) (2003). A Escola Publica. Regulação, Desregulação e Privatização. Porto: ASA.
BOLÍVAR, A. (2003). Como melhorar as escolas. Porto: ASA.
BOLÍVAR, A. (2012). Melhorar os processos e os resultados educativos. O que nos ensina a
investigação. V. N. de Gaia: Fundação Manuel Leão.
CÂMARA MUNICIPAL DE BARCELOS, (2006). Carta Educativa do Concelho de Barcelos.
CARVALHO, Angelina e Diogo, Fernando (2001). Projecto educativo (4ª ed.). Porto: Edições
Afrontamento.
COSTA, Jorge (1996). Imagens Organizacionais de Escola (2ª ed.). Edições Asa.
COSTA, Jorge (1997). O projecto educativo da escola e as politicas educativas locais: discursos e
práticas. Aveiro: Universidade de Aveiro
CNE (Org.) (2008). Autonomia das Instituições Educativas e Novos Compromissos pela Educação.
Lisboa: Conselho Nacional da Educação.
FORMOSINHO, J., et al. (2005). Administração da Educação. Lógicas Burocráticas e Lógicas de
Mediação. Porto: ASA.
FORMOSINHO, J., FERNANDES, A. S., MACHADO, J. & FERREIRA, H. (2010). Autonomia da Escola
Pública em Portugal. V. N. de Gaia: Fundação Manuel Leão.
FORMOSINHO, J. & MACHADO, J. (2011). Autonomia e Governação da Escola em Portugal. In R.
Marques & M. J. Cardona (Orgs.). Da Autonomia ao Sucesso Educativo. (pp.6-23).
Chamusca: Cosmos.
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A nexos
1. Horário de Funcionamento dos Estabelecimentos
Agrupamento de escolas organiza as suas atividades em regime normal. O período de tempo de 60 minutos
corresponde à “unidade letiva” na educação pré-escolar e no 1.º ciclo; no 2.º e 3.º ciclo, a “unidade
letiva” corresponde a 50 minutos.
1.1. Na educação pré-escolar a componente letiva decorre das 9.00h às 16.00h, com interrupção para almoço
entre as 12:00h e as 14:00h, complementada pelas atividades e animação e apoio à família até às
17.30h. Antes ou após o dia escolar, bem como durante os períodos de interrupção letiva, as crianças
podem ainda beneficiar das atividades de animação e aopio à família (AAAF), desenvolvidas pelas
entidades promotoras: associações de pais e/ou juntas de freguesia.
1.2. No 1.º Ciclo, o dia letivo, de segunda a sexta-feira, divide-se em dois períodos:
• O período letivo da manhã desenvolve-se entre as 9.00h e as 12.00h.
• O período letivo da tarde desenvolve-se após as 14.00h e termina entre as 15.00h e as 17.30h.
O tempo total de duração dos intervalos do dia escolar é de 60 minutos, 30 minutos no período da manhã entre
as atividades letivas (10:30 – 11.00) e 30 minutos no período da tarde (16:00 -16:30). O período de
almoço desenvolve-se entre as 12.00h e as 14.00h.
O período de implementação das Atividades de Enriquecimento Curricular ocorrerá após o período letivo da
tarde, das 15h00 às 17h30.
Antes ou após o dia escolar, e no período de interrupção letiva, os alunos podem beneficiar de componente de
apoio à família desenvolvida por entidades promotoras: associações de pais/juntas de freguesia.
1.3. No 2.º e 3.º Ciclo, o dia letivo, de segunda a sexta-feira, divide-se em dois períodos:
• O período da manhã, que se desenvolve em cinco aulas entre as 8.25h e as 13.15h;
• O período da tarde, que se desenvolve em cinco aulas entre as 13.25h e as 18.05h;
• O tempo total de duração dos intervalos do dia escolar é de 70 minutos, 40 minutos no período da
manhã (distribuídos por intervalos de 5, 10 e 20 minutos) e 30 minutos no período da tarde
(distribuídos por intervalos de 5 e 10 minutos);
O intervalo de almoço decorrerá das 12.25h às 14.15h, sendo para cada turma igual ou superior a 1 hora. O
limite de tempo máximo admissível entre aulas dos dois turnos distintos do dia é fixado em três
tempos. Nos horários dos alunos, uma manhã ou tarde, sempre que possível, não será ocupada com
atividades letivas.
A alteração pontual dos horários dos alunos para efeito de substituição das aulas resultante de ausência de
docente far-se-á, preferencialmente, por permuta entre docentes do mesmo conselho de turma, não
sendo possível, por docente com adequada formação científica ou, por reposição da(s) aula(s), não
ocupando a tarde ou manhã sem atividade letiva dos alunos, mediante autorização da diretora e
informação prévia ao encarregado de educação.
