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Conhecimentos Específicos – Auxiliar de Contabilidade

Conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.

Preliminares – Breve História

A Contabilidade é uma das mais antigas ciências estudadas pelo ser humano e sempre foi utilizada como instrumento de aplicação prática. Não surgiu de conceitos filosóficos ou por força de lei. Surgiu da necessidade de registrar e controlar, as quais são características intrínsecas do homem. No princípio, era a caça a forma mais primitiva de extrativismo. Vivendo em pequenos agrupamentos errantes, o homem sobrevivia do que consegui caçar e colher.Entretanto, passados alguns milhares de anos, a nossa espécie conseguiu avanços importantes: abandonou o nomadismo, agrupando-se em centros fixos de população crescente, trocou a caça e o extrativismo pela criação de animais e pela agricultura e aventurou-se na produção de ferramentas e objetos, da mais diversa natureza, cada vez mais numerosos e mais complexos.Com o passar do tempo, para assegurar um mínimo de eficiência, essa nova atividade passou a exigir formas mais ou menos sofisticadas de organização. Nasciam, assim, os chamados sistemas de produção, só perfeitamente caracterizados na civilização ocidental, a partir da Idade Média. Primeiramente, esses sistemas eram simples, conhecidos como sistemas de produção familiar ou doméstico.Com o passar do tempo e como decorrência direta do crescimento populacional e do desenvolvimento urbano e tecnológico, o sistema produtivo foi, gradualmente, tornando-se menos limitado e mais complexo. Veio a época dos artesãos, na qual o sistema de produção predominante ficou conhecido como “sistema das corporações”, porque os artesãos associavam-se em corporações para defender-se de dificuldades econômicas oriundas de competição mais agressiva de profissionais concorrentes ou decorrentes de doença e de velhice. Com a continuidade do crescimento dos mercados, das cidades e da tecnologia, novos modelos de sistema produtivo começaram a solapar a hegemonia do sistema corporativo. Um novo personagem invadiu a cena: o intermediário – atravessador que se interpôs entre o mestre artesão e o seu cliente, passando a negociar as encomendas e a fornecer as matérias-primas necessárias ao seu atendimento. Crescia a limitação da autonomia do artesão, prenunciando o advento da nova forma dominante de organização econômica – o “sistema doméstico”. Esse sistema prevaleceu até fins do século XVI. Nesse período, por volta do final do século XV, pouco antes de iniciar-se o último século da primeira fase da história dos sistemas de produção, divulgou-se em Veneza um relevante aperfeiçoamento da forma de registrar dados contábeis: o método das partidas dobradas. Desenvolvendo-se gradualmente entre os comerciantes de Veneza, esse método, organizado e divulgado por Frei Luca Paccioli, consagrou-se, por todo o ocidente, como o estilo oficial dos registros contábeis. Essa foi, provavelmente, a mais destacada marca inovadora da Contabilidade daquela época.Contudo, a partir do século XVII, com a predominância do sistema fabril de produção, as inovações contábeis

passaram a ganhar força e velocidade. A partir de então a Contabilidade tornou-se uma “Ciência”, aperfeiçoando-se em virtude das novas necessidades exigidas pela Tecnologia e a Globalização da Informação. Resumo da Evolução da ContabilidadePré-história: de 8.000 a.C. até 1.202 d.C. – período do empirismo e do conhecimento superficial: experiências e práticas vividas pelas civilizações do mundo antigo, destacando-se os sumérios, babilônios, egípcios, chineses e romanos.Idade Média: de 1.202 d.C. até 1.494 – período da sistematização dos registros: em razão da obra “Leibe Abaci”, de Leonardo Fibonacci.Idade Moderna: de 1.494 até o século XVIII – período que se tornou um marco na evolução contábil, em razão da publicação da obra “Tratado Particular da Conta e Escrituração”, do Frei e Matemático Luca Paccioli, em Veneza, onde este discorreu sobre o método das “Partidas Dobradas”.Idade Contemporânea: do século XVIII até os dias de hoje – período científico da Contabilidade, em que quando esta deixou de ser mera “arte” para se tornar “Ciência”.

Definições de ContabilidadeSe procurarmos em todos os trabalhos científicos que tratam da Ciência Contábil, encontraremos um número grande de definições. Abaixo, seguem algumas:“A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa”. (Hilário Franco)“A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza econômica”. (Hilário Franco)“A Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa”. (Prof. Osni Moura Ribeiro)“Podemos definir Contabilidade como o sistema de informação que controla o patrimônio de uma entidade”. (Prof. Clóvis Luis Padoveze)Enfim, a Contabilidade tem como objetivo fornecer os elementos fundamentais para que uma entidade possa ser bem administrada, mediante o acompanhamento da sua situação líquida patrimonial e dos seus resultados. Ela também permite que sejam controlados as disponibilidades, os bens e direitos constantes do Ativo e as obrigações constantes do Passivo. Ela fornece todos os elementos necessários à tomada de decisões pelos dirigentes ou proprietários das entidades, além de fornecer subsídios à pessoas estranhas, que tenham interesse em manter negócios diretos ou indiretos com ela.

Funções da ContabilidadeAs principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade

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econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico:Registrar todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;Organizar um sistema de controle adequado à empresa;Demonstrar com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;Analisar os demonstrativos financeiros e os resultados obtidos pela empresa;Acompanhar a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros e alertando para eventuais problemas.

Finalidades da ContabilidadeA finalidade primária da Contabilidade é o registro metódico e ordenado dos negócios realizados e a verificação sistemática dos resultados obtidos. Ela deve identificar, classificar e anotar as operações da entidade e de todos os fatos que de alguma forma afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. Com esta acumulação de dados, convenientemente classificados, a Contabilidade procura apresentar de forma ordenada, o histórico das atividades da empresa, a interpretação dos resultados, e através de relatórios produzir as informações que se fizerem precisar para o atendimento das diferentes necessidades.Como finalidade secundária (talvez a mais importante) é o auxílio à tomada de decisões da administração das entidades (empresas) no exercício de suas funções. É o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade sócio-econômica.O controle é exercido pela administração da entidade através das informações contábeis, obtidas em relatórios que podem atestar que a organização está caminhando em conformidade com os planos e políticas determinados.O planejamento é feito pela administração da entidade com base em informações contábeis anteriores, principalmente no que se refere ao estabelecimento de padrões e metas a serem alcançadas e ao inter-relacionamento da contabilidade com os planos orçamentários, sendo de grande utilidade no planejamento empresarial ou estratégico, que consiste em prever ou estabelecer critérios para decisões a serem tomadas no futuro.

A Contabilidade AplicadaA Contabilidade, enquanto ciência que estuda o patrimônio das entidades, encontra aplicações em todas estas, independentemente do tipo, ramo de atividade, segmento econômico ou localização geográfica. Assim, a identificação do campo de aplicação da Contabilidade também pode ser analisada através da definição do patrimônio, como o conjunto de bens, direitos e obrigações relacionados a uma pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos.A idéia de que a Contabilidade do setor público é diferente do setor privado ou, ainda que a Contabilidade de uma entidade filantrópica é diferente da entidade privada, não é correta, pois cada entidade, dentro do seu ramo de atividade e das suas peculiaridades, apresenta especificidades próprias, só encontradas naquele segmento, ou seja, em uma entidade filantrópica a

Contabilidade será exercida observando toda a legislação que envolve este tipo de entidade.Portanto, o que muda, é o objetivo da entidade e suas características, sendo que a Contabilidade mantém a mesma finalidade, o mesmo objetivo e utiliza-se das mesmas técnicas e métodos para registrar e controlar o patrimônio das entidades.Neste sentido, as entidades, de um modo geral, podem ser:Sociais: são aquelas que possuem a riqueza como meio para atingir seus fins, Exemplo: associações beneficentes, educacionais, esportivas, culturais e religiosas.Econômicas: são as que têm a riqueza com meio e fim e têm como objetivo aumentar seu patrimônio, obtendo lucro. Exemplo: empresas mercantis, industriais e prestadoras de serviços.Sócio-econômicas: são aquelas que possuem a riqueza como meio e fim, porém o aumento do patrimônio que possuem serve para beneficiar toda a comunidade. Exemplo: institutos de aposentadorias e pensões e as fundações.Levando ainda em consideração os objetivos das entidades, a Contabilidade divide-se em duas grandes ramificações:Contabilidade Pública: ocupa-se com o estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito público e da representação gráfica de seus patrimônios, visando três sistemas distintos: orçamentário, financeiro e patrimonial, para alcançar os seus objetivos, ramificando-se conforme a sua área de abrangência – federal, estadual, municipal e autarquias.Contabilidade Privada: ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito privado, tanto as físicas quanto as jurídicas, além da representação gráfica de seus patrimônios.

Os Usuários da ContabilidadeOs usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam nos instrumentos contábeis as suas respostas. Podem ser divididos em: Usuários Internos e Usuários Externos.Usuários Internos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que têm facilidade de acesso às informações contábeis, tais como: Gerentes ou Administradores: para a tomada de decisões; Funcionários: com interesse em pleitear melhorias; Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais.Usuários Externos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acesso direto às informações, mas que as recebem de publicações das demonstrações pela entidade, tais como: Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de analisar a concessão de financiamentos e medir a capacidade de retorno do capital emprestado; Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder atuar no mercado; Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e as despesas para poder atuar sobre o

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resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributação e planejamento macroeconômico; Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia de recebimento futuro; Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo acordado.O usuário interno principal da informação contábil na entidade moderna é a alta-administração, que pela proximidade à Contabilidade, pode solicitar a elaboração de relatórios específicos para auxiliar na gestão do negócio.Os relatórios específicos podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicações financeiras, compra e venda no dia ou em outro período especificado, gastos gerais de funcionamento), ser elaborados diariamente ou em curtos períodos de tempo (semana, quinzena, mês, etc.), de acordo com as necessidades administrativas.

Patrimônio: componentes, equação fundamental do patrimônio, situação

líquida, representação gráfica.

2 - PATRIMÔNIO2.1 - CONCEITOO termo patrimônio significa, a princípio, o conjunto de bens pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa. Compõe-se também de valores a receber ( ou dinheiro a receber). Por isso, em contabilidade esses valores a receber são denominados direitos a receber ou, simplesmente, direitos.Relacionando-se, todavia, apenas bens e direitos, não se pode identificar a verdadeira situação de uma pessoa ou empresa. É necessário evidenciar as obrigações (dívidas) referentes aos bens e direitos. Por exemplo, se você disser que tem como patrimônio um apartamento e não fizer referência à dívida com o banco financiador ( em caso de ter sido adquirido através desse sistema de crédito ), sua informação é incompleta e pouco esclarecedora.Em Contabilidade, portanto, a palavra patrimônio tem sentido amplo: por um lado significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado inclui as obrigações a serem pagas. 

PATRIMÔNIO DE UMA PESSOA OU DE UMA EMPRESA

Bens eDireitos (a Receber)

Obrigações (a serem pagas)

 2.2 - BENSEntendem-se por bens as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas. Se eles têm forma física, são palpáveis, denominam-se bens tangíveis: veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios (moveis de escritórios), ferramentas etc.

Os bens incorpóreos, isto é, não constituídos de matérias, denominam-se bens intangíveis. Normalmente são as marcas ( ex.: Mesbla, Lojas Americanas) e as patentes de invenção. Código Civil brasileiro distingue os bens em: Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem destruição ou danos: edifícios, construções, árvores etc. Bens móveis: são aqueles que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: animais, máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias etc.2.3 - DIREITOSEm Contabilidade entende-se por Direito ou Direito a Receber o poder de exigir alguma coisa. São valores a receber, títulos a receber, contas a receber etc.O direito a receber mais comum decorre das vendas a prazo, ou seja, quando se vendem mercadorias a outras empresas, o pagamento não é efetuado no ato mas no futuro; a empresa vendedora emite uma duplica como um documento comprobatório. Esse direito denomina-seduplicatas a receber.Outros exemplos de direitos: aluguéis a receber, promissórias a receber, ações a receber etc.2.4 - OBRIGAÇÕESSão dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais dívidas são denominadas obrigações exigíveis, isto é, compromissos que serão reclamados, exigidos: pagamento na data do vencimento.Em caso de um empréstimo bancário, você fica devendo ao banco (empréstimo a pagar). Se a dívida não for liquidada na data do vencimento, o banco exigirá o pagamento.Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a compra de mercadorias a prazo (exatamente o contrário de duplicatas a receber): ao comprar a prazo, a empresa fica devendo para o fornecedor da mercadoria; por essa razão, essa dívida é conhecida como fornecedores (ou duplicatas a pagar).Outras obrigações: salários a pagar, impostos a pagar, financiamento, encargos sociais a pagar etc.2.5 - PATRIMÔNIO LÍQUIDOO patrimônio por si só não mede a efetiva riqueza de uma empresa. A empresa poderá estar a um passo da falência ou totalmente endividada, embora os números do seu patrimônio sejam elevados. Na verdade é necessário conhecer a riqueza liquida da pessoa ou empresa: somam-se os bens e os direitos e, desse total, subtraem-se as obrigações, o resultado é a riqueza líquida , ou seja, a parte que sobra do patrimônio para a pessoa ou empresa. Ela é denominada patrimônio líquido ou situação líquida.Face o exposto acima chegamos a "equação fundamental do patrimônio líquido": PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS (-) OBRIGAÇÕES 3 - BALANÇO PATRIMONIAL (UMA INTRODUÇÃO)Balanço Patrimonial é um relatório gerado pela contabilidade onde nós identificamos a saúde financeira e econômica da empresa no fim do ano ou em qualquer data prefixada.BP é dividido em duas colunas: a do lado esquerdo é denominado Ativo, a do lado direito, Passivo. O ideal seria

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denominar a segunda coluna Passivo e Patrimônio Líquido. Entretanto a Lei das SA apresenta apenas o termo passivo. Esta divisão é pura convenção.

Balanço Patrimonial

Ativo Passivo e Patrimônio Líquido

è ATIVOÉ o conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa. São os itens "positivos" do patrimônio; trazem benefícios, proporcionam ganho para empresa.Fazem parte do ativo: estoque, máquinas, prédio, gado, duplicatas a receber, título a receber etc.

Balanço Patrimonial

Ativo Passivo e Patrimônio Líquido

Bens estoque máquinasDireitos títulos a receber duplicatas a receber

?

 è PASSIVOSignifica as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas que serão cobradas, reclamadas a partir da data do seu vencimento. É denominado também passivo exigível, dívidas com terceiros, recursos de terceiros, ou capital de terceiros. O passivo exigível evidencia o endividamento da empresa; o seu crescimento de forma desmedida pode levar a empresa à concordata ou até falência.Fazem parte do passivo: fornecedores, funcionários etc.

Balanço Patrimonial

Ativo Passivo e Patrimônio Líquido

Bens estoque máquinasDireitos títulos a receber duplicatas a receber

Passivo exigível Impostor a pagar FornecedoresPatrimônio Liquido?

 è PATRIMÔNIO LÍQUIDORepresenta o total das aplicações dos proprietários na empresa.Toda empresa necessita de uma quantia inicial de recursos (normalmente dinheiro) para efetuar suas primeiras aquisições, seus primeiros pagamentos etc. Os proprietários, então, concedem suas poupanças com o objetivo de proporcionar à empresa os meios necessários ao início do negócio. Essa quantia inicial concedida pelos

proprietários denomina-se, contábilmente, capital social , que poderá ser aumentado a qualquer momento.Dessa forma, a empresa, pessoa jurídica, fica devendo (obrigação) para seus proprietários, que, por lei, não podem exigir (para não extinguir a empresa) seu dinheiro de volta, enquanto a empresa estiver em funcionamento (continuidade). Por isso, o patrimônio é conhecido como obrigação não exigível ( que não se pode reclamar, cobrar, exigir de volta. Se os proprietários quiserem retirar-se da sociedade, devem vender sua participação no capital para outras pessoas, sem envolverem a empresa.Pelo fato de os proprietários não terem direito de reclamar seu dinheiro aplicado na empresa, enquanto esta estiver em processo de continuidade, no mundo financeiro, o patrimônio líquido é denominado de recurso próprio ou capital próprio, ou seja, recursos que pertencem à própria empresa até a sua extinção. No encerramento da empresa os recursos seriam devolvidos aos proprietários.4 - DIFERENCIAÇÃO ENTRE CAPITAL E PATRIMÔNIODe maneira geral o termo capital significa recursos. Capital próprio, portanto, denota recursos (financeiros ou materiais) dos proprietários ( sócios ou acionistas) aplicados na empresa. Capital de terceiros, por seu lado, significa recursos de outras pessoas (físicas ou jurídicas) aplicados na empresa.A importância que os proprietários investem inicialmente na empresa, cantabilmente, é denominada capital ou capital nominal. O valor inicial do capital nominal será modificado, normalmente aumentado com o passar do tempo.Em caso de os sócios (ou acionistas) se comprometerem a investir na empresa certa quantia, esse capital será denominado capital subscrito (assinado, comprometido).Ao cumprirem o contrato firmado, fornecendo dinheiro ou outros bens à empresa, os proprietários integralizam capital (realização do capital). Capital a integralizar é, portanto, a parte do capital comprometido (subscrito) ainda não realizada. 4.1 - ORIGENS x APLICAÇÕESTodos os recursos que entram numa empresa passam pelo passivo e patrimônio líquido. Os recursos (financeiros ou materiais) são originados dos proprietários (PL), fornecedores, governo, bancos, financeiras etc. que representam origens de recursos. Através do passivo e do patrimônio líquido, portanto, identificam-se as origens de recursos.O ativo, por sua vez, evidencia, todas as aplicações de recursos: aplicação no caixa, em estoque, em máquinas, em imóveis etc.A empresa, na verdade, só pode aplicar (ativo) aquilo que tem origem (passivo e PL). Evidentemente, havendo origem de $ 2.96 milhões , a aplicação deve ser de R$ 2.96 milhões. Dessa forma, fica bastante simples entender por que o Ativo será sempre igual ao Passivo + PL. 

Balanço Patrimonial

Ativo (aplicações) P e PL (origens)

Aplicações De terceiros epróprio

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Se o total do Passivo + Patrimônio Líquido for R$ 10.000, qual o total do ativo? O total é de R$ 10.000, só pode aplicar a quantia de R$ 10.000, nem um centavo a mais, nem um centavo a menos.4.2 - PRINCIPAL ORIGEM DE RECURSOSSem dúvida nenhuma, a principal origem de recurso para as empresa é o lucro obtido no negócio.O lucro é a remuneração ao capital investido na empresa pelos proprietários. O lucro é sobra líquida à disposição dos proprietários da empresa que darão as várias destinações ao mesmo.5 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESTADOS PATRIMONIAISSendo o Patrimônio Líquido (PL) a diferença algébrica entre o Ativo (A) e o Passivo (P), não tem sentido falarmos em Ativo ou Passivo negativos. Nestas condições, os elemento patrimoniais poderão assumir somente os seguintes valores:A ³ 0 P ³ 0 PL ³ ou < 0Com base na equação do Balanço (A-P =PL), em determinado momento, o Patrimônio poderá se apresentar nos seguintes estados:1º) A>PÞ PL>0, portanto: A= P+PL (existe riqueza própria)2º) A=PÞ PL=0, portanto: A=P (inexistente riqueza própria)3º) A<PÞ PL<0, portanto: A+PL=P (existe passivo a descoberto)4º) A>P e P=0Þ PL>0, portanto: A=PL (inexiste dívidas)5º) A<P e A=0Þ PL<0, portanto: PL=P (só existe dívidas)Os estados 3 e 5 raramente ocorrem, principalmente o último, pois a empresa não tem mais condições de sobrevivência.6 - FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕESVamos acompanhar a formação do Patrimônio de uma empresa comercial prestadora de serviços e alguns exemplos de sua movimentação, representando, a cada acontecimento, a Situação Patrimonial respectiva.a) SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL SOCIALDiversas pessoas resolvem fundar uma sociedade anônima, denominada Garrincha S/A, com o capital subscrito e integralizado em dinheiro de $ 4.000,00:GARRINCHA S/A. - BALANÇO PATRIMONIAL EM 20/01/X1

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CaixaTOTAL

4.0004.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapitalTOTAL

 4.0004.000

b) AQUISIÇÃO DE EDIFÍCIOA empresa adquiriu em 05/02/X1, mediante pagamento à vista, um edifício de pela importância de $ 1.200,00:GARRINCHA S/A. - BALANÇO PATRIMONIAL EM 05/02/X1

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CaixaImóveisTOTAL

2.80012004.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapitalTOTAL

 4.0004.000

c) COMPRA DE MATERIAISPara iniciar suas atividades mercantis, a empresa comprou no dia 13/02 materiais eletrônicos no valor de $ 2.000,00 à prazo:GARRINCHA S/A. - BALANÇO PATRIMONIAL EM 13/02/X1

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CaixaImóveisMateriais TOTAL

2.80012002.000 6.000

PASSIVOContas a PagarPATRIMÔNIO LÍQUIDOCapitalTOTAL

 2.000 4.0006.000

 d) COMPRA DE VEÍCULOSA empresa comprou em 20/02/X1 veículos para uso, pagando à vista $ 200:GARRINCHA S/A. - BALANÇO PATRIMONIAL EM 20/02/X1 

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CaixaImóveisMateriaisVeículosTOTAL

2.60012002.0002006.000

PASSIVOContas a PagarPATRIMÔNIO LÍQUIDOCapitalTOTAL

 2.000 4.0006.000

 e) VENDA DE PARTE DO EDIFÍCIOFoi vendido em 28/02/X1um pavimento do edifício por $ 600,00, representado por uma nota promissória emitida pelo comprador:GARRINCHA S/A. - BALANÇO PATRIMONIAL EM 28/02/X1

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CaixaImóveisMateriaisVeículosTítulos a ReceberTOTAL

2.6006002.0002006006.000

PASSIVOContas a PagarPATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital TOTAL

 2.000 4.000 6.000

 f) PAGAMENTO DE UMA OBRIGAÇÃOEm 05/03/X1 foi pago $ 1.300 correspondente à parte da dívida da aquisição de materiais eletrônicos:GARRINCHA S/A. - BALANÇO PATRIMONIAL EM 05/03X1

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Caixa 1.300 PASSIVO  

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ImóveisMateriaisVeículosTítulos a ReceberTOTAL

6002.0002006004.700

Contas a PagarPATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital TOTAL

700 4.000 4.700

 g) RECEBIMENTO DE UM DIREITOEm 10/03/X1 foram recebidos $ 400,00 referente ao pagamento parcial da venda do pavimento do edifício:GARRINCHA S/A. - BALANÇO PATRIMONIAL EM 10/03X1

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CaixaImóveisMateriaisVeículosTítulos a ReceberTOTAL

1.7006002.0002002004.700

PASSIVOContas a PagarPATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital TOTAL

 700 4.000 4.700

 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO1) O Patrimônio é representado por:a. Bensb. Bens e obrigaçõesc. Ativo e patrimônio líquidod. Ativo + passivo + patrimônio líquidoe. Direitos + obrigações

2) As "Aplicações" de uma Empresa fazem parte:a. Do ativob. Do passivoc. Do patrimônio líquidod. Das obrigaçõese. N.D.A.

