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Page 1: Comunicação Aplicada B1

Título : B1 - A comunicação

Conteúdo :

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao realizar este curso on-line é importante que você se inteire de todas as informações relativas aos conceitos expostos. Portanto, leia atentamente os textos, antes de realizar os testes de interpretação e as atividades. Para facilitar o seu trabalho, os conteúdos são apresentados em formato resumido. No final da aula, você encontrará uma bibliografia básica que lhe auxiliará no aprofundamento dos conceitos. Esta disciplina tem o objetivo de trabalhar com os alunos os diversos gêneros textuais e sistemas de comunicação. Ao realizar este curso é importante que você se inteire de todas as informações relativas aos conceitos expostos. Portanto, leia atentamente os textos, antes de realizar os testes de interpretação e as atividades. Para facilitar o seu trabalho, os conteúdos são apresentados em formato resumido. No final da aula, você encontrará uma bibliografia básica que lhe auxiliará no aprofundamento dos conceitos. Esta disciplina tem o objetivo de trabalhar com os alunos os diversos gêneros textuais e sistemas de comunicação. Ao realizar este curso é importante que você se inteire de todas as informações relativas aos conceitos expostos. Portanto, leia atentamente os textos, antes de realizar os testes de interpretação e as atividades. Para facilitar o seu trabalho, os conteúdos são apresentados em formato resumido. No final da aula, você encontrará uma bibliografia básica que lhe auxiliará no aprofundamento dos conceitos. Esta disciplina tem o objetivo de trabalhar com os alunos os diversos gêneros textuais e sistemas de comunicação.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Aula 1: Trabalhando com textos. Os diversos tipos de linguagem. O que são signos? O que são símbolos? O que são conceitos? Coerência e coesão textual. Exercícios de fixação. Aula 2: Trabalhando com textos argumentativos. Conceituação de textos, artigo de jornal, narração e descrição, textos descritivos não-literários, textos descritivos literários, descrição de pessoas. Exercícios de fixação. Aula 3: O texto dissertativo: Técnica de argumentação. Objetividade e subjetividade. Exercícios de fixação. Aula 4: Técnicas de leituras visuais — Percurso visual, o tempo, a finalidade do texto visual e a percepção. Análise de um audiovisual. Exercícios de fixação. Aula 5: Técnica de fichamento de textos e resumos. Indicações bibliográficas precisas, informações sobre o autor, breve resumo do livro ou do artigo, citações extensas, citações pessoais. Exercícios de fixação. Aula 6: Confecção de um relatório: estrutura, tipos de relatório: de estudo ou de pesquisa; de ocorrência; de atividades. Exercícios de fixação. Aula 7: Planejando um projeto em forma de texto. Introdução, Levantamento de Literatura, Problema, Hipótese, Objetivos, Justificativa, Metodologia, Cronograma, Recursos, Anexos, Referências, Glossário. Exercícios de fixação. Aula 8: Organização de seminário ou exposição oral. Os gêneros de exposição escolar oral e produção científica. A pesquisa, escolha e organização da forma de apresentação, demonstração de conhecimentos, capacidade de síntese e habilidade de despertar o interesse do público. Exercícios de fixação. INTRODUÇÃO

Este curso pretende trabalhar com as diversas formas de comunicação que se apresentam em nossa sociedade. Hoje em dia percebemos que estamos cercados de palavras, de imagens, de sons, que são responsáveis pelos diversos tipos de comunicação e expressão dos seres humanos. Podemos destacar os seguintes tipos de expressão: textos jornalísticos, textos literários, teatro, cinema, arquitetura, moda, pintura, fotografia, escultura, música e as múltiplas formas de símbolos que movem nossa sociedade.

Nós aprendemos desde a infância a entender e a usar os símbolos, criando diversos tipos de linguagens. É a partir desse conhecimento que podemos resolver os problemas do nosso cotidiano. Sem a compreensão dos símbolos, não conseguimos registrar nossas experiências e isso inviabiliza toda comunicação.

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Agora, vamos introduzir alguns conceitos importantes para o nosso estudo:

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O que são os símbolos? Símbolos são signos que podem ser usados para representar um objeto ou trazer uma informação na ausência desse objeto ou da fonte de informação. Um símbolo é um modo de pensar em alguma coisa. O símbolo transforma o “ausente” em uma coisa que existe no presente. As diferentes línguas humanas, as nossas artes, a linguagem da matemática e muitas outras formas de comunicação têm natureza essencialmente simbólica. Os símbolos não precisam ter relações diretas com as formas dos objetos. Por exemplo: a palavra flor não tem qualquer semelhança com o objeto flor existente na natureza.

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O que são os signos?

Signos são objetos, formas ou fenômenos que possam transmitir uma informação ou representar algo diferente de si mesmos. Os signos podem ser as palavras, os sinais físicos da presença de um animal ou do ser humano, as placas de aviso de trânsito, o apito de uma guarda, uma sirene de ambulância ou de um carro de bombeiros. Foi a partir dos signos que se criaram as línguas, eles passaram a representar as palavras e a criar linguagens simbólicas.

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O que é a linguagem?

Linguagem é a capacidade humana de articular conhecimentos e compartilhá-los socialmente. Assim, todo e qualquer processo humano capaz de expressar e compartilhar significação constitui linguagens: tirar fotos, pintar quadros, produzir textos e músicas, escrever jornal, dançar, etc. As linguagens fazem parte das diversas formas de expressão representadas pelas artes visuais, pela música, pela expressão corporal e pela escrita. A linguagem, portanto, nomeia, fixa e concebe objetos, utiliza conceitos e tem por função permitir a comunicação.

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Nós encontramos a língua pronta quando nascemos e aprendemos a utilizá-la com as pessoas mais velhas. É a partir dessa aprendizagem que passamos a reproduzi-la. Muitas das expressões artísticas atuais têm origem conhecida: a fotografia surgiu no século XIX; o teatro ocidental surgiu na Grécia e na Idade Média. Já a escrita surgiu há milhares de anos.

O que é um conceito?

Um conceito de um objeto se forma quando somos capazes de representá-lo por meio de um símbolo qualquer, como uma palavra. Por exemplo, quando eu falo a palavra "cadeira", isso me remete a um determinado objeto que é utilizado para sentar-se. Ter conceitos significa que somos capazes de substituir as coisas do mundo por símbolos que as representem e usar essas representações no lugar do objeto real ou imaginado.

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O texto deve ter coesão e coerência Um texto bem construído — falado ou escrito — resulta, em grande parte, do cuidado com a coesão e a coerência. Você tem de levar em conta a quem você está se dirigindo e qual a situação de comunicação, a fim de que sua mensagem seja compreendida. Detalharemos cada um desses dois procedimentos: 1. COERÊNCIA: Está ligada à inteligibilidade do texto e à possibilidade de que ele seja adequadamente interpretado pelo ouvinte ou leitor. Ela é responsável pela unidade de sentido, pois se refere à totalidade do texto, como um fio condutor, garantindo a continuidade de sentido. A coerência é subjacente à superfície visível (ou audível) do texto, como uma lógica profunda que atua em forma de rede. A coerência é reticular ou tentacular, tal qual uma teia enlaçando as tramas do texto. a) Para ser coerente, o texto tem de se desenvolver de modo a ampliar pouco a pouco a informação inicial, em uma progressão. Por um lado, há retomadas do que já foi dito; por outro, acrescentam-se informações novas. Assim se constrói gradativamente a coerência no texto. Para mantê-la, deve-se evitar a contradição. b) A construção de um texto coerente depende não só do conhecimento de elementos lingüísticos — como vocabulário e sintaxe — mas também do conhecimento de mundo que deve ser partilhado pelos interlocutores. Caso surja um dado novo, desconhecido por um deles, esse elemento tem de ser explicitado. 2. COESÃO: É explicitamente revelada por meio de marcas lingüísticas, presentes na superfície do texto. Ela se manifesta em sua organização seqüencial, de forma linear. Os dois processos principais de coesão textual são: coesão referencial e coesão seqüencial. a) A coesão referencial ocorre quando um termo do texto remete a outro que aparece antes ou depois dele. A retomada de um termo que aparece antes é chamada de anáfora; a retomada de um termo que aparece depois, de catáfora. A coesão referencial é feita de duas formas: por substituição (de uma palavra por outra) ou por elipse (caso em que o termo omitido fica claramente subentendido). Observe as frases a seguir: A arte tem várias conexões. Ela dialoga com muitos aspectos de nossa vida. Note que o pronome anafórico “ela” substitui a palavra “arte”. b) A coesão seqüencial consiste na utilização de procedimentos que estabelecem elos na cadeia do texto, garantindo sua continuidade. Eis os principais:

Procedimentos de repetição do mesmo termo ou do mesmo campo semântico — ilustrados, respectivamente, nos mesmos exemplos abaixo:•

Colecionadores adoram obras de arte. Vivem em meio a obras de arte, compram obras de arte, falam de obras de arte, só pensam em obras de arte. Perceba a diferença se escrevêssemos assim: Colecionadores adoram obras de arte. Vivem no meio de quadros, compram esculturas, falam de exposições, só pensam em museus.

Emprego de conectivos, que estabelecem elos entre termos ou entre orações, como em:•

A arte é importante, isto é, os humanistas têm essa opinião. Se tivesse tempo, visitaria todos os museus do meu país. Não disponho de tempo por causa das muitas horas de aula e estudo.

Emprego de pontuação, apoiando o sentido, como em:•

Fui ao museu, vi as obras do artista, fiquei encantado, não resisti e comprei as de que mais gostei: uma gravura e uma escultura em bronze. A seqüência das ações é indicada por dois fatores: a ordem em que os verbos aparecem e o emprego da vírgula. Já os dois pontos permitem elencar e especificar

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casos particulares — “uma gravura” e “uma escultura” — do que foi enunciado antes — “as de que mais gostei”. 3. DUPLA COESÃO: Em certos casos, um conectivo pode exercer dois papéis, garantindo, ao mesmo tempo, a coesão referencial e a seqüencial. No exemplo anterior, “comprei as de que mais gostei” equivale a “comprei aquelas // de que mais gostei”. O pronome relativo “que” retoma anaforicamente o termo “as” (= aquelas), que, por sua vez, é anáfora de “obras do artista”. Simultaneamente, a palavra “que” conecta as duas orações, assegurando, também, a coesão seqüencial. ATIVIDADE 1

Construção de uma linguagem utilizando signos.

1. Escolha uma história, conto ou romance bastante conhecido, ou uma história contada por algum conhecido seu, ou uma frase como “ninguém me ama”, “o amor é lindo”, etc. 2. Agora escolha uma linguagem específica para trabalhar esse tema, como por exemplo: fotografia, imagens de história em quadrinhos, desenhos de ilustração, poesia , web design, por exemplo. 3. Organize esses conjuntos de representações em um espaço – papel ou outra mídia. 4. Organize a explicação de seu trabalho, respondendo às seguintes questões; a) Quais são as informações que seu trabalho procura trazer? b) Quais sentimentos e idéias ele suscita? c) Como você avalia a eficiência da sua linguagem?

ATIVIDADE 2

Pesquisa das diferentes linguagens: Vamos sugerir um tema: “A MODA JOVEM EM NOSSOS DIAS”. 1. Você deve escolher uma reportagem e pesquisar como o tema é tratado. Você pode escolher entre um texto jornalístico, uma publicidade, uma música, etc. A partir dessa pesquisa, responda às seguintes perguntas: a) Qual é o objetivo da reportagem? b) Que imagem da moda jovem a reportagem procura passar? c) Quais são as idéias centrais do texto jornalístico?

ATIVIDADE 3

Comparação entre as manchetes de diferentes jornais de um mesmo dia. Vamos reunir os principais jornais de um dia da semana. Observemos as manchetes da primeira página: 1. Os assuntos tratados são os mesmos? 2. O destaque dado a uma notícia em um jornal é o mesmo em outro jornal? 3. Analisar as construções gramaticais (pontuação e tempos verbais) de manchetes sobre um mesmo tema. 4. Quais são os efeitos de sentido provocados por essas diferentes construções de frases. 5. Dê exemplos de coesão textual no texto pesquisado. Bibliografia

BARROS, D. L. P. de. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, 2001. CAHEN, Roger. Comunicação empresarial, 6.ed. São Paulo: Best-Seller, 1990. FARACO, Carlos Alberto. Prática de texto. 8. ed. Petrópolis, Vozes, 2001. Faraco & Moura. Gramática, 12ª ed. Editora Ática, São Paulo, 2001.

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O que são os símbolos?A) Símbolos são signos que não podem ser usados para representar um objeto ou trazer uma informação na ausência desse objeto ou da fonte de

informação.B) Símbolos são signos que podem ser usados para representar um objeto ou trazer uma informação na ausência desse objeto ou da fonte de

informação.C) Símbolos são signos que podem ser usados para representar um objeto, mas não trazem uma informação na ausência desse objeto ou da fonte de

informação.D) Símbolos não são signos, mas podem ser usados para representar um objeto ou trazer uma informação na ausência desse objeto ou da fonte de

informação.

O que são signos?A)

Signos são todas e quaisquer coisas que possam transmitir uma informação, mas não representam outra coisa diferente de si mesma.

B) Signos são todas e quaisquer coisas que não transmitem uma informação ou representam outra coisa diferente de si mesma.C) Signos são todas e quaisquer coisas que possam transmitir uma informação ou representar outra coisa diferente de si mesma.D) Signos não são todas as coisas que transmitem uma informação, mas representam outra coisa diferente de si mesma.

O que é um conceito?A) Um conceito de um objeto se forma quando somos capazes de representá-lo por meio de um símbolo qualquer, como uma palavra.B) Um conceito de um objeto se forma quando não somos capazes de representá-lo por meio de um símbolo qualquer, como uma palavra.C) Um conceito de um objeto não se forma quando somos capazes de representá-lo por meio de um símbolo qualquer, como uma palavra.D) Um conceito de um objeto se forma quando somos capazes de representá-lo por meio de um símbolo qualquer, mas não como uma palavra.

