CLIPPING DE 03/01/2018
- Ibovespa inicia ano com recorde
A bolsa retomou o fôlego na virada do ano e cravou nova marca histórica de
fechamento no primeiro pregão de 2018. Sem a pressão do noticiário político
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- Parlamentares ameaçam rejeitar MP do setor elétrico
Parlamentares ameaçam rejeitar a Medida Provisória (MP) 814, editada na
sexta-feira como parte do plano de privatização da Eletrobras e para resolver
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- Reforma trabalhista ajuda a frear inflação, apontam
economistas
A implantação da reforma trabalhista pode ajudar a combater a inflação no
médio e ..........................................................................................................
- Navios do Promef estão inacabados no Estaleiro
Mauá
Nas instalações do Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), três navios-tanque, do
tipo Panamax, permanecem com as obras ....................................................
- Aker e Imetame vencem licitações da Petrobras
A CSE Mecânica e Instrumentação, empresa do grupo norueguês Aker
Solutions, e a brasileira Imetame apresentaram os menores preços em duas
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- Gerdau sai do negócio de vergalhões nos EUA
Em seu último grande ato à frente da companhia que presidiu por 11 anos,
até dia 31, André Gerdau Johannpeter concluiu, na sexta-feira, a venda de
um ..................................................................................................................
- Governo costura plano para otimizar logística
O governo está costurando um plano logístico exclusivo para o agronegócio
brasileiro. Conduzido pela Embrapa ..............................................................
- ‘Estamos preparados para qualquer cenário durante
as eleições’, diz presidente do BC à rádio Jovem Pan
Reservas em dólar e inflação baixa são alguns dos fatores que ajudariam o
Banco Central a lidar com volatilidade ...........................................................
- Gerdau acerta venda de ativos nos EUA para
Commercial Metals por US$600 milhões
Venda faz parte de estratégia para reduzir endividamento da companhia ....
- Economistas elevam para 1% expectativa para
expansão do PIB brasileiro em 2017
Estimativa de crescimento para 2018 também foi revista para cima e alcança
2,70%.............................................................................................................
- Mosaic e Vale excluem porto de acordo de venda da
Vale Fertilizantes
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A brasileira Vale e a norte-americana Mosaic
alteraram acordo envolvendo a venda da Vale Fertilizantes, reduzindo o
valor a ............................................................................................................
- Mercado financeiro eleva estimativa de alta do PIB
para 2017 e 2018
Expectativa para a inflação de 2017 ficou estável em 2,78% e, de 2018, em
3,96%, segundo pesquisa do Banco Central. ................................................
- Apesar dos avanços, investimento em infraestrutura
é insuficiente no Brasil
Aportes no setor representam apenas 1,5% do PIB, o que freia o crescimento
econômico e diminui a competitividade das empresas brasileiras. É preciso
mais dinheiro para mudar ..............................................................................
- Abrir um negócio próprio exige preparo e
determinação
Especialistas alertam que, para ter sucesso no mercado, empreendedores
precisam ter conhecimento do ramo e capacidade de planejamento ............
- De olho na política
Se os juízes do TRF-4 votarem de forma unânime confirmando a
condenação do ex-presidente Lula, os recursos que os advogados do ex-
presidente ......................................................................................................
- Trocas políticas e crise financeira ameaçam o
Arquivo Nacional
Só em 2017, foram três diretores-gerais. Os problemas quase levaram ao
fechamento da unidade símbolo da memória do País ...................................
- Indústria da zona do euro encerra 2017 com
crescimento em máxima recorde
Aumenta da demanda sugere que ritmo continuára alto ...............................
- Indústria automotiva fecha 2017 com o melhor
resultado em cinco anos
Onda inédita de lançamentos atrai novos consumidores. Para 2018, a
expectativa é de desempenho ainda melhor .................................................
- Energia, gasolina e alimentos vão pesar mais no
bolso em 2018
Preços maiores não representam risco de inflação geral alta e aumento dos
juros ...............................................................................................................