3) (AFTN/85) Assinale a alternativa que indica situação patrimonial inconcebível:a. Situação Líquida igual ao Ativo.b. Situação Líquida maior que o Ativo.c. Situação Líquida menor do que o Ativo.d. Situação Líquida maior do que o Passivo Exigível.e. Situação Líquida menor do que o Passivo Exigível.

4) (FTE-MG/93) A representação gráfica dos estados patrimoniais que indica a existência de "Passivo a Descoberto" é:a. Passivo + Patrimônio Líquido = Ativo.b. Passivo = Ativo + Patrimônio Líquido.c. Passivo = zero e Ativo = Patrimônio Líquido.d. Passivo = Patrimônio Líquido e Ativo = zero.e. Passivo < ou = zero e Ativo > Patrimônio Líquido.

5) (FTE-MG/93) A empresa Cascata comprou uma máquina por R$ 350.000 em cinco prestações iguais, sendo uma entrada no ato da compra e quatro pagamentos mensais. Após a contabilização da operação, o patrimônio da empresa sofreu a seguinte alteração:

a. diminuiu o Ativo em R$ 70.000 e aumentou o Passivo em R$ 280.000.b. aumentou o Ativo em R$ 280.000 e aumentou o Passivo em R$ 280.000.c. aumentou o Ativo em R$ 280.000 e aumentou o Passivo em R$ 350.000.d. aumentou o Ativo em R$ 350.000 e aumentou o Passivo em R$ 280.000.e. aumentou o Ativo em R$ 350.000 e aumentou o Passivo em R$ 350.000.

RESPOSTAS:1)d 2)a 3)b 4)b 5)b

Atos e fatos administrativos: conceitos, fatos permutativos,

modificadores e mistos

FATOS ADMINISTRATIVOS: São os que provocam alterações nos elementos do patrimônio ou do resultado. Por essa razão, também são denominados fatos contábeis.FATOS PERMUTATIVOS: São os que não provocam alterações no valor do patrimônio líquido (PL) ou situação líquida (SL), mas podem modificar a composição dos demais elementos patrimoniais.FATOS MISTOS OU COMPOSTOS: São os que combinam fatos permutativos com fatos modificativos, logo podem ser aumentativos (combinam fatos permutativos com fatos modificativos aumentativos), ou diminutivos (combinam fatos permutativos com fatos modificativos diminutivos).FATOS MODIFICATIVOS: São os que provocam alterações no valor do patrimônio líquido (PL) ou situação líquida (SL), podem ser aumentativos (quando provocam acréscimos no valor do patrimônio líquido) ou diminutivos (quando provocam reduções no valor do patrimônio líquido).

Atos Administrativos é uma ação praticada pela administração que não provoca (podendo vir a provocar) alteração qualitativa e/ou quantitativa no patrimônio da entidade, portanto, a princípio, não interessa à contabilidade.Como exemplos deste atos, temos: Admissão de empregados, assinaturas de contratos de seguros, o aval (garantia) dada em títulos, etc. etc.Casos estes atos sejam registrados contabilmente, utilizaremos um tipo especial de contas que são denominadas CONTAS DE COMPENSAÇÃO, que são utilizadas aos pares e não alteram o Patrimonio.

Fatos Administrativos, que também são conhecidos como FATOS CONTABEIS, são acontecimentos verificados na empresa que provocam variações nos elementos patrimonais, podendo alterar ou não, a situação Líquida Patrimonial.

Os Fatos Contábeis, são classificados em: Permutativos ou Compensativos, Modificativos e Mistos.

Fatos Contabeis Permutativos ou Compensativos são os que acarretam uma troca (permuta) de valores dentro do

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Patrimônio Líquido (PL) mas não alteram a Situação Líquida.

Como exemplo temos:

a) - Investimento inicial, a integralização do capital em dinheiro no valor deR$ 400.000,00. se levantassemos um balanço na ocasião, teríamos a seguinte situação:

BALANÇO PATRIMONIALATIVO Caixa/bancos R$ 400.000,00

Total do Ativo R$ 400.000,00

PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social R$ 400.000,00Total do Passivo R$ 400.000,00

Fato contábil modificativo são os que provocam alterações no valor do Patrimônio Líquido (PL, sendo que esta modificação é refletida na Situação Líquida. Esta modificação citada acima, na situação Líquida Patrimonial, pode ser para mais ou para menos, por este motivo os Fatos Contabeis Modificativos podem ser Aumentativos ou Diminutivos.

São Fatos Conabeis Modificativos aumentativos: Recebimentos de juros, recebimento de alugueis, recebimento de comissões etc. etc.

São Fatos Contabeis Modificativos Diminutivos: Pagamento de imposto, pagamento de juros,pagamentos de comissões, etc. etc. 

Fato contábil misto são os que combinam fatos permutativos com fatos modificativos, determinando variação qualitativa e quantitativa do patrimônio, ou VARIAÇÃO PATRIMONIAL MISTA. São aqueles que ao mesmo tempo permutam (trocam) e modificam valores dentro do Patrimonio e consequentemente alteram a Situação Líquida Patrimonial. As alterações provocadas pelos Fatos Copntabeis Mistos, também podem ser para mais ou para menos, por este motivo, eles também são classificados em Aumentativos e Diminutivos.São Fatos Contabeis Mistos Aumentativos: Pagamento de uma Duplicata com descontos, recebimentos de uma Duplicata com acréscimo de juros etc. etc. 

São Fatos Contábeis Mistos Diminutivos: Recebimento de duplicatas com descontos, pagasmento de uma Duplicata com acréscimo de juros, etc. etc.

Fatos PermutativosOs fatos que alteram o patrimônio da entidade (bens, direitos e obrigações), semalterar o seu patrimônio liquído, são chamados fatos permutativos. Estes fatos refletemtrocas entre os elementos patrimoniais, tais como bens por bens, bens por obrigações,direitos por bens, etc., de forma a não alterar a riqueza própria do

patrimônio.Exemplos: compra de mercadorias à vista ( bens por bens);compra de mercadorias a prazo (bens por obrigação)recebimento de valor nela quitação de duplicataaumento do capital social com lucros acumulados.

Fatos ModificativosSãofatos modificativosaqueles que alteram o patrimônio da entidade (bens,direitos e obrigações) e o patrimônio líquido, aumentando ou diminuindo a riqueza própria do patrimônio; dai a sua classificação em fatos modificativos aumentativos efatos modificativos diminutivos.Osfatos modificativos aumentativossão aqueles que alteram o patrimônio daentidade, aumentando o seu patrimônio liquido.Exemplos: a) integralização do capital social pelos sócios;b) realização de receitas de juros;c) realização de receitas de aluguel.Osfatos modificativos diminutivossão aqueles que alteram o patrimônio daentidade, diminuindo o seu patrimônio líquido.Exemplos: a) distribuição de lucros ou dividendos; b) realização de despesas de juros;c) realização de despesas de aluguel.3.3.3 – Fatos MistosSão classificados comofatos contábeis mistos aqueles que combinam fatoscontábeis permutativos e modificativos. Por isso, os fatos mistos são tambémclassificados em fatos mistos aumentativos, quando combinam fatos permutativos efatos modificativos aumentativos, e fatos mistos diminutivos, quando combinam fatos permutativos e fatos modificativos diminutivos.Exemplos:a)venda de mercadorias com lucro - trocam-se mercadorias por ,dinheiro,aumentando o patrimônio líquido pelo lucro auferido na operação (fato mistoaumentativo) b)venda de mercadorias com prejuízo - trocam-se mercadorias por dinheiro, porémo patrimônio líquido fica diminuído em virtude do prejuízo incorrido (fato mistodiminutivo)c)pagamento de uma duplicata com juros - troca-se dinheiro por obrigação,reduzindo o patrimônio líquido pela despesa de juros incorrida (fato mistodiminutivo)d)recebimento de uma duplicata com juros - trocam-se direitos por dinheiro,aumentando o patrimônio líquido pelo valor da receita de juros realizada (fatomisto aumentativo)

Contas: conceitos, contas de débitos, contas de créditos e saldos.

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DÉBITO E CRÉDITOEm contabilidade, o débito representa algo que se tem ou adquire, enquanto crédito é a fonte do débito. Ou seja: em uma transação, onde uma dada quantia é transferida de um sujeito A para um sujeito B, diz-se que o sujeito A tem um crédito para com o sujeito B e este, por sua vez, um débito para com o sujeito A.O fato de identificarem as origens (credores) e destinos (devedores) dos recursos faz com que os conceitos de débito e crédito sejam difíceis de compreender à primeira

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Conhecimentos Específicos – Auxiliar de Contabilidade

vista, já que eles são erroneamente associados a diminuições e aumentos de capital, respectivamente.Nos livros contábeis, os débitos se inscrevem no lado esquerdo, e os créditos, no lado direito[1].

Débitos

Créditos

   

   

   

Existem três grupos de contas: Contas de Ativo  (bens e direitos) - são debitadas quando aumentam o seu valor em virtude do fato contábil e diminuem quando creditadas; Contas de Passivo  (obrigações) - ao contrário das do ativo diminuem quando debitadas e aumentam quando creditadas; e Contas de Património Líquido  (capital, reservas, receitas e despesas) - possui o mesmo comportamento das contas do passivo.É importante lembrar que, dado o fato das contas do ativo representarem bens ou direitos, ou seja, dívidas de terceiros com relação à empresa de que se trata o livro contábil a noção de débito do ativo se torna intuitiva, pois, o débito aumenta a dívida da terceira parte em relação a empresa, o que aumenta o valor da conta de ativo. O passivo funciona de forma contrária pois em virtude de sua característica de ser uma obrigação com terceiros o seu débito diminui o seu valor, pois a dívida da empresa em relação à terceira parte diminui.Por exemplo, quando se compra um carro a prazo, o carro é um débito na conta de ativos, enquanto a dívida é um crédito nas contas do passivo. Em outras palavras, o carro comprado um bem adquirido (um débito), que aumenta a conta de ativos. Por sua vez, o valor emprestado para a "troca" foi a origem financeira do bem (um crédito) que também é uma obrigação nova (passivo).Confusão comum vem quando pensamos em crédito ou débito bancário em contas correntes bancárias, onde o crédito aumenta o valor da conta e o débito o diminui. Isso advém do fato de a conta corrente ser um passivo da instituição bancária com seu correntista, desta forma a contabilização se dá seguindo as regras das contas do passivo contábil.Assim, quando deposita-se dinheiro em uma conta corrente, o banco marca um débito (o dinheiro que entrou) em seu património líquido, e um crédito em seu passivo (a dívida que o banco adquiriu). Quando o correntista solicita o saldo da conta, está visualizando, na verdade, uma das contas de passivo do banco.

Plano de contas: conceitos, elenco de contas, função e funcionamento das

contas.

Para que se possa ter perfeita noção do que seja um Plano de Contas e bem conhecer sua técnica ou forma e elaboração, é preciso que primeiramente se tenha um sólido conceito de conta.

Conceitos de Conta

“ Expressão qualitativa e quantitativa, estática e dinâmica, de fatos patrimoniais da mesma natureza, ocorridos ou por ocorrer, em uma empresa ou em uma entidade”.(Sá)

“ Conta é um conjunto de levantamentos, refletindo um elemento ou componente formado ou em formação, efetivo ou potencial, de um patrimônio aziendal ou de terceiros, do qual exprime, geralmente, a variável grandeza em uma dada medida, quase sempre monetária.” (Vencenzo Mais. Rilevazione patrimoniale. 2 ed. Padova: Cedam 1942. p.359)

“ Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial ( Bem, Direito, Obrigação ou Patrimônio Líquido) ou um componente de Resultado (Despesa ou Receita) .” (Ribeiro, Osni Moura.3. ed., São Paulo: 

“ O objeto de uma conta, seja ela qual for, simples ou complexo, deve, portanto, formar um todo em si, que aparece liquidamente distinto dos objetos de outras contas, que não seja, em suma, inteiramente semelhante a qualquer outra: deve ter por base um todo homogêneo que resulte, isto é, de partes semelhantes que possam ser observadas sob qualquer aspecto como tal.” (Fábio Besta. La ragioneria. 2. ed. Milano: Francesco Vallardi, 1920. v. II, Cap. II p. 336).

Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na vida da empresa, responsáveis pela gestão do patrimônio – como compras, vendas, pagamentos, recebimentos etc. -, são registrados pela Contabilidade em contas próprias. Assim, toda movimentação de dinheiro efetuada dentro da entidade é registrada em uma Conta denominada Caixa; os objetivos comercializados pela entidade são registrados em uma Conta denominada Mercadorias, e assim por diante.

Ela é, portanto, o instrumento que se adota para guardar memória, reunindo acontecimentos patrimoniais, de natureza idêntica, possuindo, por esta razão, um objeto certo.

A conta tem sempre objeto distinto de outras contas porque reúne fatos de características próprias, iguais por sua natureza e que sucedem no patrimônio.

O grande cuidado deverá residir sempre no respeito a este básico princípio de que a conta é uma expressão de um objeto certo, que não deverá nunca ser confundido com o de outras contas, ou seja, uma evidenciação de fatos ou fenômenos patrimoniais da mesma natureza, sempre sob o aspecto da finalidade da empresa ou da entidade.

As contas podem ser classificadas em dois grupos: Contas Patrimoniais e Contas de Resultado ( Teoria Patrimonialista).

As contas Patrimoniais são as que representam os elementos componentes de Patrimônio. 

Dividem-se em Ativas ( Bens e Direitos ) e Passivas ( Obrigações e Patrimônio Líquido).

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As contas de Resultado são as que representam as variações patrimoniais. Dividem-se em Contas de Despesas e Contas de Receitas.

Uma conta deve ser apresentada, para efeitos de um Plano de Contas, através de Seus:´

1. Título;2. Função;3. Funcionamento;4. Classificação;5. Grupamentos;6. Códigos etc.

TITULO: È a palavra ou designação que dá nome a ma conta; evidenciando seu objeto, ou seja, a razão para a qual foi aberta e a classe de valores que registra; é uma identificação imprescindível na técnica dos registros.

FUNÇÃO DAS CONTAS - CONCEITO: Função de uma conta é sua ação, ou ainda, para que serve qual o papel que desempenha na escrituração; pode ainda ser conceituada como sendo a explicação do objeto da conta, ou então a expressão descritiva da natureza dos fatos registráveis da conta.

Exemplo:

FUNÇÃO DA CONTA: FORNECEDORESEsta conta destina-se ao registro de todas as transações realizadas com as firmas ou pessoas que realizem fornecimentos para a empresa. Nela registram-se, normalmente, as faturas ou notas de fornecimento e os seus resgates. Tem ainda por função o registro das antecipações sobre fornecimentos quando estes forem feitos a prazo curto e quando não se relacionarem com transações que se prolonguem, necessitando de acertos especiais.

Pela descrição feita acima percebe-se, é claro, que pela função de uma conta se conhece perfeitamente qual o seu objeto, ou ainda, para que foi aberta.

FUNCIONAMENTO DAS CONTAS - CONCEITO: O funcionamento das contas estabelece a relação da conta com as demais outras e evidencia como se comporta diante de seu objeto.

Demonstra como se debita a conta, como se credita, qual a natureza de seu saldo, quais as outras contas que normalmente com ela estabelecem contado.Exemplo:

FUNCIONAMENTO DA CONTA : CLIENTESEsta conta é debitada pelas faturas ou notas de vendas feitas a clientes da empresa: é creditada, quando o cliente resgata sua dívida. A natureza do saldo desta conta é DEVEDOR, integrando o sistema de aplicações da empresa. Relaciona-se em seu DÉBITO com as contas de vendas e similares.

Relaciona-se com seu CRÉDITO com as contas de CAIXA, BANCOS E DEVOLUÇÕES.

Esta conta é de natureza devedora.

Pelo seu Débito surgem os seguintes registros, relativamente a outras contas:CLIENTESA VENDAS

Pelo seu crédito surgem os seguintes registros, relativamente a outras contas:CAIXAA CLIENTES – liquidação em dinheiro

BANCOSA CLIENTES – liquidação em banco

DEVOLUÇÕES DE CLIENTES

A CLIENTES – pela devolução de mercadorias.

O saldo desta conta, sendo devedor, indica sempre o que a empresa tem a receber de terceiros por vendas a prazo que realizou.

CLASSIFICAÇÃO DA CONTA: Indica se ela é Conta Patrimonial ou de Resultado.

GRUPAMENTOS DAS CONTAS: Indica se ela pertence ao grupo de Ativo, Passivo, Despesas ou Receitas.

CÓDIGO E GRAU DA CONTA: É composto por um ou mais algarismos utilizados para identificar cada uma das contas que compõem o Plano de Contas de uma entidade.

A adoção de códigos agiliza os registros contábeis, principalmente quando efetuados por meio de computador; assim, débitos e créditos são feitos através dos códigos das contas e não pela intitulação.

Os critérios para definir a codificação a ser adotada fica a cargo de cada contabilista, dependendo do porte da empresa e do grau de detalhamento das informações que pretende obter.

A codificação que sugerimos identifica as Contas do Ativo pelo algarismo 1; as contas do Passivo, pelo algarismo 2; as Contas de Despesas, pelo algarismo 3; as Contas de Receitas, pelo algarismo 4; e as contas utilizadas para apuração do Resultado do Exercício, pelo algarismo 5.

Exemplo Completo:

TITULO DA CONTA : DESPESAS FINANCEIRAS

FUNÇÃO: registra a aplicação de valores em despesas feitas para conseguir dinheiro, tais como: juros, comissões pagas a bancos, descontos concedidos a clientes da empresa etc.;

FUNCIONAMENTO: abre-*se e encerra-se em cada exercício. Debita-se pelos gastos e credita-se na apuração do resultado líquido.

Relaciona-se com as contas de:

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Caixa, Bancos, Clientes, Lucros e Perdas, normalmente.

CLASSIFICAÇÃO: Classe dos RESULTADOS

GRUPAMENTO – DESPESAS.

CODIFICAÇÃO – 3.

O QUE É UM PLANO DE CONTAS

Plano de contas é uma peça na técnica contábil que estabelece previamente a conduta a ser adotada na escrituração, através da exposição das contas em seus títulos, funções, funcionamento, grupamentos, análises, derivações, dilatações e reduções.

É um conjunto de normas e intitulação de contas, previamente estabelecido, destinado a orientar os trabalhos da escrituração contábil.

É um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor de Contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis.

COMPOSIÇÃO DO PLANO DE CONTASUm Plano de contas ideal poderá compor-se de três partes:Elenco de Contas;Manual de Contas;Lançamentos explicativos para registro de operações especiais.

ELENCO DAS CONTAS – CONCEITO

Em um plano de Contas o elenco é a relação dos títulos das contas. Costuma-se denomina-lo também “ Quadro de Contas”.

Manual das Contas

O Manual de contas é um quadro explicativo do uso adequado de cada uma das contas constantes do Elenco de Contas. Esse quadro apresenta:

a) Função de cada conta;b) Funcionamento de cada conta;c) Natureza do saldo de cada conta.

QUANTIDADE DE CONTAS QUE DEVER TER UM PLANO DE CONTASUm plano de contas deve ter tantas contas quantas forem necessárias para expressar, com a devida clareza, os fatos ocorridos na vida de um patrimônio.

CARACTERISICAS DE UM BOM PLANO DE CONTASUm bom plano de contas é aquele que se elabora rigorosamente dentro das normas técnicas e em perfeita coadunação com as necessidades da empresa.

Para que um plano contábil tenha excelência é imprescindível que:1. Seja adaptável às necessidades da empresa.2. Tenha unidade técnica de nomenclatura e de funcionamento.

3. seja claro, acessível.4. seja flexível, permitindo ampliações e reduções sem quebra de unidade.5. Tenha precisão e exatidão dentro dos princípios e preceitos da Contabilidade.6. Siga a Princípios Gerais Doutrinários que dão uniformidade.7. Enseje informações que possam refletir a imagem fiel da riqueza.

UTILIDADE O PLANO DE CONTASA principal utilidade do plano de contas é a de servir de meio de orientação na escrituração contábil, possibilitando a unidade de trabalho e protegendo a empresa contra os erros naturais motivados pela ausência de sistematização.

O plano é uma peça básica de orientação, um roteiro de grande valor, hoje indispensável e de uso generalizado.

O plano de Contas é, hoje, uma peça imprescindível e a sua ausência nos trabalhos de escrituração contábil denota, efetivamente, conduta deficiente por parte do profissional, na execução de sua tarefa.