Como se manifesta a coesão textual?A) Ela se manifesta em sua organização seqüencial, mas não de forma linear.B) Ela se manifesta em sua organização seqüencial, de forma linear.C) Ela se manifesta em sua desorganização seqüencial, de forma linear.D) Ela se manifesta em sua organização seqüencial, e varia na sua forma.

Quando ocorre coesão referencial?A)

A coesão referencial ocorre quando um termo do texto remete a outro que aparece antes ou depois dele.

B) A coesão referencial ocorre quando nenhum termo do texto remete a outro que aparece antes ou depois dele.C) A coesão referencial ocorre quando um termo do texto remete a outro que não aparece antes ou nem depois dele.D) A coesão referencial não ocorre quando um termo do texto remete a outro que aparece antes ou depois dele.

O que é a coesão seqüencial?A) A coesão seqüencial consiste na utilização de procedimentos que estabelecem elos na cadeia do texto, mas não garante sua continuidade.B) A coesão seqüencial consiste na utilização de procedimentos que não estabelecem elos na cadeia do texto, garantindo sua continuidade.C) A coesão seqüencial consiste na utilização de procedimentos que estabelecem elos na cadeia do texto, garantindo sua descontinuidade.D) A coesão seqüencial consiste na utilização de procedimentos que estabelecem elos na cadeia do texto, garantindo sua continuidade.

Você já respondeu e acertou este exercício!

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Exercício 1 Exercício 2 Exercício 3 Exercício 4 Exercício 5 Exercício 6

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Título : B1 - Gêneros pessoais

Conteúdo :

Introdução

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Vamos estudar nesta aula como se trabalha com textos argumentativos, com textos narrativos e textos descritivos. Leia o texto com atenção e responda às questões relativas ao conteúdo. O objetivo desta aula é servir como um guia para que você produza seus próprios textos. Esse guia pode ser utilizado na sua vida diária e é direcionado para profissionais de áreas técnicas que se defrontam, muitas vezes, com a tarefa árdua de produzir um texto. Em sua futura carreira você vai precisar defender uma proposta de trabalho no formato textual e as sugestões aqui apresentadas possibilitam que os textos produzidos tornem-se claros e estimulantes para os leitores.

Conceituando texto

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Como a palavra “texto” pode ser entendida? Em geral, as pessoas identificam como “texto” as produções escritas sobre um tema qualquer. No entanto, podemos definir um texto como qualquer objeto composto de elementos internos e externos que formam um todo significativo de comunicação entre sujeitos. Podemos citar 5 características de textos verbais e escritos: a) É uma seqüência verbal: o texto consiste de um conjunto de signos verbais organizados em frases, que, por sua vez, se organizam em parágrafos. b) É coerente: a combinação de frases e parágrafos segue um princípio de coerência entre as partes. c) Forma um todo acabado: pelo princípio da coerência, o texto é um todo acabado, que se sustenta por si só, ou seja, não necessita de seu produtor para explicá-lo. d) Forma um todo definitivo: por ser independente de seu produtor depois de finalizado, está isento de alterações. Qualquer alteração implicaria em um novo texto. e) Forma um todo publicado: publicado, aqui, significa tornar-se público a ponto de chegar a seu(s) interlocutor(es), pois um texto só ganhará sentido se tiver ao menos um leitor.

Artigo

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Com certeza você já leu vários artigos em jornais e em revistas. Leia e ouça o artigo abaixo para começarmos nossa discussão:

PM localiza recém-nascida abandonada em calçada de Belo Horizonte Thiago Guimarães, da Agência Folha, em Belo Horizonte Uma recém-nascida foi encontrada em uma calçada na Rua das Gaivotas, no bairro Vila Clóvis, em Belo Horizonte (MG), na madrugada desta quarta-feira. Ela foi socorrida e passa bem. O caso será investigado. De acordo com a PM (Polícia Militar), a bebê foi localizada por volta das 2h30 e levada para uma maternidade. Ela possuía apenas uma identificação umbilical, de número 292, que poderá ser usada na localização da mãe. Não se sabe quanto tempo ela passou na calçada, mas não ficou ferida. Ela estava envolta apenas por uma fralda de pano. Outros casos Outros casos envolvendo bebês foram registrados nos últimos dias. Nesta quarta-feira, uma mulher de 30 anos foi presa em flagrante sob suspeita de ter colocado a filha recém-nascida em uma sacola plástica e a jogado em um canal próximo de casa, em Canoas (RS). A criança morreu.

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No último sábado (28), outra recém-nascida foi encontrada dentro de um saco plástico preso a um pedaço de madeira, boiando dentro da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Sua mãe está presa. O namorado dela, que suspeita ser o pai da criança disse que, caso a paternidade seja comprovada por meio de um exame de DNA, assumirá a criança. Os avós maternos da criança deram entrada com pedido de guarda na Justiça.

Artigo publicado no dia 01/02/2006 na Folha Online

Podemos conceituar esse tipo de texto como: Todo artigo constitui a expressão de uma visão crítica, no qual prevalece uma opinião pessoal baseada na análise de uma situação ou de fatos. Em geral, ele procura explicar um acontecimento e sua motivação se apóia no desejo de informar e interpretar os fatos, tendo por finalidade persuadir o leitor. Há grande variedade na forma de apresentação de um artigo. Isso ocorre porque cada revista ou jornal tem suas próprias normas de publicação. Entretanto, há um consenso sobre as partes que devem compor esse gênero discursivo: • Título: sempre sugestivo, deve motivar o leitor a ler todo o trabalho; Exemplo: "PM localiza recém-nascida abandonada em calçada de Belo Horizonte" • Nome do autor: Exemplo: Thiago Guimarães, da Agência Folha, em Belo Horizonte. • Chamada: constitui uma síntese descritiva e instigante do trabalho. Exemplo: "Uma recém-nascida foi encontrada em uma calçada na Rua das Gaivotas, no bairro Vila Clóvis, em Belo Horizonte (MG), na madrugada desta quarta-feira. Ela foi socorrida e passa bem. O caso será investigado." • Corpo: desenvolve o que foi apenas pincelado na chamada e, geralmente, é dividido em três partes: exposição breve do assunto tratado, apresentada de maneira geral e relacionada com as informações levantadas; núcleo do texto, em que o assunto é exposto, explicado e demonstrado em todos os seus aspectos, de forma detalhada, objetiva e clara; para dar maior consistência ao artigo, deve-se adotar recursos como exemplos, depoimentos, dados estatísticos, tabelas e gráficos ou qualquer outro material complementar usado na coleta de dados. Exemplo: "De acordo com a PM (Polícia Militar), a bebê foi localizada por volta das 2h30 e levada para uma maternidade. Ela possuía apenas uma identificação umbilical, de número 292, que poderá ser usada na localização da mãe. Não se sabe quanto tempo ela passou na calçada, mas não ficou ferida. Ela estava envolta apenas por uma fralda de pano." • Parte final: inclui uma resposta ao assunto proposto, de maneira breve e concisa, referindo-se às discussões feitas anteriormente. Nessa terceira parte podem também ser incluídas recomendações e/ou sugestões de outros autores. Exemplo: "Outros casos envolvendo bebês foram registrados nos últimos dias. Nesta quarta-feira, uma mulher de 30 anos foi presa em flagrante sob suspeita de ter colocado a filha recém-nascida em uma sacola plástica e a jogado em um canal próximo de casa, em Canoas (RS). A criança morreu. No último sábado (28), outra recém-nascida foi encontrada dentro de um saco plástico preso a um pedaço de madeira, boiando dentro a lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Sua mãe está presa. O namorado dela, que suspeita ser o pai da criança disse que, caso a paternidade seja comprovada por meio de um exame de DNA, assumirá a criança. Os avós maternos da criança deram entrada com pedido de guarda na Justiça." Lembrete: O artigo é um gênero opinativo e, conseqüentemente, argumentativo. Por isso, é importante organizar as idéias a partir de relações lógicas entre os dados concretos da realidade e interpretações mais amplas e abstratas.

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Aprofundando as formas de construção argumentativa: a) Trabalhar com textos argumentativos implica em discutir temas e problemas. b) É importante observar que, ao planejarmos uma redação argumentativa, podemos utilizar o recurso de construir uma pergunta. Exemplo: se fossemos reescrever o artigo do exemplo poderíamos fazer a seguinte pergunta: Por que as mães estão se desfazendo de seus filhos? c) O texto argumentativo constitui-se pelas seguintes partes: hipóteses, tese e argumentação. 1. Hipóteses: são as respostas dadas ao problema proposto. Exemplo: a. As mães não têm recursos financeiros. b. A falta de estudos se reflete em atitudes deste tipo. c. As mães são naturalmente violentas. 2. Tese: Precisamos, então, escolher qual dessas hipóteses parece ser a que mais se aproxima da realidade. Neste caso, é importante ressaltar que não existem hipóteses corretas ou incorretas, o que existem são hipóteses melhores ou piores. A partir da escolha da melhor hipótese encontramos então a tese. 3. Argumentação: Escolhida a tese devemos então construir a argumentação. Geralmente a argumentação é construída do ponto de vista do autor, refutando as hipóteses menos prováveis e defendendo a mais plausível.

Narração

O que é o texto narrativo? A narrativa apresenta um relato resumido em ordem cronológica. Construir um texto narrativo não é meramente relatar um acontecimento ou, em outras palavras, não é apenas encarar fatos, produzindo uma história. O texto narrativo possui as seguintes categorias: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo. Agora o importante é você refletir um pouco sobre o que significa caracterizar e desenvolver essas categorias narrativas. Vamos tentar ajudá-lo nesta tarefa. Leia a história abaixo: Narrada pelo cacique João da Silva No começo todos os animais falavam, até a cabra e o cachorro do mato. A cabra estava no pé de laranja, e ela bateu com a cabeça para cair laranja, batia e a laranja caía. Aí o cachorro do mato chegou e foi convidado para chupar laranja. Mas ele perguntou para a cabra: – Como você consegue derrubar? A cabra respondeu:

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– Você bate a cabeça na laranja aí ela cai, olha, eu faço assim... A cabra se afastou distante um pouquinho, veio correndo e bateu no pé de laranja, aí a laranja chacoalhou e caiu. Aí os dois chuparam. Quando acabaram as laranjas, a cabra falou assim para o cachorro: – Agora é a sua vez. Aí o cachorro afastou uns sete ou oito metros, veio correndo, bateu no pé de laranja e quebrou a cabeça porque ele não tem chifre. Aí acabou a festa dele.

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Narrador. Comecemos pelo narrador. A afirmação mais óbvia que se pode fazer a respeito desta categoria é a de que toda história precisa ser contada por “alguém”; esse “alguém” que conta a história em um texto narrativo é chamado de narrador. Ao se dizer que é o narrador quem conta a história em um texto narrativo, se está dizendo que é através dele que tomamos conhecimento do enredo, das características das personagens, da descrição dos cenários etc. Da mesma forma, é igualmente importante atentar para as decorrências da escolha de um narrador. Ele deve ser previamente escolhido por você. Por exemplo, é importante delimitar o grau de consciência que o narrador pode ter das características (no caso, de personagens ou de cenário), ações, motivações etc., envolvidas na trama. Como você já sabe, esse grau de consciência depende muito de qual dos dois tipos de foco narrativo for adotado: narrador em 1ª ou 3ª pessoa. Se for em 3ª, ele pode saber tudo, isto é, o narrador está contando a história, mas não faz parte dela. Se for em 1ª, ele participa da história e, dessa forma, o grau de consciência depende da sua atuação dentro do enredo. Exemplo: A história acima é narrada pelo cacique João da Silva, em 3ª pessoa. 2. Personagem. Sobre as personagens, é muito importante pensar no que significa caracterizá-las, de fato. Você certamente já imaginou fisicamente algumas delas (altura, cor dos cabelos, dos olhos, características dos animais etc.), mas uma boa caracterização de personagens não pode levar em consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como representações de pessoas ou animais, e por isso sua caracterização é bem mais complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos humanos. E isso, por sua vez, deverá estar sempre presente na sua cabeça quando você for trabalhar as ações das personagens dentro da trama que está criando. Ou seja, como acontece com as pessoas, o comportamento delas é, em grande parte, determinado por tais características psicológicas. Exemplo: Os personagens são a cabra e o cachorro do mato. 3. Cenário. Os cenários em uma narrativa devem ter uma função determinada no texto, ou seja, devem manter com a trama uma relação significativa. Explicando: o cenário não é apenas um palco onde as ações se desenrolam, mas deve integrar-se aos demais elementos da narrativa; por exemplo, ao sustentar a presença de personagens, ao motivar ações específicas, ao fornecer indícios (pistas) sobre determinados acontecimentos etc. Exemplo: Ambiente onde há um pé de laranja. 4. Tempo. Assim como as personagens representam pessoas e os cenários, os espaços físicos (naturais, ambientais, geográficos etc.), o tempo numa narrativa representa, justamente... o tempo. Óbvio? Deveria ser, mas grande parte dos problemas de verossimilhança dentro de textos narrativos é derivada da maneira como freqüentemente se lida com essa categoria, tempo. É muito comum o autor perder de vista o fato de que ele deveria estar, ficcionalmente, representando o transcurso de existência, de ações possíveis, no tempo. E ações e existências “consomem” tempo, na vida real. Portanto, por que não o fariam também no espaço ficcional? A orientação aqui, para se dar uma, é bastante simples: atenção para a maneira como os fatos, acontecimentos e ações das personagens se articulam no plano temporal, ou, em termos mais simples, atenção para o fato de que acontecimentos e ações têm, necessariamente, uma duração. Exemplo: o tempo é caracterizado pela seguinte expressão: "No começo todos os animais falavam". 5. Enredo. Pulamos o enredo? Na verdade, não. Apenas deixamos para comentá-lo no final — e de passagem —, por um lado porque é dele que você certamente tem a idéia mais bem formada (o enredo é a própria história); por outro, porque ele simplesmente não existe sem a caracterização e o desenvolvimento dos outros quatro elementos: o enredo é resultado da atuação das personagens em determinados cenários, durante certos períodos de tempo, tudo isso contado, para o leitor, por um narrador. Exemplo: o enredo no texto acima é a história da conversa de dois animais que discutem a estratégia para apanhar laranjas.

