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    O leitor mais assíduo já percebeu o quanto temos nos dedicado para garimpar asmelhores oportunidades de investimento a partir dos desdobramentos daTempestade Perfeita.

    A essa altura, aliás, creio que não precisamos mais nos estender no conceito, jáamplamente difundido e materializado.

    Suas implicações, evidentemente, são em grande parte para o mal, sobretudo no quediz respeito ao mercado de ações - vide a quantidade de pregões sangrentos na Bolsabrasileira desde o início do ano!

    Mas a vida de um investidor minimamente sensato não se resume à renda variável.

    E para todos os efeitos, o cenário norteado pela combinação entre o eventualdowngrade do risco soberano brasileiro e a retirada dos estímulos à economiaamericana também tem seus benefícios...

    Questões como tapering e resultado fiscal do governo já aparecem endereçadas eembutidas nos prêmios de risco. Evidência disso é a curva de juros, que não tem feitooutra coisa que não seja subir.

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    A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 milvezes o valor do relatório, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nostermos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98

     TESOURO DIRETOSe você não pode contra a Selic, junte-se à ela

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    Temos hoje uma Selic na casa de 13% ao ano, e não vemos a menor condição deafrouxo monetário no Brasil no curto prazo.

    O que vemos de fato é um cenário de juros de 13,75% ao final de 2015, reforçando a

    atrativididade de aplicações que ganham com o aperto.

    É o caso de algumas modalidades do Tesouro Direto, segmento onde identificamos aprimeira grande oportunidade gerada pelas enxurradas do Perfect Storm.

    O programa não é exatamente uma novidade. Está à disposição dos brasileiros desde janeiro de 2002, quando foi implementado pelo Tesouro Nacional em parceria com aCBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).

    De lá pra cá, tem sido cada vez mais comum a voz de especialistas recomendandoalgum título público como forma de proteger a parte do portfólio mais exposta àsoscilações do mercado.

    Por conta disso, normal seria que a popularidade da aplicação deslanchasse na mesmavelocidade em que se multiplicam as sugestões. Na prática, porém, isto não acontece.

    Uma breve olhada nas estatísiticas do governo revela a existência de um longocaminho para que o Tesouro Direto participe com mais intensidade da rotina dos

    poupadores brasileiros.

    No encerramento do ano passado, por exemplo, eram apenas 463,3 mil CPFscadastrados no programa. A título de comparação, o Banco Central contabilizava nofim de 2012 (último dado disponível) nada menos que 108,9 milhões de cadernetasde poupança, de longe a aplicação mais popular do país.

    No mesmo sentido, no que diz respeito ao estoque, a cifra de R$ 16,7 bilhões

    (dividida conforme a tabela abaixo) acumulada até o final de março também erapouco relevante em relação ao saldo de R$ 646,5 bi da poupança ao final de abril.

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    Para preencher uma lacuna

    Entendemos que um dos motivos por trás dessa enorme discrepância seja justamentea falta de informações práticas sobre os procedimentos necessários para desbravar omercado.

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    Fonte: Tesouro Nacional

    Fonte: Banco Central

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    Para a grande maioria de potenciais investidores, não basta uma “mera” indicação dequais títulos comprar. Tão ou mais importante é conhecer os fundamentos que osregem e o que precisa ser feito (falamos do trabalho braçal mesmo) para conseguiradquirí-los.

    Pensando nisso, decidimos criar esta minissérie de cinco capítulos para ensinar osfundamentos do Tesouro Direto a quem os desconhecem. Podemos descrevê-lacomo um guia básico do tema, embora nas próximas edições iremos também daralguns pitacos sobre os melhores títulos disponíveis para compra no cenário atual.

    Aliás, entendemos que o momento para lançar o produto não poderia ser maisapropriado. Com o Relatório Focus precificando a tempestade perfeita como algomenos pontual e mais perene, vemos uma alta probabilidade de câmbio e Selic iremainda mais para cima em 2015.

    E se você não pode contra a Selic, ao menos por enquanto, junte-se à ela.

    Pense em alternativas que ganham com os juros maiores. Nós pensamos, eponderando pela relação risco x retorno, não fomos capaz de encontrar uma melhorque os títulos públicos via Tesouro Direto.

    De antemão, já deixamos registrado nossa simpatia pelas NTN-Bs, beneficiadas emtempos de inflação elevada, como o atual. Nas próximas edições, traremos nossaimpressão detalhada sobre o título, bem como as respectivas recomendações.