Escrituração: conceitos, lançamentos contábeis, elementos essenciais,

fórmulas de lançamentos, livros de escrituração, métodos e processos.

A entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico em correspondência com a documentação respectiva e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico. Comporta destacar o art. 1.009 do vigente Código Civil que impõe uma perfeita vinculação ao contabilista: A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos administradores que a realizem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade.As formalidades da escrituração estão expressas no Decreto Lei 486/1969 e ainda ser processada a partir da observância das Normas Brasileiras de Contabilidade. As normas oriundas doConselho Federal de Contabilidade que tratam da escrituração contábil são chamadas NBC T. Entre tantas, vale destacar a NBC T 2, que prescreve os requisitos mínimos que devem ser observados. A partir do cumprimento desta NBC T, há como conseqüência da escrituração o Livro Diário e o Livro Razão. O primeiro deve ser levado para registro na Junta Comercial ou no Cartório de Títulos e Documentos, conforme for o caso. O segundo fica como livro auxiliar, à disposição da fiscalização. O Livro Diário, registrado, se presta para produção de provas contra terceiros, não comportando dúvidas, exceto quando os lançamentos contemplem dolo ou má-fé, relativamente aos assentos efetuados. O regramento acerca das providências a cargo do contabilista quanto às demonstrações contábeis e à vista das disposições do RIR/99, exige que sejam transcritas no Livro Diário, pelo menos, o Balanço Patrimonial e as Demonstração de Resultado do Exercício.

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Uma outra regra que aqui deve ser abordada é a Resolução CGSN nº 28/08 do Comitê Gestor do Simples Nacional estabelecendo que: "devem ser atendidas às disposições do Código Civil e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade".No Brasil, os livros da escrituração comercial (Diário e Razão) passaram a ser escriturados digitalmente, em um livro digital único, pelas sociedades empresárias sujeitas à tributação do imposto de renda com base no lucro real e obrigadas a registro em Juntas Comerciais, a partir de 2008 e 2009 (obrigatoriedade do SPED contábil).Elementos indispensáveis dos registros

A escrituração será executada: em idioma e moeda corrente nacionais; em forma contábil; em ordem cronológica de dia, mês e ano; com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens; com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das transações, ou sejam, das contas pagas pelo executor da contabilidade, para futura chacagem. As contas devem ser guardadas por tempo regulamentar, geralmente por 5(cinco) anos.Importância e utilidade da escrituração

Os Pilares e a Essência da Escrituração: A Contabilidade está para a empresa – seja de grande ou pequeno porte – na mesma importância com que o plano de navegação está para o piloto e/ou navegante. Plotar e/ou pilotar uma nave, independente do seu tamanho ou dos recursos viários, sem fazer plano de navegação, corre-se o risco de aporto forçado a qualquer momento e lugar; de conseqüências imprevisíveis, podendo implicar apenas um grande susto aos passageiros, como também, a total destruição da nave, com a morte de todos os usuários. Essa é a essência da Contabilidade: processo, ferramenta, controles, demonstrações, ou seja, instrumentos de gestão empresarial. Os pilares que constituem a essência da contabilidade podem ser resumidos em: escrituração, princípios, transparência, submissão às normas, qualidade nos serviços e ética profissional. As conclusões aqui expendidas se aplicam indistintamente às empresas tributadas pelo Lucro Real, Lucro Presumido e/ou Arbitrado(mais modernamente), e ou, seja, pelas regras do Simples Nacional, ainda que no caso desta última opção a pessoa jurídica tenha praticado escrituração simplificada.Diário, Razão e outros registros

O Diário e o Livro Razão constituem os registros permanentes da entidade.Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos legais da escrituração contábil, observadas as peculiaridades da sua função.Observada esta disposição, admite-se: A escrituração do Diário por meio de partidas mensais; A numeração dos livros é sequencial, por tipo de livro, independente de sua forma (em papel, fichas, microfichas ou digital). Assim, caso o livro anterior, em papel, seja o de nº 20, o próximo (digital ou não) será 21.

Os livros Diários Geral e Resumido devem ter a mesma sequência numérica. Os “Diários Auxiliares” devem ter numeração própria, sequencial, por espécie. O mesmo se aplica ao Razão Auxiliar. O Balancete Diário e Balanço substituem o diário, inclusive o seu período, porém aquele tem numeração própria. A sequencia da numeração anterior também vale para empresas que foram transferidas de algum Estado, transformadas ou vindas do cartório; Admite se, escrituração resumida ou sintética do "Diário", com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação. Ele não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com os livros: Diário Geral e Balancetes Diários e Balanço. É o livro Diário que obriga à existência de livros auxiliares. E deverá constar relação que identifique todos os livros auxiliares a ele associados, com indicação da finalidade de cada um deles, seus respectivos números seqüenciais dos livros auxiliares e o HASH que foi transmitido, sendo esse último no caso de livros digitais. Livros auxiliares tem por objetivo esclarecer e analisar matéria que se acha registrada de forma resumida em outro livro, geralmente principal, quase sempre se referindo a uma conta ou objeto definido. Contendo os lançamentos individualizados das operações lançadas no Diário com Escrituração Resumida. Esses livros deverão se referir ao mesmo período da escrituração do Resumido. No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro.

Contabilização de operações contábeis diversas: juros, descontos, tributos,

aluguéis, variação monetária/cambial, folha de pagamento, compras, vendas e provisões, depreciações e baixa de

bens.

INTRODUÇÃONeste trabalho iremos tratar das operações contábeis diversas, sobre conceitos de fluxo de caixa e sua importância para as organizações, o que é depreciação e seus métodos de aplicação, os investimentos e como eles são avaliados, o que é empréstimo e sua finalidade para as empresas. Também exemplificaremos a diferença entre provisão para devedores duvidosos e provisão para imposto de renda.

FLUXO DE CAIXAFluxo de caixa consiste basicamente numa forma de controlar o dinheiro que entra e o que sai num determinado período. É muito simples elaborar um fluxo de caixa, por isso qualquer pessoa é capaz de elaborá-lo. Isso pode ser feito através de extratos bancários, anotações em agenda e planilhas no computador.

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Para as empresas é extremamente necessária a realização do seu fluxo de caixa, já que a falta de planejamento financeiro ou a ausência total de fluxo de caixa e a previsão de fluxo de caixa (projetar as receitas e as despesas da empresa) estão entre as três principais razões de falências ou insucessos empresariais.Sem um fluxo de caixa projetado a empresa não tem condições de saber antecipadamente quando precisará de um financiamento, ou quando terá uma sobra de recursos que poderá aplicar no mercado financeiro.No Brasil a contabilidade ainda dá pouco valor a Demonstração de Fluxo de Caixa por alguns motivos como: o empresário brasileiro não gosta de revelar a origem e o uso de seu dinheiro, a Demonstração de Fluxo de Caixa não é um relatório obrigatório por lei no Brasil.

DEPRECIAÇÃOA palavra depreciação tem uso muito frequente, tanto na linguagem popular, como na tecnológica, econômica e contábil.Para a contabilidade, a depreciação é um custo amortizado. A depreciação de um período é a parcela do custo de aquisição amortizada nesse período, assim como a depreciação global de um bem é a parte do custo amortizado durante a vida útil total do bem. É a transformação do custo de aquisição, representado pela saída (ou promessa de saída – se ainda não pago) de caixa não recuperável pelo valor residual de venda.Para calcular a amortização dos bens depreciáveis, se torna necessário resolver três problemas importantes, são eles:Problema da estimação da vida útil;Problema da estimação da parcela do custo recuperável ao fim da vida útil (valor residual de venda);Problema da escolha do método.É possível se ter uma ideia das dificuldades que envolvem a solução do caso geral de amortização dos bens depreciáveis através de duas observações:1. Os três problemas precisam ser resolvidos ao mesmo tempo, sob pena de todo o esquema de depreciação ficar inteiramente prejudicado, na hipótese de um deles não ter solução adequada;2. Os três problemas precisam ser resolvidos tendo em vista uma solução de conjunto ideal, que satisfaça todas as necessidades da empresa. Entretanto, essa solução ideal é pura utopia, pois as necessidades da empresa são conflitantes.

Problema da vida útilA limitação da vida útil dos bens é devida a duas causas: físicas e funcionais.Causas físicas: são o uso, o desgaste natural e a ação dos elementos da natureza.Causas funcionais: a inadequação e o obsoletismo. Essas causas estão ligadas aos efeitos do aparecimento de substitutos mais aperfeiçoados.

Problema do método de cálculoSão vários os métodos de cálculo da depreciação que os autores mencionam. Entretanto, poucos são utilizados. Alguns deles são:Método das quotas constantes: é o que distribui o custo do bem em função exclusivamente do tempo. É um método usado universalmente em vista de sua grande simplicidade

de cálculo e de funcionamento. E oferece também a vantagem da aceitação fiscal.Método da soma dos algarismos dos anos: as quotas de depreciação são calculadas da seguinte forma: somam-se os algarismos que vão desde a unidade até o algarismo que representa o número de anos de vida útil do bem. A quota da depreciação do 1º ano será calculada pela multiplicação de uma fração cujo denominador é o nº resultante da soma dos algarismos que representam a vida útil do bem (item anterior) e cujo numerador é o ultimo número dessa série de algarismos que representam a vida útil do bem, pelo valor a ser depreciado. Para as quotas seguintes, o processo é o mesmo, com a diferença dos numeradores das frações que vão diminuindo na ordem inversa da série.Método do saldo decrescente: também conhecido como método de Matheson ou Exponencial, ou método da percentagem fixa sobre o valor contábil. Esse método consiste em calcular as quotas de depreciação pela multiplicação de um percentual fixo sobre o valor contábil que vai decrescendo ano a ano.

A depreciação é contabilizada mediante lançamentos de:Débito: em uma conta de despesa com depreciação.Crédito: em uma conta de provisão para depreciação ou depreciação acumulada, cujo saldo credor deve aparecer no ativo, deduzindo o saldo devedor da conta de ativo a que se refere.A depreciação é uma despesa, porque todos os bens e serviço consumidos por uma empresa são despesas.

INVESTIMENTOSSão participações permanentes em outras sociedades e pelos Direitos de qualquer natureza não-classificáveis do Ativo-Circulante e que não são destinados a manutenção da atividade da organização. Sendo assim o registro mais utilizado para essas operações são as contas para Participações Permanentes em Outras Empresas, deduzida das provisões para perdas em investimentos. Investir significa aplicar uma importância no Capital, ou seja, é a compra de ações ou quotas de outra empresa, ao avaliar o Balanço Patrimonial de uma empresa é necessário que conheçamos o valor da conta Investimentos.

AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOSA avaliação dos investimentos é avaliada por dois critérios mediante a Lei nº. 6.404, que é a avaliação pelo Custo de Aquisição e a Avaliação pela Equivalência Patrimonial. A avaliação pelo método do custo deve ser usada para investimentos, que embora tenham caráter permanente, não representam aplicações de relevância, já a avaliação pelo método de equivalência patrimonial deve ser utilizada para investimentos em coligadas e controladas (empresas coligadas, são sociedades em que uma participa do capital da outra, sem controlá-la e as empresas controladas, são empresas diretamente controladas por outra e essa tem plenos direitos sobre os títulos da empresa controlada).

EMPRÉSTIMOSEmpréstimo é o ato de confiar a alguém, durante um tempo determinado, certa quantia em dinheiro, que será restituída posteriormente ao dono, com ou sem acréscimo de juros e correção monetária.

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Quando necessitamos de um empréstimo, procuramos os bancos ou particulares que possam nos atender. Isso também ocorre com as empresas.Existem vários tipos de empréstimos, diferindo um do outro quanto à forma e ao prazo de pagamento, quanto aos cálculos de correção monetária prefixada (calculada antecipadamente) ou pós-fixada (calculada na data do vencimento) etc. Normalmente, os empréstimos são efetuados mediante a emissão de uma Nota Promissória. O devedor, emitente da Nota Promissória, cria para si uma Obrigação de pagamento, comprometendo-se a devolver o capital emprestado de uma só vez, em data previamente estipulada, ou em parcelas mensais, as quais poderão conter somente o valor dos juros e da correção monetária, sendo que ao final dos pagamentos o valor do capital emprestado deverá ser liquidado.As parcelas poderão ainda, ser referentes a juros, correção, taxas e a parte do capital.O pagamento gradativo de um empréstimo é conhecido como amortização da dívida.

DIFERENÇA ENTRE PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS E PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA

PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS (PDD)Algumas vezes, as empresas efetuam vendas a prazo, porém não as recebe. Por isso é importante que uma empresa que possua um determinado valor a receber no final do ano faça uma previsão de que certo percentual dessas contas não será recebido.Esse valor é registrado como uma dedução das contas Duplicatas a Receber. Assim, cria-se uma conta redutora de Ativo, ou seja, vinculada à conta Duplicatas a Receber, denominada Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), a qual normalmente recebe lançamentos credores. A contrapartida dessa conta é uma conta de resultado denominada Despesa com Provisão para Devedores Duvidosos. Para contabilizar essa provisão, a empresa deve estimar o percentual de contas a receber que não será pago pelos clientes. Esse valor deve ser lançado em uma conta redutora das Contas a Receber, a qual será considerada uma origem de recurso, devendo, então, ser creditada.Exemplo: No final de determinado ano, uma empresa possui créditos a receber no valor de $5.000. Estatisticamente, ela sabe que seu ramo de atividades sofre de uma inadimplência de 5% do valor a receber. Dessa forma, constitui uma provisão para devedores duvidosos no valor de $ 250.

No final do ano seguinte, a empresa não consegue receber duplicatas no valor de $ 200, mesmo depois de esgotados todos os recursos legais. Ela deve, então, considerar o consumo de $ 200 daqueles recursos para suprir o valor não recebido. Esse fato deve ser registrado da seguinte maneira:

Mesmo assim, restará um saldo de $ 50 na conta referente à PDD. Esse valor gerou no ano anterior uma despesa com PDD que não ocorreu de fato. Assim, o valor da PDD correspondente aos títulos efetivamente recebidos deverá ser revertido. O destino de tais recursos é a conta redutora do Ativo PDD, que deverá ser debitada. A origem desses

recursos é uma conta de resultados denominada Reversão da PDD. Como essa conta registra o estorno do que foi considerado despesa no ano anterior, ela é vista como uma origem de recursos, devendo, então, ser creditada.

Dessa forma, o saldo da conta Provisão para Devedores Duvidosos é “zerado”. No encerramento do exercício, verifica-se qual o saldo existente na conta Duplicatas a Receber. Usa-se, então, esse valor como base para a formação de uma provisão para devedores duvidosos.Nesse exemplo, o valor das duplicatas não recebidas é inferior ao da provisão para devedores duvidosos. Portanto foi necessário contabilizar a reversão dos valores provisionados a maior. Entretanto, pode ocorrer que o valor das duplicatas não recebidas seja superior ao valor provisionado. Dessa forma, será necessário considerar o valor não recebido como uma despesa com títulos incobráveis. Suponha que o valor das duplicatas não recebidas no exemplo anterior tenha sido de $ 300. Nesse caso, deveria ser feita a seguinte contabilização:

Registrou-se que as Duplicatas a Receber foram a origem dos recursos, no valor de $ 300. O total de $ 250, originados daquele valor, foi destinado a eliminar a provisão para devedores duvidosos, a qual havia gerado despesas já contabilizadas como despesa no exercício anterior. Os $ 50 restantes, por receberem aquela provisão, tiveram de ser considerados despesa do próprio exercício. É importante ressaltar que tal provisão somente pode ser constituída para fins gerenciais. Atualmente, a Receita Federal proíbe considerar despesa os valores referentes à formação da provisão para devedores duvidosos. Isso ocorre porque, ao constituir a PDD, a empresa está considerando a despesa com títulos não recebidos antes que a inadimplência ocorra efetivamente. Cabe lembrar que o registro da PDD respeita a confrontação da despesa com a receita, na medida em que se considera que a inadimplência está associada à venda a mercadoria e deve, então, ser registrada conjuntamente com esse evento.

PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA (PIR)É uma conta do Passivo, normalmente circulante, tem como contrapartida a conta Despesas com Imposto de Renda, mostrada na Demonstração do Resultado do Exercício.Exemplo: Uma empresa apresentou lucro de $ 400 e está sujeita ao Imposto de Renda com alíquota de 25%. Esta empresa deveria registrar o seguinte lançamento:

Dessa forma, a DRE dessa empresa apresentaria os seguintes registros:Lucro antes do IR (LAIR) $ 400(-) Despesas com IR $ (100)Lucro Líquido $ 300

Caso a empresa tivesse tido prejuízo antes do Imposto de Renda, ela passaria a ter um direito a compensar o valor relativo ao imposto no futuro. O direito a compensar o IR é registrado na conta denominada IR Diferido.

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Juros

Juro é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro. É expresso como um percentual sobre o valor emprestado (taxa de juro) e pode ser calculado de duas formas: juros simples ou juros compostos.O juro pode ser compreendido como uma espécie de "aluguel sobre o dinheiro". A taxa seria uma compensação paga pelo tomador do empréstimo para ter o direito de usar o dinheiro até o dia do pagamento. O credor, por outro lado, recebe uma compensação por não poder usar esse dinheiro até o dia do pagamento e por correr o risco de não receber o dinheiro de volta (risco de inadimplência).História

Documentos históricos redigidos pela civilização suméria, por volta de 3000 a.C., revelam que o mundo antigo desenvolveu um sistema formalizado de crédito baseado em dois principais produtos, o grão e a prata. Antes de existirem as moedas, o empréstimo de metal era feito baseado em seu peso. Arqueólogos descobriram pedaços de metais que foram usados no comércio nas civilizações de Tróia, Babilônia, Egito e Pérsia. Antes do empréstimo em dinheiro ser desenvolvido, o empréstimo de cereal e de prata facilitava a dinâmica do comércio.Na República Romana, no ano do consulado de Marco Fábio Ambusto (pela terceira vez) e ou Tito Quíncio ou Marco Popílio,[1][Nota 1] a taxa de juros foi reduzida para 8 1/3 por cento, mesmo assim, os plebeus continuavam sem conseguir pagar suas dívidas.Taxa básica de juros

A taxa básica de juros corresponde à menor taxa de juros vigente em uma economia, funcionando como taxa de referência para todos os contratos. É também a taxa a que um banco empresta a outros bancos.No Brasil, a taxa de juros básica é a taxa SELIC, que é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, e corresponde à taxa de juros vigente no mercado interbancário, ou seja, é a taxa aplicada aos empréstimos entre bancos para operações de um dia (overnight) - operações estas lastreadas por títulos públicos federais. A taxa básica de juros, estabelecida pelo governo, através do Banco Central, para remunerar os títulos da dívida pública, é um importante instrumento de política monetária e fiscal. Em 20 de julho de 2011 a taxa básica de juros se elevou pela quinta vez seguida alcançando a marca de 12,5 pontos percentuais. O maior desde janeiro de 2009. Ao elevar a Selic, o objetivo do BC é fazer com que o custo do crediário também suba e, com isso, diminua o consumo da população para conter a alta da inflação.[3]

De forma análoga, nos Estados Unidos, a taxa básica de juros é fixada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (o sistema de bancos centrais dos EUA), com base na remuneração dosFederal Funds, que são os títulos que lastreiam empréstimos interbancários overnight, que têm como finalidade a manutenção do nível das reservas bancárias depositadas no banco central.Taxa preferencial de juros

A taxa preferencial de juros (em inglês, prime rate) é a taxa de juros bancária cobrada dos clientes preferenciais, isto é, aqueles que têm as melhores avaliações de crédito.

