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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 22 de Março 2019
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
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Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................. 4
Represas em SP terão plano de ação para emergências...................................................................... 4
Governo fará novo mapa florestal do Vale e todo o estado .................................................................. 6
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 7
Cidades ficam mais vulneráveis a extremos de enchentes e secas ....................................................... 7
São Paulo quer permitir construção sobre piscinões ........................................................................... 9
São Paulo vai privatizar tudo o que for possível ............................................................................... 10
Cetesb multa a Petrobras em R$ 198,9 mil por ‘odores’ da Repaln, em Paulínia................................... 13
Esgoto doméstico causa a morte de peixes em represa de Nova Odessa ............................................. 14
Moradores da região começam a fazer sua parte ............................................................................. 15
Três dos pontos com pior qualidade da água no estado de SP estão na capital, diz pesquisa ................. 16
Prefeiura indefere requerimento do DAEE e mantém embargo as obras da Barragem Pedreira .............. 17
Justiça determina paralisação de obras do aterro sanitário de Araçariguama ....................................... 18
VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 39
MMA lança Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar ..................................................................... 39
Operação no ABC paulista fiscaliza área de proteção de mananciais ................................................... 41
MME lança oficialmente o Sistema de Informações Energéticas (SIE) ................................................. 42
Diretoria da ANP aprova minuta final de acordo sobre o Parque das Baleias ........................................ 43
Empresas de energia solar e eólica dos EUA chamam "Green New Deal" de radical .............................. 44
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 46
Prisão de Temer agrava atrito institucional; amigos têm medo de ele 'não resistir' ao processo ............. 46
Custo do gás do pré-sal põe em xeque viabilidade de térmicas ......................................................... 48
Análise: Mais de 2 bilhões de pessoas estão sob estresse hídrico no mundo ........................................ 49
Na 1ª reunião de conselho nacional ambiental, Salles ignora regimento e barra suplentes .................... 50
Mônica Bergamo: Temer vivia momentos de amargura antes de ser preso ......................................... 52
Grandes rios brasileiros estão por um triz ....................................................................................... 54
ESTADÃO .................................................................................................................................. 56
Santos despeja 60 toneladas de resíduos sólidos no mar por dia; 85% disso é plástico ........................ 56
Força-tarefa busca donos de 570 barragens ‘órfãs’ no País ............................................................... 58
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 59
Renova aceita proposta vinculante da AES Tietê .............................................................................. 59
Brasil perde espaço para EUA no mercado japonês de etanol ............................................................ 60
Caixa pode lucrar R$ 1 bi em oferta de Petrobras ............................................................................ 61
Uma nova lógica ......................................................................................................................... 63
Atividades produtivas buscam soluções contra riscos ....................................................................... 65
Cálculo sobre impacto de uso deve ser abrangente .......................................................................... 67
Indústrias se empenham para reduzir consumo ............................................................................... 69
Startups criam soluções para despoluir rios e lagos ......................................................................... 71
Novos sistemas realizam gestão inteligente de redes ....................................................................... 73
Desastre de Brumadinho afeta bacias da Mata Atlântica ................................................................... 75
São Francisco aguarda recursos .................................................................................................... 77
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Universalização do saneamento ainda é um objetivo distante ............................................................ 78
Grandes do varejo adotam práticas para redução do consumo de água .............................................. 79
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ENTREVISTAS Data: 22/03/2019
Veículo: Folha de S. Paulo
Represas em SP terão plano de ação para emergências
Rogério Gentile
Após oito anos de previsão legal, as represas
Guarapiranga e Billings vão passar a ter um
plano de ação para situações de emergência.
As barragens são classificadas como de baixo
risco, mas de dano potencial alto em razão do
grande impacto que um eventual acidente
causaria em termos econômicos e ambientais e
em relação ao potencial de perda de vidas.
A barragem de rejeitos de Brumadinho (MG),
que rompeu em 25 de janeiro deixando ao
menos 207 mortos e 101 desaparecidos, tinha
a mesma classificação (baixo risco e alto
potencial de dano).
O plano de emergência, com as orientações
importantes para situações graves, incluindo
sistemas de alerta e áreas de escape, serão
encaminhados à defesa civil e às prefeituras
localizadas no entorno das barragens no final
de abril.
O documento é uma exigência da Lei federal
12.334, de setembro de 2010, que estabeleceu
a Política Nacional de Segurança de Barragens.
Em 2015, a Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica) regulamentou a lei estabelecendo um
prazo de dois a quatro anos para a elaboração
do plano de segurança.
"Estamos dentro do prazo", afirma Fernando
José Moliterno, assessor da Presidência da
Emae (Empresa Metropolitana de Águas e
Energia").
Segundo o engenheiro, as duas barragens são
muito seguras e os sistema de controle da
empresa são rotineiramente revistos e
atualizados.
A despeito disso, a própria empresa afirma em
seu Relatório Anual de Responsabilidade
Socioambiental que eventuais acidentes podem
afetar as comunidades situados nos seus
entornos.
"Um risco inerente à operação da companhia é
a possibilidade de rompimento ou galgamento
das barragens, o que pode causar inundações
nas propriedade vizinhas e até mesmo vítimas,
fatais ou não", diz a empresa controlada pelo
governo paulista.
A demora na elaboração do plano de ação de
emergência chamou a atenção do Tribunal de
Contas do Município que alertou a Prefeitura de
São Paulo sobre o assunto.
"As barragens têm a jusante o rio Pinheiros, em
cujas margens se situa um grande conjunto de
corporações e uma das principais vias de
tráfego da cidade, a Marginal Pinheiros", diz o
tribunal.
No documento, o TCM lembra que em janeiro
de 1976 "um grande evento hidrológico pôs em
risco a barragem do Guarapiranga".
À época, cerca de 250 homens e 40 veículos,
entre caminhões, tratores e pás-carregadeiras,
foram mobilizados para impedir o
transbordamento da represa, cujas
consequências eram tidas como "imprevisíveis"
pelos jornais.
A situação punha em risco a própria estrutura
da represa já que o processo de galgamento
(quando a água verte sobre a crista da
barragem) pode provocar sua ruptura.
Para evitar o pior, foram montadas barricadas
de sacos de estopa, cheios de areia, com um
metro de altura.
Posteriormente, foram construídas comportas e
um vertedouro. "Foi um sufoco muito grande à
época", afirma o engenheiro Moliterno.
De lá para cá, o risco potencial aumentou em
razão do grande adensamento populacional que
a região sofreu.
Estima-se que mais de 800 mil pessoas vivam
na região da bacia do Guarapiranga, que tem
639 km² de área de drenagem e abrange
integralmente Embu-Guaçu e parcialmente os
municípios de Cotia, Embu, Itapecerica da
Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra e São
Paulo.
Risco em lagos de parques ainda é
desconhecido
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Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do
Município constatou que a prefeitura paulistana
desconhece o impacto de uma inundação dos
lagos situados em parques importantes da
cidade.
De acordo com a auditoria, a gestão Bruno
Covas (PSDB) deveria realizar estudos para
investigar a situação dos lagos localizados em
cinco parques. São eles Ibirapuera, Aclimação,
do Carmo e Cidade de Toronto, todos muito
volumosos.
O da Aclimação, por exemplo, tem um volume
estimado em 75 mil metros cúbicos. Os do
Ibirapuera possuem, respectivamente, 190 mil
e 170 mil metros cúbicos.
De acordo com o tribunal, o estudo é
fundamental para se projetar o dano potencial
em termos financeiros, ambientais e,
sobretudo, em relação ao risco de perdas de
vidas.
O documento lembra que fevereiro de 2009
houve o rompimento do vertedouro do lago do
parque da Aclimação, que era utilizado para
manter constante o nível da água.
Toda a água e os peixes do lago, que tem 25
mil metros quadrados de área estimada, foram
drenados para o córrego Pedra Azul. A água e
o lodo invadiram casas da região.
Procurada pela Folha, a gestão Bruno Covas
não esclareceu o motivo de não ter feito o
estudo sobre os lagos.
Em nota, a Secretaria do Verde e do Meio
Ambiente afirmou que recebeu o relatório do
TCM e que o está analisando para responder
aos questionamentos do tribunal.
Disse também ter criado um grupo de trabalho,
formado por representantes dos
departamentos da pasta, para acompanhar as
questões referentes aos corpos hídricos dos
parques.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
3/represas-em-sp-terao-plano-de-acao-para-
emergencias.shtml
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Veículo1: O Vale
Veículo2: Gazeta de Taubaté
Data: 22/03/2019
Governo fará novo mapa florestal do
Vale e todo o estado
Último mapeamento realizado em 2010 apontou
que 17,5% do estado tem vegetação nativa
Ao custo de R$ 1,4 milhão, levantamento
começou a ser feito por empresa de São José
nesta quinta, Dia Internacional das Florestas, e
deve ser concluído até março de 2020
A Secretaria Estadual de Infraestrutura e
Meio Ambiente vai fazer um novo levantamento
da quantidade de vegetação nativa existente no
Estado de São Paulo.
O mapa começou a ser feito nesta quinta-feira
(21) --Dia Internacional das Florestas-- e tem
como prazo para ser concluído março de 2020.
Até lá, segundo o Instituto Florestal, o estudo
apresentará balanços trimestrais com os dados
levantados para o documento, chamado de
Inventário Florestal da Vegetação Nativa do
Estado de São Paulo.
No último mapeamento realizado em 2010, foi
apontado que 17,5% do território paulista é
coberto por vegetação nativa.
Especializada em soluções de geotecnologia e
sistemas de informação geográfica, a empresa
Geoambiente, de São José dos Campos, será a
responsável pelo novo estudo que custará R$1,4
milhão. O valor será viabilizado com recursos da
Câmara de Compensação Ambiental do Estado de
São Paulo.
"O Inventário é base para o fortalecimento e
planejamento de ações sustentáveis do Governo
que garanta ao povo paulista mais qualidade de
vida", disse Marcos Penido, secretário estadual de
Infraestrutura e Meio Ambiente.
AÇÕES.
O novo mapeamento servirá de base para todas
as ações da SIMA de licenciamento, fiscalização,
conservação e pesquisa ambiental.
Segundo o governo, os primeiros resultados serão
das regiões do Vale do Paraíba, Litoral Norte, Baixada Santista e Região Metropolitana de São
Paulo.
O documento apresentará, de acordo com sua
importância biológica, os fragmentos de mata
para a criação de Unidades de Conservação
Integral de áreas prioritárias para a implantação
de Reserva Legal ou Reserva Particular de
Patrimônio Natural e para restauração --
corredores ecológicos--, interligando fragmentos..
http://www.ovale.com.br/_conteudo/2019/03/no
ssa_regiao/73844-governo-fara-novo-mapa-
florestal-do-vale-e-estado.html
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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Folha de S. Paulo
Data: 22/03/2019
Cidades ficam mais vulneráveis a extremos de enchentes e secas
Danae Stephan
A cidade de São Paulo aprendeu a lição após a
crise hídrica de 2014 —pelo menos segundo a
Sabesp, companhia de saneamento do
estado. De acordo com a empresa, as represas
da Grande São Paulo estão com níveis melhores
que os do mesmo período de 2013, antes da
crise (74%, contra 60,4%).
Foram feitas obras para captação nas represas
e inaugurados dois novos sistemas: o Produtor
São Lourenço e a Interligação Atibainha-
Jaguari.
Para especialistas em gestão hídrica, esses
investimentos não são suficientes, pois ainda
deixam a população à mercê das chuvas,
variável sobre a qual não se tem controle.
“O erro está no fato de que, com o aquecimento
global, a crise hídrica deixou de ser um
problema circunstancial e virou uma questão
estrutural” diz Helio Mattar, diretor-presidente
do Instituto Akatu.
As mudanças climáticas têm levado a um
significativo aumento da variabilidade
hidrológica no mundo, o que significa que
estamos mais vulneráveis tanto ao aumento de
cheias e alagamentos quanto à severidade das
secas, de acordo com Marcos Thadeu Abicalil,
especialista em água e saneamento do Banco
Mundial.
E a tendência é piorar, com a urbanização e a
ocupação de áreas naturais. Só na última
década, houve uma redução de 20% das áreas
de bacias hidrográficas no mundo, segundo
Abicalil.
“A atividade urbana também aumenta a
poluição, o que muitas vezes impede que essa
água seja útil tanto para o consumo quanto
para agricultura e indústria”, diz.
Apesar de responder por cerca de 8% do
consumo de água, o uso doméstico tem
impacto na quantidade e na qualidade da água
disponível.
“É preciso economizar na lavagem de roupa,
mas também no consumo de bens e alimentos”,
diz Mattar. “Está tudo interligado”. A fabricação
de uma calça jeans, por exemplo, gasta mais
de dez mil litros. Um quilo de carne bovina, de
15 mil a 17 mil litros.
Também é preciso encarar o desperdício: hoje,
cerca de 34% dos alimentos são perdidos
durante o processo de produção na hora do
consumo. “Se um país concentrasse todo o
desperdício do mundo, ele seria o primeiro em
consumo de água”, diz Mattar.
Ideias para gastar menos água em casa*
Cozinha
–Lavar a louça usando três bacias, uma para
ensaboar e duas para enxaguar, pode gerar
uma economia de 70 litros por lavagem
(considerando 5 minutos a menos de torneira
aberta)
–Descongelar alimentos em uma bacia, em vez
de usar a água corrente
–Reduzir o consumo de carne vermelha nas
duas refeições do dia pode gerar uma economia
de 12 mil litros
–Preferir frutas e legumes da época —alimentos
fora da estação precisam de mais água e
fertilizantes para serem produzidos
Área de serviço
–Reutilizar a água de enxágue da máquina de
lavar pode gerar economia suficiente para o
acionamento de 130 descargas em um mês,
considerando três lavagens por semana
–Usar a lavadora de roupas sempre com sua
capacidade total e ligá-la no máximo três vezes
por semana
Banheiro
–Escovar os dentes com a torneira fechada e
usar um copo para o enxágue pode economizar
até 30 litros de água por dia
–Reduzir o tempo no banho —basta um minuto
a menos para poupar 730 litros de água em um
mês
–Trocar o sistema de descarga tradicional, que
gasta 12 litros por acionamento, por caixas
acopladas, que gastam entre 3 e 6 litros por
descarga
–Fazer xixi no banho pode economizar de 90 a
360 litros em um mês (depende do tipo de
descarga da casa)
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Quarto
–Comprar roupas por necessidade e não por
impulso —uma calça jeans sozinha consome em
média 10 mil litros de água em sua produção
Área externa
–Limpar quintal e garagem com vassoura,
nunca com mangueira, que gasta 279 litros em
15 minutos
–Molhar as plantas com regador em vez de
mangueira, de manhã ou à noite, no verão,
para reduzir a evaporação
*Considerando uma família de quatro pessoas
Fonte: Instituto Akatu e Sabesp
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/201
9/03/cidades-ficam-mais-vulneraveis-a-
extremos-de-enchentes-e-secas.shtml
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Veículo: Diário do Litoral
Data: 22/03/2019
São Paulo quer permitir construção sobre piscinões
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Veículo: Revista Isto é
Data: 22/03/2019
São Paulo vai privatizar tudo o que for possível
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Veículo: Tribuna Liberal de Sumaré
Data: 22/03/2019
Cetesb multa a Petrobras em R$ 198,9
mil por ‘odores’ da Repaln, em Paulínia
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Veículo: Tribuna Liberal de Sumaré
Data: 22/03/2019
Esgoto doméstico causa a morte de
peixes em represa de Nova Odessa
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Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 22/03/2019
Moradores da região começam a fazer
sua parte
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Veículo: Bom Dia SP – Globo
Data: 22/03/2019
Três dos pontos com pior qualidade da
água no estado de SP estão na capital, diz pesquisa
Nenhum rio, córrego ou represa do estado tem
qualidade da água ótima, segundo ONG SOS
Mata Atlântica.
Um relatório realizado pela ONG SOS Mata
Atlântica aponta que nenhum dos rios, córregos
ou represas do estado de São Paulo possuiu
qualidade da água ótima.
O levantamento, feito em todo o país, analisou
em São Paulo 108 pontos em 88 cursos d’água.
Quatro deles apresentaram qualidade péssima:
o riacho Água Podre e os córregos Tijuca Preto
e Três Pontes, na capital; e o Ribeirão dos
Meninos, em São Caetano do Sul.
No córrego Tijuco Preto, que fica na Zona Leste,
não há tratamento de esgoto. Os dejetos das
casas que ficam às margens caem direto na
água.
“O esgoto com certeza é o grande vilão da
contaminação dos nossos rios. Isso se dá pelo
planejamento torto da nossa cidade, que foi
deixando as periferias ao ´Deus dará´ com a
estruturação muito menor. Deixando para
depois a estruturação dessas áreas periféricas
que são justamente onde estão os maiores
desafios para os nossos rios”, afirma Gustavo
Veronesi, coordenador técnico da SOS Mata
Atlântica.
Em nota, a Sabesp disse que trabalha para
coletar e tratar todo o esgoto das cidades em
que opera e que, junto com a Prefeitura da
capital, tem o programa “Córrego Limpo” para
a despoluição e manutenção das áreas em
volta.
Segundo a Sabesp, os córregos Tijuco Preto,
Três pontes e Água podre devem receber obras
de infraestrutura. Este ano está previsto
serviço no Água podre. Nos outros dois, é
preciso remover as moradias irregulares do
entorno.
A Prefeitura da capital afirmou que despoluiu
151 córregos entre 2017 e 2018. A previsão é
que isso seja feito em outros 13 até 2020.
Afirmou também que faz a limpeza no entorno
dos córregos com regularidade.
A Cetesb, companhia ambiental do estado,
afirmou que monitora 461 rios e reservatórios
de água doce e que usa uma ferramenta
diferente da utilizada pela SOS Mata Atlântica,
mas não deu detalhes.
A Prefeitura de São Caetano do Sul afirmou que
foi o primeiro município da Grande São Paulo a
ter 100% de coleta e tratamento de esgoto, em
2009.
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/03/22/tres-dos-pontos-
com-pior-qualidade-da-agua-no-estado-de-sp-
estao-na-capital-diz-pesquisa.ghtml
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Veículo: O Regional
Data: 22/03/2019
Prefeiura indefere requerimento do
DAEE e mantém embargo as obras da Barragem Pedreira
Em 5 de fevereiro, o prefeito de Pedreira,
Hamilton Bernardes Junior, determinou o
embargo das obras denominada “Barragem
Pedreira”, de propriedade do DAEE –
Departamento de Água e Energia Elétrica
do Estado de São Paulo. O Decreto foi editado
após a edição da Indicação nº 09/2019, da
Câmara Municipal de Pedreira.
O Decreto teve ainda os seguintes
fundamentos: A resolução nº 237/97 do
CONAMA exige que no procedimento de
licenciamento ambiental deverá constar,
obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura
Municipal, declarando que o local e o tipo de
empreendimento ou atividade estão em
conformidade com a legislação aplicável ao uso
e ocupação do solo e, quando for o caso, a
autorização para supressão de vegetação e a
outorga para o uso da água, emitidas pelos
órgãos competentes. Considerando que o
Município se limitou a emitir certidão atestando
que não dispõe de Lei do Uso do Solo,
providência que não atende ao que prevê a
resolução nº 237/97 do CONOMA.
Considerando que a emissão da Certidão pelo
Município não foi precedida de audiências
públicas e que não houve emissão de qualquer
alvará ou licença para instalação da barragem
por parte do Município e que a emissão da
Licença Ambiental de Instalação não dispensa
nem substitui quaisquer alvarás, licenças,
autorizações ou certidões de qualquer
natureza, exigidos pela legislação municipal,
conforme observação contida na Licença
Ambiental de Instalação nº 2557, emitida em
28 de dezembro de 2018, pela CETESB.
Considerando que o empreendimento é
enquadrado na categoria de Dano Potencial
Associado Alto, que a segurança de uma
barragem deve ser considerada nas suas fases
de planejamento, projeto e construção, com a
população sendo informada e estimulada a
participar das ações preventivas e
emergenciais, com a fiscalização de segurança
da barragem cabe a todos os órgãos
integrantes do Sistema Nacional do Meio
Ambiente.
A Declaração emitida nos autos do Processo
Administrativo Nº 4341/2018 determinou que
os projetos detalhados, os planos de execução
e as exigências técnicas deveriam ser
apreciados pelos setores desta municipalidade
de conformidade com as legislações Estadual,
Municipal e Federal, providência que não se
realizou. Até o momento não foram
apresentados os planos de Segurança de
Barragem, de Ação de Emergência, de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório
Artificial. Não houve estudo prévio dos
impactos sociais e na infraestrutura urbana da
Barragem, o conjunto de serviços básicos
indispensáveis a cidade, como abastecimento e
distribuição de água, gás, energia elétrica, rede
telefônica, serviços básicos de saneamento,
transporte público, escolas, acesso a saúde e
outros.
“Até o momento não há notícia de qualquer
requerimento da proprietária do
empreendimento postulando a emissão de
autorização ou licença para executar a obra no
Município. A Licença Ambiental de Instalação
não dispensa nem substitui qualquer alvará,
licença, autorização ou certidão de qualquer
natureza, exigidos pela Legislação Municipal,
conforme observação contida na Licença
Ambiental de Instalação, emitida em 2018, pela
CETESB”, enfatiza o prefeito Hamilton
Bernardes Junior.
Diante de todo o exposto o prefeito Hamilton
Bernardes Junior indefiriu o Requerimento do
DAEE, mantendo o embargo da obra,
encaminhando ao Departamento de Água e
Energia Elétrica do Estado de São Paulo a
Notificação e o Relatório de Visita, além de
também encaminhar o expediente à
Procuradoria do Município para ajuizamento
com o objetivo de fazer cessar qualquer obra
pelo DAEE, pelo Poder Judiciário, nos termos do
que dispõe o Código de Obras do Município.
https://oregional.net/prefeiura-indefere-
requerimento-do-daee-e-mantem-embargo-
as-obras-da-barragem-pedreira-93045
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Veículo: G1 Sorocaba e Jundiaí
Data: 21/03/2019
Justiça determina paralisação de
obras do aterro sanitário de Araçariguama
Uma liminar da Justiça determinou a
paralisação das obras de construção do aterro
sanitário de Araçariguama (SP). A decisão foi
tomada com base em um relatório da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), que constatou risco de
contaminação e aterramento do Ribeirão do
Colégio, que garante o abastecimento da
cidade.
O juiz concluiu que a movimentação de terra
sem vistoria e alvará da prefeitura poderia
causar dano irreversível ao córrego. Segundo a
prefeitura, as nascentes estão bem perto do
local onde o aterro está sendo construído.