    Obviamente discorreremos também sobre os demais produtos disponíveis noTesouro, mas antes disso iremos prepará-lo para atuar neste mercado cominformações simples, porém de extrema importância para que o processo corra deforma tranquila e com maiores chances de ser bem-sucedido.

    Nos próximos capítulos, trataremos de todos os procedimentos necessários para seinvestir no Tesouro Direto. Começaremos pelo cadastro, passando pelas instituiçõesdisponíveis e as respectivas taxas cobradas, a estrutura tributária, até chegarmosefetivamente na compra de um título.

    Daí em diante, detalharemos o funcionamento de cada uma das modalidades deinvestimento deste mercado, selecionando aquelas que consideramos mais atrativaspara o contexto atual.

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    Depois de comentarmos sobre a conjuntura e o momento especialmente convidativo

    aos títulos públicos, nesta segunda edição trataremos de todos os procedimentosnecessários para se investir no Tesouro Direto, além de outros aspectos relevantescomo a tributação.

    Espero que após a leitura do primeiro relatório você tenha se convencido daimportância da modalidade para a formação de um patrimônio a longo prazo - eraeste o objetivo do texto inaugural.

    E se você tomou a decisão de aplicar um dinheiro, mas ainda precisa de informações

    sobre como proceder para comprar uma Tesouro SELIC, Tesouro Inflação, ouqualquer outro título negociado pelo programa, este capítulo certamente irá ajudá-lo.

    Partindo do pressuposto de que você possua CPF e conta corrente, o passo-a-passocomeça com o cadastro em alguma instituição financeira (também chamada deAgente de Custódia) que esteja habilitada no Tesouro Direto.

    Acessando este link: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas, é possível encontrar a lista de todas as instituições habilitadasa oferecer o produto a seus clientes, com as respectivas informações de contato.

    O cadastro junto à uma instituição é necessário por ser ela a responsável pelosdados do investidor junto à BM&F Bovespa, repasse de recursos financeirosreferentes aos eventos de custódia e de venda antecipada (pagamento de juros eresgates), além do recolhimento dos impostos vinculados (IR e IOF).

    Após o fornecimento das informações e envio da documentação exigida, você irá

    receber via e-mail uma senha de acesso à área restrita do Tesouro Direto (conforme

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     TESOURO DIRETONesta edição, o passo-a-passo para operar no programa

    https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas

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    a imagem abaixo), onde são realizadas as operações de compra e venda de títulos,assim como consultas a saldos e extratos.

    Caso o custodiante escolhido seja um agente integrado (isto é, possui seu sistema

    integrado ao do Tesouro Direto), as compras poderão ser feitas no site da própriainstituição - embora o acesso à área restrita da página do Tesouro permaneça paraconsultas complementares.

    E se você precisar alterar suas informações depois de efetuado o cadastro, bastasolicitar as mudanças à instituição escolhida e apresentar a documentação necessária- alterações de e-mail e senha podem ser realizadas pelo próprio investidor,diretamente na área restrita.

    Vai de tradicional ou programado?

    Uma vez cadastrado, você pode optar por adquirir os títulos a qualquer momento(investimento tradicional) ou agendar com antecedência e regularidade suasaplicações (investimento programado). Abaixo, listamos as principais característicasdas duas modalidades:

    Investimento tradicional

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    + Operações de compra e venda que podem ser realizadas a qualquer momento dodia, dentro do período de funcionamento do programa (das 9h às 5h em dias úteise 24 horas por dia em fins de semana e feriados);

    + valor da compra poderá ser ajustado pela quantidade de títulos desejada ou pelomontante total a ser investido;

    + operação de venda realizada da mesma maneira.

    Em relação à recompra dos títulos feita pelo Tesouro Nacional, o investidor podevender os seus títulos todos os dias úteis, das 18 horas de D0 às 5 horas de D+1.Nos fins de semana e feriados, você poderá vender seus títulos em qualquer horário.Em todos os casos, as transações serão executadas utilizando os últimos preços de

    fechamento de mercado disponíveis. Sua transação será processada no dia útilposterior à ordem de venda, (D+1), quando os recursos oriundos dessa operaçãoserão repassados para a sua instituição financeira. Essa, por sua vez, repassará essesrecursos para você dentro do prazo previsto no seu regulamento.