- Projeto de professor de Erechim ajuda a economizar
energia
Software foi eleito o melhor na área de eficiência energética em 2017 no
Brasil. Estudo foi reconhecido pelo Conselho Americano para uma Economia
de Energia. ....................................................................................................
- CPFL Energia agrupa cinco distribuidoras em busca
de otimizar custos
A elétrica CPFL Energia agrupou cinco subsidiárias de distribuição de
energia em busca de otimizar custos administrativos e operacionais, com
economias de ................................................................................................
- Petrobras vai exercer direito de preferência em três
áreas no 4º leilão do pré-sal
CNPE acata pedido da estatal para Dois Irmãos, Três Marias e Uirapuru,
que serão leioloados em junho ......................................................................
- Ação da Embraer sobe 3,2% e tem alta de mais de 25%
em duas semanas
Atual valorização é motivada pela chance da área de defesa entrar no acordo
com Boeing ....................................................................................................
- Maia diz que Previdência é ‘a mais urgente reforma
social’
Presidente da Câmara criticou possibilidade de adiar votação da proposta ..
- Associação de servidores vai ao Conselho de Ética
contra Marun
Entidade vai protocolar representação em colegiado por entender que
ministro chantageia governadores em favor da reforma da Previdência .......
- Caixa reabre linha de financiamento imobiliário mais
barata
A modalidade tem a menor taxa de juros para quem não se enquadra no
programa Minha Casa, Minha Vida ...............................................................
- Balança comercial registra superávit de US$ 67
bilhões em 2017
Resultado é o melhor da série histórica, iniciada em 1989; volume de
exportações foi o maior desde 2014 ..............................................................
- Clientes com maior consumo de energia já podem
aderir à tarifa branca
Modelo só é vantajoso para quem consegue gerenciar seu consumo e
concentrar o uso de eletrodomésticos e chuveiro elétrico entre 22 horas de
um dia e 17 horas do dia seguinte .................................................................
- Temer sanciona Orçamento de 2018 com previsão de
deficit de R$ 157 bilhões
Único veto do presidente ao texto aprovado pelo Congresso foi dotação de
R$ 1,5 milhão para o Fundeb ........................................................................
- Pagar hora extra pode ficar mais caro para as
empresas neste ano
De acordo com a lei, benefício entrará na base de cálculo para férias, 13º
salário e aviso prévio .....................................................................................
- Vendas de material de construção crescem 6% em
2017
Na análise por categorias, as vendas de tintas tiveram crescimento de 8% .
Fonte: Valor Econômico
03/01/2017
- IBOVESPA INICIA ANO COM RECORDE A bolsa retomou o fôlego na virada do ano e cravou nova marca histórica de
fechamento no primeiro pregão de 2018. Sem a pressão do noticiário político
nacional e num dia positivo para os mercados globais, os investidores renovaram
o otimismo com a visão de que a recuperação em curso prosseguirá e que terá
efeitos positivos sobre o resultado das empresas. O Ibovespa fechou em alta de
1,95%, aos 77.891 pontos. O dólar recuou 1,62%, para R$ 3,2597.
Como o novo recorde, o principal índice da bolsa deixou para trás a máxima
histórica de 76.989 pontos, registrada no dia 13 de outubro. O movimento foi
considerado forte, sobretudo levando-se em conta o período do ano: o giro
financeiro somou R$ 8 bilhões. E foi patrocinado em grande parte pela presença
de investidores estrangeiros, segundo relato de operadores. Para efeito de
comparação, o primeiro pregão de 2017 teve um movimento financeiro de R$ 1,9
bilhão.
Em dólar, o Ibovespa ainda está aquém do nível histórico, que é de 44.616
pontos, atingido no dia 19 de maio de 2008. Ontem, o índice fechou a sessão
valendo 23.822 pontos, maior patamar desde 20 de outubro de 2017, quando
bateu em 23.997 pontos.
