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COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA

NOVA PARÓQUIA

COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA

NOVA PARÓQUIA

AMPLIANDO A REFLEXÃO

Pe. Leomar BrustolinSetembro de 2013

AMPLIANDO A REFLEXÃO

Pe. Leomar BrustolinSetembro de 2013

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O Documento de estudos da CNBB n.104

• Aparecida e Santo Domingo : clara opção pela paróquia e pela sua revitalização.

• DGAE: papel fundamental das paróquias na evangelização.

• transformar a estrutura da paróquia numa comunidade de comunidades.

• Fidelidade ao Concílio Vaticano II e retorno à raiz evangélica

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Estrutura do texto

1. Referência a vida e a prática de Jesus.

2. Tradição cristã : Teologia da paróquia.

3. Desafios da realidade atual 4. Propostas pastorais

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Metodologia

• DGAE (2011-2015)• Parte de Jesus Cristo• Diálogo com a realidade social e

pastoral, • Acolhida das experiências da

prática eclesial. • Suscitar reflexões, debates e

revisões da prática pastoral.

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Questões abertas• O que é uma comunidade?• Como recuperar o sentido da

comunidade cristã?• Como trabalhar a missão?• O que é a conversão pastoral?• Proposições: como organizar a

comunidade nessa nova mentalidade?

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Estrutura

• I – A URGÊNCIA DO NOSSO TEMPO – RENOVAÇÃO PAROQUIAL• II – RECUPERAR A COMUNIDADE E

RENOVAR A PARÓQUIA• III – CONVERSÃO PASTORAL

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I - Renovação paroquial • A Igreja no Brasil ocupa-se do tema da renovação

paroquial desde 1962. Naquela ocasião foi implantado o Plano de Emergência com o objetivo de enfrentar os problemas daquele tempo e revitalizar as paróquias: “A paróquia, ponto de inserção dos homens na vida da Igreja e no mistério da salvação, constitui a base primeira e indispensável de nossa pastoral. Urge, pois, vitalizar e dinamizar nossas paróquias, tornando-as instrumentos aptos a responder à premência das circunstâncias e da realidade em que nos encontramos”.

• CNBB. Plano de Emergência para a Igreja do Brasil. Documento 76. São Paulo: Paulinas, 2004.

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Eclesiologia do VATICANO II

• privilegiou a Igreja Particular.• Integrando Lumen Gentium, e Gaudium et Spes• reflete a visão da Igreja sobre si e mesma e sua

relação com o mundo. • Decreto Apostolicam Actuositatem, valoriza o

caráter comunitário da paróquia: “A paróquia apresenta um exemplo luminoso do apostolado comunitário, congregando num todo as diversas diferenças humanas que encontra e inserindo-as na universalidade da Igreja” (AA10).

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flexibilização da dimensão territorial

• “Para responderem às necessidades das cidades e das zonas rurais, mantenham sua cooperação não apenas limitada ao território da paróquia ou da diocese, mas façam o possível para estendê-la ao âmbito interparoquial, interdiocesano, nacional ou internacional, tanto mais que aumentando dia a dia a emigração das populações, a multiplicação dos mútuos liames e a facilidade dos meios de comunicação, já não permitem a nenhum grupo social permanecer fechado em si mesmo”. AA10.

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SINAIS DOS TEMPOS e nossas comunidades

• A perspectiva histórica da Gaudium et Spes se funda sobre dois aspectos.

1)considera que a História tem um sentido. 2) tudo é guiado pela Providência Divina, que

interpela o ser humano em sua liberdade e responsabilidade.

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A categoria sinais dos tempos

• obriga o ser humano a voltar-se para os acontecimentos históricos para interpretá-los.

• os eventos históricos não são ocasiões apenas para lamentações ou sucessos, mas muito mais, são entendidos como oportunidades, dadas pela Providência Divina, para o ser humano interpelar sua imaginação, sua razão e sua fé.

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Otimismo realista• Tal impostação teológica implica uma opção de

fundo de perspectiva otimista, contrastando com a visão negativa que caracterizou grande parte da teologia e da cultura católica das décadas precedentes ao Concílio Vaticano II .

• Tal otimismo não excluiu a consideração do mal na história, na comunidade e no mundo.

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ONDE ESTAMOS?

• O comunidade termo pode abranger todos os agrupamentos humanos por diferentes meios.

• O que a caracteriza é o fato de agregar seus membros numa identidade coletiva.

• Geralmente, comunidade significa ter algo em comum. Formam comunidade aqueles que põe em comum ou compartilham o que têm e o que são.