"Temos mil toneladas de lixo por ano. A partir
daquele empreendimento seriam cinco mil
toneladas por dia em cima das nossas
nascentes, então é uma preocupação muito
grande mesmo com aquele lugar, com a
quantidade de lixo e da nossa cidade ficar
totalmente sem água", explica a prefeita Lili
Aymar.
A área é de proteção ambiental permanente
desde o começo do ano passado, quando a lei
de zoneamento urbano foi aprovada na cidade.
Em janeiro deste ano, uma equipe de
fiscalização da prefeitura foi com a Polícia
Militar, Guarda Municipal e Defesa Civil até o
terreno. A área foi lacrada e oito funcionários
da empresa Proactiva, que faz a construção do
aterro, foram levados para a delegacia.
Além da interdição da prefeitura, a Cetesb
também embargou o aterro e multou a
empresa em R$ 80 mil por um carreamento de
terra das obras para o Ribeirão do Colégio.
Mesmo depois disso, segundo a prefeitura, as
obras continuaram e o município recorreu à
Justiça novamente.
A decisão do juiz de São Roque (SP) tomou
como base a vistoria feita pela Cetesb. O laudo
apontou que, apesar das medidas adotadas
pela empresa, como barreiras de pedra e
mantas próprias para conter a terra e a lama, a
qualidade da água dos afluentes do ribeirão
poderia ser afetada pelo aterro.
A empresa teve autorização da prefeitura para
uso do solo em 2011, na gestão do então
prefeito Roque Hoffman.
Em 2016, a empresa recebeu uma licença da
Cetesb com a condição de receber somente 250
toneladas de lixo geradas em Araçariguama
diariamente, mas o município não concordou.
O projeto do aterro prevê o uso por 17 anos e
três meses. O investimento da obra é de R$ 16
milhões e o início da operação está previsto
para novembro deste ano. Hoje o lixo gerado
na cidade, mil toneladas por ano, vai para um
aterro sanitário em Santana do Parnaíba (SP).
A prefeita de Araçariguama diz que, mesmo
com a liminar da Justiça, a prefeitura também
já encaminhou um novo pedido à Cetesb para
que a companhia não conceda mais nenhum
tipo de licença à empresa.
A Cetesb ainda não foi notificada sobre a
decisão judicial mencionada. Em janeiro deste
ano, fiscais constataram durante vistoria que a
empresa descumpriu a determinação da licença
de instalação emitida pela Cetesb de não iniciar
as obras para implantação do empreendimento,
incluindo movimentação de terra, durante
período de chuvas.
Diante disto, a obra foi embargada e a empresa
multada. As licenças ambientais, prévia e de
instalação, foram emitidas em dezembro de
2013 e novembro de 2016, respectivamente,
faltando ainda a licença de operação.
A empresa Proactiva informou que interrompeu
a movimentação de terra assim que teve
conhecimento da liminar, mas vai manter os
trabalhos que já foram autorizados pela Cetesb
e que não fazem parte da terraplanagem.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/03/21/justica-determina-
paralisacao-de-obras-do-aterro-sanitario-de-
aracariguama.ghtml
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19
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Folha Metropolitana
Veículo2: Diário de Arujá
Veículo3: FM Metropolitana
Veículo4: Jornal Guarulhos em destaque
Data: 22/03/2019
Construções em Unidade de Conservação
Integral são demolidas
A pedido da Fundação Florestal do Estado de
São Paulo, equipes da Secretaria de Meio
Ambiente (Sema) e da GCM Ambiental,
participaram nessa quarta-feira (20) da ação de
demolição de duas construções desabitadas
dentro do Parque Itaberaba, Unidade de
Conservação Integral que possui parte da área
de 15 mil hectares localizada em Guarulhos, na
região da Serra da Cantareira. Outras 60
pessoas foram uma das unidades da Rede Fácil
de Atendimento ao Cidadão para apresentarem
os respectivos comprovantes de posse de
terrenos na região. Caso haja a comprovação
de posse, será assinado termo de compromisso
de não ampliação da construção, caso exista, e
também de não comercialização da mesma. A
Prefeitura alerta que na região não são
permitidas nenhum tipo de construção.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19803170&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19786529&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19791856&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19803509&e=577
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20
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Prefeitura de Americana
Veículo2: Buskaki News
Veículo3: Região Hoje
Data: 21/03/2019
Represa de Salto Grande, em Americana:
retirada dos aguapés por meio de
comporta é aprovada pela Cetesb
A Secretaria de Meio Ambiente de Americana
recebeu nesta quinta-feira (21) o Plano
Emergencial de Manejo de Plantas Aquáticas,
elaborado pela Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo), autorizando a
remoção das macrófitas (aguapés) da Represa
de Salto Grande através de uma comporta. A
Prefeitura de Americana, por meio da
secretaria, tem buscando incessantemente,
junto à CPFL Renováveis e órgãos envolvidos,
recuperar e revitalizar a Represa.
A CPFL Renováveis fará a execução do Plano
Emergencial e atualmente faz a remoção
mecânica utilizando caminhões, barcos e
escavadeira. Na semana passada, o secretário
de Meio Ambiente, Odair Dias, esteve na PCH
(Pequena Central Hidrelétrica de Americana)
para acompanhar os serviços.
'Nosso trabalho tem surtido efeito, e o apoio da
população tem sido fundamental. Aos poucos
estamos tendo conquistas, mas o trabalho não
para', disse o secretário.
De acordo com o parecer técnico da Cetesb, o
prazo para executar o plano é de 60 dias, a ser
contado a partir do início dos trabalhos.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19794511&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19799862&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19806756&e=577
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21
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Diário de Taubaté
Veículo2: Portal R3 Notícias
Data: 21/03/2019
Taubaté é segunda da RMVale no
Programa Município Verde Azul
Bruno Fonseca
Após solicitar a revisão da pontuação de 2018,
Taubaté conquistou pela primeira vez a
certificação no Programa Município Verde Azul.
O município atingiu sua maior pontuação
(80,50 pontos), evolução de 36,3% em relação
a 2017 (59,05 pontos), ocupando o 2º lugar na
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e
Litoral Norte (RMVale) e a 70ª posição no
ranking ambiental dos municípios paulistas.
Lançado em 2007 pelo Governo do Estado de
São Paulo, por meio da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente, o Programa Município Verde
Azul (PMVA) tem o inovador propósito de medir
e apoiar a eficiência da gestão ambiental com a
descentralização e valorização da agenda
ambiental nos municípios.
As ações propostas pelo PMVA compõem as dez
diretivas norteadoras da agenda ambiental
local, abrangendo os seguintes temas
estratégicos: Município Sustentável, Estrutura
e Educação Ambiental, Conselho Ambiental,
Biodiversidade, Gestão das Águas, Qualidade
do Ar, Uso do Solo, Arborização Urbana, Esgoto
Tratado e Resíduos Sólidos.
Taubaté melhorou expressivamente
em Resíduos Sólidos, Esgoto Tratado, Conselho
Ambiental, Qualidade do Ar e Uso do Solo.
Entre as ações desenvolvidas em 2018,
destacam-se: Plano Municipal de Conservação
e Recuperação da Mata Atlântica, Plano de
Arborização Urbana, Plano de Controle de
Erosão, diversos mapeamentos realizados,
ações da coleta seletiva, ações de educação
ambiental, qualidade na gestão dos resíduos
sólidos e do saneamento básico.
A participação do município no programa é um
dos critérios de avaliação para a preferência na
liberação de recursos do Fundo Estadual de
Controle da Poluição (Fecop).
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19813820&e=577
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22
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Prefeitura de Lençóis Paulista
Data: 21/03/2019
Varejões são medidas de incentivo ao
produtor rural
Em Lençóis Paulista, o funcionamento dos
Varejões Municipais são medidas que atendem
e incentivam o pequeno produtor rural local, e
outros comerciantes que ali vendem seus
produtos durante a colheita de verduras,
legumes, frutas, queijos, além de artesanato e
uma infinidade de produtos como mudas de
plantas e hortaliças, pão caseiro, mel, salgados,
assados, o tradicional pastel de feira, entre
outros. Desta maneira esses produtores podem
comercializar diretamente com os
consumidores e incrementar a renda familiar.
A Prefeitura oferece o espaço do Varejão como
apoio aos pequenos produtores rurais de
Lençóis Paulista, trabalho também conhecido
como 'agricultura familiar', e que envolve uma
ação de sustentabilidade promovida no
município e faz parte da pró-atividade
apresentada na diretiva Município Sustentável
do Programa Município Verde Azul. A
Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente
(SAMA) também presta serviços, de acordo
com sua disponibilidade, com maquinário de
gradeamento de terra para preparo do solo ao
plantio, sendo que o serviço deve ser
requisitado diretamente na SAMA.
O Varejão Central atende tradicionalmente aos
domingos das 6h às 12h e as quintas-feiras a
partir das 14h até as 20h. Já o Varejão
'Josefhina Paulino', Núcleo Luiz Zillo,
inaugurado em julho de 2018, funciona as
quartas-feiras das 14h às 19h.
No início do governo Anderson Prado foi
realizada uma pesquisa de opinião, que decidiu
pela ampliação dos dias de funcionamento no
Varejão Central, que funcionava apenas aos
domingos, além da ampliação com a
inauguração do novo varejão do bairro Núcleo.
Os produtores rurais locais, que tiverem
interesse em comercializar produtos da
agricultura familiar nos varejões, devem
contatar a Secretaria de Agricultura e Meio
Ambiente, via protocolo, para que seja
verificada a disponibilidade de espaço.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19819791&e=577
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23
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: SB 24 horas
Data: 21/03/2019
Capivari participa de capacitação para a
conquista do selo do Município Verde Azul
Meta é de receber a certificação no ano de
2019; resultado será divulgado em dezembro
A Prefeitura de Capivari, por meio da Secretaria
de Desenvolvimento Urbano, através da
Diretoria de Meio Ambiente, participou na
última quinta-feira (14/3) de capacitação para
o Programa Município Verde Azul- PMVA,
realizada no Centro de Convenções Aydil Pinesi
Bonachella, em Indaiatuba.
Lançado em 2007 pelo Governo do Estado de
São Paulo, por meio da Secretaria do Estado de
Meio Ambiente, o programa tem o propósito de
medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental
com a descentralização e valorização da agenda
ambiental nos municípios. A participação do
município no PMVA é um dos critérios de
avaliação para a preferência na liberação de
recursos do Fundo Estadual de Controle da
Poluição - FECOP.
Cada município precisa se nortear por dez
Diretivas, para atingir o mínimo de 80 pontos
necessários para a cerificação, com os temas:
Município Sustentável, Estrutura e Educação
Ambiental, Conselho Ambiental,
Biodiversidade, Gestão das Águas, Qualidade
do Ar, Uso do Solo, Arborização Urbana, Esgoto
Tratado e Resíduos Sólidos.
Segundo a diretora de Meio Ambiente, Natália
Sampaio, o município tem melhorado seus
índices a cada ano, como reflexo dos trabalhos
desenvolvidos em educação ambiental tanto
nas escolas, quanto com a população e
empresários locais. 'Em 2018, subimos 52
posições no ranking entre 645 municípios
paulistas, se comparado ao ano de 2017.
Estamos confiantes na conquista do selo para
este ano, e temos trabalhado muito para isso.
Neste mês de março estamos promovendo a
'Semana da Água' com alunos da Escola
Municipal Augusto Castanho, apresentando aos
estudantes possibilidades de preservação
ambiental e economia de recursos naturais', diz
Natália.
Para o prefeito, Rodrigo Proença, a participação
do município vai além da conquista da
certificação. 'O mais importante é conscientizar
a população para a preservação das árvores,
matas, nascentes, solo e ar, para que
possamos diminuir os impactos negativos
causados por nós mesmos quando
desperdiçamos água, ou poluímos, até mesmo
de maneira inconsciente, o nosso planeta. A
educação ambiental é fundamental para o bem
estar de todos', diz o prefeito.
Novas etapas de capacitação estão previstas
para os meses de maio e junho. Em dezembro
é divulgada a classificação dos municípios.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19784684&e=577
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24
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: TVB Record Campinas
Data: 21/03/2019
Retirada de aguapé é autorizada pela
Cetesb em Americana
Vídeo: https://s3-sa-east-
1.amazonaws.com/multclipp/arquivos/noticias
/2019/03/22/19800644/19800644.mp4
Duração: 00:00:37
Hora da Veiculação: 18:56:34
A retirada de aguapé da represa salto grande
em Americana é autorizada pela Cetesb
acompanhando dental do estado de São Paulo
o plano emergencial elaborado
pela Cetesb para retirada das plantas por meio
de uma comporta.
Foi entregue hoje a Secretaria de Meio
Ambiente de Americana a cpfl renováveis que
atualmente faz a remoção mecânica dos
alguma peça.
Utilizando caminhões barcos escavadeira quem
deve executar o plano emergencial de acordo
com o parecer técnico da Cetesb o prazo para
executar o plano é de sessenta dias a contar a
partir do início do trabalho.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19800644&e=577
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25
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: A Tribuna de Santos / Porto e Mar
Data: 22/03/2019
Armazém da Álamo começa a ser
reconstruído
Mais de um mês após a destruição do armazém
do Grupo Álamo, atingido por fortes ventos e
chuva na madrugada de 4 de fevereiro, as
obras de reconstrução da estrutura serão
iniciadas hoje. De acordo com o diretor
Comercial da empresa, José Maria Aparício
Moncho, o seguro demorou para liberar os
recursos para a intervenção. A instalação
retroportuária, que funciona como Recinto
Especial para Despacho Aduaneiro de
Exportação (Redex), foi destelhada e teve as
estruturas abaladas, 'O prejuízo não foi
pequeno'. As áreas operacional, administrativa
e até os gates de acesso ao imóvel ficaram
destruídos. Além disso, balanças ficaram
submersas, computadores molhados e papéis
destruídos. Algumas cargas também foram
atingidas. As atividades no armazém foram
suspensas e as operações transferidas para
outra instalação do grupo, também na Rua
Abílio dos Santos.
VISTORIAS
A perícia da asseguradora fez fotos e avaliou o
estrago, bem como os técnicos da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb),
que foram verificar se havia armazenagem ou
movimentação de produtos químicos no
armazém. Não foi constado nenhum risco ao
meio ambiente. Representantes da Defesa Civil
de Santos também entraram em contato para
verificar o tamanho dos estragos. 'O que ficou
em pé teve que ser derrubado'.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19811818&e=577
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26
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: A Tribuna de Santos
Data: 22/03/2019
Vila dos Pescadores, em Cubatão
Há mais de 20 anos se fala, aqui na região, em
ter 100% de coleta e tratamento de esgoto. No
entanto, ainda não é uma realidade,
especialmente nos municípios do Litoral Sul.
Quais são os planos da Sabesp para se cumprir
esse desafio e com quais prazos a companhia
trabalha?
A Sabesp vem investindo fortemente nos
últimos anos na ampliação do índice de
cobertura das redes coletoras de esgotos. E,
em até dez anos, a empresa alcançará 95% em
toda a Baixada Santista, mantendo o
tratamento em 100% do coletado. A previsão
faz parte da etapa futura do Programa Onda
Limpa.
Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas A
Tribuna (IPAT) apontou que mais de 60% das
pessoas consumiria mág uade reúso.
Atualmente, qual é o maior impeditivo para que
o reúso seja uma realidade no cotidiano das
cidades?
O reúso é uma realidade em muitos países, mas
ainda sofre alguns entraves no Brasil quanto à
questão da legislação ambiental e sanitária.
Tivemos um avanço muito grande na questão
da regulamentação aqui no Estado de São
Paulo, com um trabalho conjunto das
secretarias de Saneamento e Recursos
Hídricos, Saúde e Meio Ambiente. É, inclusive,
a legislação mais avançada no País. Mas é
preciso ampliar e aprofundar esse trabalho para
oferecer mais segurança aos usuários e a quem
quer investir na área. O maior espaço para
crescimento nesse setor é nos usos industriais
e urbanos, não para consumo humano direto.
Também precisamos tornar os custos mais
atrativos para os clientes. A Sabesp tem
iniciativas muito boas nesta área, como a
parceria com a BRK Ambiental no Aquapolo
Ambiental, projeto moderno e sustentável,
considerado o maior empreendimento para a
produção de água de reúso industrial na
América do Sul e quinto maior do planeta. Pode
produzir 1.000 litros por segundo de água de
reúso, utilizando os mais avançados processos
tecnológicos existentes.
A Sabesp pretende ampliar esse conceito de
reúso pensando em uma visão de longo prazo?
É preciso lembrar que há uma diferença grande
da água de reúso para aquela que é reutilizada
em casas e condomínios. Como, por exemplo,
o uso da água que sai da máquina de lavar para
lavar calçadas. Essa água não precisa de
tratamento para ser reutilizada. Já a água de
reúso vem do esgoto coletado e passa por
complexos procedimentos para garantir sua
purificação. Em alguns países, a pureza com
que essa água sai é tão grande que pode ser
inclusive bebida diretamente. Mas é bastante
caro e só vale a pena para países que tem muito
pouca água, como Israel. Na Baixada, temos
muita água ainda e um regime de chuvas muito
forte. Mas é um caminho para o futuro a longo
prazo, garantindo não só o abastecimento, mas
também o tratamento total do esgoto.
Diversos fatores são determinantes para a
qualidade das praias, como principalmente a
poluição difusa nas vias públicas (formada pelo
lixo, chorume e dejetos de animais descartados
nas ruas) e lançamentos irregulares de esgotos
nos canais de drenagem. Os relatórios da
Cetesb relacionam diretamente esse problema
aos episódios de chuva - principalmente nos
fins de semana, quando as análises são feitas -
pois isso aumenta a vazão dos cursos d'água
que vão para o mar. No caso de Santos também
é essencial manter uma criteriosa e eficiente
operação no sistema de comportas que barram
as águas de drenagem fazendo com que sigam
para o interceptor oceânico em tempo seco. O
trabalho da empresa de identificação de
ligações feitas indevidamente é constante,
verificando se a saída do esgoto domiciliar está
sendo erroneamente direcionada às galerias de
águas pluviais ou vice-versa. E é estreita a
parceria com as vigilâncias sanitárias dos
municípios, responsáveis por fiscalizar, notificar
e aplicar multa aos imóveis não conectados à
rede. A Sabesp informa os locais onde existem
redes disponíveis para população e os imóveis
que não estão conectados. E ainda existem as
áreas de moradias irregulares na região - onde
a atuação da companhia é impedida por lei -
que fazem todo tipo de descarte nos corpos
hídricos. Por este motivo, até mesmo a cidade
de Santos que tem o 4º melhor saneamento do
país, segundo o Instituto Trata Brasil,
apresenta bandeira vermelha em alguns
períodos.
A pesquisa IPAT também apontou que 52% das
pessoas se dizem 'muito preocupadas' e 32%
'levemente preocupadas' com uma futura
escassez de água. O senhor diria que a falta de
água ou a necessidade de racionamento é uma
realidade possível ao Estado de São Paulo?
27
Grupo de Comunicação e Marketing
Nesse aspecto, trabalhamos sempre em duas
frentes: obras para aumentar a reservação, a
produção e a flexibilidade dos sistemas de
abastecimento e, na outra vertente, no uso
racional da água. Ou seja, aumentamos a
oferta, mas também estimulamos os clientes a
consumirem com mais consciência a água. Com
isso, conseguimos ampliar a nossa capacidade
de atendimento e garantir um futuro mais
tranquilo.
'O trabalho de identificação de ligações
indevidas de esgoto é constante. Nas áreas de
moradias irregulares, a atuação da companhia
é impedida por lei'
Em Santos, especificamente, as praias ficaram
impróprias para o banho a maior parte do
tempo no ano passado. E essa é uma condição
que está diretamente relacionada a ligações
clandestinas de esgoto, que despejam nos
canais os detritos. Como a Sabesp pode atuar
nesse campo, já que a Cidade é quase que
completamente atendida em coleta?
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19811832&e=577
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28
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Correio Popular
Data: 22/03/2019
Parceria Campinas e Valinhos
O convênio celebrado no último dia 18, que
permite à Sanasa Campinas assumir a gestão
da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE
Capuava), no Município de Valinhos, é histórico,
pioneiro e revela a maturidade dos prefeitos
municipais de Campinas e de Valinhos, Jonas
Donizette e Orestes Previtale, respectivamente.
Na verdade, a parceria foi construída nos dois
últimos anos e teve, não só o apoio, como
também a autoria do Gaema Campinas, na
pessoa do promotor público Dr. Rodrigo
Sanches Garcia. Em 20/12/2018 foi assinado o
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que
previa essa parceria concretizada nesse dia 18.
Campinas já tinha o projeto para fazer o
Retrofit da Estação Anhumas, que hoje trata
parte do esgoto da cidade. Além disso, já
tínhamos obtido o financiamento para a obra,
oriundo da Caixa Econômica Federal com
recursos do FGTS, através do Programa
`Saneamento para Todos', atualmente a cargo
do Ministério do Desenvolvimento Regional. Tal
assunto foi levado para o prefeito de Campinas,
Jonas Donizette. Atendendo ao interesse
público e ao princípio consagrado na
Administração Pública de 'não duplicação de
meios para fins idênticos', amplamente
praticado sobretudo nas Universidades (Artigo
154 do Estatuto da Unicamp), o prefeito
deliberou autorizar a Sanasa a prosseguir nos
entendimentos com o Departamento de Água e
Esgoto de Valinhos (DAEV), com vistas à
efetivação da parceria, que foi efusivamente
aprovada pelo Ministério Público, Cetesb e
Consórcio PCJ. A parceria foi comemorada pelos
respeitados técnicos da Sanasa, entre eles os
engenheiros Marco Antônio dos Santos, Renato
Rossetto, Adriana Isenburg e Rovério Pagotto
Junior, os quais veem no histórico acordo um
salto a favor do meio ambiente. Isso porque
estarão presentes a efetiva melhoria da volta
de água de excelente qualidade para o Rio
Atibaia, bem como a produção de água de
reúso para múltiplas atividades. Todos os
técnicos e o presidente do DAEV, Dr. Pedro
Medeiros, também trabalharam intensamente
para esta parceria acontecer, formando um
grande caminho na direção da sustentabilidade
do saneamento nos dois municípios. Serão
investidos cerca de R$ 130 milhões na
construção da nova ETE Capuava de Valinhos,
que tratará todo o esgoto daquela cidade e a
parte que vem sendo tratada na ETE
Samambaia de Campinas. Quatrocentos litros
por segundo serão tratados na aludida ETE e o
prazo de conclusão da obra é de até 36 meses.
