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Conceitos de espécie
Espécies
A categoria mais fundamental da classificação biológica.
Não há um conceito universal de espécies que pode ser usado par definir, identificar e caracterizar todas as espécies.
Há muitos Conceitos de Espécies (múltiplas formas de pensar e definir espécies).
Georges-Louis Leclerc de Buffon (1707-1788)
• “Continuista” • Buffon foi adversário de Lineu, e os dois travaram um
debate sobre o conceito de espécie que marcou a história da biologia.
• Segundo Buffon, Lineu ignorava deliberadamente, que “a Natureza caminha em gradações desconhecidas e, por conseguinte, não pode se prestar inteiramente a essas divisões, já que passa de uma espécie a outra, e mesmo de um gênero a outro, por meio de nuanças imperceptíveis”.
• (Systema Naturae 1735; Species Plantarum 1753),
• Era fixista e julgava sua classificação imutável.
• Seu “sistema natural” deveria refletir, pela individualização de caracteres essenciais e fixos, a divisão original dos organismos em espécies geradas ab initio pelo Criador divino.
Carl von Lineu (1707-1778) Descrição Formal x Diagnóstico • Na prática as espécies sempre reconhecidas e definidas
por suas características fenéticas observáveis. – Morfologia – Fisiologia – Comportamento
• Indivíduos apresentam variações aparentes
• Variação no tempo e no espaço
• Não podemos esperar que existam caracteres definidores claramente distintos para todas as espécies! – A natureza não é assim!
• Duas espécies podem se interpenetrar
– Se só recentemente evoluíram de uma ancestral comum
– Se duas populações ainda não se separam completamente
– Se formam espécies em anel – para o CBE seriam uma única espécie, mas para outros seriam várias.
Sistemática e taxonomia
• Sistemática: o relacionamento evolutivo (ancestralidade) entre grupos de organismos.
• Taxonomia: dar nomes aos grupos de organismos e colocá-los nas categorias nomeadas.
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Regras Taxonômicas
• International Code of Zoological Nomenclature:
http://www.iczn.org/iczn/
• International Code of Botanical Nomenclature:
http://www.bgbm.fu-berlin.de/iapt/nomenclature/code/
Ambas são atualizadas periodicamente
Bancos de dados de espécies
Espécies e Evolução Biológica
Espécies são as menores unidades evolutivamente independentes!
Mas qual critério pode ser rigorosamente aplicado?
• Morfo-espécies
• Espécies Biológicas
• Espécies Filogenéticas
• ESU (Unidades Evolutivas Significativas)
Critérios para um conceito de espécie
Universalidade (generalidade) Monismo: existe uma única maneira de dividir o mundo vivo em grupos de
indivíduos que são organizados por uma única hierarquia de leis.
Pluralismo: não há uma visão unificada da natureza; seres vivos são vistos como uma perspectiva de um conjunto de variações sem limites muito claros.
Aplicabilidade (operabilidade) Espécies devem ser definidas levando em conta todos os dados
disponíveis.
Significância teórica (explicação) Espécies e seus carácteres proveem evidências para chegar a uma
explicação teórica da sua existência.
Conceitos de espécies de hoje
Os conceitos pré-Darwinistas de espécies eram todos tipológicos e essencialistas (ex: Linnaeus, etc)
Número de conceitos atualmente em uso Mayden (1997) identificou mais de 24 conceitos de espécies diferentes.
Muitos destes conceitos compartilham várias características.
