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  • 1. DOS RECURSOS ELEITORAIS.

    2. RESOLUO N 21.538/03

    2.1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE).

    2.2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral.

    2.3. Transferncia de domiclio eleitoral, 2 Via e outros institutos.

    2.4. Ttulo Eleitoral.

    2.5. Fiscalizao dos Partidos Polticos.

    2.6. Acesso s Informaes Constantes do Cadastro.

    2.7. Batimentos.

    2.8. Hiptese de Ilcito Penal.

    2.9. Restries de Direitos Polticos.

    2.10. Reviso de Eleitorado.

    2.11. Justificao do No-Comparecimento Eleio.

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    1. DOS RECURSOS ELEITORAIS.

    Conceito de Recurso.

    Os recursos so meios legais de contestao uma deciso judicial com a finalidade que seja esta reexaminada por autoridade superior (como regra), para que seja modificada ou reformada.

    No Cdigo Eleitoral, os recursos esto previstos a partir do art. 257.

    Efeitos dos Recursos.

    No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NO TM EFEITO SUSPENSIVO. Isto , mesmo com a interposio dos recursos a deciso judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais tero meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matria.

    Art. 257. Os recursos eleitorais no tero efeito suspensivo.

    Em alguns casos a legislao eleitoral admite efeito suspensivo (Apelao criminal, recurso em sentido estrito em matria eleitoral, recurso contra expedio de diploma e da ao de impugnao de mandato eletivo), mas no matria de nosso estudo agora (fixe-se na regra NO EFEITO SUSPENSIVO).

    Prazos dos Recursos Eleitorais.

    O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resoluo ou despacho de 3 DIAS, salvo estipulao especfica de outro prazo em lei.

    So preclusivos (o prazo no poder ser desconsiderado/relevado) os prazos para interposio de recurso, salvo quando este discutir matria constitucional. Quando o recurso versar sobre matria constitucional, deve ser interposto dentro do prazo, porm, mesmo passando o prazo, a lei assegura que poder ser impetrado em momento posterior.

    Mas, o que mesmo precluso, Professor? Neste caso

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    especfico, a precluso a perda da faculdade de recorrer pelo decurso do tempo dado pela lei. Caso o interessado no recorra no prazo de 3 dias, no poder mais recorrer.

    Dica: NO EXISTE PRECLUSO DE MATRIA ELEITORAL CONSTITUCIONAL.

    Art. 258. Sempre que a lei no fixar prazo especial, o recurso dever ser interposto em trs dias da publicao do ato, resoluo ou despacho.

    Art. 259. So preclusivos os prazos para interposio de recurso, salvo quando neste se discutir matria constitucional.

    Pargrafo nico. O recurso em que se discutir matria constitucional no poder ser interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase prpria, s em outra que se apresentar poder ser interposto.

    Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caber, dentro de 3 (trs) dias, recurso dos atos, resolues ou despachos dos respectivos presidentes.

    Preveno do Relator.

    A distribuio do primeiro recurso a determinado Juiz Relator prevenir a competncia deste para todos os demais casos do mesmo Municpio ou Estado. Preveno significa vinculao de distribuio de processos para determinado Juzo. Assim, o Magistrado prevento receber todos os outros recursos oriundos da mesma unidade federada (Estados e Municpios).

    Cabe aqui fazer uma pequena difereno quanto preveno entre as Cortes Eleitorais:

    TSE Ministro Relator prevento receber os demais recursos que vierem do mesmo Estado.

    TRE Desembargador Relator prevento receber os demais recursos que vierem do mesmo Municpio.

    O TSE j exarou entendimento de que esta preveno diz

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    respeito exclusivamente aos recursos parciais interpostos contra a votao e apurao (Acrdo TSE n 21.380/2004).

    Art. 260. A distribuio do primeiro recurso que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal Superior, PREVENIR a competncia do relator para todos os demais casos do mesmo municpio ou Estado.

    Legitimados para recorrer.

    Com fundamento na regra oriunda do Processo Civil, so legitimados para recorrer de deciso de juzo eleitoral a parte vencida, o terceiro interessado e o Ministrio Pblico Eleitoral.

    Recursos contra a expedio de diploma.

    Segundo o art. 262 do Cdigo Eleitoral, somente caber recurso contra a deciso que expede diploma eleitoral nos casos a seguir:

    a) inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato;

    b) errnea interpretao da lei quanto aplicao do sistema de representao proporcional;

    c) erro de direito ou de fato na apurao final, quanto determinao do quociente eleitoral ou partidrio, contagem de votos e classificao de candidato, ou a sua contemplao sob determinada legenda;

    Ex: casos de erros na aplicao do disposto na lei para apurao dos quoeficientes eleitorais ou partidrios; contagem de votos equivocadas, etc.

    d) concesso ou denegao do diploma em manifesta contradio com a prova dos autos, nas hipteses do art. 222 desta Lei, e do art. 41-A da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997.

    Segundo o TSE, a fraude a ser alegada em recurso de diplomao fundado neste inciso aquela que se refere votao, tendente a comprometer a lisura e a legitimidade

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    do processo eleitoral.

    Recursos perante as Juntas e Juzos Eleitorais.

    Dos atos, resolues ou despachos tanto das Juntas Eleitorais quanto dos Juzes Eleitorais cabe recurso para o TRE respectivo no prazo de 3 dias.

    O recorrente deve apresentar o recurso em petio prpria, devidamente fundamentada. Neste caso o recurso no tem qualquer nome (Recurso inominado).

    O Cdigo prev que quando o recorrente reportar-se a coao, fraude, interferncia do poder econmico, desvio ou abuso de poder de autoridade, processo de propaganda e captao de sufrgio vedado por lei, cujas provas devam ser determinadas pelo TRE, basta que o pedido indique os meios que possam conduzir as provas, pois o prprio Tribunal se encarregar de produzi-las.

    Procedimento processual dos recursos.

    Com a interposio do recurso, o Juiz mandar intimar o recorrido para tomar cincia do seu contedo, dando-lhe vista dos autos a fim de oferecer razes, acompanhadas ou no de novos documentos, em prazo de at 3 dias.

    A intimao do recorrido ser feita por meio do Dirio Oficial. Caso no seja realizada em at 3 dias, a intimao dever ser feita pessoalmente.

    Regra da intimao: por Dirio Oficial.

    Por ltimo, caso no seja encontrado o recorrido em at 48 horas, a intimao dever ser realizada por Edital.

    Seqncia do procedimento de intimao: Dirio Oficial, Pessoal, Edital.

    Subida dos autos ao TRE.

    Findos os prazos definidos, o Juiz Eleitoral far, em at 48 horas,

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    subir os autos ao TRE com a sua resposta e os documentos em que se fundar.

    Caso o Juiz Eleitoral entenda pela reforma da deciso recorrida antes do envio dos autos ao TRE, o recorrido, dentro de 3 dias, poder requerer que suba o recurso como se por ele interposto. Esta previso legal deve-se ao fato de propiciar ao recorrido recorrer de eventual deciso retratativa do Juiz que possa prejudic-lo.

    Art. 265. Dos atos, resolues ou despachos dos juizes ou juntas eleitorais caber recurso para o Tribunal Regional.

    Pargrafo nico. Os recursos das decises das Juntas sero processados na forma estabelecida pelos artigos. 169 e seguintes.

    Art. 266. O recurso independer de trmo e ser interposto por petio devidamente fundamentada, dirigida ao juiz eleitoral e acompanhada, se o entender o recorrente, de novos documentos.

    Pargrafo nico. Se o recorrente se reportar a coao, fraude, uso de meios de que trata o art. 237 ou emprego de processo de propaganda ou captao de sufrgios vedado por lei, dependentes de prova a ser determinada pelo Tribunal, bastar-lhe- indicar os meios a elas conducentes.

    Art. 237. A interferncia do poder econmico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto, sero coibidos e punidos.

    Art. 267. Recebida a petio, mandar o juiz intimar o recorrido para cincia do recurso, abrindo-se-lhe vista dos autos a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua interposio, oferecer razes, acompanhadas ou no de novos documentos.

    1 A intimao se far pela publicao da notcia da vista no jornal que publicar o expediente da Justia Eleitoral, onde houver, e nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivo, independente de iniciativa do recorrente.

    2 Onde houver jornal oficial, se a publicao no ocorrer no prazo de 3 (trs) dias, a intimao se far pessoalmente ou na forma prevista no pargrafo seguinte.

    3 Nas zonas em que se fizer intimao pessoal, se no fr

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    encontrado o recorrido dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a intimao se far por edital afixado no frum, no local de costume.

    4 Todas as citaes e intimaes sero feitas na forma estabelecida neste artigo.

    5 Se o recorrido juntar novos documentos, ter o recorrente vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas para falar sbre os mesmos, contado o prazo na forma dste artigo.