Descrição

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A descrição é a representação verbal de um objeto, um ser, uma paisagem, um sentimento por meio de seus aspectos mais característicos, predominantes, aqueles que o particularizam e o diferenciam de qualquer outro. A descrição pode ser técnica ou científica, como um verbete de dicionário, caracterizando-se pela objetividade, exatidão e minúcia. Exemplo: A palavra “janela” tem o significado de abertura na parede dum edifício para deixar que nele entrem a luz e o ar (...) (Ferreira, B.H. Novo Aurélio século XXI, 3 ed. revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 1153).

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Destacamos do verbete de dicionário a definição do objeto em seu sentido próprio, em que se focalizam sua forma e finalidade, sem detalhes. Descrever não é enumerar o maior número possível de detalhes, mas assinalar os traços mais singulares, mais salientes; é fazer ressaltar do conjunto uma impressão dominante e singular. Dependendo da intenção do autor, varia o grau de exatidão e minúcia na descrição. Diferentemente da narração, que faz uma história progredir, a descrição faz interrupções na história, para apresentar melhor um personagem, um lugar, um objeto, enfim, o que o autor julgar necessário para dar mais consistência ao texto. Pode também ter a finalidade de ambientar a história, mostrando primeiro o cenário, como acontece no texto abaixo: "Ao lado do meu prédio construíram um enorme edifício de apartamentos. Onde antes eram cinco românticas casinhas geminadas, hoje se instalaram mais de 20 andares. Da minha sala vejo as varandas (estilo mediterrâneo) do novo monstro. Devem distar uns 30 metros, não mais. E foi numa dessas varandas que o fato se deu." Vamos nos aprofundar um pouco neste conceito: Inserindo-se numa abordagem mais geral sobre os mecanismos de elaboração textual, com base nos conceitos de coesão e coerência, o trabalho pedagógico de leitura e produção do texto de base descritiva deve partir dos seguintes pontos: a) O texto de base descritiva tem como objetivo oferecer ao leitor/ouvinte a oportunidade de visualizar o cenário onde uma ação se desenvolve e as personagens que dela participam; b) A descrição está presente no nosso dia-a-dia, tanto na ficção (nos romances, nas novelas, nos contos, nos poemas) como em outros tipos de textos (nas obras técnico-científicas, nas enciclopédias, nas propagandas, nos textos de jornais e revistas); c) A descrição pode ter uma finalidade subsidiária na construção de outros tipos de texto, funcionando como um plano de fundo, o que explica e situa a ação (na narração) ou que comenta e justifica a argumentação; d) Existem características lingüísticas próprias do texto de base descritiva, que o diferenciam de outros tipos de textos; e) Os advérbios de lugar são elementos essenciais para a coesão e a coerência do texto de base descritiva, permitindo a localização espacial dos cenários e personagens descritos; f) O texto descritivo detém-se sobre objetos e seres considerados na sua simultaneidade, e os tempos verbais mais freqüentes são o presente do indicativo no comentário e o pretérito imperfeito do indicativo no relato. Textos descritivos não-literários A descrição técnica é um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usando uma linguagem científica, precisa. Esse tipo de texto é usado para descrever aparelhos, o seu funcionamento, as peças que os compõem, para descrever experiências, processos, etc. Exemplo: "Folheto de propaganda de carro Conforto interno – É impossível falar de conforto sem incluir o espaço interno. Os seus interiores são amplos, acomodando tranqüilamente passageiros e bagagens. O Passat e o Passat Variant possuem direção hidráulica e ar condicionado de elevada capacidade, proporcionando a climatização perfeita do ambiente. Porta-malas – O compartimento de bagagens possui capacidade de 465 litros, que pode ser ampliada para até 1.500 litros, com o encosto do banco traseiro rebaixado. Tanque – O tanque de combustível é confeccionado em plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras, para evitar a deformação em caso de colisão." Textos descritivos literários Na descrição literária predomina o aspecto subjetivo, com ênfase no conjunto de associações conotativas que podem ser exploradas a partir de descrições de pessoas; cenários, paisagens, espaço; ambientes; situações e coisas. Vale lembrar que textos descritivos também podem ocorrer tanto em prosa como em verso. Descrição de pessoas A descrição de personagem pode ser feita na primeira ou terceira pessoa. No primeiro caso, fica claro que o personagem faz parte da história; no segundo, a descrição é feita pelo narrador, que, ele próprio, pode fazer ou não parte da história.

Bibliografia

ABREU, Antônio Suárez. - Produção do texto científico por universitários. Uma proposta de aplicação da gramática textual. Campinas, PUC, 1985. ______. Curso de Redação. Editora Ática, 2005.

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Page 10: Comunicação Aplicada B1

Os textos verbais e escritos se caracterizam por:

A) Ser uma seqüência nominal, ser coerente, apresentar a forma de um todo acabado, apresentar a forma de um todo definitivo, apresentar a forma de um todo publicado.

B) Ser uma seqüência verbal, ser coexistente, apresentar a forma de um todo acabado, apresentar a forma de um todo definitivo, apresentar a forma de um todo publicado.

C) Ser uma seqüência verbal, ser coerente, apresentar a forma de um todo acabado, apresentar a forma de um todo definitivo, apresentar a forma de um todo publicado.

D) Ser uma seqüência verbal e nominal, ser coerente, apresentar a forma de um todo acabado, apresentar a forma de um todo definitivo, apresentar a forma de um todo publicado.

O texto argumentativo constitui-se das seguintes partes: hipóteses, tese e argumentação. Podemos então afirmar que:

A) Teses são as respostas dadas ao problema proposto. A partir da escolha da melhor tese encontramos então a hipótese. Escolhida a tese devemos então construir a argumentação.

B) Hipóteses são as respostas dadas a um problema proposto. A partir da escolha da melhor hipótese encontramos a tese. Escolhida a tese devemos então construir a argumentação.

C) Hipóteses são as respostas dadas às argumentações propostas. A partir da escolha da melhor hipótese encontramos então a tese. Escolhida a tese devemos então construir a argumentação.

D) Hipóteses são as questões propostas em relação à tese. A partir da escolha da melhor argumentação encontramos então a tese. Escolhida a tese devemos então construir a argumentação

Quais são as categorias de um texto narrativo:

A) O texto narrativo possui as seguintes categorias: personagem, enredo, cenário e tempo.

B) O texto narrativo possui as seguintes categorias: narrador, personagem, cenário e tempo.

C) O texto narrativo possui as seguintes categorias: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.

D) O texto narrativo possui as seguintes categorias: narrador, personagem, enredo e cenário.

Como podemos caracterizar o enredo em uma narrativa?

A) O enredo é resultado da atuação das personagens em determinados períodos de tempo, tudo isso contado, para o leitor, por um narrador.

B) O enredo é resultado da atuação das personagens em determinados cenários, durante certos períodos de tempo, tudo isso contado para o autor da narração.

C) O enredo é resultado da variação de determinados cenários, durante certos períodos de tempo, tudo isso contado para o personagem.

D) O enredo é resultado da atuação das personagens em determinados cenários, durante certos períodos de tempo, tudo isso contado, para o leitor, por um narrador.

O texto abaixo caracteriza que tipo de descrição?O modelo ultra compacto DCR-HC32 dispõe de um zoom potente x20 e de um ecrã largo tácil 2,5" com botões de gravação e de zoom integrados para uma melhor facilidade de utilização. A função Easy Handycam permite-lhe um acesso rápido às funções principais da câmara de vídeo.

A) Textos descritivos não-literários

B) Textos descritivos literários

C) Textos descritivos de pessoas

D) Textos descritivos de ficção

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Exercício 1 Exercício 2 Exercício 3 Exercício 4 Exercício 5

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Título : B1 - O texto dissertativo

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A elaboração de um texto dissertativo escrito deve ser produto de um plano de trabalho, do qual fazem parte as informações e conceitos que vamos manipular, a posição crítica que queremos manifestar, o perfil da pessoa ou grupo a que nos dirigimos e o tipo de reação que nosso texto deve despertar. Ou seja, nosso texto dissertativo deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que nos propusemos a alcançar. Existe uma forma já consagrada para a organização desse tipo de texto. Consiste em estruturar o material de que dispomos em três momentos principais: - a introdução; - o desenvolvimento; - a conclusão. Observe que cada uma dessas três partes que compõem o texto dissertativo se relaciona com as outras, preparando-as ou retomando-as. 1) INTRODUÇÃO: é o ponto de partida do texto. Por isso, deve apresentar de maneira clara o assunto a ser tratado e também delimitar as questões referentes a esse assunto que serão abordadas. Dessa forma, a introdução encaminha o leitor, estabelecendo para ele a orientação adotada para o desenvolvimento do texto. Atua, assim, como uma espécie de "roteiro". 2) DESENVOLVIMENTO: é a parte do texto em que idéias, conceitos, informações e argumentos de que você dispõe serão desenvolvidos, de forma organizada e criteriosa. O desenvolvimento deve nascer da introdução: nesta, apontam-se questões relativas ao assunto que será abordado; naquele, essas questões devem ser desenroladas e avaliadas, sempre por partes, de maneira gradual e progressiva. A introdução já anuncia o desenvolvimento, que retoma, ampliando e desdobrando, o que lá foi colocado de modo sucinto. 3) CONCLUSÃO: é a parte final do texto, um resumo claro de tudo o que já foi dito. Além desse resumo, que retoma e condensa o conteúdo anterior do texto, a conclusão deve expor claramente uma avaliação final do assunto discutido. Nessa parte, também se podem fazer propostas de ação.

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Conceitos e Noções Gerais de Dissertação

Existem dois tipos de dissertação:

1) a dissertação expositiva; 2) a dissertação argumentativa.

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Na dissertação expositiva, podemos explanar sem combater idéias das quais discordamos. Por exemplo, um professor de História pode fazer uma explicação sobre os modos de produção, aparentando impessoalidade, sem tentar convencer seus alunos das vantagens e desvantagens deles. Mas, se ao contrário, ele fizer uma explanação com o propósito claro de formar opinião nos seus alunos, mostrando as inconveniências de determinado sistema e valorizando um outro, esse professor estará argumentando explicitamente. Na dissertação argumentativa, além disso, tentamos, explicitamente, formar a opinião do leitor ou ouvinte, procurando persuadi-lo de que a razão está conosco.

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Como fazer uma dissertação argumentativa

Como fazer nossas dissertações? Como expor com clareza nosso ponto de vista? Como argumentar coerente e validamente? Como organizar a estrutura lógica de nosso texto, com introdução, desenvolvimento e conclusão? Vamos supor que o tema proposto seja: A comunicação não é um fenômeno isolado nem contemporâneo. Primeiro, precisamos entender o tema: Resposta: A comunicação como atividade humana é integrada aos processos culturais e as manifestações culturais variam de acordo com o passar do tempo histórico. Vamos então, sugerir alguns passos para a elaboração do rascunho de sua redação. 1. Transforme o tema em perguntas: Exemplo: A comunicação é um fenômeno isolado? A comunicação é apenas um fenômeno contemporâneo? 2. Procure responder a essas perguntas, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essas respostas são o seu ponto de vista. 3. Pergunte a você mesmo, o por quê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal. 4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares. 5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa opinião, fortalece os nossos argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca pessoal à dissertação. 6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na seqüência que foi sugerida: Os passos 1) interrogar o tema; 2) responder, com a opinião; 3) apresentar argumento básico; 4) apresentar argumentos auxiliares; 5) apresentar fato-exemplo; 6) concluir. (Este texto foi baseado no livro: AMARAL, Emília. Escrever é desvendar o mundo. Campinas, SP. Papirus, 1986. Lembrete: Abaixo você encontrará algumas dicas para quando for escrever seu próprio texto.

A produção de textos

Qualidades O texto deve possuir algumas qualidades, como: 1. CORREÇÃO Uma redação precisa utilizar uma linguagem de acordo com as normas gramaticais. Todo texto se sujeita a certas normas, pois os desvios da linguagem padrão serão considerados erros e implicarão falta de entendimento. Por isso, ao escrever, deve-se procurar utilizar uma linguagem gramaticalmente correta, isto é, de acordo com as regras estabelecidas pela gramática normativa. Apontamos, a seguir, alguns desvios da norma culta que comumente aparecem nos textos. Grafia — se surgir dúvida sobre como escrever uma palavra, deve-se substituí-la por outra cuja grafia seja conhecida. A língua portuguesa é muito rica em sinônimos. Não se deve esquecer também de verificar a acentuação das palavras. Uma revisão das regras de acentuação pode ajudar a evitar erros desse tipo. Flexão das palavras — deve-se tomar cuidado com a formação do plural de algumas palavras, sobretudo as compostas (primeiro-ministro, abaixo-assinado, luso-brasileiro, etc.). Concordância — verbo e sujeito deverão concordar, e os nomes devem concordar entre si. Quando o sujeito vem depois do verbo ou distante dele, são comuns erros de concordância verbal. Assim, deve-se optar por períodos curtos, em ordem direta. Regência — deve-se estar atento à regência de verbos e nomes, sobretudo em relação àqueles que exigem a preposição a, a fim de que não se erre o emprego do acento que indica a crase.