i. Conceito de Agamoespécies; ii. Conceito Biológico de espécies iii. Conceito Cladístico de espécies iv. Conceito de espécies coesas v. Conceito Composto de espécies vi. Conceito Ecológico de espécies vii. Unidade Evolutiva Significativa viii. Conceito Evolucionário de espécies ix. Conceito de Concordância Genealógica x. Conceito Genético de espécies xi. Conceito de Agrupamento Genotípico xii. Conceito Hennigiano de espécies xiii. Conceito Internodal de espécies xiv. Conceito Morfológico de espécies
xv. Conceito não dimensional de espécies xvi. Conceito Fenético de espécies xvii. Conceito Filogenético de espécies (versão diagnosticável) xv. Conceito Filogenético de espécies (versão monofilética) xv. Conceito Filogenético de espécies (versão diagnosticável e monofilética) xx. Conceito Politético de espécies xxi. Conceito de Reconhecimento de espécies xxii. Conceito de Competição Reprodutiva xxiii. Conceito Sucessional de espécies xxiv. Conceito Taxonômico de espécies
Conceitos de espécies são importantes
Exemplo 1: as listas de espécies ameaçadas Agrupadores (lumpers) reconhecem espécies largamente distribuídas,
as quais são improváveis de serem consideradas ameaçadas;
Divisores (splitters) reconhecem mais espécies de distribuição restrita, as quais são mais prováveis de serem consideradas ameaçadas.
Exemplo 2: estimando a biodiversidade
O uso de diferentes conceitos de espécies leva a comparações impróprias e equivocadas;
Táxons superiores (famílias, ordens etc) geralmente não são comparáveis, mas espécies deveriam ser, já que são consideradas as unidades de conservação, e atualmente também são utilizadas para ressaltar a riqueza em biodiversidade (valor) de cada bioma e país.
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O conceito de espécie utilizado pode afetar: i. o status de conservação específico de populações
estudadas;
ii. estimativas de diversidade de espécies;
iii. a análise histórica destas unidades chamadas de espécies;
iv. a compreensão de padrões de fluxo gênico dentre e entre estas unidades;
v. delineamento de áreas de endemismo;
vi. a caracterização demográfica de tais unidades;
vii. decisões para conservação ex-situ (cativeiro);
viii. quais unidades irão receber proteção de instrumentos locais, nacionais e internacionais.
ix. estudos de interações e ecossistemas que dependem do número e diversidade de espécies.
Conceitos de espécies são importantes Tipos de Conceitos de Espécie
Conceitos baseados em similaridade Similaridade geral e/ou interrupções na distribuição dos carácteres (Morfológico, Fenotípico, Taxonômico,...)
Conceitos Evolutivos Comprometidos teoricamente com as idéias evolutivas (Biológico, Ecológico, Evolutivo, Reconhecimento, Coesão,...)
Conceitos Filogenéticos Baseados nas análises filogenéticas (Cladístico, Filogenético, Hennigiano,...)
Conceito Fenético de Espécies • Indivíduos de uma espécie são fenotipicamente mais
parecidos entre si, do que com outros grupos de indivíduos de outras espécies.
• É uma extensão do modo como os taxonomistas definem
uma espécie. – Conceito tipológico / morfológico
– Tipo-> taxonomia formal
– Taxonomia numérica (déc. 1960) • Métodos fenéticos com estatísticas arbitrárias
• Não se baseia em uma teoria sobre o motivo da vida “estar organizado” em espécies distintas.
Conceito Fenético de Espécies
• Vantagens – Pode ser aplicado a todos os organismos
– Não requer conhecer sobre comportamento reprodutivo ou filogenias
• Desvantagens – Definição de “mais parecidos” é arbitrária;
– Caracteres podem não ser ecologicamente importantes.
– Espécies fósseis ou raras podem ser “crípticas”
– Existem espécies altamente polimórficas
T. c. aspersiventer
T. c. caerulescens
T. c. gilvigaster
T. c. cearensis T. c. melanochrous
T. c. paraguayensis
T. c. dinellii
NW Argentina
CE Bolívia
T. c. ochraceiventer
Thamnophilus
caerulescens
T. c. aspersiventer
T. c. caerulescens
T. c. gilvigaster
T. c. cearensis T. c. melanochrous
T. c. paraguayensis
T. c. dinellii
T. c. ochraceiventer
Thamnophilus
caerulescens
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Desafios para classificação de espécies • Pensamento tipológico x populacional;
(bons tipos, mais verdadeiros) (todos indiv. são igualmente representativos)
– Conceito Fenético de Espécies (Nomes baseados na aparência)
– Conceito Biológico de Espécies (CBE - nomes baseados nos processos de compartilhamento de genes)
• A ideia de um “tipo” para uma espécie fica sem sentido em um conjunto gênico contendo muitos genótipos.