Vamos trabalhar bastante para cumprir o
cronograma no menor tempo possível. Não foi
fácil a construção desta parceria que tinha que
se viabilizar a nível político, técnico, jurídico e
econômico financeiro. Isso mostra que, quando
estão presentes o interesse público e a
maturidade política, coisas boas acontecem.
Vamos em frente!
Arly de Lara Romêo é diretor presidente da
Sanasa Campinas
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19803866&e=577
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29
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Correio Popular
Data: 22/03/2019
Cetesb dá aval à remoção dos aguapés em
represa acaba neste
Após grande pressão popular e de autoridades,
a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) autorizou oficialmente, via comporta,
a remoção dos aguapés da Represa de Salto
Grande, em Americana. De acordo com o
parecer técnico da companhia, o prazo para
executar o plano é de 60 dias, a ser contado a
partir do início dos trabalhos. O reservatório
está tomado por cerca de 270 hectares de
plantas aquáticas, que se proliferam pela água
poluída, fruto da falta de tratamento dos
esgotos de cidades vizinhas e pelo despejo
irregular oriundo de indústrias e empresas -
elas se alimentam do fósforo e nitrogênio
presentes nos poluentes.
A Secretaria de Meio Ambiente de Americana
recebeu ontem o Plano Emergencial de Manejo
de Plantas Aquáticas elaborado pela Cetesb e
agora, a CPFL Renováveis, que possui uma PCH
(Pequena Central Hidrelétrica) na represa, fará
a execução da retirada dos aguapés por meio
da abertura de uma comporta. A CPFL já vem
removendo as macrófitas de forma mecânica,
utilizando caminhões, barcos e escavadeira. Na
semana passada, o secretário de Meio
Ambiente, Odair Dias, esteve na PCH para
acompanhar os serviços.
'Nosso trabalho tem surtido efeito, e o apoio da
população tem sido fundamental. Aos poucos
estamos tendo conquistas, mas o trabalho não
para', disse o secretário. A retirada dos
aguapés ficou um tempo suspensa, mas agora
Dias garante que os trabalhos ocorrem em
ritmo acelerado. 'As atividades foram
suspensas durante vários meses. Houve
pressão nossa junto ao Ministério Público e
Cetesb. Houve uma união de órgãos diante
essas pessoas terão desconto do problema
instalado pos dos valores antecipados
correscausa dos aguapés. A CPFL, pressionada,
retomou a retirada das macrófitas', explicou.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19803867&e=577
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30
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Folha da Cidade
Data: 22/03/2019
Araraquara guarda inestimável acervo
sobre o Aquífero Guarani, diz Yashuda
Nesta sexta-feira, dia 22 de março, é
comemorado o Dia Mundial da Água. A data foi
criada com o objetivo de alertar a população
internacional sobre a importância da
preservação da água para a sobrevivência de
todos os ecossistemas do planeta.
Araraquara está situada em uma região de
recarga de uma das maiores reservas de água
doce do planeta, o Aquífero Guarani. Esta
localização geográfica da cidade exige uma
atenção redobrada com o solo, a fim de evitar
diversos tipos de contaminação que podem
afetar a água armazenada no Aquífero.
O vereador Jéferson Yashuda (PSDB) visitou a
unidade de Araraquara do Departamento de
Águas e Energia Elétrica (DAEE), o órgão gestor
de recursos hídricos do estado de São Paulo,
onde foi recebido pelo diretor, o engenheiro
Reinaldo Passerini, e pelos geólogos Osmar
Gualdi d José Luiz Galvão de Mendonça, que
apresentaram ao parlamentar o inestimável
acervo de conhecimento acumulado ao longo
de 30 anos pelo órgão sobre águas
subterrâneas no estado de São Paulo, em
especial sobre o Aquífero Guarani. Além dos
projetos e históricos de poços de todo o estado,
o DAEE também dispõe de um valioso
laboratório com amostras de perfuração de
poços das mais diversas regiões do território
paulista. 'Este acervo do DAEE é um tesouro
inestimável, que precisa ser mais conhecido e
valorizado', disse Yashuda.
O geólogo Osmar Gualdi disse que atualmente
entre 65% e 70% do abastecimento público de
água em Araraquara é captado do Aquífero
Guarani. 'A cidade está em uma região onde o
Aquífero está bem próximo da superfície, o que
exige um constante trabalho de monitoramento
e preservação por parte de órgãos como o
Daee e a Cetesb', disse o José Luiz Galvão de
Mendonça. Já o diretor Reinaldo Passerini
ressalta que, apesar da dimensão, o Aquífero
Guarani é um recurso finito que deve ser
explorado adequadamente.
Muitas pessoas pensam que um aquífero é
como um rio subterrâneo. Na verdade, o
aquífero é uma rocha extremamente porosa e
permeável responsável pela proteção e
armazenamento da água. 'Cada vez que chove
na área, existe a absorção de água, que infiltra
e fica armazenada nesse pacote arenoso. A
chuva mantém essa reserva subterrânea e a
recarga é muito lenta. A água da chuva penetra
o solo a uma velocidade de um metro e meio a
dois metros por ano', explica o geólogo.
De acordo com o Daee, as maiores cidades do
Estado de São Paulo abastecidas em sua
totalidade pelo aquífero são Ribeirão,
Sertãozinho e Matão. Já São Carlos,
Araraquara, Bauru e São José do Rio Preto têm
o abastecimento parcial.
A proximidade da superfície da água
armazenada no aquífero, ao mesmo tempo,
garante uma vantagem a Araraquara e
aumenta a responsabilidade sobre a sua
preservação e exploração adequada. Há
preocupações constantes com poços
clandestinos e os efeitos da exploração
excessiva que causa rebaixamento do nível do
aquífero.
Com o propósito de proteger áreas de recarga
do Aquífero Guarani, em Araraquara foi
promulgada em 22 de dezembro de 2001 a Lei
Complementar nº 49, que institui a Zona de
Proteção de Aquífero Regional no território do
Município.
Aquífero Guarani
Com mais de 1 milhão de quilômetros
quadrados, o Aquífero Guarani é considerado
uma das maiores reservas hídricas
subterrâneas transfronteiriça do mundo, com
reserva permanente estimada em 37 mil
quilômetros cúbicos de água e potencial
explorável sem risco para o sistema da ordem
de 40 quilômetros cúbicos por ano. Esse imenso
manancial abrange parte dos estados de Goiás,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul;
além de Argentina, Paraguai e Uruguai.
A proteção do aquífero e sua exploração é um
tema que preocupa os governos do Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai, que criaram em
2003 o Projeto para a Proteção Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável do Sistema
Aquífero Guarani, com o objetivo de aumentar
o conhecimento sobre o recurso e propor um
marco técnico, legal e institucional para sua
gestão coordenada. Com tamanha relevância
para o País, o Guarani, assim como todos os
corpos d'água, também é protegido pela Lei de
Águas.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19805858&e=577
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31
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Globo Sorocaba e Jundiaí
Data: 21/03/2019
Justiça determina paralisação de obras do
aterro sanitário de Araçariguama
Decisão foi tomada com base em um relatório
da Cetesb, que constatou risco de
contaminação e aterramento do ribeirão do
colégio.
Uma liminar da Justiça determinou a
paralisação das obras de construção do aterro
sanitário de Araçariguama (SP). A decisão foi
tomada com base em um relatório da
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb), que constatou risco de contaminação
e aterramento do Ribeirão do Colégio, que
garante o abastecimento da cidade.
O juiz concluiu que a movimentação de terra
sem vistoria e alvará da prefeitura poderia
causar dano irreversível ao córrego. Segundo a
prefeitura, as nascentes estão bem perto do
local onde o aterro está sendo construído.
"Temos mil toneladas de lixo por ano. A partir
daquele empreendimento seriam cinco mil
toneladas por dia em cima das nossas
nascentes, então é uma preocupação muito
grande mesmo com aquele lugar, com a
quantidade de lixo e da nossa cidade ficar
totalmente sem água", explica a prefeita Lili
Aymar.
A área é de proteção ambiental permanente
desde o começo do ano passado, quando a lei
de zoneamento urbano foi aprovada na cidade.
Em janeiro deste ano, uma equipe de
fiscalização da prefeitura foi com a Polícia
Militar, Guarda Municipal e Defesa Civil até o
terreno. A área foi lacrada e oito funcionários
da empresa Proactiva, que faz a construção do
aterro, foram levados para a delegacia.
Além da interdição da prefeitura, a Cetesb
também embargou o aterro e multou a
empresa em R$ 80 mil por um carreamento de
terra das obras para o Ribeirão do Colégio.
Mesmo depois disso, segundo a prefeitura, as
obras continuaram e o município recorreu à
Justiça novamente.
A decisão do juiz de São Roque (SP) tomou
como base a vistoria feita pela Cetesb. O laudo
apontou que, apesar das medidas adotadas
pela empresa, como barreiras de pedra e
mantas próprias para conter a terra e a lama, a
qualidade da água dos afluentes do ribeirão
poderia ser afetada pelo aterro.
A empresa teve autorização da prefeitura para
uso do solo em 2011, na gestão do então
prefeito Roque Hoffman.
Em 2016, a empresa recebeu uma licença
da Cetesb com a condição de receber somente
250 toneladas de lixo geradas em
Araçariguama diariamente, mas o município
não concordou.
O projeto do aterro prevê o uso por 17 anos e
três meses. O investimento da obra é de R$ 16
milhões e o início da operação está previsto
para novembro deste ano. Hoje o lixo gerado
na cidade, mil toneladas por ano, vai para um
aterro sanitário em Santana do Parnaíba (SP).
A prefeita de Araçariguama diz que, mesmo
com a liminar da Justiça, a prefeitura também
já encaminhou um novo pedido à Cetesb para
que a companhia não conceda mais nenhum
tipo de licença à empresa.
A Cetesb ainda não foi notificada sobre a
decisão judicial mencionada. Em janeiro deste
ano, fiscais constataram durante vistoria que a
empresa descumpriu a determinação da licença
de instalação emitida pela Cetesb de não iniciar
as obras para implantação do empreendimento,
incluindo movimentação de terra, durante
período de chuvas.
Diante disto, a obra foi embargada e a empresa
multada. As licenças ambientais, prévia e de
instalação, foram emitidas em dezembro de
2013 e novembro de 2016, respectivamente,
faltando ainda a licença de operação.
A empresa Proactiva informou que interrompeu
a movimentação de terra assim que teve
conhecimento da liminar, mas vai manter os
trabalhos que já foram autorizados pela Cetesb
e que não fazem parte da terraplanagem.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19806611&e=577
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32
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Agência FAPESP
Data: 22/03/2019
Ciudades para la vida, la experiencia de
Medellín
Agência FAPESP - A Faculdade de Saúde Pública
da Universidade de São Paulo (FSP-USP)
realizará a palestra Ciudades para la vida, la
experiencia de Medellín no dia 27 de março de
2019, em São Paulo.
O objetivo da palestra é debater as questões
relacionadas às iniciativas adotadas na cidade
colombiana de Medellín, como investimentos na
segurança pública, meio ambiente e
transportes, que transformaram a economia
local e a reputação da cidade.
O evento terá a presença de Aníbal Gaviria, ex-
governador do estado de Antioquia (2004-
2007) e ex-prefeito de Medellín (2012-2015). A
palestra contará com Patrícia Iglecias,
presidente da Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo (Cetesb), e Camila Nunes Dias,
da Universidade Federal do ABC (UFABC) e
integrante do Núcleo de Estudos da Violência
(NEV) da USP, como debatedoras.
O NEV é um Centro de Pesquisa, Inovação e
Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.
A palestra ocorrerá no Anfiteatro João Yunes da
FSP-USP, na avenida Dr. Arnaldo, 715,
Cerqueira César, São Paulo, às 14h. O evento é
gratuito e aberto ao público. As inscrições
podem ser feitas pelo site da FSP-USP.
Mais informações:
www.fsp.usp.br/site/noticias/mostra/13220.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19814852&e=577
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33
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Prefeitura de Ilhabela
Data: 21/03/2019
Ilhabela avança na universalização do
saneamento básico no município
Redes coletoras e estação de tratamento de
esgoto e reservatórios para captação,
reservação e distribuição de água são algumas
das obras em andamento
A Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria
de Meio Ambiente, realiza o maior investimento
em saneamento básico da história do
município, cerca de R$ 160 milhões. Os
trabalhos já estão em andamento e avançados,
em busca da universalização do saneamento
básico em Ilhabela.
Dentre as várias iniciativas e obras em
andamento, podemos ressaltar a entrega de
oito quilômetros de rede coletora de esgoto,
entre o Piúva e Portinho. Ainda no Sul da ilha,
o prefeito, Márcio Tenório, expedirá nesta sexta
feira, 22 de março, ordem de serviço para início
das obras de 24 quilômetros de rede coletora,
do Julião ao Veloso. E no Norte, região do
Siriúba, mais sete quilômetros de rede coletora
serão executados nos próximos meses.
A Prefeitura está concluindo seis elevatórias de
esgoto, sendo: duas na Costa Bela, uma no
Reino, uma na Armação e duas na Santa
Terezinha, que entrarão em funcionamento nos
próximos meses. Outras 33 novas unidades
elevatórias estão em fase de licenciamento e
obras. Serão três no bairro do Ilhote/Piúva; seis
na Feiticeira, Portinho e Julião, 18 na Praia
Grande, Curral e Veloso e seis no Siriúba.
Falando em Estação de Tratamento de Esgoto
(ETE), o município terá quatro novas estações.
A da Feiticeira, já licenciada pela Cetesb, com
sistema terciário de tratamento. A do
Itaquanduba, em fase de licenciamento, terá
sistema secundário. E ainda as estações da
Praia Grande e Siriúba, ambas com sistema
terciário, que terão seus projetos executivos
entregues pela Sabesp na primeira quinzena
de abril. Com a entrega dos projetos, a
Prefeitura dará andamento na fase de
licenciamento.
A Administração está ampliando em seis vezes
a captação, reservação e distribuição de água,
com a construção de novos reservatórios para
armazenamento. Hoje, no sistema Água
Branca, existem seis reservatórios com
capacidade de 4,1 milhões de litros de água,
que passarão para 10,32 milhões de litros, com
a construção de mais sete unidades. Já o
sistema Pombo, na região Sul, passará de 150
mil litros de água para 3,5 milhões de litros, em
três reservatórios. Após a conclusão dessas
obras, Ilhabela terá um armazenamento de
13,87 milhões de litros de água.
'Assumimos o desafio de reduzir de 30 para seis
anos o prazo da universalização do saneamento
em nosso arquipélago. E estamos realizando o
maior investimento da história de Ilhabela, com
R$160 milhões, de Norte a Sul, para melhorar
ainda mais a qualidade de vida da nossa
população', ressaltou Márcio Tenório.
O post Ilhabela avança na universalização do
saneamento básico no município apareceu
primeiro em Prefeitura Municipal de Ilhabela.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19794512&e=577
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34
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: RD Repórter Diário
Data: 21/03/2019
Condomínio Cidade de Deus: Promotoria
aguarda manifestação de incorporadora
George Garcia
A promotoria de Justiça de Mauá, está
aguardando manifestação da RRX Holding para
decidir se irá propor uma ação civil pública
contra a empresa que comercializou unidades
no Condomínio Cidade de Deus, em Mauá. O
condomínio foi lançado em 2017, na rua Rio
Branco, mas após várias vendas concretizadas
os compradores tiveram a informação de que
a Cetesb(Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo) considera a área inabitável por
conta da poluição do solo causada por
empresas químicas que ocuparam o terreno até
os anos 90.
O promotor José Luiz Saikali, que cuida do caso,
disse que a promotoria teve, num primeiro
momento, dificuldade em localizar a empresa
responsável pela comercialização. Segundo ele
primeiramente foi notificada a RRX, mas a
empresa relata que é a RRX Holding
Participações e Investimentos Ltda., que fez as
vendas. 'Parece estranho, duas empresas com
o mesmo nome, mas fizemos esse ajuste,
vamos notificar e dar o prazo para a empresa
se manifestar. Dependendo da resposta vamos
ver se vamos precisar de uma providência mais
enérgica, como uma ação civil pública.
Venderam o que não devia, e vão ter que
devolver o dinheiro integralmente', destacou o
promotor.
Em nota, a Cetesb afirma que a área está
contaminada. 'A contaminação é resultante da
atividade das indústrias químicas Uniroyal e
Unimauá, que fecharam na década de 1990 e
posteriormente a área foi comprada pela Igreja
Batista Água Viva. Na transição de
proprietários, ocorreu o desmembramento do
terreno e, a partir de 2010, a igreja ficou com
uma parte e a Leblon Transportes ficou com
outra. A Cetesb solicitou aos novos
proprietários uma investigação detalhada e as
medidas propostas para intervenção e
remediação das áreas. Até a conclusão da
investigação e parecer da Cetesb sobre a
proposta de reutilização das áreas, o local não
pode ser ocupado', sustenta o órgão de controle
ambiental.
Compradores ouvidos pelo RD relataram que a
Igreja Batista teve participação nas vendas.
Disseram que foram feitas reuniões para
apresentar o empreendimento vendido como
um condomínio clube. Natália Teodoro
Rodrigues Silva, uma das compradoras, relatou
até a disputa entre pastores pela comissão das
vendas. 'Indiquei uma amiga e ela também
comprou. Depois o pastor que me vendeu
queria comissão também sobre a outra venda'.
A compradora disse ter investido R$ 35 mil no
empreendimento. Ela ainda não recebeu o
dinheiro de volta.
Saikali disse que não tem elementos para
envolver a igreja em uma eventual ação. 'Eu
não tenho materialidade, os contratos, não
citam a igreja. Mas essa é outra questão,
primeiro tem que devolver o dinheiro das
pessoas', concluiu.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19788459&e=577
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35
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Tribuna do Vale
Data: 21/03/2019
Sanepar mostra gestão em resíduos
sólidos em encontro com prefeitos
Cerca de 65 mil toneladas de resíduos sólidos
domiciliares são tratados por ano nos aterros
de sete municípios paranaenses que estão sob
a responsabilidade da Sanepar. Esta
experiência, que já é referência em termos de
excelência na gestão, foi apresentada no
encontro Interface da Gestão de Resíduos
Sólidos com Recursos Hídricos, nesta quarta-
feira (20), em Jacarezinho.
O evento, promovido pelo Comitê da Bacia
Hidrográfica (CBH) do Rio Paranapanema,
reuniu mais de 130 participantes, entre
prefeitos, secretários e técnicos de 79
municípios do Paraná e São Paulo que integram
o Comitê. O objetivo foi discutir os impactos da
gestão dos resíduos sólidos nos recursos
hídricos e sensibilizar os gestores públicos no
sentido de viabilizar a implementação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos.
'Avançamos as discussões sobre os desafios
relacionados ao tema, especialmente em
relação aos riscos de contaminação dos corpos
hídricos. Ainda existem lacunas na gestão,
desde a coleta dos resíduos até os aterros',
afirma o presidente do Comitê de Bacia do
Norte Pioneiro e técnico em edificações na
Sanepar, Gandy Ney de Camargo, anfitrião do
evento. 'O resultado deste encontro estará
condensado num documento, que em breve
estará nos sites dos comitês', diz.
Na abertura do evento, o gerente-geral da
Sanepar na região, Rafael Malaguido, destacou
a preocupação da Companhia em colaborar
com os municípios na gestão dos resíduos
sólidos. 'Precisamos atuar de forma a garantir
a preservação dos mananciais, para levar água
boa de beber até a casa de cada paranaense',
resumiu.
RESÍDUOS SÓLIDOS - 'O mundo precisa
avançar com melhores tecnologias para tratar
seu lixo', afirma o gerente de Resíduos Sólidos
da Sanepar, Charles Carneiro.
Entre os entraves para a aplicação da Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Charles
menciona a dificuldade de cobrança da tarifa
pelas prefeituras para uma gestão adequada
dos resíduos. 'A cobrança, tradicionalmente
feita nos carnês de IPTU, acaba por gerar
inadimplência muito grande. Além disto, é
preciso ter escala em volume de resíduos para
cobrir os custos operacionais de uma tecnologia
mais moderna e adequada à legislação
ambiental', explica Carneiro. 'É necessária que
a coleta seletiva, a construção e a manutenção
dos aterros não poluam os lençóis freáticos.'
O gerente falou sobre a proposta de gestão
regionalizada dos resíduos aos 19 municípios
da Associação dos Municípios do Médio
Paranapanema (Amepar). 'Estamos estudando
rotas tecnológicas e considerando a instalação
de um aterro consorciado em 2020. Nos
colocamos como prestadores de serviço à
disposição dos municípios para vencer os
muitos desafios relacionados à gestão
adequada dos resíduos sólidos domiciliares',
concluiu.
Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (Cetesb) também apresentaram
cases e falaram dos desafios da implantação da
PNRS. 'O primeiro desafio é a educação
ambiental para que a separação de resíduos
seja realizada dentro de casa. Não há lei que
nos permita fiscalizar isto, então, precisamos
de educação', afirma Fernando Antônio
Wolmer, engenheiro da Diretoria de Avaliação
de Impacto Ambiental da Cetesb.
CONSTRUÇÃO CIVIL - A parceria com o
Sindicato da Indústria da Construção Civil no
Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), que
viabiliza a gestão de resíduos de mais de 2 mil
associados, foi apresentada pelo assistente
executivo da Presidência da Cetesb João Luiz
Potenza. O Sistema Estadual de Gerenciamento
Online de Resíduos Sólidos de São Paulo
(Sigor), módulo Construção Civil, tem
avançado em cidades como São José do Rio
Preto, com mais de 1.300 usuários e o
beneficiamento de mais de 30 tipos de artefatos
a partir dos resíduos coletados.
RECURSOS HÍDRICOS - O Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Paranapanema é federal e
integra seis comitês estaduais: Tibagi,
Piraponena e Norte Pioneiro, no Paraná; Alto
Paranapanema, Médio Paranapanema e Pontal
do Paranapanema, em São Paulo.
Desde 2016, um plano integrado de gestão de
bacias está sendo implantado nos municípios
que congregam o comitê federal. Construído de
forma participativa, o documento contempla a
gestão dos resíduos sólidos como um dos
pilares do saneamento básico, em
conformidade com a lei federal n. 11.445/2007
36
Grupo de Comunicação e Marketing
e com os Planos Municipais de Saneamento
Básico (PMSBs).