    Investimento programado

    +Contempla o agendamento de compras e vendas e a reaplicação automática dos

     juros semestrais dos títulos (cupons) e do valor a ser resgatado na data dovencimento;

    + tanto na compra quanto na venda, você pode agendar a operação envolvendo umou mais títulos durante o período que determinar;

    + até um dia antes da data marcada para a operação, todos os agendamentos feitospoderão ser consultados, cancelados ou alterados;

    + caso um determinado título deixe de ser ofertado, você será avisado por e-mail epoderá refazer sua programação - caso não altere seu agendamento, este serácancelado automaticamente.

    Reforçando o foco na formação de um patrimônio a longo prazo, gostamos bastantedesta segunda opção.Afinal, funciona como uma espécie de débito automático que, aoinvés de levar seu dinheiro embora, transforma-o automaticamente em um novoinvestimento.

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    Limites, canais e prazos para a aplicação

    Nas compras tradicionais, a parcela mínima de compra é de 10% do valor de um

    título, desde que respeitado o limite financeiro mínimo de R$ 30,00. Já noinvestimento programado, as compras devem obedecer à parcela mínima de 1% dopreço unitário do título, desde que respeitado o mesmo limite financeiro.

    Por falar em limite, o valor máximo para compras em um único mês é de R$ 1 MM,tanto para as compras tradicionais quanto para as programadas. Para vendas, por suavez, não existe uma restrição de valor.

    Quanto aos canais para aplicação no Tesouro Direto, são três, valendo tanto para os

    investimentos tradicionais quanto aos programados:

    + Diretamente no site do Tesouro: com a sua senha, você acessa a área restrita do

    site e realiza a compra e venda dos títulos ou sua programação de investimento;

    + Diretamente no site da instituição financeira: quando a instituição escolhida for

    um agente integrado, o que significa que você pode comprar e vender títulos nosite da própria instituição, a qualquer momento, com os mesmos preços e taxas dosite do Tesouro Direto;

    + Por meio de sua instituição financeira: neste canal, você autoriza sua instituição a

    negociar os títulos em seu nome.

    Após a confirmação da compra, o sistema do Tesouro Direto informará a data limitepara que os recursos necessários referentes à aquisição estejam disponíveis na contada instituição financeira - você deverá entrar em contato com ela para saber osdados da conta onde irá depositar o dinheiro.

    Quando ocorrer o vencimento de um título ou o pagamento de cupom de juros, osrecursos estarão disponíveis na sua instituição a partir das 13h do mesmo dia dopagamento. Já o montante resultante da venda estará disponível a partir das 13h dodia seguinte à operação.

    É importante lembrar, no entanto, que em ambos os casos a data e horário dodepósito na conta dependerão dos procedimentos operacionais de sua instituição -no link: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-

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    https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas?ordem=3

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    habilitadas?ordem=3, você pode obter mais informações sobre o prazo de repassedos recursos pelas instituições.

    Quais os custos do programa?

    Para encerrar, explicaremos os custos do Tesouro Direto, os quais se resumem aosimpostos sobre os rendimentos e às taxas cobradas referentes aos serviçosprestados (tanto pela sua instituição como pela BM&F Bovespa).

    Os impostos cobrados são os mesmos que incidem sobre as demais operações derenda fixa, como fundos de investimento e CDBs. São eles: o IOF (Imposto sobreOperações Financeiras), para resgates da aplicação em menos de 30 dias, e o IR

    (Imposto de Renda), com alíquota regressiva a depender da duração do investimento,conforme o gráfico abaixo:

    Vale lembrar que há incidência de impostos sobre os rendimentos financeirosauferidos na venda antecipada, no pagamento de cupom de juros (o IOF não incide

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    https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas?ordem=3

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    sobre os cupons de juros; somente o IR) e no vencimento dos títulos. Os dias paraefeito de tributação são contados a partir da data de início da aplicação.

    Quanto às taxas cobradas no Tesouro Direto, são duas, sendo uma pela sua

    instituição financeira e outra pela BM&F Bovespa. Em geral, elas são significativamentemenores que as cobradas em outros produtos de renda fixa oferecidos no mercado,a saber:

    + Taxa cobrada pela BM&F Bovespa

    Taxa de custódia de 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos, referente aos serviços deguarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos. É provisionadadiariamente a partir da liquidação da operação de compra (D+2).

    + Taxa cobrada pela instituição financeira

    A taxa é livremente pactuada com o investidor. O Tesouro Direto disponibiliza emseu site (no link https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas?ordem=2) um ranking com as taxas cobradas por cadainstituição. Cabe ao investidor confirmá-las no momento da contratação. Pode sercobrada anualmente, modalidade mais comum, ou por operação - paraesclarecimentos quanto ao pagamento, contate a instituição correspondente.