É determinada pelas condições de mercado (custos bancários, expectativas inflacionárias, remuneração de outros ativos, etc.). Em geral, a taxa preferencial de juros adotada por grandes bancos tende a ser a referência para todo o setor bancário e normalmente será a menor taxa do mercado.[4]

Geralmente a taxa preferencial supera em alguns pontos a taxa básica. Mas, na Inglaterra e na Eurozona, a taxa preferencial de juros corresponde exatamente à taxa vigente no mercado interbancário, e funciona como taxa básica de juros. É o caso da Libor e da Euribor. A Libor (London Interbank Offered Rate) é a taxa preferencial de juros que remunera grandes empréstimos entre os bancos internacionais operantes no mercado londrino e é também utilizada como base da remuneração de empréstimos em dólares a empresas e instituições governamentais. Euribor (Euro Interbank Offered Rate) é a taxa de juros usada nas operações interbancárias, feitas em euro, entre os países da Eurozona.Juros simples

No regime dos juros simples, a taxa de juros é aplicada sobre o principal (valor emprestado) de forma linear, ou seja, não considera que o saldo da dívida aumenta ou diminui conforme o passar do tempo. A fórmula de juros simples pode ser escrita da seguinte maneira:

, onde  Valor Futuro (do inglês Future Value)

 Valor Presente (do inglês Present Value)

 Taxa de juros (do inglês Interest Rate)  Número de períodosExemplo numérico

Uma pessoa toma emprestado $100 ( ) para pagar em 2 meses ( ) com taxa de juros de

10% ao mês ( ), calculados conforme o regime de juros simples. Depois de 2 meses essa pessoa irá pagar $120, conforme a fórmula:

Juros compostos

No regime de juros compostos, os juros de cada período são somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Nesse caso, o valor da dívida é sempre corrigida e a taxa de juros é calculada sobre esse valor. A fórmula de juros compostos pode ser escrita da seguinte maneira:

, onde  Valor Futuro (do inglês Future Value)

 Valor Presente (do inglês Present Value)

 Taxa de juros (do inglês Interest Rate)  Número de períodos

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Exemplo numérico

Uma pessoa toma emprestado $100 ( ) para pagar em 2 meses ( ) com taxa de juros de

10% ao mês ( ), calculados conforme o regime de juros compostos. Depois de 2 meses essa pessoa irá pagar $121, conforme a fórmula:

Taxa de juros continuamente compostaO regime de juros compostos também pode ser expresso através da taxa de juros continuamente composta. Apesar de ter o mesmo funcionamento do regime de juros compostos, a taxa de juros continuamente composta apresenta uma fórmula de cálculo diferente. A fórmula da taxa de juros continuamente composta pode ser escrita da seguinte maneira:

, onde  Valor Futuro (do inglês Future Value)

 Valor Presente (do inglês Present Value)  Taxa de juros continuamente composta  Número de períodos  Número de Euler, que é equivalente a 2,718281828459...O valor da taxa de juros  , que é continuamente composta, possui significado diferente do valor da taxa de juros  , usada na primeira fórmula. Porém, como ambas são usadas no regime de juros compostos, existe uma fórmula para fazer a "tradução" de uma taxa para outra:

ou, invertendo os termos,

Diferente da taxa de juros composta, a taxa de juros continuamente composta pode ser somada. Por exemplo, se a taxa de juros continuamente composta de janeiro é 3% e a de fevereiro é 4%, a taxa desse bimestre é 7% (esse cálculo não pode ser feito com taxas que não são continuamente compostas). Devido a essa propriedade, elas podem ser usadas para facilitar a interpretação e o tratamento de bases de dados, além de possibilitar que alguns tipos de modelos estatísticos sejam aplicados.Apesar dessas vantagens, o uso da taxa continuamente composta está concentrado na área acadêmica e no mercado de capitais. Devido à dificuldade de interpretação e cálculo, essa taxa não é usada para divulgar empréstimos bancários ou alternativas de investimento para o público geral.Exemplo numérico

Uma pessoa toma emprestado $100 ( ) para pagar em 2 meses ( ) com taxa de juros

continuamente composta de 10% ao mês ( ). Depois de 2 meses essa pessoa irá pagar $122,14, conforme a fórmula:

Juros simples vs. compostos

A tabela abaixo mostra os valores de um empréstimo de $ 100 com taxa de juros de 10% ao período sob o regime de juros simples e juros compostos. Note que essa tabela apresenta três momentos diferentes:

Para períodos inferiores a 1 ( ), o regime de juros simples apresenta valores superiores ao regime de juros compostos. No período 1, o valor é igual para ambos regimes. Para mais de um período, o regime de juros compostos apresenta valores superiores ao regime de juros simples.

Juros Simples Juros Compostos

0,00

100,00 100,00

0,25

102,50 102,41

0,50

105,00 104,88

0,75

107,50 107,41

1,00

110,00 110,00

1,25

112,50 112,65

1,50

115,00 115,37

1,75

117,50 118,15

2,00

120,00 121,00

2,25

122,50 123,92

Taxa nominal vs. taxa real

A taxa de juros nominal é remuneração do empréstimo como foi explicado até este ponto. A taxa de juro real leva em consideração a variação verificada no índice de preços, reflectindo a alteração no poder de compra do dinheiro. O seu cálculo advém da equação de Fisher:

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 Taxa de juros real

 Taxa de juros nominal  Taxa de inflaçãoExemplo numéricoDurante um ano, uma pessoa contrai um empréstimo com

uma taxa de juro nominal de 10% ( ), e durante o mesmo período o índice de preços cresce 5% -

ou seja, a inflação é de 5% ( ). A taxa de juros real nesse caso é de 4,76%, conforme a fórmula:

Descontos

Em finanças, chama-se desconto à diferença entre o Valor Nominal de um título (Valor Futuro) “VF” e o Valor Presente ou Atual “VP” deste mesmo título [D = VF – VP]. Há dois tipos básicos de descontos: Comerciais (por fora) ou Racionais (por dentro). Define-se desconto como sendo o abatimento que o devedor faz jus quando antecipa o pagamento de um título ou quando o mesmo é resgatado antes de seu vencimento, ou ainda, como sendo o juro cobrado por um intermediário para antecipar o recebimento de um título, que representa um direito de crédito futuro. É uma operação tradicional no mercado financeiro e no comércio em geral. Notações comuns na área de descontos:

D Desconto realizado sobre o título

A - VP Valor Atual ou Valor Presente de um título

N - VF Valor Nominal ou Valor Futuro de um título

i Taxa de desconto

n Número de períodos para o desconto

Descontos simples são obtidos com cálculos lineares, e os descontos compostos são obtidos com cálculos exponenciais.Desconto Simples

É aquele obtido em função de cálculos lineares (capitalização simples). Distinguem-se dois tipos de descontos simples, o racional e o comercial ou bancário.Desconto Composto

O conceito de desconto em juro composto é idêntico ao visto no regime de juro simples, corresponde ao abatimento por saldar-se um compromisso antes do seu vencimento. A diferença é devida apenas ao regime de juro, sendo o raciocínio financeiro o mesmo. O que

fazemos é calcular a diferença entre o valor nominal e o atual do compromisso na data em que se propõe que seja feito o desconto. O desconto corresponde à quantia a ser abatida do valor nominal e o valor descontado é a diferença entre o valor nominal e o desconto. Conceitualmente existe apenas o desconto racional sendo o desconto comercial ou bancário uma convenção prática do mercado em geral.

Tributos

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Tributo é a obrigação imposta as pessoas fisicas e pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes (p.e. tribos e grupos revolucionários). É vulgarmente chamado por imposto, embora tecnicamente este seja mera espécie dentre as modalidades de tributos.Excluídos do conceito de tributo estão todas as obrigações que resultem de aplicação de pena ou sanção (p.e. multa de trânsito), os tributos sempre são obrigações que resultam de um fato regular ocorrido.[1]

Os tributos podem ser pagos em dinheiro ou em trabalho, como na figura medieval da corvéia. Modernamente, nos sistemas tributários capitalistas, somente o dinheiro é aceito como pagamento, subsistindo a corvéia em Estados tradicionais e pré-capitalistas.Tributos no Brasil

Segundo Musgrave (1976), entende-se por Sistema Tributário como sendo o complexo orgânico formado pelos tributos instituídos em um país ou região autônoma e os princípios e normas que os regem. Por conseqüência, podemos concluir que o Sistema Tributário Brasileiro é composto dos tributos instituídos no Brasil, dos princípios e das normas que regulam tais tributos.O Código Tributário Nacional Brasileiro, em seu art. 3º preceitua que "tributo" é "toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada".Os tributos formam a receita da União, Estados e Municípios e abrangem impostos, taxas, contribuições e empréstimo compulsórios.Eles podem ser diretos ou indiretos.No primeiro caso, são os contribuintes que devem arcar com a contribuição, como ocorre no Imposto de Renda.Já os indiretos incidem sobre o preço das mercadorias e serviços.Recente Emenda à Constituição brasileira inseriu a Contribuição de iluminação pública que, embora o STF ainda não tenha se manifestado sobre a sua natureza, acreditam os doutrinadores que se trata de uma contribuição.Função dos tributosNo Brasil, os tributos podem ter função: Fiscal: Quando tem como objetivo a arrecadação de recursos financeiros para o Estado. Imposto de Renda, por exemplo; Extrafiscal: Quando o objetivo é interferir no domínio econômico, buscando regular determinados

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setores da economia. As mudanças no IPI possuem essa função; Parafiscal: Quando ocorre a delegação, pela pessoa política (União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municipios), mediante lei, da capacidade tributária ativa à terceira pessoa (de direito público ou privado), de forma que esta arrecade o tributo, fiscalize sua exigência e utilize-se dos recursos auferidos para a consecução de seus fins. Por exemplo, a contribuição anual paga pelos advogados à OAB.Tipos de tributosIMPOSTOSSão tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Os impostos se caracterizam por serem de cobrança compulsória e por não darem um retorno ao contribuinte sobre o fato gerador. Por exemplo, um imposto sobre posse de automóvel não necessariamente será revertido em melhorias das condições das vias urbanas ou rodovias. Principais Tipos de Impostos:FEDERAIS No caso dos impostos federais, somente a União tem competência para instituí-los. Os principais são: II - Imposto sobre Importação IE - Imposto Exportação IR – Imposto de Renda : tributo pago ao Estado a partir de um cálculo feito em cima das remunerações (salários, lucros, juros, dividendos e aluguéis.) Há dois tipos de IR: o IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) e IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica). IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: tributo pago a todo produto industrializado, mesmo que este esteja em fase intermediária, parcial ou incompleta de industrialização. O IPI é regulamentado pelo Decreto 4.544 de 2002 (RIPI/2002). São imunes ao IPI:I – os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;II – os produtos industrializados destinados ao exterior;III – o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;IV – a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. IOF – Imposto sobre Operações Financeiras (Crédito, Câmbio, Seguro, ou relativas a Títulos e Valores Imobiliários): tributo pago pelos envolvidos nas operações, com base de cálculo diferenciada para cada uma delas. ITR – Imposto sobre Territorial Rural: tributo pago por proprietário de terras fora do perímetro urbano. A base de cálculo é apenas em cima da terra em si, sem levar em consideração beneficiamentos, tais como plantações. IGF - Imposto sobre Grandes Fortunas: O fato gerador é ter grande fortuna, contribuinte pessoa física ou juridica que tiver grande fortuna.O valor da base de cálculo recaí sobre a grande fortuna. A alíquota poderá ser progressiva, regressiva ou fixaESTADUAIS Os impostos Estaduais são de competência dos Estados e do Distrito Federal. Os principais são: ITCMD - Imposto de Transmissão "causa mortis" e Doação, de quaisquer bens ou direitos. ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: tributo pago por qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize operações com intuito comercial e prestação de serviços. Casos que o ICMS não é cobrado:

I – operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;II – operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;III – operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização;IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;V – operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar;VI – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie;VII – operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor;VIII – operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário;IX – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras. Equipara-se às operações de que trata o item II a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a: a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa; b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores : tributo pago anualmente pelos proprietários de automotores terrestres (automóveis, motocicletas). O imposto varia de acordo com o Estado, o modelo do automotor, estado de conservação e quilometragem e sua base de cálculo é em cima do valor de mercado.MUNICIPAIS Os principais impostos municipais são: IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana: tributo pago anualmente por pessoas física ou jurídicas, proprietários de imóveis em áreas urbanas. O cálculo do tributo é baseado no valor de mercado dos imóveis, por meio de critérios estabelecidos em lei municipal e da aplicação de alíquotas diferenciadas. ITBI – Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis: sua hipótese de incidência, ou fato gerador in abstrato, é, genericamente, a transmissão, por ato oneroso, de bens imóveis, excluindo-se a sucessão (causa mortis). Tem a legislação própria de cada município. O ITBI não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos: I – quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II – quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. ISS – Impostos sobre Serviços: tributo pago sobre a mão-de-obra utilizada para a execução dos serviços. Considera-se que mão-de-obra é tudo que sobrar após o desconto dos valores referentes as notas fiscais de compra de materiais. A base de cálculo varia conforme o município.Existe uma distinção entre impostos indiretos e impostos diretos. Estes são pagos diretamente pelo contribuinte

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(o Imposto de Renda, por exemplo), enquanto aqueles têm o valor embutido no preço da transação. Um exemplo é o ICMS. Impostos indiretos também não têm qualquer variação na renda do contribuinte.TAXASAs taxas são tributos incidentes sobre um fato gerador e que são aplicados em contrapartida a esse fato gerador, ou seja, a taxa é a contrapartida que o contribuinte paga em razão de um serviço público que lhe é prestado ou posto à sua disposição. Além da contrapartida de um serviço público prestado ou posto à disposição, as taxas também estão relacionadas ao poder de polícia da administração, englobando fiscalizações e licenciamentos em geral.Uma taxa só pode ser instituída por uma entidade tributante da mesma competência. Por exemplo: taxas de luz pública só podem ser cobradas pelos municípios. Não necessariamente o pagante da taxa vai usar o serviço, apenas terá o serviço à disposição.CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIAAs contribuições de melhoria são tributos que têm como fato gerador o benefício decorrente das obras públicas. Cobradas somente na região beneficiada pela obra. Não necessariamente essas contribuições refletem em "melhoria", uma vez que algumas obras públicas em determinadas regiões tendem a desvalorizar os imóveis locais. O fundamental para o fato gerador é o benefício decorrente da obra pública.Assim, a contribuição de melhoria é instituída para custear obras públicas das quais decorram em valorização de bens imóveis e tem como limite total da cobrança o custo da obra e limite individual, a valorização acrescida a cada imóvel.CONTRIBUIÇÕES ESPECIAISTambém chamadas de contribuições sociais ou parafiscais, estão previstas nos artigos 149 e 149-A da Constituição Federal, sendo tributos cuja característica principal é a finalidade para a qual é destinada sua arrecadação. Podem ser: sociais, de intervenção no domínio econômico, de interesse de categorias econômicas ou profissionais e para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP).As contribuições especiais possuem finalidade e destino certo, definidos na lei que institui cada contribuição.EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIOSegundo o art. 148 da Constituição Federal, a União poderá instituir, mediante lei complementar, empréstimos compulsórios:1. para atender às despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;2. no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

Aluguéis

Aluguel (português brasileiro) ou aluguer (português europeu) é uma relação jurídica onde uma das partes se obriga a ceder à outra, mediante pagamento, o uso e o gozo de bem infungível, móvel ou imóvel.O locador (ou senhorio) é aquele que cede o bem mediante pagamento do locatário (ou inquilino) para que este o utilize conforme as finalidades do bem - isto é:

moradia, se for um imóvel residencial; trabalho, se for um imóvel comercial ou industrial; locomoção, se for um automóvel, etc.O contrato de aluguel pode ser rompido através da denúncia de uma das partes. Se ela partir do locador, no que se refere aos imóveis, poderá ser de dois tipos: Denúncia cheia: é aquela na qual o locador deseja romper o contrato com apresentação de justificativa (por exemplo, ceder sem exigência de pagamento o imóvel a um parente, etc.). Denúncia vazia: é o rompimento do contrato de locação pelo locador sem a apresentação de justificativa alguma. A denúncia vazia causava muitos problemas, tanto que no Brasil seu uso foi proibido.

variação monetária/cambial

O que se entende por Variações Monetárias?Variações monetárias são as atualizações dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, sempre que referidas atualizações não forem prefixadas, mas sim determinadas posteriormente em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.São exemplos de variações monetárias:a) ativas - ganhos de câmbio, correção monetária pós-fixada e outras formas de atualização não prefixadas.(RIR/99, art. 375);b) passivas - perdas de câmbio, correção monetária e outras atualizações não prefixadas.( RIR/99, art. 377).NOTAS:1) Embora a correção monetária das demonstrações financeiras tenha sido revogada a partir de 1.1.1996, pelo art. 4º da Lei nº 9.249, de 1995, o art. 8º da mesma lei determina que permanecem em vigor as normas aplicáveis às contrapartidas de variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações da pessoa jurídica, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.2) Taxa de câmbio - consideram-se variações monetárias, ativas ou passivas as diferenças decorrentes de alteração na taxa de câmbio, ocorridas entre a data do fechamento do contrato de câmbio e a data do embarque dos produtos manufaturados nacionais para o exterior (data averbada pela autoridade competente na guia de exportação ou documento equivalente - Portaria MF nº 356/88). A partir de janeiro de 1996, para fins de reconhecimento da variação monetária decorrente de atualizações de crédito ou obrigações em moeda estrangeira, deverão ser utilizadas as taxas de compra e de venda disponíveis no Sistema de Informações do Banco Central - SISBACEN.Qual o tratamento que deve ser dado às variações monetárias?As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual serão consideradas, para efeitos da legislação do imposto de renda, da contribuição social sobre o lucro líquido, como receitas ou despesas financeiras, conforme o caso. (Lei nº 9.718, de 1998, art. 9º)NOTAS:

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1. A partir de 1o de janeiro de 2000, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo do imposto de renda, da contribuição social sobre o lucro líquido, bem assim da determinação do lucro da exploração, quando da liquidação da correspondente operação (MP 2.158-35/01, art. 30).2. À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação das bases de cálculo acima citadas segundo o regime de competência. Essa opção será aplicada a todo o ano-calendário (MP 2.158-35/01, art. 30).3. Na determinação da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro devidos pelas pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado, poderá ser excluída a parcela das receitas financeiras decorrentes da variação monetária dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, submetida à tributação, segundo o regime de competência, relativa a períodos compreendidos no ano-calendário de 1999, excedente ao valor da variação monetária efetivamente realizada, ainda que a operação correspondente já tenha sido liquidada (MP 2.158-35/01, art. 31, § único).Qual a diferença entre variação cambial e variação monetária?Embora para efeitos contábeis e tributários ambas recebam o mesmo tratamento, a primeira é a variação do valor da nossa moeda em relação às moedas estrangeiras; a última é a variação da nossa própria moeda em relação aos índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.Quais as variações cambiais que podem ser compreendidas como variações monetárias?Incluem-se como variação monetária as variações cambiais apuradas mediante, (RIR/99, art. 378):a) a compra e venda de moeda ou valores expressos em moeda estrangeira, desde que efetuada de acordo com a legislação sobre câmbio;b) a conversão do crédito ou da obrigação para moeda nacional, ou novação dessa obrigação, ou sua extinção, total ou parcial, em virtude de capitalização, dação em pagamento, compensação, ou qualquer outro modo, desde que observadas as condições fixadas pelo Banco Central do Brasil;c) a atualização dos créditos ou obrigações em moeda estrangeira, registrada em qualquer data e apurada no encerramento do período-base em função da taxa vigente.A correção monetária e os juros destacados em contrato de financiamento para aquisição de bem do ativo imobilizado devem ser a ele incorporados?Desde que destacados em contrato, os juros poderão ser considerados despesas financeiras. Igualmente, a correção monetária, se for prefixada. Ambos são dedutíveis como custo ou despesa operacional, nos períodos-base a que competirem.Caso a correção monetária seja pós-fixada, será considerada "variação monetária passiva".O que diferencia a variação monetária da correção monetária?A variação monetária calculada em função de índices ou coeficientes aplicáveis a direitos ou obrigações, por disposição legal ou contratual, permanece em vigor.

Diferentemente, a correção monetária das demonstrações financeiras, que era prevista para determinadas contas de ativo e para o patrimônio líquido, foi extinta a partir de 01/01/96, para efeito da legislação comercial e fiscal (Lei nº 9.249/95, arts. 4º e 8º).

VARIAÇÃO CAMBIAL DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES As entidades que tiverem crédito a receber e/ou obrigações a pagar em moeda estrangeira deverão, por ocasião do levantamento de balanços, proceder à atualização da expressão monetária, em reais, desses valores com base na taxa cambial vigente na data do levantamento do balanço. TAXAS CAMBIAIS A SEREM UTILIZADAS Devem ser utilizadas as taxas cambiais verificadas no fechamento do mercado de câmbio, no último dia útil de cada mês, que são fornecidas pelo Banco Central do Brasil (www.bcb.gov.br na seção "Câmbio e Capitais Estrangeiros"/subseção "Taxas de Câmbio/Cotações"). Na atualização de direitos de créditos, devem ser utilizadas as taxas para compra, enquanto que na utilização de obrigações, devem ser utilizadas as taxas para venda. A Coordenadoria-Geral de Tributação da Secretaria da Receita Federal também divulga, no final de cada mês, o valor das taxas cambiais a serem aplicadas nos balanços (site www.receita.fazenda.gov.br, seção "legislação"). CONTABILIZAÇÃO O registro contábil da atualização monetária deve ser feito a débito ou a crédito da conta atualizada, tendo como contrapartida contas de resultado, de variações monetárias ativas (receita) ou de variações monetárias passivas (despesa). Na hipótese de a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda estrangeira na qual foi realizado o negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram variação monetária passiva (despesa) nas obrigações e variação monetária ativa (receita) nos direitos de crédito. Se, no período a que se referir à atualização monetária, a moeda nacional se valorizar diante da moeda estrangeira, o comportamento da variação monetária será ao contrário, isto é, os direitos geram variação monetária passiva e as obrigações geram variação monetária ativa. Exemplos: D - Clientes do Exterior (Ativo Circulante)C - Variação Monetária Ativa (Resultado) D - Variação Monetária Passiva (Resultado)C - Empréstimos No Exterior (Passivo Circulante)

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Atualização monetáriaAtualização Monetária (AO 1945: Actualização Monetária) é o nome que se dá no Brasil para os ajustes contábeis e financeiros, realizados com o intuito de se demonstrar os preços de aquisição em moeda em circulação no país (atualmente o Real), em relação ao valor de outras moedas (ajuste cambial) ou índices de inflação ou cotação do mercado financeiro (atualização monetária propriamente dita).Em Economia é também chamado de "Correção Monetária", ou seja, um ajuste feito periodicamente de certos valores na economia tendo em base o valor da inflação de um período, objetivando compensar a perda de valor da moeda.Em termos de contabilidade tributária, a atualização monetária pode ser uma receita (denomina-se variação monetária ativa), ou uma despesa (variação monetária passiva).Exemplo de cálculo de uma variação monetária passiva Empréstimo  em dólar = US$ 100,00 Cotação Cambial na data do empréstimo: 2,00 Cotação Cambial na data do vencimento da amortização: 4,00Valor a ser contabilizado na data do recebimento do emprestimo: Obrigação a Pagar = US$ 100,00 x 2,00 = R$ 200,00Valor a ser contabilizado na data do vencimento da amortização: Ajuste da variação monetária passiva = R$ 400,00 (US$ 100,00 x 4,00) (-) valor principal (R$ 200,00) = R$ 200,00Existe uma controvérsia em relação aos juros: Se o juros for de 10% ao mês, a ser pago junto com a amortização, alguns dizem que o valor deve ser integralmente contabilizado como despesas de juros (R$ 40,00 ou 10% de R$ 400,00) enquanto outros afirmam que a despesa de juros é R$ 20,00 e os outros R$ 20,00 seriam variação monetária passiva.Embora atualmente a questão não tenha implicações em termos de contabilidade tributária, uma vez que ambos são "Despesas", a questão se torna relevante tendo em vista uma conversão de um balanço em reais para um balanço em dolar, por exemplo. Na primeira hipótese, o balanço em dólar apresentaria a despesa de juros de US$ 10,00 (40,00 / 4,00), enquanto na segunda, a despesa a ser demonstrada seria de US$ 5,00 (20,00 / 4,00), considerando-se o critério de eliminaçãos dos ajustes cambiais contábeis para fins da referida conversão.Correção Monetária de Balanços

Até 1994, em função da hiperinflação, no Brasil os Balanços eram demonstrados com os ajustes denominados de "Correção Monetária de Balanços" (Lei 6.404/76). Para fins de contabilidade tributária, os itens permanentes do Balanço (basicamente Ativo Permanente e Patrimônio Líquido) eram ajustados em função de um coeficiente fornecido pelo governo (com base em algum índice de inflação). Nesse caso, havendo saldo credor da correção monetária, o valor era ainda ajustado pelas variações monetárias, que poderiam aumentar ou reduzir o saldo a ser tributado peloimposto de renda. Esse sistema foi criado pelo DL 1.598/77, em função da preocupação com o acréscimo ao lucro de valores tido como não-financeiros (ajustes decorrentes da

inflação), o que poderia resultar em impostos a pagar sem que as empresas tivessem de fato o numerário em caixa. Tal entendimento não era majoritário entre os acadêmicos da classe contábil, mas continuou durante muitos anos como um dos principais "incentivos tributários" às empresas brasileiras com vultosos ativos imobilizados (indústrias, principalmente).Princípios contábeis

Em função das características da Economia brasileira, e da doutrina da essência econômica utilizada para o estudo das Ciências Contábeis no Brasil, a Atualização Monetária é considerada pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade, um Princípio Fundamental de Contabilidade. Antes denominado de "Princípio da Correção Monetária", ele atualmente é denominado "Princípio da Atualização Monetária". Com o fim da hiperinflação, os ajustes dessa natureza nas Demonstrações Financeiras brasileiras são efetuados em razão das altas taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras; e em decorrência do regime de "Câmbio Flutuante", que periodicamente provoca grandes oscilações na cotação do Dólar americano em relação ao Real.