Para 2019, estão previstas outras duas ações
de integração entre os comitês dos dois
estados. 'A questão é manter o diálogo, a
mobilização e a integração dos membros. A
ideia é termos sempre propostas com a
participação de toda a sociedade', afirma
Suraya Damas de Oliveira Modaelli, secretária-
adjunta do CBH do Rio Paranapanema
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19806762&e=577
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37
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Tribuna Liberal
Data: 22/03/2019
Esgoto doméstico causa a morte de peixes
em represa de Nova Odessa
Companhia Ambiental de São Paulo
confirmou na quarta-feira o vazamento de
esgoto doméstico na região do Jardim dos Ipês
A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo) confirmou na última quarta-feira
(20) que a mortandade de peixes de uma
pequena represa situada na região do Jardim
dos Ipês, em Nova Odessa (próximo à divisa
com Sumaré), foi causada pelo vazamento de
esgoto doméstico, que atingiu o reservatório e
permitiu a proliferação de algas, retirando
oxigênio da água e, assim, matando os animais
por asfixia. A Coden (Companhia de
Desenvolvimento de Nova Odessa) afirmou
desconhecer vazamentos de esgoto na rede sob
sua responsabilidade, mas confirmou o
problema ambiental.
Imagens e vídeos dos peixes mortos foram
compartilhados por cidadãos em redes sociais e
aplicativos de mensagens nesta semana,
chamando a atenção para o problema. Um
deles mostra dezenas de peixes mortos ou
agonizando ao longo das margens. A lagoa em
questão, parte de um complexo de cinco
pequenos reservatórios situados ao longo do
Córrego Palmital, já teria sido utilizada como
pesqueiro até recentemente. Moradores de
Nova Odessa chegaram a temer algum tipo de
contaminação química das águas, o que não se
confirmou. Um dos vídeos divulgados mostra
pescadores no local.
'Técnicos da Companhia Ambiental estiveram
no local na última quarta-feira (20) e
constataram que a morte dos peixes em uma
das lagoas do Jardim dos Ipês, em Nova
Odessa, teve como causa a baixa oxigenação
da água, resultante do vazamento de esgoto da
rede pública. Técnicos da Coden (o serviço
municipal de Água e Esgoto) estiveram no local
e interromperam o lançamento irregular',
informou em nota a agência ambiental.
'A Cetesb está avaliando as medidas
administrativas cabíveis', completou a nota,
indicando a possibilidade de ser aplicada uma
multa pela contaminação causada ao meio
ambiente.
OUTRO LADO
Já a própria Coden, empresa de economia mista
controlada pela Prefeitura e responsável pela
coleta e tratamento de esgoto em Nova
Odessa, informou ontem em nota que
'desconhece ocorrências de vazamento na rede
de esgoto do Jardim dos Ipês ou em qualquer
outro bairro da cidade'.
'Em relação ao episódio citado, técnicos da
empresa e da Secretaria de Meio Ambiente
estiveram no local - onde funcionava um
pesqueiro - na tarde de quarta-feira (20) e na
manhã de quinta (21) para vistoriar o local e
colher amostras de água. No local, medição
feita pelos técnicos apontou baixa concentração
de oxigênio na água, o que certamente
ocasionou a morte de peixes. A baixa
concentração de oxigênio deve- -se, segundos
os técnicos, à presença de algas na represa,
que não tem água corrente', acrescentou a
Companhia.
A Coden informou ainda que 'análises
laboratoriais realizadas na quinta-feira por
técnicos da companhia descartaram,
preliminarmente, a presença de esgoto na água
represada'. 'O resultado definitivo do exame
deve sair na próxima semana', finalizou a
Companhia de Desenvolvimento de Nova
Odessa.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n
=19808721&e=577
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38
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Ubatuba Acontece
Data: 22/03/2019
Ilhabela recebe o lançamento do Plano
Nacional de Combate ao Lixo no Mar.
Será lançado no dia 22, data em que se
comemora o Dia Mundial da Água, em Santos e
Ilhabela, ambos municípios do Estado de São
Paulo, o Plano Nacional de Combate ao Lixo no
Mar (PNCLM).
O plano é uma das metas nacionais prioritárias
da Agenda de 100 dias do Governo Federal e
representa a primeira fase de uma Agenda
Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, que
contemplará também fases a serem lançadas
nos meses seguintes relacionadas à gestão de
resíduos, áreas verdes urbanas, qualidade do
ar, qualidade das águas e saneamento e áreas
contaminadas.
O Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar é
composto de um diagnóstico do problema do
lixo no mar no Brasil, valores de referência,
situação desejada, modelo de governança,
eixos de implementação, diretrizes,
indicadores, plano de ação e agenda de
atividades do plano, que, após o lançamento,
será atualizada no sítio eletrônico do MMA,
onde será possível acessar um painel interativo
com informações atualizadas sobre o tema.
O PNCLM representa uma nova estratégia para
enfrentar um problema complexo e que
depende da atuação dos governos federal,
estaduais e municipais, além do setor produtivo
e da sociedade civil organizada. O país
apresenta 274 municípios costeiros
defrontantes ao mar ao longo de 17 estados e
8.500 km de costa.
O Plano apresenta seis eixos de implementação
(resposta imediata; gestão de resíduos sólidos;
pesquisa e inovação tecnológica; instrumentos
de incentivo e pactos setoriais; normatização e
diretrizes; educação e comunicação) e está
dividido em 30 ações de curto, médio e longo
prazo, com ênfase em soluções pragmáticas e
concretas que contribuam para a melhoria da
qualidade ambiental no curto prazo. Entre as
ações, está previsto um projeto piloto para
instalação de dispositivos de retenção, como
redes coletoras em galerias pluviais e barreiras
flutuantes em rios e afluentes; mutirões para a
limpeza de praias e mangues; estímulo à coleta
seletiva e logística reversa nos municípios
costeiros; fomento a projetos de inovação
tecnológica para aproveitamento do plástico
recolhido do ambiente marinho.Segundo o
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, 'O
Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar
representa uma inovação e um grande esforço
de mobilização para responder de forma
coordenada e integrada à poluição do ambiente
marinho, que traz impactos aos ecossistemas e
também ao turismo, saúde e segurança de
navegação.
O combate ao lixo no mar constitui a primeira
fase da Agenda Nacional de Qualidade
Ambiental Urbana, que apresenta um conjunto
de ações concretas e de resposta imediata para
a melhoria da qualidade ambiental, e, portanto,
da qualidade de vida nas cidades brasileiras'.
A programação de lançamento, incluirá uma
série de eventos ao longo do dia 22/03,
começando às 9h, com um mutirão de coleta de
resíduos no mangue em Santos/SP, seguido de
evento de inauguração da escultura Tubarão-
Baleia, de Siron Franco, e instalação de
ecobarreira em canal que deságua na Praia do
Gonzaga.
O evento prosseguirá, na parte da tarde, na
Ilha Bela, onde o ministro Ricardo Salles
acompanhará a realização de coleta para
verificar a qualidade da água nas praias,
realizará o lançamento do Plano Nacional de
Combate ao Lixo no Mar e concederá uma
coletiva de imprensa.
Ilhabela/SP
Praça da Bandeira, Píer da Vila
14:00 h Recepção aos convidados
Ações de comunicação de limpeza das praias
Coleta de água com a Cetesb
15:00 h Discurso de lançamento do Plano
Nacional de Combate ao Lixo no Mar
Márcio Batista Tenório, prefeito de Ilhabela
Representante do Governo de São Paulo, a
confirmar
Ricardo Salles, Ministro de Estado de Meio
Ambiente
16:00 h Espaço para entrevistas com
imprensa
16:30 h Encerramento
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19797583&e=577
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 22/03/2019
39
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: MMA
MMA lança Plano Nacional de Combate
ao Lixo no Mar
Será lançado no dia 22/03, data em que se
comemora o Dia Mundial da Água, em Santos e
Ilhabela, ambos municípios do Estado de São
Paulo, o Plano Nacional de Combate ao Lixo no
Mar (PNCLM).
O plano é uma das metas nacionais prioritárias
da Agenda de 100 dias do Governo Federal e
representa a primeira fase de uma Agenda
Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, que
contemplará também fases a serem lançadas
nos meses seguintes relacionadas à gestão de
resíduos, áreas verdes urbanas, qualidade do
ar, qualidade das águas e saneamento e áreas
contaminadas.
O Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar é
composto de um diagnóstico do problema do
lixo no mar no Brasil, valores de referência,
situação desejada, modelo de governança,
eixos de implementação, diretrizes,
indicadores, plano de ação e agenda de
atividades do plano, que, após o lançamento,
será atualizada no sítio eletrônico do MMA,
onde será possível acessar um painel interativo
com informações atualizadas sobre o tema.
O PNCLM representa uma nova estratégia para
enfrentar um problema complexo e que
depende da atuação dos governos federal,
estaduais e municipais, além do setor produtivo
e da sociedade civil organizada. O país
apresenta 274 municípios costeiros
defrontantes ao mar ao longo de 17 estados e
8.500 km de costa.
O Plano apresenta seis eixos de implementação
(resposta imediata; gestão de resíduos sólidos;
pesquisa e inovação tecnológica; instrumentos
de incentivo e pactos setoriais; normatização e
diretrizes; educação e comunicação) e está
dividido em 30 ações de curto, médio e longo
prazo, com ênfase em soluções pragmáticas e
concretas que contribuam para a melhoria da
qualidade ambiental no curto prazo. Entre as
ações, está previsto um projeto piloto para
instalação de dispositivos de retenção, como
redes coletoras em galerias pluviais e barreiras
flutuantes em rios e afluentes; mutirões para a
limpeza de praias e mangues; estímulo à coleta
seletiva e logística reversa nos municípios
costeiros; fomento a projetos de inovação
tecnológica para aproveitamento do plástico
recolhido do ambiente marinho.Segundo o
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, “O
Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar
representa uma inovação e um grande esforço
de mobilização para responder de forma
coordenada e integrada à poluição do ambiente
marinho, que traz impactos aos ecossistemas e
também ao turismo, saúde e segurança de
navegação.
O combate ao lixo no mar constitui a primeira
fase da Agenda Nacional de Qualidade
Ambiental Urbana, que apresenta um conjunto
de ações concretas e de resposta imediata para
a melhoria da qualidade ambiental, e, portanto,
da qualidade de vida nas cidades brasileiras”.
A programação de lançamento, incluirá uma
série de eventos ao longo do dia 22/03,
começando às 9h, com um mutirão de coleta de
resíduos no mangue em Santos/SP, seguido de
evento de inauguração da escultura Tubarão-
Baleia, de Siron Franco, e instalação de
ecobarreira em canal que deságua na Praia do
Gonzaga.
O evento prosseguirá, na parte da tarde, na
Ilha Bela, onde o ministro Ricardo Salles
acompanhará a realização de coleta para
verificar a qualidade da água nas praias,
realizará o lançamento do Plano Nacional de
Combate ao Lixo no Mar e concederá uma
coletiva de imprensa.
Programação – 22/03/2019
Santos/SP
9:00 h Mutirão para coleta de resíduos no
mangue
Praça Eusébio Rocha, rua Francisco Meira, São
Manoel
10:30 h Ações na Praia do Gonzaga
Praia do Gonzaga, em frente à Concha Acústica
• Discurso de inauguração da escultura
Tubarão-Baleia, do artista plástico
Siron Franco
Paulo Alexandre Barbosa, Prefeito de Santos
Siron Franco, artista plástico
VEÍCULO DIVERSOS
Data: 22/03/2019
40
Grupo de Comunicação e Marketing
Omar Rodrigues, Grupo Boticário
Ricardo Salles, Ministro de Estado de Meio
Ambiente
• Instalação de ecobarreiras
• Ações de comunicação e mobilização para
limpeza de praias
Ilhabela/SP
Praça da Bandeira, Píer da Vila
14:00 h Recepção aos convidados
• Ações de comunicação de limpeza das
praias
• Coleta de água com a Cetesb
15:00 h Discurso de lançamento do Plano
Nacional de Combate ao Lixo no Mar
Márcio Batista Tenório, prefeito de Ilhabela
Representante do Governo de São Paulo, a
confirmar
Ricardo Salles, Ministro de Estado de Meio
Ambiente
16:00 h Espaço para entrevistas com imprensa
16:30 h Encerramento
Ascom/MMA – (61) 2028-1227
http://mma.gov.br/component/k2/item/15428
-mma-lan%C3%A7a-plano-nacional-de-
combate-ao-lixo-no-mar.html
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 22/03/2019
41
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: PGESP
Data: 21/03/2019
Operação no ABC paulista fiscaliza área de proteção de mananciais
Equipes da Polícia Militar Ambiental e de
diversas instituições realizam atividades de
prevenção à ocupação irregular
Nesta quinta-feira (21), está em curso na
cidade de São Bernardo do Campo a Operação
Integrada em Área de Proteção e Recuperação
de Mananciais, que conta com a participação de
equipes da Polícia Militar Ambiental,
Coordenadoria de Fiscalização e
Biodiversidade, Secretaria de Habitação
Municipal, Guarda Civil Municipal Ambiental,
Secretaria do Meio Ambiente Municipal, Cetesb,
Creci/SP, Sabesp e Enel, companhia de energia
elétrica.
A ação tem o objetivo de realizar a prevenção
à ocupação irregular e parcelamento ilegal em
Área de Proteção e Recuperação de Mananciais
(APRM). A atividade consiste em uma das
atribuições da Polícia Militar Ambiental na
repressão a ações degradadoras da flora.
Assim, a corporação efetua fiscalizações nas
ocorrências que envolvem intervenção na
vegetação nativa e exótica dentro e fora de
regiões especialmente protegidas. As
ocupações irregulares em APRM podem
comprometer a segurança e saúde públicas dos
moradores dos locais e dos que dependem do
abastecimento proveniente dos mananciais.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ulti
mas-noticias/operacao-em-sao-bernardo-do-
campo-fiscaliza-area-de-protecao-de-
mananciais/
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 22/03/2019
42
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: MME
MME lança oficialmente o Sistema de Informações Energéticas (SIE)
O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou
oficialmente hoje (21), o Sistema de
Informações Energéticas do Brasil, o SIE Brasil:
uma plataforma computacional que irá
estruturar e sistematizar todas as estatísticas
energéticas do Brasil, em nível nacional. O SIE
Brasil, é resultado de uma parceria entre o
MME, a Organização Latino-Americana de
Energia - OLADE e o Banco de Desenvolvimento
da América Latina – CAF.
A plataforma permitirá a coleta, o
armazenamento, a publicação e a divulgação
de informações de forma dinâmica entre os
órgãos, os agentes do setor de energia e a
sociedade. Estão abrangidas informações sobre
oferta e demanda de energia, dados de
estrutura e instalações, recursos e reservas,
preços de energéticos, de equipamentos de
consumo, além de acesso a dados completos
sobre eficiência energética e a séries históricas
de estatísticas e indicadores, desde o ano de
1970 até os dias atuais.
O Secretário de Planejamento e
Desenvolvimento Energético do MME, Reive
Barros, destacou a importância dos parceiros
CAF e OLADE na viabilização do projeto.
Afirmou que o SIE Brasil serve como referência
para que também possa ser desenvolvido nos
demais países da América Latina, e declarou:
“Me parece que essa parceria OLADE/CAF, e
agora também o MME, pode permitir a
expansão em todos os países da América Latina
e assim, do ponto de vista de informações
energéticas, estaremos todos efetivamente
integrados”.
O SIE, que é o fechamento de dois anos de
trabalho, tem ainda como finalidade
proporcionar suporte à gestão do MME em
estudos de expansão de energia e às decisões
de investidores. Já está disponível ao público
em geral e para acessá-lo basta realizar o
cadastro no endereço
www.mme.gov.br/siebrasil.
http://www.mme.gov.br/web/guest/pagina-
inicial/outras-noticas/-
/asset_publisher/32hLrOzMKwWb/content/mm
e-lanca-oficialmente-o-sistema-de-
informacoes-energeticas-sie-
;jsessionid=67B4E40FECDF262D9E0ED71C7A
B094D7.srv155?redirect=http%3A%2F%2Fww
w.mme.gov.br%2Fweb%2Fguest%2Fpagina-
inicial%2Foutras-
noticas%3Bjsessionid%3D67B4E40FECDF262
D9E0ED71C7AB094D7.srv155%3Fp_p_id%3D
101_INSTANCE_32hLrOzMKwWb%26p_p_lifec
ycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_
mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-
1%26p_p_col_pos%3D1%26p_p_col_count%
3D5
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 22/03/2019
43
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: ANP
Diretoria da ANP aprova minuta final de acordo sobre o Parque das Baleias
A diretoria da ANP aprovou hoje (21/3) a
versão final da minuta de acordo para
encerramento da controvérsia envolvendo as
áreas do Parque das Baleias. O documento será
enviado à Advocacia-Geral da União (AGU) e ao
Ministério de Minas e Energia (MME) e, após
aprovação por esses órgãos, a ANP e a
Petrobras ficam autorizadas a assinar o acordo.
O Parque das Baleias compreende as áreas em
desenvolvimento de Baleia Anã, Baleia Azul,
Baleia Franca, Cachalote, Caxaréu, Mangangá,
Pirambu e o campo de Jubarte, originadas do
bloco BC-60, na Bacia de Campos. A Resolução
ANP nº 69/2014 determinou a unificação destas
áreas ao campo de Jubarte, no entanto, a
Petrobras instaurou um processo arbitral
perante a Câmara de Comércio Internacional
contestando a decisão.
Em dezembro de 2018, a diretoria da ANP
aprovou a minuta de acordo para encerramento
da controvérsia, colocada em consulta pública
por 45 dias, de forma a dar transparência ao
processo e permitir o envio de sugestões pelas
partes envolvidas, tais como os representantes
de governo, de prefeituras, agentes
econômicos e demais interessados. As
contribuições recebidas podem ser consultadas
na página Consulta e Audiência Públicas nº
34/2018.
Em 14 de fevereiro de 2019, foi realizada a
audiência pública sobre o tema e, em 22 de
fevereiro, a Petrobras informou formalmente à
ANP sua concordância com o envio da minuta
para aprovação da AGU e do MME.
Veja os principais pontos do acordo:
1) O novo contorno do Campo de Jubarte – que
passa a ser denominado “Novo Campo de
Jubarte” – será formado pelas áreas de Jubarte,
Baleia Azul, Baleia Franca, partes de Cachalote
e Pirambu, além de pequenas parcelas, devido
a ajustes locais, de Caxaréu e Mangangá;
2) As partes chegaram a um acordo sobre a
data-base do pagamento de diferenças de
participação especial (PE) sobre a produção do
novo Campo de Jubarte e demais áreas de
desenvolvimento do Parque das Baleias como
sendo o 4º trimestre de 2016;
3) À luz dos novos investimentos a serem
realizados, a ANP aprovou a prorrogação da
fase de produção do Novo Campo de Jubarte
por 27 anos, para 2056 (inicialmente, se
encerraria em 2029), condicionada a assinatura
do referido acordo; e
4) As diferenças de participação especial para
fins de pagamento ficam aproximadamente em
R$ 3,6 bilhões, tendo um pagamento à vista na
ordem de R$ 1,5 bilhão, ficando o restante
parcelado em 42 meses. E, sobre a apuração
prospectiva da PE, para os próximos 20 anos,
estima-se (com base em curva de produção
prevista, preço do óleo e câmbio atuais,
investimentos e custos operacionais) uma
previsão de arrecadação de aproximadamente
R$ 25,8 bilhões de PE em valores nominais
(ordem de R$ 18,6 bilhões trazidos ao valor
presente à taxa de desconto de 10% a.a).
Por fim, com a celebração do acordo proposto,
as partes entendem que perdem efeito todos os
processos, bem como eventuais ações,
recursos e procedimentos, mesmo os
administrativos, que tratem do seu objeto.
http://www.anp.gov.br/noticias/5092-
diretoria-da-anp-aprova-minuta-final-de-
acordo-sobre-o-parque-das-baleias
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 22/03/2019
44
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Reuters
Empresas de energia solar e eólica dos EUA chamam "Green New Deal" de
radical
Por Valerie Volcovici e Nichola Groom
Empresas de energia solar e eólica dos Estados
Unidos podem ter mais a ganhar com o “Green
New Deal”, uma proposta ambiciosa apoiada
por vários candidatos democratas à Presidência
para acabar com o consumo de combustível
fóssil no país dentro de uma década.
Mas não espere que as empresas de energia
renovável o endossem.
Representantes de empresas de energia limpa
dos EUA estão relutantes em apoiar o plano,
chamando-o de irrealista e politicamente
divisivo.
A fria reação reflete a dificuldade que os
políticos progressistas que disputam a Casa
Branca podem ter em vender uma política
agressiva sobre aquecimento global para a
comunidade empresarial e eleitores mais
moderados.
Também ressalta uma nova realidade para as
empresas de energia solar e eólica há muito
associadas à esquerda ambiental: à medida
que melhoraram a tecnologia e baixaram os
preços, seu crescimento está mudando de
Estados costeiros politicamente liberais para o
centro mais conservador, onde o ceticismo
sobre mudança climática e os subsídios do
governo são altos.
“Se você apenas endossar amplamente o
‘Green New Deal’, você está propenso a
perturbar um dos lados do corredor ou do
outro. E isso não é construtivo”, disse Tom
Werner, CEO da SunPower Corp, uma das
maiores empresas de energia solar do país.
Publicidade
“A idéia de que você poderia ir a 100 por cento
(energia limpa) em 10 anos exigiria muitas
coisas acontecendo perfeitamente,
simultaneamente”, disse ele. “Você teria que
ter apoio bipartidário, suporte de 52 Estados.”
O “Green New Deal” foi apresentado no mês
passado por Alexandria Ocasio-Cortez, uma
congressista democrata de Nova York, junto
com seu colega senador democrata Edward
Markey, de Massachusetts. Desde então,
tornou-se o centro de um debate renovado em
Washington sobre quão vigorosamente o
governo deve agir para enfrentar as mudanças
climáticas.
A resolução do Congresso, que não tem força
de lei, pede que o governo federal faça
investimentos para alcançar zero emissões de
gases do efeito estufa em uma década ao
atender 100 por cento da demanda de energia
dos EUA com fontes limpas e renováveis, como
energia solar, eólica, hidrelétrica ou energia
geotérmica.
Ele também exige investimentos maciços em
projetos de infraestrutura verde, como “redes
inteligentes”, para melhorar a eficiência, junto
com a garantia de milhões de empregos com
salários altos, férias remuneradas, licença
médica e aposentadoria. A resolução não entra
em detalhes sobre como a legislação
subseqüente atingiria essas metas.
Até agora, pelo menos oito aspirantes à
presidência democrata —incluindo os
senadores Bernie Sanders, de Vermont,
Elizabeth Warren, de Massachusetts, e Amy
Klobuchar, de Minnesota— endossaram o plano
enquanto tentam se opor à política pró-
perfuração de petróleo do presidente Donald
Trump.