    Com todas estas informações em mãos, você está pronto para operar no TesouroDireto, restando apenas escolher em qual título investir.

    Portanto, nas próximas edições tentaremos facilitar sua tomada de decisão com umaanálise mais detalhada sobre cada uma das categorias (e seus respectivos papéis) doprograma, traçando algumas recomendações para os diferentes perfis.

    Enquanto isso, lanço a você o desafio de encontrar fora do Tesouro umaoportunidade de ser remunerado a cerca de 13% ao ano (retorno nominal), semrisco significativo de crédito - é isto que oferece um dos títulos que iremos sugeriraté o fim da minissérie...

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    https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas?ordem=2

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    Após a leitura da segunda edição da minissérie, você já está pronto para começar a

    operar no Tesouro Direto. De modo que é chegada a hora de falarmos sobre aquiloque mais interessa.

    Imagino que o leitor esteja curioso para saber nossa opinião sobre quais os melhorestítulos para se comprar no contexto atual. No relatório de hoje, então, destaque paraaquele que consideramos o melhor investimento disponível no mercado para seganhar com a inflação.

    Falamos do Tesouro IPCA+, anteriormente conhecido pela sigla (NTN-B). A terceira

    das cinco edições previstas é dedicada exclusivamente à categoria, destrinchando ametodologia e outras particularidades, até chegarmos às recomendaçõespropriamente ditas.

    Um Tesouro IPCA+ pode ser classificada como Principal ou não (neste caso, tambémconhecida como pura), com uma diferença no que diz respeito ao fluxo depagamento das notas.

    No caso do primeiro, este fluxo é simples, ou seja, o investidor faz a aplicação eresgata o valor de face (valor investido somado à rentabilidade) integralmente na datade vencimento do título.

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     TESOURO DIRETOO melhor investimento para ganhar com a inflação

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    Na segunda, por sua vez, o rendimento é recebido ao longo do investimento, por

    meio de cupons semestrais de juros, e na data de vencimento do título, quando doresgate do valor de face e pagamento do último cupom.

    Por conta desta diferença, o Tesouro IPCA+ (ex-NTN-B Principal) costuma ser

    bastante indicada para o investidor que deseja fazer poupança visando um horizontede médio a longo prazo, inclusive para aposentadoria. Ao passo que a nota compagamento de cupons semestrais permite ao investidor obter uma rentabilidadeperiódica, fornecendo mais liquidez ao longo da aplicação.

    No mais, as características dos títulos são absolutamente as mesmas, comrentabilidade vinculada à variação do IPCA (balizador oficial da inflação no Brasil)acrescida dos juros definidos no momento da compra.

     Juros e inflação em alta

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    Para quem não se lembra, tivemos um IPCA cheio de 6,41% em 2014,consideravelmente acima do centro da meta de 4,5%. O resultado chama ainda mais aatenção se levarmos em conta que, de março de 2014 até março de 2015, a taxa Selicsubiu de 10,75% para 12,75% ao ano, deixando evidentes as dificuldades para

    conseguir controlar a inflação.

    Para os próximos meses, vemos um cenário muito parecido com o do ano passado.Afinal, o superávit primário do governo ainda não inspira confiança e, com os EUAretirando os incentivos ao mercado, o dólar pode se fortalecer ainda mais epressionar a inflação.

    Isso deve manter os juros brasileiros em alta - lembrando que, na última reunião (deabril), o Copom optou de forma unânime por novo aumento de 50 bps na Selic,levando a taxa aos 13,25% ao ano atuais.

    Na ata que acompanhou a decisão, o Banco Central voltou a repetir a mensagem quevem sendo dada desde janeiro, de que o veredicto foi tomado “avaliando o cenáriomacroeconômico e as perspectivas para a inflação” - lembrando que o relatórioFocus há tempos projeta o IPCA acima de 8% para o ano cheio, muito acima do tetoda meta.

    De nossa parte, estamos ainda mais pessimistas, projetando um IPCA na casa dos8,50%. Todo modo, como estamos falando de Tesouro Direto, o importante mesmoneste contexto é ter em mente que o que é ruim para o bolso de boa parte dapopulação, acaba sendo muito bom para quem aplica nos Tesouro IPCA+.

     

    Entendendo os riscos

    De acordo com a tabela de rentabilidade do Tesouro Direto (https://

    www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-precos-e-taxas-dos-titulos ) atualizada naúltima terça-feira, o retorno real de um Tesouro IPCA+, seja ela Principal ou pura)variava de 6,06% a 6,52%, a depender do vencimento do título escolhido.