O que permitiu esse rali da bolsa foi, em primeiro lugar, a retirada de alguns
elementos que travavam o mercado no fim de 2017. O vaivém em torno da
reforma da Previdência desencorajou investidores e levou muitos agentes locais
e estrangeiros a zerarem posições à espera de alguma definição. A ameaça do
rebaixamento da avaliação de risco pela agência S&P Global, decorrente do
atraso da reforma, reforçou esse ambiente.
Essa melhora no cenário abriu espaço para que investidores operassem, enfim,
em cima de indicadores mais positivos sobre a economia local e externa. "Existe
uma recuperação da atividade que já está contratada e que independe do fator
político", afirma o sócio da Rosenberg Associados, Marcos Mollica. "Isso gera
um ambiente muito positivo e justifica nossa posição em bolsa", acrescentou.
Na lista de boas notícias sobre a atividade, veio somar-se ontem o Índice de
Confiança Empresarial (ICE), da FGV, que avançou 1,2 ponto em dezembro,
para 93,1 pontos, o maior nível desde abril de 2014, após seis meses
consecutivos de alta. Além disso, a pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou
1ª Parte: 03/01/2018
leve alta na estimativa para crescimento do PIB em 2017, de 0,98% para 1%, e
para 2018, de 2,68% para 2,70%.
No fim do ano passado, o mercado já vinha reagindo a indicadores mostrando
que o varejo teria um desempenho finalmente positivo neste Natal, revertendo
resultados observados desde 2014. Essa leitura ajudou especialmente o
desempenho empresas do setor de varejo.
Outro elemento doméstico que ajuda a bolsa é o juro. Ontem, as taxas dos
contratos de DI tiveram queda firme, valendo-se não só do exterior mas também
da visão de que o cenário para a inflação é muito positivo para 2018, com
chances de haver ao menos mais dois cortes de 0,25 ponto da Selic.
No fechamento, o contrato de DI para janeiro de 2019 projetava taxa de 6,81%,
ante 6,87% no ajuste da sessão anterior. O DI para janeiro de 2020 mostrava
7,93%, ante 8,07%, enquanto o DI janeiro 2021 indicava 8,88%, ante 9,06%.
"O exterior estava muito positivo e tivemos uma série de fatores internos, como
o não rebaixamento do rating do Brasil pela S&P", disse Luis Laudísio, da
Renascença.
Já Matheus Gallina, da Quantitas, aponta que tradicionalmente na primeira
sessão do ano há uma realocação de risco, que potencializou o movimento de
ontem. "Uma eventual condenação de Lula pelo TRF-4 pode dar fôlego para uma
nova 'pernada' no mercado de juros", disse.
Na lista das maiores altas da bolsa, as siderúrgicas acabaram se destacando.
Usiminas PNA fechou em alta de 5,49%, Gerdau PN ganhou 4,77%, Gerdau
Metalúrgica avançou 4,49% e Vale ON subiu 3,63%. Na ponta negativa,
Eletrobras PNB recuou 3,79% e Eletrobras ON cedeu 2,84%, com investidores
ainda de olho no noticiário sobre a privatização.
Estreante na carteira teórica do Ibovespa, Magazine Luiza ON passou boa parte
do dia em alta firme, mas acabou cedendo e perdeu 1,15% no fechamento, num
claro movimento de realização de lucros.
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Fonte: Valor Econômico
03/01/2017
- PARLAMENTARES AMEAÇAM REJEITAR MP DO
SETOR ELÉTRICO Parlamentares ameaçam rejeitar a Medida Provisória (MP) 814, editada na
sexta-feira como parte do plano de privatização da Eletrobras e para resolver
problemas de distribuidoras de energia da região Norte e de sistemas isolados.
Eles consideram que a MP libera a venda da estatal e de suas subsidiárias sem
que o modelo de desestatização precise passar pelo crivo do Legislativo.
A MP revoga artigo de uma lei aprovada em 2004 no governo Lula (PT) para
excluir a Eletrobras e suas subsidiárias no Programa Nacional de Desestatização
(PND) criado no governo FHC, que previa a reestruturação da empresa com
vistas à futura privatização. Sem esse dispositivo, o governo fica autorizado a
vender a empresa, dizem parlamentares e especialistas.
