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Page 1: CONSERVAÇÃO AMBIENTA12 U - Embrapa

Oesenvolvimentio agrícola ouCONSERVAÇÃO AMBIENTA12Um fato real que tem sido observado em

diversas regiões brasileiras quando hámudança na forma de produção local,

passando de extrativismo e/ou de subsistência paraa de produção em larga escala, é o desenvolvimentoregional. Impulsionando uma urbanização maisconfortável e com maiores opções, principalmentecom a instalação de maior quantitativo de leitos hos-pitalares, de especialidades médicas, de vagas esco-lares desde o materno-infantil até os cursos superio-res, surgimento de diversas opções de lazer, gerandocomo conjunto um melhor IDH regional. Aspectosamplamente confirmados na região Centro-oeste eno Mapitoba (Maranhão/Piauí/Tocantins/Balsas),sendo considerada a mais importante fronteira agrí-cola do Norte/Nordeste, onde as pessoas viviam pra-ticamente na pobreza, com opções muito precáriasde saúde, educação ou lazer, associado ao fato dacriação de empregos para uma população que nãotinha perspectiva de mudança de vida.

Mas deixando a euforia de lado, deve-se lembrardo viés ambiental, que está englobado na sustenta-bilidade, que tem sido delegado a um segundo planoem muitas ocasiões, quando ocorre a explosão eco-nômica numa região. Havendo um receio extrema-mente inibidor de se ao menos tentar uma produçãolocal, visando-se apenas a preservação dos ecos-sistemas, truncando as perspectivas de sobrevivên-

Para isso, os órgãos governamentais,principalment;e de meio ambient;e,de produção agrícola e de ciência e tiecnologia,além de outros, devem dialogarde forma int;ensa e sem mágoas, havendopermissão total para a integraçãode ações CUJepermitam CUJea produção agrícola atirija um meio berrno

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Engenheiro AgrônomoPesquisador da Embrapa-AP----------~~--

cia com dignidade, que tem trazido prejuizos aodesenvolvimento regional em diversas localidades,até o total esquecimento por parte dos órgãos gover-namentais principalmente após o retorno em termosde divisas monetárias aos cofres públicos. Destaforma deve-se buscar um equilíbrio entre o passadoconservacionista com o futuro empreendedor, nãopermitindo o prejuízo de nenhuma das duas partes.Para isso, os órgãos governamentais, principalmen-te de meio ambiente, de produção agrícola e de ciên-cia e tecnologia, além de outros, devem dialogar deforma intensa e sem mágoas, havendo permissãototal para a integração de ações que permitam que aprodução agrícola atinja um meio termo, entre gera-ção de renda às pessoas envolvidas no setor e aosmunicípios e Estado; enquanto que do outro ladoque haja conservação dos ecossistemas que podemser atingidos, beneficiando ambos os lados.

No Amapá está em início este processo, pas-sando-se de um receio radical contra a agriculturaem larga escala para o surgimento dos primeirosempreendimentos de produção. Uma situaçãomuito propícia ainda para que os órgãos governa-mentais possam manter o equilíbrio necessário paraa sustentabilidade regional.

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