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Jornal mural do Curso de Com. Social - Jornalismo - Universidade Federal de Uberlândia - Ano 6 - Número 10

COMUNICA!COMUNICA!COMUNICA!

ExpedienteO jornal mural COMUNICA é uma produção laboratorial do primeiro semestre do Curso de Comunicação Social – Jornalismo daUniversidade Federal de Uberlândia ­ UFU.

Reitor: Elmiro Resende Santos / Diretor da FACED: Marcelo Soares Pereira da Silva / Coord. do curso de Jornalismo: AnaCristina Spannenberg / Professora responsável: Ingrid Gomes (MTb: 41.336) / Reportagem, redação, edição e fotografias:alunos da disciplina Projeto Interdisciplinar em Comunicação I / Arte e Diagramação: Ricardo Ferreira de Carvalho / Telefo­ne: (34) 3239­4163

Incerteza do futuro: mercadode trabalho e as diferentesperspectivas

Bianca Guedes, Bruno Prado, Laura Fernandes, Raissa Müller e Ygor Rodrigues

Escolher uma profissão ainda é um desafio para jovens que terminaramo Ensino Médio, como consequência esses estudantes entram naUniversidade e se deparam com realidades adversas, e às vezes optam poroutras perspectivas de estudo, mercado e futuro pessoal.

Inaugurado em 2009, o curso de Comunicação Social­ habilitação emJornalismo da Universidade Federal de Uberlândia é um dos cenários dessarealidade. Isadora Araújo, de 17 anos, aluna ingressante, afirma que suasexpectativas em relação ao curso estão sendo concretizadas, uma vez que jáesperava que neste primeiro período a abordagem de conteúdo seria maisteórica, mas espera um número maior de matérias práticas ao longo datrajetória acadêmica.

Já Renato Taioba, de 23 anos, também aluno ingressante, declara queem um primeiro momento, está produzindo vários seminários, vídeos,programas, entre outros, o que o deixa mais motivado e com a certezamaior de ter escolhido o curso ideal. O estudante teve contato com outrasáreas da Comunicação Social, como Publicidade e Propaganda e RelaçõesPúblicas. De acordo com Taioba, a vivência adquirida em outras faculdadeslhe trouxe certa experiência, mas não lhe tirou a ansiedade e o medo dodesconhecido.

A dinâmica da Universidade é observada por Carlos Ferreira, aluno dosétimo período do curso de Jornalismo. Segundo Ferreira, as expectativas iniciaisforam melhoradas e continua no curso pela possibilidade de estudo de diversasáreas. “Eu pensava que me formaria em Jornalismo, mas não, eu estou dentro deum curso de Comunicação Social e uma das parcelas positivas é o Jornalismo”.No que diz respeito ao mercado de trabalho, o estudante afirma pensar emadquirir o máximo de conhecimento antes de buscar emprego, inclusive jádesenvolveu projetos de extensão e iniciação científica.

Segundo o site da Diretoria de Processos Seletivos (DIRPS) da UFU, ohistórico de evasão do curso de Comunicação Social não é alto, emboratenha apresentado crescimento. Entre 2012 e o primeiro semestre de 2014, onúmero de vagas ociosas girava entre três, entretanto o processo seletivo dosegundo semestre apresenta 13 vagas disponíveis, sendo 11 paratransferência interna, uma para externa e outra para reingresso. Um dosmotivos da evasão do curso para Ferreira seria o descontentamento com acarga teórica dos primeiros semestres.

Para evitar problemas futuros de evasão é importante o estudantepesquisar pela nova realidade universitária antes do seu ingresso, além disso,outra dica é o teste vocacional realizado com especialistas, para evitardesconforto com a escolha incompatível.