Os republicanos de Trump criticaram
amplamente o “Green New Deal”, dizendo que
custaria trilhões de dólares em dinheiro dos
contribuintes, pode ser tecnicamente inviável e
cheira a socialismo radical.
Rhiana Gunn Wright, fundadora do centro de
estudos New Consensus, que está elaborando
as políticas do “Green New Deal”, disse que seu
grupo não estimará os custos do plano até que
seja redigido no ano que vem. Ela disse que as
estimativas dos oponentes são prematuras e
não levam em conta os benefícios da ação
climática e os custos da não ação.
A viabilidade da proposta também é motivo de
preocupação para o setor de energia limpa.
“Adoramos o entusiasmo que o Green New Deal
trouxe à questão climática... mas precisamos
operar na realidade política”, disse Dan
Whitten, vice-presidente de relações públicas
da Solar Energy Industries Association,
VEÍCULO DIVERSOS
Data: 22/03/2019
45
Grupo de Comunicação e Marketing
principal grupo de lobby do setor de energia
solar.
https://br.reuters.com/article/businessNews/i
dBRKCN1R21HO-OBRBS
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Data: 22/03/2019
46
Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO Prisão de Temer agrava atrito
institucional; amigos têm medo de ele 'não resistir' ao processo
Choro e ranger de dentes Para políticos e
magistrados, a prisão de Michel Temer esgarçou
ainda mais o tecido institucional do país. A
decretação do encarceramento preventivo —sem
julgamento, portanto— sinalizaria não só um
ataque à “velha política” como também um
chamado a novo embate entre cortes superiores e
Lava Jato. Amigos do emedebista duvidam da
capacidade emocional do ex-presidente de resistir
ao processo. Litúrgico, ele não teria estofo para
lidar com a detenção e o cerco a familiares, como
a filha.
Cai o rei de ouros A prisão de Moreira Franco, o
ex-ministro de Temer que é casado com a sogra
do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
formou rápido e sólido cordão de solidariedade em
torno do democrata.
Cai o rei de ouros 2 Aliados de Maia demonstraram
profunda irritação com a reação de bolsonaristas
nas redes, decretaram o fim da reforma da
Previdência, prometeram retomar o projeto que
pune o abuso de autoridade e adiaram a saída de
Brasília.
Vara da infância Postagem feita por Carlos
Bolsonaro após a prisão de Temer e Moreira foi
vista como uma afronta ao presidente da Câmara.
Ministros foram avisados de que o estrago havia
sido grande e houve cobrança para uma
intervenção definitiva de Jair Bolsonaro sobre os
filhos.
Caiu do salto A líder do governo no Congresso,
Joice Hasselmann (PSL-SP), foi alvo da bancada
do MDB. Ela fez postagens comemorando a
detenção de Temer. O ex-presidente não é
respeitado apenas no próprio partido, mas
também por muitos dirigentes do centrão.
Remediado Marcela Temer estava em casa quando
investigadores iniciaram a operação de busca e
apreensão na residência do emedebista.
Inicialmente nervosa, adotou atitude colaborativa
em seguida.
Duelo As mídias coletadas na casa do ex-
presidente ainda não foram analisadas e não
houve apreensão de dinheiro. Armas antigas, com
aparência de artigo de colecionador, estão com a
PF, que quer saber se são elas são registradas.
Ledo engano No início da semana, Temer disse a
aliados que se via “fora do foco” da Justiça porque
havia se afastado da política.
Diz quem manda A quem o visitou nesta quinta
(21) na Superintendência da Polícia Federal em
Curitiba, o ex-presidente Lula afirmou que a prisão
de Michel Temer teve como objetivo “restabelecer
o projeto de poder da Lava Jato”.
Diz quem manda 2 A avaliação do petista é a de
que, golpeada pelas recentes decisões do
Supremo Tribunal Federal, a Lava Jato quis dar
uma demonstração pública de força. Ele
considerou a prisão de Temer um ato “fora da lei”.
Fora da nova ordem A ex-presidente Dilma
Rousseff, apeada do cargo com o apoio do
emedebista, ficou perplexa com a notícia de que
ele havia sido preso. Sem entender o motivo,
perguntou se havia “algum fato novo” que
justificasse a medida.
Vacina Os procuradores que estruturaram o
pedido de prisão de Temer começaram a trabalhar
com afinco no caso uma semana antes do
Carnaval. A peça que eles apresentaram à Justiça
para validar o pedido de preventiva traz duas
decisões dos ministros do Supremo Dias Toffoli e
Gilmar Mendes, ambos garantistas.
Tamanho único Ministros de tribunais superiores
viram na prisão de Temer uma resposta da Lava
Jato às recentes derrotas no STF. Um integrante
do STJ classificou os argumentos do juiz Marcelo
Bretas para decretar a prisão como “roupa que
cabe em todo mundo”. Procuradores rechaçaram
qualquer timing político.
Nem com reza brava O presidente da CCJ,
deputado Felipe Francischini (PSL-PR), ainda não
conseguiu encontrar um colega disposto a relatar
a reforma da Previdência na comissão. Ele sondou
pelo menos cinco parlamentares, mas todos foram
reticentes. Há receio de a proposta emperrar já no
colegiado.
TIROTEIO
Havia risco à ordem pública, à instrução criminal,
ameaça a pessoas? Temer não tem domicílio
certo? Furor punitivo inaceitável
Data: 22/03/2019
47
Grupo de Comunicação e Marketing
Do ex-presidente do STF, Carlos Velloso, sobre a
prisão preventiva de Michel Temer, pela força-
tarefa da Lava Jato do Rio, nesta quinta
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/03/22/
prisao-de-temer-agrava-atrito-institucional-
amigos-tem-medo-de-ele-nao-resistir-ao-
processo/
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Data: 22/03/2019
48
Grupo de Comunicação e Marketing
Custo do gás do pré-sal põe em xeque viabilidade de térmicas
O gás associado ao pré-sal —anunciado como uma
grande aposta para baratear a energia elétrica—
terá dois grandes desafios para atingir a esperada
competitividade: o elevado custo para transportá-
lo até a terra e a alta presença de gás carbônico.
Embora a expectativa seja grande, ainda não se
sabe ao certo qual é, afinal, o volume de gás do
pré-sal barato —que, por sua vez, daria origem a
usinas térmicas de baixo custo.
Hoje, já se sabe que metade dos campos de
exploração do pré-sal estão em áreas
consideradas comercialmente inviáveis para esse
tipo de atividade, segundo a EPE (Empresa de
Pesquisa Energética), órgão responsável pelos
estudos que embasam o planejamento energético
do país.
Isso ocorre porque nessas áreas, o gás tem um
teor de gás carbônico superior a 20%. Isso exigiria
uma “limpeza” que, hoje, é cara demais e tornaria
o uso desse gás em usinas térmicas pouco
competitivo.
Pode haver surpresas, por exemplo, uma área
com gás sem gás carbônico dentro de uma zona
em que se esperava alta concentração —ou o
oposto. Essa análise mais detalhada ainda está em
curso, afirma o consultor técnico Gabriel de
Figueiredo da Costa, da superintendência de gás
natural da EPE.
“Há muito potencial do gás do pré-sal, mas não
muita certeza quanto a uma redução do preço,
que seria motivada por uma grande oferta, porque
essa nova oferta que vai entrar é de um gás mais
caro do que é produzido hoje”, diz ele.
No ano passado, o então ministro de Minas e
Energia Moreira Franco (MDB-RJ) foi um defensor
da realização de leilões para construir mais usinas
térmicas a gás. Uma das justificativas era
estimular projetos na região do pré-sal.
“Nós vamos ter uma abundância de gás no pré-
sal, e obrigatoriamente vai ser barato”, declarou o
emedebista no fim do ano passado.
Procurado para comentar o assunto, o Ministério
de Minas e Energia, hoje sob uma nova gestão,
não se manifestou até a publicação.
Além do teor de gás carbônico, outro grande
desafio para o gás do pré-sal é seu transporte até
a costa, já que uma grande parte das áreas de
exploração ficam distantes, e o custo de construir
gasodutos é elevado.
Até agora, apenas uma térmica com gás do pré-
sal venceu um leilão de geração e já tem contrato
para vender energia aos consumidores brasileiros:
a usina Vale Azul, de um consórcio formado por
Shell, Pátria e Mitsubishi Hitachi Power.
O preço da energia, considerado extremamente
barato, animou o mercado —embora, no caso
desse projeto, já houvesse um gasoduto
construído, o que garantiu sua competitividade,
segundo um analista do setor.
Para ele, um problema para viabilizar projetos
novos é o planejamento: para participar dos
leilões e conseguir firmar um contrato de
fornecimento de energia térmica, é preciso
comprovar a oferta do gás. Mas, para garantir
essa oferta, é preciso ter previsibilidade e certeza
de que o investimento no gasoduto não será em
vão.
A expectativa, diz ele, é que até o fim deste ano a
questão esteja solucionada, e que mais projetos
de usinas térmicas com gás do pré-sal poderão
sair do papel a preços competitivos.
Hoje, a expectativa em torno dessa oferta é
elevada.
“O potencial de abastecimento do gás do pré-sal é
gigantesco. Há espaço para muitos avanços e para
soluções competitivas [aos desafios]”, afirma
Claudio Salles, presidente do Instituto Acende
Brasil.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/03
/custo-do-gas-do-pre-sal-poe-emxeque-
viabilidade-de-termicas.shtml
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Data: 22/03/2019
49
Grupo de Comunicação e Marketing
Análise: Mais de 2 bilhões de pessoas estão sob estresse hídrico no mundo
Andrea Vialli
O planeta tem sede. Enquanto a demanda por
água só cresce, reflexo do aumento populacional
e da mudança nos padrões de consumo, a
degradação ambiental torna os recursos hídricos
cada vez menos disponíveis.
O uso da água tem crescido em todo o mundo
cerca de 1% ao ano desde a década de 1980,
segundo relatório mundial da ONU (Organização
das Nações Unidas) sobre desenvolvimento dos
recursos hídricos, divulgado nesta semana em
Genebra, na Suíça.
O futuro não é promissor: a demanda mundial
deve aumentar até 2050, o que corresponde a um
incremento de 20% a 30% nos níveis atuais de
consumo.
O agravante das mudanças climáticas deixa ainda
mais vulneráveis as regiões que já sofrem algum
estresse hídrico —quando a demanda por água é
maior do que a oferta.
Pelas contas da ONU, mais de 2 bilhões de
pessoas, quase um terço da população mundial,
vivem em países que experimentam estresse
hídrico. E não são poucos: 31 países enfrentam o
problema de forma leve ou moderada. Outros 22
encontram-se em situação grave.
E o Brasil? O país que abriga 12% da água doce
do mundo não está imune à escassez. Além do
semiárido, as regiões metropolitanas vêm
enfrentando situações agudas de crise hídrica —
São Paulo em 2014 e 2015, Brasília em 2017 e
Fortaleza, que já está no sétimo ano consecutivo
de seca.
Não por acaso, o Brasil é o segundo país no mundo
que mais buscou pelo termo “seca” no Google nos
últimos 12 meses, atrás de Portugal. É o que
revela o Google Trends, ferramenta que mostra os
termos mais populares nas pesquisas dos
internautas. Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraíba
são os estados mais interessados no termo
“cisterna”, sistema para captar a água da chuva.
Mas a escassez segue convivendo com o
desperdício e a má gestão dos recursos. As
mesmas grandes cidades que enfrentam estresse
hídrico cuidam mal da água, desperdiçam o
recurso nas redes de distribuição (a média de
perdas é 38,2%, mas há regiões em que o índice
chega a 70%) e não levam o reúso a sério.
O esgoto deveria ser visto como recurso, já que
97% dele é água e apenas 3% é carga poluente.
O Brasil tem nojo de beber água tratada do
esgoto, o que esconde uma miopia sobre o tema:
em Israel, 70% da água consumida é de reúso.
A falta de investimento em saneamento deixa o
país estagnado em índices ruins: metade da
população (52,3%), ou 100 milhões de pessoas,
tem acesso à coleta de esgoto. Na região Norte,
essa cobertura é de sofríveis 10,2%.
O tratamento também é precário: apenas dez
cidades em todo o país tratam acima de 80% dos
seus efluentes. A inoperância no tema deixa o país
mais longe de cumprir o objetivo de alcançar a
universalização do saneamento básico em 2030,
meta nacional casada com o ODS6, o Objetivo do
Desenvolvimento Sustentável da ONU que trata do
tema.
O país deveria ter vergonha de seguir ostentando
índices de saneamento básico medievais. Deveria,
mas não tem.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
3/mais-de-2-bilhoes-de-pessoas-estao-sob-
estresse-hidrico-no-mundo.shtml
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Data: 22/03/2019
50
Grupo de Comunicação e Marketing
Na 1ª reunião de conselho nacional ambiental, Salles ignora regimento e
barra suplentes
Fabiano Maisonnave
Suplentes barrados, lugares marcados, atropelo
do regimento e até um alto funcionário do governo
do Espírito Santo agredido.
A primeira reunião do Conama (Conselho Nacional
do Meio Ambiente) sob o governo Jair Bolsonaro,
nesta quarta-feira (20), em Brasília, causou
alvoroço e gerou preocupação sobre o futuro do
órgão consultivo e deliberativo, segundo
participantes ouvidos pela Folha.
Criado em 1981, ainda na ditadura militar, o
colegiado tem cerca de cem membros de órgãos
federais, estaduais e municipais, do empresariado
e da sociedade civil. É presidido pelo ministro do
Meio Ambiente, hoje a cargo de Ricardo Salles.
Entre as suas principais atribuições está a de
estabelecer normas relativas ao meio ambiente,
de recursos hídricos à poluição do ar.
Pela primeira vez, a reunião foi realizada no
acanhado auditório do Ministério do Meio
Ambiente, e não no do Ibama, bem mais amplo,
como vinha sendo a praxe nos últimos anos. Na
entrada, os participantes se surpreenderam ao
descobrir que apenas os conselheiros titulares ou
suplentes na ausência do titular poderiam
participar. Os demais foram barrados e conduzidos
a uma sala, onde poderiam acompanhar via telão.
Um dos suplentes, o diretor-presidente do
Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do
Espírito Santo (Idaf), Mário Louzada, tentou entrar
e foi agredido por seguranças, que torceram o seu
braço e quebraram os seus óculos, segundo relato
da ONG Mira-Serra em rede social. Louzada e
participantes ouvidos pela reportagem
confirmaram a agressão.
"Em 14 anos de frequência no Conama eu nunca
vi nada parecido com a situação em que fui
submetido ontem. Aquele ambiente sempre foi de
harmonia e diversidade de ideias. A atitude
tomada pelo ministério não cabe naquele espaço
democrático", disse Louzada, 51.
“Isso fere o regimento interno do Conama, que
reza que todos têm direito a voz, titular ou
suplente”, afirma Ana Cristina Fontoura,
secretária-executiva da Secretaria de Meio
Ambiente do Maranhão, do governo Flavio Dino
(PCdoB). “Se têm direito a voz, tinham de estar
na reunião.”
O artigo 7º do regimento diz: “Nas reuniões do
Plenário, terá direito a voto o conselheiro titular do
órgão ou entidade ou, na ausência deste, um de
seus suplentes, todos com direito a voz”.
Apesar da regra imposta aos suplentes, as poucas
cadeiras disponíveis foram ocupadas por
funcionários do Ministério do Meio Ambiente.
Cadeiras com nome
Dentro do auditório, os conselheiros titulares
tiveram uma nova surpresa. Pela primeira vez,
havia lugar designado para os conselheiros, em
ordem alfabética. Para os participantes, a intenção
parecia ser a de evitar que representantes com
afinidades, como os de ONGs e da Abema
(Associação Brasileira de Entidades Estaduais de
Meio Ambiente) sentassem próximos.
No comando da reunião, Salles ignorou pedidos de
intervenção e pediu que os conselheiros
enviassem propostas para mudanças na Conama.
Uma proposta que estava circulando nas últimas
semanas, de reduzir o número de conselheiros a
30 e aumentar o peso relativo do governo federal,
não chegou a ser citada na reunião.
O comportamento de Salles, o formato da reunião
e a proposta de redução dos conselheiros atribuída
ao setor empresarial aumentaram os temores dos
participantes de que o Conama corre o risco de ser
esvaziado no governo Bolsonaro.
“Foi uma reunião extremamente engessada. Ele
[Salles] fez uma chamada, tinha de levantar a
mão, um negócio escolar. A gente nunca tinha
visto isso. Um conselheiro antigo levantou uma
questão de ordem, mas foi ignorado pelo
ministro”, afirma Fontoura.
Data: 22/03/2019
51
Grupo de Comunicação e Marketing
“Estava todo mundo pasmo. A gente não
conseguiu se manifestar como normalmente
ocorre. Ele não estava aberto para discussão.”
A reportagem enviou um email na manhã desta
quinta-feira (21) à assessoria de imprensa do
Ministério do Meio Ambiente pedindo
esclarecimentos sobre a reunião do Conama, mas
não houve resposta até a publicação deste texto.
Mudanças na área ambiental sob Bolsonaro
Mudanças climáticas
Área foi enxugada e passou para uma assessoria
especial
Serviço Florestal Brasileiro
Foi transferido para a Agricultura. Hoje tem como
principal atribuição o Cadastro Ambiental Rural
(CAR)
Pesca e licenciamento do setor
Competência também passou do Ministério do
Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura
Agência Nacional de Águas (ANA)
Segundo novo ministro, gestão de política de
águas e de serviços hídricos será feita em parceria
com o Ministério do Desenvolvimento Regional
Reavaliação de multas
O MMA elaborou uma minuta de decreto que cria
um "núcleo de conciliação" com poderes para
analisar, mudar o valor e até anular cada multa
aplicada
A pasta também quer criar regras que permitam
punir fiscais que apliquem multas consideradas
inconsistentes
Exoneração em massa
O ato, inédito, deixou vago quase todos os
comandos estaduais do órgão
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
3/na-1a-reuniao-de-conselho-nacional-
ambiental-salles-ignora-regimento-e-barra-
suplentes.shtml
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Data: 22/03/2019
52
Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Temer vivia momentos de amargura antes de ser preso
Michel Temer vivia momentos de amargura antes
de ser preso. Relativamente isolado depois de
deixar o cargo, o ex-presidente gastava parte do
tempo devorando jornais. E reclamando que o
atual governo e a mídia não davam a ele os
devidos créditos pelo que considerava coisas boas
que fez ao país.
LARGA O OSSO
O próprio ex-ministro Moreira Franco (MDB-RJ),
que foi preso também na quinta (21), aconselhava
Temer a relaxar mais. Dizia que ele tinha que virar
a página e se desapegar do tempo em que foi
presidente.
SOLIDÃO
O ex-presidente estava também distante de
alguns de seus melhores amigos, de quem se
afastou quando comandava o país.
GELO
Quando o ex-presidente Lula foi preso, em 2018,
Moreira Franco, ainda no governo, comparou a
situação dele à de um homem sobre um lago
congelado.
GELO 2
Ele dizia que o gelo começou a quebrar
vagarosamente em torno de Lula, formando um
círculo. Quando o último pedaço se quebrou, o
petista afundou. E submerso no lago ficaria,
congelado talvez para sempre.
EM ALTA
Os CDS (Credit Default Swap) brasileiros, espécie
de papel que funciona como um seguro contra a
inadimplência de um país, dispararam na quinta
(21) depois da prisão de Michel Temer.
EM ALTA 2
Eles chegaram a 166 pontos, contra 160 em dias
anteriores.
Nada, no entanto, parecido com os 309 pontos que
alcançaram na época da campanha presidencial.
SINAL
Para o economista André Perfeito, da Necton, a
prisão estava sendo percebida como algo que
poderia piorar o já conturbado ambiente político,
dificultando a reforma da Previdência.
LUZ AMARELA
O STF (Supremo Tribunal Federal) voltou a entrar
em alerta na quinta (21), com rumores de que
uma delação premiada pode atingir, ainda que
indiretamente, um dos ministros do tribunal.
TELONA
O ator Rodrigo Santoro está no elenco do filme “O
Tradutor”, que teve pré-estreia na quarta (20), no
Cinearte Conjunto Nacional. A cineasta Laís
Bodanzky, a atriz Rafaela Mandelli e Rodrigo
Barriuso, um dos diretores do longa,
compareceram, assim como o roteirista Bráulio
Mantovani e o diretor Marcos Jorge.
ERROS
A Fundação Procon-SP multou a Cacau Show por
irregularidades encontradas em lojas da empresa,
como a venda de ovo de Páscoa com brinquedo
sem certificação e produtos sem a data de
validade informada.
MAIORES
A fiscalização foi realizada na quarta (20) com o
objetivo de verificar a publicidade e a venda do
sorvete sabor Smirnoff Ice, que contém bebida
alcoólica em sua composição. Segundo o órgão, a
propaganda pode incitar o menor de idade ao
interesse por bebida alcoólica.
TEMPO
A Cacau Show diz que está analisando os “autos
de constatação recebidos pelo Procon para a
adoção das medidas cabíveis”. Os sorvetes faziam
parte de uma ação temporária da empresa.
NA MESA
Data: 22/03/2019
53
Grupo de Comunicação e Marketing
A primeira reunião do ano da Comissão Nacional
de Incentivo à Cultura (Cnic) está analisando
cerca de 200 projetos para obtenção de incentivo
fiscal via Lei Rouanet.
MESA 2
Os encontros do colegiado, vinculado ao Ministério
da Cidadania, estão ocorrendo desde terça (19) e
vão até esta sexta (22).
ACORDES
O cantor e compositor pernambucano Lula
Queiroga recebe Marcelo Jeneci em seus dois
shows no Sesc Pompeia, nos dias 23 e 24 de
março. Ele apresentará faixas do disco “Aumenta
o Sonho” (2017) e de trabalhos anteriores.
CONSTRUÇÃO
A instalação inédita que o artista Ernesto Neto está
criando para o octógono da Pinacoteca é formada
por materiais como tronco maçaranduba, painéis
de tecido, discos de cobre e vasos com plantas.
MOSTRA
Intitulada “Cura Bra Cura Té”, a obra integra a
retrospectiva do carioca que abre no dia 30 de
março.
PORTAS ABERTAS
Os artistas Yutaka Toyota e Fernando Durão foram
ao coquetel de inauguração da exposição “Formas
Intemporais: Esculturas e Objetos”, no ateliê e
galeria do pintor Roberto Camasmie, no sábado
(16).
CURTO-CIRCUITO
A Orquestra Jovem Tom Jobim fará uma
transmissão ao vivo, pelo Facebook, do seu
concerto desta sexta (22), que abre a sua
temporada, no Theatro São Pedro.
Estreia nesta sexta (22) o musical “Aparecida”,
que tem texto de Walcyr Carrasco e direção de
Fernanda Chamma. Às 21h, no Teatro Bradesco.