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MÚLTIPLAS PERTENÇAS

• A pluralidade de pertenças do ser humano atual implica na participação de muitos grupos: na família, no trabalho, na cultura local, na política, no lazer, etc.

• Redes sociais, favela, morro, vila• Cada membro da comunidade cristã sente-se

desafiado a integrar, na sua própria vida pessoal, a unidade dessas diversas pertenças.

• COMUNIDADE VIRTUAL, COMUNIDADE PROFISISONAL, COMUNIDADE DE LAZER

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CENÁRIOS• Emergência da subjetividade• Dissociação entre o pessoal e o comunitário,

entre o individual e o coletivo• Falta tempo físico para atender todas as

demandas de uma pessoa na sociedade atual: veja-se o caso das crianças super atarefadas

• Privatização de todos os âmbitos, inclusive o religioso ( só existe uma religião: a minha!)

• Novas possibilidades de estabelecer vínculos: amigos do facebook!

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CENÁRIOS

• Facilidade de acessar múltiplas realidades online ( agilidade na informação)

• Novas configurações familiares• Violência • Drogadição• Religião a la carte

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Cenários novos

• Há sinais e linguagens novas, experiências e meios antes desconhecidos.

• Essa influência marcou de tal forma o nosso tempo que afetou a própria relação do ser humano com o mundo.

• As novas tecnologias alteraram a relação do ser humano com o espaço e geraram uma sociedade em rede, caracterizada pelo espaço de fluxos.

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A questão familiar• Dificuldades de convivência na família, no trabalho e nas

relações interpessoais em geral• A família conhece relações mais frágeis e instáveis,

crescendo o numero de uniões livres e separações conjugais.

• Cada vez mais reduz-se o numero de filhos nas famílias. • mudanças culturais nos papeis tradicionais de homens e

mulheres na sociedade. • Os jovens crescem numa vulnerabilidade diante da crise

de valores. • Muitos experimentam a irregularidade familiar que não

raras vezes implica na sua dificuldade de constituir famílias bem estruturadas.

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Mudança epocal

• “As transformações sociais a que temos assistido nos últimos decênios têm causas complexas, com raízes profundas desde há muito tempo e que modificaram profundamente a percepção do nosso mundo”.

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Desafio

• Fortalecer a comunidade numa sociedade em rápida mudança que gera comportamentos inéditos e apresenta problemas éticos totalmente novos.

• É fundamental saber que não há receitas prontas e nem fórmulas universais diante da complexidade e pluralidade dos contextos atuais.

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Enfrentar a realidade

• O cenário cultural: secularização. • mentalidade em que Deus está

ausente; • concepção hedonista e

consumista, • Individualismo com formas

neopagãs de fé• relativismo.

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Constatações • Perceber que a orientação transcendente e religiosa

não é mais óbvia. • é apenas uma opção ao lado de tantas outras e nem é

a mais simples. • A arte e o esporte, por exemplo, passam a ser

ordenadores de sentido para muita gente, substituindo a religião. Organizam-se grupos, comunidades (sic!) em torno dessas práticas

• Não há mais ideologias, utopias ou grandes causas capazes de congregar a grande família humana fragmentada especialmente pela cultura do individualismo.

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Sem ceder ao pessimismo Sínodo sobre a nova evangelização

• Ver o encontro de Jesus com a samaritana. • «a Igreja sente o dever de estar ao lado dos

homens e das mulheres deste tempo para tornar presente o Senhor na sua vida».

• reavivar uma fé que corre o risco de se obscurecer nos contextos culturais diferentes».

• Nenhum pessimismo: globalização, secularização, velhas e novas pobrezas são desafios a enfrentar como oportunidade de evangelização.

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Primado de Deus como paradigma• O futuro do catolicismo não está em questões

estruturais, mas na nova atualidade da questão sobre Deus.

• A secularização não é uma lei da natureza e um destino irreversível, ao qual devemos nos submeter.

• O confronto é possível e há perspectivas favoráveis.

• Em primeiro lugar não está a questão sobre a Igreja, mas a questão de Deus.

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Pensar mais nos resultados...

• “ Há uma tentação que sempre insidia qualquer caminho espiritual e também a ação pastoral: pensar que os resultados dependem da nossa capacidade de agir e programar. É certo que Deus nos pede uma real colaboração com a sua graça, mas ai de nós se esquecermos que, ‘sem Cristo nada podemos fazer’ (cf Jo 15,5)” NMI, 38.