    6 Findos os prazos a que se referem os pargrafos anteriores, o juiz eleitoral far, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, subir os autos ao Tribunal Regional com a sua resposta e os documentos em que se fundar, sujeito multa de dez por cento do salrio-mnimo regional por dia de retardamento, salvo se entender de reformar a sua deciso. (Redao dada pela Lei n 4.961, de 4.5.1966)

    7 Se o juiz reformar a deciso recorrida, poder o recorrido, dentro de 3 (trs) dias, requerer suba o recurso como se por le interposto.

    Recursos nos TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS. Distribuio e vista ao Procurador-Regional.

    Recebido o recurso pelo Presidente do TRE, ser distribudo a um Relator no prazo de 24 horas, segundo a ordem de antiguidade dos seus membros, sob pena de anulao de qualquer ato ou deciso praticada pelo Relator ou pelo TRE.

    Feita a distribuio, ser aberta vista dos autos ao Procurador Regional, que dever emitir Parecer em 5 dias. Caso no emita o Parecer no prazo, a parte interessada poder requerer a incluso do processo em pauta, devendo o Procurador emitir Parecer oral.

    Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegao escrita ou nenhum documento poder ser oferecido por qualquer das partes, salvo o disposto no art. 270. (Redao dada pela Lei n 4.961, de 4.5.1966)

    Art. 269. Os recursos sero distribudos a um relator em 24

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    (vinte e quatro) horas e na ordem rigorosa da antigidade dos respectivos membros, esta ltima exigncia sob pena de nulidade de qualquer ato ou deciso do relator ou do Tribunal.

    1 Feita a distribuio, a Secretaria do Tribunal abrir vista dos autos Procuradoria Regional, que dever emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias.

    2 Se a Procuradoria no emitir parecer no prazo fixado, poder a parte interessada requerer a incluso do processo na pauta, devendo o Procurador, nesse caso, proferir parecer oral na assentada do julgamento.

    Decises dos Tribunais Regionais e seus Recursos.

    Estudamos anteriormente que, como regra, as decises dos TREs e mesmo do TSE so irrecorrveis. Assim, as decises dos TREs so terminativas (no cabem mais recursos). No entanto, a legislao e a CF-88 prevem excees, quando caber recurso para o TSE.

    Vejamos ento estas excees, que so comumente cobradas em provas. Inicialmente veremos o que preleciona o Cdigo Eleitoral logo aps a abordagem constitucional.

    Conforme o Cdigo Eleitoral, cabem os seguintes recursos das decises dos TREs para o TSE:

    1. RECURSO ESPECIAL:

    a. quando forem proferidas contra expressa disposio de lei;

    b. quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.

    2. RECURSO ORDINRIO:

    a. quando versarem sobre expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais;

    b. quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurana.

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    Art. 276. As decises dos Tribunais Regionais so terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior:

    I - especial:

    a) quando forem proferidas contra expressa disposio de lei;

    b) quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.

    II - ordinrio:

    a) quando versarem sbre expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais;

    b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurana.

    Por sua vez, segundo a CF-88, somente caber recurso do TRE para o TSE nos seguintes casos, previstos no art. 121, 4 da CF-88, assim resumidos:

    1. deciso proferida contra disposio expressa da Constituio ou de Lei;

    2. quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre 2 ou mais TREs o TSE funcionar como uniformizador das decises dos TREs;

    3. deciso que verse sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas federais ou estaduais - NO CABER RECURSO para o TSE de deciso sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova!

    4. deciso que anular diploma ou decretar a perda de mandatos eletivos federais e estaduais - NO CABER RECURSO para o TSE de deciso que anular diploma ou decretar a perda de mandato MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova!

    5. deciso que denegar:

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    a. Habeas Corpus;

    b. Mandado de Segurana;

    c. Habeas Data;

    d. Mandado de Injuno.

    CF-88

    Art. 121

    4 - Das decises dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caber recurso quando:

    I - forem proferidas contra disposio expressa desta Constituio ou de lei;

    II - ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

    III - versarem sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas nas eleies federais ou estaduais;

    IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

    V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurana, "habeas-data" ou mandado de injuno.

    Friso que tanto o que est previsto no Cdigo Eleitoral quanto a previso constitucional estaro corretos, a depender do contexto em que o examinador estar exigindo.

    No entanto, segundo a Doutrina, preciso que se combinem os dispositivos do Cdigo Eleitoral nova sistemtica determinada pela CF-88. Com isso, luz do que dita a CF-88, cabem os seguintes recursos das decises dos TREs para o TSE (pequenas alteraes):

    1. RECURSO ESPECIAL:

    a. quando forem proferidas contra expressa disposio da CF e de lei (CF-88, art. 121, 4, I; CE, art. 276, I, a);

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    b. quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais (CF-88, art. 121, 4, II; CE, art. 276, I, b);

    2. RECURSO ORDINRIO:

    a. quando versarem sobre inelegibilidades ou expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais (CF-88, art. 121, 4, III; CE, art. 276, II, a);

    b. quando anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

    c. quando denegarem habeas corpus, mandado de segurana, habeas data ou mandado de injuno (CF-88, art. 121, 4, V; CE, art. 276, II, b).

    Gente! Vamos decorar estes Recursos Especiais e Ordinrios, pois so fortes candidatos a carem em provas!

    Lembrando que o prazo para interpor de 3 dias! Deve-se abrir vista ao recorrido tambm para manifestar-se em 3 dias.

    Recursos no TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE).

    A regra que as decises do TSE so irrecorrveis!

    No entanto, a CF-88 e o Cdigo Eleitoral prevem e excees. Cabe recurso nos seguintes casos:

    a. RECURSO EXTRAORDINRIO quando a deciso do TSE contrariar a Constituio, caber Recurso Extraordinrio para o STF!, no prazo de 3 DIAS!

    Conforme dispem os art. 121, 3, primeira parte, da CF-88, combinado com o seu art. 102, III, a, cabe Recurso Extraordinrio das decises do TSE que contrariem a Constituio.

    Segundo Smula 728 do STF, o prazo para interpor o Recurso Extraordinrio de 3 DIAS!

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    Art. 121

    3 - So irrecorrveis as decises do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituio e as denegatrias de "habeas-corpus" ou mandado de segurana.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    III - julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida:

    a) contrariar dispositivo desta Constituio;

    Smula STF no 728: de trs dias o prazo para a interposio de recurso extraordinrio contra deciso do Tribunal Superior Eleitoral, contado, quando for o caso, a partir da publicao do acrdo, na prpria sesso de julgamento, nos termos do art. 12 da Lei no 6.055/74, que no foi revogado pela Lei no 8.950/94.

    b. RECURSO ORDINRIO quando a deciso do TSE denegar habeas corpus e mandado de segurana caber Recurso Ordinrio para o STF.

    Conforme dispem os art. 121, 3, segunda parte, da CF-88, combinado com o seu art. 102, II, a, ar. 281 do Cdigo Eleitoral e com base no Acrdo STF Ag. 504.598, cabe Recurso Ordinrio das decises do TSE que deneguem habeas corpus ou mandado de segurana.

    O prazo tambm de 3 dias, conforme art. 281 do Cdigo.

    CF-88

    Art. 121

    3 - So irrecorrveis as decises do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituio e as denegatrias de "habeas-corpus" ou mandado de segurana.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,

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    precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    II - julgar, em recurso ordinrio:

    a) o "habeas-corpus", o mandado de segurana, o "habeas-data" e o mandado de injuno decididos em nica instncia pelos Tribunais Superiores, se denegatria a deciso;

    Cdigo Eleitoral

    Art. 281. So irrecorrveis as decises do Tribunal Superior, salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrrio Constituio Federal e as denegatrias de "habeas corpus"ou mandado de segurana, das quais caber recurso ordinrio para o Supremo Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (trs) dias.

    Por fim, recomendo aos nobres alunos que, como etapa indispensvel do estudo desta matria, seja realizada leitura direta dos dispositivos legais dos arts. 257 a 282 do Cdigo Eleitoral.

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    2. RESOLUO N 21.538/03

    1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE).

    A Lei n 7.444/85, ainda na dcada de 80, entre outras disposies, instituiu o processamento eletrnico de dados no alistamento eleitoral. Como forma de Regulamentar tal diploma e outras disposies legais a respeito da informatizao do sistema eleitoral, somente em 2003, o TSE edita a Resoluo n 21.538/03.

    Apesar de muito detalhista e operacional, esta Resoluo passou a ser um coringa em provas de TREs!

    No plano prtico, o abstrato alistamento eleitoral que vimos em aulas pretritas operacionaliza-se por um requerimento de alistamento, chamado formalmente de RAE Requerimento de Alistamento Eleitoral.