    Atualmente existem três opções de Tesouro IPCA+ disponíveis para compra (comvencimentos em 2019, 2024 e 2035) e outras três opções de títulos puros (vencendoem 2020, 2035, e 2050). Para saber qual delas comprar, primeiro é necessárioentender seus riscos.

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    https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-precos-e-taxas-dos-titulos

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    Eles praticamente inexistem caso o investidor carregue o título até o vencimento, jáque ele ganhará exatamente o que foi pactuado na compra (exceto se o governo derum improvável calote). Mas se este mesmo investidor optar por se desfazer do papelantes, ficará sujeito a aceitar o que o mercado estiver disposto a pagar, podendo

    amargar prejuízo.

    Isso acontece por conta da marcação a mercado, processo de atualização do preçodo título para o valor do dia. Por conta dessa marcação, os Tesouro IPCA+ quevencem em prazos mais curtos acabam sofrendo uma menor oscilação de preços doque aquelas com prazos mais longos - em outras palavras, os títulos com vencimentomais longo têm uma volatilidade muito maior.

    São diversos os fatores econômicos que influenciam a precificação, como asexpectativas de mercado para a Selic e obviamente para a inflação, questão de oferta/demanda, além de um prêmio por risco embutido nas previsões. Por exemplo, se háexpectativa de queda da taxa de juros, os títulos prefixados ou com parte daremuneração prefixada, como o Tesouro IPCA+, tornam-se mais atrativos.

    A recíproca também é verdadeira: quando o mercado aposta em um ciclo deelevação da Selic e passa a demandar um juro real mais alto, o preço do TesouroIPCA+ tende a cair. E o mesmo vale para a correlação com as expectativas de

    inflação.

    Quanto ao fato de a volatilidade ser maior para os títulos com prazos mais longos,basta ter em mente que a taxa prefixada paga por Tesouro IPCA+ é, grosso modo, oresultado da média das taxas de juros esperadas até o vencimento acrescido de umprêmio por risco de modo que, quanto maior o prazo, maior a dificuldade de fazeressa estimativa.

    Portanto, para que você não corra risco de perder dinheiro, recomendamos o

    carrego dos títulos até o vencimento, adequando o prazo do título ao objetivo doinvestimento.

    A importância da diversificação

    Hoje, especificamente, tem chamado a atenção a parte da curva entre 3 e 6 anos, queestá oferecendo juros bastante atrativos. Um Tesouro IPCA+ com vencimento em2019, por exemplo, está pagando uma taxa de 6,52% ao ano, já descontada a inflação.A Principal vencendo em 2035, por sua vez, rende um juro real de 6,07% ao ano, o

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    que a torna mais atrativa para aqueles que miram uma aposentadoria, assumindo apremissa de carrego até o vencimento.

    Sabemos, no entanto, que a teoria nem sempre pode ser aplicada na prática. Neste

    caso, se o investidor precisar sair antes do prazo, acreditamos que a diferença de 0,45p.p. entre as taxas não compensa o maior risco de perdas que o Tesouro IPCA+ 2035apresenta - do mesmo modo em que ao comprar a Nota vencendo em 2019, oinvestidor corre o risco de não encontrar depois outra que pague uma taxa igual ousuperior à atual.

    A solução, então, pode ser investir um pouco em cada uma.

    De nossa parte, achamos bem interessante uma estratégia com diversificação de

    prazos. Olhando para o que temos disponível para compra, você pode pegar umTesouro IPCA+ Principal ou puro vencendo em 2019 e 2020, respectivamente, e

     juntar com outra cujo vencimento se dará apenas em 2035.

    Neste caso, você teria uma Nota mais curta pagando um juro real de 6,52% ao ano(no caso da Principal) ou de 6,31% (no caso da pura), combinada com outra maislonga rendendo taxa real de 6,10% ou 6,07%, respectivamente, configurando umaestratégia conservadora e interessante ao mesmo tempo.

    A decisão de receber tudo no vencimento ou por meio de cupons semestrais, porsua vez, fica totalmente a seu critério, lembrando que a tributação é diferente paracada caso.

     

    Tributação joga contra Tesouro IPCA+ puro

    Aqui repousa a única desvantagem do Tesouro IPCA+ puro pura em relação ao

    Principal, em nossa opinião. Isso porque, no caso da primeira, existe uma antecipaçãodo Imposto de Renda.