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Page 13: Comunicação Aplicada B1

Colocação dos pronomes — deve-se observar a colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, lhe, o, a, os, as). Na linguagem formal, não é costume iniciar frases com esses pronomes. 2. CLAREZA Ser claro significa ser inteligível, ser facilmente compreendido. Escrever bem não significa escrever difícil. Há uma crença de que pessoas que escrevem com estilo rebuscado e com palavras difíceis de serem compreendidas escrevem bem. Nada mais falso. Ao redigir, deve-se procurar expor as idéias de modo que sejam facilmente compreendidas pelo leitor. Para tanto, é melhor evitar períodos longos e vocabulário rebuscado. 3. CONCISÃO Em um texto, ao exprimir uma idéia, podem-se usar mais palavras do que o necessário. Se isso ocorrer, o texto será prolixo. Se, ao contrário, forem utilizadas menos palavras do que o necessário, o texto será obscuro, isto é, pouco claro. Caso se utilize o número estritamente necessário de palavras para exprimir uma idéia, o texto será conciso. A prolixidade e a obscuridade são defeitos de redação; a concisão é uma qualidade. Portanto, ao elaborar uma redação, deve-se expor a idéia com precisão, evitando dar voltas em torno do assunto ou utilizar palavras desnecessárias. É comum empregar, em redações, algumas expressões que servem só para prolongar o discurso, como veremos adiante no item "Prolixidade". Essas expressões devem ser evitadas em favor da concisão. 4. ELEGÂNCIA Elegância é harmonia, simplicidade, exposição bem ordenada. Escreve-se para alguém; por isso, deve-se produzir um texto que seja agradável ao leitor. A elegância tem de começar pela apresentação do texto, com letra legível, sem borrões e rasuras. O fundamental é que o estilo seja elegante, e para isso devem-se observar as qualidades já apontadas: clareza, correção e concisão.

Defeitos Ao escrever, deve-se evitar o que possa prejudicar a compreensão do texto. Os defeitos mais comuns que aparecem nas redações são: ambigüidade, cacofonia, eco, obscuridade, pleonasmo e prolixidade. 1. AMBIGÜIDADE Ambigüidade (ou anfibologia) significa "duplicidade de sentido". Uma frase com duplo sentido é imprecisa, o que atenta contra a clareza, uma vez que pode levar o leitor a atribuir-lhe um sentido diferente daquele que o autor procurou lhe dar. Ocorre geralmente por má pontuação ou mau emprego de palavras ou expressões. Alguns exemplos de frases ambíguas: João ficou com Mariana em sua casa. Alice saiu com sua irmã. Nesses exemplos, a ambigüidade decorre do fato de o possessivo sua poder estar se referindo a mais de um elemento. Portanto, deve-se tomar muito cuidado no emprego desse pronome possessivo. A ambigüidade pode ser evitada com a substituição por dele(s) ou dela(s). Observe alguns outros exemplos: Matou o tigre o caçador. Pela quebra da ordem direta da oração, não se sabe qual é o sujeito e qual é o objeto. Quem matou quem? O tigre matou o caçador ou o caçador matou o tigre? Visitamos o teatro do vilarejo, que foi fundado no século XVIII. Nessa construção, temos dois antecedentes que podem ser retomados pelo pronome relativo que. O que foi fundado no século XVIII: o teatro ou o vilarejo? Nem sempre, porém, a ambigüidade é um defeito. A linguagem literária, sobretudo a da poesia, explora muito a ambigüidade como recurso expressivo. Textos humorísticos ou irônicos se valem também da ambigüidade para alcançar o humor. Portanto, só se deve considerar a ambigüidade um defeito quando ela atenta contra a clareza. 2. CACOFONIA Cacofonia (ou cacófato) consiste num som desagradável obtido pela união das sílabas finais de uma palavra com as iniciais de uma outra. Você notou a boca dela? Receberam cinco reais por cada peça. Estas idéias, como as concebo, são irrealizáveis. 3. ECO O eco consiste na utilização de palavras terminadas pelo mesmo som. A decisão da eleição não causou comoção na população. O aluno repetente mente alegremente. 4. OBSCURIDADE Obscuridade significa "falta de clareza". Vários motivos podem determinar a obscuridade de um texto: períodos excessivamente longos, linguagem rebuscada, má pontuação, ausência de coesão, falta de coerência, etc. Um exemplo: Encontrar a mesma idéia vertida em expressões antigas mais claras, expressiva e elegantemente tem-me acontecido inúmeras vezes na minha prática longa, aturada e contínua do escrever depois de considerar necessária e insuprível uma locução nova por muito tempo. 5. PLEONASMO Pleonasmo (ou redundância) consiste na repetição desnecessária de um conceito. Nas frases: Eles convivem juntos há mais de dez anos. A brisa matinal da manhã enchia-o de alegria. Ele teve uma hemorragia de sangue. Temos pleonasmo, uma vez que no verbo conviver já está contido o conceito de juntos (conviver é viver com outrem); portanto, a palavra juntos é redundante, nada acrescentando ao enunciado. Da mesma forma, brisa matinal só pode ocorrer de manhã; hemorragia, em linguagem denotativa, só pode ser de sangue. Assim como a ambigüidade, nem sempre o pleonasmo constituirá um defeito de redação. A linguagem literária e, atualmente, a linguagem publicitária utilizam-se do pleonasmo com fins estilísticos, procurando conferir originalidade às mensagens. Nesse caso, o pleonasmo não deve ser considerado um defeito, mas uma qualidade, como nos exemplos seguintes: "E rir meu riso e derramar meu pranto..." (Vinícius de Moraes) "A mim, ensinou-me tudo." (Fernando Pessoa) 6. PROLIXIDADE

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Ser prolixo é utilizar mais palavras do que o necessário para exprimir uma idéia. É alongar-se, é não ir direto ao assunto, é "encher lingüiça". Prolixidade é o antônimo de concisão. Um texto prolixo é, em conseqüência, um texto enfadonho. Sempre que uma pessoa prolonga em demasia o discurso, os ouvintes tendem a não prestar mais atenção ao que ela está dizendo. O uso de expressões que só servem para prolongar o discurso, como "por outro lado", "na minha modesta opinião", "eu acho que", tendem a não acrescentar nada à mensagem, tornando o texto prolixo. Além dos defeitos apontados, devem-se evitar também frases feitas e chavões, como "inflação galopante", "vitória esmagadora", "caixinha de surpresas", "caloroso abraço", "silêncio sepulcral", "nos píncaros da glória", etc., pois empobrecem muito o texto.

Concluindo

Qualquer que seja o tema proposto, será avaliada a capacidade do autor de pensar por escrito, ou seja, de relacionar idéias e expressá-las na escrita.

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O texto dissertativo deve possuir quais características?

A) deve apresentar apenas a parte inicial do assunto a ser tratado; deve apresentar as idéias, os conceitos, as informações e os argumentos de que você dispõe, de forma organizada e criteriosa;

B) deve apresentar de maneira clara o assunto a ser tratado; deve apresentar as idéias, os conceitos, as informações e os argumentos de que você dispõe, de forma organizada e criteriosa; deve expor claramente uma avaliação final do assunto discutido.

C) deve apresentar de maneira clara o assunto a ser tratado; não deve apresentar as idéias, os conceitos, as informações e os argumentos de que você dispõe pois isso será feito na conclusão.

D) deve apresentar de maneira clara o assunto a ser tratado; deve apresentar as idéias, os conceitos, as informações e os argumentos de que você dispõe, de forma organizada e criteriosa; deve expor avaliações que contradigam assunto discutido.

O texto dissertativo pode ser dividido nas seguintes partes:A) Introdução, apresentação , caracterização B) Introdução, desenvolvimento e explicação.C) Introdução, desenvolvimento e conclusão.D) Explicação , interpretação e flexão

Qual é o objetivo da dissertação expositiva?A) O objetivo é deixar de expor , explicar e interpretar idéias.B) O objetivo é deixar de expor , no entanto, explicar e interpretar idéias.C) O objetivo é fazer uma exposição, sem no entanto, explicar e interpretar idéias.D) O objetivo é de expor , explicar e interpretar idéias.

Assinale a frase errada quanto à concordância verbal?A) A maioria das pessoas ficou surda. B) Oitenta por cento dos brasileiros apoiaram a decisão.C) Cinqüenta milhões é muito dinheiro!D) Fazem dez anos que não vou à escola.

Você já respondeu e acertou este exercício!

ConfirmaConfirma

Exercício 1 Exercício 2 Exercício 3 Exercício 4

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Título : B1 - Técnicas de leituras visuais

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A leitura e a produção de textos

A leitura e a produção de textos estão intimamente ligadas: o texto é produzido para a leitura; a leitura é fundamental na formação do produtor de textos. Ou seja: escrevemos/falamos para sermos lidos/ouvidos; lemos/ouvimos para ampliar nossa leitura de mundo, que se manifesta no que escrevemos/falamos. Produzimos textos para interagir socialmente, e a sua leitura concretiza esse processo de interação.

Mas, por que a leitura é tão fundamental para produzir textos? Pela leitura entramos em contato com:

Variedade de conteúdos (culturas, áreas de conhecimento, informações em geral);•Variedade de gêneros textuais;•Variedade de registros e modalidades da língua.•

A leitura de imagens

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Já se tornou consenso a idéia de que na sociedade da informação a imagem exerce papel dominante, graças à força das transmissões introduzidas pelos sistemas de comunicação audiovisual. A televisão, sem sombra de dúvida, é o meio de comunicação que conta com os recursos mais sofisticados. Quando observamos uma obra visual, devemos ficar atentos a alguns elementos que são inerentes a todas as obras imagéticas. Todas elas transmitem informações e por isso podem ser lidas. Quando se constrói uma imagem, seu produtor a manipula de acordo com a idéia que quer passar ou o significado que deseja atribuir à obra. Vamos estudar agora algumas questões que se referem à leitura de imagens. Para você produzir um texto referindo-se a uma imagem sugerimos o seguinte esquema:

Qual é o título da imagem e quem é seu autor?◦Qual a técnica empregada na produção da imagem?◦A qual período histórico ela pertence?◦Qual o percurso visual da obra?◦Como podemos analisar o tempo na imagem?◦Como se dá a construção dos volumes, das cores e dos contrastes?◦Como se dá a percepção geral da imagem?◦

Podemos citar, como exemplo, a análise da obra de Claude Monet, Mulheres no jardim. 1. Qual é o título da imagem e quem é seu autor? Exemplo: Mulheres no jardim, de Claude Monet, pintor francês (1840-1926).

2. Qual a técnica empregada na produção da imagem? Exemplo: É uma pintura óleo sobre tela. (se tiver, colocar medidas). 3. A qual período histórico ela pertence? Exemplo: Esta obra pertence à Escola impressionista francesa do final do século XIX. 4. Como se caracteriza o Percurso Visual? Percurso visual é o caminho que o espectador/leitor deve fazer para ler corretamente uma composição visual. O autor, normalmente tenta conduzir o olhar do leitor na direção em que a cena deve ser lida. Ele pode fazer isso de várias formas:

Pelo movimento das figuras;◦Pelo contraste de cores ou de luz, etc. ◦

Por isso, ao analisarmos uma imagem, é importante levarmos em conta esse fato, ou seja, para onde o autor quis que nossa vista se direcionasse?

Onde ele pretendia que nossos olhos se demorassem mais? ◦

Tendo isso em mente, podemos entender melhor o significado que o produtor da imagem quis atribuir à sua obra e quais os aspectos mais importantes nela. E isso não se aplica apenas à arte figurativa e à fotografia; também a arte abstrata pretende que os olhos do espectador façam um percurso. 5. Como podemos analisar o tempo em uma imagem? Existem várias formas de representar a passagem do tempo em uma imagem (dado que ela é um objeto atemporal por excelência), dependendo do tema ou do tratamento que o produtor quer lhe dar. O produtor da imagem pode criar uma cena atemporal — ou seja, um acontecimento que não pressupõe acontecimentos anteriores ou posteriores. Ou, simplesmente, ele pode contar uma história, produzindo um “recorte” da realidade, um instantâneo, como, por exemplo, no quadro impressionista analisado.

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No século XX, cada escola estilística tinha sua forma de representar o tempo em um quadro: os futuristas representavam-no por meio da sensação de velocidade, os cubistas fragmentavam os objetos e as pessoas para dar a sensação de que se deu uma volta em torno da figura, etc. a) Como se dá a temporalidade em uma imagem? Temporalidade é a maneira como o produtor da imagem retratou o tempo — revela o caráter da obra imagética, ou seja, uma imagem atemporal pretende fazer um retrato mais universal do homem ou da natureza. Exemplo: O Adão pintado por Michelangelo Buonaroti (1475-1564) na Capela Sistina é um símbolo da figura humana, não representa um homem, mas a humanidade. No quadro de Claude Monet — essencialmente instantâneo — percebemos o caráter singular da paisagem representada. O quadro representa um momento único (o pintor até chega ao extremo de indicar o horário em que foi pintado). Exemplo: as mulheres estão num jardim ao entardecer.

b) Como podemos analisar a cor e o contraste em uma imagem? Outra forma de comunicar algo aos espectadores/leitores é pelo uso da cor: se o artista pretende criar tensão, apelará para os contrastes e para as cores fortes. Se ele quer uma atmosfera de serenidade, deixa de lado os excessos. Um quadro expressionista como O grito, de Edward Munch (1891-1968), é riquíssimo em cores fortes e contrastes, um meio encontrado pelo artista para realçar a expressividade. Já uma tela impressionista tem uma atmosfera muito mais leve, pois os pintores dessa escola estavam mais preocupados com o efeito da luz nos objetos. Se, por exemplo, olharmos bem de perto um quadro de Monet, veremos que o branco pintado por ele nunca é apenas branco; é como se ele quebrasse as cores do arco-íris em um prisma. Podemos encontrar em um vestido branco pintado por ele até mesmo cores contrastantes (complementares), mas diluídas de modo que nossos olhos apenas percebam nuanças de branco. Temos que perceber qual é a finalidade da produção dessa imagem. Toda imagem é produzida para um fim, que é diferente em cada época e em cada sociedade; razão pela qual conduz a produção imagética por diferentes caminhos. Como exemplo, podemos observar que na Idade Média, o principal patrocinador das artes era a Igreja, por isso a produção dessa época foi fundamentalmente religiosa. Na Idade Moderna, a arte era patrocinada pela burguesia, e a arte dos retratos chegou a um aprimoramento incrível. E assim por diante. O papel da arte — ainda que não tenha sido intenção do artista — sempre foi o de retratar sua sociedade e fazê-la refletir sobre si mesma. A fotografia e a imagem eletrônica se inserem dentro do desenvolvimento tecnológico da atualidade, representando também o olhar do homem da modernidade capitalista.