A Cultura Inglesa abre no domingo (24) uma
unidade em Paraisópolis, em São Paulo, com aulas
gratuitas para até mil alunos da comunidade.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e
VICTORIA AZEVEDO
Mônica Bergamo , Bruno B. Soraggi , Bruna
Narcizo e Victoria Azevedo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/03/temer-vivia-momentos-de-
amargura-antes-de-ser-preso.shtml
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Data: 22/03/2019
54
Grupo de Comunicação e Marketing
Grandes rios brasileiros estão por um triz
Malu Ribeiro
O acesso à água limpa é um direito humano que
depende de boa governança, da regulação, do
cuidado e da mobilização da sociedade. Para
garantir esse direito —e evitar a escassez— é
preciso cuidar de fato dos rios e dos mananciais e,
principalmente, tratar a gestão da água como uma
questão estratégica.
Neste 22 de março, Dia Mundial da Água,
instituído pela ONU para mobilizar governos e
sociedade sobre o tema, os dados da Fundação
SOS Mata Atlântica chamam a atenção para a
degradação de alguns dos principais rios
brasileiros.
Iguaçu, Tietê, Paraopeba, São Francisco, Doce,
Parnaíba, Paraíba do Sul, Jaguaribe, Sinos,
Carioca e Mamanguape, entre outros, enfrentam
o descaso e agressões diárias ao atravessar
regiões metropolitanas, áreas urbanas e agrícolas.
Esses rios estão, portanto, por um triz. Esse alerta
é feito com base nas análises da qualidade da água
realizadas de março de 2018 a fevereiro de 2019,
em 278 pontos de coleta, distribuídos em 220 rios
de 17 estados abrangidos pelo bioma mata
atlântica.
Os dados indicam que 74,5% dos pontos
monitorados estão com qualidade precária, com
índice regular, que é o limite mínimo permitido na
legislação e nos padrões internacionais de
qualidade da água para usos múltiplos, ou seja,
para abastecimento humano, irrigação, pesca e
lazer.
E, pior: 19% dos pontos analisados estão em rios
poluídos, com qualidade ruim e péssima, o que
significa que a água está imprópria para o uso.
Apenas 6,5% dos pontos analisados têm qualidade
boa. Essa condição agrava os riscos de escassez,
potencializa conflitos por uso e gera insegurança
hídrica.
Esses nossos importantes rios vêm sendo
degradados e poluídos por falta de saneamento
ambiental, de tratamento de esgotos, mau uso do
solo nas áreas urbanas e rurais, uso
indiscriminado de defensivos e fertilizantes
químicos e por desmatamento que leva à erosão e
ao agravamento dos impactos do clima.
Os resultados desse retrato afetam a saúde, o
abastecimento público, os ecossistemas, a
economia e o desenvolvimento do país.
Há um ano, o Brasil sediou o 8º Fórum Mundial da
Água, que reuniu as principais autoridades,
especialistas, empresas e a sociedade de mais de
cem países. Em contraponto, na mesma época
organizações sociais se uniram no Fórum Mundial
Alternativo. Ambos ocorreram em Brasília, com o
objetivo de mobilizar instituições, governos e
pessoas para ações efetivas em defesa do acesso
à água de boa qualidade.
Compromissos importantes, como os ODS
(Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e
outras ações estratégicas, foram apontados
nesses encontros para minimizar os impactos das
mudanças climáticas e combater o desperdício e a
poluição, bem como as “soluções baseadas na
natureza” para garantir segurança hídrica às
populações.
Neste ano, os novos governantes brasileiros
promoveram mudanças administrativas nos
estados e na União, assim como na agenda
política. Muitas delas trazem ainda mais incertezas
para as políticas públicas de recursos hídricos e
meio ambiente.
Ao fragmentar a gestão da água entre ministérios,
afastando saneamento e recursos hídricos do meio
ambiente, retrocedemos nos ideais defendidos nos
Fóruns da Água e nos afastamos da gestão
integrada, princípio fundamental da Política
Nacional de Recursos Hídricos.
Os graves danos ambientais decorrentes do
rompimento das barragens da Samarco que
comprometem até hoje, passados três anos, a
qualidade da água do Rio Doce e os ecossistemas
marinhos, com impactos que foram de Minas
Gerais ao Espírito Santo e à Bahia, se somam à
mais nova tragédia da Vale sobre o Paraopeba e o
Alto São Francisco. A morte desses rios, de
Data: 22/03/2019
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pessoas e ecossistemas exige mudanças efetivas
de atitude em relação à água e à vida.
Por todos esses rios e suas comunidades, Água
Limpa é a causa que a Fundação SOS Mata
Atlântica e os mais de 3,5 mil voluntários do
projeto Observando os Rios querem ver incluída
na agenda estratégica do Brasil, de forma
participativa, transparente e integrada.
Malu Ribeiro é coordenadora do Programa Água da
Fundação SOS Mata Atlântica
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
3/grandes-rios-brasileiros-estao-por-um-
triz.shtml
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Data: 22/03/2019
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ESTADÃO
Santos despeja 60 toneladas de resíduos
sólidos no mar por dia; 85% disso é plástico
Apesar de já bastante conhecida e denunciada, a
poluição de plástico nos oceanos ainda carece de
mensurações mais locais para identificar a origem
e o tamanho do problema em cada cidade ou
comunidade. Um trabalho inédito realizado ao
longo do último ano em Santos, litoral paulista,
conseguiu mapear as fontes do lixo observado nas
praias e também sua composição e quantidade.
O número surpreende: por dia, cerca de 60
toneladas de resíduos – 12,5% do que é gerado
diariamente na cidade – vão parar no mar. A maior
parte disso, 85%, é de material plástico. É como
se o lixo produzido por uma cidade de 65 mil
habitantes fosse todo para o mar.
O resultado preliminar do trabalho, passado com
exclusividade para o Estado, será divulgado nesta
sexta-feira, 22, data que marca o Dia Mundial da
Água. O levantamento aponta que há três fontes
principais de contaminação: as ocupações
irregulares em palafitas, o descarte irregular nas
ruas que acaba sendo carreado por chuvas e
correntezas para os canais de drenagem da
cidade, além do próprio lixo jogado diretamente
na orla e na faixa de areia.
Apesar de Santos ser uma cidade portuária,
apenas cerca de 20% dos resíduos encontrados na
praia são provenientes do porto ou da pesca.
Cerca de 80% do lixo tem origem urbana, aponta
o trabalho.
A análise sobre a composição do material também
revela que o problema vai muito além dos
canudinhos que vêm sendo banidos em várias
partes do mundo. Eles também estão ali,
engrossando uma lista de pelo menos 35 tipos de
plástico que foram identificados. Nos mares do
mundo todo, mais de 80 tipos de resíduos já foram
encontrados.
“Em Santos, tudo vai parar no mar, de
embalagens plásticas a utensílios domésticos.
Encontramos brinquedos, vestuário, calçados,
fraldas. O canudinho virou o grande vilão, como já
ocorreu antes com a sacolinha plástica, mas
certamente não é o único. Ao colocar a mão na
massa, encontramos de tudo”, afirma Carlos Silva
Filho, diretor presidente da Associação Brasileira
de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais (Abrelpe), que coordenou o trabalho.
O estudo é resultado de uma cooperação entre
Abrelpe, Associação Internacional de Resíduos
Sólidos (ISWA) e Secretaria de Meio Ambiente da
Prefeitura de Santos, com o apoio da Agência de
Proteção Ambiental da Suécia.
Para fazer o diagnóstico, os pesquisadores
analisaram a conformação da cidade e seu fluxo
hidrodinâmico e fizeram monitoramentos em série
na areia, no mangue, onde estão as ocupações
irregulares, e nos canais que cortam a malha
urbana e funcionam como sistema de drenagem.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente de
Santos, Marcos Libório, a cidade inteira conta com
coleta de resíduos e todos os bairros também tem
uma vez por semana coleta seletiva, mas ele
aponta que o problema é que ainda ocorre
descarte irregular nas ruas e que nas palafitas não
tem como ser feito esse trabalho.
Estudo identificou mais de 35 tipos de plástico que
chegam às praias em Santos. Crédito: William R.
Schepis/Ecofaxina/Abrelpe
“Observamos que boa parte dos resíduos vem das
moradias irregulares no mangue que ficam do
outro lado da ilha de Santos. A gente até
disponibiliza coletores na rua urbanizada mais
próxima das palafitas, mas o cidadão precisa levar
o lixo até ali, o que não tem acontecido”, diz. Pelos
cálculos da prefeitura, cerca de 25 mil pessoas
moram nessa região.
“A gente sabia que era bastante lixo que chegava
à praia porque temos de realizar varrições diárias,
no começo e no fim do dia, para manter a praia
limpa, mas não sabia que era tanto. O que a gente
tem buscado agora é esse engajamento da
comunidade”, afirma o secretário.
Para ele, o problema são os descartes irregulares.
“Santos tem rede de serviços disponível para o
município todo para o descarte correto, mas
população precisa aderir. Temos lei desde 2016
que obriga a separação de recicláveis. Isso já
trouxe alguns resultados. Houve um aumento de
320% da coleta seletiva entre 2016 e 2018. Hoje
chegou a 18% do total de resíduos, mas sabemos
que ainda tem de melhorar.”
Data: 22/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Com base no estudo, a prefeitura iniciou um
trabalho junto às comunidades no entorno do
mangue de educação ambiental e estão sendo
instaladas ecobarreiras flutuantes para eliminar o
processo de acúmulo no mangue.
O objetivo da Abrelpe é levar essa metodologia
para outras cidades da baixada santista,
começando por Bertioga, onde está prevista a
assinatura de uma nova cooperação com a Cetesb
nesta sexta.
Estimativas nacionais
Estudos anteriores da Abrelpe estimam que em
todo o Brasil, cerca de 2 milhões de toneladas de
resíduos vão parar nos oceanos todos os anos. O
volume equivale cobrir 7 mil campos de futebol ou
encher 30 estádios do Maracanã da base até o
topo.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a
mbiente-se/santos-despeja-60-toneladas-de-
residuos-solidos-no-mar-por-dia-85-disso-e-
plastico/
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Data: 22/03/2019
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Força-tarefa busca donos de 570 barragens ‘órfãs’ no País
A informalidade é a rotina de centenas de
reservatórios espalhados pelo Brasil. Uma das
principais respostas que a força-tarefa montada
pelo governo federal procura é, no mínimo,
constrangedora: saber quem são os donos de 570
estruturas que foram erguidas pelo País afora.
Na lista das chamadas barragens “órfãs” estão
desde reservatórios abandonados pelos
responsáveis até aqueles que possuem um
cadastro básico nos órgãos de controle, mas que
nunca buscaram qualquer autorização legal para
funcionar, ou seja, estão completamente
irregulares. A gravidade do problema ficou
escancarada no último fim de semana, quando
mais de 2 mil moradores do município de Ubajara,
no Ceará, tiveram de ser retirados às pressas de
suas casas.
O motivo foi o risco de rompimento da Barragem
Granjeiro, uma dessas 570 barragens órfãs. A
empresa que viria a ser identificada como a dona
da barragem, a Agroserra Companhia
Agroindustrial Serra da Ibiapaba, já tinha sido
encontrada pela Agência Nacional de Águas (ANA)
antes do alerta da Defesa Civil. A agência
fiscalizadora havia pedido à empresa que
regularizasse sua situação, mas nada foi feito.
“Notificamos essa empresa diversas vezes. Ela só
podia pegar água se tivesse a nossa autorização.
Sabíamos quem era o seu dono, mas ele não tinha
outorga e ignorou o nosso pedido. Por isso, já
foram multados em R$ 90 mil”, disse ao Estado a
diretora-presidente da ANA, Christianne Dias.
Na segunda, completam-se dois meses da
catástrofe do rompimento da barragem da
mineradora Vale, em Brumadinho, Minas. Os
dados oficiais apontam que 96 vítimas ainda estão
desaparecidas. A tragédia soma 210 mortos
identificados.
O governo decidiu classificar todas as 570
barragens “órfãs” nos índices mais críticos de
segurança: risco alto de rompimento e dano
potencial alto, caso ocorra um desastre. “Esse
exemplo de Granjeiro mostra a importância de
irmos atrás dessas barragens o mais rápido
possível. Até 31 de dezembro deste ano, essas e
todas as demais barragens de risco alto e dano
potencial alto serão vistoriadas in loco, por cada
um dos órgãos responsáveis”, afirmou
Christianne.
Nos últimos dias, 147 servidores do governo
federal concluíram cursos sobre segurança de
barragens para acompanhar o trabalho de fiscais
que já atuam nessas inspeções. No Congresso, o
governo apoia um projeto de lei que prevê o
aumento das multas para irregularidades
encontradas em reservatórios e uma nova
classificação de riscos e danos, para que a
fiscalização fique mais rígida.
Os números do Relatório de Segurança de
Barragens, levantamento que é elaborado pela
ANA, apontam que existem 24.092 barragens de
todos os tipos cadastradas pelos órgãos
fiscalizadores, incluindo ANA, Agência Nacional de
Mineração (ANM), Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
Informações
Os dados consolidados até dezembro de 2017
apontavam que, de cada cem barragens erguidas
no País, 76 simplesmente não apresentavam
informações suficientes para que os órgãos as
submetessem ou não às regras da Política
Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Um
total de 18.446 barragens não tinham informações
básicas, como a altura do reservatório. Outras
9.584 não possuíam dados sobre a capacidade de
armazenamento.
“Temos trabalhado para reverter essa situação”,
diz a diretora-presidente da ANA, órgão
responsável pela fiscalização de 91 reservatórios.
Segundo Christianne, a agência tem procurado
formas de apoiar órgãos estaduais para executar
as fiscalizações de estruturas regionais.
https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,forca
-tarefa-busca-donos-de-570-barragens-orfas-no-
pais,70002764266
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Data: 22/03/2019
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VALOR ECONÔMICO
Renova aceita proposta vinculante da AES Tietê
Por Camila Maia e Ivan Ryngelblum
O conselho de administração da Renova aceitou, ontem, a nova proposta vinculante
apresentada pela AES Tietê para adquirir o Complexo Eólico Alto Sertão III. Não foram
divulgados detalhes financeiros da operação. A companhia informou, em fato relevante, que a operação está sujeita à negociação dos
documentos definitivos, que deverão contemplar o cumprimento de condições
precedentes e a obtenção das aprovações necessárias para conclusão.
O aceite da proposta foi possível depois que os sócios da Renova chegaram a um acordo
para reestruturação financeira e societária da companhia, apurou o Valor. No ano passado,
a AES Tietê ofereceu R$ 1,6 bilhão pelo parque eólico, que terá 400 megawatts (MW)
quando concluído. Em janeiro, contudo, a proposta foi rejeitada, devido a um conflito no conselho da empresa de geração renovável. A
RR Comercializadora de Energia, que têm 15,57% do total da Renova, barrou a
transação, por discordar dos termos propostos.
Do R$ 1,6 bilhão, pouco mais de R$ 1 bilhão era referente à assunção de dívidas, e outros
R$ 250 milhões eram para o pagamento de fornecedores. A Renova ficaria com R$ 350
milhões, montante suficiente para quitar dívidas e reorganizar a companhia. Não restariam recursos para os sócios, o que teria
desagradado a RR, que não queria "sair de mãos vazias" da operação.
Teve início então uma exaustiva negociação
entre Cemig, Light, Renova e AES Tietê, que culminou nos anúncios feitos ontem à noite.
Um dos pontos principais é o reperfilamento de R$ 1,37 bilhão em dívidas da Renova com bancos, Cemig e Light.
O acordo abrangeu R$ 768 milhões em dívidas detidas pela Cemig e R$ 253 milhões
pela Light. As dívidas serão trocadas, proporcionalmente, por R$ 298 milhões em títulos que serão emitidos com prazo de seis
anos, um ano de carência e juros de 155% do CDI. Outros R$ 723 milhões serão trocados
por títulos com prazo de seis anos para pagamento "bullet" (com pagamento do principal ao fim do período) e juros de 155%
do CDI. Também foram aprovados reperfilamentos de R$ 176 milhões com o
Citibank e R$ 179 milhões com o BTG Pactual. As dívidas serão trocadas por títulos que serão emitidos com prazo de seis anos, um
ano de carência e 155% do CDI.
Além disso, Cemig e Light acertaram também um acordo para aquisição de 7,3 milhões de
ações da Renova, hoje de titularidade do CG I Fundo de Investimento em Participações, por R$ 14,68 por ação. Com isso, haverá o
desembolso de R$ 106,9 milhões por cerca de 1,74% da companhia. As ações serão
adquiridas na proporção de 67,85% pela Cemig e 32,15% pela Light.
Como contrapartida, a CG I receberá títulos
de valor mobiliário subcritos pela Light e pela Cemig. As duas empresas vão ainda notificar o BNDES para que este se manifeste sobre o
exercício (ou não) do direto de venda conjunta. Depois disso, a Cemig e a Light vão
lançar uma oferta pública para aquisição de ações (OPA) de emissão da Renova, em data a ser anunciada. O valor a ser oferecido será
o mesmo que o pago à CG I. As units da Renova, que são compostas por duas ações
preferenciais e uma ordinária, fecharam o pregão de ontem com alta de 0,62%, a R$ 19,45.https://www.valor.com.br/empresas/6
174579/renova-aceita-proposta-vinculante-da-aes-tiete
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Data: 22/03/2019
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Brasil perde espaço para EUA no mercado japonês de etanol
Por Camila Souza Ramos
Os exportadores de etanol do Brasil não estão conseguindo renovar contratos de exportação para atender o mandato do Japão de redução
de emissões de gases de efeito estufa nos transportes. O produto brasileiro está perdendo mercado para o etanol americano,
feito de milho, que passou a ser permitido no cumprimento das metas japonesas.
O Japão usa o ETBE, um aditivo à gasolina à
base de etanol, para atender seu objetivo. Até 2018, o ETBE vendido no mercado japonês
deveria emitir 50% menos gases-estufa que a gasolina pura, e essa redução só era possível com etanol de cana. Em 2019,
entretanto, a regra mudou e passou a exigir uma diminuição de 55%, mas possível de ser
alcançada com a mistura do etanol de milho, que tem poder menor de redução de emissões.
De acordo com estimativa da União das
Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), que representa as usinas do Centro-Sul, com essa
mudança o Brasil deverá perder, já a partir da próxima temporada (2019/20), pelo menos 40% dos embarques de etanol que tinham o
Japão como destino final.
O Brasil vinha exportando em torno de 800 milhões de litros de etanol por ano para
atender à demanda japonesa. Em 2018, esses embarques renderam divisas de cerca de US$
400 milhões.
Em torno de 90% do volume vendido ao mercado japonês é primeiramente exportado aos Estados Unidos, onde está concentrado o
parque industrial que transforma etanol em ETBE. Segundo Antonio de Padua Rodrigues,
diretor técnico da Unica, o volume de etanol exportado pelo Brasil ao Japão com escala nos EUA deverá cair nas próximas safras de cerca
de 700 milhões de litros para algo entre 350 milhões a 400 milhões de litros.
A perda do mercado japonês para os
americanos deve se dar não só pela mudança regulatória, mas também pela alta competitividade dos produtores dos Estados
Unidos, que estão com estoques abarrotados e em pé de guerra com a indústria local de
petróleo para garantir suas vendas no próprio país pelo Padrão de Combustíveis Renováveis.
Após um aumento exponencial da produção
no ano passado, os estoques americanos estão oscilando em máximas históricas, da
ordem de 23 milhões de barris, desde o início do ano passado, segundo dados da Agência
de Informações Energéticas dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês).
Nesse cenário, a competitividade do biocombustível americano está muito à frente
do brasileiro. Nos cálculos da consultoria FCStone com base em preços praticados na
semana passada, o custo do etanol brasileiro para as indústrias de ETBE nos Estados Unidos está 78% acima do custo do etanol
americano.
Como alternativa à perda do mercado japonês, Padua vê potencial nas exportações
de etanol não carburante (para uso industrial). "O Brasil conquistou novos
mercados não carburantes", afirmou. Para Martinho Ono, diretor da SCA Trading, outra alternativa é a Califórnia, que possui um
mandato próprio crescente de biocombustíveis que demanda etanol com
maior "pegada de carbono", como o brasileiro.
https://www.valor.com.br/agro/6174617/bra
sil-perde-espaco-para-eua-no-mercado-
japones-de-etanol
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Data: 22/03/2019
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Caixa pode lucrar R$ 1 bi em oferta de
Petrobras Por Talita Moreira, Flávia Furlan e Maria Luíza
Filgueiras
A venda de ações da Petrobras que estão nas mãos da Caixa vai movimentar em torno de R$ 9,4 bilhões e render ao banco estatal um lucro de mais de R$ 1 bilhão. A operação
também deverá ter um impacto positivo de mais de R$ 1 bilhão no patrimônio líquido do
banco estatal.
O cálculo do lucro proveniente da oferta leva em conta a diferença entre o valor das ações
quando foram atribuídas pelo Tesouro à Caixa e o preço da venda desses papéis, que será balizado pelo valor de mercado da Petrobras.
Conforme apurou o Valor, a intenção do
banco é realizar a operação no início de maio. A ideia é fazer uma oferta subsequente de
ações da Petrobras, nos moldes do que foi feito com a participação da Caixa no IRB.
Um último passo para dar a largada na venda
das ações foi superado ontem com a publicação de decreto do presidente Jair Bolsonaro, assinado também pelo ministro da
Economia, Paulo Guedes, revogando norma que autorizava um aumento de capital na
Caixa por meio de ações de estatais detidas pela União.
Os papéis foram atribuídos ao banco estatal de 2012 em diante, quando o governo Dilma
Rousseff usou os bancos públicos para acelerar o crédito. Como a Caixa precisava de
capital para manter o ritmo e a União não tinha dinheiro, a estratégia utilizada foi a transferência de papéis da Petrobras.
A venda das ações é considerada prioritária por Guedes e pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães. O executivo já apontou
publicamente que é um risco para o banco ter
ações de uma empresa de commodities em seu patrimônio.
A Caixa tem 55.489.100 de ações
preferenciais e 241.340.371 de ações ordinárias da Petrobras, que somavam R$ 9,4 bilhões em valor de mercado ontem e
equivalem a 2,3% do capital total da empresa de petróleo.
Os papéis são marcados a mercado, mas só
90% do valor é contabilizado no patrimônio da instituição financeira. Por não ser considerado um capital de boa qualidade, a
posição em Petrobras fica sujeita a uma penalidade de 10% imposta pelo Banco
Central (BC).
