Conhecimentos Gerais
Prof. Thiago Scott
PROGRAMA:
Aspectos políticos; históricos; geográficos; culturais e econômicos do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil. - 3 aulas de Brasil - 3 aulas de RS
BIBLIOGRAFIA: • BRUM, Argemiro. O desenvolvimento econômico brasileiro. Petrópolis, RJ: Vozes;
Ijuí, RS: Ed. Unijuí. • FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil.São Paulo: Edusp,2006. • OLIVEN, Ruben. A parte e o todo: a diversidade cultural no Brasil-nação. 2ª ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. • PESAVENTO, Sandra. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado
Aberto, 1980. • SANTOS, Milton e SILVEIRA, María Laura. O Brasil: Território e Sociedade no Início
do Século XXI. 6ª Ed. Rio de Janeiro:Record, 2004. • VERDUM, Roberto, BASSO Alberto e SUERTEGARAY, Dirce. (orgs) Rio Grande do
Sul- Paisagens e Territórios em Transformação. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.
História do Brasil • Período Pré-Colonial (1500 – 1530) • Período Colonial (1530 – 1808) • Período Joanino (1808 – 1822) – Processo de Independência do Brasil • Período Imperial (1822 – 1889) I Reinado (1822 – 1831) Regência (1831 – 1840) II Reinado (1840 – 1889)
• Período Republicano (1889 – 2017) República Velha (1889 – 1930) Era Vargas (1930 – 1945) Populismo (1945 – 1964) Ditadura civil-militar (1964 – 1985) Nova República (1985 – 2017)
Condições Históricas
• Baixa Idade Média (X – XV) • Cruzadas – especiarias – Renascimento Urbano e Comercial - Burguesia • Idade Moderna (XV – XVIII) • Capitalismo Comercial – Mercantilismo - Navegações • Formação dos Estados Nacionais Modernos • Renascimento – Reforma – Contrarreforma • Viagens portuguesas: especiarias do oriente e costa africana • Bartolomeu Dias (1488) • Colombo (1492) • Vasco da Gama (1498) • Cabral (1500)
Período Pré-Colonial (1500 – 1530) • Comércio das índias é mais lucrativo que a América para Portugal • 1500 – chegada em Porto Seguro (13 naus de Cabral) • Carta de Caminha • Feitorias • Pau-Brasil • Degredados • Presença de “estrangeiros”: Espanha, França e Inglaterra • Déc de 1520: Espanha encontra ouro na América, Crise no Comércio
das Índias, presença de “estrangeiros” • 1530 – viagem de Martín Afonso de Souza (início efetivo da
colonização)
Período Colonial (1530 – 1808)
Colônia de exploração: Plantation! •Monocultural
•Mercado Externo •Latifúndio •Escravidão
Estrutura política • Capitanias hereditárias (1534) • Governos Gerais (1548) – Poder do Estado Português na Colônia • Câmaras Municipais – Poder Local • União Ibérica (1580 – 1640) – Espanha Governa Portugal • Invasão Holandesa no Nordeste (1630 – 1654) • Nova Política Colonial: fortalecimento do mercantilismo após o fim da União
Ibérica. • Vice-Reinos (século XVIII) • Revoltas Nativistas – não lutaram pela independência • Revoltas Emancipacionistas – Lutaram pela independência
Estrutura Econômica Estrutura Mercantilista – exclusivismo metropolitano – pacto-colonial • Pau-Brasil: especiarías, escambo, m.o indígena, tintura • Escravidão indígena e escravidão africana ( e a mão-de-obra livre) • Pecuária e drogas do sertão (povoamento do interior) • Lavouras de subsistência • Economia do açúcar: sociedade de pouca mobilidade, engenho, casa grande e
senzala, desenvolvimento econômico, mobilização de capitais, relações internacionais.
• Dinâmica interna • Bandeirantismo (XVII e XVIII) • Ciclo da Mineração (MG, GO, MT): sociedade dinâmica, mobilidade social, cultura
local, fiscalismo português, deslocamento do eixo.