    Não que a Nota pura não seja uma boa estratégia para quem precisa de rendaperiódica. O problema é que quem investir nesse título pagará o IR sobre todos oscupons, enquanto quem investir na Principal só irá pagar o imposto sobre orendimento total, no vencimento - as alíquotas, conforme demonstrado na últimaedição, variam de acordo com o tempo em que o dinheiro ficará investido.

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    Portanto, o que pesa para o investidor do Tesouro IPCA+ puro é o fato de que, poradiantar o pagamento de IR, ele acaba perdendo uma quantia importante que poderiacontinuar a ser rentabilizada, tanto na forma do cupom que vai para o seu bolsocomo na fatia do imposto que vai para o governo.

    Este, aliás, é o motivo pelo qual quem investe no título puro não recebe exatamenteo rendimento acordado no ato da compra, dado que aquela rentabilidade prevista sópoderia ser atingida caso todos os cupons fossem reinvestidos em Notas quepagassem exatamente a mesma taxa do título original, o que dificilmente é possível naprática.

    Deste modo, se você confia que terá sangue frio para carregar o investimento até ofim do prazo, recomendamos que adquira os títulos do Principal citados acima, jásabendo exatamente o quanto será recolhido no fim.

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    Depois de escrevermos sobre as vantagens e o momento particularmente favorável

    para se investir em Tesouro IPCA+, dedicaremos a penúltima edição da minissérie àcategoria dos títulos prefixados - aqueles cuja rentabilidade é definida no momentoda compra.

    A modalidade conta com dois títulos disponíveis à venda no Tesouro Direto: TesouroPrefixado (antiga LTN - Letra do Tesouro Nacional) e Tesouro Prefixado com JurosSemestrais (antes conhecida por NTN-F - Nota do Tesouro Nacional).

    Tanto em um quanto em outro, o investidor já sabe no momento da aplicação o

    rendimento que terá sobre o capital investido, já que não há atualização do valornominal.

    Ao mesmo tempo, existem algumas diferenças importantes que você deve levar emconsideração antes de decidir qual destes papéis mais se adequa ao seu perfil.

    No caso do Tesouro Prefixado, por exemplo, a rentabilidade é vinculada à taxa DI,uma média dos rendimentos pagos em depósitos interbancários no país. Suaprecificação é fortemente influenciada pela Selic, que também é apurada com basenas operações realizadas no mercado interfinanceiro. Deste modo, as taxascostumam ser bastante parecidas, apresentando variação muito próxima uma daoutra.

    O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, por sua vez, possui rendimento calculadocom base na Taxa Interna de Retorno, mais conhecida como TIR. Trata-se de uma taxade desconto hipotética (também próxima à Selic), definida pelo próprio TesouroNacional, que leva em conta os rendimentos de outros títulos públicos.

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     TESOURO DIRETOEm modo de espera com os títulos prefixados

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    No mundo das finanças, a TIR é bastante utilizada para igualar o valor de uminvestimento (valor presente) com os seus respectivos retornos futuros ou saldo decaixa, em conceito proposto por John Maynard Keynes.

    Isto ajuda a explicar a outra diferença entre os títulos, relacionada aos fluxos depagamentos.

    A exemplo do Tesouro IPCA+, o Tesouro Prefixado possui fluxo simples - ou seja, oinvestidor faz a aplicação e recebe o valor de face (valor investido somado àrentabilidade), integralmente na data de vencimento do título.

    O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, por sua vez, se assemelha ao TesouroIPCA+ puro, dado que seu rendimento é recebido pelo investidor ao longo daaplicação, por meio de cupons semestrais de juros, e na data de vencimento do título,quando do resgate do valor de face e pagamento do último cupom.

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    Por conta desta diferença, o Tesouro Prefixado costuma ser indicado para oinvestidor que deseja fazer poupança visando um horizonte de médio a longo prazo,inclusive para aposentadoria. Ao passo que o Tesouro Prefixado com Juros Semestraispermite ao investidor obter uma rentabilidade periódica, fornecendo mais liquidez ao

    longo da aplicação.

    Um pouco mais de aperto

    Por falar em indicação, ambos os papéis costumam ser recomendados para aquelesque apostam na estabilidade ou queda da inflação e das taxas de juros do país. Demodo que, considerando a última ata do Copom, recebida na semana passada poralguns analistas como sinal da proximidade do encerramento do ciclo de apertomonetário, a interpretação mais óbvia seria a de que os títulos prefixados estãoatrativos para compra.