    O RAE um formulrio simples preenchido manualmente por Servidor da Justia Eleitoral onde so consignados os dados pessoais do alistando e a operao requerida (ex: alistamento, transferncia, etc). Aps este preenchimento, dever o RAE ser processado eletronicamente (isto , em meio eletrnico, em computador). Assim, o formulrio fsico serve apenas de fonte das informaes necessrias ao processamento eletrnico (documento de entrada de dados).

    Esta exigncia decorre da diretriz estabelecida pela Lei e pelo TSE de que o Sistema Eleitoral deve ser o mais informatizado possvel, para facilitar a gesto da Justia Eleitoral e o prprio processo eleitoral (eleies, alistamento...). Este procedimento no impede o antigo procedimento, ainda subsidirio, de alistamento manual mediante cdulas eleitorais, previsto no Cdigo Eleitoral. No entanto, hoje o RAE dever sempre ser processado eletronicamente, mesmo que seja a posteriori.

    Art. 2 O requerimento de alistamento eleitoral (RAE) (anexo I) servir como documento de entrada de dados e ser processado eletronicamente.

    Pargrafo nico. O sistema de alistamento de que trata o pargrafo nico do art. 1 conter os campos correspondentes ao formulrio RAE, de modo a viabilizar a impresso do

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    requerimento, com as informaes pertinentes, para apreciao do juiz eleitoral.

    Este sistema eletrnico de alistamento deve ser adotado em todo o Pas e os TREs devem seguir esta metodologia desenvolvida pelo TSE.

    Art. 1 O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrnico de dados, implantado nos termos da Lei n 7.444/85, ser efetuado, em todo o territrio nacional, na conformidade do referido diploma legal e desta resoluo.

    Pargrafo nico. Os tribunais regionais eleitorais adotaro o sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral.

    Conceito de Alistamento Eleitoral.

    O Alistamento Eleitoral o procedimento pelo qual o cidado ainda no eleitor qualifica-se e inscreve-se como eleitor.

    Por meio da qualificao o cidado comprova perante a Justia Eleitoral possuir os requisitos necessrios para ser eleitor. Por sua vez, com a inscrio, o cidado passa a integrar o cadastro geral de eleitores da Justia Eleitoral aps a confirmao da qualificao do cidado e o respectivo deferimento do Juiz Eleitoral.

    Como vimos anteriormente, o ALISTAMENTO se faz mediante a QUALIFICAO e INSCRIO do eleitor.

    Cdigo Eleitoral

    Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificao e inscrio do eleitor.

    A Resoluo n 21.538/03 acrescenta mais algumas peculiaridades ao conceito ao alistamento ao prev que somente ser deferida inscrio eleitoral se:

    a) no for identificada inscrio em nenhuma zona eleitoral do pas ou exterior;

    b) a nica inscrio localizada estiver cancelada por

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    determinao de autoridade judiciria.

    So 4 (quatro) as Operaes possveis para requerimento do alistando no RAE. Listo abaixo as Operaes, com os respectivos nmeros. interessante decorar os ns para uma eventual cobrana em provas de sua literalidade (acho um absurdo, mas...):

    1. OPERAO 1 - ALISTAMENTO propriamente dito quando o alistando, no 1 contato com a Justia Eleitoral, requer sua a inscrio eleitoral. Como acima disposto, para ser deferido o alistamento, deve no pode haver nenhuma inscrio eleitoral j realizada ou, caso existindo, estiver cancelada por deciso judicial.

    2. OPERAO 3 TRANSFERNCIA quando o eleitor desejar alterar seu domiclio eleitoral, podendo ser cumulado o pedido de transferncia com o pedido de retificao de dados do cadastro eleitoral;

    3. OPERAO 5 REVISO quando o eleitor requerer alguma das seguintes hipteses:

    a. alterao do local de votao no mesmo Municpio, mesmo que seja alterada a Zona Eleitoral na Municipalidade. Cuidado que no transferncia de domiclio eleitoral, que implica, ao menos, na alterao de Municpio;

    b. retificao de dados pessoais como nico pedido;

    c. regularizao de inscrio cancelada.

    4. OPERAO 7 2 VIA quando ocorrer o extravio do seu ttulo, o eleitor inscrito regularmente poder requerer sua 2 via. O ttulo deve ser expedido automaticamente, sem alterao de data de domiclio do eleitor.

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    Resoluo n 21.538/2003

    Art. 4 Deve ser consignada OPERAO 1 - ALISTAMENTO quando o alistando requerer inscrio e quando em seu nome no for identificada inscrio em nenhuma zona eleitoral do pas ou exterior, ou a nica inscrio localizada estiver cancelada por determinao de autoridade judiciria (FASE 450).

    Art. 5 Deve ser consignada OPERAO 3 - TRANSFERNCIA sempre que o eleitor desejar alterar seu domiclio e for encontrado em seu nome nmero de inscrio em qualquer municpio ou zona, unidade da Federao ou pas, em conjunto ou no com eventual retificao de dados.

    Art. 6 Deve ser consignada OPERAO 5 - REVISO quando o eleitor necessitar alterar local de votao no mesmo municpio, ainda que haja mudana de zona eleitoral, retificar dados pessoais ou regularizar situao de inscrio cancelada nas mesmas condies previstas para a transferncia a que se refere o 3 do art. 5.

    Art. 7 Deve ser consignada OPERAO 7 - SEGUNDA VIA quando o eleitor estiver inscrito e em situao regular na zona por ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu ttulo eleitoral, sem nenhuma alterao.

    Art. 8 Nas hipteses de REVISO ou de SEGUNDA VIA, o ttulo eleitoral ser expedido automaticamente e a data de domiclio do eleitor no ser alterada.

    Transferncias de domiclio X de n da inscrio eleitoral.

    Na transferncia de domiclio eleitoral, o nmero original do eleitor permanece inalterado, devendo ser consignada a sigla da UF (do Estado) anterior.

    NO ser concedida transferncia do domiclio eleitoral caso a inscrio do eleitor esteja envolvida nas seguintes pendncias:

    1. em coincidncia (agrupamento pelo batimento de duas ou mais inscries ou registros que apresentem dados iguais

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    ou semelhantes),

    2. estiver suspensa ou cancelada automaticamente ou por deciso judicial nos casos de perda e suspenso dos direitos polticos.

    Nestes casos, o eleitor deve inicialmente procurar a Justia Eleitoral para tentar regularizar sua situao. Aps isso que estar autorizado a fazer sua transferncia.

    Como j relatado, no pedido de transferncia no h qualquer alterao no nmero da inscrio do eleitor, permanecendo o nmero original.

    Contudo, como exceo, em pedidos de transferncia de domiclio eleitoral poder ser reutilizado o n de inscrio eleitoral CANCELADO, do mesmo ou de outro eleitor ou de ex-eleitor (reutilizao do n de inscrio eleitoral j cancelado) se comprovado que no existe outra inscrio para o mesmo eleitor (seja liberada, no liberada, regular ou suspensa) nos seguintes casos:

    a) falecimento (utiliza-se o n do ttulo do eleitor falecido);

    b) duplicidade/pluralidade de inscries (uma ou mais das inscries sero reutilizadas);

    c) deixar o eleitor de votar por 3 eleies consecutivas;

    d) nos casos de reviso de eleitorado.

    O TSE, ao editar tal disposio, pretendia que fossem reutilizados nmeros de ttulos eleitorais cancelados para impedir o inchamento do cadastro.

    Se existirem mais de 1 inscrio cancelada para o mesmo eleitor, a transferncia do n da inscrio dar-se- na seguinte ordem:

    a) na inscrio que tenha sido utilizada para o exerccio do voto no ltimo pleito;

    b) que seja mais antiga.

    Art. 5

    1 Na hiptese do caput, o eleitor permanecer com o

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    nmero originrio da inscrio e dever ser, obrigatoriamente, consignada no campo prprio a sigla da UF anterior.

    2 vedada a transferncia de nmero de inscrio envolvida em coincidncia, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema quando envolver situao de perda e suspenso de direitos polticos, cancelada por perda de direitos polticos (FASE 329) e por deciso de autoridade judiciria (FASE 450).

    3 Ser admitida transferncia com reutilizao do nmero de inscrio cancelada pelos cdigos FASE 019 - falecimento, 027 - duplicidade/pluralidade, 035 - deixou de votar em trs eleies consecutivas e 469 - reviso de eleitorado, desde que comprovada a inexistncia de outra inscrio liberada, no liberada, regular ou suspensa para o eleitor.

    4 Existindo mais de uma inscrio cancelada para o eleitor no cadastro, nas condies previstas no 3, dever ser promovida, preferencialmente, a transferncia daquela:

    I - que tenha sido utilizada para o exerccio do voto no ltimo pleito;

    II - que seja mais antiga.

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    2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral.

    O preenchimento do RAE deve ser feito por quem mesmo Professor?

    Vocs acham que dever ser pelo alistando ou por vocs mesmos, servidores do TRE de seu Estado? No haveria razo para ter concurso de TRE so no houvesse servio!