A Primeira Missa no Brasil, uma das principais obras de Victor Meireles (1860)
Detalhe da Assunção da Virgem, seu painel mais conhecido, na Igreja de São Francisco de Ouro Preto
Ascensão de Cristo, Matriz de Santo Antônio em Santa Bárbara.
Jean-Baptiste Debret: castigo de escravo
Período Joanino (1808 – 1822) • Contexto europeu: guerras napoleônicas • Portugal depende da Inglaterra • Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (chegada em jan. de 1822) –
interiorização da metrópole • Instalação no Rio de Janeiro: modernização • Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808) • Tratados com a Inglaterra (1810) • Guerra da Cisplatina e Anexação da Guiana Francesa • 1815 – Brasil Reino Unido à Portugal • 1820 – Revolução Liberal do Porto • 1821 – retorno de D. João VI • 1822 – Independência do Brasil
Independência Do Brasil
• Manutenção da estrutura socioeconômica • Formação do Estado Brasileiro • Dom Pedro I é um instrumento da elite agrária • Condições internas e externas • Resistência interna: guerras no norte e nordeste • EUA é o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil
(Doutrina Monroe) • O processo teve início em 1808 (ou antes?)
Período Imperial (1822 – 1889) • Primeiro Reinado (1822 – 1831) • Manutenção da independência • Início da construção do Estado Nacional • Pacificação interna (revoltas contra a independência) • Constituição de 1824 – poder moderador, liberalismo e centralismo,
religião católica é a oficial • Confederação do Equador (1824) – separatismo do nordeste (a partir de
PE) • Guerra da Cisplatina (1828) – independência do Uruguai • Crise e autoritarismo de D. Pedro I
Pedro Américo – “O Grito de Independência” - 1888
Rene Moreaux – Independência do Brasil - 1944
“Pernambuco, com forte tendência liberal, não tardou a reagir. A divulgação das idéias republicanas, federativas e antiportuguesas aumentou na província com a presença de Cipriano Barata, representante da Bahia nas Cortes, e com a circulação de vários periódicos como O Tamoio, coordenados pelos Andradas, já na oposição depois das medidas autoritárias de D. Pedro, O Sentinela, de Cipriano Barata e o Tífis Pernambucano, de Frei Caneca.” (Bóris fausto)
Em novembro de 1824, a rebelião era completamente controlada pelas forças imperiais, com a morte do próprio Frei Caneca.
Período Regencial (1831 – 1840) • Período de maior CRISE da fase imperial • Debates sobre a organização do Estado Nacional • Avanço Liberal x Regresso Conservador • Guarda Nacional • Código do processo criminal • Assembleias Legislativas Provinciais • Regresso de Araújo Lima – retirada de autonomia • Revoltas Regenciais: separatismo • Golpe da maioridade em 1840 = continuação do regresso conservador • Império cada vez mais centralizador
Autonomia para as Províncias (Avanço Liberal)
Segundo Reinado (1840 – 1889)
• Consolidação do Estado Nacional • Soberania Nacional • Construção da Identidade Nacional – o que é o brasileiro? • Estabilidade política – parlamentarismo às avessas • Crescimento econômico – Economia Cafeeira e Era Mauá (1850 – 1870) • Guerra do Paraguai (1864 – 1870) • Escravismo: Lei Eusébio de Queirós (1850), Lei do Ventre-Livre (1871), Lei
dos Sexagenários (1885), Lei Áurea (1888)
Modernização Conservadora
• 1850: • Fim do Tráfico Negreiro – Lei Eusébio de Queirós • Lei de Terras • Auge do Café no Vale do Paraíba • Centralização da Guarda Nacional • Código Comercial • Liberação de capitais: bancos, indústrias, empresas de navegação • Era Mauá (1850 – 1870)
Economia Cafeeira • 1ª zona – Vale do Paraíba (latifúndio tradicional) • 2ª zona – Oeste Paulista (latifúndio moderno): terra roxa, novas
tecnologias, imigração, sociedade mais dinâmica (burguesa)
• Foi introduzido • Ultrapassou a cana • Desenvolvimento econômico • Transportes • II Revolução Industrial • Nova Elite Cafeeira • Acumulação de capitais
“Assim, a economia brasileira, nos primeiros quatro séculos, esteve predominantemente voltada ao atendimento da
demanda externa, sem que houvesse preocupação efetiva em orientar a produção para a satisfação das necessidades
essenciais da população do país. Em suma, uma economia primária, voltada para fora e comandada de fora, ao sabor dos interesses alienígena. Internamente, atende aos interesses do
latifúndio e do comércio exportador, cuja aliança domina a sociedade submissa e impotente.”