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a “nova evangelização”

• é a capacidade da Igreja em viver de modo renovado a própria experiência comunitária de fé e de anúncio num contexto de novas situações culturais que despontaram nestes últimos decênios”.

• “o adjetivo 'nova' refere-se à transformação do contexto cultural e remete à necessidade de a Igreja recuperar as energias, a vontade e o engenho no seu modo de viver a fé e de a transmitir”.

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Novo empenho

• “transmitir a fé significa criar em cada lugar e em cada tempo as condições para que este encontro entre os homens e Jesus aconteça. O objetivo de toda a evangelização é a realização deste encontro, que é ao mesmo tempo íntimo e pessoal, público e comunitário”.

• FAVORECER O ENCONTRO COM JESUS CRISTO EM COMUNIDADE DE DISCÍPULOS: eis a missão!

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O texto do Instrumentum Laboris do Sínodo de 2012 alerta

• “ muitas comunidades cristãs ainda não perceberam plenamente o alcance do desafio e a natureza da crise gerada por este ambiente cultural também no interior da Igreja”.

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É urgente uma nova atitude

• de Igreja, uma mudança de mentalidade e de postura. Isto exige novo método de trabalho; “abandonando estruturas ultrapassadas que não servem mais à evangelização”, passando da pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária.

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Revitalizar a Paróquia• Há muita vitalidade em muitas experiências• Para alguns, entretanto, tornou-se uma

prestadora de serviços religiosos• Será preciso superar a visão autoreferencial e ir

ao encontro dos outros, aproximar-se das periferias existenciais

• atrair os afastados• Suscitar discípulos que sejam missionários• Atender a multidão mas focar na comunidade

que cresce no seguimento de Jesus

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Superar a Comunidade fechada• Enquanto rede de comunidades não há lugar na

paróquia para capelas fechadas, em forma de sociedade ou clube.

• Nela não podem ocorrer encontros e reuniões que não visem em última instância a salvação e a reconciliação de todos.

• A administração dos bens, a manutenção dos espaços, os investimentos e toda a organização da paróquia precisa considerar que ela é Igreja que pretende salvar a todos, e acolher a todos, especialmente os mais necessitados.

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Questões novas

• Comunidade comunidades: uma nova paróquia• Recuperar o sentido da comunidade mesmo

diante da fé mais virtual do que presencial• Esclarecer o significado, as características e o

valor da comunidade para a vivência da fé cristã• Atrair e acolher todos para o seguimento de

Jesus: também, os moralmente perdidos, socialmente excluídos e culturalmente abandonados

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Cristãos isolados• Atualmente há uma tendência de cristãos formarem

grupos isolados, fechados em seus ideais sem comungar com a diocese e sem dialogar com os problemas do mundo.

• multiplicam-se associações pequenas de interesses religiosos particulares.

• são grupos de pessoas que pensam da mesma forma, tem a mesma condição social e cultural e não são abertos ao pluralismo de ideias e de pessoas.

• Essa redução da experiência comunitária cristã compromete o conceito da Igreja como povo de Deus, que é a união de todas as pessoas, das mais diferentes formas de pensar e viver, no único ato de culto e formando o corpo místico de Cristo.

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Distinções • Esclarecer o significado do termo comunidade, no

confronto entre sociologia e eclesiologia. • A comunidade paroquial precisa ser distinguida de

uma sociedade em torno do cemitério comunitário, ou mesmo da associação de fiéis como se fosse um clube em torno da Igreja.

• O código de direito canônico permite um esclarecimento importante: “a paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco como a seu pastor próprio, sob a autoridade do bispo diocesano” (Can. 515).

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Para a paróquia ser comunidadeAtender de forma mais personalizadaFormar para o espírito comunitárioFormar comunidades menores, para vencer o anonimato

e a solidãoViver de forma mais gratuita, organizada e articulada,

mas não superestruturada Superar a mentalidade que reduz a fé ao âmbito do culto

e esquece da caridadeRenovar a iniciação cristã vencendo a ideia de catequese

como instruçãoSer presença pública da igreja na sociedadeNão reduzir a vida cristã à recepção de sacramentos sem

a devida formação para viver a graça em comunidade

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Comunitário X coletivismo

• o comunitário não se opõe ao pessoal, mas sim ao individual.

• Assim como a pessoa se distingue do indivíduo, é preciso que a comunidade se distinga tanto do coletivismo, quanto do individualismo.

• Os inimigos da comunidade são também aqueles que ameaçam a pessoa.

• A pessoa não é feita para a solidão, pois desde que nasce vive num grupo: a família; igualmente participa de uma comunidade mais ampla na qual se faz a cultura e possibilita o desenvolvimento pessoal.