2. Critérios para a Organização de Grupos / Turmas
Na constituição das turmas, prevalecem critérios de natureza pedagógica. Deve ser respeitada a
heterogeneidade do público escolar, podendo ser adotados outros critérios com contributo
determinante para o sucesso escolar. Entre estes a criação de turmas mistas, a criação ocasional de
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grupos homogéneos de alunos, tendo em vista colmatar dificuldades ou desenvolver capacidades e
promover a igualdade de oportunidades.
2.1. Critérios Comuns
a) Deverá ser respeitada, em cada grupo / turma, a heterogeneidade dos alunos que frequentam o
estabelecimento escolar, podendo ser desenvolvidos projetos de constituição temporária de grupos de
homogeneidade relativa em termos de desempenho escolar, em disciplinas estruturantes, tendo em
vista colmatar dificuldades de aprendizagem ou desenvolver capacidades evidenciadas e promover a
igualdade de oportunidades.
b) As crianças / alunos devem acompanhar a turma em que inicialmente foram integradas e valoriza-se a
continuidade pedagógica. Em situação de necessidade de reajustes na constituição dos
grupos/turmas (flutuação das inscrições, problemáticas individuais de saúde) deverá ser tida em
atenção a gestão equilibrada das crianças/alunos (nº de crianças por grupo ou de alunos por turma,
n.º de alunos beneficiários da ASE, n.º problemáticas de comportamento e/ou aprendizagem), tendo
por objetivo melhorar a qualidade no acompanhamento educativo destas.
c) Os grupos e as turmas são constituídos por 20 alunos, sempre que no relatório técnico-pedagógico
seja identificada como medida de acesso à aprendizagem e à inclusão a necessidade de integração
do aluno em turma reduzida, não podendo esta incluir mais de dois nestas condições.
d) Os critérios de cariz pedagógico que justificam a redução de alunos por grupo/turma assentam no
pressuposto de existência de barreiras à aprendizagem e participação de tal forma significativas que
exigem da parte do docente um acompanhamento continuado, sistemático e de maior impacto em
termos da sua duração, frequência e intensidade, no âmbito das adaptações curriculares não
significativas; e utilização de produtos de apoio de acesso ao currículo que exigem da parte dos
professores um acompanhamento e supervisão sistemáticos.
e) As turmas dos anos sequenciais do ensino básico bem como das disciplinas de continuidade
obrigatória, podem ser constituídas com um número de alunos inferior ao previsto para o 1.º, 2.º e 3.º
ciclo do ensino básico, para assegurar o prosseguimento de estudos aos alunos que, no ano letivo
anterior, frequentaram o estabelecimento de ensino com aproveitamento. Cada turma ou disciplina só
pode ser constituída com qualquer número de alunos quando for única, mediante prévia autorização
dos serviços do Ministério da Educação competentes.
f) A constituição ou a continuidade, a título excecional, de turmas no ensino básico com um número
superior ao estabelecido nos pontos 2.1.2. e 2.1.3. carece de autorização do conselho pedagógico,
mediante análise de proposta fundamentada do diretor do agrupamento de escolas.
2.1.1. Educação pré-escolar
a) Os grupos na educação pré-escolar são constituídos por um número mínimo de 20 e um máximo de
25 crianças, não podendo ultrapassar este limite.
b) Em situação de mais que um grupo, estes podem ser formados, segundo o critério de idade das
crianças, de forma heterogénea ou homogénea, dependendo das opções pedagógicas da equipa
educativa.
c) Os grupos com crianças mais novas deverão ser de menor extensão, atendendo a que, em termos de
autonomia, necessitam de maior apoio e considerando, também, que para as crianças que completem
3 anos de idade entre 1 de janeiro e o final do ano letivo, a matrícula pode ser feita ao longo do ano
letivo, e as crianças podem frequentar a partir da data em que perfizerem os 3 anos de idade. As
crianças que completem 3 anos de idade, entre 16 de setembro e 31 de dezembro, após obterem
vaga nas turmas constituídas, podem frequentar o Jardim de Infância, a partir do início do ano letivo
definido no calendário escolar.
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2.1.2. 1.º ciclo do ensino básico
a) As turmas do 1.º e 2.º ano de escolaridade são constituídas por 24 alunos. As turmas do 3.º e 4.º ano
de escolaridade são constituídas por 26 alunos. Nas escolas de lugar único que incluam alunos de
mais de dois anos de escolaridade, as turmas são constituídas por 18 alunos. Nas escolas com mais
de um lugar, as turmas com mais de dois anos de escolaridade são constituídas por 22 alunos.
b) As turmas devem ser constituídas por um só ano de escolaridade. Sempre que não seja possível,
deve-se privilegiar a constituição de turmas de alunos do 1.º ano com o 2.º e os do 3.º com os do 4.º,
de modo a facilitar a articulação curricular e vertical dos programas dos dois anos de escolaridade.