Folha de pagamento

FOLHA DE PAGAMENTO - CONTABILIZAÇÃO

Na folha de pagamento, além dos salários dos funcionários, constam também outros valores, tais como: férias, 13º salário, INSS e IRRF descontados dos salários, aviso prévio, valor do desconto relativo ao vale transporte e às refeições e ainda o valor do FGTS incidente sobre os salários. Podem, ainda, constar da folha de pagamento de salários, as verbas pagas aos funcionários por ocasião da rescisão de contrato de trabalho. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO CONTÁBIL DA COMPETÊNCIA Normalmente os salários são pagos até o 5º dia útil do mês seguinte ao de referência, exceto os casos em que os acordos ou convenções coletivas estabelecem prazos menores. No entanto, a contabilização da folha de pagamento de salários deve ser efetuada observando-se o regime de competência, ou seja, os salários devem ser contabilizados no mês a que se referem ainda que o seu pagamento seja efetuado no mês seguinte. No caso do valor relativo às férias e ao 13º salário, a empresa deve apropriar estes valores mensalmente em obediência ao regime de competência, efetuando a provisão para o pagamento dessas verbas. Se a empresa não faz a provisão, esses valores serão apropriados como custo ou despesa por ocasião do respectivo pagamento. CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL 

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Os salários e encargos incidentes sobre os mesmos, classificam-se como despesas operacionais, quando referentes a funcionários das áreas comercial e administrativa, e como custo de produção ou de serviços, quando referentes a funcionários dos setores de produção e os alocados na execução de serviços objeto da empresa. EXEMPLO DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Pela provisão dos valores relativos aos salários e ao aviso prévio indenizado: D – Folha de Pagamento (Resultado)C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante) Pelo valor da contribuição ao FGTS sobre a folha de salários: D – FGTS sobre Folha de Pagamento (Resultado)C - FGTS a Recolher (Passivo Circulante) INSS - encargos da empresa: D – INSS - Folha de Pagamento (Resultado)C - INSS a Recolher (Passivo Circulante) Pelo valor da contribuição sindical, INSS sobre salários e 13º salário e IRRF descontados em folha de pagamento: D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)C - Contribuição Sindical a Recolher (Passivo Circulante)C - IRRF a Recolher (Passivo Circulante)C – INSS a Recolher (Passivo Circulante) Pelo valor do Vale Transporte deduzido dos empregados: D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)C – Vale Transporte (Conta de Resultado) Plano de Alimentação do Trabalhador deduzido dos empregados: D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)C – Programa de Alimentação dos Empregados (Conta de Resultado)

Compras

COMPRA DE MERCADORIAS - REGISTROS CONTÁBEIS Mercadorias são artigos adquiridos pelo comércio para revenda em seus estabelecimentos, seja a varejo, seja em atacado. TRIBUTOS RECUPERÁVEIS O valor dos impostos e contribuições recuperáveis não se inclui no custo das mercadorias. Desta forma, o ICMS destacado na aquisição de mercadoria para revenda deve ser excluído do custo de aquisição, contabilizando-se o valor correspondente em

conta própria do ativo circulante. Esse procedimento faz com que a mercadoria adquirida ingresse no estoque da empresa pelo seu valor líquido, ou seja, sem o ICMS incluso no valor da Nota Fiscal. O mesmo se pode afirmar sobre a contabilização do PIS e COFINS, quando recuperáveis. No caso do IPI, se a empresa não tiver direito a crédito desse imposto, o valor correspondente integrará o custo de aquisição das mercadorias. FRETE O valor do frete pago pelo transporte de mercadorias será registrado como parcela integrante do custo de aquisição. EMPRESA QUE NÃO MANTÉM CONTROLE DE ESTOQUES Na empresa que não mantém controle de estoques, usualmente as compras são registradas em contas de resultado específicas (Compra de Mercadorias, ICMS sobre Compra de Mercadorias, Fretes sobre Compras) sendo que na data de apuração dos resultados se faz o levantamento físico dos estoques para a contabilização do valor a débito de estoques e a crédito de conta de resultado, chamado “Estoques Finais de Mercadorias”. IPI NÃO RECUPERÁVEL A empresa comercial, quando adquire mercadoria de indústria, deve considerar o IPI destacado na Nota Fiscal como custo de aquisição, uma vez que, pela sua natureza, não poderá exercer o direito ao crédito desse imposto. REGISTROS CONTÁBEIS 1. Registro do valor total da nota fiscal do fornecedor: D – Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante)C – Fornecedores – Seabra Cia. Ltda. (Passivo Circulante) 2. Registro do ICMS recuperável: D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)C - Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante) 3 – Registro do frete: D – Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante)C - Fornecedores – Transportes Paulista Ltda. (Passivo Circulante) 4. Parcelas de crédito do PIS e COFINS não cumulativos: D. PIS a Recuperar (Ativo Circulante)D. COFINS a Recuperar (Ativo Circulante)C. Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante)

Vendas

VENDAS DE MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS - CONTABILIZAÇÃO 

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Pelo regime de competência contábil, as vendas realizadas devem ser contabilizadas por ocasião da entrega ou execução do produto ou serviço, e não somente por ocasião de seu recebimento (“regime de caixa”). Define-se: Mercadorias - valores de venda de produtos adquiridos de terceiros. Exemplo: uma farmácia adquire medicamentos de um distribuidor, e revende-os. Trata-se de mercadorias, e não de produtos. Produtos - valores de venda de produtos de produção própria (indústria). Exemplo: uma indústria farmacêutica adquire insumos, industrializa-os e venda aos distribuidores. Trata-se de produtos de produção própria vendidos. Serviços – valores de venda de serviços executados por contrato ou tarefa. Exemplo: serviços de auditoria independente, executados para um cliente. Regime de competência - As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. Regime de caixa – As receitas e as despesas são incluídas na apuração do resultado no período em que forem recebidas ou pagas. Exemplo de Contabilização de Vendas: Venda de Mercadorias: D – Clientes (Ativo Circulante ou Realizável em Longo Prazo)C - Vendas de Mercadorias (Conta de Resultado) BAIXA DOS ESTOQUES VENDIDOS Se contabiliza o Custo da Mercadoria Vendida através da baixa dos estoques (ficha de controle de estoques). Exemplo: Baixa de estoques pela venda de Mercadorias: D – Custo de Mercadorias Vendidas (Conta de Resultado)C – Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante)

Provisão

ConceitoProvisões representam estimativas de perda de ativos ou de obrigações para com terceiros. Esses eventos, embora já tenham seu fato gerador contábil ocorrido, não podem ser medidos com exatidão e têm portanto caráter estimativo.ClassificaçãoAs provisões podem ser classificadas em dois grupos a saber:

Provisões Retificadoras do AtivoAparecem no ativo de forma subtrativa, reduzindo o valor contábil do bem ou direito sob o qual se provisionaram custos ou despesas.Provisões PassivasSão classificadas no passivo exigível indicando obrigações.Quanto ao Aspecto FiscalAs provisões podem ser:DedutíveisSão aquelas que a legislação do Imposto de Renda permite a sua dedutibilidade quando da determinação do lucro real.IndedutíveisSão aquelas que a legislação do Imposto de Renda não permite a sua dedutibilidade quando da determinação do lucro real.Elenco de ProvisõesProvisões Retificadoras do Ativoa) Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa (dedutível até 31/12/96);b) Provisão para Ajuste de Bens e Direitos ao Valor de Mercado (dedutível até 31/12/95);c) Provisão para Perdas Prováveis na Alienação de Investimentos (dedutível até 31/12/95).Provisões Passivasa) Provisão p/ Férias (dedutível); b) Provisão p/ 13º Salário (dedutível); c) Provisão p/ Gratificação a Empregados (dedutível até 31/12/95); d) Provisão p/ Licença Prêmio (dedutível até 31/12/95); e) Provisão p/ Gratificação a Administradores; f) Provisão p/ Riscos Fiscais ou Eventuais; g) Provisão p/ Contingências; h) Provisão p/ Resgate de Partes BeneficiáriasContabilizaçãoComo regra geral as provisões têm como débitos elementos de despesas e, como contrapartida, créditos em conta patrimoniais que, como vimos podem ser contas redutoras de ativo ou contas de passivo exigível. Exemplo: Despesas Provisionadas a Provisões (ativas/passivos)

PROVISÃO x PREVISÃO, confusões do cotidiano  Provisões e Previsões são temas recorrentes nos bastidores de qualquer empresa, especialmente nas áreas envolvidas pela controladoria. Apesar da popularidade dos temas, há quem faça ainda confusão com o significado técnico de ambas. Vamos aqui tentar ajudar a dirimir as dúvidas, ou quem sabe desfazer a confusão.Inicialmente já podemos afirmar que Provisões e Previsões, são critérios técnicos diferentes e aplicados em situações distintas, a saber:PROVISÕES:  São cálculos matemáticos feitos na maioria das vezes com embasamento histórico, e serve de base para se contabilizar uma variação patrimonial ocorrida, cujo valor exato ainda não conhecemos, ou seja, temos a certeza do acontecimento mas a incerteza do valor envolvido. Podemos aqui citar dois exemplos clássicos: Provisão para Férias e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Esclarecendo:Provisão de Férias:  Calcula-se mensalmente 1/12 sobre o salário dos funcionários, acrescido de 1/3 relativo ao abono pecuniário, e os encargos inerentes. Esta

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contabilização se justifica pelo direito adquirido pelo funcionário a cada mês trabalhado. Em respeito aos princípios de Competência e Oportunidade, temos que efetuar a contabilização a cada mês em que o funcionário adquiri o direito, e não o valor total das férias no momento em que  do gozo de férias, pois assim estaríamos onerando um período com despesas que dizem respeito a outros períodos. A contabilização é feita por provisão, pois no momento em que se faz, não se tem o conhecimento do valor real a que o funcionário terá direito no momento de usufruir das férias, pois alguns fatores poderão alterar este valor, como por exemplo: Reajuste salarial; Faltas injustificadas e outros.Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: Aqui uma outra situação muito comum, característica de empresas que efetuam vendas a prazo. É comum e quase unânime a existência de perdas com clientes incobráveis, entre as empresas que efetuam vendas a prazo. O histórico de perdas com clientes incobráveis é fato suficiente para entendermos que ao vendermos a prazo, estamos correndo o risco eminente de parte desse valor não ser recebido no futuro. Baseado nisso, em respeito aos princípios da competência e da oportunidade, registramos as possíveis perdas, baseado na média percentual de perdas dos últimos três exercícios, através da contabilização de uma provisão, justamente pelo fato de que o valor é aproximado, baseado em estatística.PREVISÕES: São também cálculos matemáticos, feitos com embasamento histórico ou não, de algo que se imagina que vai ainda acontecer, ou seja, é uma estimativa futura que poderá ou não acontecer. Resumindo, na previsão não temos certeza do acontecimento e tampouco do valor. As previsões normalmente são utilizadas para a elaboração de Orçamentos, onde os valores são projetados. Como exemplo podemos citar: Previsão de vendas; Previsão de produção entre outras.

depreciações e baixa de bens

DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E EXAUSTÕESDEPRECIAÇÃODepreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil (NBC T 19.1 - Ativo Imobilizado), ou seja, o registro da redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.A quota de depreciação a ser registrada na escrituração contábil da pessoa jurídica, como custo ou despesa operacional, será determinada mediante aplicação da taxa de depreciação sobre o valor do bem em reais.Observe-se que o limite de depreciação é o valor do próprio bem. Desta forma, deve-se manter um controle individualizado, por bem, do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha de item do imobilizado” para que o valor contabilizado da depreciação, somado às quotas já registradas anteriormente, não ultrapasse o valor contábil do respectivo bem.INÍCIO E TÉRMINO DA DEPRECIAÇÃOA depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.

A depreciação não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso normal, a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado.A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que o ativo é baixado, o que ocorrer primeiro.A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.Para maiores detalhes sobre procedimentos para contabilização das depreciações, acesse o tópico Depreciações, no Guia Contábil On Line. AMORTIZAÇÃO A amortização consiste na alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua vida útil, ou seja, o reconhecimento da perda do valor do ativo ao longo do tempo. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, e a despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado. Como exemplos de intangíveis, os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, softwares e o fundo de comércio adquirido.Mensalmente deve ser contabilizada a amortização desses bens, em conta redutora específica. A amortização de ativos intangíveis utilizados em processo de produção faz parte do valor contábil dos estoques. Para maiores detalhes sobre procedimentos para contabilização das amortizações, acesse o tópico Ativo Intangível, no Guia Contábil On Line EXAUSTÃO Exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais ou florestais. A medida que os recursos minerais vão se exaurindo, registra-se na contabilidade, simetricamente à possança conhecida da jazida, a quota de exaustão.Tratando-se de floresta natural, a quota de exaustão será determinada mediante relação percentual entre os recursos florestais extraídos no período e o volume dos recursos florestais existentes no início do mesmo período.

DepreciaçãoPor depreciação pode-se entender como sendo o custo ou a despesa decorrentes do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos, móveis, imóveis e instalações) da empresa.Ao longo do tempo, com a obsolescência natural ou desgaste com uso na produção, os ativos vão perdendo valor, essa perda de valor é apropriada pela contabilidade periodicamente até que esse ativo tenha valor reduzido a zero.

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A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado na produção, será alocada como custo, por sua vez, os ativos que não forem usados diretamente na produção, terão suas depreciações contabilizadas como despesa.No Brasil, em termos contábeis, o cálculo da depreciação deverá obedecer aos critérios determinados pelo governo, através da Secretaria da Receita Federal, art. 305 do RIR/99, que estipula o prazo de 10 anos para depreciarmos as máquinas, 5 anos para veículos, 10 anos para móveis e 25 anos para os imóveis. A depreciação não é obrigatória para as entidades, mas aquelas que auferem lucros, farão uso como redutor "artificial" dos seus resultados a oferecer à tributação. As entidades sem fins lucrativos não têm razão para usar essa técnica.Como se vê, a depreciação é uma técnica contábil que independe da influência administrativa, visa a atender às exigências do Fisco quanto à dedução do Imposto sobre a Renda das empresas em percentuais fixados. A razão dessa depreciação é a de promover a capitalização das empresas para quando o objeto que está sendo usado ser substituído no seu descarte, fazendo a entidade "poupar" recursos que seriam distribuídos aos sócios ou acionistas, afinal, o lucro contábil da entidade, que será distribuído "monetariamente", foi reduzido por um efeito contábil "não monetário", através da depreciação, e assim, capitalizou a empresa no exato valor lançado nesta rubrica, através do lançamento a débito do patrimônio na Despesa com Depreciação.Entretanto, no cálculo da depreciação, o administrador poderá estabelecer fórmulas mais adequadas à realidade de sua empresa (gerencialmente a depreciação passaria a ter influência da administração), desde que não fira o Regulamento do Imposto de Renda/RIR, que estabelece percentuais máximos (ou períodos mínimos de tempo). Assim, um veículo, por exemplo, embora tenha uma vida útil econômica teórica de cinco anos, não precisa ser depreciado nesse período, pois a sua vida útil efetiva será bem maior do que isso, principalmente se os resultados da empresa não forem sempre de lucros para serem "poupados" para esta finalidade.Bens depreciáveis

No Brasil, de acordo com o art.25 da IN SRF nº 11/96, os bens depreciáveis são: Edifícios e construções (a partir da conclusão e início de utilização, o valor da edificação deve ser destacado do valor do terreno); Projetos florestais destinados a exploração dos respectivos frutos; Bens móveis e imóveis utilizados no desempenho de atividades de contabilidade; Os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração; Os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, instalados em estabelecimento da empresa; Os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine simples ou utilitários utilizados no transporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda, de matéria-prima, produtos intermediários e de embalagem aplicados a produção; Os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizadas pelos cobradores,

compradores e vendedores, nas atividades de cobrança, compra e venda, bem como os utilizados nas entregas de mercadorias; Os veículos utilizados no transporte coletivo de empregados; Os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos; Os bens móveis e imóveis próprios, locados pela pessoa jurídica, e que tenham a locação como objeto de sua atividade; Os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil nos termos da Lei 6099/74, pela pessoa jurídica arrendadora; Os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel, pela pessoa jurídica que tenha objeto essa espécie de atividade (art. 307 do RIR/99).Bens não-depreciáveis

Terrenos, salvo em relação a melhoramentos ou construções; Prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou destinados a revenda; Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como as obras de arte ou antiguidades; Bens para os quais sejam registradas cotas de exaustão (art.307, parágrafo único do RIR/99).Depreciação Acelerada

Bens que são utilizados por períodos maiores do que as oito horas previstas na legislação vigente, por sofrerem maiores desgastes, são beneficiados com a depreciação acelerada que se dá mediante aplicação de coeficientes a saber: Um turno de oito horas - 1,0; Dois turnos de oito horas - 1,5; Três turnos de oito horas - 2,0.Métodos de depreciação

Método LinearO método linear consiste na aplicação de taxas constantes durante o tempo de vida útil estimado para o bem e é o mais freqüentemente utilizado. Exemplo: Um bem tem vida útil de 10 anos, com taxa de depreciação de 10%.Taxa de Depreciação=100% dividida por tempo de vida útil.100% dividido por 10 anos=10% a.a.Método da Soma dos Algarismos dos AnosEste método consiste em estipular taxas variáveis, durante o tempo de vida útil do bem, adotando-se o seguinte critério: somam-se os algarismos que formam o tempo de vida útil do bem, obtendo-se assim, o denominador da fração que determinará o valor da depreciação em cada período.Método das Horas de TrabalhoEste método consiste em estimar o número de horas de trabalho durante o tempo de vida útil previsto para o bem.A cota de depreciação será obtida dividindo-se o número de horas trabalhadas no período pelo número de horas de trabalho estimado durante a vida útil do bem. Este método é próprio das empresas industriais.Métodos das Unidades ProduzidasTambém é utilizado por empresas industriais, e consiste em estimar o número total de unidades que devem ser produzidas pelo bem ao longo de sua vida útil.

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A cota de depreciação de cada período será obtida dividindo-se o número de unidades produzidas no período pelo número de unidades estimadas a serem produzidas ao longo de sua vida útil.