Isso significa que, além do lucro esperado com a operação, a Caixa terá um impacto
positivo em seu patrimônio. Ao vender as ações, poderá contabilizar no balanço 100% desse ativo, em vez de 90%.
Outro efeito favorável da venda no capital
será a reversão de um ajuste contábil ("impairment", no jargão em inglês) de R$
850 milhões feito pela Caixa no balanço para refletir a queda das cotações.
A combinação do fim da penalidade e da
reversão do ajuste terá impacto positivo de mais de R$ 1 bilhão no patrimônio líquido da Caixa, levando em conta a ordem de
grandeza da operação.
Para colocar em marcha a oferta, a Caixa deve contratar no início de abril os bancos de
investimento que vão coordenar a operação.
Segundo duas fontes, ainda não está definido se as ações da Petrobras que pertencem ao
BNDES serão vendidas na mesma operação que dará saída à Caixa.
Essa equação não é simples porque o BNDES tem R$ 28,3 bilhões ações, ou 6,9% do
capital total da petroleira. Despejar esse volume no mercado de uma vez é considerado
difícil por um interlocutor próximo ao banco
Data: 22/03/2019
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de fomento, pelo impacto que teria nas cotações. A própria Petrobras também teria
manifestado essa preocupação.
No entanto, a orientação é para que os processos sejam coordenados. "Para não fugir do controle, precisa ter coordenação com o
BNDES, que também tem essas ações, e com a própria Petrobras", afirmou Guimarães num
evento em janeiro.
O Valor apurou que o secretário de privatizações do Ministério da Economia, Salim Mattar, já discutiu em ao menos três
reuniões com os presidentes da Caixa, do BNDES e com três bancos de investimento
como será a saída total ou parcial dessas instituições do capital da Petrobras.
Os bancos recomendaram ao governo que
seja uma operação conjunta neste ano, para que uma transação não atrapalhe a venda seguinte. É também o modelo preferido de
Mattar. O secretário tem discutido cronogramas para que as operações não se
"canibalizem", segundo uma pessoa com conhecimento do assunto.
Na Caixa, a expectativa é que, uma vez lançada, a oferta seja feita rapidamente -
como ocorreu com as ações do IRB, em que o intervalo entre o anúncio e a precificação foi
de apenas 11 dias. Na resseguradora, o fundo Caixa Fgeduc Multimercado, gerido pelo
banco, captou R$ 2,52 bilhões com a venda das ações.
Em evento no Rio na sexta passada, Guimarães disse que pretende vender até
junho todas as operações não estratégicas do banco e, a partir de setembro, formatar
quatro operações de abertura de capital de áreas da Caixa.
Além de IRB e Petrobras, já está decidida a
venda de participações em mais duas empresas até junho: Banco do Brasil, em que a posição da Caixa soma cerca de R$ 2,9
bilhões, e Alupar, avaliada em R$ 800 milhões. Essas ofertas, no entanto, ainda
dependem de aprovação do FI-FGTS, que detém os ativos. Os recursos levantados não
irão para a Caixa, e sim para o fundo.
A Caixa tem ainda uma participação direta de 17% na mineradora Paranapanema. Porém, a venda desses papéis só será feita mais
adiante.
https://www.valor.com.br/financas/6174367
/caixa-pode-lucrar-r-1-bi-em-oferta-de-
petrobras
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Data: 22/03/2019
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Uma nova lógica
Por Sergio Adeodato
O transporte do vapor d'água lançado na atmosfera pelas árvores da Amazônia,
fenômeno conhecido como "rios voadores", nutre uma economia de aproximadamente R$
5 trilhões, referente ao Centro-Oeste, Sul e Sudeste, onde se concentram expressiva fatia do agronegócio, polos industriais e 64% da
população brasileira. Nessas regiões mais ricas, empresas dependentes do regime de
chuvas, que se altera por causa do desmatamento, começam a olhar além dos quintais com planos de investir na
conservação da floresta a cerca de 3 mil km de distância como estratégia de segurança
hídrica.
"Em 16 anos, reduzimos em 30% o consumo de água por litro de bebida produzida, mas a
medida não é suficiente para sermos neutros no uso do recurso e evitar riscos futuros", diz Flávia Neves, gerente de sustentabilidade da
Coca-Cola, empresa que acaba de definir o desembolso de R$ 1 milhão na mensuração
da água obtida da Floresta Amazônica e quantificação de seu valor econômico. O objetivo do plano, inédito, é subsidiar a
criação de mecanismos de compensação financeira pela oferta do recurso levado a
outras regiões do país na forma de chuva, com investimentos no uso sustentável e no desenvolvimento de uma bioeconomia,
baseada nos serviços da natureza.
"O desafio é chegar a uma metodologia segura para a água assim como já se alcançou
no caso do carbono, na mitigação das mudanças climáticas", explica Eduardo
Taveira, secretário de Meio Ambiente do Amazonas.
Entender como quantificar as chuvas que se originam na Amazônia e precipitam em outras
regiões em benefício da população e de atividades econômicas, diz, é o primeiro
passo para se obter o cálculo financeiro, com previsão de ser apresentado em 2020. "É
importante demonstrar que as questões ambientais são da sociedade como um todo." Ele lembra que na década de 1980 o
economista Samuel Benchimol (1923-2002), especialista em temas amazônicos, já dizia
que a floresta deveria ser recompensada por imposto ambiental pelos serviços prestados ao planeta.
Pela proposta, o vapor da transpiração das
árvores se torna um ativo com potencial de reduzir desigualdades sociais. "Ao se medir os
benefícios dos rios voadores, a Amazônia poderá compensar a pegada de água das empresas que investirem em projetos
produtivos voltados a manter a floresta de pé e, ao mesmo tempo, combater a pobreza",
ressalta Virgilio Viana, superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), organização que remunera moradores de
unidades de conservação, no Programa Bolsa Floresta.
Com base no novo mecanismo de
compensação, companhias de abastecimento do Sudeste, por exemplo, poderão associar a
conta de água a investimentos na conservação da floresta amazônica, o que inaugura uma nova lógica no combate ao
risco hídrico para além do plantio de árvores, recuperação de nascentes, controle da
erosão, obras em bacias e redução de desperdícios.
A base está no estudo liderado pelo cientista Antônio Nobre, do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), segundo o qual a floresta mantém úmido o ar em movimento,
o que leva chuvas continente adentro. Diariamente, as árvores da bacia amazônica
transpiram 20 trilhões de litros de água, com formação de nuvens de chuvas fartas, exportando rios aéreos de vapor. "A projeto
agora é estimar os efeitos sobre esse poder hídrico no cenário futuro de mudanças
climáticas e identificar as regiões mais suscetíveis pelo impacto do desmatamento",
Data: 22/03/2019
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explica o pesquisador Lincoln Alves, também do Inpe.
Na porção mais desmatada da Amazônia se
observa o progressivo retardo da estação úmida, o que gera significativo impacto no setor agrícola. Em paralelo, o aquecimento
global já está mudando o padrão de chuvas no Brasil, particularmente no Sudeste, de
acordo com pesquisa da Universidade da Califórnia, nos EUA. A estimativa no Rio de Janeiro e Espírito Santo é chover menos com
mais intensidade.
"Está tudo interligado e manter a capacidade da Amazônia de transferir umidade para o
resto do país tem reflexo na geração de emprego e desenvolvimento, mas também na
redução de custos com saúde pelo maior acesso à água", afirma Thiago Terada, gerente de responsabilidade social da Aegea,
empresa de saneamento que opera em 48 municípios, incluindo Manaus (AM). Na capital
estão previstos investimentos de R$ 800 milhões para aumentar a cobertura de tratamento de esgoto de 19% para 80% até
2030.
"Grandes empresas dependentes de água deveriam se posicionar de forma mais
enfática contra o desmatamento, inclusive devido a riscos no mercado externo", afirma Carlos Rittl, secretário executivo do
Observatório do Clima. Em 2017, a derrubada de árvores na Amazônia representou 25,6%
de todas as emissões brutas de gases de efeito-estufa do Brasil, segundo a organização. Até hoje foram desmatados 763
mil km 2, área relativa a três Estados de São Paulo. Para cientistas, o quadro caminha para
o limite irreversível, com mudanças da vegetação, perda de biodiversidade e efeito
no sistema que hoje leva chuva a outras regiões.
Segundo Eduardo Assad, cientista da Embrapa, em Campinas (SP), "é nítido o
aumento da temperatura com alteração das chuvas e impactos em atividades econômicas,
como o cultivo de soja". As mudanças
ocorrem, diz, mas falta constatar em qual intensidade: "Já sabemos como produzir
alimento com menor emissão de carbono e agora se faz necessário aprender a usar menos água".
Os riscos do desmatamento aceleram a busca
por soluções. "Destruir a floresta é um tiro no pé e o melhor caminho são políticas públicas
baseadas na ciência", alerta o físico Paulo Artaxo, coordenador científico do Projeto LBA (Experimento de Larga Escala na Biosfera-
Atmosfera na Amazônia). Na iniciativa, diversos grupos de pesquisadores já
investigaram os processos de formação de chuva na floresta e hoje, na segunda fase, se dedicam aos impactos nos ecossistemas e no
clima regional e nacional.
Ney Maranhão, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), diz que enquanto a ciência não
chega a uma conclusão, "devemos levantar desde já a bandeira de um novo modelo de
desenvolvimento econômico na Amazônia, em benefício do país como um todo, e não chegar ao ponto da crise hídrica de 2014 a
2016 para começar a pensar, o que seria um fracasso como sociedade e país". O risco
continua latente: em 2017, cerca de 38 milhões de pessoas foram afetadas por secas e estiagens no Brasil, quase 13 vezes mais
que por cheias, sendo que o problema não está relacionado apenas às taxas
pluviométricas, como também à gestão da água.
https://www.valor.com.br/brasil/6174407/u
ma-nova-logica
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Atividades produtivas buscam soluções contra riscos
Por Sergio Adeodato
Na Fazenda Pântano, em Patos de Minas (MG), um piscinão de 80 milhões de litros se
destaca na borda dos terreiros para secagem do café. O cenário incomum retrata a solução
encontrada pelo proprietário Wagner Ferrero, produtor de 60 mil sacas por ano, para irrigar 800 hectares de cultivo: "Diante das
incertezas do clima, precisamos imitar os sertanejos nordestinos na coleta de chuva".
A precipitação tem diminuído ano a ano, com
redução de 20% em três décadas, conforme mostra a estação pluviométrica da fazenda, cuja produção se destina basicamente à
exportação e precisa seguir critérios de sustentabilidade. "Para evitar perdas, não
planto um pé de café que não seja irrigado", afirma Ferrero. Na região, cerca de 50 produtores copiaram a tecnologia, além da
recuperação de nascentes com reflorestamento.
"A situação é dramática, porque afeta a
produtividade e qualidade do grão", atesta Tharic Galuchi, coordenador de certificação
agrícola do Imaflora, em Piracicaba (SP). O padrão de chuva indefinido altera os períodos de florada do café, uma das principais
commodities agrícolas brasileiras. "O jeito está sendo abrir mão de área produtiva para
construir reservatórios e manter o fornecimento do produto, de maior valor agregado, a mercados mais exigentes",
completa.
Estudo da Embrapa demonstra que as árvores mais altas da Amazônia, de 30 metros ou
mais, as "rainhas da floresta", são responsáveis por cerca de 70% do fluxo de água levado à atmosfera. Ao influenciar o
clima de outras regiões, o desmatamento,
somado aos impactos nas bacias hidrográficas país afora, induz a necessidade de medidas
como o plantio de árvores com objetivo de aumentar a resiliência dos mananciais e garantir o acesso à água, reduzindo conflitos.
"Isso não pode ser entendido somente como custo, mas oportunidade de ganho para todos
os segmentos que compartilham o recurso hídrico", ressalta Daniel Venturi, analista do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF.
Na plataforma Water Risk Filter, que identifica
riscos - como suporte às empresas na decisão de instalar novas fábricas ou expandir a
produção -, a organização mapeou os setores industriais que mais consomem água no país. Entre eles, a produção de celulose e papel,
com 2,7 milhões de hectares de eucalipto e pinus, se concentra em área de risco médio e
alto, principalmente na Mata Atlântica, região que representa 70% do Produto Industrial Brasileiro (PIB) e tem áreas degradadas que
precisam de recuperação. "É preciso investir em soluções com olhar para fora das
fábricas", diz Venturi.
"Monitoramos permanentemente o recurso hídrico, com identificação de variações
climáticas que podem afetar a produção", diz João Augusti, gerente de meio ambiente florestal da Suzano, empresa que opera em
diferentes regiões e tem sob gestão 2 milhões de hectares, equivalentes à área de Sergipe.
A medição se integra à rede de coleta de dados do Programa de Monitoramento Ambiental em Microbacias, mantido pelo
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) em 15 municípios, abrangendo nove
empresas.
Além de métodos de plantio de menor consumo hídrico, buscam-se clones de
eucalipto menos dependentes do recurso. "No planejamento de longo prazo, preferimos trabalhar no cenário de ambientes mais hostis
a considerar as mudanças climáticas apenas uma utopia", diz José Luiz Stape, gerente
executivo de manejo florestal. Nos municípios mineiros de Malacacheta, Ladainha e Poté, os pecuaristas são orientados a produzir com
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menor impacto e recebem apoio para plantar mudas, para proteger as cabeceiras do rio
Mucuri, que abastece a fábrica da empresa no Sul da Bahia.
https://www.valor.com.br/brasil/6174397/at
ividades-produtivas-buscam-solucoes-
contra-riscos
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Cálculo sobre impacto de uso deve ser abrangente
Por Andrea Vialli
Mais do que medir o consumo de água nas fábricas e instalações próprias, grandes
empresas estão se empenhando em calcular sua pegada hídrica, medindo o impacto do
consumo de água na sua cadeia de valor, desde os fornecedores de matérias-primas até a etapa pós-consumo. Essa abordagem,
baseada no conceito "do berço ao túmulo", da avaliação de ciclo de vida de produto, vem
sendo disseminada pela Water Footprint Network, uma rede global de pesquisadores e empresas com sede na Holanda. No Brasil a
tendência é incipiente, mas começa a ser colocada em prática por empresas que
exportam parte da produção para mercados em que a sustentabilidade é vista como diferencial competitivo.
Um exemplo é a Vicunha Têxtil, que está
mapeando a pegada hídrica do tecido índigo desde a produção do algodão até o descarte
pelo consumidor final. Com um percentual importante da produção nacional voltado à exportação, a empresa, que é uma das
maiores indústrias têxteis do mundo, quer firmar sua posição com produtos com
atributos de sustentabilidade. "Um dos intuitos desse projeto é promover uma diferenciação positiva das práticas de
produção", diz Marcel Imaizumi, diretor de operações da Vicunha Têxtil.
Os dados preliminares já trazem elementos
que mostram que o algodão produzido no Brasil é menos dependente de irrigação do
que o da Índia ou Paquistão, por exemplo. Nas fábricas, algumas linhas de produtos alcançaram reduções de até 95% no consumo
de água graças à ausência de tingimento e reutilização de resíduos do processo
produtivo e sobras de fios. Ao mesmo tempo,
o conhecimento gerado deverá auxiliar a companhia na adoção de medidas de redução
do consumo e compensação dos impactos por meio de projetos socioambientais.
A Braskem passou a utilizar a metodologia de análise de ciclo de vida para dimensionar os
impactos ambientais gerados pelos produtos em 2005 e, desde então, já realizou mais de
70 estudos. Um dos mais significativos foi a análise do polietileno de origem renovável, o PE verde da empresa, produzido a partir do
etanol. Os dados serviram para subsidiar práticas de gestão tanto da Braskem quanto
dos fornecedores de etanol envolvidos na cadeia.
Em 2018, a empresa atualizou o estudo da
pegada hídrica do PE verde, comparando-o ao PE de origem fóssil, considerando metodologias mais avançadas, que levam em
conta não apenas a demanda total de água, mas cenários e locais de escassez hídrica.
"Hoje entende-se que não se pode embasar uma análise apenas no consumo isolado, e sim considerar a lógica da demanda e da
escassez em conjunto com o consumo, o que torna o consumo de água do PE verde 18%
menor que o de PE fóssil", diz Yuki Kabe, especialista de análise de ciclo de vida da Braskem.
Isso ocorre, segundo o executivo, devido ao
fato de que o maior consumo de água do polímero renovável acontecer no campo,
onde a pressão por recursos hídricos é menor em comparação à cadeia produtiva petroquímica que fica, nos grandes centros
urbanos.
Foi justamente o estresse hídrico dos últimos anos que impulsionou o interesse pela
ferramenta de pegada hídrica. Mas a maioria das companhias ainda prefere traçar planos
de ação para reduzir o consumo de água dentro dos próprios muros. "As grandes indústrias ainda estão restritas aos processos
próprios de uso da água, mas alguns setores percebem que mapear a cadeia dá a chance
de ir além", diz Claudio Bicudo, diretor
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executivo da H2O Company, consultoria ambiental responsável pela aplicação da
pegada hídrica da Vicunha Têxtil.
Um exemplo, segundo Bicudo, são os frigoríficos: muitos já adotam medidas de gestão da água internamente, mas percebem
que o impacto das ações pode ser ainda maior se mapearem a pegada desde o consumo do
gado no pasto e já demandam a ferramenta.
Tornar mais conhecida a pegada hídrica na América Latina é a missão do projeto El Agua nos Une, liderado pela Agência Suíça para
Desenvolvimento e Cooperação (Cosude) por meio de uma rede que já está presente desde
2008 no Peru, Chile, Colômbia e Equador e acaba de chegar ao Brasil.
O implementador da iniciativa no Brasil é o
Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) e os trabalhos iniciaram em fevereiro. Klabin e
Votorantim Cimentos farão parte desse um piloto, junto com uma terceira companhia,
ainda em fase de definição. A partir de novembro, serão desenvolvidos os planos de redução da pegada e os resultados serão
apresentados em março de 2020. "A pegada hídrica ainda é pouco conhecida no Brasil,
mas ela se soma a outros métodos de gestão da sustentabilidade. É importante para empresas de bens de consumo ou que
exportam parte da produção", diz Beatriz Kiss, gestora de projetos do FGVces.
https://www.valor.com.br/empresas/617440
3/calculo-sobre-impacto-de-uso-deve-ser-
abrangente
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Indústrias se empenham para reduzir
consumo Por Jacilio Saraiva
Indústrias do setor químico, da área de bebidas e de cosméticos, que precisam de grande quantidade de água nas linhas de
produção, investem em projetos de redução do consumo. Entre as iniciativas, há ações de reúso do insumo, modernização de processos
fabris e campanhas de conscientização entre os funcionários. Em algumas empresas, a
meta de reutilização é ir de 25% para 30% até 2025.
Na Natura, o relatório anual de 2017 (a
versão de 2018 ainda não foi publicada), aponta uma redução de 0,5% do consumo relativo (litro por unidade produzida) ante
2016. O objetivo é chegar a uma economia de 20% até 2020.
"Foram mais de 70 mil m3 de água
reutilizados em processos industriais, descargas sanitárias e manutenção predial", detalha Keyvan Macedo, gerente de
sustentabilidade da empresa, com quatro fábricas em São Paulo e no Pará.
O volume corresponde a 25% do total
consumido - a quantidade reciclada cresceu 13%, em relação a 2016. "Estamos com
estudos para aumentar o potencial do reúso."
Para atingir esse corte, a Natura aposta no uso eficiente do recurso. Na sede administrativa inaugurada em 2017, em São
Paulo, todos os banheiros têm torneiras de fechamento automático e vazão reduzida, o
que pode economizar até 95% do líquido para esses fins, segundo Macedo. O local, que abriga mais de 1,6 mil colaboradores, ainda
conta com um sistema de captação da água de chuva para limpeza predial, rega de jardins
e descargas sanitárias.
Filipe Barolo, gerente de sustentabilidade da Ambev, afirma que nos últimos 20 anos, o
grupo reduziu em 50% a quantidade de água usada para produzir seus rótulos. Atualmente, o índice é de 2,8 litros de água
para um litro da bebida - era de 3,2 litros em 2016.
O destino do recurso depois do processo
produtivo também está na mira da fabricante. As estações de tratamento de efluentes industriais são responsáveis por limpar a
água usada na produção antes de ser devolvida ao meio ambiente. Atualmente, a
Ambev tem 24 dessas unidades no Brasil, com capacidade para tratar 190 mil metros cúbicos ao dia, o equivalente ao tratamento
de esgoto diário de nove milhões de pessoas.
Na Basf, com oito fábricas em São Paulo, Bahia e Pernambuco, uma das preocupações
é reduzir em 25% a água captada para cada tonelada de produto fabricado na América do
Sul até 2025. "Desde 2002, o consumo por tonelada produzida já caiu 55%", diz Bert Neumeier, diretor de segurança e meio
ambiente. Na planta de Guaratinguetá (SP), a instalação de torres de resfriamento e a
otimização na lavagem de máquinas, acompanhadas de campanhas de conscientização, trouxeram corte de 81% no
volume captado do rio Paraíba do Sul, entre 2002 e 2018.
A Braskem, que no Brasil conta com 29
unidades industriais em cinco Estados, investiu cerca de R$ 280 milhões em projetos de melhoria de eficiência hídrica, entre 2002
e 2017, diz Mario Pino, gerente de desenvolvimento sustentável. Além de
atividades de reúso, a petroquímica mantém frentes de modernização de equipamentos e
processos, aumento de ciclos de água em torres de resfriamento e redução do volume de vapores na produção.
O percentual de reúso subiu 39% entre 2011
e 2017, atingindo 25,7%. Desde 2014, foram utilizados 30 milhões de m3 de material
reutilizado, o que equivale a 12 mil piscinas
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olímpicas. Nos próximos anos, o objetivo é aumentar esse índice para 30% em 2025 e
chegar a 50% em 2030.
Em fevereiro, a empresa anunciou um projeto de modernização do sistema elétrico do polo petroquímico do ABC, em São Paulo, com
investimentos de R$ 600 milhões. A obra, que deve ser concluída em 2021, prevê a troca de
turbinas à base de vapor por motores elétricos de alto rendimento. A estimativa com a mudança é de um corte de 11,4% no
consumo.
https://www.valor.com.br/empresas/617439
5/industrias-se-empenham-para-reduzir-
consumo
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Data: 22/03/2019
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Startups criam soluções para despoluir
rios e lagos Por Andrea Vialli
Encontrar uma solução para a grande quantidade de resíduos que sobravam da produção de palmito em conserva foi a
motivação do analista de sistemas Guilhermo Queiroz para empreender. Com a família trabalhando no ramo, ele se inquietou com o
fato de que apenas 3% da palmeira cultivada são aproveitados - caules, folhas e raízes são
descartados, gerando toneladas de resíduos. Buscando uma utilização para eles, passou a procurar projetos de pesquisas em
universidades, até descobrir os estudos do mestre em materiais Wagner Martins, do
Centro Universitário de Volta Redonda, no interior fluminense, que apontavam as
propriedades de absorção de óleos da fibra da palmeira.