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•Quais os desafios e as

oportunidades da realidade atual para viver a fé

cristã em comunidade?

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II - Recuperar a comunidade

• Antigo Testamento• Jesus• Primeiras comunidades• Indicações

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Comunidade no AT

• O Povo de Israel era constituído de famílias e clãs que se reuniam enquanto comunidade cúltica e social.

• A identidade coletiva dessas pessoas permitia sentirem-se a comunidade do Povo de Deus.

• Este era o resultado de diversos processos que formaram o grupo que foi ao mesmo tempo fortalecendo seus vínculos, especialmente após o exílio.

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Comunidade no Novo Testamento

• Para qualificar os primeiros grupos de cristãos que testemunharam o Crucificado-ressuscitado, O Novo Testamento emprega o termo ekklesía, que pode ser traduzido por comunidade convocada por Deus em Jesus Cristo.

• O Novo Testamento, por sua vez, expressa a ideia de comunidade com a palavra grega koinonia comunhão.

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Koinonia= comunhão/ comunidade

• Teologicamente comunidade significa a união íntima ou a comunhão das pessoas entre si e delas com Deus.

• O Novo Testamento, usa a palavra grega koinonia comunhão.= a participação de pessoas socialmente iguais nas cidades.

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Os Atos dos Apóstolos

• utilizam koinonia para caracterizar a vida da comunidade primitiva de Jerusalém, indicando:

• estar juntos (cf. At 2,44);• permanecer unânimes (cf. At 2,46);• ter um só coração e uma só alma (cf. At 4,32); • colocar tudo em comum (cf. At 2,44).

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Ekklesía - comunidade• No Novo Testamento indicava • a comunidade reunida para a liturgia, • para ouvir a Palavra de Deus e• celebrar a Ceia (1Cor 11, 18); • era empregada também para “comunidade

doméstica”, isto é, os cristãos que se reuniam nas casas para celebrar a liturgia (Rm 16, 5);

• podia expressar, também, a comunidade local de todos os cristãos que viviam numa determinada cidade (At 11, 22);

• enfim, podia designar a comunidade inteira dos cristãos, onde quer que residissem (At 9, 31).

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A comunidade cristã• se origina do grupo de pessoas que segue

Jesus Cristo, nele permanece e vive com ele. • Seus membros são chamados a explicitar a

intenção de Deus, que quer a salvação para todos, e que todos cheguem ao conhecimento da verdade (1Tm 2, 4).

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1. Comunidade de pessoas (PERTENÇA)

• Sabe-se da importância capital da vida comunitária no cristianismo.

• A comunidade é o âmbito privilegiado das relações interpessoais.

• Mas a comunidade não tem um fim em si mesma, ela está focada na pessoa.

• A dignidade da comunidade se funda na dignidade de cada pessoa que dela participa

• A diferença entre uma comunidade e um grupo de amigos é que nesta explicita-se a pertença mútua, os laços, as metas e o espírito que une a todos. O sentimento de pertença qualifica e caracteriza a comunidade

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2. COMUNIDADE EUCARÍSTICA(COMUNHÃO)

• A nova comunidade se constituía pela experiência eucarística: a comunhão de todos no Corpo e Sangue do Senhor: “Já que há um único pão, nós, embora sendo muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão” (1Cor 10, 16s).

• Para Paulo a comunhão com Cristo se realiza na ceia do Senhor( 1Cor 10,14ss).

• Ela é plena koinonia em algo – pão e vinho – e com alguém – Jesus Cristo.

• Por isso a Eucaristia faz a Igreja. A comunidade cristã é comunhão de pessoas em Cristo.

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• Paulo aplica o termo koinonia expandindo até as fronteiras e vencendo as barreiras.

• Pede a Filêmon, seu amigo na fé, que acolha o escravo Onésimo como se fosse o próprio Paulo (cf.Fm 6,16).

• É por participar da mesma comunidade de fé, que Onésimo deve ser recebido por Filêmon como irmão e não mais como escravo.

• Eis a originalidade do cristianismo: naquela época, especialmente entre os gregos, amizade e comunhão eram pensadas somente entre pessoas da mesma condição social.

3. COMUNIDADE PARA TODOS(ACOLHIDA)

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4. COMUNIDADE SOLIDÁRIA( CARIDADE)

• A experiência de vida fraterna e unidade no Corpo e Sangue do Senhor implica também a solidariedade da comunidade.