    Por lgico, o RAE preenchido pelo Servidor da Justia Eleitoral (vocs!) no Cartrio Eleitoral ou no posto de alistamento eleitoral. Vocs digitaro o RAE, preenchendo as informaes constantes da documentao apresentanda pelo alistando e complementando com informaes pessoais necessrias.

    O alistando (requerente) deve presenciar o preenchimento do RAE e a sua impresso. A Resoluo faculta ao alistando a escolha/preferncia do local de votao dentre os locais existentes na respectiva Zona Eleitoral.

    O eleitor deve assinar ou apor sua impresso digital (hiptese de analfabetismo) no RAE na presena do Servidor da Justia Eleitoral (vocs!). Os servidores tero a incumbncia de atestarem a satisfao dessa exigncia (assinatura ou impresso digital).

    Para informao, conforme a Lei n 7444/85, art. 5, 1, no caso de analfabeto, a impresso digital a ser colhida a do polegar direito.

    Art. 9 No cartrio eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor da Justia Eleitoral preencher o RAE ou digitar as informaes no sistema de acordo com os dados constantes do documento apresentado pelo eleitor, complementados com suas informaes pessoais, de conformidade com as exigncias do processamento de dados, destas instrues e das orientaes especficas.

    1 O RAE dever ser preenchido ou digitado e impresso na presena do requerente.

    2 No momento da formalizao do pedido, o requerente manifestar sua preferncia sobre local de votao, entre os estabelecidos para a zona eleitoral.

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    3 Para os fins o 2 deste artigo, ser colocada disposio, no cartrio ou posto de alistamento, a relao de todos os locais de votao da zona, com os respectivos endereos.

    4 A assinatura do requerimento ou a aposio da impresso digital do polegar ser feita na presena do servidor da Justia Eleitoral, que dever atestar, de imediato, a satisfao dessa exigncia.

    Como havia dito, o RAE dever sempre ser processado eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. Assim, os RAEs apenas preenchidos manualmente devem ser preenchidos/digitados NO SISTEMA antes de serem submetidos ao despacho do Juiz Eleitoral.

    Em cada Zona Eleitoral, para preenchimento e digitao do RAE no sistema, dever ser elaborada relao de servidores, pelos ns de seus ttulos eleitorais, aptos a praticarem os atos reservados ao Cartrio Eleitoral.

    Se a emisso do ttulo no for imediata (entrega imediata), o servidor dever destacar o protocolo de solicitao de inscrio eleitoral (espcie de comprovante de requerimento de alistamento) a ser entregue ao alistando. Neste comprovante j deve constar o n do ttulo eleitoral.

    Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o servidor providenciar o preenchimento ou a digitao no sistema dos espaos que lhe so reservados no RAE.

    Pargrafo nico. Para efeito de preenchimento do requerimento ou de digitao no sistema, ser mantida em cada zona eleitoral relao de servidores, identificados pelo nmero do ttulo eleitoral, habilitados a praticar os atos reservados ao cartrio.

    Art. 11. Atribudo nmero de inscrio, o servidor, aps assinar o formulrio, destacar o protocolo de solicitao, numerado de idntica forma, e o entregar ao requerente, caso a emisso do ttulo no seja imediata.

    Nmero da inscrio eleitoral.

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    Como composto o nmero de inscrio eleitoral?

    Conforme determina o TSE, o ttulo eleitoral tem 12 ALGARISMOS numricos, sendo formado na seguinte ordem:

    a) os 8 (oito) primeiros algarismos so seqenciais so nmeros seqenciais, mas devem ser desprezados os zeros esquerda. Assim, pode o ttulo ostentar os seguintes primeiros ns: 100.00.000; 100.00.001; 100.00.002; 100.00.003; 100.00.004....

    b) os 2 (dois) algarismos seguintes representam a Unidade da Federao (Ex: RS; AC; BA; RN; MT com seus nmeros abaixo);

    c) os 2 (dois) ltimos algarismos so simples Dgitos Verificadores.

    Ex: 10404251.05.09. a) 10404251 (8 primeiros dgitos seqenciais);

    b) 05 (algarismo referente Unidade da Federao);

    c) 09 (algarismo referente ao Dgito Verificador.

    Os algarismos referentes s Unidades da Federao so, exemplificadamente, na seguinte ordem:

    01 - So Paulo

    02 - Minas Gerais

    03 - Rio de Janeiro

    04 - Rio Grande do Sul

    05 - Bahia

    06 - Paran

    07 - Cear

    08 - Pernambuco

    09 - Santa Catarina

    10 - Gois

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    (...)

    Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais faro distribuir, observada a seqncia numrica fornecida pela Secretaria de Informtica, s zonas eleitorais da respectiva circunscrio, sries de nmeros de inscrio eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo.

    Pargrafo nico. O nmero de inscrio compor-se- de at 12 algarismos, por unidade da Federao, assim discriminados:

    a) os oito primeiros algarismos sero seqenciados, desprezando-se, na emisso, os zeros esquerda;

    b) os dois algarismos seguintes sero representativos da unidade da Federao de origem da inscrio, conforme cdigos constantes da seguinte tabela: (...)

    c) os dois ltimos algarismos constituiro dgitos verificadores, determinados com base no mdulo 11, sendo o primeiro calculado sobre o nmero seqencial e o ltimo sobre o cdigo da unidade da Federao seguido do primeiro dgito verificador.

    Documentao necessria para o alistamento.

    O alistando dever apresentar pelo menos 1 dos seguintes documentos, que comprovam sua nacionalidade brasileira (lembro mais uma vez que no para apresentar todos os documentos, basta pelo menos 1 deles):

    a. carteira de identidade ou carteira profissional (emitida pelos rgos criados por lei federal, controladores do exerccio profissional);

    b. certificado de quitao do servio militar obrigatrio apenas para os maiores de 18 ANOS do SEXO MASCULINO;

    c. certido de nascimento ou casamento, extrada do Registro Civil;

    d. instrumento pblico do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mnima de 16 anos e do qual

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    constem, tambm, os demais elementos necessrios sua qualificao.

    obrigatria a apresentao do certificado de quitao do servio militar os eleitores do SEXO MASCULINO maiores de 18 anos. Nesse caso, mesmo que apresentem sua carteira de identidade no ato de inscrio, devero fazer acompanhar do respectivo certificado de quitao.

    Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentar um dos seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei n 7.444/85, art. 5, 2):

    a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos rgos criados por lei federal, controladores do exerccio profissional;

    b) certificado de quitao do servio militar;

    c) certido de nascimento ou casamento, extrada do Registro Civil;

    d) instrumento pblico do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mnima de 16 anos e do qual constem, tambm, os demais elementos necessrios sua qualificao.

    Pargrafo nico. A apresentao do documento a que se refere a alnea b (Certificado de Quitao do servio militar) obrigatria para maiores de 18 anos, do sexo masculino.

    Quanto idade mnima de 16 ANOS, preciso que se comprove esta idade de 16 anos completos na data do pleito, e no necessariamente na data do alistamento eleitoral, desde que a inscrio seja no mesmo ano eleitoral. Assim, possvel alistar-se com 15 anos de idade, desde que se prove possuir os 16 anos completos quando da eleio.

    Assim manifestou-se o TSE em vista da previso constitucional do alistamento e do voto facultativos para os maiores de 16 e menores de 18 ANOS. Contudo, o ttulo eleitoral somente ter efeitos com o implemento dos 16 ANOS de idade.

    Art. 14. facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleies, do menor que completar 16 anos at a data do pleito, inclusive.

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    1 O alistamento de que trata o caput poder ser solicitado at o encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrio eleitoral ou transferncia.

    2 O ttulo emitido nas condies deste artigo somente surtir efeitos com o implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE n 19.465, de 12.3.96).

    Multa por no alistamento.

    Vimos anteriormente que o Cdigo Eleitoral previa, no art. 8, multa para o eleitor que ficasse inadimplente com a Justia Eleitoral por no alistar-se no prazo legal.

    Todavia, a Resoluo n 21.538/03 tambm veio dispondo exatamente sobre esta sano, mas trouxe algumas peculiaridades relevantes, a seguir dispostas.

    Sofrer PENA DE MULTA o eleitor:

    1. Brasileiro nato que no se alistar at os 19 anos;

    2. Brasileiro naturalizado que no se alistar at 1 ano depois de adquirida a nacionalidade.

    Na esteira do que prev o art. 91 da Lei n 9.504/97, a Resoluo dispe que no sofrer a multa o no-alistado que requerer sua inscrio eleitoral at o 151 (centsimo qinquagsimo primeiro) dia anterior eleio subseqente data em que completar 19 anos. Ou seja, mesmo ultrapassando os 19 anos, se for ano eleitoral, o cidado no ser multado caso aliste-se at o 151 dia anterior eleio.