• Um genótipo específico não pode mais representar a forma-padrão para a espécie, pois ele tem a mesma relevância do que qualquer outro genótipo.
O Conceito Biológico de Espécies (CBE)
Jonh Ray (séc. XVII)
• Ernst Mayr (1942) Systematics and the Origin of Species (Sistemática e a Origem das Espécies) – Foi o trabalho clássico, pois, teve uma grande importância nas
discussões da época: – o conceito de espécie como um tipo, além de outros relacionados, era
inapropriado na teoria da genética de populações.
• Uma espécie é um grupo de populações intercruzantes:
– com identidades genéticas únicas que são: reprodutivamente isoladas de outras populações.
• Isolamento reprodutivo permite à espécie evoluir independentemente de outras espécies.
O Conceito Biológico de Espécies (CBE)
• Comunidade de indivíduos que se intercruzam
– configura um conjunto gênico
– “coesão” , “coesividade”
– Reprodutivamente isolada
• O fluxo gênico permite um agrupamento fenético
– Definição morfológica da espécie:
– características morfológicas compartilhadas são indicadores de intercruzamento
“Para aqueles que adotam o Conceito Biológico de Espécie, espécies não são mais consideradas classes (tipos naturais) que
podem ser definidos, mas ao contrário, são particularidades concretas na visão do biólogo que podem ser descritas e
delimitadas, mas não definidas.
O status de espécie é uma propriedade de populações, não de indivíduos. Uma população não perde seu status de espécie quando um indivíduo pertencendo a esta, hibridiza com um
indivíduo de outra espécie.
A palavra intercruzamento indica uma propensão; uma população isolada espacial ou cronologicamente, por certo, não
está intercruzando com outras populações, mas pode estar propensa a fazê-lo quando este isolamento extrínseco é
terminado.”
Mayr (2000)
Conceito Biológico de Espécies (CBE)
• Ernst Mayr (1942), “definição dos livros textos”
• Vantagens – Relacionada à independência evolutiva, um elemento
para a diversificação;
– Para um grupo de espécies, um critério claro e testável.
• Desvantagens – Irrelevante para espécies assexuadas, partenogenéticas,
bactérias e outros microorganismos
– Não pode ser aplicada a “espécies” fósseis/extintas
– Isolamento geográfico não permite testar o intercruzamento, por isto se considera a inclusão do termo “potencialmente intercruzante”
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Conceito de Espécie Por Reconhecimento (Peterson, 1993)
• Conjunto de indivíduos que compartilham um sistema de reconhecimento para o acasalamento (SMRS)
-> sensorialmente reconhecem parceiros potenciais.
– Ex.: muitas espécies de grilos em reprodução no mesmo habitat.
• Sistema de canção masculina e sistema acústico feminino
• Adaptações ecológicas
-> os processos ecológicos e evolutivos que controlam a divisão dos recursos tendem a produzir agrupamentos fenéticos distintos
• espécie é o conjunto de indivíduos que exploram o mesmo nicho (ou um certo conj. de nichos)
Uma linhagem que ocupa uma zona adaptativa diferente daquela de outras linhagens na sua área de distribuição
• A zonas adaptativas poderiam ter um padrão hierárquico correspondente (e causador) da hierarquia taxonômica
Conceito Ecológico de espécies (CEE)
Conceito Ecológico de espécies (CEE)
• Princípio da exclusão competitiva
– Só espécies suficientemente distintas podem coexistir
– Explicação ecológica para existência de espécies distintas em um mesmo recurso.
– Mesmo com uma distribuição contínua de recursos, as espécies podem evoluir para uma série de formas distintas, ao longo de um contínuo.
• Ex.: Toutinegras (MacArthur, 1958)
Substituição de caracteres
Influências ecológicas sobre a forma de uma espécie.