Análise e conciliações contábeis: conceitos, com posição de contas,

análise de contas, conciliação bancária

Conciliação e Análise ContábilOBJETIVOSDe uma maneira prática, mostrar os procedimentos mais adequados, visando dar segurança e qualidade nos trabalhos desenvolvidos no setor.INDICADO AProfissionais da Contabilidade como Analistas, Conciliadores, Classificadores e outros profissionais atuantes na área que necessitam desses conhecimentos.PROGRAMA1 - Conceitos de: Conciliação, Análise de Contas e Composições de Saldos

2 - Conciliação Bancária

3 - Aplicações Financeiras: Composição e Análise

4 - Clientes: Conciliação com Controles de Cobrança e Análises (Aging e prazo médio de recebimentos)

5 - Estoques: Conciliação com controles do Almoxarifado e Análises (cálculos de rotação/giro, variações do custo unitário)

6 - Despesas Antecipadas: Critérios de apropriação e rateio

7 - Ativo Imobilizado: Movimentação para elaboração da respectiva Nota Explicativa, conforme exigido pelos CPC’s

8 - Fornecedores: Conciliação com controles do Contas a Pagar e Análises (Prazo médio de pagamentos)

9 - Impostos e Contribuições: Conciliação com os Livros Fiscais e análise

10 - Empréstimos e Financiamentos: composição e análise

11 - Provisões Relativas a Folha de Pagamento: Férias, 13º, Encargos – Conciliação e análise

12 - Patrimônio Líquido: movimentação para elaboração da Mutação do Patrimônio Líquido, conforme exigido pelos CPC’s

13 - Contas de Resultado: Revisão analíticaConciliação bancáriaodo de controle administrativo e contábil em uso nas empresas, de seus saldos bancários em dinheiro mantidos em contas correntes de instituições financeiras ou bancos.O objetivo da conciliação é corresponder os saldos das contas contábeis de Bancos - Conta-Movimento ou

similares, tanto no Razão quanto no Livro Diário, com o demonstrado no respectivoextrato bancário da conta corrente. Evidentemente, haverá divergências como a dos "Cheques a Compensar", que se darão em função do intervalo de tempo entre a data da emissão do cheque e a do efetivo saque do mesmo na conta corrente (Ver Clearing). Todas as divergëncias verificadas deverão constar de um relatório, de quais os erros e ocorrências anormais deverão ser corrigidas (análise contábil) ou investigadas (auditoria) com urgência.Em empresas maiores, esse procedimento de controle contabil era chamado de "reconciliação bancária", pois havia um primeiro procedimento de conferência dos extratos, feito pelo confronto com os controles do gerente ou departamento financeiro.Com o advento da automação, muitas empresas conseguiram fazer seus lançamentos nas contas contábeis referentes a movimentação das contas bancárias de movimento, diretamente por intermédio de uma fita magnética ou similar fornecida pelo banco. Esse procedimento elimina a reconciliação bancária em muitos casos, havendo a necessidade de apenas uma revisão contábilperiódica.Existem extratos eletrônicos que facilitam a conciliação bancária e reduzem a chance de erros quando utilizados por softwares financeiros. Os formatos mais usados para extrato eletrônico são: CNAB400, CNAB240, OFC ou OFX.A conciliação na parte contábil é feita da seguinte forma:Quando um cheque é utilizado como forma de aumentar o caixa:

Débito - CaixaCrédito - Banco

Quando um cheque é utilizado para prover o pagamento de obrigações:

Débito - FornecedorCrédito - Banco

Em todo extrato existem tarifas cobradas pelo bancos para manutenção da conta. Neste caso:

Débito - Despesas BancáriasCrédito - Banco

Observação: Ao realizar os lançamentos deve-se ater-se ao fato de que nem todas as despesas do extrato devem ser lançadas em Despesas Bancárias pois existem outras despesas que aparecem nos extratos como IOF e juros que devem ser contabilizadas como tal. Embora estas também sejam despesas, não poderão ser incluídas no mesmo grupo de despesas, sendo estas lançadas em Despesas com IOF e Despesas com Juros respectivamente. As despesas bancárias normalmente são despesas com manutenção de conta, extratos e tarifas de depósitos ou de retiradas da conta bancária, as demais devem ser analisadas para ver a qual grupo de despesas pertencem.Ainda em relação à conciliação bancária, podem ocorrer ganhos, pois muitas contas correntes estão vinculadas ou assemelham-se a contas de aplicações de curto prazo, o

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Conhecimentos Específicos – Auxiliar de Contabilidade

que neste caso requer um lançamento diferenciado dos demais:

Débito - BancoCrédito - Rendimento Financeiro ou Rendimento Conta Aplicação

Balancete de verificação: conceitos, modelos e técnicas de elaboração.

O Balancete de Verificação é uma técnica bastante utilizada pelos responsáveis pela contabilidade para verificar se os lançamentos contábeis realizados no período estão corretos. Este instrumento, embora de muita utilidade, não detectará toda amplitude de erros que possam existir nos lançamentos contábeis.O Balancete de Verificação tem como base o método das partidas dobradas: não há crédito sem débito correspondente. Portanto se de um lado for somado todos os débitos, do outro a soma dos créditos tem que somar um valor igual. Desse modo é verificado se os lançamentos a débito e a crédito foram realizados corretamente.ObjetivoTestar se o método das partidas dobradas foi respeitado, evidenciando as contas de acordo com seus respectivos saldos e verificando a igualdade entre a soma dos saldos devedores e credores.

COMO ELABORAR UM BALANCETE DE VERIFICAÇÃOIntrodução:

 O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar de caráter não obrigatório, que relaciona os saldos das contas remanescentes no diário. Imprescindível para verificar se o método de partidas dobradas está sendo observado pela escrituração da empresa. Por este método cada débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, cabendo ao balancete verificar se a soma dos saldos devedores é igual a soma dos saldos credores.Este demonstrativo deve ser levantado mensalmente segundo a NBC T 2.7, unicamente para fins operacionais, não tendo obrigatoriedade fiscal, com suas informações extraídas dos registros contábeis mais atualizados. O grau de detalhamento do balancete de verificação deverá estar adequado a finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo seja destinado a usuários externos o documento deverá ser assinado por contador habilitado pelo conselho regional de contabilidade (CRC).Geralmente o balancete é levantado antes do início de um novo exercício, servindo também como suporte aos gestores para visualizar a situação da empresa diante dos

saldos mensurados, sendo um demonstrativo de fácil entendimento e de grande relevância.

Considere o seguinte balanço inicial.

Faca as seguintes operações:

1 – Compra a prazo de R$ 500,00 de mercadoria a prazo.2 – Pagamento de R$ 900,00 de fornecedores3 – Venda de R$ 400,00 de mercadorias por R$ 700,00 a vista.

Após apure o resultado e faca o novo balanço patrimonial, e depois a DRE.

Os lançamentos ficariam assim:

Bem, até aqui temos todas as operações contabilizadas, somente para efeito de melhor compreensão do balancete de verificação vamos fazer os lançamentos de apuração do resultado em novos razonetes, já considerando os lançamentos efetuados.

Vamos agora fazer o balanço patrimonial e ver como ficará:

Agora a DRE:

Bom vamos aprender agora como é feito o Balancete de Verificação, e compararemos as semelhanças entre ambos.

Balancete de Verificação:

O primeiro passo para elaborar o balancete de verificação é dispor de todos os razonetes com todas as operações contabilizadas, que são os primeiros razonetes que fizemos, acima, onde deixei uma observação dizendo que seriam para facilitar a feitura do balancete.

O objetivo disso é demonstrar que para fazermos o balancete de verificação temos que partir desse ponto.

Vejamos os razonetes com todas as operações contabilizadas (antes do zeramento das contas de resultado).

O segundo passo é acharmos o saldo de cada conta, e indicar se ela é credora ou devedora. Achar o saldo da conta no momento, não é mais mistérios nenhum basta somarmos os lançamentos de cada lado do razonete e diminuir o maior saldo do menor. O saldo será devedor ou credor, se o resultado encontrado estiver no lado do débito ou do crédito.

Por exemplo, o saldo da conta Bancos é de R$ 800,00 DEVEDOR, ou R$ 800,00 DV.

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Como achamos esse saldo, primeiro eu somei todos os lançamentos que estavam no lado do debito do razonete (1.000,00 de saldo inicial + 700,00 do lançamento n.º 3), totalizando R$ 1.700,00 DEVEDOR.

Após eu somei todos os lançamentos a crédito na conta, que na verdade é só um lançamento, porem se fosse mais teríamos que somar, logo, chegamos ao saldo de R$ 900,00 CREDOR.

Diminuindo o maior (R$ 1.700,00 DEVEDOR), do menor (R$ 900,00 CREDOR), temos um saldo de R$ 800,00 DEVEDOR.

Entendido isso podemos apurar o saldo de todas as contas, por enquanto utilizaremos as siglas CR para indicar um saldo credor e a sigla DV para indicar um saldo devedor.

Vamos apurar o saldo de todas as contas.

Esse modelo acima de Balancete de Verificação podemos dizer que seria um Tiranossauro-Rex, dos balancetes, bem pré-histórico, na verdade existe outras formatações que veremos mais adiante, mais já serve para entendermos a finalidade do balancete.

O primeiro ponto a ser reparado, e quanto abrangência, vejam que apresentamos todas as contas de ativo, passivo, receita e custo, se houve conta de despesa essa seria apresentada.

Ou seja, no balancete temos uma parte das informações que aparecem no balanço, vejam que o saldo das contas de BANCOS, MERCADORIAS, CLIENTES, FORNECEDORES E CAPITAL SOCIAL, são idênticas as apresentadas no balanço.

Temos também uma boa parte das informações que estavam na DRE percebam que o valor apresentado nas contas de RECEITA DE VENDAS e CMV são os mesmo que estavam na DRE.

Qual foi a conta que tem no balanço que o balancete de verificação não mostrou? A conta de Lucros do Exercício.

E qual a conta que tem na DRE que o balancete não mostrou? A conta de Lucros do Exercício.

Ou seja, uma única conta que não foi mostrada, que é comum aos dois demonstrativos. Voltaremos a falar dessa diferença depois.

Vamos continuar, com a nossa analise.

Outro ponto é quanto a forma de apresentação, vejam que primeiro foi apresentada as contas de ATIVO, depois as contas de PASSIVO e PATRIMONIO LIQUIDO. Essas contas devem ser apresentadas sempre nessa ordem primeiro ativo e depois passivo e patrimônio líquido.

Logo depois apresentamos as contas de Receita e Custo, se houvesse conta de DESPESA também seria

apresentada, aqui não tem ordem para apresentação, porém é mais comum apresentarmos primeiro a Receita depois o Custo depois a Despesa, pois fica até parecido com a DRE, mais isso é caso a caso.

Vamos agora quanto ao ponto crucial, como saberíamos que se apurássemos o resultado, nosso ativo seria igual ao passivo?

Vejam que ao lado de cada valor temos a sigla da natureza do saldo da conta CR para CREDOR e DV para DEVEDOR, basta somarmos todos os saldos devedores, e depois somarmos todos os saldos credores, os resultados devem ser iguais.

Vamos ver?

Saldos devedores:

Com saldos devedores, temos as contas de Bancos, Clientes, Mercadorias e CMV, que somando os saldos temos R$ 3.800,00 DEVEDOR.

Somando os saldos credores teríamos R$ 3.800,00 CREDOR, que é a soma dos saldos das contas de Fornecedores, Capital Social e Receita de Vendas.

Isso indica que se efetuarmos os lançamentos de apuração do resultado, nosso balanço fecharia.

Mas vamos entender por que podemos dizer que o balanço fechará.

Primeiro já vimos que as contas patrimoniais (BANCO, CLIENTES, MERCADORIAS, FORNECEDORES e CAPITAL SOCIAL), estão com o mesmo saldo, tanto no balanço quanto no balancete, isso porque fizemos o balancete já considerando todas as operações do mês. E além do mais essas contas não são envolvidas na apuração do resultado, onde zeramos somente as contas de resultada (CUSTOS, DESPESAS e RECEITAS).

O primeiro ponto que faz diferença são as contas de RECEITA, CUSTOS e DESPESAS, se percebemos bem, a diferença do balanço para o balancete, é que no balancete essas contas são mostradas pelos seus saldos totais, e que no balanço essas contas não são mostradas pelos saldos totais e sim pela diferença entre elas, assim no balanço temos um único valor que mostra a diferença entre as contas de resultado, no balanço, mostramos a conta de Lucros do Exercício com o saldo de R$ 300,00 que é a diferença do saldo da conta de Receita de Vendas menos o saldo da conta de CMV (700,00 – 400 = 300).

Então se pegássemos o nosso balancete:

Somássemos todos os valores devedores, teríamos R$ 3.800,00 diminuindo o saldo da conta de CMV que é de R$ 400,00 temos um total de R$ 3.400,00, isso porque na verdade o CMV vai ser apurado contra o saldo da conta de Receita de Vendas, e o resultado vai ser demonstrado numa conta dentro do PATRIMÔNIO LIQUIDO, no nosso caso Lucros do Exercício.

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Esse total de R$ 3.400,00 já se iguala ao total do ativo que apuramos no balanço.

Vamos agora fazer o mesmo nos saldos credores, temos um total de R$ 3.800,00, diminuindo o saldo da conta de Receita de Vendas (700,00), temos um total de R$ 3.100,00, que não é igual ao total do nosso passivo, que é de R$ 3.400,00, ou seja, temos uma diferença de R$ 300,00.

Essa diferença é justamente o valor que sobrará se diminuirmos o valor da conta de RECEITA DE VENDAS, menos o valor da conta de CMV. Que resultará em R$ 300,00, que nada mais é do que o LUCRO DO EXERCICIO que apuramos acima, lembrando que esse valor apurado, é de natura CREDORA, ou seja o seu saldo é CREDOR, voltamos agora aos R$ 3.100,00 CREDOR, se somássemos com mais os R$ 300,00 CREDOR, teríamos R$ 3.400,00 CREDOR, agora o nosso saldo CREDOR, fica igual ao nosso passivo.

 Correção do Exercício:

O exercício era esse:

Mais somente por curiosidade vamos ver se que o vimos acima é verdade, agora vamos utilizar um balancete com os valores a débitos diferentes dos valores a créditos:

Vejam que é o mesmo balancete do outro exercício, a única alteração foi que diminui R$ 100,00 do saldo da conta de CMV.

Somando os saldos, devedores temos R$ 3.700,00 e os saldos credores temos R$ 3.800,00.

Tentem fazer o balanço, a apuração do resultado e vejam se o balanço fecha, no próximo tutorial “corrigiremos”.

Lembrem-se que as contas de Ativo, Passivo e Capital Social já estão contabilizadas, logo a única coisa que deve ser feita é apurar o lucro ou prejuízo, colocar no grupo do patrimônio liquido, e ver se o balanço esta fechando.

Correção:

Como dito acima, os saldos apresentados no balancete já estão contemplados todos os lançamentos, logo não há necessidade de abrirmos os razonetes para efetuarmos lançamentos tendo em vista que todos os lançamentos já estão feitos.

Podemos então fazer logo de imediato o balanço

O saldo da conta de Bancos, Clientes, Mercadorias, Fornecedores e Capital Social, é o mesmo que estava apresentado no Balancete, isso porque quando fazemos o balancete, todos os lançamentos já estão efetuados.

A única diferença é em relação as contas de Receita de Vendas e CMV, os quais temos que apurar o lucro ou

prejuízo e incluir no balanço, no caso acima foi um lucro de R$ 400,00. (700-300).

Como havia dito o balanço não vai fechar, pois houve um erro no saldo da conta de CMV, que esta inferior em R$ 100,00.

Conseqüentemente tal diminuição no Custo das Mercadorias Vendidas aumentou o lucro em R$ 100,00, ele deveria ser de R$ 300,00, o faria o nosso balanço fechar em R$ 3.400,00 tanto no ativo quanto no passivo. Em relação a esse aumento o saldo da conta de Lucros do Exercício aumento R$ 100,00, portanto o nosso passivo aumentos em R$ 100,00, por isso ele esta com o valor de R$ 3.500,00.

É importante entender essa questão, pois toda vez que elaborarmos um balancete e a soma dos débitos não for igual a soma dos créditos, tem alguma coisa errada e precisamos rever os lançamentos.

Vamos continuar o nosso aprendizado.

Balancete de Verificação com Duas Colunas:

O Balancete que aprendemos o tutorial passado é bem simples, na verdade existe varias formas de apresentação de balancetes.

Vamos aprender agora como é a forma do balancete de duas colunas.

Esse balancete se apresenta da seguinte forma:

Existem duas diferenças básicas em relação ao balancete anterior, a primeira é que os valores a débitos são apresentados em sua coluna especifica o mesmo com os valores a crédito, isso torna mais limpo a aparência do balanço, e permite que seja apurado o total lançado a débito e a crédito, como pode ser visto na última linha, como é o computador que elabora tais somatórios isso evita que tenhamos que ficar somando os valores para se achar os totais.

Vale ressaltar que é importante entender o balancete de uma única coluna, pois esse é o modelo que na maioria das vezes é utilizado nas provas de concurso, e quase sempre não há a indicação se os valores são a debito ou a crédito.

Quando digo uma única coluna, estou me referindo a uma única coluna para os saldos, pois o primeiro balancete, tinha duas colunas, mas somente uma era para o saldo, a outra indicava a natureza do saldo da conta, ok?

Esse balancete, de uma única coluna também pode ser apresentado assim:

Na maioria das vezes o balancete apresentado em concursos é assim:

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O candidato tem que saber que saldos são a débito ou a crédito.

Temos ainda o balancete de 4, 6 e 8 colunas, mais para chegarmos a esses, necessitaremos de um exercício suporte, que vamos faze-lo agora.

Exercício:

Vamos começar do zero, desde a abertura de uma empresa:

As operações foram as seguintes:

1 – Integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$ 20.000,00.2 – Abertura de uma conta corrente com deposito inicial de R$ 19.000,00.3 – Compra de Moveis para o Escritório da Empresa no valor de R$ 3.000,00 a vista, com cheque.4 – Compra de um Veiculo no valor de R$ 10.000,00, sendo 30% a vista (em cheque) e o restante financiado em parcelas de R$ 500,00.5 – Compra de R$ 1.000,00 de mercadorias, a vista com dinheiro do caixa.6 – Compra de R$ 500,00 de mercadorias, a prazo.

Vamos contabilizar todas as operações e fazer primeiro o balancete simples de uma única coluna e com a indicação do saldo.

Contabilizada todas as operações podemos fazer o balancete, que ficaria da seguinte forma:

Vamos fazer alguns comentários:

Primeiro percebam que efetuamos o balancete, após todos os lançamentos estarem efetuados. Segundo que a conta caixa, devido a estar com o seu saldo zerado, NESSE MODELO de balancete não é mostrada. E que a soma dos débitos confere com a soma dos créditos em R$ 27.500,00.

Vamos agora, com o mesmo exercício efetuar o balancete de duas colunas, que ficaria assim:

Balancete de Verificação com Quatro Colunas:

Para entendermos o balancete de 4 colunas, vamos fazer um outro exercício partindo dos saldos apresentados no balancete acima, após faremos o balancete de uma coluna indicando o saldo, e o de duas colunas depois veremos como é feito o balancete de 4 colunas.

As operações foram as seguintes:

1 – Pagamento com cheque de uma parcela do veiculo (R$ 500,00) como dito no exercício anterior.2 – Pagamento com cheque de R$ 100,00 da divida com o fornecedor.

3 – Venda de R$ 100,00 de mercadorias por R$ 300,00 a prazo.4 – Retirada de dinheiro do banco, para recompor o caixa da empresa no valor de R$ 500,00.5 – Compra de mais R$ 200,00 em moveis a vista.

O primeiro passo é abrir os razonetes, tendo em vista que faremos novos lançamentos, indicando o saldo inicial e numerando as operações, somente os lançamentos sem efetuarmos os zeramentos das contas de resultado.

Feito isso podemos fazer os balancetes solicitados.

O Balancete de 1 coluna ficaria assim:

Somem os valores a débitos e a credito e vejam que totalizam R$ 27.200,00.

Vamos agora fazer o balancete de duas colunas, que ficaria assim:

Vamos aprender agora como é o balancete de 4 colunas.

Esse balance se apresenta da seguinte forma:

Vejam que na primeira coluna temos o nome da conta, nas linhas abaixo preencheremos com o nome de cada conta, por exemplo BANCOS, MERCADORIAS, FORNECEDORES e assim sucessivamente até acabarmos com todas as contas.

Na coluna ao lado, temos o saldo anterior, nessa coluna preencheremos com o saldo da conta antes de começarmos a fazer os lançamentos, que no nosso exemplo acima, pode ser tanto o saldo final do ultimo balancete que fizemos como o primeiro valor que esta indicado no razonete como Saldo Inicial (Si), por exemplo na conta Bancos seria de R$ 13.000,00 e ainda nessa coluna colocaremos a sigla do saldo no caso DV.

Na próxima coluna de titulo MOVIMENTOS, temos duas sub-colunas, uma A DEBITO e a outra A CREDITO. Na coluna a debito indicaremos o total de todos os lançamentos que foram efetuados a debito na conta em questão, no nosso exemplo da conta BANCOS, preencheríamos com 0,00 ou -, pois não foi efetuado nenhum lançamento a debito nessa conta no exercício passado, já na coluna a credito preencheríamos com R$ 1.100,00, pois esse foi o total dos lançamento a créditos que fizemos nessa conta.

Na coluna saldo atual, preencheríamos com o valor do saldo final da conta, indicando a sigla do saldo, assim por exemplo a conta bancos e a conta Caixa ficariam da seguinte forma no balancete de 4 colunas:

Para melhor compreensão olhem os respectivos razonetes acima.

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Vejam que na conta Caixa, como o saldo anterior era R$ 0,00, não indicamos a sigla, percebam que podemos chegar ao saldo final de outra forma também da seguinte forma:

Na conta caixa tínhamos R$ 0,00 de saldo, fizemos débitos de R$ 500,00 (logo, aumentamos o seu saldo em R$ 500,00), e fizemos créditos de R$ 300,00 (logo, diminuímos o seu saldo em R$ 300,00), se tínhamos nada, aumentamos 500,00 e diminuímos 300,00 ficamos com? 200,00.

O mesmo com a conta de fornecedores tínhamos 13.000,00 aumentamos nada, e diminuímos 1.100,00 ficamos com 11.900,00.

Na ultima linha temos o TOTAL que somente é preenchido para as sub-colunas de MOVIMENTOS, é só somar todos os valores a débito e na outra sub-coluna todos os valores a crédito, no exemplo acima, como não preenchi todas as contas o somatório dos débitos não será igual ao dos créditos, porem quando efetuarmos o completo preenchimento, esses valores tem que ser iguais.

A vantagem desse balancete em relação aos de 1 e 2 colunas é na quantidade de informações, pois vejam que ele mostra o saldo que você tinha no balancete anterior, os movimentos a débito, a crédito e o saldo final, nos outros balancetes só tínhamos o saldo final.