Sempre que possível, os alunos do 1.º ano devem ficar agrupados numa só turma.
c) Nos casos de retenção de alunos, a decisão de manter o aluno na mesma turma caberá à diretora,
com o parecer favorável do conselho pedagógico, sob proposta fundamentada do professor titular de
turma, ouvido o conselho de docentes.
2.1.3. 2º e 3º ciclo do ensino básico
a) As turmas do 5º; 6.º; 7.º e 8.º ano de escolaridade é constituído por um número mínimo de 24 alunos
e um máximo de 28 alunos. Em 2019/2020, as turmas do 9º ano de escolaridade são constituídas por
um número mínimo de 26 alunos, e um máximo de 30 alunos
b) No 7.º e 8.º ano de escolaridade, o número mínimo para a abertura de uma disciplina de opção do
conjunto das disciplinas que integram a oferta de escola é de 20 alunos.
c) De modo a possibilitar o desenvolvimento da oralidade e da produção escrita, pode ser adotada a
solução organizativa de marcação de um tempo semanal simultâneo de Português e Inglês, dividindo-
se nesse tempo os alunos numa lógica de trabalho oficina.
d) O desdobramento das turmas nas disciplinas de Ciências Naturais e Físico-Química do 3.º ciclo,
quando o número de alunos por turma for igual ou superior a 20, realiza-se num tempo
correspondente a 50 minutos por disciplina, exclusivamente para a realização de trabalho prático ou
experimental a desenvolver com os alunos.
e) Não se deve fracionar, excessivamente, os grupos de alunos constituídos no 1º ciclo, evitando a
excessiva fragmentação das turmas, considerando as recomendações dos docentes titulares de
turma. Devem agrupar-se os alunos, sempre que possível, num mínimo, de quatro alunos, oriundos
das mesmas freguesias.
f) Deve integrar-se os alunos sinalizados com dificuldades comportamentais, incluindo-os em turmas
com outros alunos que saibam estar, relacionar-se e conviver com os outros.
g) Os alunos com níveis de aproveitamento menos satisfatório devem integrar as turmas de menor
dimensão, tendo como objetivo melhorar a qualidade da diferenciação pedagógica e do ambiente
educativo.
2.2. Ensino Artístico Especializado: Curso Básico da Música
a) A frequência do ensino artístico especializado em regime articulado depende de protocolo
estabelecido entre o Conservatório de Música de Barcelos e o Agrupamento. O acesso a esta via de
ensino depende do resultado obtido na prova de seleção aplicada pelo Conservatório de Música de
Barcelos entidade responsável pela componente de formação vocacional. A matrícula ou a sua
renovação no curso básico de música em regime articulado é efetuado nas duas escolas que
ministram a matriz curricular correspondente.
b) As turmas devem ser, prioritariamente, constituídas apenas por alunos que frequentam o curso básico
de música em regime articulado. Não sendo possível os alunos do regime articulado integram turmas
mistas, constituídas por um grupo de alunos a frequentar o ensino articulado e um grupo a frequentar
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o ensino regular, devendo nesse caso frequentar as disciplinas comuns das áreas disciplinares de
formação geral com a carga letiva adotada pelo ensino geral.
3. Medidas de Promoção do Sucesso educativo
As medidas de flexibilidade no desenvolvimento do currículo visam possibilitar a melhoria das aprendizagens dos
alunos, garantindo que todos alcancem as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória. As medidas de apoio à aprendizagem e à inclusão a prestar aos alunos,
numa abordagem multinível permitem o recurso a medidas universais, seletivas e adicionais, e
encontram-se abaixo indicadas:
a) No 1.º ciclo, a diferenciação pedagógica desenvolvida pelo professor titular de turma. No entanto nas
situações de maior complexidade, os alunos poderão beneficiar também de apoio educativo inserido
na turma, desenvolvido por outros professores em regime de trabalho colaborativo. A coadjuvação em
sala de aula no ensino básico, com maior relevo para Matemática e Português, e Educação Artística e
de Educação Física no 1.º ciclo, por parte de professores do mesmo ou de outro ciclo e nível de
ensino pertencentes ao agrupamento, desenvolve-se de forma a colmatar as primeiras dificuldades de
aprendizagem dos alunos, valorizando-se as experiências e as práticas colaborativas que conduzam à
melhoria do ensino;
b) Apoio ao estudo no 2.º ciclo, tem por objetivo apoiar os alunos na criação de métodos de estudo e de trabalho
e visando prioritariamente o reforço do apoio nas disciplinas de Português e Matemática. O apoio ao
estudo será marcado nos horários dos docentes e das turmas, e será desenvolvido,
preferencialmente, pelos docentes das disciplinas das turmas que elaboram o respetivo plano de
trabalho. Não sendo possível ser desenvolvido pelo docente da turma caberá a este desenvolver
trabalho de articulação com o docente de apoio ao estudo e vice-versa. Os grupos de apoio ao
estudo, preferencialmente, não devem ultrapassar os 10 alunos de modo a facilitar o
acompanhamento mais personalizado.
