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COMPOSIÇÃO
“Composição é uma transferência do mundo real para uma tela estática,
bidimensional. Tão importante quanto o que se inclui na imagem é o momento
exato em que se dispara o obturador – e o que o fotógrafo deixa fora da foto”.
John Hedgecoe
“Ato ou efeito de dar forma ao unir ou combinar diferentes elementos, partes ou ingredientes”.
David Präkel
“A regra dos terços é praticamente uma simplificação das proporções da razão áurea, mas é muito mais usada pelos fotógrafos. Na regra dos terços, o foco de interesse deve ser
posicionado na intersecção das linhas que dividem o quadro em terços, que são
distribuídos de cima para baixo e da esquerda para a direita”.David Präkel
Instântaneo/registro – o cadete da marinha russa está centralizado e vários elementos causam distração na foto.
Composição – aqui temos uma mudança no ponto de vista. Também percebam que só nosso personagem está com foco, o fundo está desfocando, para não chamar atenção.
Simplicidade – “menos é mais”; a foto é direcionada por uma linha diagonal, temos a repetição das formas e a textura pode ser notada com facilidade.
A utilização da regra dos terços nos permite a construção de fotografias mais dinâmicas e interessantes.
Algumas dicas:
1 Linha do horizonte – evitar centralizar a linha do horizonte.
2 Num retrato, o rosto é a parte principal do motivo, podendo ser colocado de acordo com a regra dos terços.
Uso de diagonais
Sempre que possível, vale a pena tentar elaborar a composição para que ao menos algumas das linhas corram em diagonal através do quadro. As linhas oblíquas dramatizam a tomada e conduzem o olhar de canto a canto da foto. Podem também dar um sensação de movimento à cena.
O que torna as linhas diagonais muito fortes como instrumento de composição é o modo como elas interagem com o quadro retangular da fotografia. Sua utilização cria uma foto dinâmica simplesmente porque elas desafiam as margens retas e paralelas do visor.
Círculos
Há motivos de todas as formas e tamanhos – mas em geral são as formas mais simples que têm o apelo visual mais forte na composição fotográfica. Sabe-se que triângulos e linhas diagonais criam drama e tensão dentro do quadro. Círculos e linhas curvas tendem a fazer o oposto, geralmente criando harmonia numa foto.
Em geral faz-se a composição usando-se o círculo como pano de fundo.
Quadros dentro de quadros
Arcadas, colunas, árvores, batentes de portas e esquadrias de janela são comumente usados desse modo, um recurso artístico de que se lança mão para limitar a imagem útil da foto. Se você prestar atenção, verá que esses quadros naturais estão por toda parte.
Os quadros dentro de quadros também servem a outras finalidades. Por exemplo, a técnica pode ser um meio de esconder detalhes em primeiro plano que distraem a atenção. É um meio também de dar às fotos uma sensação de profundidade, pois os quadros acrescentam uma outra camada à imagem.
Dicas:
1 Quadros dentro de quadros funcionam melhor quando o olhar se desloca de uma área escura para uma área clara mais além. Faça a exposição de acordo com o assunto, e não com o quadro.
2. Ao fotografar paisagens, use galhos de árvore e falhas em cercas vivas para obter um enquandramento natural e atraente.
Perspectiva
Experimentar a perspectiva – exagerando ou diminuindo as distâncias para adequá-las à composição – é uma das maneiras com que o fotógrafo pode criar profundidade nas fotografias. Existem diversos tipos de perspectivas, porém a mais conhecida é a linear. Ela cria a ilusão óptica que faz com que as bordas de uma estrada reta pareçam convergir quando vistas à distância.
Uso de sombras
Quando fotografar sombras, a abordagem mais óbvia é enquandrar a foto de modo que o objeto e a sombra criem uma composição simétrica. No entanto, uma proposta mais ousada seria enquadrar a foto de modo que a sombra seja o foco de atenção.
Reflexos
Dicas:
1 Os reflexos fotografam melhor quando o motivo recebe iluminação frontal.
Textura
A textura pode ser definida simplesmente como uma forma em pequena escala. Realçar a textura é uma boa maneira de transmitir uma sensação tátil, pois nos dá uma idéia melhor de como sentiríamos em nossas mãos o objeto fotografado.
A iluminação lateral cria zonas de claro e escuro que sugerem a suavidade ou a aspereza de determinada superfície.