    J relatamos sobre a discusso doutrinria a respeito do prazo legal de alistamento. O prazo de alistamento previsto no art. 91 da Lei n 9.504/97 e no referido art. 15, pargrafo nico, da Resoluo n 21.538 teriam revogado as disposies do Cdigo Eleitoral (Lei Complementar) sobre prazos de alistabilidade?

    Importa termos em mente que a Lei n 9.504/97, a despeito de ser Lei Ordinria, em tese no revogadora do Cdigo Eleitoral, em seu art. 91 prev que nos 150 DIAS anteriores eleio no ser recebido nenhum

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    requerimento de inscrio eleitoral ou de transferncia. A Resoluo n 21.538/03 segue este mesmo entendimento.

    Mais uma vez, aconselho a todos a atentarem-se aos prazos concedidos pelo Cdigo Eleitoral e pelos referidos diplomas legais, tentando adivinhar o que a prova est cobrando. Deveras, nas provas mais recentes, os examinadores tm apontado pela revogao do Cdigo Eleitoral neste aspecto, aplicando-se o prazo da Lei Eleitoral e da Resoluo n 21.538/03.

    Lei Eleitoral

    Art. 91. Nenhum requerimento de inscrio eleitoral ou de transferncia ser recebido dentro dos 150 (cento e cinqenta) DIAS anteriores data da eleio.

    Art. 15. O brasileiro nato que no se alistar at os 19 anos ou o naturalizado que no se alistar at 1 (um) ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrer em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrio.

    Pargrafo nico. No se aplicar a pena ao no-alistado que requerer sua inscrio eleitoral at o 151 (centsimo qinquagsimo primeiro) dia anterior eleio subseqente data em que completar 19 anos (Cdigo Eleitoral, art. 8 c.c. a Lei n 9.504/97, art. 91).

    Alm disso, vale frisar que, segundo a Resoluo n 21.538/03, esta multa deve ser cobrada nos termos do seu art. 85, que prev como base de clculo para aplicao das multas a UFIR e no mais o salrio-mnimo, como o faz ainda o Cdigo Eleitoral.

    Art. 85. A base de clculo para aplicao das multas previstas pelo Cdigo Eleitoral e leis conexas, bem como das de que trata esta resoluo, ser o ltimo valor fixado para a Ufir, multiplicado pelo fator 33,02, at que seja aprovado novo ndice, em conformidade com as regras de atualizao dos dbitos para com a Unio.

    Esta o atual entendimento do TSE a respeito das multas eleitorais, inclusive o aplicado na prtica. Recordo apenas que os dispositivos do Cdigo Eleitoral ainda no foram revogados expressamente pela

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    legislao em vigor.

    Ex-Analfabeto.

    Se o analfabeto, que tinha seu alistamento e votos facultativos, deixar esta condio (passar a ser alfabetizado), DEVER requerer sua inscrio eleitoral! Seu alistamento e voto passaro a ser OBRIGATRIOS!

    preciso que se entenda o seguinte: enquanto guardam a condio de analfabetos, esto livres da multa comentada acima. No entanto, quando deixar de ser analfabeto, o cidado deve alistar-se, pois seu alistamento obrigatrio, sob pena de incorrer em multa eleitoral.

    Assim, o analfabeto no pagar a multa eleitoral prevista no art. 8 do Cdigo, conforme art. 16 da Resoluo n 21.538/2003. Mas se deixar de s-lo, ai sim poder incorrer na multa.

    Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto facultativo.

    Pargrafo nico. Se o analfabeto deixar de s-lo, dever requerer sua inscrio eleitoral, no ficando sujeito multa prevista no art. 15.

    Recursos das decises sobre alistamento e transferncia.

    A partir do despacho do Juiz Eleitoral sobre o RAE, o TRE enviar aos Cartrios Eleitorais relao de inscries includas no cadastro, para que sejam colocadas disposio dos partidos polticos nos dias 1 e 15 de cada ms ou no 1 dia til seguinte.

    Do despacho que DEFERIR o RAE, poder qualquer delegado de Partido Poltico recorrer em 10 DIAS, a partir da colocao da listagem disposio dos partidos.

    Do despacho que INDEFERIR o RAE, o alistando poder recorrer no prazo de 5 DIAS.

    Deferimento do RAE recurso de Delegado de Partido 10 DIAS Indeferimento do RAE recurso do alistando 5 DIAS

    Estas mesmas regras APLICAM-SE para os casos de

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    TRANSFERNCIA de domiclio eleitoral! Consoante dispe o art. 18, 4 e 5.

    Art. 17. Despachado o requerimento de inscrio pelo juiz eleitoral e processado pelo cartrio, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsvel pelos servios de processamento eletrnico de dados enviar ao cartrio eleitoral, que as colocar disposio dos partidos polticos, relaes de inscries includas no cadastro, com os respectivos endereos.

    1 Do despacho que INDEFERIR o requerimento de inscrio, caber RECURSO interposto pelo alistando no prazo de 5 (cinco) dias e, do que o DEFERIR, poder recorrer qualquer delegado de partido poltico no prazo de 10 (dez) dias, contados da colocao da respectiva listagem disposio dos partidos, o que dever ocorrer nos dias 1 e 15 de cada ms, ou no primeiro dia til seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos no as consultem (Lei n 6.996/82, art. 7).

    Art. 18.

    4 Despachado o requerimento de transferncia pelo juiz eleitoral e processado pelo cartrio, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsvel pelos servios de processamento de dados enviar ao cartrio eleitoral, que as colocar disposio dos partidos polticos, relaes de inscries atualizadas no cadastro, com os respectivos endereos.

    5 Do despacho que indeferir o requerimento de transferncia, caber recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poder recorrer qualquer delegado de partido poltico no prazo de dez dias, contados da colocao da respectiva listagem disposio dos partidos, o que dever ocorrer nos dias 1 e 15 de cada ms, ou no primeiro dia til seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos no as consultem (Lei n 6.996/82, art. 8).

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    3. Transferncia de domiclio eleitoral, 2 Via e outros institutos.

    Em caso de mudana de domiclio do eleitor, este dever requerer formalmente a transferncia de domiclio eleitoral ao Juiz Eleitoral da nova residncia. Para que seja deferida a transferncia, devem ser preenchidas as seguintes exigncias:

    a) recebimento do pedido no cartrio eleitoral do novo domiclio no prazo estabelecido pela legislao vigente este prazo, segundo a prpria Resoluo n 21.538/03, de 150 dias antes da eleio. Neste perodo, o cadastro de eleitores estar fechado para transferncia, alistamento ou reviso.

    b) transcurso de, pelo menos, 1 (um) ANO do alistamento ou da ltima transferncia;

    c) residncia mnima de 3 (trs) MESES no novo domiclio, DECLARADA, sob as penas da lei, pelo prprio eleitor basta o eleitor AFIRMAR que possui residncia mnima de 3 meses no novo domiclio. No plano prtico, contudo, tem-se exigido comprovante de residncia (conta de luz, gua, telefone, contrato de aluguel, etc).

    d) prova de quitao com a Justia Eleitoral.

    O conceito de QUITAO ELEITORAL rene a plenitude do gozo dos direitos polticos, o regular exerccio do voto, salvo quando facultativo, o atendimento a convocaes da Justia Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistncia de multas aplicadas, em carter definitivo, pela Justia Eleitoral e no remitidas, excetuadas as anistias legais, e a regular prestao de contas de campanha eleitoral, quando se tratar de candidatos.

    Para requerer a transferncia, pelo menos o que determina a legislao, deve o eleitor entregar seu antigo ttulo eleitoral (como comprovao de sua condio de eleitor) e provar a sua quitao eleitoral. Se no comprovados, o Juiz arbitrar desde logo o valor da MULTA a ser

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    paga pelo eleitor que requerer a transferncia, o que no impede o indeferimento do pedido.

    Art. 18

    2 Ao requerer a transferncia, o eleitor entregar ao servidor do cartrio o ttulo eleitoral e a prova de quitao com a Justia Eleitoral.

    3 No comprovada a condio de eleitor ou a quitao para com a Justia Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrar, desde logo, o valor da multa a ser paga.

    As exigncias de tempo mnimo de 1 ANO do alistamento ou transferncia e de residncia mnima de 3 MESES NO se aplicam para servidor pblico civil, militar, autrquico, ou de membro de sua famlia, por motivo de REMOO ou TRANSFERNCIA por interesse pblico.

    Art. 18

    1 O disposto nos incisos II e III (1 ano de alistamento e residncia mnima de 3 meses) no se aplica transferncia de ttulo eleitoral de servidor pblico civil, militar, autrquico, ou de membro de sua famlia, por motivo de remoo ou transferncia (Lei n 6.996/82, art. 8, pargrafo nico).

    2 VIA do Ttulo.

    O eleitor far pedido de 2 VIA do seu ttulo eleitoral sempre que ocorrer a perda ou o extravio do ttulo eleitoral ou quando for inutilizado ou dilacerado.