Reescrita

Todo texto que construímos necessita de correções e por isso reescrevê-los é uma prática muito importante. Vamos estudar agora algumas questões que se relacionam à reescrita. Dentre as atividades de aprendizado produtivas, está a de reescrever textos. Essa atividade tanto pode ser efetuada a partir de um texto próprio quanto de outro texto qualquer: de um texto de um colega, de jornal, de revista, de literatura, de um artigo científico, etc. Em certos casos, tratar-se-á basicamente de corrigir, ou seja, de eliminar problemas gramaticais. Em outros casos, de “melhorar” o texto, mesmo correto, ou de alterá-lo, de dar-lhe outra feição, explorando outras possibilidades. Essa, aliás, é uma prática bastante consagrada fora da universidade: autores freqüentemente retomam motivos clássicos, aludem a outras obras, reescrevem, repintam, refilmam, etc. Todos nós, na universidade e fora dela, podemos realizar atividades semelhantes, determinando previamente alguns objetivos. É importante reiterar: se a atividade de escrita/reescrita for uma constante na universidade, além do efeito positivo sobre a aprendizagem, torna-se semelhante às práticas de escrita e edição como ocorrem na editoras. Isso ajuda a deixar claro que escrever não é uma questão de “inspiração” dos alunos, escritores e escreventes, mas um trabalho que se torna bem mais rentável se realizado como complemento de leituras e de debates. No exemplo abaixo, podemos ver uma forma de reescrita: A finalidade apresentada é em primeiro lugar, corrigir e, depois, sucessivamente, alterar, modificar, melhorar. Esse trabalho de correção tem como objetivo básico eliminar do texto original as marcas que o caracterizam como “pouco legível”. O texto que aparece primeiro foi produzido por uma criança de 11 anos: “E terrivelmente violento um minino este dias sem querer porque o outro empurou ele ele esbarou no outro muleque ele já foi pra sima dele ai ele chingou o muleque”. Com primeira tarefa podemos corrigir o texto: “É terrivelmente violento. Um menino, esses dias, sem querer, porque o outro empurrou ele, ele esbarrou no outro moleque, ele já foi pra cima dele, aí ele xingou o moleque”. Depois desta fase, que, a rigor, é uma revisão, o texto pode ainda ser reescrito. Por exemplo, assim: Na escola, o ambiente é terrivelmente violento. Um dia desses, só porque um menino esbarrou em outro sem querer, foi empurrado e xingado. Ou: Há uma violência terrível na escola. Um dia desses, um menino empurrou e xingou outro, só porque houve um esbarrão. E isso que o esbarrão foi sem querer. Ou: Na escola, há tanta violência quanto em outros lugares, como em estádios de futebol ou em botecos. Um dia desses, um menino esbarrou em outro, sem querer, o que acontece facilmente, porque o espaço nas salas não é tão grande. O menino que recebeu o esbarrão logo reagiu, empurrou o outro e lhe disse vários palavrões.

Concluindo

Um trabalho como esse pode continuar durante vários dias. A primeira medida deve ser a de eliminar os problemas básicos. Mas não basta contentar-se em atingir esse nível. Deve-se trabalhar na direção de uma progressiva sofisticação dos textos, que se caracteriza especialmente pelo domínio de variadas estratégias e de diversos gêneros. Em relação ao caso que está sendo comentado, o trabalho pode ser sofisticado, por exemplo, com descrições de lutas (que podem ser buscadas na literatura ou no cinema), chamando a atenção para vários aspectos — sejam os golpes, sejam os pensamentos dos lutadores, as estratégias mais eficazes, etc. Vamos conhecer um pouco mais!

O Hipertexto

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Para além do texto. Você, certamente, já usou uma enciclopédia para realizar suas pesquisas e deve ter visto que, em um verbete há, em geral, a indicação para outro verbete, e assim sucessivamente. Cabe a você, no ato da leitura, decidir quais verbetes vai consultar. Isso depende, por exemplo, de seu conhecimento prévio sobre o tema e do nível de profundidade que pretende dar à sua pesquisa. Esse gesto de leitura é semelhante ao que acontece quando se está lendo um documento hipertextual, isso porque o hipertexto é um texto reticular (com uma organização em rede), no qual, de forma potencial, vários outros textos estão interligados. Para ter acesso a esses textos que formam referências cruzadas (os links, ou elos), basta colocar o cursor do mouse sobre o termo que aparece em cor diferente da usada no texto, ou apenas grifado, e o famoso ícone da “mãozinha” aparecerá, indicando a existência de mais uma possibilidade de leitura. Cabe a você, leitor, decidir que caminhos seguir, até onde ir, quando parar para sistematizar os dados pesquisados. Fica claro, então, que o princípio é o mesmo da leitura de textos convencionais, ou seja, o texto-base faz referência a outros textos, cabendo ao leitor decidir a trajetória que vai tomar. O termo “hipertexto” surgiu na década de 1960, antes mesmo da aparição do processador de texto e da Internet, e foi criado pelo programador e filósofo norte-americano Theodore Nelson, que definiu como “escritas associadas não-seqüenciais, que possibilitam leituras em diferentes direções”. Mas, bem antes disso, em 1945, o cientista Vannevar Bush, também norte-americano, publicou o artigo “As we may Think” (“Como podemos pensar”), afirmando que a dificuldade que encontramos para localizar as informações de que precisamos ocorre porque, normalmente, a informação é indexada em ordem alfabética ou numérica, e nossa mente não funciona dessa maneira, mas sim por associação de idéias. Sobre os documentos hipertextuais, você, provavelmente, já se deu conta de que eles não são todos do mesmo tipo: há os que permitem apenas leitura, como é o caso do CD-ROM e os hipertextos exploratórios (como a Word Wide Web), e os que possibilitam que o navegador insira novos links nos textos que já estão disponíveis na rede, os chamados hipertextos abertos. Se observarmos, entretanto, alguns recursos utilizados nos textos em papel, veremos que a idéia de hipertexto é muito mais antiga entre nós. É o caso, por exemplo, das famosas glosas — comentários explicativos de uma palavra ou de um trecho feitos, por exemplo, nas margens das Bíblias manuscritas pelos copistas. Outras evidências da utilização do princípio hipertextual no papel são as citações diretas ou indiretas, as notas de rodapé, as epígrafes que encontramos nos diversos tipos de textos. Percebe-se, por esses exemplos, que a base de construção do hipertexto é a intertextualidade, no sentido de que um texto não se constrói independentemente de outros textos, de outras vozes. Sabemos, hoje, que, ao criarmos um texto, ele está sempre relacionado a outros, implícita ou explicitamente. Além disso, é necessário lembrar que um texto se constitui, de fato, no momento de sua leitura, o que significa que a voz do leitor — seu conhecimento prévio, seu posicionamento ideológico — é um importante componente do texto.

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O que é um percurso visual?A) Percurso visual é o caminho que o espectador/leitor deve fazer para enxergar corretamente uma composição visual. O autor, normalmente, tenta

conduzir o olhar do leitor na direção em que a cena deve ser lida. B) Percurso visual é o caminho que o espectador/leitor deve fazer para ler corretamente uma composição visual. O autor, normalmente, deixa o olhar

do leitor livre para olhar a cena que deve ser lida. C) Percurso visual é o caminho que o espectador/leitor deixa de fazer para ler corretamente uma composição visual. O autor, normalmente, tenta

conduzir o olhar do leitor na direção em que a cena deve ser lida. D) Percurso visual é o caminho que o espectador/leitor deve fazer para ler corretamente uma composição visual. O autor, normalmente, tenta conduzir o

olhar do leitor na direção em que a cena deve ser lida.

Como podemos analisar a cor e o contraste em uma imagem? A) Fazendo apenas um levantamento das cores mais suaves que aparecem na imagem. B) Observando como as cores aparecem na imagem: se são suaves podem representar sentimentos agressivos, se são fortes elas podem representar

sentimentos que exprimem sensibilidade. C) Se o produtor da imagem não pretende criar tensão, apelará para os contrastes e para as cores fortes. Se ele não quer uma atmosfera de

serenidade, deixa de lado os excessos de cores. D) Se o produtor da imagem pretende criar tensão, apelará para os contrastes e para as cores fortes. Se ele quer uma atmosfera de serenidade, deixa

de lado os excessos de cores.

Qual é a finalidade da produção de uma imagem? A) Toda imagem é produzida sem um fim, que, em cada época e em cada sociedade, é diferente e, por isso, conduz a produção imagética por

diferentes caminhos. B) Toda imagem é produzida para um fim, que, em cada época e em cada sociedade, é diferente e, por isso, não conduz a produção imagética por

diferentes caminhos. C) Toda imagem é produzida para um fim, que, em cada época e em cada sociedade, é diferente e, por isso, conduz a produção imagética por

diferentes caminhos. D) Toda imagem é produzida para uma época e é diferente, por isso, conduz e deixa a produção imagética seguir por caminhos semelhantes.

Qual é a base para a construção de hipertextos?A)

A base de construção do hipertexto é a textualidade, no sentido de que um texto se constrói independentemente de outros textos, de outras vozes.

B) A base de construção do hipertexto é a textualidade, no sentido de que um texto não se constrói independentemente do contexto.C) A base de construção do hipertexto é a intertextualidade, no sentido de que um texto se constrói independentemente de outros textos, de outros

leitores. D) A base de construção do hipertexto é a intertextualidade, no sentido de que um texto não se constrói independentemente de outros textos, de outras

vozes.

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Exercício 1 Exercício 2 Exercício 3 Exercício 4

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Título : B1 - Trabalho de pesquisa

Conteúdo :

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COMO PODEMOS ESCREVER UM TRABALHO DE PESQUISA NA UNIVERSIDADE?

PARA ESCREVERMOS UM TEXTO DE PESQUISA NECESSITAMOS DEFINIR ALGUMAS QUESTÕES ANTES DE INICIARMOS O TRABALHO DE REDAÇÃO. 1) Temos que definir inicialmente o tema do trabalho; 2) Cercar o tema; 3) Reunir as informações. A partir desta tarefa é necessário: a) Leitura de toda bibliografia; b) Fazer um fichamento; c) Redigir o texto final. Vamos nos aprofundar um pouco nessas questões: Preparativos iniciais. Antes de você pesquisar em enciclopédias, em livros ou na internet, é interessante saber quais aspectos do tema serão tratados. Um jeito de definir isso é fazer uma lista de todos os pontos possíveis que serão abordados. A partir daí, é só selecionar os tópicos que são realmente importantes e começar a desenvolvê-los. Cercar o tema. Todo assunto pode ser investigado por vários ângulos e, por maior que seja o esforço, não dá para abordar tudo de uma vez. Normalmente, quando os professores pedem um trabalho, eles já dão uma "cercada" no tema, para facilitar a vida dos alunos. Mas se isso não acontecer, não se desespere. Delimitar um tema de pesquisa não é um “bicho-de-sete-cabeças”. Para isso, comece listando no papel todos os pontos possíveis de serem abordados, já com as informações que você tem sobre o assunto. Depois escolha aqueles que realmente devem ser desenvolvidos. Esse é um exercício muito interessante, porque as questões levantadas servirão como um pré-roteiro na hora de encaminhar a pesquisa e, depois, de elaborar o texto. Quer um exemplo? Se o trabalho é sobre os Sistemas de Comunicação na Região Sudeste, você pode começar listando os Estados que integram a região. A partir daí, considerar semelhanças e diferenças entre os sistemas de comunicação que cada Estado apresenta. Você pode explorar os aspectos econômicos, sociais, políticos ou culturais. Quando falamos em economia, quais as principais atividades de comunicação da região? Existe predominância de que tipo de tecnologia? Quais as maiores cidades? Como se concentram as empresas de comunicação? Se pensarmos nos aspectos sociais, qual é a escolaridade da população? E o acesso a museus, bibliotecas e outros bens culturais? Esse primeiro levantamento de questões deve ser o mais amplo possível, para depois ser reduzido a aspectos realmente fundamentais, que serão pesquisados em profundidade. Reunir informações. Com o tema delimitado, é hora de arregaçar as mangas e recolher informações em livros e artigos acessíveis e fáceis de consultar, como manuais didáticos, enciclopédias gerais ou especializadas, revistas, jornais e também na internet. Dependendo do assunto, é possível reunir uma boa variedade de material de pesquisa, abordando os diferentes aspectos do trabalho. Aí vem o momento de pânico: como ler tudo isso? Não perca tempo! Escolha as fontes que parecem mais interessantes e ricas em informações e comece a destrinchá-las. Dica importante! Para trabalhar com material encontrado na internet, imprima ou faça download dos textos que parecerem realmente úteis. Dessa forma, você não precisa ficar muito tempo conectado a seu provedor. Leitura e entendimento Agora que você já sabe o que e onde pesquisar, vem um passo importante: a leitura e compreensão do material recolhido e seus apontamentos, que mais tarde servirão como base para o texto final. Uma dica: reserve um caderno para escrever todas as suas observações e resumos. Folhas soltas são mais fáceis para anotar, mas também mais fáceis de perder. Atenção e organização. Antes de começar a leitura do material, decida qual a melhor maneira de organizar a informação que será coletada. Você pode, por exemplo, fazer anotações em um caderno — sempre tendo o cuidado de indicar onde leu determinada informação. Se preferir sublinhar as partes mais importantes no próprio texto, não se esqueça de tirar cópias do material — nada de riscar ou escrever em livros e enciclopédias, principalmente quando eles foram tomados por empréstimo. Para entender bem o conteúdo de um texto, é interessante fazer mais de uma leitura. Assim, vá em frente: leia cada um dos textos uma vez, prestando bastante atenção àquilo que eles dizem. Depois, faça segunda leitura e, então, vá anotando ou sublinhando todas as informações que considerar relevantes para seu trabalho. Dica importante! Se você estiver sublinhando um texto, faça breves anotações ao lado (com uma ou duas palavras, no máximo). No final da leitura, isso o ajudará a localizar as idéias que melhor se encaixam em seu tema de trabalho. Dessa maneira, você não corre o risco de se perder em meio a uma quantidade muito grande de textos sublinhados. Preparação do texto final. Agora que você já tem uma grande quantidade de informações guardadas tanto na memória, quanto nas anotações sobre o tema pesquisado, aproveite para fazer um roteiro de como será seu texto final. Vamos ver um exemplo? 1. Em uma pesquisa sobre Web, começaríamos por apresentá-la como um sistema de informações, disponível pela internet e presente atualmente em todo o planeta. Lembrando que se trata de um recurso de circulação de informações cada vez mais utilizado pelos países, pelas empresas, pelas escolas e finalmente pelas pessoas em geral. Isto é, a Web" ou "WWW" para encurtar -- ("teia do tamanho do mundo", traduzindo literalmente) é uma rede de computadores na internet que fornece informação em forma de hipertexto Para ver a informação, pode-se usar um software chamado navegador (browser) para descarregar informações (chamadas "documentos" ou "páginas") de servidores da internet (ou "sites") e mostrá-los na tela do usuário. O usuário pode então seguir os links na página para outros documentos ou mesmo enviar informações de volta para o servidor para interagir com ele. O ato de seguir links é comumente chamado de "surfar" na Web. 2. Em seguida, destacaríamos os tipos de navegadores que são utilizados pelos usuários. 3. E, para encerrar, mostraríamos como a Web é utilizada no campo profissional. Com o roteiro feito, você está preparado para a etapa final: a redação do trabalho. A redação final A idéia é não simplesmente copiar o material, mas escrever com suas palavras o que entendeu dos textos analisados. Parece difícil? Pois saiba que redigir um texto sobre um assunto que era quase desconhecido pode ser fascinante. Só assim você vai perceber quanta coisa aprendeu em tão pouco tempo!