• Pops. simpátricas diferem mais que pops. alopátricas
• A competição: – Força cada espécie a se tornar
mais especializada
– Resulta em uma variedade distinta de formas em cada espécie
• Cada espécie evolui para explorar os recursos aos quais está mais adaptada.
Há concordância entre o conceito Biológico e Ecológico
• Os padrões de intercruzamento e as adaptações ecológicas de uma população são modelados por forças evolutivas comuns.
– a seleção natural favorecerá os indivíduos que intercruzam com outros que têm um conjunto similar de adaptações ecológicas.
Conceito Filogenético de espécies (CFE) “O menor agrupamento
diagnosticável de um conjunto de organismos dentro do qual há um padrão parental de ancestrais e descendentes." (Cracraft 1983)
Pode ser aplicada a sexuados, assexuados, ou fóssil
Problemas:
1. confunde história dos caracteres com história dos organismos .
2. classificações mudam com mais dados.
3. cria uma “inflação” taxonômica.
Útil para alguns grupos taxonômicos cujas espécies têm pouca hibridização e são monofiléticas com sequências de DNA
Critério: monofilia
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Muitos grupos monofiléticos Cada grupo monofilético é uma espécie?
Faz alguma diferença qual conceito de espécies é usado?
• Muitas vezes não, mas algumas vezes sim.
• Ex: métodos filogenéticos (utilizados no CFE) geralmente resultam em mais espécies reconhecidas do que utilizando o CBE.
Comparação entre conceitos de espécies
Dillon e Fjeldså (2005) Ecography 28(5):682 Avifauna residente da África Sub-Sahariana : • Espécies Biológicas: 1572 • Espécies Filogenéticas: 2098 Houve 33% de aumento no número de espécies
(CFE>CBE), mas padrões de endemismo e diversidade foram pouco afetados.
Isolamento Reprodutivo
Quando duas populações de organismos
relacionados possuem isolamento
reprodutivo completo entre elas, a imensa
maioria dos taxonomistas vai considerá-las
como espécies distintas.
Isolamento geográfico que impede a reprodução entre populações alopátricas
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Espécies de esquilos do Grand Canyon (EUA) Ocorreu especiação durante o isolamento geográfico? (de acordo com CBE)
14-39
Especiação geralmente envolve separação
geográfica
Diferenciação alopátrica – uma barreira geográfica extrínseca (o Vale Central) separou as populações da salamandra Ensatina.
Nem todo isolamento reprodutivo é geográfico
• Barreira de isolamento: qualquer caráter que evolui nas duas espécies que as impede de intercruzarem.
Acasalamentos podem ser prevenidos por:
– Barreiras de Pré-acasalamento • Ecológicas
• Comportamentais
– Barreiras de Pós-acasalamento, Pré-zigóticas • Mecânicas
• Gaméticas
– Pós-zigóticas • Inviabilidade dos híbridos, esterilidade
• Redução do sucesso reprodutivo dos híbridos
• Poliploidização em plantas
14-41
Barreiras reprodutivas em Passeriformes
Diferentes mecanismos de isolamento reprodutivo existem entre espécies de Passeriformes.
Barreiras ecológicas Isolamento reprodutivo entre espécies de Mimulus devido a adaptações a diferentes polinizadores
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Barreiras pré-acasalamento
Padrões de canto diferencial em espécies de neurópteros. Isolamento etológico por diferenças na atração do parceiro.
Isolamento temporal (sazonal)
Barreiras comportamentais Várias espécies de anuros possuem períodos diferentes de acasalamento
Barreiras mecânicas levando ao isolamento reprodutivo
O acasalamento de libélulas demanda o acoplamento de várias estruturas.
Atobá do pé-azul executando a corte para uma fêmea
Barreiras comportamentais ligadas à Seleção Sexual
Três espécies crípticas de papa-moscas (Empidonax sp) muito similares, mas são isoladas reprodutivamente pelos cantos e preferências distintos.