• É o que expressa a coleta de recursos para a comunidade de Jerusalém, sinal de compromisso das comunidades com aquela primeira comunidade (cf. Gl 2,9 e Rm 15,26s).

• Assim, o termo koinonia para os cristãos se diferenciava da concepção grega porque não reunia pessoas apenas para atender seus interesses e necessidades.

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5. COMUNIDADE DE COMUNHÃO DE BENS

(PARTILHA)• A comunhão de bens é atitude concreta vivida

pela comunidade que surgiu da Páscoa. Todos colocam o que possuem a serviço dos outros, assim, os bens pessoais se tornam comunitários por livre decisão da pessoa que participa da comunidade. Essa postura reflete a amizade que circula entre os membros da comunidade.

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6. COMUNIDADE DO PERDÃO(RECONCILIAÇÃO)

• Na comunidade convivem pessoas diferentes que podem ter dificuldades nos relacionamentos

• Há interesses e visões diferentes.• Como em Atos dos Apóstolos, pode ocorrer que

alguns precisem ser perdoados para viver em comunidade

O perdão cura, faz amadurecer e transforma a pessoa e a comunidade.

A reconciliação realizada por Cristo é sacramentalmente vivida na comunidade que é fonte de cura, libertação e salvação,

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6. COMUNIDADE MISSIONÁRIA(QUERIGMA)

• A comunidade experimenta o amor de Deus que se revelou em Jesus Cristo como salvação para todos.

• Essa é a Boa Nova do Reino de Deus• A comunidade é testemunha e missionária dessa verdade• Sua missão nasce do mandato e do envio de Jesus para que

a comunidade seja anunciadora do Evangelho para que todos tenham vida em abundância

• A comunidade, portanto, é essencialmente comunicadora, buscadora dos seres humanos para lhe oferecer o que tem de melhor e mais importante: Jesus Cristo

• Por ser discípula, a comunidade é missionária , e por isso mesmo testemunha a vida e a esperança em meio às trevas e angústias do tempo

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NOSSAS PARÓQUIAS E COMUNIDADES

• A paróquia encontra no conceito de comunidade a autocompreensão de sua realidade histórica.

• Ela é, portanto, uma comunidade de fiéis que, de alguma maneira, torna presente a Igreja num determinado lugar.

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Missão continental

• “O discípulo de Cristo não é uma pessoa isolada em uma espiritualidade intimista, mas uma pessoa em comunidade para se dar aos outros. Portanto, a missão continental implica pertença eclesial”.

• PAPA FRANCISCO. Discurso do Santo Padre aos Bispos Responsáveis do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) no Rio de Janeiro de 28 de julho de 2013. Pronunciamentos do Papa Francisco no Brasil. São Paulo: Paulus e Loyola, 2013. P 72.

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Aparecida e a renovação paroquial

• O documento de Aparecida sugere que a renovação das paróquias implique na reformulação de suas estruturas para que sejam uma rede de comunidades capazes de se articularem de tal modo que seus membros sintam-se autênticos discípulos e missionários de Jesus Cristo que vivem em comunhão. (Cf DAp 172).

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Do território para o espaço vital• Constata-se que a tradicional paróquia territorial não

corresponde mais ao espaço vital das pessoas.• Especialmente nas grandes cidades não é mais o espaço

geográfico que determina a proximidade, mas as relações e comunicações que se estabelecem entre os cidadãos.

• até mesmo as redes sociais e ambiência virtual não podem ser descartados por comunidades que desejam trabalhar com jovens.

• Estes passam longos períodos de tempo diante das novas mídias virtuais onde se relacionam, se divertem e buscam o sentido para viver.

• KASPER, Walter. Servidores da alegria – existência sacerdotal- serviço sacerdotal. São Paulo: Loyola, 2008, p. 119.

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Comunidades menores

• Criar pequenas comunidades na paróquia tradicional supõe desenvolver um novo estilo de comportamento comunitário.

• É preciso vencer as dificuldades iniciais, pois, após o entusiasmo, as pessoas podem desistir da vida comunitária em tempos de individualismo.

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A Proximidade

• PAPA FRANCISCO. Discurso do Santo Padre aos Bispos Responsáveis do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) no Rio de Janeiro de 28 de julho de 2013. Pronunciamentos do Papa Francisco no Brasil. São Paulo: Paulus e Loyola, 2013. P 77.

• “cria comunhão e pertença, torna possível o encontro. A proximidade toma forma de diálogo e cria uma cultura do encontro.”

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Comunidades

• São grupos formados por poucas pessoas, para viverem uma vida comunitária no sentido evangélico, onde se valoriza a espontaneidade, a igualdade de propósitos e a comunhão de sentimentos.