Esse modelo de balancete é o mais comum nos programas de contabilidade, pois gera uma boa quantidade de informações e ocupa mais ou menos uma folha completa, os balancetes com de 6 e 8 colunas exigem um papel bem maior na hora da impressão, ou então vão reduzir tanto as letras que alguém que não enxergue direito não conseguirá ver nada.

Balanço patrimonial: conceitos, objetivo, composição.

O balanço patrimonial, após reformulação dada pela lei 11.638/07 juntamente com a MP 449/08, a princípio introduziram um novo conceito globalizado para este demonstrativo. Ocorre que atualmente (2008 em diante) neste demonstrativo deve ser evidenciado tanto para o ativo quanto para o passivo a parcela que corresponde ao "circulante" da empresa e ao "não-circulante".Na Contabilidade e no Direito, a palavra "balanço" decorre do equilíbrio ou da igualdade expresso nas seguintes fórmulas contábeis: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido Aplicações = Origens.Cientificamente falando, o balanço patrimonial é obrigatório para todos os empresários e sociedades com duas exceções previstas (rurais e pequenos empresários) e sua estrutura é uma consequência das partidas dobradas aonde para um ou mais crédito existirá um ou mais débito de mesmo valor. Os "pequenos empresários" são as empresas familiares onde a própria família trabalha nela e não tem empregados contratados, não os confunda com os donos de Empresa de Pequeno Porte (EPP).

Grosso modo podemos pensar em parte na idéia de uma balança de dois pratos, onde sempre encontramos a igualdade. A balança ainda remete à idéia de mensuração do peso. Só que no caso do balanço patrimonial não se mede o peso, mas o patrimônio.O termo patrimonial tem origem no patrimônio da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos e obrigações.Juntando as duas partes, obtém-se o balanço patrimonial, equilíbrio do patrimônio, igualdade patrimonial. Em sentido amplo, o balanço evidencia a situação patrimonial da empresa em determinada data.Em terminologia moderna em uso no Brasil, o balanço é uma demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a posição contábil, financeira e econômica de uma entidade (em geral uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática (posição ou situação do patrimônio em determinada data).No Direito Privado, era chamado anteriormente pelo Código Comercial Brasileiro de "Balanço Geral". A partir da lei 6.404/76, o Balanço das companhias passou a ser denominado de "Balanço Patrimonial", procurando diferenciar essa Demonstração Contábil do "Balanço Financeiro", próprio das entidades sem fins lucrativos. O Código Comercial foi revogado e substituído pelo Código Civil, notadamente pelo Livro II "Do Direito de Empresa" que tem início em seu art. 966.O Balanço apresenta os ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações) e o Patrimônio Líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e passivos.Demonstrações contábeis

O balanço patrimonial é parte de um conjunto de relatórios que compõem as demonstrações contábeis de uma entidade. Além do balanço, há a demonstração do resultado do exercício, ademonstração das mutações do patrimônio líquido, a demonstração de origens e aplicações de recursos, exigidas pela atual legislação societária brasileira. São também consideradas demonstrações contábeis a demonstração do valor adicionado, a demonstração dos lucros e prejuízos acumulados e a demonstração do fluxo de caixa. Tais demonstrações devem ser sempre apresentadas acompanhadas de notas explicativas.

O Balanço patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, resumidamente, o patrimônio da empresa, quantitativa e qualitativamente. O artigo 178 da Lei nº 6.404/1976 - Lei das sociedades por ações, alteradas pela Lei 11.638/07 e MP 449/08,estabelece o seguinte:Art. 178. No Balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.§1º No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados(e aquilo que se transforma mais rápido em dinheiro), nos seguintes grupos:a) Ativo circulante;b) Ativo não circulante;b1) Ativo realizável a longo prazo;b2) Ativo permanente, dividido em Investimentos, Ativo imobilizado e Ativo intangível. O Ativo diferido não é mais demonstrado.

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Conhecimentos Específicos – Auxiliar de Contabilidade

Nota de atualização: A partir da alteração da legislação societária promovida pela lei Lei 11.638/07, o Ativo intangível deve figurar no Balanço Patrimonial das empresas como subgrupo de Ativo Permanente, cujo objeto são os bens intangíveis anteriormente classificados no Ativo Imobilizado.§2º No passivo, as contas serão classificadas segundo a ordem decrescente de exigibilidade (e aquilo que temos que pagar de acordo com as datas), nos seguintes grupos:a) Passivo circulante;b) Passivo não circulante;b1) Passivo exigível a longo prazo;b2) 'Resultados de exercícios futuros; (não existe mais)c) Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reserva de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.§3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.Nota de atualização: A partir da alteração da legislação societária promovida pela lei Lei 11.638/07, foi suprimida o grupo de contas intitulado Reserva de Reavaliação no Balanço Patrimonial.As contas do Ativo sujeitas à depreciação, à amortização, à exaustão e à provisão para créditos de liquidação duvidosa e outras provisões aparecerão, no Balanço Patrimonial, deduzidas das respectivas depreciações, amortizações, exaustões ou provisões para créditos de liquidação duvidosa e outras provisões.Classificação das contas

Conforme o art. 178 da Lei nº 6.404/76, "no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia".Órgãos regulamentadores

Os critérios para a elaboração do balanço e demais demonstrações contábeis são definidos por órgãos específicos de cada país. No Brasil esse órgão é o Conselho Federal de Contabilidade-CFC, que expede as normas gerais sobre temas contábeis.Há outros órgãos oficiais brasileiros, como a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, o Banco Central do Brasil, a STN - Secretaria do Tesouro Nacional e os Tribunais de Contas, dentre outros, que podem expedir normas específicas para as instituições por eles fiscalizadas.Balanço Patrimonial: Ativos, Passivos e Patrimônio LiquidoInicialmente o balanço patrimonial é dividido em 2 categorias principais: Ativos: consistem nos bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela empresa. Também constituem os ativos osinvestimentos financeiros ou de qualquer espécie que a empresa fez e títulos públicos ou privados que a empresa tem por receber. Passivos: Passivos compreendem as obrigações financeiras da empresa com o Estado, seus funcionários e com outras empresas.Quando já temos realizado o cálculo dos ativos e dos passivos, podemos obter por fim o Patrimônio Liquido. Este que consiste na diferença dos Ativos ( positivos, relativos aos lucros e investimentos ) e dos Passivos ( negativos, relativos a pagamentos e dividas ), sendo assim o Patrimônio Liquido considerado

o capital que a empresa efetivamente tem disponível em caixa. Este, também pode ser usado basicamente para re-investimento ( investimento na própria empresa, modernização, expansão das atividades ), pode ser transformado em reserva financeira ou então empregado para realizar novos investimentos financeiros e expandir os Ativos.Subdivisão dos Ativos e PassivosAssim como o balanço patrimonial pode ser dividido em Ativos e Passivos, estes também podem ser classificados em sub-divisões para facilitar os cálculos e estatísticas, para os ativos temos: Ativos Atuais: todo o dinheiro e recursos que estão aplicados em fontes acessíveis tais como ações, titulos e contas bancárias. São recursos que facilmente ( ou de maneira relativamente facil ) podem ser convertidos em dinheiro no prazo de até 1 ano. Ativos Fixos: itens relativos a patrimônio mais fixo e que podem ser mensurados em períodos mais longos, tais como terrenos, prédios, plantas industriais, veículos, máquinas, equipamentos e mobiliário. Ativos de Longo Prazo: Consistem em fontes abstratas de recursos tais como direitos autorais, patentes e também títulos e ações que a empresa pretende manter por mais de um ano.Para os passivos temos: Passivos Atuais: Contas, notas, taxas, impostos e atribuições pagáveis mensalmente ou em períodos curtos. Entre estas atribuições mensais se destacando a folha de pagamento dos funcionários, a folha de pagamento dos fornecedores e os impostos. Passivos a Longo Prazo: Todas as notas pagáveis em periodos mais longos tais como, hipotecas, pagamentos de contrato, alguns tipos de impostos e outros que vencem em um período superior a um ano

Demonstração de resultado de exercício: conceito, objetivo,

composição.

A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração contábil dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e resultados, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência.A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de legais de divulgação, em geral são feitas mensalmente para fins administrativos e trimestralmente para fins fiscais.De acordo com a legislação brasileira(Lei nº 6.404, de 15 – 12 – 1976, Lei da Sociedade por Ações), as empresas deverão discriminar na Demonstração do Resultado do Exercício: A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias vendidas e serviços prestados e o lucro bruto;

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As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para tal imposto; As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistências e previdência de empregados;O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

===== MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO =====

FATURAMENTO BRUTO (venda de produtos, quando empresa industrial)

(-) IPI (imposto por fora)

= RECEITA de VENDAS BRUTA (vendas de Mercadorias e Prestação de Serviços)

(-) Impostos e Contribuições Incidentes sobre Mercadorias e Serviços (ISS, ICMS, PIS/COFINS)(-) Descontos INCONDICIONAIS Condedidos(-) Devoluções de Vendas(+) Reversão dos Impostos Sobre Devoluções de Vendas(-) Abatimentos sobre Vendas (SEM REVERSÂO dos impostos sobre a parte abatida)

= RECEITA de VENDAS LÍQUIDA

(-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV, inclui frete/seguros sobre compras de insumos)(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV, inclui frete/seguros sobre compras de mercadorias)(-) Custo dos Serviços Prestados (CSP)

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) Despesas Comerciais (inclui publicidade e propaganda, depreciação de veículos de vendas/entregas, fretes/seguros sobre vendas, salários de vendedores, despesa de provisão para devedores duvidosos et cetera)(-) Despesas Gerais e Administrativas (inclui impostos e aluguéis sobre prédios administrativos, depreciações em geral, salários de executivos, honorários de diretoria et cetera)(-) Outras Despesas Operacionais (inclui despesas de equivalência patrimonial, despesas de ajuste ao valor de mercado et cetera)(+) Outras Receitas Operacionais (inclui receitas de equivalência patrimonial, receitas de ajuste ao valor de mercado, aluguéis ativos, reversão de provisão para devedores duvidosos et cetera)(-) Despesas Financeiras (inclui IOF, variações monetárias PASSIVAS, descontos CONDICIONAIS CONCEDIDOS et cetera)(+) Receitas Financeiras (inclui variações monetárias ATIVAS, descontos CONDICIONAIS

OBTIDOS et cetera)(-) Outras DESPESAS (inclui custo de venda de ativo imobilizado et cetera)(+) Outras RECEITAS (inclui receita de venda de ativo imobilizado et cetera)

(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

(-) Despesa com Provisão de Imposto de Renda(-) Despesa com Provisão de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

(=) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (as participações abaixo devem ser calculadas rigorosamente nesta ordem, sendo que para o cálculo da próxima deve ser abatido o valor da participação anteriormente calculada)

IMPORTANTE:BASE DE CÁLCULO DAS PARTICIPAÇÕES = RESULTADO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES - PREJUÍZO ACUMULADO DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

(-) Debêntures (dedutível do Imposto de Renda)(-) Empregados (dedutível do Imposto de Renda)(-) Administradores(-) Partes Beneficiárias(-) Fundos de Assistência e Previdência para Empregados

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

(RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO) / (NÚMERO DE AÇÕES) = RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO

Noções de matemática financeira.

IntroduçãoDe uma forma simplificada, podemos dizer que a Matemática Financeira, é o ramo da Matemática Aplicada que estuda o comportamento do dinheiro no tempo. A Matemática Financeira pois, busca quantificar as transações que ocorrem no universo financeiro levando em conta a variável tempo, ou seja o valor monetário no tempo (time value money). As principais variáveis envolvidas no processo de quantificação financeira, são: a taxa de juros, o capital e o tempo.

Devemos entender como Juros, a remuneração de um capital aplicado a uma certa taxa, durante um determinado período, ou seja, é o dinheiro pago pelo uso de dinheiro emprestado. Portanto, Juros (J) = preço do crédito.A existência de Juros, decorre de vários fatores, entre os quais destacam-se:1 - inflação: a diminuição do poder aquisitivo da moeda num determinado período de tempo.2 - risco: os juros produzidos de uma certa forma, compensam os possíveis riscos do investimento.3 – aspectos intrínsecos da natureza humana : os seres humanos adoram ganhar dinheiro! Ah ah ah ah ...

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Normalmente o valor do capital é conhecido como principal (P). A taxa de juro (i), é a relação entre os Juros e o Principal, expressa em relação a uma unidade de tempo. 

Assim por exemplo, se os juros anuais correspondentes a uma dívida de R$2000,00 (Principal = P) forem R$200,00 (Juros = J), a taxa de juros anual ( i ) será 200/2000 = 0,10 = 10% ao ano. Indica-se: i = 10% a.a.Costuma-se especificar taxas de juros anuais, trimestrais, semestrais, mensais, etc., motivo pelo qual deve-se especificar sempre o período de tempo considerado.

Quando a taxa de juros incide no decorrer do tempo, sempre sobre o capital inicial, dizemos que temos um sistema de capitalização simples (Juros simples). Quando a taxa de juros incide sobre o capital atualizado com os juros do período (montante), dizemos que temos um sistema de capitalização composta (Juros compostos).

Na prática, o mercado financeiro utiliza apenas os juros compostos, de crescimento mais rápido (veremos em outro artigo, que enquanto os juros simples crescem segundo uma função do 1º grau – crescimento linear, os juros compostos crescem muito mais rapidamente – segundo uma função exponencial).

PARA MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE MATEMÁTICA FINANCEIRA FAVOR VERIFICAR O CD-ROM

Noções de finanças.

Finanças é a arte e a ciência da gestão de ativos financeiros. O campo de estudo de instituições financeiras, dos mercados financeiros e do funcionamento dos sistemas financeiros, quer dentro de uma nação quer no mercado internacional. Enquanto verbo, financiar significa fornecer fundos para negócios e projetos.Na sua aceção moderna, o conceito de finanças nasceu nos anos 1950. Desde então, esta área tem ultrapassado muitas outras das mais tradicionais da Economia, em número de estudantes, professores e, principalmente, na quantidade e qualidade da produção científica. A maioria dos professores de Finanças leciona em cursos de Administração, em que a abordagem característica é normativa, isto é, um decisor, seja um investidor individual ou gerente empresarial, busca maximizar uma função-objetivo, seja em utilidade ou em retorno esperado, ou agregar valor para o acionista, para um dado preço de título obtido no mercado.No nível micro, as finanças são o estudo do planejamento financeiro, da gestão de ativos e da captação de fundos por empresas einstituições financeiras.O termo finanças pode assim incorporar o estudo do dinheiro e outros ativos; o gerenciamento e controle desses ativos ou recursos; e a análise e gerenciamento de riscos de projetos.Contributos das finanças modernas

Teoria do portfólioO artigo de Harry Markowitz de 1952, Portfolio Selection fundou a teoria da seleção de carteira, tendo

sido um dos precursores da teoria moderna de finanças. Pela primeira vez os conceitos de risco e retorno são apresentados de forma precisa. A descrição do retorno e risco através de indicadores de média e variância, atualmente tão usada por profissionais de finanças, não era tão óbvia naqueles dias. Esta façanha de Markowitz tornou possível a utilização da poderosa álgebra de matemática estatística nos estudos de seleção de carteiras.O modelo CAPMEm 1964, William Sharpe desenvolve um modelo imaginando um mundo onde todos os investidores utilizam a teoria da seleção de carteiras de Markowitz através tomando decisões usando a avaliação das médias e variâncias dos ativos.[4] Sharpe supõe que os investidores compartilham dos mesmos retornos esperados, variâncias e covariâncias. Mas ele não assume que os investidores tenham todos o mesmo grau de aversão ao risco. Eles podem reduzir o grau de exposição ao risco tomadores parcelas maiores de ativos de menor risco, ou construindo carteiras combinando muitos ativos de risco.O modelo de precificação de ativos financeiros (CAPM, capital asset princing model em inglês) descreve a relação entre o risco de mercado e as taxas de retorno exigidas.Tem como pressupostos que: existe a possibilidade de se efetuar investimento em ativos sem risco; os investidores são maximizadores da utilidade esperada e escolhem os seus investimentos entre carteiras alternativas com base no seu retorno esperado e respetivo desvio padrão; os investidores podem endividar-se a uma taxa de juro igual à que podem emprestar num montante ilimitado a uma dada taxa de juro isenta de risco (no entanto as taxas de endividamento, em princípio, são maiores que as taxas de empréstimo); todos os investidores têm expectativas homogéneas, quer quanto ao retorno esperado, à variância e covariância do retorno dos ativos; todos os ativos são perfeitamente divisíveis e líquidos, não existindo custos de transação; não há impostos; o cálculo de betas "futuros" parte do pressuposto que os dados históricos se irão repetir (o que sabemos que há incerteza neste princípio);A linha de mercado de capitais, LMC (capital market line em inglês) descreve a relação risco/retorno para carteiras eficientes; isto é, para carteiras que consistem numa carteira de mercado mais um activo isento de risco.A linha de mercado de títulos (security market line) descreve a relação risco/retorno para títulos considerados isoladamente. A taxa de retorno exigida para um dado

título   é igual á taxa de retorno isenta de risco   adicionada de um prémio de risco de

mercado  , multiplicado pelo coeficiente beta

do título  :

O prémio de risco esperado é o prémio de risco de mercado multiplicado pelo beta:

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A linha de mercado de títulos pode não ser estável no tempo, pois quer a inflação quer a aversão ao risco podem alterar-se. Se a inflação aumentar, irá com certeza aumentar a taxa de retorno isenta de risco, pois a inflação acrescenta um prémio à taxa de retorno isenta de risco e de inflação e faz deslocar a SML para cima. Se a versão ao risco aumentar a inclinação da reta representativa da SML vai inclinar-se mais.O coeficiente beta do título   é a medida do seu risco de mercado. O Beta mede a volatilidade dos retornos de um título relativamente ao retorno do mercado, isto é, de uma carteira constituída por todos os títulos do mercado (devidamente diversificada). O coeficiente Beta é medido pela inclinação da linha característica do título, que é determinada pela reta da regressão entre os retornos históricos do título face aos retornos históricos do mercado (da carteira diversificada). Um título com um Beta elevado (>1) é mais volátil de que um título de risco médio, enquanto que um título com Beta <1 é menos volátil do que a média. Um título de risco igual ao do mercado tem um Beta = 1, por definição. O Beta de uma carteira é a média ponderada dos Betas dos títulos que constituem essa carteira. Embora a taxa de retorno esperada de um título seja, em geral, igual à taxa de retorno exigida, várias coisas podem acontecer para provocar a alteração das taxas de retorno exigidas, como, por exemplo: a taxa de retorno isenta de risco pode alterar-se em consequência de alteração da inflação antecipada; o coeficiente Beta do título pode alterar-se; a aversão ao risco dos investidores também pode alterar-se.Embora o CAPM seja uma ferramenta conveniente no estudo da relação entre risco e retorno, não pode ser provado empiricamente e os seus parâmetros são difíceis de estimar, pelo que deve ser utilizado com cautela. O modelo CAPM tem algumas limitações: Principal problema empírico: Identificação da carteira de mercado relevante. Eventual instabilidade dos Betas (pressuposto de que os retornos ex-post serão idênticos às expectativas ex-ante dos investidores. Principal problema teórico: será que os investidores diferenciam o risco sistemático do risco não sistemático (risco específico), ou será que os investidores se preocupam é com o risco total.O CAPM pode ser utilizado:1. Para a determinação do custo do capital de uma empresa, na parte que diz respeito ao capital próprio), o que é relevante, para avaliação de empresas e determinação da estrutura óptima de capitais.2. Para a determinação do custo do capital próprio de uma divisão de actividades de uma empresa com múltiplos negócios, sendo que cada negócio tem o seu próprio nível de risco e Beta).3. Para a determinação, na análise da viabilidade de projectos, da remuneração a exigir para o capital próprio a utilizar no seu financiamento. O Beta da sociedade como um todo só será válido para um projecto isolado se este tiver um nível de risco equivalente ao da empresa.As deficiências do CAPM motivaram o aparecimento de outras teorias para análise de modelos de equilíbrio entre risco e retorno.