Tem crescido entre os deputados e senadores da base a resistência a que o
governo abra mão do controle da Eletrobras e, principalmente, de suas
subsidiárias. As bancadas do Nordeste e de Minas Gerais lideram o movimento
contrário à venda da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e
Furnas. Além disso, a MP também reinclui no plano de desestatização a
Eletronorte, Eletrosul e Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica
(CGTEE).
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tornou-se porta-voz desse
movimento, ao criticar o modo como o governo decidiu dar início aos planos de
entregar o controle da estatal para a iniciativa privada, por uma medida
provisória, que tem efeito imediato a partir da publicação. "Sou a favor da
privatização, mas só via projeto de lei", disse.
Líder do PP na Câmara, o deputado Arthur Lira (AL) afirmou que também é
favorável à redução do Estado, mas que não concorda com "querer vender por
vender, sem uma correta avaliação da importância e do preço" dos ativos. "Fazer
isso por medida provisória é temerário. Isso vai cair, seguramente, na votação",
disse. "Projeto de lei é mais justo, amplia o diálogo", completou.
No governo, avalia-se que Maia "tem todo o direito de estar irritado" com a MP,
mas que essa resistência se dissipará na volta do recesso, quando a Casa Civil
deve enviar ao Congresso o projeto de lei com as regras para diluição das ações
do governo na Eletrobras (a União hoje é majoritária, mas reduzirá sua fatia a
40%) e a "descotização" das usinas - ou seja, liberá-las do regime de cotas, que
as obriga a vender a energia ao um preço mais baixo do que o de mercado. Em
troca, a Eletrobras pagaria um bônus à União, o que poderia render até R$ 20
bilhões ao Tesouro.
Sem o PL, governo ficaria impossibilitado de seguir adiante com o modelo de
privatização que anunciou. "O modelo vai ser encaminhado ao Congresso",
assegurou ao Valor o senador Fernando Bezerra Coelho (MDBPE), pai do
ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. "Sei que há críticas, mas [a
edição da MP] é uma necessidade para que se possa concluir o processo [de
privatização] até setembro de 2018."
O governo não pretende vender ações da Eletrobras, mas aumentar o capital da
empresa e, assim, diluir sua participação na companhia. "A ideia é diluir ações,
não vender ações. E, com esses recursos novos, comprar usinas hidrelétricas
que vão ser 'descotizadas'", disse o senador.
Na exposição de motivos da MP, o ministro Fernando Coelho Filho defende que
a proposta "não antecipa as discussões de mérito". "O intuito da revogação é
permitir, com plena segurança, que sejam contratados e iniciados os estudos da
situação econômica e financeira da Eletrobras", afirma.
A liberação para privatizar a estatal, diz ele, "é urgente para que não se
comprometa a decisão política de desestatização em função de atraso nos
estudos necessários, evitando frustração de recursos fiscais em 2018 e de
benefícios aos consumidores a partir de 2019". O governo incluiu R$ 12,2 bilhões
no Orçamento deste ano referentes a entrega do comando da estatal para a
iniciativa privada.
Mas parlamentares ponderam que, se a MP for aprovada, mas o projeto de lei,
rejeitado, o governo ainda sim ficaria livre para vender a estatal, mas num outro
modelo que não envolvesse a descotização.
Para o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), a burocracia governamental, "de
forma desleal", introduziu na medida a revogação. "Para os planos divulgados
pelo governo, será preciso um projeto de lei de 'descotização', mas eles podem
vender a parte [das subsidiárias] que não é de geração de energia", pontuou. O
argumento usado para revogar a restrição, argumentou o deputado, é inócuo: "A
lei não proíbe que faça estudos, a lei proíbe que venda."
Enquanto boa parte da resistência à venda da estatal deriva do temor dos
políticos de perder ascendência sobre a Eletrobras, alguns creem que as
indicações políticas para a diretoria da empresa podem continuar. "A influência
política pode permanecer, mas será bem menor do que é hoje", diz o consultor
legislativo do Senado Israel Lacerda de Araújo.