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Coesão e coerência. A partir do roteiro, tente alinhavar todas as anotações feitas anteriormente, reescrevendo-as com suas palavras e encaixando-as nos itens que você se propõe a desenvolver. Lembre-se: em um trabalho bem-feito, os textos são bem encadeados e os conteúdos, relacionados. Não perca tempo escrevendo coisas que estão além do que foi proposto — aquilo que chamamos "fugir do tema". Depois de tudo escrito, faça um balanço do material, verificando se a redação final está compreensível e bem encadeada, se você já escreveu tudo o que sabe e acha importante sobre o tema ou se ainda falta alguma coisa. Atenção! Caso você conclua que o trabalho está incompleto, volte às fontes de pesquisa e procure mais material para completá-lo. Se estiver satisfeito, não considere o trabalho encerrado antes deuma última leitura. Assim você poderá identificar as frases mal-escritas que precisam ser refeitas e substituir palavras que se repetem muitas vezes — e que deixam o texto feio — ou que estejam erradas. Arremates finais. Quando você estiver satisfeito com o resultado do texto, vale caprichar também na apresentação. Dê um título bem expressivo para seu trabalho e organize a bibliografia. A bibliografia deve incluir os dados sobre todo o material que você utilizou para desenvolver a pesquisa, inclusive endereços dos sites consultados na internet. Faça a bibliografia. Para seu trabalho na universidade algumas normas básicas devem ser respeitadas:

Livros: comece citando sobrenome em caixa alta e o nome do autor ou autores, em seguida o título da obra em itálico. Logo após, coloque o nome da cidade e a identificação da editora que o publicou e a data de publicação.

Capítulos de livros: comece citando sobrenome em caixa alta e o nome do autor ou autores, apresente o título do capítulo utilizado, e siga com todas as informações requeridas pelas indicações bibliográficas de livros.

Artigos de revistas e jornais: escreva os títulos dos artigos (como os capítulos dos livros), os nomes das publicações, números das edições e as datas de publicação.•

O FICHAMENTO DE TEXTOS

Nesta aula vamos aprender, ainda, como se faz um fichamento de textos. Essa prática é muito importante para desenvolvermos nossa técnica de leitura e para aprimorarmos a construção de nossos textos. 1 - AS FICHAS DE LEITURA Quando precisamos ler um texto técnico, é importante ler e anotar em uma ficha os conteúdos e as informações que ele está trazendo. As fichas de leitura podem ser divididas em dois tipos: a) Ficha de conteúdos; b) Ficha bibliográfica. a) Ficha de conteúdos É a ficha mais comum e mais indispensável. Nela você anota com exatidão todas as referências bibliográficas concernentes a um livro ou artigo, explora-lhe o conteúdo, tira dele citações-chaves, forma um juízo e faz observações. Em suma, a ficha de conteúdos constitui um aperfeiçoamento da ficha bibliográfica (...). b) Ficha bibiográfica Neste tipo de ficha deve constar, no caso de livros: SOBRENOME, Nome (abreviado) do autor (ou autores ou organizador); Título: subtítulo da obra (se houver); (“Coleção”, se for o caso); número da edição (se houver e não for a primeira); local da edição (não existindo, escrever s.l. (sem local); editora (não existindo no livro, omiti-lo); data da edição (não existindo, escrever s.d. (sem data); dados eventuais sobre a edição mais recente (opcional); número de páginas e eventual número de volumes de que a obra se compõe; tradução (se o título era em língua estrangeira e existe uma tradução na nossa, especifica-se o nome do tradutor, o título traduzido, local de edição e número de páginas, eventualmente). Esta última ficha contém apenas as indicações úteis para encontrar o livro, ao passo que a ficha de conteúdos apresenta todas as informações sobre o livro ou artigo, e, portanto, deve ser muito maior. Como devemos construir estas fichas? Você poderá usar as de formato padrão ou fazê-las pessoalmente; em geral, devem ter o tamanho de uma folha de caderno na horizontal ou de meia folha de papel ofício. Convém que seja de cartolina para ser facilmente consultada no fichário ou reunida em pacotes ligados com elástico... Nada impede que, para livros importantes, se preencham várias fichas, devidamente numeradas e contendo cada uma, no verso, indicações abreviadas do livro ou artigo em exame. Muitas são as maneiras de fichar um livro. Depende muito da memória de cada um, pois há indivíduos que precisam escrever tudo e outros que não carecem de apontamentos. Digamos que uma ficha deve conter os seguintes itens: 1. Indicações bibliográficas precisas, [preferencialmente] mais completas do que as da ficha bibliográfica; esta serve para você procurar o livro. Já a ficha de conteúdos serve para “falar” do livro e citá-lo. Observação: Para você elaborar a bibliografia final é aconselhável ter o livro nas mãos, pois assim você pode extrair dele todas as indicações possíveis, tais como número de páginas, edições, dados sobre a editora etc. 2. Informações sobre o autor, quando não se tratar de autoridade notória. 3. Breve (ou longo) resumo do livro ou do artigo. 4. As citações extensas devem aparecer entre aspas. Dessa forma, você já seleciona os trechos que deve citar no texto final. As citações devem ser acompanhadas da indicação precisa da página ou das páginas. Cuidado para não confundir citação com paráfrase. 5. Comentários pessoais devem ser feitos no começo, no meio e no fim do resumo. Para não confundi-los com a obra do autor, coloque-os entre colchetes.

Com devemos construir um Resumo?

Processo de execução de um resumo 1. Você deve em primeiro lugar fazer uma leitura do texto e tentar compreendê-lo bem. A partir dessa prática, é importante identificar as idéias principais do texto. Faça isso organizando as idéias parágrafo a parágrafo. a) Para facilitar esse trabalho, você pode sublinhar as frases e os conceitos mais importantes de cada frase. Essa atitude deve ser realizada durante a leitura. b) Você pode, também, fazer um esquema, no fim da leitura, que tem como objetivo organizar o texto e os parágrafos. 2. Comece então a escrever o seu resumo, respeitando sempre o conteúdo do texto e o pensamento do autor. Quando estiver realizando essa tarefa, preste atenção para as seguintes ações: a) procure não incluir pormenores desnecessários; b) Substitua as idéias repetidas ou semelhantes por uma que as englobe;

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c) utilize uma linguagem pessoal. 3. Em seguida, leia o seu resumo e faça uma avaliação dos resultados, corrija os aspectos do texto que você achar necessário. Preste atenção aos seguintes itens: a) Veja se o seu resumo contém as idéias principais do texto. b) Perceba se a idéia do autor está respeitada. c) Veja se não há conceitos que não são os principais e se não há repetições. 4. Finalmente faça uma última leitura do seu resumo e aperfeiçoe a linguagem do texto (ortografia, construção de frases, etc.) se for necessário.

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Para escrevermos um texto de pesquisa necessitamos definir quais questões antes de iniciarmos o trabalho de redação? A) Temos que definir inicialmente o tema do trabalho, cercar o tema e reunir as informações. B) Temos que procurar bibliografia. C) Temos que ler livros, revistas e procurar na internet. D) Temos que imprimir os textos e copiá-los em um relatório.

Quais os tipos de fichas de leitura apresentados no texto? A) Ficha de dados e Ficha bibliográfica. B) Ficha técnica e Ficha bibliográfica. C) Ficha de dados e Ficha técnica. D) Ficha de conteúdos e Ficha bibliográfica.

Para que serve uma ficha bibliográfica?A) Esta ficha contém todas as indicações úteis para encontrar o livro, ao passo que a ficha de conteúdos apresenta todas as informações sobre o livro

ou artigo, e, portanto, deve ser muito menor. B) Esta ficha apresenta todas as informações sobre o livro ou artigo. C) Esta última ficha contém as indicações úteis para encontrar o livro, e apresenta todas as informações sobre o livro ou artigo. D) Esta ficha contém apenas as indicações úteis para encontrar o livro, ao passo que a ficha de conteúdos apresenta todas as informações sobre o

livro ou artigo, e, portanto, deve ser muito maior.

Como devem ser realizadas as citações? A) As citações devem aparecer entre aspas, mas não é necessário indicar a página em que ela se localiza. B) As citações devem aparecer entre aspas e é necessário indicar a página em que ela se localiza. C) As citações não devem aparecer entre aspas, mas é necessário indicar a página em que ela se localiza. D) As citações devem aparecer entre colchetes, mas não é necessário indicar a página em que ela se localiza.

Quando estiver escrevendo um resumo você deve prestar atenção em quais ações? A) Procure incluir pormenores desnecessários, substitua as idéias repetidas ou semelhantes por uma que as englobe, utilize uma linguagem pessoal. B) Procure não incluir pormenores desnecessários, substitua as idéias repetidas ou semelhantes por uma que as englobe, utilize uma linguagem

pessoal. C) Procure não incluir pormenores desnecessários, não substitua as idéias repetidas ou semelhantes por uma que as englobe, utilize uma linguagem

pessoal.D) Procure não incluir pormenores desnecessários, substitua as idéias repetidas ou semelhantes por uma que as englobe, não utilize uma linguagem

pessoal.

Quando estiver fazendo a leitura final do seu resumo você deve observar as seguintes questões: A) O seu resumo não contém as idéias principais do texto? Se a idéia do autor está sendo respeitada? Se não há conceitos que não são os principais e

se não há repetições? B) O seu resumo contém as idéias principais do texto? Se não repete a idéia do autor? Se não há conceitos que não são os principais e se não há

repetições? C) O seu resumo contém as idéias principais do texto? Se a idéia do autor está sendo respeitada? Se não há conceitos que não são os principais e se

não há repetições? D) O seu resumo contém as idéias principais do texto? Se a idéia do autor não está sendo respeitada? Se há conceitos que são os principais e se há

repetições?

Confirma

Exercício 1 Exercício 2 Exercício 3 Exercício 4 Exercício 5 Exercício 6

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Título : B1 - Fazendo um Relatório

Conteúdo :

O objetivo principal desta aula é orientá-lo sobre a forma de elaborar um relatório. Mas, antes de começarmos as discussões relativas a este tema, vamos fazer algumas reflexões.

Quando foi a última vez que você leu um texto e o compreendeu de imediato?•Gostou do que leu?•Qual a impressão que ficou em relação ao assunto ou ao autor do texto?•

As respostas a estas questões nos levam, ainda, às seguintes reflexões:

A redação de um texto pode se libertar do estigma de ser um "mal necessário" nas Universidades?•A redação pode assumir um novo enfoque na nossa vida estudantil?•

Não pretendemos responder a todas essas questões nesta aula, mas podemos afirmar que o redator de um texto, antes de começar o seu trabalho, precisa observar os seguintes passos:

Pense antes de redigir

Antes de escrever qualquer tipo de texto — desde um documento empresarial até uma monografia na faculdade ou uma dissertação na pós-graduação —, acostume-se sempre a pensar sobre o objetivo do texto. Faça a si mesmo as seguintes perguntas:

sobre o que pretende escrever? É fácil começar a redigir qualquer texto sem saber exatamente o que incluir nele. Além de perda de tempo, pois terá o trabalho de reescrevê-lo, correrá o risco de enviar ao destinatário informações desnecessárias.

a quem o texto se destina? Quem o lerá? O chefe, um colega ou um cliente? O destinatário, porventura, entenderá os termos técnicos? A linguagem deverá ser formal?◦por que vai redigir o texto? Você deseja informar, solicitar ou persuadir?◦como pretende fazer seu texto? Você irá enviá-lo por meio de uma carta, ofício, fax ou e-mail?◦

Observe que as respostas a essas perguntas ajudam o redator a concentrar-se no assunto, a pensar no seu leitor e a decidir por um suporte (meio) de enviar a mensagem, o que torna o texto eficaz.