• Elas mantêm vínculo com a paróquia no sentido organizativo e sacramental.

• A Eucaristia, cume da experiência cristã, reúne todas as comunidades numa Comunidade: a Paróquia. Dessa forma, a pequena comunidade está em comunhão com toda a Igreja, com a hierarquia, com a doutrina dos apóstolos e a unidade na fé.

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Essas comunidades se caracterizam

• pelo amor à Palavra de Deus, especialmente através da Leitura Orante da Bíblia, Liturgia das Horas, recita do terço etc... por meio da qual os membros verificam suas vidas, seus comportamentos pessoais e comunitários, e alimentam sua fé .

• Na comunidade as pessoas são acolhidas, superando o anonimato, têm vínculo de pertença e se reúnem não apenas para questões religiosas, mas para crescer na vida como seguidoras de Jesus Cristo

• O encontro eucarístico pode ser na paróquia que reúne as muitas comunidades numa única comunidade eucarística, pode ser sinal de unidade e vínculo

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• A setorização é um meio. Não basta uma demarcação de territórios, é preciso identificar quem vai pastorear, animar e coordenar esses setores, pequenas comunidades.

• A formação das lideranças e o apoio da paróquia a essas comunidades são imprescindíveis.

• Nessa instância, podem ser desenvolvidos muitos serviços e ministérios

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Participação

• Na pequena comunidade o espírito de participação possibilita por em comum experiências, testemunho cristão, valores espirituais e a caridade. Nessas pequenas comunidades há múltiplas formas de viver a comunhão: a oração comunitária, a Leitura Orante da Bíblia, a Liturgia das Horas, a partilha da vida, a reflexão sobre a realidade, o compromisso com a transformação social.

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PARÓQUIAcomunidade

COMUNIDADE

COMUNIDADE

COMUNIDADECOMUNIDADE

COMUNIDADECOMUNIDADE

COMUNIDADE

COMUNIDADE

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PARÓQUIA

ADMINISTRAÇÃOSECRETARIAREFERÊNCIACentro de animaçãoCoordenação e comunhão das comunidades-centro de espiritualidade-CONSELHO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS-CONSELHO PAROQUIAL-SERVIÇOS-CATEQUESE-PASTORAIS-MOVIMENTOS-Caridade-Presença pública na cidade

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COMUNIDADE

REUNIÃO DE DISCÍPULOS DE CRISTO

•COMUNHÃO ENTRE AS PESSOAS QUE CREEM EM CRISTO•MISSÃO DE ANUNCIAR E FORMAR NOVOS DISCIPULOS, ANUNCIAR A BOA NOVA DE SALVAÇÃO•PARTICIPAÇÃO•CASA DA PALAVRA•CASA DA CARIDADE•CASA DA ACOLHIDA•ONDE a pessoa SE REALIZA AFETIVAMENTE NA FÉ

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Acolhida

As pequenas comunidades precisarão acolher os moralmente perdidos e os socialmente excluídos A evangelização só será possível quando essa acolhida priorizar a escuta do outro para conhecer suas angústias e esperanças.

Essa dimensão intersubjetiva da pastoral não pode estacionar nos serviços individuais do atendimento religioso, mas devem suscitar a participação e envolvimento, e o compromisso na comunidade e na sociedade.

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Participação = conselhos

• “Temos como critério habitual o discernimento pastoral, servindo-nos dos conselhos diocesanos. Tanto estes como os conselhos paroquiais de pastoral e de assuntos econômicos são espaços reais para a participação laical na consulta, organização e planejamento pastoral? O bom funcionamento dos conselhos é determinante. Acho que estamos muito atrasados nisso”.

• PAPA FRANCISCO. Discurso do Santo Padre aos Bispos Responsáveis do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) no Rio de Janeiro de 28 de julho de 2013. Pronunciamentos do Papa Francisco no Brasil. São Paulo: Paulus e Loyola, 2013. P 73.

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Igreja matriz ou a comunidade mãe

• Que ofereça uma intensa vida espiritual e caritativa• manter sua qualidade atrativa para fomentar a

espiritualidade das pequenas comunidades sem substituir a experiência do pequeno grupo onde as pessoas vencem o anonimato e a solidão.

• Como centro da vida comunitária nessas paróquias se celebra a eucaristia, os retiros e dias de espiritualidade, a catequese e a formação para adultos, o sacramento da reconciliação e o aconselhamento pastoral e se organiza a caridade para que os necessitados se sintam atendidos em suas dificuldades.