Assim foi criada em 2014 a Biosolvit, startup de biotecnologia que tem como carro-chefe
um produto absorvedor de óleo desenvolvido a partir da fibra da palmeira, destinado à
descontaminação de águas poluídas por vazamentos de petróleo e derivados. "O biopolímero que desenvolvemos absorve com
rapidez todo tipo de óleo mineral ou vegetal e se mostrou mais eficiente do que as
tecnologias já disponíveis no mercado", diz Queiroz.
Um quilo do biopolímero absorve 22 kg de
petróleo em 15 minutos, enquanto 1 kg de poliuretano, comumente usado para esse fim, absorve até 12 kg de petróleo no dobro do
tempo. O absorvedor também pode ser utilizado por empresas de outros segmentos,
de oficinas mecânicas a portos, siderúrgicas e grandes mineradoras
No ano passado, a startup captou R$ 2 milhões com investidores-anjo e construiu
uma fábrica em Porto Belo (SC), recém-inaugurada, para dar conta dos pedidos.
Entre os clientes estão Vale, CSN, Arcelor Mittal e os portos de Sepetiba (RJ) e Itajaí
(SC). Após realizar a primeira exportação para a França, os sócios preparam a internacionalização da empresa.
A perspectiva é fechar o ano com um
faturamento de R$ 3,6 milhões, o triplo da receita obtida em 2018. O mercado potencial
é vasto -, 5,73 milhões de toneladas de petróleo foram derramadas nos oceanos desde a década de 1970, segundo estimativa
da International Tanker Owners Pollution Federation Limited (ITOPF), ONG que luta
contra os vazamentos de petróleo e produtos químicos.
A O2eco, de São José dos Campos (SP),
trouxe da Austrália uma tecnologia de despoluição de águas que, em vez de produtos químicos, utiliza placas de parafina
incrustadas com nano-minerais. Essas estruturas são inseridas nas águas poluídas
com alta carga orgânica, sejam rios e lagos ou estações de tratamento de efluentes industriais. Os minerais presentes na placa
estimulam a proliferação de bactérias que consomem a matéria orgânica e inorgânica.
"O segredo da tecnologia está na ativação das
bactérias benéficas, que se multiplicam rapidamente e equilibram a demanda biológica de oxigênio (DBO), um dos
parâmetros de qualidade da água", explica Luís Fernando Magalhães, sócio fundador da
O2eco.
Com a estimulação, as bactérias na água podem crescer de 8 mil vezes para 8 milhões
de vezes a cada dez horas, o que torna a degradação da matéria orgânica na água mais rápida. Segundo Magalhães, em média o
sistema é 30% mais barato do que a descontaminação por meio de produtos
químicos e traz redução de 92,2% na DBO.
A tecnologia foi utilizada para despoluir o lago do Parque da Cidade, que tem três mil metros quadrados, em São José dos Campos - o local
estava com nível de médio para alto de
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matéria orgânica em suas águas, exalando mau cheiro.
Foram colocadas 5 placas de 5 quilos cada, a
um custo total de R$ 250 mil, e em oito semanas as águas apresentaram resultados significativos, com redução de 82% das
cianobactérias. Em razão do sucesso do projeto, a O2eco vem sendo procurada por
prefeituras para realizar orçamentos de despoluição de rios e lagos. "Nosso sonho é que a tecnologia ajude a despoluir o rio
Pinheiros e a Lagoa Rodrigo de Freitas", diz Magalhães.
A Iguá Saneamento, que atua em 18
concessões e PPPs, lançou no ano passado sua iniciativa Iguá Lab, para se conectar com
as startups. O processo atraiu 90 empresas, sendo que dez foram selecionadas para ser apoiadas seja com mentoria, contrato de
prestação de serviços ou investimento.
https://www.valor.com.br/empresas/617438
9/startups-criam-solucoes-para-despoluir-
rios-e-lagos
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Data: 22/03/2019
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Novos sistemas realizam gestão
inteligente de redes Por Sergio Adeodato
A demanda por reduzir o desperdício hídrico nas cidades motivou o negócio da
administradora Marília Lara e do engenheiro de robótica Antônio Oliveira no campo da inteligência artificial: um "ouvido biônico"
com capacidade de detectar vazamentos na rede de distribuição três vezes mais rápido do
que métodos convencionais, reduzindo perdas. "Como os aplicativos que 'ouvem' e identificam músicas nos smartphones, o
sistema de sensores flagra automaticamente o problema ao longo do caminho da água com
maior eficiência", explica a sócia da startup Stattus4, de Sorocaba (SP).
"Como resultado, temos mais dados para a
tomada de decisão e menos recursos extraídos da natureza", aponta Lara. A varredura da rede com a tecnologia,
empregada hoje em 26 municípios, é exemplo da união entre internet das coisas (IoT) e
sustentabilidade, no cenário das cidades inteligentes. Ao identificar pelo áudio vazamentos e ligações clandestinas em até
dez segundos, o sistema permite que apenas os pontos suspeitos do mapa sejam alvos de
uma análise mais detida pelos técnicos.
O equipamento se acopla a sensores que controlam a pressão da água nas tubulações,
o que possibilita melhor gestão da rede e menos perdas. "O próximo passo será integrar as tecnologias aos hidrômetros em
larga escala para leitura do consumo, pressão e vazamentos de uma só vez", conta a
empreendedora, na expectativa de aumentar o alcance do monitoramento e reduzir pela metade o desperdício médio nas cidades. O
Plano Nacional de Saneamento Básico tem como meta diminuir as perdas na distribuição
de água de 39% para 30% até 2035.
O objetivo de disseminar soluções em maior escala chega também ao tratamento de
esgoto, como é o caso de estações compactas com arquitetura de maior eficiência em relação às tradicionais fossas-filtro, voltada a
qualquer tamanho de estabelecimento, tanto residências como indústrias. "A praticidade e
o baixo custo viabilizam a cobertura em áreas isoladas da rede coletora, como na zona rural e em regiões da Amazônia, indispensável
para o país universalizar o saneamento", afirma o empresário Daniel Vecchi, com
capacidade de produção de 600 unidades por mês, em Caraguatatuba (SP).
Além do menor consumo energético e da possibilidade de transformar efluentes em
água de reúso para reduzir a captação nos rios, os módulos são construídos com plástico
reciclado a partir de resíduos industriais. "O projeto agora é também utilizar como matéria-prima garrafas e outras embalagens
descartadas pelos consumidores", revela o engenheiro ambiental.
No semiárido nordestino, a convivência com a
seca inspira soluções de acesso à água, a exemplo das cisternas com miniplacas,
diferentes dos modelos convencionais por aumentar em cerca de 60% a capacidade de captação da chuva. "A tecnologia, baseada
em um acessório incorporado aos sistemas já existentes, pode ser transferida e replicada
em outras regiões do país como negócio, inclusive no mercado da construção civil", diz Eduardo Monte, fundador do Projeto Sitimi
Labs, no Rio de Janeiro.
Nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a ONU preconiza a
necessidade mínima de 110 litros de água por habitante ao dia, enquanto em algumas
regiões brasileiras o índice é de oito litros - situação combatida pela difusão de tanques para armazenam água nos períodos
chuvosos, no total de 1,3 milhão de unidades hoje existentes na região.
"A água é fundamental à sobrevivência e o
acesso para consumo das famílias e produção
Data: 22/03/2019
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rural tem potencial de transformar realidades" Asclepius Soares, presidente da
Fundação Banco do Brasil (FBB), instituição que investiu na disseminação de cisternas no semiárido.
Em parceria com o BNDES, foram investidos
até hoje R$ 340 milhões em 100 mil unidades. Inovações sociais também viabilizam o uso de
dessalinizadores solares no sertão da Paraíba com capacidade de transformar água salobra em potável, incluindo o tratamento contra
bactérias causadoras de doenças - solução vencedora do prêmio de tecnologias sociais
promovido pela FBB no ano passado. Na edição de 2019, cujas inscrições estão abertas para instituições de todo o país, o
desafio do acesso a recursos hídricos integra os quatro temas principais: cidades
sustentáveis e inovação digital, educação, geração de renda e meio ambiente.
https://www.valor.com.br/empresas/617440
1/novos-sistemas-realizam-gestao-
inteligente-de-redes
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Data: 22/03/2019
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Desastre de Brumadinho afeta bacias da
Mata Atlântica Por Roberto Rockmann
A qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica, que já não era boa por causa da falta de saneamento e mau uso dos recursos
hídricos, piorou com o desastre ambiental de Brumadinho (MG).
Relatório da Fundação SOS Mata Atlântica,
divulgado nesta sexta-feira, com base em coleta de água em 278 pontos distribuídos por 220 rios que cortam 103 municípios de 17
Estados, aponta que apenas 18 pontos (6,5%) apresentam qualidade boa na média
do ciclo, sendo que nenhum dos rios e corpos d'água tem qualidade ótima. Dos 278 pontos de coleta de água monitorados, 207 (74,5%)
apresentam qualidade regular.
Em 49 pontos (17,6%) a qualidade é ruim e, em três pontos, (1,4%) péssima. A qualidade
de água péssima e ruim obtida em quase 20% dos pontos monitorados evidencia que 53 rios estão indisponíveis - com água imprópria para
usos - por conta da poluição e da precária condição ambiental das suas bacias
hidrográficas. "Os rios brasileiros estão por um triz", destaca Malu Ribeiro, assessora da Fundação SOS Mata Atlântica.
O relatório permite avaliar pela primeira vez a evolução dos indicadores de qualidade da água em todos os Estados da Mata Atlântica,
com base nas análises comparativas dos dados aferidos neste ciclo de monitoramento
com o anterior, considerando os indicadores apurados em 236 pontos fixos de coleta. Os índices regular (78% em 2018 e 75,4% em
2019) e ruim (17,4% e 16,9%) não apresentaram grande diferença. Já os pontos
péssimos pularam de nenhum para três e os considerados bons, de 11 para 15.
Entre os principais alertas do relatório está o
fato de que o rio São Francisco já se encontra
contaminado com rejeitos da barragem Córrego do Feijão, da Vale, rompida no dia 25
de janeiro, em Brumadinho. A estrutura afetada está em um córrego afluente ao rio Paraopeba, que, por sua vez, deságua no São
Francisco, no reservatório da usina hidrelétrica de Três Marias, localizado a 331
km da barragem rompida. O rio Paraopeba perdeu a condição de manancial de abastecimento público.
Entre os dias 8 e 14 deste mês, a equipe da
SOS Mata Atlântica revisitou a região até o Alto São Francisco para verificar a presença
de rejeitos. Dos 12 pontos analisados, nove estavam com condição ruim e três em regular, o que torna o trecho a partir do
Reservatório de Retiro Baixo, entre os municípios de Felixlândia e Pompeu, até o
Reservatório de Três Marias, no Alto São Francisco, com água imprópria para uso da população. Nestes pontos, a transparência da
água estava em condições piores do que as estabelecidas pela Resolução 357 do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Em alguns locais, o indicador verificado
chegou a estar entre duas e seis vezes mais que o permitido. As concentrações de ferro, manganês, cromo e cobre também estavam
acima dos limites máximos permitidos na legislação, o que evidencia o impacto da
pluma de rejeitos de minério sobre o Alto São Francisco. Segundo a ONG, 112 hectares de florestas nativas foram devastados. Destes,
55 hectares eram áreas bem preservadas, monitoradas anualmente pelo Atlas da Mata
Atlântica.
Os dados comprovam que o Reservatório de Retiro Baixo está segurando o maior volume
dos rejeitos de minério que vem sendo carreados pelo Paraopeba. Apesar das medidas tomadas no sentido de evitar que os
rejeitos atinjam o rio São Francisco, os contaminantes mais finos estão
ultrapassando o reservatório e descendo o rio e já são percebidos nas análises em padrões elevados.
Data: 22/03/2019
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A concentração máxima de cobre na água para rios como o Paraopeba é de 0,009 mg/l.
Em alguns pontos o resultado superou em mais de duas vezes esse número. O consumo de quantidades relativamente pequenas de
cobre livre pode provocar náuseas e vômitos. A concentração elevada de ferro e manganês
na água podem ser os responsáveis pela coloração avermelhada do rio. "A legislação ambiental deve ser fortalecida por meio de
órgãos técnicos e ambientais bem estruturados, instrumentos de gestão
eficientes e livres de ingerência política", diz Malu.
https://www.valor.com.br/empresas/617439
3/desastre-de-brumadinho-afeta-bacias-da-
mata-atlantica
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Data: 22/03/2019
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São Francisco aguarda recursos
Por Sergio Adeodato
O fim da conversão de multas ambientais em investimentos na prevenção e no reparo de
impactos, conforme cogita fazer o governo federal, poderá inviabilizar a revitalização do
rio São Francisco, com riscos ao abastecimento público e à economia. O alerta é de Anivaldo Miranda, presidente do comitê
gestor da bacia, o CBHSF, para quem "não há mais tempo a perder diante do grave estado
de degradação e dos efeitos já sentidos nas cidades da região".
Instituído pelo decreto 9.179 de 2017, o
mecanismo que permite regularizar empresas e produtores rurais em troca de desconto de 60% nos valores das autuações como forma
de garantir o caixa da conservação ambiental "seria o primeiro dinheiro real carimbado para
a revitalização da bacia hidrográfica, uma promessa sempre renovada e nunca cumprida pelos governos desde 2004".
No último plano, há dois anos, a gestão Temer
anunciou R$ 350 milhões exclusivos à empreitada, que acabaram não liberados,
exceto algumas ações isoladas de saneamento com verba do Ministério das Cidades. "Como suporte, o comitê aplicou R$
8 milhões da cobrança pelo uso da água na construção de uma estratégia multissetorial
de recursos hídricos até 2025, e agora esperamos que o atual governo não queira
reinventar a roda", afirma Miranda. Pelo documento, a recuperação da bacia do São Francisco precisaria de R$ 30 bilhões no
período.
O rio representa 70% da disponibilidade hídrica do Nordeste, abastecendo polos de
agricultura irrigada e produção de energia. Mas a contínua redução da vazão - pela alta demanda e também pelo desmatamento -
tem impactado a oferta. O volume liberado pela represa de Sobradinho (BA), de 1,3 mil
m3 por segundo há 20 anos, hoje está reduzido à metade, mesmo em período de
bom nível de chuvas.
Até o momento, a conversão de multas gerou acordos de adesão envolvendo 900 empresas junto ao Ibama, no total de R$ 2,6 bilhões.
De início, foram aprovadas 34 propostas de projeto que somam R$ 1 bilhão, com
publicação no Diário Oficial, para investimento nas bacias do São Francisco e Parnaíba via ONGs, universidades e
instituições públicas. O andamento do processo foi retido pelo ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles.
O rompimento das barragens em Mariana e Brumadinho reforça o alerta quanto à
situação dos rios que alimentam o São Francisco. "A região sofre a maior redução hídrica dos últimos 30 anos e um dos
resultados tem sido a abertura indiscriminada de poços artesianos, com superexploração do
aquífero", afirma Álvaro Oyama, diretor do Instituto Fábrica de Florestas, que protege nascentes por meio do plantio de árvores
associado à educação ambiental. Após ação em Bom Jesus da Lapa (BA), com cultivo de 5
mil mudas e envolvimento de 2 mil estudantes, o projeto atual é a recuperação de água no polo produtor de mármore de
Ourolândia (BA), abastecido pelo rio Salitre.
https://www.valor.com.br/empresas/617438
7/sao-francisco-aguarda-recursos
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Data: 22/03/2019
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Universalização do saneamento ainda é
um objetivo distante Por Roberto Rockmann
Água e esgoto para todos, uma das metas da
Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), é um sonho distante para
milhões de brasileiros. A meta da universalização dos serviços, prevista para
2033 no Plano Nacional de Saneamento Básico em 2007, não será cumprida. Ainda há no país cerca de 35 milhões de brasileiros sem
acesso à água tratada, mais de 100 milhões sem coleta dos esgotos e somente 44,9% dos
esgotos são tratados, sendo que 38% da água potável é perdida nos sistemas de distribuição, segundo dados do Instituto Trata
Brasil.
A situação é mais precária nas regiões Norte e Nordeste: nove em cada dez habitantes do
Norte não têm coleta de esgoto e quase a metade da água potável produzida era
desperdiçada em 2016 (último dado disponível), enquanto três em quatro nordestinos não possuíam coleta de esgoto
em 2016.
"O Brasil é uma das dez maiores economias do mundo, mas tem índices vergonhosos em
saneamento básico. Temos muito a fazer", afirma o presidente do Trata Brasil, Edison Carlos. Estudo da entidade aponta que, com
base no custo médio nacional para se levar água e esgotos às moradias, seriam
necessários R$ 443,5 bilhões em 20 anos para que todos os brasileiros tenham acesso aos serviços de água e esgoto, ou seja,
precisaríamos de um investimento anual mínimo de R$ 22,2 bilhões, quase o dobro do
que foi investido entre 2004 e 2016 na área, que chegou a R$ 11,2 bilhões. Em 2003, o
volume de recursos aplicados chegou a R$ 5,3 bilhões. "A situação vai exigir capital privado", observa o presidente da Associação
Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini.
Neste momento, o governo federal está
coordenando a primeira revisão do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), que alinha as principais políticas públicas
sobre o setor. A versão revisada encontra-se em consulta pública até 8 de abril. Conforme
previsto na lei 11.445/2007, o plano tem horizonte de 20 anos (2014 a 2033) e deve ser avaliado anualmente e revisado a cada
quatro anos. Ele deverá trazer nova meta para a universalização. Em paralelo, discute-
se a abertura do mercado via medida provisória 868.
Cerca de 20% dos domicílios brasileiros não
possuem esgotamento sanitário, o que corresponde a 12,4 milhões de casas destinando seus esgotos para fossas
rudimentares, valas, rios, lagos, mar ou outros destinos.
https://www.valor.com.br/empresas/617438
3/universalizacao-do-saneamento-ainda-e-
um-objetivo-distante
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Data: 22/03/2019
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Grandes do varejo adotam práticas para
redução do consumo de água Por Rosangela Capozoli
Até cinco anos atrás, para lavar o piso de cada uma de suas 269 lojas – muitas com áreas de venda de até 9 mil m2 --, o Carrefour usava
um método popular: jogava baldes de água no piso e esfregava com vassoura e sabão. Aí veio a crise hídrica e a faxina passou a ser
feita por equipamentos que resultam em uma limpeza quase a seco. O uso de água caiu em
25%. Até o peixe e o gelo entraram nesse esforço de economia. O gelo, que antes era trocado até quatro vezes ao dia, agora
demora uma jornada inteira para derreter, garantindo a qualidade do produto e
economizando água.
“A água é base fundamental para a operação de um varejo alimentar. Sem ela não se opera
uma loja”, afirma Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade do Carrefour. As ações se multiplicaram com a crise da água, quatro
anos atrás, e a empresa fez uma revisão de todo parque hídrico, trocando mecanismos e
válvulas de torneiras, reduzindo a vasão dos vasos sanitários, e mudando processos de limpeza.
Iniciativas semelhantes foram adotadas por
muitas redes varejistas nos mais diversos segmentos. O McDonald’s, por exemplo,
passou a aproveitar a água de condensação do ar condicionado, implantou arejadores nas
torneiras e capta água das chuvas. A rede 5àSec tem máquinas novas que reduzem o número de enxagues e economizam até 60%
de água em relação as lavagens tradicionais de roupas. A iGUi, maior fabricante de
piscinas, desenvolveu um substituto “saudável” para o cloro e ensina seus usuários a realizar filtragens sem necessidade de
drenar água para fora, reduzindo 30% os gastos.
O empenho pelo racionamento agora vai além do território de interesse das redes varejistas,
preocupadas em atuar junto a seus fornecedores e clientes, ampliando as boas práticas e o uso racional da água.
O Carrefour, por exemplo, desenvolveu um
programa de conscientização da importância da gestão adequada da água para todos os
colaboradores. “Achamos que agora é o momento de integrar os nossos fornecedores também. A meta é levar um pouco do que
aprendemos em nossas operações e fazer com que o produtor possa também fazer uso
mais racional da água”, explica.
Para 2020, a rede supermercadista pretende estabelecer a “pegada de água” de cada
categoria, estudando o consumo desde a fabricação ou produção até a chegada na gôndola e à mesa do consumidor. “A ideia é
usar essa ação como exemplo para mostrar ao consumidor que ele faz parte de uma
solução, que é o uso racional da água”, conta. Os 74 postos de gasolina da companhia também suspenderam a lavagem de carros.
No conjunto de suas operações, estima, houve redução entre 20% e 25% no uso da
água.
A rede McDonald’s, por sua vez, há mais de uma década investe em ações visando consumir, de forma sustentável, a água e a
energia elétrica. Em 2011 implementou o Projeto de Otimização do Uso de Água e já
são mais de 400 restaurantes com esse sistema. “A meta é que toda nova unidade nasça com essa proposta”, diz Leonardo Lima,
diretor de desenvolvimento sustentável da Arcos Dorados, franqueadora máster da rede
McDonald's Brasil.
Entre as iniciativas está o projeto de uso da água de condensação do ar condicionado, que
torna possível economizar cerca de 800 litros de água, ou 15% do consumo diário de cada unidade.
A rede de lavanderias 5àSec como resposta à
crise criou, em 2014, a L-Solution 2.1, que
Data: 22/03/2019
80
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elimina algumas etapas de enxagues e reduz o consumo de água. Nas lavagens
convencionais, a 5àSec conta com máquinas que possibilitam economia em relação às caseiras. Em casa, para lavar a roupa de uma
pessoa, gasta-se, por mês, cerca de 1.350 litros de água. Nas unidades da 5àSec são
usados 540 litros para a mesma quantidade. “A economia de água é de 60%”, diz Alex Quezada, diretor de franquias da empresa.
Na iGUi, que se apresenta como maior
fabricante e comercializadora de piscinas do mundo, as piscinas possuem sistema de
filtragem que consome menos água e eletricidade, e sua fabricação emite 32 vezes menos CO2 do que a das piscinas tradicionais.
“As piscinas e equipamentos da empresa geram uma economia de água de 30% em relação às outras marcas”, afirma Filipe
Sisson, CEO e fundador da iGUi.
https://www.valor.com.br/empresas/617438
5/grandes-do-varejo-adotam-praticas-para-
reducao-do-consumo-de-agua
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