(O Desenvolvimento Econômico Brasileiro. Argemiro Brum)
Construção da nação (ideal identitário)
• “Na verdade, a nação é um produto cultural que surge na Europa a partir do fim do século XVIII e que se constitui, de acordo com
Anderson, em uma “comunidade política imaginada”. Nesse processo de construção histórica, a relação entre o velho e o novo, o passado e o presente, a tradição e a modernidade é uma constante e se reveste de importância fundamental. Se, como quer Weber, a nação “é uma comunidade de sentimento que normalmente tende a produzir um
Estado próprio”, é preciso invocar antigas tradições (reais ou inventadas) como fundamento “natural” da identidade nacional que
está sendo criada. Isso tende a obscurecer o caráter histórico e recente dos estados nacionais.” Ruben Oliven, “A Parte e o Todo”
O primeiro trabalho era estabelecer um patrimônio comum às diversas regiões de um país: quais seriam, por exemplo, os ancestrais comuns
de fluminenses, pernambucanos, baianos, paulistas e gaúchos? Para criar, de fato, um mundo
de nações não bastava fazer o inventário de sua herança; nem sempre ela existia, era preciso, pois,
antes de tudo, inventá-la. .
Uma nação deve apresentar um conjunto de elementos simbólicos e materiais: uma história, que estabelece uma continuidade com os ancestrais mais
antigos; uma série de herois, modelos das virtudes nacionais; uma língua; monumentos culturais; um
folclore; lugares importantes e uma paisagem típica; representações oficiais, como hino, bandeira, escudo;
identificações pitorescas, como costumes, especialidades culinárias, animais e árvores-símbolo
“Divulgada em finais dos anos 1860, a gravura destaca no centro da cena o imperador, o qual divide espaço com um indígena — mais elevado, já que sobre um pedestal — que carrega a bandeira da monarquia e coroa d. Pedro com os clássicos louros. Este, por sua vez, recebe a coroa segurando um ramo de café na mão esquerda. Os elementos se mesclam: o indígena porta os signos da realeza ocidental, enquanto o imperador carrega um emblema da riqueza local. Mas a representação não se resume a esses elementos centrais. À direita vemos o brasão da monarquia, junto com a chama eterna e a coroa pousada no livro da Constituição. Por fim, mais à esquerda, o navio e os trabalhadores parecem indicar o progresso da nação. Tudo isso vem emoldurado para presente, com um poema que mais uma vez destaca o monarca brasileiro, “idolatrado em uma terra afortunada” Lilia Schwarcz – “As Barbas do Imperador”
Crise do Império (1870 – 1889)
• Questão religiosa: tensão entre a Igreja Católica e o Império (maçonaria) • Questão Abolicionista: movimento abolicionista, avanço do capitalismo,
pressão inglesa, transição para o trabalho livre (imigração), manutenção da desigualdade e exclusão
• Questão republicana: ideal republicano após a Guerra do Paraguai • Questão militar: descontentamento do exército com o império, busca
por maior protagonismo e independência. • 15/11/1889: Golpe Militar – A Proclamação da República (modernização
das instituições políticas)
Período Republicano (1889 – 2017)
• Estrutura estatal republicana – modernização das instituições • Interesses: militares, cafeicultores, positivistas, setores urbanos. • Manutenção da ordem econômica e social • República Velha (1889 – 1930) • Republica da Espada (1889 – 1894) – militares conduzem a política • Constituição de 1891 – federalismo e voto universal (masculino e aberto) • Republica do Café-com-Leite/das Oligarquias (1894 – 1930) • Política dos Governadores, Coronelismo, Café-com-leite, política de
valorização do café