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Comunidade orante

• O que Karl Rahner refletiu sobre o futuro da vida cristã aplica-se também ao futuro da comunidade paroquial: a comunidade de amanhã ou será mística ou não será nada. As comunidades cristãs precisam ser verdadeiras escolas da oração que formem discípulos missionários capazes de escutar a voz do Senhor da Igreja nos diferentes momentos históricos.

• RAHNER, K. Espiritualidad antigua y actual. Escritos de teologia, 2,5. Madrid, 1966.

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Nova formação• “É preciso ter a coragem de levar a fundo uma revisão das

estruturas de formação e preparação do clero e do laicato da Igreja que está no Brasil. Não é suficiente uma vaga prioridade da formação, nem documentos ou encontros. Faz falta a sabedoria prática de levantar estruturas duradouras de preparação em âmbito local, regional, nacional e que sejam o verdadeiro coração para o Episcopado, sem poupar forças, solicitude e assistência. A situação atual exige uma formação qualificada em todos os níveis”.

• PAPA FRANCISCO. Discurso do Santo Padre no Encontro com o Episcopado Brasileiro de 27 de julho de 2013. Pronunciamentos do Papa Francisco no Brasil. São Paulo: Paulus e Loyola, 2013. P 52.

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Comunidade interessada pelo mundo

• A paróquia deve estar atenta a todas as pessoas, mas não pode ocupar-se apenas de solução dos problemas particulares, nem a atender exclusivamente a satisfação de necessidades meramente religiosas. Ela deve interessar-se por tudo o que significa a caridade que Cristo ensinou. Ela interessa-se pela reconciliação da comunidade no amor e na paz, cuidando de cada pessoa na integralidade do seu ser.

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III COVERSÃO PASTORAL• Conversão é mudança • Isso depende de uma profunda experiência

transformadora da vida:• O ENCONTRO COM JESUS CRISTO E A MISSÃO

QUE DERIVA DESSE ENCONTRO• A DECISÃO É PESSOAL E COMUNITÁRIA• HÁ MUDANÇAS URGENTES PARA SERMOS

MISSIONÁRIOS, MAS PRECISAMOS SER DISCÍPULOS PARA ACOLHER o que o Espírito está dizendo às Igrejas ( comunidades/paróquias)

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Cansaço - conversão• Atualmente constata-se certo processo de

desânimo na pastoral, especialmente entre os presbíteros e religiosos, mas também entre as lideranças do laicato.

• Daí a urgência de uma conversão pastoral com a urgente renovação missionaria das comunidades, para passar de “uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionaria” (DAp 370).

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Conversão Pastoral • “Quanto à conversão pastoral, quero lembrar que

‘pastoral’ nada mais é que o exercício da maternidade da Igreja. Ela gera, amamenta, faz crescer, corrige, alimenta, conduz pela mão... por isso, faz falta uma Igreja capaz de redescobrir as entranhas da misericórdia. Sem a misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de inserir-nos em um mundo de ‘feridos’, que têm necessidade de compreensão, de perdão, de amor”.

• PAPA FRANCISCO. Discurso do Santo Padre no Encontro com o Episcopado Brasileiro de 27 de julho de 2013. Pronunciamentos do Papa Francisco no Brasil. São Paulo: Paulus e Loyola, 2013. P 54.

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Agentes da conversão

• A conversão pastoral implica na mudança de estruturas e métodos eclesiais, mas principalmente depende da conversão dos agentes, dos presbíteros, dos religiosos, dos movimentos e das novas comunidades.

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Bispos

• serão os primeiros a fomentar, em toda Diocese, essa revitalização das comunidades que contribui para a renovação paroquial.

• chamados a estimular e apoiar a revitalização das comunidades de suas Dioceses.

• os primeiros responsáveis para desencadear o processo da renovação das paróquias, especialmente na missão em direção aos afastados.

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Presbíteros

• O padre não é um mero delegado ou um representante, mas um dom para a comunidade à qual serve. I

• o padre seja formado para ser o servidor do seu povo;• acolher bem as pessoas, exercer sua paternidade

espiritual sem distinções, renovando sua espiritualidade para ajudar tantos irmãos e irmãs que buscam a paróquia.

• Mais disponível para ir ao encontro de tantos sofredores que nem sempre são bem- acolhidos na sociedade.

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Diácono

• se ocupar com a evangelização, a formação dos discípulos missionários, a celebração dos sacramentos que lhe competem e, especialmente, com as obras de caridade da paróquia.