    Nestes casos de inutilizao e dilacerao do ttulo, o pedido da 2 VIA deve ser acompanho da 1 Via do ttulo, mesmo j inutilizado ou dilacerado.

    Da mesma forma que no alistamento eleitoral, em qualquer dos motivos do pedido de 2 VIA, deve o eleitor apor sua assinatura ou a impresso digital do polegar na presena do Servidor da Justia Eleitoral (vocs!).

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    Art. 19. No caso de perda ou extravio do ttulo, bem assim de sua inutilizao ou dilacerao, o eleitor dever requerer pessoalmente ao juiz de seu domiclio eleitoral que lhe expea segunda via.

    1 Na hiptese de inutilizao ou dilacerao, o requerimento ser instrudo com a primeira via do ttulo.

    2 Em qualquer hiptese, no pedido de segunda via, o eleitor dever apor a assinatura ou a impresso digital do polegar, se no souber assinar, na presena do servidor da Justia Eleitoral, que dever atestar a satisfao dessa exigncia, aps comprovada a identidade do eleitor.

    Restabelecimento de inscrio cancelada por equvoco e Cdigo FASE.

    A Resoluo prev expressamente a possibilidade de RESTABELECIMENTO de inscrio eleitoral CANCELADA por equvoco nos casos de Falecimento (FASE 019), por deciso de autoridade judiciria (FASE 450) e por reviso de eleitorado (FASE 469).

    Assim, caso a inscrio de determinado eleitor seja cancelada por um desses motivos de forma equivocada, poder ser restabelecida normalmente, no necessitando de nova inscrio eleitoral.

    Gente! Pense num trabalho complicado! Convivi com o setor que fazia este trabalho e todos diziam que era cansativo! Depois da posse comea a reclamao! Rsrs.

    Fiquem tranqilos quanto a estes cdigo FASEs, pois no devem ser cobrados em provas em vista de regulamentao e utilizao ultra-especfica da Corregedoria-Geral Eleitoral.

    Os Cdigos FASE (Formulrio de Atualizao da Situao do Eleitor) so nmeros que indicam situaes especficas na vida eleitoral do cidado, relacionados em tabela estabelecida pela Corregedoria-Geral, e mantidos no histrico da inscrio. O Prov.-CGE n 3/2007 aprovou o Manual do FASE com tabela de cdigos FASE.

    Art. 20. Ser admitido o restabelecimento, mediante comando do cdigo FASE 361, de inscrio cancelada em virtude de

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    comando equivocado dos cdigos FASE 019, 450 e 469.

    Art. 21. Para registro de informaes no histrico de inscrio no cadastro, utilizar-se-, como documento de entrada de dados, o formulrio de atualizao da situao do eleitor (FASE), cuja tabela de cdigos ser estabelecida pela Corregedoria-Geral.

    Pargrafo nico. A atualizao de registros de que trata o caput poder ser promovida, desde que viabilizado, diretamente no sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento do formulrio FASE.

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    4. Ttulo Eleitoral.

    O ttulo eleitoral um documento emitido pela Justia Eleitoral de acordo com caractersticas especficas indicadas no Anexo II da Resoluo n 21.538/03. A sua emisso obrigatria por computador, devendo constar as seguintes informaes: nome do eleitor, data de nascimento, unidade da Federao, o municpio, a zona e a seo eleitoral de votao, o nmero da inscrio eleitoral, data de emisso, assinatura do Juiz e do eleitor (ou a impresso digital do seu polegar), e no caso de 2 via a expresso 2 via.

    Nas hipteses de alistamento, transferncia, reviso e 2 VIA, a data de emisso do ttulo ser a do preenchimento do RAE. At esta data de emisso do ttulo, o prprio instrumento do ttulo serve de prova da quitao eleitoral.

    Art. 23

    2 Nas hipteses de alistamento, transferncia, reviso e segunda via, a data da emisso do ttulo ser a de preenchimento do requerimento.

    Art. 26. O ttulo eleitoral prova a quitao do eleitor para com a Justia Eleitoral at a data de sua emisso.

    Na emisso on-line de ttulos eleitorais e em situaes tidas por excepcionais, os TREs podero autorizar o uso de impresso da assinatura nos ttulos eleitorais (chancela) do Presidente do TRE respectivo, em exerccio na data da autorizao, em substituio assinatura do Juiz Eleitoral da Zona. Esta previso poder ser utilizada, como exemplo, nos casos de reviso de eleitorado, recadastramento ou rezoneamento de eleitores.

    Ao ser impresso o ttulo eleitoral dever ser tambm impresso o Protocolo de Entrega do Ttulo Eleitoral (PETE), espcie de comprovante da retirada do ttulo do cartrio (CANHOTO), que deve conter o nmero de inscrio, o nome do eleitor e de sua me e a data de nascimento, com espaos, no verso, destinados assinatura ou aposio da impresso digital do polegar do eleitor, o nmero de sua inscrio eleitoral, bem como data de recebimento.

    O ttulo eleitoral somente poder ser buscado

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    PESSOALMENTE! Por incrvel que parea, no se admite terceiros buscarem o ttulo, mesmo com procurao!

    Art. 24.

    1 O ttulo ser entregue, no cartrio ou no posto de alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferncia de pessoas estranhas Justia Eleitoral.

    2 Antes de efetuar a entrega do ttulo, comprovada a identidade do eleitor e a exatido dos dados inseridos no documento, o servidor destacar o ttulo eleitoral e colher a assinatura ou a impresso digital do polegar do eleitor, se no souber assinar, no espao prprio constante do canhoto.

    Como j amplamente comentado e segundo a Resoluo n 21.538/03, durante o perodo de fechamento do cadastro eleitoral previsto no art. 91 da Lei n 9.504/97, de 150 DIAS anteriores eleio, NO sero recebidos requerimentos de alistamento ou transferncia.

    To logo sejam encerrados os trabalhos de apurao das eleies em mbito nacional, as Zonas Eleitorais reabriro o processamento dos RAEs de alistamento, transferncia, reviso e 2 VIA.

    Resoluo n 21.538/03

    Art. 25. No perodo de suspenso do alistamento, no sero recebidos requerimentos de alistamento ou transferncia (Lei n 9.504/97, art. 91, caput).

    Pargrafo nico. O processamento reabrir-se- em cada zona logo que estejam concludos os trabalhos de apurao em mbito nacional (Cdigo Eleitoral, art. 70).

    Lei n 9.504/97

    Art. 91. Nenhum requerimento de inscrio eleitoral ou de transferncia ser recebido dentro dos 150 (cento e cinqenta) DIAS anteriores data da eleio.

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    5. Fiscalizao dos Partidos Polticos.

    Em decorrncia do Princpio Democrtico, de abertura e transparncia de todo o processo eleitoral e, especificamente, dos trabalhos desenvolvidos pela Justia Eleitoral, a legislao faculta aos Partidos Polticos a fiscalizao do alistamento eleitoral.

    Alm do dever da Justia Eleitoral de disponibilizar aos Partidos relao contendo os nomes dos eleitores com as respectivas inscries eleitorais para eventualmente impugnar (recorrer) de deciso que defere determinados alistamentos (visto linhas atrs), as agremiaes podero, por intermdio dos seus Delegados:

    a) acompanhar os pedidos de alistamento, transferncia, reviso, segunda via e quaisquer outros, at mesmo emisso e entrega de ttulos eleitorais, previstos nesta resoluo;

    b) requerer a excluso de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja excluso esteja sendo promovida;

    c) examinar, sem perturbao dos servios e na presena dos servidores designados, os documentos relativos aos pedidos de alistamento, transferncia, reviso, segunda via e reviso de eleitorado, deles podendo requerer, de forma fundamentada, cpia, sem nus para a Justia Eleitoral.

    Ao identificar determinadas impropriedades/irregularidades geradoras do cancelamento de inscrio de algum(uns) eleitor(es), dever o Partido comunicar por escrito de tal fato ao Juiz Eleitoral, que tomar as providncias cabveis.

    Para operacionalizar esta fiscalizao, os partidos podero manter delegados perante o TRE e perante as Zonas Eleitorais nos seguintes nmeros:

    a) at 2 (dois) Delegados perante o TRE;

    b) at 3 (trs) Delegados perante a Zona Eleitoral, que trabalharo em regime de revezamento, em vista da vedao

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    de atuao simultnea de mais de 1 Delegado de cada partido.

    Os Delegados indicados pelos Partidos para fiscalizarem o alistamento eleitoral perante as Zonas Eleitorais sero credenciados pelo Juiz Eleitoral da respectiva Zona. Os Delegados credenciados pelo TRE tm maiores prerrogativas, podendo representar o partido em todas as Zonas Eleitorais da circunscrio.

    Art. 27.

    Pargrafo nico. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de inscrio dever ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observar o procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Cdigo Eleitoral.

    Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos polticos podero manter at dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e at trs delegados em cada zona eleitoral, que se revezaro, no sendo permitida a atuao simultnea de mais de um delegado de cada partido.

    1 Na zona eleitoral, os delegados sero credenciados pelo juiz eleitoral.

    2 Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral podero representar o partido, na circunscrio, perante qualquer juzo eleitoral.

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    6. Acesso s Informaes Constantes do Cadastro.

    Este um ponto que considero bastante sensvel Justia Eleitoral. O Cadastro Nacional de Eleitores um dos bancos de dados detidos por uma instituio brasileira mais valiosos da atualidade. Nele esto contidos dados pessoais de mais da metade da populao brasileira!

    So muitos os rgos e instituies que paqueram o TSE em busca de uma liberao de acesso aos dados. Mas a postura do TSE tem sido de muita cautela na gesto dessas informaes.

    Imaginem uma empresa privada tomar posse dessas informaes! Estes dados valem muito mesmo! Em especial para o setor privado.

    Por isso, na Resoluo n 21.538/03 traz restries e condies para o acesso aos dados, somente sendo acessvel as informaes constantes do cadastro nacional de eleitores s instituies pblicas e privadas e s pessoas fsicas nos termos a seguir tratados.

    REGRA: todos os dados pessoais dos eleitores (informaes personalizadas filiao, data de nascimento, profisso, estado civil, escolaridade, telefone e endereo) so preservados pela Justia Eleitoral, no sendo acessveis por terceiros.

    EXCEES (podem ter acesso aos dados do cadastro de eleitores):

    a) pelo prprio ELEITOR sobre seus dados pessoais no poderia ser vedado o acesso ao eleitor sobre seus dados no cadastro, at mesmo para possa corrigir algum erro ou desatualizao;

    b) por AUTORIDADE JUDICIAL e pelo MINISTRIO PBLICO, vinculada a utilizao das informaes obtidas, exclusivamente, s respectivas atividades funcionais Ateno que no s os Juzes, mas tambm o MP tem acesso a esses dados!

    c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, desde que exista reciprocidade de interesses (Lei n 7.444/85, art. 4). Exemplo de fato: a Polcia Federal

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    h tempos est tentando celebrar um Convnio com o TSE para que este libere os dados do cadastro, o que facilitar suas investigaes sobre, ex: endereo do criminoso, mas o TSE ainda continua reticente em vista de no haver esta reciprocidade; Convnio entre a Receita Federal do Brasil e o TSE; entre a CGU e o TSE, etc.

    Art. 29. As informaes constantes do cadastro eleitoral sero acessveis s instituies pblicas e privadas e s pessoas fsicas, nos termos desta resoluo (Lei n 7.444/85, art. 9, I).

    1 Em resguardo da privacidade do cidado, no se fornecero informaes de carter personalizado constantes do cadastro eleitoral.

    2 Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como informaes personalizadas, relaes de eleitores acompanhadas de dados pessoais (filiao, data de nascimento, profisso, estado civil, escolaridade, telefone e endereo).

    Ademais, o TSE prelecionou que os TREs e os Juzes Eleitorais podem autorizar o fornecimento de dados estatsticos constantes do cadastro eleitoral, especificamente relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, salvo se estas informaes tiverem carter reservado (s quais no podero ser fornecidas). possvel porque estes dados no implicam em violao s informaes pessoais dos eleitores.

    So vedados aos Juzes Eleitorais e aos TREs fornecerem informaes pessoais de eleitores constantes do cadastro eleitoral no pertencentes a sua jurisdio eleitoral, salvo apenas quanto possibilidade do prprio eleitor efetuar o pagamento de multas impostas por outro Juiz Eleitoral ou perante outro TRE.

    Todo aquele que usar os dados estatsticos eleitorais citados acima so obrigados a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulao inadequada ou extrapolada das informaes obtidas.

    Art. 30. Os tribunais e juzes eleitorais podero, no mbito de suas jurisdies, autorizar o fornecimento a interessados, desde que sem nus para a Justia Eleitoral e disponveis em meio magntico, dos dados de natureza estatstica levantados com base no

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    cadastro eleitoral, relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, salvo quando lhes for atribudo carter reservado.

    Art. 31. Os juzes e os tribunais eleitorais no fornecero dados do cadastro de eleitores no pertencentes a sua jurisdio, salvo na hiptese do art. 82 desta resoluo.

    Art. 32. O uso dos dados de natureza estatstica do eleitorado ou de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulao inadequada ou extrapolada das informaes obtidas.

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    7. Batimentos.

    O TSE, mediante a Corregedoria-Geral Eleitoral, realiza constantemente BATIMENTOS (Cruzamentos) de informaes constantes do Cadastro Eleitoral, em mbito nacional, para verificarem inconsistncias nos dados e evitar eventuais DUPLICIDADES ou PLURALIDADES (mais de 2) de inscries eleitorais.

    Imaginem o mesmo eleitor com 10 Ttulos Eleitorais! isso que o TSE quer evitar, para coibir tentativas de fraude nas eleies. Este procedimento de Batimento feito pelo prprio Sistema do TSE, por meio da tecnologia da informao (batimento em meio eletrnico), e mediante instaurao de processo prprio para cada inscrio irregular, onde ser verificada minuciosamente (batimento) as informaes constantes do cadastro.

    Importante!

    Os requerimentos de ALISTAMENTO, TRANSFERNCIA e REVISO somente sero includas no cadastro eleitoral aps o BATIMENTO realizado pelo TSE em mbito nacional!

    As inscries que forem identificadas e agrupadas em duplicidade ou pluralidade formaro um processo administrativo prprio sujeito deciso da autoridade judicial competente.

    Das inscries assim agrupadas, formando um mesmo grupo por duplicidade ou pluralidade, as inscries MAIS RECENTES sero consideradas NO LIBERADAS no sistema.

    Por outro lado, se forem inscries de GMEOS (2 ou + irmos - aqueles que tenham comprovado mesma filiao, data e local de nascimento), mesmo sendo recentes, estas sero consideradas LIBERADAS no sistema. No entanto, se a inscrio de um Gmeo for agrupada com outra(s) inscries de no-gmeo, esta ser considerada NO LIBERADA. Para que haja a liberao imediata do sistema precisa a indicao simultnea de 2 ou + inscries de Gmeos.

    Art. 33. O batimento ou cruzamento das informaes constantes do cadastro eleitoral ter como objetivos expurgar possveis

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    duplicidades ou pluralidades de inscries eleitorais e identificar situaes que exijam averiguao e ser realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em mbito nacional.

    1 As operaes de alistamento, transferncia e reviso somente sero includas no cadastro ou efetivadas aps submetidas a batimento.

    2 Inscrio agrupada em duplicidade ou pluralidade ficar sujeita a apreciao e deciso de autoridade judiciria.

    3 Em um mesmo grupo, sero sempre consideradas no liberadas as inscries mais recentes, excetuadas as inscries atribudas a gmeos, que sero identificadas em situao liberada.

    4 Em caso de agrupamento de inscrio de gmeo com inscrio para a qual no foi indicada aquela condio, essa ltima ser considerada no liberada.

    Com o batimento nacional realizado pelo TSE (Corregedoria-Geral Eleitoral), sero colocados disposio das Zonas Eleitorais os seguintes documentos:

    a) RELAO DE ELEITORES AGRUPADOS por duplicidade ou pluralidade;

    b) COMUNICAO autoridade judiciria competente para providncias de sua alada.

    O eleitor que tiver sua inscrio no liberada em virtude do batimento ser notificado de tal fato. Se desejar regularizar sua situao, tem prazo de 20 DIAS para tanto, a contar do recebimento da notificao.

    Art. 34. Ser colocada disposio de todas as zonas eleitorais, aps a realizao de batimento:

    I - RELAO DE ELEITORES AGRUPADOS (envolvidos em duplicidade ou pluralidade) emitida por ordem de nmero de grupo, contendo todos os eleitores agrupados inscritos na zona, com dados necessrios a sua individualizao, juntamente com ndice em ordem alfabtica;

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    II - COMUNICAO dirigida autoridade judiciria incumbida da apreciao do caso, noticiando o agrupamento de inscrio em duplicidade ou pluralidade, para as providncias estabelecidas nesta resoluo.

    Pargrafo nico. Ser expedida NOTIFICAO dirigida ao eleitor cuja inscrio foi considerada no liberada pelo batimento.

    Art. 36. Todo eleitor que tiver sua inscrio no liberada em decorrncia do cruzamento de informaes dever ser notificado para, se o desejar, requerer regularizao de sua situao eleitoral, no prazo de 20 dias, contados da data de realizao do batimento.

    O Juiz Eleitoral, ao receber do TSE a relao de eleitores agrupados por duplicidades e pluralidades, far publicar EDITAL com prazo de 3 DIAS para que os interessados sejam cientificados da irregularidade, podendo corrigi-la.