Use palavras simples

Um dos mitos que cercam a redação de um texto refere-se à utilização de uma linguagem formal. Na verdade, prefira usar palavras simples, do dia-a-dia, pois, além de serem mais fáceis de ler e entender, têm impacto maior do que palavras complexas. Prefira, a título de exemplo, enorme a incomensurável; inabalável a inexorável; sobre a com respeito a etc.

Use frases curtas

Elas transmitem a idéia de maneira rápida e persuasiva, além de serem fáceis de entender. Prefira a voz ativa (a palavra que está "praticando" a ação verbal), pois torna o texto mais dinâmico. Observe a diferença: Nossa empresa venceu a concorrência (ativa) / A concorrência foi vencida pela nossa empresa (passiva).

Evidencie o assunto principal no início

Um outro mito é encher o texto com todas as informações sobre o assunto, tornando-o confuso e cansativo de ler e, o que é pior, o ponto-chave pode aparecer enterrado lá no último parágrafo. Você deve apresentar o assunto principal logo no início, de modo que o propósito do texto fique claro de imediato. O restante do texto servirá para sustentar o assunto principal.

Utilize uma diagramação visualmente agradável

Ao utilizar uma diagramação pesada, densa, com aquelas letras miúdas e espaços apertados, você afugenta o leitor de seu texto. Uma diagramação visualmente agradável faz com que seu texto tenha um destaque, uma vez que a diagramação é a primeira "coisa" que o leitor observa, antes mesmo de ler uma única palavra.

Utilize subtítulos descritivos

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Eles permitem que o leitor perceba de imediato os pontos principais, pois explicam o que vem a seguir, chamando instantaneamente sua atenção. O subtítulo Inflação não traz informação alguma; agora, A inflação sobe novamente é um subtítulo descritivo, que traz uma orientação ao leitor quanto ao que será posteriormente desenvolvido. A partir dessas reflexões vamos entender agora as razões para escrevermos relatórios. Escrevemos um relatório para comunicar um trabalho de pesquisa. Todo relatório tem que ser claro, conciso e coerente. Um relatório deve ter essas qualidades para que você tenha mais chances de obter a colaboração ou a resposta esperada de seus superiores e de seus colegas. Por essa razão, é importante que o texto faça uma boa comunicação, pois isso pode significar uma questão de sobrevivência profissional. Além dessas questões, quando escrevemos um relatório temos a responsabilidade de fazer uma autocrítica dos resultados do trabalho desenvolvido. Um bom profissional em Comunicação deve estar apto para avaliar o próprio trabalho e relatá-lo aos outros. O profissional deve avaliar as variáveis dos conceitos trabalhados e como essas variáveis se refletem nos resultados que foram apresentados. É necessário avaliar os erros e os acertos dos conceitos desenvolvidos e como eles se refletem nos resultados que foram apresentados. A responsabilidade de avaliar a qualidade do trabalho experimental é de quem escreve e não do leitor. E na Universidade, por que escrevemos relatórios? Basicamente, os relatórios na Universidade servem para treinar a habilidade da comunicação escrita e para exercitar a autocrítica dos estudantes. Os relatórios podem ser divididos em dois tipos:

- Relatório Acadêmico - Relatório Executivo

Estão previstos alguns itens que devem constar em um relatório de pesquisa acadêmica: a) Na página de rosto do relatório: I) O nome da Instituição II) Título: Relatório de ................ Período: / /2006 a / / 2006 III) Nome do aluno e número de matrícula IV) Nome do orientador (na Universidade) V) Local (cidade) da Instituição onde deve ser apresentado e ano de depósito (entrega). Na página após a folha de rosto (no centro da p.) o Nome da Universidade, endereço, CEP, tel., site (não escrever nomes de pessoas).b) Incluir página de agradecimentos dirigidos: 1º à Universidade pela oportunidade; 2º ao(s) orientador(es) e nominar aqueles que contribuíram de maneira relevante para o desenvolvimento do trabalho. c) Na última página do relatório, como ANEXO...(z) incluir o Cronograma das atividades realizadas (anexo uma sugestão). Planejamento do Relatório Antes de começar a escrever um relatório é necessário algum planejamento. Inicialmente definimos a estrutura que o relatório vai ter. Geralmente, os relatórios acadêmicos possuem a estrutura de um artigo científico. Os elementos textuais de um relatório são constituídos das seguintes partes fundamentais: Título Resumo Introdução Desenvolvimento Resultados (ou Resultados e Discussão) Conclusões Apêndices Referências Bibliográficas Relatório executivo Este tipo de relatório é utilizado normalmente nas empresas, quando prestamos conta de nossas atividades ou apresentamos soluções a um superior. Algumas vezes, o superior não está muito disposto a ler todo o relatório, embora precise tomar uma decisão rápida; especialmente neste caso, é oportuno inverter a ordem, colocando as conclusões no início do relatório. Por esse motivo, sempre é bom perguntar se há algum modelo de relatório a ser seguido; se não houver normas siga o seu bom senso. A idéia fundamental é a de que, quando escrevemos um relatório, estamos nos comunicando com alguém que sabe menos sobre nosso trabalho, mesmo que seja nosso professor ou nosso superior numa empresa. Geralmente, o leitor do relatório vai tomar uma decisão baseada no conteúdo do relatório (uma avaliação na universidade ou — até pode ser o caso — uma promoção na empresa). Enfim, é preciso que nos preocupemos com o destinatário. Vamos apresentar agora como podemos desenvolver os conteúdos de cada um dos tópicos que compõem um relatório. A seguir apresentamos algumas descrições gerais e breves do conteúdo de cada tópico do relatório acadêmico. Título Não se esqueça de identificar-se. Resumo Em poucas linhas, descreva o trabalho desenvolvido. Sempre que possível, já indique os resultados conseguidos. Seja breve. Introdução Coloque a motivação do trabalho, faça um resumo curto da teoria relevante e apresente os conceitos principais que foram trabalhados. Se no relatório se percebe que há um grande número de abreviações e símbolos, o melhor a fazer é colocar todos as abreviações e símbolos num apêndice (que pode ter como título "Simbologia Empregada" ou simplesmente "Simbologia"). Seja original e breve. Não seja exibicionista, nem faça ostentação esnobe de seus conhecimentos. Lembre-se de que a introdução serve de base para o leitor. Use o tempo verbal no presente. Desenvolvimento No desenvolvimento, o aluno descreve as atividades que foram realizadas durante o trabalho de pesquisa. Ao redigir o texto, o aluno deve conciliar a parte teórica do trabalho com o que foi realizado/aprendido. Lembre-se de que faz parte do relatório agregar “valores” — conhecimentos além da parte técnica, como: aspectos administrativos, relacionamento com pessoas

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de diferentes níveis sociais e postos de trabalho, aspectos éticos; enfim, aproveite a oportunidade para demonstrar tudo que foi aprendido. A apresentação é quase sempre cronológica e é escrita no tempo verbal em passado. Resultados Nesta seção os resultados do trabalho são apresentados e discutidos. Nunca inicie os parágrafos com tabelas ou figuras. As tabelas e figuras devem entrar no texto de uma maneira lógica, de modo que a informação flua claramente para o leitor. O leitor não deve ser forçado a ficar virando a página de trás para frente para encontrar os dados citados. Numere de forma independente as tabelas e as figuras (por exemplo, tabela 1, tabela 2, figura 1, tabela 3, ...). Apêndices Aqui é um bom lugar para colocar os programas de computador empregados ou as listas geradas no computador. Cada apêndice deve ter um número e um título. Referências Bibliográficas Apresente uma lista numerada das referências citadas no texto do relatório. Apresentando os dados No corpo do relatório temos tabelas e figuras com a finalidade de apresentar os dados obtidos. A seguir daremos algumas recomendações sobre esses componentes do relatório.

Tabelas Não se esqueça de colocar um número e um título na tabela. O título deve ser informativo e deve descrever especificamente o conteúdo da tabela. A fluência da informação numa tabela é de esquerda para direita e de cima para baixo. As variáveis devem ser definidas no texto do relatório antes da tabela. Os valores numéricos apresentados numa coluna devem ficar alinhados com a mesma casa decimal (casa das unidades uma em baixo da outra, o mesmo para a casa dos décimos, centésimos, etc.). Um zero deve preceder a vírgula de fração decimal se o número é menor que um (por exemplo, 0,123).

Figuras De maneira mais eficiente que uma tabela, um gráfico serve para informar ao leitor, de forma rápida, as variáveis dos conceitos apresentados. Como as tabelas, os gráficos devem ter um número, independentemente da numeração das tabelas (mesmo que só exista um gráfico no relatório), e sua legenda correspondente. As legendas são colocadas, geralmente, sob o gráfico e devem descrever as condições do trabalho. A melhor legenda é aquela que, junto com o gráfico, forma um conjunto auto-explicativo, isto é, sem ler o texto, o leitor consegue saber como uma determinada variável influencia o comportamento de outra numa determinada condição do trabalho desenvolvido.

Além dos gráficos, os relatórios podem conter fotografias, esquemas ou desenhos. Todas essas ilustrações, inclusive os gráficos, são chamadas de figuras, e todas elas possuem uma numeração e uma legenda. Para facilitar a leitura, sempre que possível, coloca-se a figura logo após a sua citação no texto. Desse modo, o leitor pode ler com fluência o relatório sem ter que parar a leitura para ficar procurando a referida figura. Sem receitas Escrever relatórios é uma arte, que serve para comunicar nosso trabalho e nossas idéias e, como toda arte, para dominá-la deve ser exercitada. Esta aula, portanto, não pretende ser uma "receita" e sim um guia breve de consulta, especialmente dirigido ao aluno iniciante nessa arte.

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Por que escrevemos Relatórios?A) Escrevemos um relatório para contar histórias.B) Escrevemos um relatório para narrar acontecimentos.C) Escrevemos um relatório para dissertar sobre assuntos variados.D) Escrevemos um relatório para comunicar um trabalho de pesquisa.

Como deve ser feita a avaliação de um relatório?A) É necessário avaliar os acertos e erros dos conceitos desenvolvidos e como eles não se refletem nos resultados que foram apresentados.B) É necessário avaliar os erros dos conceitos desenvolvidos e como esses erros são refletidos nos resultados que foram apresentados.C) É necessário avaliar os erros e os acertos dos conceitos desenvolvidos e como eles se refletem nos resultados que foram apresentados.D) É necessário deixar de avaliar os erros dos conceitos desenvolvidos e como esses erros deixam de refletir nos resultados que foram apresentados.

Qual deve ser a estrutura de um Relatório Acadêmico?A) Título, Resumo, Introdução, Desenvolvimento, Resultados (ou Resultados e Discussão), Conclusões, Apêndices, Referências Bibliográficas.B) Título, Introdução, Desenvolvimento, Resultados (ou Resultados e Discussão), Conclusões, Apêndices, Referências Bibliográficas.C) Título, Resumo, Introdução, Desenvolvimento, Resultados (ou Resultados e Discussão), Apêndices, Referências Bibliográficas. D) Título, Resumo, Introdução, Desenvolvimento, Resultados (ou Resultados e Discussão), Conclusões, Referências Bibliográficas.

Como podemos escrever o desenvolvimento das idéias num relatório?A)

No desenvolvimento, o aluno não descreve as atividades que foram realizadas durante o trabalho de pesquisa.

B) No desenvolvimento, o aluno descreve as atividades que não foram realizadas durante o trabalho de pesquisa.C) No desenvolvimento, o aluno descreve as atividades que seriam realizadas no trabalho de pesquisa, mas que foram deixadas de lado. D) No desenvolvimento, o aluno descreve as atividades que foram realizadas durante o trabalho de pesquisa.

Como deve ser apresentado o título em uma tabela dentro de um relatório?A) O título deve ser apresentado em negrito e em itálico e deve descrever especificamente o conteúdo da tabela.B) O título deve ser informativo e deve descrever especificamente o conteúdo da tabela.C) O título deve apresentar todos os dados da tabela, e relatar todos os conceitos apresentados no relatório. D) O título não deve ser informativo para despertar a curiosidade do leitor.

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Exercício 1 Exercício 2 Exercício 3 Exercício 4 Exercício 5

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Título : B1 - Projeto de Pesquisa

Conteúdo :

Videoaula

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Um Projeto de Pesquisa deve ter os seguintes itens: 1 - Introdução (obrigatório) 2 - Levantamento de Literatura (obrigatório) 3 - Problema (obrigatório) 4 - Hipótese (obrigatório) 5 - Objetivos (obrigatório) 6 - Justificativa (obrigatório) 7 - Metodologia (obrigatório) 8 - Cronograma (se achar necessário) 9 - Recursos (se achar necessário) 10 - Anexos (se achar necessário) 11 - Referências (obrigatório) 12 - Glossário (se achar necessário) Observação: O documento final do Projeto de Pesquisa deve conter:

Capa ou Falsa Folha de Rosto (obrigatório);•Folha de Rosto (obrigatório);•Sumário (obrigatório);•Texto do projeto (baseado nas características enunciadas acima) (obrigatório);•Referências (obrigatório);•

Como escolhemos o Tema do Projeto de Pesquisa?

Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que você deve levar em consideração nessa escolha: a) Fatores internos: - Você deve ter alguma afetividade em relação ao tema ou deve ter um alto grau de interesse pessoal. Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer na atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa um exercício de tortura e sofrimento. - Você deve analisar qual é o tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa. Na escolha do tema devemos levar em consideração a quantidade de atividades que teremos de cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos do nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa. - Você deve ter claro quais são os seus limites em relação ao tema pretendido. É preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área. b) Fatores externos: - Qual é a significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais? Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito, que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral. - Qual é o limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho? Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho. - Qual é o material de consulta e quais são os dados necessários para o pesquisador desenvolver o trabalho? Um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga o pesquisador a buscar fontes primárias que impõem um tempo maior para a realização do trabalho. Esse problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado.