Barreiras comportamentais ligadas à Seleção Sexual
• Pundamilia pundamilia
• Azul
• Pundamilia nyererei
• vermelho
Seleção sexual – isolamento comportamental entre espécies de ciclídeos
Escolha de parceiros em duas espécies de ciclídeos do Lago Victoria (África)
Escolha do parceiro
Sem escolha do parceiro
A escolha das fêmeas por machos com diferentes cores depende da incidência de luz branca. Com luz monocromática não há escolha do parceiro.
Seehausen e van Alphen (1998) Behavioral Ecology and Sociobiology 42: 1-8.
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Isolamento ecológico
• Isolamento reprodutivo pode aparecer quando espécies ocupam diferentes habitats.
• Barreira pré-zigótica se deu no início da separação destas espécies.
• Leões e tigres ocupavam diferentes habitats dentro da mesma área geográfica.
• Atualmente, eles formam híbridos em cativeiro com problemas de fertilidade (barreiras pós-zigóticas)
Tigre Panthera tigris
Leão Panthera leo
14-50
Barreiras pós-zigóticas Hibridização inter-específica
14-51
Burros e mulas normalmente não se reproduzem devido a incompatibilidade cromossômica (esterilidade da F1)
Barreiras pós-zigóticas •Mortalidade do zigoto •Inviabilidade ou esterilidade do híbrido F1 •Valor adaptativo reduzido na F2 ou >F2
2n=64 2n=62
Jumento Égua meiose meiose
meiose
Burro
fertilização
Esterilidade do híbrido
Desbalanço cromossômico contribui para a esterilidade nos híbridos de cavalos e jumentos.
Isolamento genético (cromossômico) Barreiras reprodutivas pós-zigóticas aparecem devido a mecanismos cromossômicos
• Alopoliploidia (hibridização seguida de poliploidia) • Autopoliploidia • Estima-se que ocorreu entre 4 e 10% das especiações em
dicotiledôneas e monocotiledôneas
• Esta barreira reprodutiva é imediata. • Ex tetraplóides (4N) passam a gerar gametas diplóides (2N),
incompatíveis com os gametas parentais que são haplóides (N).
• Este mecanismo leva a uma “especiação instantânea” em simpatria.
Hugo de Vries e suas prímulas (especiação por poliploidização)
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Novas espécies de prímulas do botânico Hugo de Vries Autopoliploidização em plantas
Variação geográfica Intra-específica
• Evolução de uma nova espécie:
– Converter a variação dentro da espécie em diferenças entre espécies
• Os padrões de variação geográfica podem ser um misto de deriva e seleção
• Clina: gradiente contínuo de variação intra-específica
– O ambiente pode variar descontinuamente no espaço: • Diferentes genes podem estar adaptados as 2 regiões
• Clina por causa do fluxo gênico
Passer domesticus – Variação causada por adaptação as condições locais
– Regra de Bergman
Controversas entre os conceitos...
• A adaptação ecológica e o fluxo gênico são teorias complementares ou, em certos casos, competidoras sobre a integridade das espécies.
• As formas assexuadas, bactérias e outros microrganismos, deveriam ter limites imprecisos...
– Mas..., podem em uns casos existir como espécies distintas
Controversas entre os conceitos...
• A seleção pode produzir divergência, apesar do fluxo gênico (...?)
– Ex.: gramínea (Afrostis tenuis) nos montes de rejeitos de metais pesados e venenosos
• Na ausência de fluxo gênico a seleção pode produzir uniformidade (...?)
– Ex.: caracóis (Cepaea nemoralis) nos Pirineus da Espanha. Não vivem acima de 1400m, só em vales
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Controversas entre os conceitos...
• Aptidão reduzida dos híbridos (esterilidade; viabilidade reduzida)
– Seleção: poucos recursos para a forma intermediária pois estão mal adaptados
• teoria ecológica (Grant e Grant, 2002).
– Incompatibilidade genética: as duas espécies parentais contêm genes que não funcionam bem juntos.