c) O Apoio Educativo é desenvolvido no 2.º ciclo a Inglês e a Matemática no 6.º ano e, no 3.º ciclo,a Português,
Inglês e Matemática, desde o início do ano letivo, para os alunos que progrediram para o 2.º ciclo com
a menção qualitativa de insuficiente e, no 2.º e 3.º ciclo, com a classificação de final inferior a 3 a
Português, ou a Matemática oua Inglês no ano escolar anterior;
d) Os apoios educativos no 2º e 3º ciclo serão marcados nos horários dos docentes e das turmas. Sendo
desenvolvidos, preferencialmente, pelos docentes das disciplinas das turmas que elaboram o
respetivo plano de trabalho. Não sendo possível ser desenvolvido pelo docente da turma caberá a
este desenvolver trabalho de articulação com o docente de apoio educativo e vice-versa. Os grupos
de apoio educativo, preferencialmente, não devem ultrapassar os 10 alunos de modo a facilitar o
apoio;
e) O apoio individual a alunos com dificuldades de aprendizagem, designado apoio sóciopessoal, desenvolve-se
na componente não letiva do horário do docente, tendo em consideração o previsto na alínea m) do
n.º 3 do artigo 82.º do ECD.
f) As situações de apoio devem ser transitórias no sentido que na elaboração do Plano de Apoio Pedagógico há
um diagnóstico das dificuldades do aluno, são definidas estratégias pedagógicas e recursos
educativos para a colmatação dessas necessidades e recuperação das aprendizagens não
desenvolvidas pelo aluno. Assim, as situações de apoio devem ser transitórias no sentido de
superação das dificuldades de aprendizagem e de colmatação de aprendizagens não desenvolvidas
pelo aluno;
g) A coadjuvação em sala de aula, no 2.º e 3.º ciclo, desenvolve-se preferencialmente nas turmas com alunos
para os quais numa abordagem multinível foram adotadas medidas seletivas e assenta numa lógica
de trabalho colaborativo entre os docentes envolvidos. Desenvolve-se, também, por solicitação dos
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conselhos de turma face a dificuldades de aprendizagem ou de comportamento, a desenvolver por
docentes da equipa pedagógica ou da disciplina.
h) Oferta complementar será desenvolvida no 1.º ciclo numa Oficina “Do livro ao jogo para o Mundo”, no 5.º ano
uma Oficina das Ciências Experimentais, no 6.º ano uma Oficina de programação e robótica, no 7.º
ano numa Oficina das Artes, no 8.º ano numa Oficina de Teatro, e no 9.º ano numa Oficina da
Matemática;
i) A componente curricular de Oferta Complementar, é constituída por novas disciplinas para enriquecimento do
currículo dos alunos para as quais o Agrupamento constrói os respetivos documentos curriculares;
j) Trabalho numa lógica de oficina no 7.º ano, nas disciplinas de Português e Inglês, dividindo-se cada turma,
num tempo semanal simultâneo, para possibilitar o desenvolvimento da oralidade e da produção
escrita;
l) No 2.º ciclo o Complemento à Educação Artística será desenvolvido, num tempo de 50 minutos, nas áreas de:
instrumental orff, com recurso exclusivo ao crédito horário, sendo a inscrição facultativa. Os grupos
serão constituídos por alunos provenientes de diversas turmas, e devem ser constituídos,
preferencialmente por um número mínimo de 24 alunos e um máximo de 28 alunos;
m) As tutórias serão marcadas nos horários dos docentes que as irão desenvolver, preferencialmente, aos
diretores de turma ou, a docentes com formação específica na área. Num trabalho articulado, com o
diretor de turma e SPO, destinam-se a acompanhar e estimular os processos de estudo e de
integração de alunos que ao longo do seu percurso escolar acumulem duas ou mais retenções. Os
grupos de tutória serão constituídos por 10 alunos de modo a facilitar o apoio.