    Art. 35. Colocada disposio a relao de eleitores agrupados, o juiz eleitoral far publicar edital, pelo prazo de trs dias, para conhecimento dos interessados.

    Quando a autoridade judiciria competente tomar conhecimento de supostas duplicidades/pluralidades (coincidncias de inscries), dever, DE OFCIO, tomar as seguintes providncias:

    a) determinar sua autuao;

    b) determinar a regularizao da situao da inscrio do eleitor que no possuir outra inscrio liberada, independentemente de requerimento, desde que constatado que o grupo formado por pessoas distintas;

    c) determinar as diligncias cabveis quando no for possvel identificar de pronto se a inscrio pertence ou no a um mesmo eleitor;

    d) aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao cartrio durante os 20 dias que lhe so facultados para requerer regularizao de situao eleitoral;

    e) comparecendo o eleitor ao cartrio, orient-lo, conforme o caso, a preencher o Requerimento para Regularizao de

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    Inscrio (RRI), ou a requerer, oportunamente, transferncia, reviso ou segunda via;

    f) determinar o cancelamento da(s) inscrio(es) que comprovadamente pertena(m) a um mesmo eleitor, assegurando a cada eleitor apenas uma inscrio;

    g) dar publicidade deciso;

    h) promover a digitao da deciso;

    i) adotar demais medidas cabveis.

    Caso o eleitor tenha sua inscrio eleitoral agrupada por duplicidade/pluralidade NO PODER requerer TRANSFERNCIA, REVISO e tambm 2 VIA!

    Art. 38. No poder ser objeto de transferncia, reviso ou segunda via, inscrio agrupada em duplicidade ou pluralidade.

    Decorar!

    Encerrado o prazo para exame e deciso dos casos de duplicidade/pluralidade pela autoridade judiciria, a inscrio LIBERADA passar a figurar no sistema como REGULAR e a NO-LIBERADA como CANCELADA:

    LIBERADA REGULAR NO-LIBERADA CANCELADA

    Inscrio REGULAR a inscrio no envolvida em duplicidade ou pluralidade, que est disponvel para o exerccio do voto e habilitada a transferncia, reviso e segunda via.

    Inscrio CANCELADA a inscrio atribuda a eleitor que incidiu em uma das causas de cancelamento previstas na legislao eleitoral, que no poder ser utilizada para o exerccio do voto e somente poder ser objeto de transferncia ou reviso nos casos previstos na Resoluo n 21.538/03.

    coincidente - a inscrio agrupada pelo batimento, nos termos do inciso I, sujeita a exame e deciso de autoridade judiciria e que no poder ser

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    objeto de transferncia, reviso e segunda via:

    Inscrio NO LIBERADA a inscrio coincidente (duplicidade/pluralidade) que NO est disponvel para o exerccio do voto;

    Inscrio LIBERADA a inscrio que, apesar de coincidente (duplicidade/pluralidade), que EST disponvel para o exerccio do voto.

    Art. 39. Encerrado o prazo para exame e deciso dos casos de duplicidade ou pluralidade, no existindo deciso de autoridade judiciria, a inscrio liberada passar a figurar como regular e a no-liberada como cancelada, caso exista no cadastro.

    No batimento realizado pela Corregedoria-Geral Eleitoral, em mbito nacional, caso seja identificada situao em que o mesmo eleitor possua 2 ou + inscries LIBERADAS ou REGULARES, estando ou no agrupadas pelo batimento, impe-se o CANCELAMENTO de 1 ou + inscries.

    Este Cancelamento dever recair, preferencialmente, na seguinte ordem:

    1. na inscrio MAIS RECENTE, efetuada contrariamente s instrues em vigor (na ltima inscrio, tida por irregular);

    2. na inscrio que NO corresponda ao DOMICLIO ELEITORAL do eleitor;

    3. naquela cujo ttulo NO haja sido ENTREGUE ao eleitor;

    4. naquela cujo ttulo no haja sido UTILIZADO para o exerccio do voto na ltima eleio;

    5. na MAIS ANTIGA.

    Se for caso de Gmeos ou Homnimos (aqueles, excetuados os gmeos, que possuam dados iguais ou semelhantes e que figurem em uma mesma duplicidade ou pluralidade), a inscrio no ser cancelada, devendo ser comandado cdigo FASE especfica para cada situao no cadastro do eleitor. Ademais, determinadas inconsistncias nos dados do cadastro eleitoral devero ser corrigidas mediante o preenchimento do RAE (Operao 5

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    Reviso).

    Art. 40.

    1 Comprovado que as inscries identificadas pertencem a gmeos ou homnimos, dever ser comandado o respectivo cdigo FASE.

    2 Constatada a inexatido de qualquer dado constante do cadastro eleitoral, dever ser providenciada a necessria alterao, mediante preenchimento ou digitao de RAE (Operao 5 - Reviso), observadas as formalidades para seu deferimento.

    Mas quem a autoridade judiciria competente para regularizao da situao de eleitores que se encontrem envolvidos em duplicidades e pluralidades de inscries?

    A Resoluo n 21.538/03 determina que a COMPETNCIA para decidir sobre pluralidades/duplicidades de inscries e para os casos de eleitores com direitos polticos suspensos, das seguintes autoridades de acordo com o critrio:

    1. DUPLICIDADES cabe ao Juiz da Zona Eleitoral onde foi efetuada a inscrio mais recente;

    2. PLURALIDADES caber:

    a. ao Juiz da Zona Eleitoral quando ocorrer pluralidade de inscries efetuadas em uma mesma Zona Eleitoral;

    b. ao Corregedor Regional Eleitoral quando envolver inscries efetuadas em Zonas Eleitorais diversas de uma mesma circunscrio Ex: Zonas Eleitorais diversas do mesmo Municpio (cada qual com 1 Juiz Eleitoral diferente).

    c. ao Corregedor-Geral Eleitoral quando envolver inscries efetuadas entre Zonas Eleitorais de circunscries diversas. Ex: Zonas Eleitorais de Estados diversos.

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    3. DIREITOS POLTICOS SUSPENSOS cabe ao Corregedor-Geral Eleitoral.

    Art. 41

    1 As decises de situao relativa a pessoa que perdeu seus direitos polticos (Tipo 3D) e de pluralidades decorrentes do agrupamento de uma ou mais inscries, requeridas em circunscries distintas, com um ou mais registros de suspenso da Base de Perda e Suspenso de Direitos Polticos (Tipo 3P) sero da competncia do corregedor-geral.

    Ademais, vale acrescentar que o Juiz Eleitoral NO poder determinar a regularizao, o cancelamento ou a suspenso de inscrio que pertena a Jurisdio de outro Juiz Eleitoral. Somente tem poderes sobre as inscries de sua alada jurisdicional, de sua jurisdio!

    Art. 42. O juiz eleitoral s poder determinar a regularizao, o cancelamento ou a suspenso de inscrio que pertena sua jurisdio.

    Caber RECURSO, no prazo de 3 DIAS, para:

    a) o Corregedor Regional Eleitoral de decises tomadas por Juzes Eleitorais de sua circunscrio sobre inscries eleitorais;

    b) o Corregedor-Geral Eleitoral de decises do Corregedor Regional.

    A Resoluo n 21.538/03 prev o prazo de 40 DIAS para a autoridade judiciria competente pronunciar-se a respeito da duplicidade ou pluralidade detectadas pelo batimento, contados da data do batimento.

    Art. 47. A autoridade judiciria competente dever se pronunciar quanto s situaes de duplicidade e pluralidade detectadas pelo batimento em at 40 dias contados da data de realizao do respectivo batimento.

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    8. Hiptese de Ilcito Penal.

    Os casos de duplicidade ou pluralidade de inscries podem decorrer de alguma prtica de crime eleitoral. To logo a autoridade judiciria competente, vista logo acima, decida sobre a duplicidade/pluralidade, se no ficar evidenciada falha dos servidores da Justia Eleitoral (que muito comum), dever encaminhar os autos ao Ministrio Pblico Eleitoral (MPE), que dever averiguar a existncia ou no de indcios da prtica de algum ilcito penal.

    Se o MPE manifestar-se pela existncia de indcios de crime eleitoral, dever devolver os autos autoridade judiciria para que esta possa remet-los Polcia Federal, que instaurar Inqurito Policial!

    O TSE admite a atuao supletiva da Polcia Estadual quando no local da infrao no existir rgos da Polcia Federal (Resoluo n 22.376/2006, art. 2, p. nico).

    Com a concluso do Inqurito Policial, este dever ser remetido ao Juiz Eleitoral competente para decidir na esfera penal, segundo as regras do Processo Penal.

    Julgada a ao penal proposta pelo MPE ou arquivado o Inqurito Policial pelo Juiz Eleitoral, esta deciso deve ser comunicada autoridade judiciria que determinou a abert


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