    Com uma rentabilidade nominal que varia entre 12,5% e 13,5%, a modalidade de fatovive um bom momento. Por outro lado, como ainda não concordamos com oargumento em prol da estabilidade da Selic, achamos que a categoria ainda podealcançar retornos mais interessantes nas próximas semanas, sobretudo se confirmadanossa aposta de novos aumentos no juro básico brasileiro.

    Em verdade, a ata da última reunião do colegiado do Banco Central reafirmou quereafirma que a política monetária “deve manter-se vigilante” e que os esforços paracombate da inflação “ainda não se mostram suficientes”.

    Resumindo...

    Se alguém ainda esperava indicação de fim do ciclo de alta da taxa de juros, agora nãoresta mais dúvida. O documento sugere um Copom um pouco mais hawkish

    (agressivo) do que se supunha previamente e começa a ganhar força aposta de novoaumento de 50 pontos-base na Selic, para 13,75% ao ano.

     

    Prêmio de risco de inflação

    Também na mesma linha do Tesouro IPCA+, os riscos de se aplicar nos prefixadospraticamente inexistem caso o investidor carregue o título até o vencimento, dadoque irá receber exatamente aquilo que foi pactuado na compra. Mas se este mesmo

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    investidor optar por se desfazer do papel antes, ficará sujeito a aceitar o que omercado estiver disposto a pagar, podendo amargar prejuízo.

    Isso nos remete novamente à questão da marcação a mercado, já que os preços do

    Tesouro Prefixado e do Tesouro Prefixado com Juros Semestrais no mercadosecundário oscilam de acordo com as expectativas em relação à Selic. Ou seja,quando a expectativa é de que os juros recuem, a tendência é que o preço dos títulosprefixados aumente - e vice-versa.

    Há ainda o chamado prêmio de risco de inflação. Aos poucos familiarizados com otema, rápida explicação: compare dois títulos. O primeiro é um papel prefixado,pagando uma taxa de juro nominal pura. O segundo é um título indexado à inflação -paga, por exemplo, a variação do IPCA mais uma taxa de juro. A princípio, para nãohaver arbitragem, a precificação do título prefixado deve ser tal que seu rendimentoequivalha ao juro pago pelo título indexado mais uma expectativa de inflação.

    Note que o comprador do título indexado não se preocupa com o nível inflacionário- se a inflação for superior ao esperado, seu poder de compra será preservado, postoque seu rendimento é, justamente, uma taxa de juro mais a inflação (se a inflaçãoaumenta, seu rendimento também aumenta). Já o comprador do título prefixadoestaria preocupado com a inflação acima do projetado. Portanto, para comprar o

    título prefixado em vez do indexado, o investidor exigiria um prêmio de risco deinflação - para abrir mão dessa proteção a seu poder de compra, cobraria umretorno adicional. Na prática, portanto, o diferencial de juros entre os dois títulosembute a expectativa de inflação mais um prêmio.

    Isso é particularmente importante no momento atual, porque você olha a curva prépagando um juro bastante alto - por exemplo, Tesouro Prefixado com JurosSemestrais 2025 pagando 12,94% ao ano e o Tesouro Prefixado 2018 oferecendo13,33% - e pensa:“esse juro está muito alto para o padrão brasileiro.”

    O comportamento negligencia o fato de que o juro formado pelo mercado embute orisco de inflação - não quer dizer que isso se trata estritamente da expectativa domercado para o juro do período; há um prêmio de risco ali dentro, que flutua com otempo. E o cenário sugere justamente aumento dos prêmios de risco, tanto daquelesrelacionados à liquidez quanto daqueles ligados à inflação.

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    Vale a pena esperar

    Portanto, mesmo ponderando a atratividade atual das taxas oferecidas no pré,estamos convencidos de que vale a pena esperar um pouco mais (até a próxima

    reunião do Copom, especificamente) para uma eventual montagem de posição nostítulos, mantendo preferência até lá pela diversificação entre os Tesouro IPCA+citados na edição anterior.

    De antemão, porém, lembramos que a aplicação no Tesouro Prefixado leva umavantagem sobre o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais no que diz respeito àtributação. Isso porque, no caso da segunda (a exemplo do Tesouro IPCA+ puro, quetambém paga cupom semestral), existe uma antecipação do Imposto de Renda.

     Já discorremos sobre o tema no último relatório, mas não custa reforçar que o quepesa para quem investe nos títulos que não possuem fluxo de pagamento simples é aquantia que deixará de ser rentabilizada por conta do pagamento de IR nos cupons -formato menos vantajoso do que pagar o imposto sobre o rendimento total do título,no vencimento.