Oportunidades de empregopara jornalistas em Uberlândia

Amanda Cristina, Adrivânia Santos, Giovana Oliveira e Pedro Vitor

Caio Nunes, aluno do 7º período de Jornalismo da UFU e estagiário da plataformaonline da Rede Integração há dois anos. Como função, o estudante edita os vídeos aserem publicados no globoesporte.com e g1.com. Segundo o universitário, o estágio é amelhor entrada para o mercado de trabalho, que é restrito em Uberlândia e região, devidoà escassez de veículos de comunicação e à exigência de experiência. Nunes ainda afirmaque pretende deixar a cidade e está à procura de oportunidades.

Trabalhar fora de Uberlândia também é objetivo de Victor Masson, da turma dealunos graduados no curso de jornalismo, em 2009. Conhecido como Barão, o estudantejá estava no mercado de trabalho, antes mesmo de iniciar o curso. Com experiência emrádio e televisão, Masson hoje trabalha com mídia virtual e otimiza a vertente nojornalismo como um espaço livre, sem tanta concorrência e em amplo crescimento.

Para o experiente jornalista, Marcelo Calfat, atualmente repórter da TV Paranaíbaseu primeiro emprego na área foi como freelancer, um mês depois de concluir o curso deJornalismo na Unitri. Calfat descreve que indicações e bons relacionamentos sociais sãofatores que facilitam as oportunidades.

Em busca de rendimentos satisfatórios, além de trabalho remunerado, jornalistasatuam em trabalhos autorais e secundários, como assessoria, freelancer e outros. Como éo caso de Masson e Calfat. Masson trabalha na Algar e é proprietário de um canal noYoutube, em que faz vídeos de entretenimento, já Calfat comanda uma empresa deassessoria de imprensa, além do trabalho como repórter.

Jornalistas formados e futuros jornalistas recomendam ao profissional em formaçãoestabelecerem contatos permanentes com fontes, relacionamento social e acima de tudohonestidade com o fato.

“Escolhi aqui... escolhi pra mim”. Com essas pa­lavras o intercambista francês Michael Ferreira, ingres­so no curso de Jornalismo da Universidade Federal deUberlândia, explica sobre o processo de intercâmbio.Ferreira, natural da França, que estuda há dois mesesem Uberlândia, conta como chegou ao curso na UFU.

Após três meses de preparação em seu país, bus­cando documentação, diplomas, notas, Ferreira teve aoportunidade de realizar o sonho do intercâmbio, e co­menta que não tem “saudades da França”. O estudanteque cursava o último ano de jornalismo na Universida­de de Saboia (Université Savoie) preferiu Uberlândia aSão Paulo, que era outra opção do programa de inter­câmbio.

Segundo Érika Borges, secretária executiva daDiretoria de Relações Internacionais e Interinstitucionaisda UFU (DRII), a universidade tem mais de 80 alunosde intercâmbio matriculados em seus cursos de gradua­ção. Significativa parte desses alunos fazem parte de umprograma do governo federal de incentivo a países emdesenvolvimento, chamado PEC­G; esses alunos fazemtoda a graduação em território nacional e voltam para osseus países a fim de colaborar para o desenvolvimentodos mesmos. Não é o caso de Ferreira, que faz parte deuma minoria que cursa poucas disciplinas e ficam poucotempo em mobilidade, no máximo um ano. “Os estudan­tes que vêm para a UFU, vêm por diversos programas,

não existem nomes ou programas específicos, falamosapenas ‘programas de mobilidade internacional’, elespodem ser por convênios que firmamos com universida­des do exterior ou também podem vir sem ter um con­vênio; só pelo fato de demonstrar interesse, temosabertura em receber”, explica Érika.

Ferreira se adaptou bem a cidade e a vida acadê­mica local, ele chama a atenção para a quantidade exa­gerada de festas realizadas pelos alunos nas repúblicase no centro de convivência da universidade. “Lá (naFrança) não há festas toda noite, é mais trabalho”,constatou; além de ressaltar o tamanho do campus deSanta Mônica e os benefícios que o compõe, comobancos, restaurantes e cantinas.