Hipótese da eficiência de mercadoEugene Fama propõe uma teoria, intimamente ligada ao modelo CAPM, se refere à hipótese do mercado eficiente. Afirma que não há uma simples regra, baseada nos dados e informações publicamente disponíveis, que possa gerar ganhos extraordinários aos investidores; e que os preços das ações se comportam aleatoriamente. A chave desse desenvolvimento foi o modelo de passeio aleatório dos preços de ações que, segundo Fama, "diz que o caminho futuro do nível de preço de um título não é mais previsível do que o caminho de uma série acumulada de números aleatórios (...) isto insinua que a série de mudanças de preço não tem memória, (...) o passado não pode ser usado para predizer o futuro de modo significativo".Proposição de Modigliani e MillerOutro dos pilares sobre os quais as teorias modernas de finanças se baseiam são as proposições de Modigliani e Miller (M&M) sobre a estrutura de capital, com a publicação do seu primeiro artigo sobre custo do capital, finanças corporativas e teoria de investimentos. Para alguns autores esta proposta de M&M de 1958 terá provocado uma mudança de paradigma no campo acadêmico de Finanças, porque o processo de "simplificação, matematização e o esquema da arbitragem nas suas provas, teve um profundo impacto no modo como os economistas financeiros têm procedido desde então". Tanto as proposições de M&M como o CAPM e a hipótese de eficiência de mercado tratam do equilíbrio no mercado de capitais e de quais forças atuam quando este equilíbrio é perturbado.Precificação derivativos e opçõesO trabalho sobre precificação de derivativos e opções foi pioneirizado de Merton e Scholes, seguidos de perto por Fischer Black. Um derivativo é um contrato cujo valor deriva do valor de uma taxa de referência, do valor de um título, de uma mercadoria (commodity) ou de um índice. A opção, por sua vez, é um instrumento que dá a seu comprador um direito futuro sobre algo, mas não uma obrigação, e ao seu vendedor uma obrigação futura, caso a opção seja exercida pelo comprador. A fórmula de Black-Scholes-Merton diz que o preço de uma opção é função do valor corrente de mercado do título, do preço futuro, do período até o vencimento e da taxa livre de risco, além da variância dos retornos deste título. Black, Scholes e Merton mostraram que se os retornos do ativo subjacente seguissem um passeio aleatório de tempo contínuo, então o padrão de retornos de uma opção poderia ser reproduzido exatamente por um portfólio continuamente ajustado do ativo e o título do governo ou em dinheiro. Em um mercado eficiente, então, o preço de uma opção teria que ser o custo da replicação do portfólio. Se seus preços divergissem, existiria uma oportunidade de arbitragem, em outras palavras, haveria um lucro sem risco que pode ser feito comprando o mais barato e vendendo o mais valorizado dos dois. Como os arbitradores fazem isto, suas compras aumentariam o preço mais baixo e suas vendas abaixariam o preço mais alto, eliminando qualquer diferença entre o preço de uma opção e o custo de replicação do portfólio.Finanças comportamentais

As finanças comportamentais têm como principal objetivo identificar e compreender as ilusões cognitivas que fazem com que pessoas cometam erros sistemáticos de avaliação de valores, probabilidades e riscos. Consideram

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que os indivíduos nem sempre agem racionalmente, pois estão propensos aos efeitos das ilusões cognitivas. A principal temática de pesquisa deste ramo das finanças consiste na investigação de possíveis interferências de fatores comportamentais e psicológicos nos movimentos dos investidores e, consequentemente, do mercado. Segundo Rogers, Ribeiro e Securato (2007), seria possível que erros no processo de tomada de decisão fossem eliminados se os indivíduos pudessem aprender com os erros e, assim, excluí-los de todas as decisões em condições de risco. As finanças comportamentais identificaram que existem características do comportamento humano que limitam o processo de aprendizagem, tais como a dissonância cognitiva, o excesso de confiança, as discrepâncias entre atitude e comportamento, o conservadorismo, o arrependimento, a falácia do apostador e a ilusão do conhecimento.

Conceitos básicos de orçamento

Orçamento é o plano financeiro estratégico de uma administração para determinado exercício. Aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao privado.Orçamento empresarial tem como objetivo identificar os componentes do planejamento financeiro com a utilização de um sistema orçamentário, entendido como um plano abrangendo todo o conjunto das operações anuais de uma empresa atravês da formalização do desempenho dessas funções administrativas gerais.Um orçamento, em contabilidade e finanças, é a expressão das receitas e despesas de um indivíduo, organização ou governo relativamente a um período de execução (ou exercício) determinado, geralmente anual, mas que também pode ser mensal, trimestral, plurianual, etc. O orçamento deriva do processo de planejamento da gestão. A administração de qualquer entidade pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, deve estabelecer objetivos e metas para um período determinado, materializados em um plano financeiro, isto é, contendo valores em moeda, para o devido acompanhamento e avaliação da gestão.O estudo do orçamento, segundo alguns autores, remonta à década de 1920. Na verdade, a gestão organizacional vem tendo saltos de qualidade desde a Revolução Industrial no Século XIX. Esta evolução na gestão proporcionou diversas técnicas na elaboração dos orçamentos, partindo do orçamento tradicional. Surgiram então o Orçamento de Desempenho, o Sistema de Planejamento, Programação e Orçamento (PPBS), o Orçamento Base Zero, o Orçamento-Programa, o Beyond Budgeting, o Rationalisation des Choix Budgetaires, dentre outras.Entendem-se por despesa todos os gastos da pessoa ou organização que podem, inclusive, ser classificados de acordo com os fins a que se destinam. Receita é sinônimo dos provimentos recebidos, que também podem ser classificados basicamente em receitas patrimoniais (relativas a rendas geradas por propriedades), rendas extraordinárias (essencialmente oriundas de operações financeiras, como empréstimos a juros) e rendas tributárias, exclusivas de governos.Os orçamentos estatais ou públicos são representações dos diversos gastos de um governo, que envolvem saúde, educação, transportes, segurança e defesa,

essencialmente. Uma das principais funções do poder político é definir o orçamento a partir das receitas geradas pelos impostos e outras formas de arrecadação. Essa atribuição recai tanto sobre o poder executivo quanto sobre o poder legislativo, nas democracias: o executivo propõe e fiscaliza a execução do orçamento, e o legislativo analisa e aprova-o. No Brasil, a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o Chefe do Poder Executivo possui a competência de iniciar as leis que estabelecerão o Plano Plurianual (PPA), as Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o orçamento (LOA). No Brasil, o órgão responsável pela elaboração e acompanhamento do orçamento público federal é a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Em Portugal, esse órgão é a Secretaria de Estado do Orçamento, do Ministério das Finanças.A maioria dos estados também prevê mecanismos de fiscalização do orçamento público por parte do poder judiciário. O Brasil adotou o processo misto, onde o Executivo elabora o projeto de lei do orçamento, para posterior encaminhamento ao Legislativo, que o emenda e aprova-o. A própria Constituição Federal estabelece que cada Poder deve acompanhar e avaliar sua execução financeira, contábil, dentre outras, tendo o Legislativo a competência de exercer o Controle Externo das coisas públicas.A parte do Direito que estuda as leis sobre orçamentos públicos é o Direito Fiscal ou Orçamentário, ramificação do Direito Financeiro.Apesar de ser planejado com mais ou menos cuidado, um orçamento pode ser cumprido à risca, ou com sobras ou com falta de recursos planejados.Orçamento participativo

Em algumas cidades do Brasil, foi implementada uma política inovadora na criação dos orçamentos públicos com a participação dos cidadãos na escolha das prioridades de investimentos: oOrçamento Participativo. Trata-se de uma consulta popular a respeito do destino dos recursos a serem investidos durante o ano pelas prefeituras. No entanto, geralmente a influência popular é bastante pequena nas decisões.Orçamento empresarial

A maioria das empresas de grande porte e multinacionais têm entre suas responsabilidades desenvolver orçamentos para seus períodos de operação. Um orçamento empresarial deve detalhar quais serão as receitas e despesas da companhia dentro de períodos futuros. A elaboração de um orçamento deve sempre ser feita com base nas previsões, nunca limitando a sua elaboração ao histórico, aos resultados e pressupostos passados. A adopção de uma estratégia deste tipo, de elaboração de orçamentos exclusivamente com base nos pressupostos passados constitui um erro estratégico, cujo resultado é invariavelmente o desperdício. Recorrendo a uma imagem simples, elaborar um orçamento desta forma é como conduzir um carro com os olhos exclusivamente postos no retrovisor. Um bom exemplo disto mesmo é o orçamento geral do Estado português, em que se verifica que os gastos dos últimos dois meses do exercício são cerca de dez vezes superiores ao do restante tempo do mesmo, no sentido de cada departamento minimizar o risco de ser alvo de cortes orçamentais no futuro. As empresas que elaborem os seus orçamentos com base unicamente no seu histórico revelam uma tremenda falta de objectivos.

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Em suma, quem não conhece o seu rumo, não tem ventos favoráveis. Uma vez delineados os objectivos estratégicos, que têm necessariamente que ser quantificados e pressupõem um consciência plena da situação em que a organização se encontra, ficarão a cargo da diversas áreas operacionais as iniciativas, regidas pelos planos de actividade. O orçamento, resultará precisamente do somatório destes planos de actividade, sendo que este período é vulgarmente designado por período de consolidação orçamental. Entende-se assim a necessidade de haver envolvimento pleno e coordenado de toda a organização na elaboração do Orçamento. Em síntese, um orçamento é um processo multi cíclico que culmina no equilíbrio entre os objectivos estratégicos, as iniciativas e os meios financeiros adequados à execução do mesmo. Um orçamento equilibrado pressupõe realismo, no sentido de não ser demasiadamente modesto, promovendo a desmobilização, nem demasiadamente irreal e inatingível, o que implica enorme sensibilidade de quem o elabora. De notar que a sensibilidade, enquanto virtude, não consta nos manuais, antes deriva da curva da experiência e da intuição, será também decisiva na resolução de problemas resultantes do orçamento, nomeadamente no combate aos vícios orçamentais e na interpretação de desvios ao mesmo. Embora não haja nenhum valor percentual previamente fixado para limitar os desvios orçamentais, eles carecem necessariamente de justificação. Desta forma, um orçamento é um instrumento de gestão. É um instrumento de implementação da estratégia da empresa. É um instrumento de motivação, de comunicação e de avaliação.Períodos orçamentáriosOs períodos mais comuns para o levantamento orçamentário são : Próximos 12 meses (Orçamento Anual), orçando totais para cada mês, totalizações por trimestre quarter americano eBusiness Plan ou Orçamento Plurianual ou de Capital, que corresponde ao orçamento dos próximos 5 anos.No Brasil (ver Administração pública), o ano subsequente ao da aprovação regular do Orçamento Anual (chamado de Orçamento - Programa) é denominado de exercício ou exercício financeiro. Assim, pode-se definir o exercício como o ano em que há a "execução orçamentária". Já o ano de preparação ou de aprovação orçamentária pode ser chamado de ano-calendário (como faz alegislação tributária) ou ano civil (se coincidir com 365 dias).Conteúdo orçadoOs orçamentos anuais podem ser divididos em : Despesas, Receitas e Caixa, este último também conhecido pelo nome de Fluxo de Caixa Projetado. Essa formatação permite que haja uma integração com as contas contábeis, facilitando o acompanhamento da "execução orçamentária". Já o Orçamento Plurianual, é mais comum de se dividir em Programas, Projetos e Atividades, como se utiliza na Contabilidade pública Brasileira.Como informações adicionais do orçamento de Despesas, pode-se ter as informações de Ativo Fixo e Posições - o primeiro indicará a previsão de despesas com depreciação de bens no período, e o segundo uma projeção da quantidade de funcionários/cargos alocados por departamento para o próximo período, destacando admissões ou demissões.

Cenários orçamentáriosUm orçamento também é dividido ou classificado por cenários, um cenário significa uma versão de conteúdo orçamentário, portanto cenários diferentes demonstram valores diferentes para a mesma informação a ser orçada. Os cenários mais comuns são: Exibição de Dados Históricos, Cenário Inicial, Revisões, e Cenário Final, este último é a versão aprovada, que será utilizada para acompanhamento orçamentário.Fases orçamentárias0 - Tempo Zero. Um orçamento empresarial é elaborado em fases, o que permite que ao longo do tempo gasto para desenvolver um orçamento, todos os níveis da empresa sejam envolvidos neste trabalho. Portanto a fase orçamentária tem relação direta com o momento no tempo em que o orçamento está sendo desenvolvido. As fases mais comuns do são Inicial, Revisões e Final.1 - Dados. Levantamento dos dados e informações principais: Balanço Séries Históricas Informações Físico-contábeis Outras informações estatísticas2 - Análise do Orçamento. Análise dos Planos Estratégicos, Tático e Operacional e das informações coletadas, visando alcançar as metas da empresa.3 - Composição do Orçamento.Processo de elaboração do Fluxo Orçamentário:1. Histórico das realizações;2. Premissas;3. Previsões - estimativas p/ próximo exercício;4. Planilhas Eletrônicas (cálculos, tabelas etc.);5. Relatório preliminar.4 - Análise da Proposta Orçamentária. A proposta orçamentária (relatório preliminar) é encaminhada aos órgãos de decisão : (sim) - se aprovada segue p/ implantação ; (não) - não aprovada retorna para tempo anterior.5 - Implantação. Implantação da Proposta Orçamentária para o próximo exercício; preparação do relatório final.Orçamento informatizadoEmpresas de grande porte dispõem de sistemas informatizados que auxiliam o processo de orçamentação, fazendo rollout, dispondo de workflow para aprovação e inclusive realizando projeções, quando integrados a sistemas de planejamento. Alguns dos sistemas informatizados existentes no mercado para essa função são: Tagetik CPM, Gesplan S/A, Prophix Adaytum , Hyperion, Peoplesoft Budgeting EPM, SAPBW-SEM, S2B-ForBudget M/Legate. Esses softwares são destinados à orçamentação de empresas de grande porte e são classificados como softwares de BI - Business Inteligence.No acompanhamento da "execução orçamentária" há o auxílio do ramo da Controladoria, embora esse segmento da atividade contábil necessite trabalhar com os chamados "itens controláveis", deixando de lado os chamados "itens 'não controláveis", que podem corresponder a diversos elementos patrimoniais relacionados na Contabilidade.Empresas sem orçamentoUma corrente de financistas mais recente criou a teoria da "Empresa sem Orçamento", "Budgetless", essas empresas seguem a premissa de não efetuarem um orçamento prévio para suas despesas e receitas em um determinado período, sendo assim, estarão susceptíveis a surpresas em seus controles orçamentários.

PROVA SIMULADA

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1. Qual é a pena para quem devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo?a) Detenção, de 3 (três) meses a 6 (seis) meses, e multa.b) Detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa. c) Detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.d) Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

2. Na classificação por fontes de receita, o código “2200.00.00” representa:a) Receita industrial.b) Transferências correntes.c) Transferências de capital.d) Alienação de bens.

3. São impostos de competência da União, exceto:a) Imposto sobre a Exportação.b) Impostos sobre a Importação.c) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.d) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.

4. Não é um dos princípios fundamentais da contabilidade:a) Entidade.b) Atualização monetária.c) Ousadia.d) Continuidade.

5. Prejuízo na alienação de investimentos. Trata-se de:a) Despesas operacionais.b) Despesas extra-operacionais.c) Participação de terceiros no resultado.d) Deduções da receita bruta

6. O orçamento público no Brasil deve obedecer legalmente aos seguintes princípios fundamentais, exceto:a) Unidade.b) Anualidade.c) Universalidade.d) Descentralização.

7. O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários, é de competência:a) Da União.b) Dos Estados.c) Dos Municípios.d) Dos Estados e dos Municípios.

8. A classificação econômica da despesa orçamentária éconstituída por duas categorias. São elas:a) Ativo e passivo.b) Despesas correntes e despesas de capital.c) Despesas correntes e despesas financeiras.d) Despesas de capital e despesas financeiras.

9. A conta "títulos a pagar":a) É debitada no ato da compra de mercadorias a prazob) Tem seu saldo reduzido, quando creditada.c) É debitada no ato do pagamento ou da baixa.d) É típica do ativo circulante.

10. É dispensável a licitação, exceto:

a) Para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 18.000,00.b) Nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.c) Quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento.d) Quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional.

11. Provoca aumento da Situação Líquida:a) Recebimento de uma duplicata, com desconto.b) Pagamento de uma dívida, com desconto.c) O desconto bancário de duplicatasd) A compra de um terreno, metade a prazo e metade à vista.

12. Como é denominada a parte do balanço que mostra onde foram aplicados os recursos da empresa?a) Ativo.b) Passivo.c) Investimentos.d) Passivo circulante.

13. Ocorre quando a receita arrecadada é menor que a receita estimada:a) Déficit orçamentário.b) Frustração de arrecadação.c) Superávit orçamentário.d) Economia orçamentária.

14. Valor-base para o cálculo das participações de terceiros. Trata-se de:a) Lucro Antes do Imposto de Renda.b) Lucro Bruto.c) Lucro Operacional.d) Lucro Líquido

15. Na classificação por fontes de receita, a “Receita de Contribuições”, é representada por qual código?a) 1200.00.00b) 1400.00.00c) 2300.00.00d) 2500.00.00

16. Despesas financeiras líquidas. Trata-se de:a) Despesas operacionais.b) Despesas extra-operacionais.c) Participação de terceiros no resultado.d) Deduções da receita bruta

17. São modalidades de licitação:I. Concorrência.II. Tomada de preços.III. Convite.IV. Disputa.V. Leilão.Estão corretos os itens:a) I, III e V apenas.b) I, II, III e V apenas.c) I, II, III e IV.d) I, II, III, IV e V.

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18. O valor do ativo circulante líquido pode ser obtido pela fórmula:a) Ativo circulante – ativo não circulante.b) Ativo circulante – passivo não circulante.c) Ativo circulante + passivo circulante.d) Passivo não circulante – ativo não circulante.

19. É o ato emanado de autoridade que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. Trata-se de:a) Empenho.b) Cotação.c) Licitação.d) Ordem de fornecimento.

20. Assinale a alternativa incorreta. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:a) Guerra externa, ou sua iminência.b) PIB inferior ao previsto no planejamento.c) Calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis.d) Conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.

21. Tem-se como origem de recursos, no recebimento deuma duplicata, com juros:a) Caixa.b) Caixa e Juros Ativos.c) Receitas de Juros e Duplicatas a Receber.d) Despesas de Juros e Duplicatas a Receber.

22. Analise as afirmações:I. À União, instituir, nos Territórios Federais, os impostos atribuídos aos Estados e, se aqueles forem divididos em Municípios, cumulativamente, os atribuídos a estes.II. Ao Distrito Federal e aos Estados divididos em Municípios, instituir, cumulativamente, os impostos atribuídos aos Estados e aos Municípios.Essas afirmações estão:a) Ambas corretas.b) Ambas incorretas.c) Somente a I está correta.d) Somente a I está incorreta.

23. Resultado das atividades principais e acessórias. Trata-se de:a) Lucro Bruto.b) Lucro Operacional.c) Receita Líquida.d) Lucro Líquido

24. O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza é de competência:a) Da União.b) Dos Estados.c) Dos Municípios.d) Dos Estados e dos Municípios.

25. A administração financeira e orçamentária representa as ações de gerenciar as finanças e o orçamento do setor governamental, que, no Brasil, dividem-se quantas esferas?a) Uma.

b) Duas.c) Três.d) Quatro.

26. Representa uma operação típica de origem de recursos:a) Pagamento de despesas.b) Depósito em conta-corrente.c) Recebimento de um crédito.d) Entrada de dinheiro no caixa.

27. As obras e serviços poderão ser executados na forma execução indireta, nos seguintes regimes, exceto:a) Tarefa.b) Empreitada integral.c) Administração contratada.d) Empreitada por preço global.

28. Para compras e serviços que não sejam obras e serviços de engenharia, pode ser adotada a modalidade de licitação tomada de preços para valores de até:a) R$ 80.000,00b) R$ 150.000,00c) R$ 650.000,00d) R$ 1.500.000,00

29. A lei complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo:a) No artigo 3º da Lei nº 4.320/64.b) No Código Tributário Nacional.c) Na ementa 21 do Código Civil.d) No Capítulo II do Título VI da Constituição.

30. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:a) A equidade; a analogia; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito público.b) A analogia; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito público; a equidade.c) A analogia; a equidade; os princípios gerais de direito tributário; os princípios gerais de direito público.d) A analogia; os princípios gerais de direito público; os princípios gerais de direito tributário; a equidade.

31. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição Federal, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, no caso dos estados de:a) 30%.b) 50%.c) 60%.d) 75%.32. Em se tratando de licitação, o prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será de quantos dias para “convite"?a) 5 dias.b) 15 dias.c) 30 dias.d) 45 dias.

33. Analise as afirmações:

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I. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município.II. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino.Essas afirmações estão:a) Ambas corretas.b) Ambas incorretas.c) Somente a I está correta.d) Somente a I está incorreta.

34. Benefício pecuniário devido aos dependentes econômicos do militar ou do servidor, inclusive os regidos pela Constituição das Leis do Trabalho, os quais são pagos à conta do plano de benefício da previdência social. Trata-se de:a) Outros Benefícios de Natureza Social.b) Pensões.c) Salário-Família.d) Outros Benefícios Assistenciais.

35. Para os efeitos da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, entende-se como ente da Federação:a) A União.b) Cada Estado e o Distrito Federal.c) Cada Município.d) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

36. Na oração Os alunos estavam preocupados, analise as assertivas abaixo e indique a alternativa correta:I. “Os alunos” trata-se de sujeito.II. O verbo é intransitivo.III. “preocupados” é objeto direto.IV. O verbo é de ligação.a) I e II estão corretos.b) I e III estão corretos.c) I e IV estão corretos.d) III e IV estão corretos.

37. Assinale a alternativa em que todas as palavras estãoescritas de acordo com a ortografia oficial:a) Estupidez, parasita, cabelereiro.b) Lusófono, escárnio, umedecer.c) Estrangeiro, excêntrico, resucitar.d) Acessível, florecer, ultraje.

38. Está correta a separação silábica de todas as palavras da alternativa:a) Subs-tan-ti-vo; as-cen-são.b) Psi-co-se; ca-rro-ça.c) Es-fo-me-a-do; a-u-ro-ra.d) Sub-al-ter-no; co-e-lho.

39. Analise as frases abaixo:I. Minha sogra é uma cobra!II. Todos os dias, pela manhã, ele sobe para cima daquela casa e arruma a antena.a) Em ambas há a figura de linguagem Metáfora.b) Em ambas há a figura de linguagem Pleonasmo.c) Em I há a figura de linguagem Metáfora e em II há a figura de linguagem Pleonasmo.

d) Em I há a figura de linguagem Pleonasmo e em II há a figura de linguagem Metáfora.

40. Assinale a alternativa em que o termo sublinhado exerça função de adjunto adnominal:a) Adoro aquela torta de limão.b) Viajaremos de avião.c) Leia duas obras primas: “Vidas Secas” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.d) –D. Raposo, nós temos sido bons amigos... (Eça de Queirós).

GABARITO

1- B 2-D 3-D 4-C 5-B6- D 7-A 8-B 9-C 10-A11- B 12-A 13-B 14-A 15-A16- A 17-B 18-D 19-A 20-B21- C 22-B 23-B 24-A 25-C26-C 27-C 28-C 29-D 30-B31-C 32-A 33-A 34-C 35-D36-C 37-B 38-A 39-C 40-A

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