    Até semana que vem, com a quinta e derradeira edição da minissérie.

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    Chegamos à última edição da minissérie.

    Na trajetória que culminou neste quinto relatório, comentamos sobre a conjuntura eo momento especialmente convidativo aos títulos públicos, além de tratarmos detodos os procedimentos necessários para se investir no Tesouro Direto.

    Falamos também sobre os benefícios do Tesouro IPCA+ em tempos de elevadainflação, além de explicarmos por que vale a pena esperar mais um pouco para seentrar nos prefixados - leia-se Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com JurosSemestrais, aqueles cuja rentabilidade é definida no momento da compra.

    Na edição de hoje, portanto, iremos focar na terceira e última categoria de títulosnegociados no Tesouro Direto, a dos pós-fixados.

    Se você buscar em https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-entenda-cada-titulo-no-detalhe, irá notar que existe apenas um papel inserido na categoria: oTesouro Selic, antiga Letra Financeira do Tesouro (LFT). Conforme o próprio nomediz, sua rentabilidade segue a variação da Selic, podendo ser acrescida, se houver, de

    ágio ou deságio.Quando o preço está com ágio (leia-se acréscimo), o retorno do título fica menor doque o estipulado na emissão, o que significa que o investidor terá uma remuneraçãomenor do que a Selic. De forma análoga, quando o preço está com deságio (leia-sedesconto), o investidor irá receber uma taxa maior do que a Selic.

    Por conta disso, os preços são expressos em termos de taxa, ou seja, quando o preçode um Tesouro Selic estiver, por exemplo, expresso em -0,02%, significa que o título

    está com ágio e remunerará o investidor com a variação da Selic menos 0,02% - istovaria de acordo com a demanda pelos títulos.

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     TESOURO DIRETOFechando a alocação com o Tesouro Selic

    https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-entenda-cada-titulo-no-detalhe

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    O Tesouro Selic conta com fluxo de pagamento simples, conforme a imagem abaixo:

    Tenha Tesouro Selic na carteira

    De forma direta, recomendamos fortemente sua compra, dado que entendemos queo Banco Central ainda pode ser obrigado a levar o ciclo de aperto monetário maisadiante.

    Assim, calculamos que sua distribuição em renda fixa deve considerar 60% dodinheiro alocado em Tesouro Selic, 35% no Tesouro IPCA+ e 5% no TesouroPrefixado.

    Em adição, evitaríamos posições em juros muito longos neste momento. Depois daeuforia de abril, achamos que o mercado pode voltar a apresentar maior aversão arisco. Sob o risco de soar excessivamente repetitivo, reitera-se: há um descolamentomuito grande entre preços de ativos e crescimento econômico. Nunca se sabe até

    quando vai perdurar tamanha benevolência.

    Não nos surpreenderíamos também com dúvidas renovadas sobre a implementaçãodo ajuste fiscal no Brasil, com desdobramentos óbvios sobre os juros longos. Oresultado primário do Governo Central marcou R$ 1,463 bilhão em março, contraestimativas da ordem de R$ 3,2 bilhões. Com isso, o superávit primário acumuladoem 2015 é de R$ 4,485 bilhões, o pior desde 1998, contra uma meta de R$ 55,3bilhões para o ano cheio.

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    O chamado ajuste ortodoxo a ser implementado na economia brasileira podeencontrar mais dificuldades do que se supunha a priori. Estar em juros muito longosnum quadro como este significa riscos elevados, a que não pretendemos submeternossos clientes.

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    Disclosure 

    Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu

    destinatário, não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem

    autorização expressa. O estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas

    confiáveis na data de publicação. Posto que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão

    sujeitas a mudanças.

    Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos

    financeiros. As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito

    fomentar o debate entre os analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem,

    portanto, desenvolver também suas próprias análises e estratégias.

    Informações adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos

    financeiros aqui abordados podem ser obtidas mediante solicitação.

    Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17º da

    Instrução CVM nº 483/10, que as recomendações do relatório de análise refletem única e

    exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente.

     

    * O analista Rodolfo Amstalden é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do

    disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

    Analistas responsáveis

    Beatriz Nantes, CNPI

    Felipe Miranda, CNPI

    Gabriel Casonato, CNPI

     João Françolin, CNPI

    Renato Breia

    Roberto Altenhofen, CNPI

    Rodolfo Amstalden, CNPI*

    Walter Poladian, CFP


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