Um dos grandes desafios para Ferreira é a com­preensão da língua portuguesa. O intercambista é sub­metido aos mesmos processos de avaliação dos alunosregulares de graduação. Segundo Érika Borges, a UFUoferece cursos gratuitos de português para os alunos demobilidade, não sendo necessário proficiência na lín­gua, como é observado em intercâmbios para paísescomo os Estados Unidos e Inglaterra.

Segundo o estudante, a conversação rápida e sota­ques diferentes ainda dificultam sua vida no país. So­bre os modos de lecionar para um aluno sem o domínioda língua, a professora de Mídias e Comunicação, Ch­ristiane Pitanga, revela ter cuidados no ritmo das aulase das falas, sempre presando pelo máximo entendi­mento de Ferreira, assim também o fazendo participardas discussões em sala demonstrando seus pontos devista por meio de um olhar distinto ao da nossa cultura.“É importante ele estar na sala de aula, porque ele traza cultura dele, participa com seu ponto de vista, nãovejo problema algum nisso, procuro falar devagar, paraque ele possa compreender, e já deixei claro que se eletiver alguma dificuldade, no caso de falar rápido e elenão compreender, ele pode intervir para que tenha umbom aprendizado”, disse a professora que ministra au­las para Michael no curso de Jornalismo.

Michael Ferreira volta para França em agosto des­te ano, que é o fim do período de mobilidade. Além dehistórias, culturas, diferenças sociais, o intercâmbio e amobilidade internacional oportunizam e agregam a vi­da acadêmica do estudante.

Intercâmbio para estudantesde jornalismo trazexperiências enriquecedorasNa bagagem estudantes agregam aprendizado técnico e pessoal, que amplia

possibilidades no mercado de trabalho

Gabrieli Mazzola, Lais Vieira, Letícia Brito e Letícia Gonçalves

Segundo a Diretoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais (DRII) daUniversidade Federal de Uberlândia (UFU), nos últimos três anos, sete alunos do curso deJornalismo tiveram a experiência de viver um intercâmbio. No entanto, apenas dois estudantesreceberam bolsa para custearem gastos com moradia e alimentação.

Um exemplo é Thiago Lima (23) que cursa o sétimo período de Jornalismo e estudou naUniversidade de Lisboa, em Portugal, durante seis meses, enquanto a UFU arcava apenas comas mensalidades do curso. O universitário conta que, apesar dos gastos, a experiência foipositiva. Afirma que voltou do intercâmbio mais seguro e focado nos estudos, que cresceu tantopessoal quanto profissionalmente. “Quando apresentei meu currículo para estágio, consegui avaga muito rápido por causa desta experiência”, ressalta Lima.

Ana Cristina Spannenberg, coordenadora do curso de Jornalismo da UFU, acredita que ocrescimento pessoal proporcionado pelo intercâmbio é ainda maior que o conhecimento técnico,“[o estudante] volta bastante ‘descolado’, com a cabeça mais aberta para entender as culturas, asdiferenças das pessoas e consegue se movimentar melhor, inclusive dentro do curso”.

Por mais enriquecedores que sejam os intercâmbios, as vagas para os estudantes da áreade Humanas, incluindo o Jornalismo, são mais restritas que para os de Tecnologia e Saúde –únicos beneficiados pelo programa Ciência Sem Fronteiras. Ana Spannenberg conta que a UFUfaz parte de um movimento que solicita ao menos uma cota destinada a área de Humanas dentrodo programa. E acredita que o Cultura Sem Fronteiras – anunciado pelo governo em maio desteano – é resultado da pressão realizada pelos cursos dessa área objetivando mais vagas. Para acoordenadora a abertura em “Cultura Sem Fronteiras” é um avanço e ainda precisa ser ampliado.

Merci BrésilEstudante francês se adapta ao País e afirma não ter saudades de casa

Timoteo B. S. Júnior, Melissa Borges, Amanda Barbosa, Micheli Rosa e Alex Furtado

AcervoPessoal

Intercambista francês Ferreira

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