• Eles atualizarão sua missão visitando os enfermos, acompanhando os migrantes, os excluídos, as vítimas de violência e os encarcerados.

• Dessa forma, as paróquias não verão a função do diácono reduzida às tarefas litúrgicas, o que seria enfraquecer a riqueza do seu ministério.

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Laicato

• O ministro ordenado, seja bispo, presbítero ou diácono deve exercer o ministério da síntese e não ser a síntese de todos os ministério.

• deve coordenar os carismas e ministérios para a comunhão e o crescimento comunitário.

• A valorização do leigo da Igreja é o reconhecimento de que os batizados são pessoas com dignidade e responsabilidade na edificação da Igreja de Cristo.

• Isto implica tantos os aspectos de serviço interno da Igreja quanto no serviço e testemunho cristão no mundo.

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Protagonismo dos cristãos leigos

• “a sua ação dentro das comunidades eclesiais é tão necessária que, sem ela, o próprio apostolado dos pastores não pode conseguir, na maior parte das vezes, todo o seu efeito”.

• AA, n. 10.• reconhecer a diversidade de carismas, serviços e

ministérios dos leigos. Até mesmo confiando-lhes a administração de uma paróquia, em casos excepcionais, como prevê o Código de Direito Canônico.

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Os religiosos e as religiosas• são expressão privilegiada da multiplicidade de carismas na Igreja. • Se distinguem de um movimento eclesial, pois não são circunstanciais e

sim uma realidade permanente e estável na Igreja. • Seu apostolado, apesar do seu caráter especifico e carismático implica

na referência e comunhão com a diocese e seu plano de pastoral. • É preciso valorizar mais a vida religiosa na pastoral, pois às vezes as

religiosas são consideras agentes pastorais de segunda classe. • Se suas promoções vocacionais, seu trabalho em hospitais e escolas e

suas diferentes atuações na sociedade forem realizados sem o alinhamento com o plano diocesano, o vínculo da comunhão fica ferido.

• Tal vínculo não é apenas jurídico, mas especialmente pastoral e missionário.

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CEBS• “Mantendo-se em comunhão com seu bispo, e

inserindo-se no projeto da pastoral diocesana, as CEBs se convertem em sinal de vitalidade na Igreja Particular. Elas podem contribuir para revitalizar as paróquias, fazendo delas uma comunidade de comunidades.”

• DAp, n. 179.

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Os movimentos e associações de leigos e novas comunidades de vida

• são sinais da providência de Deus para a Igreja de hoje. • O grande desafio é a vivencia da comunhão e na

pastoral de conjunto da diocese.• Isto implica empenho e abertura dos movimentos

para se integrar nas comunidades• e abertura e acolhimento das comunidades paroquiais

para valorizar pessoas e carismas dos movimentos.• Em geral, Estamos muito atrasados nessa relação entre

movimentos, novas comunidades e paroquiais.

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Movimentos • Vale recordar que: “movimentos e associações não podem colocar-

se no mesmo plano das comunidades paroquiais como possíveis alternativas. Ao contrario têm o dever de serviço na paroquia e na Igreja particular. E é nesse serviço que é dado na estrutura paroquial ou diocesana que se revelará a validade das respectivas experiências no interior dos movimentos e associações”.

• Movimentos e novas comunidades não podem alimentar pretensões de totalidade, pois não seria uma eclesiologia completa sem a comunidade paroquial. De outra parte, a paróquia não tem direito de excluir ou negar a existência dos movimentos que expressam a multiforme graça de Deus com seus dons e carismas entre as associações leigas.

• CONSELHO EPISCOPAL LATINO AMERICANO. La parroquia evangelizadora. Bogotá: CELAM, 2000. p. 33.

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«não se trata de começar tudo do início».

• «os diferentes cenários sociais e culturais» impelem «para algo de novo».

• «comunidade acolhedora, na qual todos os marginalizados encontram a sua casa, em experiências reais de comunhão».

• «tornar concretamente acessíveis as experiências da Igreja,

• multiplicar os poços ( como da Samaritana) para os quais convidar os homens e as mulheres sedentos e ali fazê-los encontrar com Jesus, oferecer oásis nos desertos da vida».

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Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido

com nossa palavra e obras é nossa alegria”

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Questões abertas

• Como promover a nucleação ou setorização?• Como integrar religiosos, movimentos,

comunidade de vida, pastorais etc?• Quais as conversões que atual comunidade

paroquial precisa fazer?• Que urgências pastorais determinam essa nova

paróquia? • Qual o lugar o leigo nessa comunidade?• Qual a missão do presbítero nessa nova

paróquia?


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