Levantamento ou Revisão de Literatura

O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa. Esse levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes. a) Sugestões para o Levantamento de Literatura Locais de coletas Determine com antecedência quais bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados. Registro de documentos Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de xerox, fotografias ou outro meio qualquer. Organização Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa. O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:

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a) Nível geral do tema a ser tratado. Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto. b) Nível específico a ser tratado. Relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado.

Problema

O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se

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Quais são os fatores internos que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa?A) Fatores internos: o tempo disponível e os limites do tema.B) Fatores internos: a afetividade com o tema, o tempo disponível e os limites do tema.C) Fatores internos: a afetividade com o tema, os limites do tema.D) Fatores internos: a descriminação do tema, o tempo disponível e os limites do tema.

O que o pesquisador procura definir com os objetivos em um projeto de pesquisa?

A)

A definição dos Objetivos não necessita determinar o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.

B) A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Mas os objetivos não necessitam ser sinônimos das metas e dos fins.

C) A definição dos Objetivos determina o que o leitor do projeto quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.D) A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.

Como podemos definir a metodologia em um projeto de pesquisa?

A)

A Metodologia é a explicação pouco minuciosa, mas detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.

B) A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, mas sem muito rigor de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.C) A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.D) A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de alguma tese desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.

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Exercício 1 Exercício 2 Exercício 3

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Título : B1 - Organização de Seminário ou Exposição Oral

Conteúdo :

Videoaula

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Comunicação oral com exatidão e coerência são diferenciais competitivos no mercado de trabalho

Comunicar-se bem deixou de ser uma competência técnica para algumas atividades específicas para tornar-se um diferencial competitivo em todas as áreas. Não somos valorizados pelo que sabemos, mas pelo que fazemos com aquilo que sabemos. O problema é que o sistema educacional não prepara as pessoas para se comunicarem eficientemente, formando profissionais despreparados e, sobretudo, receosos para falar em público. “Hoje, quem não comunica, dança”. E não é somente numa exposição oral que a arte de falar bem se mostra importante, mas a todo momento da vida profissional é exigida essa habilidade. Em reuniões, negociações, em vendas, entrevistas, treinamentos, debates, atendimento, network e relacionamentos são exemplos de situações em que uma boa comunicação é necessária. A comunicação oral ainda se coloca como aliada para fazer-se entender, persuadir, convencer, ensinar, motivar, liderar e seduzir. Para você aprimorar sua capacidade de comunicação é necessário:

Usar e valorizar todo seu potencial;•Realizar-se como pessoa e profissional;•Mostrar-se ao mundo como realmente é;•E sentir-se bem com você mesmo.•

Na verdade, os problemas de comunicação não são grandes, mas pequenas falhas que atrapalham todo o processo. São defeitos como: velocidade, “tiques” e postura. A comunicação eficiente engloba as cinco dimensões: emocional, intelectual, corporal, vocal e espiritual.

A dimensão emocional caracteriza-se por fatores que impulsionam a Comunicação: auto-estima, coragem, autocontrole, entusiasmo, empatia e flexibilidade. Na dimensão Intelectual: a retórica, o planejamento, a preparação, a gramática e a memorização. Na dimensão Corporal: a aparência e os gestos. Na dimensão Vocal: a tonalidade, a pausa, a musicalidade e o timbre. Na dimensão Espiritual: ética, valores, missão, consciência, responsabilidade social e visão de futuro. Mudar nossa forma de comunicação exige esforço, mas traz muitas recompensas. É impossível haver progresso sem mudanças, e quem não consegue mudar a si mesmo, não muda nada.

Saber falar em público é competência necessária para todos os profissionais?

Comunicação é o processo de criar e compartilhar significados através da transmissão e troca de símbolos. Este processo requer uma interação entre as pessoas. Usamos a comunicação com os mais diversos propósitos, como por exemplo: - Dar, receber ou trocar informações; - Iniciar, manter ou findar relacionamentos; - Persuadir outras pessoas a pensar e agir de modo assemelhado ao nosso; - Ganhar, manter ou exercer poder sobre os outros; - Expressar pensamentos, pretensão e decisões; - Dar sentido ao mundo e sistematizar nossas experiências sobre ele. A apresentação oral pode ser definida como um meio de informar ou persuadir as pessoas que nos ouvem. É uma forma de comunicação. Uma pergunta deve estar presente na mente do estudante que prepara uma exposição oral, desde o início do planejamento de sua apresentação:

Que efeito quero produzir com minha apresentação?

Embora a habilidade de comunicação possa ser desenvolvida, muitas pessoas não têm consciência dessa possibilidade e não acreditam no próprio potencial. Por essa razão fogem das oportunidades que lhes são oferecidas e sentem-se desconfortáveis quando obrigadas a fazer uso da palavra, seja em uma reunião, seja em uma negociação, seja em uma entrevista. Você tem medo de falar em público? Fica com aquele friozinho na barriga só de pensar em se apresentar para uma grande platéia? Saiba que você não é o único. Uma pesquisa do jornal Sunday Times, realizada com 3 mil americanos, mostrou que falar em público é o que gera mais medo nas pessoas, com 41% das respostas. Depois vem o medo de altura, com 32%, e o medo de insetos, fobia compartilhada por 22% dos entrevistados. Estudiosos em comunicação oral afirmam que as pessoas não têm medo de falar, o medo maior é o da rejeição, de não serem aceitas; de serem excluídas. Tudo o que é novo assusta, principalmente quando a pessoa não tem experiência em se apresentar e ainda mais não tem muito conhecimento do assunto a ser abordado. Ao falar em público ela vai se expor, e fica com medo de denegrir sua imagem, já que o risco de isso ocorrer numa apresentação é grande. Acredito que todas as pessoas podem falar bem, algumas com mais facilidades que outras, mas com técnica, crença, esforço, treino e dedicação não há obstáculos que não possam ser superados. Para você não ter mais medo, o ideal é se preparar, tanto tendo o conhecimento necessário do assunto a ser abordado como também as técnicas de apresentação e oratória, que serão apresentadas ao longo desta aula.

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Como um profissional deve planejar uma exposição oral?

O primeiro mandamento para fazer uma apresentação de sucesso é algo que parece óbvio, mas que nem sempre é seguido por quem vai falar para um grupo de pessoas: Procure dominar o assunto que vai ser exposto Estar familiarizado com o tema a ser abordado é fundamental. Nada pior do que demonstrar insegurança e desinformação a respeito do que está sendo falado. Por isso, ao ser convidado para expor suas idéias em público, prepare-se lendo a respeito do assunto, pesquisando as novidades e conversando com pessoas da área, para ouvir diferentes pontos de vista. Outra dica importante é procurar conhecer detalhes sobre o tipo de apresentação que você deve fazer. Abaixo faço uma lista de alguns aspectos importantes, que devem ser observados antes de você organizar sua apresentação:

Quem serão os ouvintes - qual a faixa etária e nível ocupacional dos participantes?•Qual o nível de conhecimento que os ouvintes tem do tema?•Quanto tempo você terá para a sua participação?•Como o público se formou? Foram obrigados a participar ou estão ali por vontade própria?•Quais são as expectativas da platéia em relação à sua apresentação e ao evento?•Em qual momento do dia você vai fazer a apresentação? Falar às 8h da manhã de segunda-feira é diferente de falar às 14h de quarta, logo após o almoço.•

O segundo ponto que você deve observar na hora de montar a sua apresentação é identificar a mensagem que você quer passar para o público. Baseado no tempo disponível, você deve dividir a palestra em sete partes: 1º: Introdução. O seu comportamento e postura corporal nessa hora é fundamental, pois é através dele que as pessoas vão se identificar e criar uma ligação com você. 2º: Objetivos. Detalhe o que você pretende com a palestra, apresentação ou o treinamento. Um exemplo: "Vou debater as técnicas e depois passarei para a parte prática". 3º: Importância. Mostre para a platéia a importância que o assunto tem na vida das pessoas. Por exemplo: "Já pensaram na importância de falar em público e expressar-se com clareza para a vida pessoal e profissional?" 4º: Agenda. Esta etapa deve ser usada sempre e diz respeito ao seu plano de vôo. É neste momento que você vai dar os detalhes técnicos sobre a apresentação: quanto tempo vai durar; o que vai ser tratado; como vai ser a comunicação oral. Isso possibilita que as pessoas saibam para onde você está indo, o que facilita o processo de comunicação e aprendizagem. 5º: Foco. Esta é a hora da verdade. É chegado o momento de demonstrar todo o seu conhecimento. Até então, você deu informações sobre a apresentação, agora vai transmitir o conteúdo propriamente dito. Todas as informações anteriores devem tomar até 15% do tempo da comunicação oral, no máximo. Esta parte vai ser a principal e vai demandar de 80 a 85% da apresentação. Sempre que possível, ilustre o que você está dizendo com um exemplo real, isso enriquece o conteúdo da sua fala e demonstra que você sabe do que está falando. 6º: Resumo / Conclusão. O resumo é o fechamento, você conclui a apresentação em algumas linhas e abre para o debate. 7º: Debates. Na hora das perguntas, é importante saber ouvir; deixar as pessoas terminarem as suas dúvidas e considerações. Lembre-se também de manter a mente aberta — afinal, ninguém é dono da verdade — e não tenha uma postura agressiva, mesmo quando for contestado. A apresentação deve ser estruturada em tópicos. Defina os argumentos mais importantes e organize-os logicamente. Tenha um roteiro do que vai falar em mente, no papel ou mesmo no Powerpoint, mas jamais leia sua apresentação para o público. Além de ser enfadonho, passa uma imagem de despreparo. Seja natural, não use palavras difíceis ou que não façam parte do seu cotidiano. A naturalidade vai ser uma grande aliada caso você perceba que cometeu alguma falha ou se acontecer o temível "branco". Se isso acontecer e se você estiver à vontade e for natural, é possível que ninguém perceba. Relembre seu último argumento e passe para o tópico seguinte. Procure ter e demonstre tranqüilidade. Nada pior do que um apresentador nervoso. Fazer uma boa comunicação é muito importante para a vida de qualquer profissional, e mais cedo ou mais tarde você será convidado a participar de uma reunião, dar entrevistas, proferir palestras ou treinamentos, ou mesmo liderar uma equipe. Quanto mais habilidades de comunicação tiver, maiores as chances de você ser reconhecido. Destaca-se em um grupo não necessariamente quem sabe mais, mas aquele que se comunica melhor. Vamos agora apresentar como devemos organizar um Seminário na Universidade Você vai perceber que existem muitas semelhanças na forma de organizar um seminário e fazer uma apresentação oral em uma empresa. Normalmente quem propõe o seminário é o professor, que tem como objetivo levar os alunos a conhecer determinado assunto de maneira ativa, participativa, atuante. O gênero seminário implica a realização de um trabalho que envolve pesquisa, escolha e organização da forma de apresentação, demonstração de conhecimentos, capacidade de síntese e habilidade de despertar o interesse da classe. É um gênero, uma atividade que se caracteriza pelo envolvimento gerado por várias formas de interação. Ao sugerir um tema para ser discutido e apresentado sob a forma de seminário, o professor está propondo uma interação ativa entre ele e os alunos, entre os alunos e as fontes de conhecimento e entre os alunos realizadores e receptores. O que está em jogo não é apenas um tema, mas uma forma de composição e um estilo específico de tratamento desse tema, de maneira que os diferentes resultados sejam igualmente produtivos. Como qualquer outro gênero, o seminário constitui-se de: - tema - forma de composição - e estilo. Ninguém confunde uma aula expositiva, um artigo de divulgação, ou uma notícia com um seminário, ainda que todos possam ter, como ponto de partida, o mesmo tema. O seminário visa obter uma apreciação valorativa positiva de sua “platéia”. Assim, os realizadores devem estar atentos às fontes de pesquisa, às estratégias de organização e a um estilo que, mesmo sendo coloquial, exiba os aspectos científicos exigidos pelo tema e faça a platéia entrar em contato ativo com o assunto. E é esse conjunto que vai levar a bons resultados, ou seja, à divulgação clara e objetiva dos conhecimentos pretendidos, de forma a mobilizar a criatividade de quem produz e o interesse de quem assiste. A pesquisa em obras de referência é uma etapa importante da preparação do seminário. No entanto, para cumprir as finalidades interativas desse gênero, é preciso ir mais longe. Para você dar conta da organização temática, da forma composicional e do estilo do seu seminário é importante levar em consideração as seguintes questões: Inicialmente, é necessário fazer um levantamento dos subtemas, dos tópicos encontrados na pesquisa realizada, selecionando-os e organizando-os logicamente, por ordem de importância, pela articulação que mantêm entre si e pela relevância de cada subtema para a exposição. Nessa etapa, é necessário levar em conta a profundidade que se quer dar ao assunto e o tempo determinado para a exposição. A organização de um esquema de apresentação é a etapa seguinte. Tratando-se de um texto oral que não será lido, mas exposto, os expositores precisarão de apoios de memória, o que significa recorrer a outros suportes de fala, caso das ilustrações, slides, imagens, mapas, gráficos, tabelas, etc. O esquema de apoio à apresentação deverá iniciar com o anúncio dos tópicos que serão expostos e finalizar com uma síntese e uma avaliação. Finalmente podemos sistematizar esta aula afirmando que: Você deve se comunicar oralmente sempre com clareza e correção. A) Deve organizar uma exposição oral sobre determinado tema, selecionando os tópicos principais e estabelecendo seqüência e articulação entre eles; B) Deve apresentar essa exposição oral de forma coerente e clara, recorrendo também a recursos não verbais como forma de ilustrar a informação apresentada oralmente.

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