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Fonte: Valor Econômico
03/01/2017
- REFORMA TRABALHISTA AJUDA A FREAR
INFLAÇÃO, APONTAM ECONOMISTAS A implantação da reforma trabalhista pode
ajudar a combater a inflação no médio e
longo prazos e, consequentemente, ter um
impacto sobre a política monetária
brasileira, em uma espécie de "efeito
dominó". A implantação da reforma deve
levar à queda da taxa estrutural de
desemprego (Nairu, na sigla em inglês).
Como a Nairu é também a taxa de
desemprego que não acelera a inflação, um
recuo levaria a menores pressões
inflacionárias, principalmente as causadas
pelos salários. O cenário, caso se confirme,
trará "ganhos permanentes para o país", diz
Igor Velecico, economista do Bradesco.
O cálculo da Nairu é "extremamente impreciso", segundo ele, mas economistas
estimam que, no Brasil, está na casa dos 10%. Fatores como maior flexibilização
para contratar e demitir e negociar cortes salariais em momentos de crise, além
da diminuição da insegurança jurídica, devem levar ao recuo da taxa, segundo
Velecico.
"Ao criar formas de trabalho mais flexíveis, como a jornada intermitente, a
reforma permite que o empregador adapte melhor a sua produção à conjuntura
econômica", diz Bráulio Borges, economista-sênior da LCA Consultores e
pesquisador-associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (IbreFGV).
Alguns fatores afetam a taxa estrutural de desemprego, diz Bráulio, entre os
quais estão a rigidez da legislação trabalhista, a razão entre o salário mínimo e
o salário mediano e o nível educacional da população. A reforma ataca o primeiro
desses fatores, mas o Brasil ainda falha nos outros, afirma. Para Fernando
Gonçalves, superintendente de pesquisa econômica do Itaú Unibanco, "a
reforma trabalhista permite uma combinação melhor entre empregadores e
empregados".
As dificuldades de calcular a Nairu no Brasil são as mesmas para todos os
países, mas EUA (na casa dos 4%), Alemanha e Japão têm taxas estruturais
menores. Por isso, é disseminada entre os especialistas a ideia de que a Nairu
Bráulio Borges, da LCA: "A
reforma permite que o
empregador adapte melhor a
produção à conjuntura
econômica"
é demasiadamente alta no Brasil. "O desafio dos governos é encontrar um ponto
de equilíbrio na regulação trabalhista que seja ao mesmo tempo eficiente e
justo", diz a MCM Consultores em relatório.
Não há certeza, contudo, sobre quais serão a magnitude e a velocidade do recuo
da taxa no Brasil As resistências que o Judiciário vêm impondo à reforma podem
atrasar esse processo no curto prazo. "A implantação da reforma será um
processo juridicamente um pouco incerto", afirma Gonçalves.
Nas estimativas do Itaú, a Nairu deve ir de 10% para 8,6% em quatro anos. A
LCA Consultores calcula que haverá queda de 9,7% para 9%. "Passadas as
incertezas jurídicas da implantação, o recuo será relativamente rápido", diz
Bráulio.
Nos cálculos do Bradesco, dois fatores levarão ao recuo da taxa. A recuperação
econômica deve derrubar a taxa dos atuais 10% para 8%, revertendo o processo
iniciado com a recessão, quando a Nairu subiu os mesmos dois pontos. "Crises
prolongadas levam a um aumento dessa taxa, porque as pessoas demoram a
se recolocar. Elas perdem habilidades", diz Velecico. Não há certeza, contudo,
sobre quais serão a magnitude e a velocidade do recuo da taxa no Brasil As
resistências que o Judiciário vêm impondo à reforma podem atrasar esse
processo no curto prazo. "A implantação da reforma será um processo
juridicamente um pouco incerto", afirma Gonçalves. Nas estimativas do Itaú, a
Nairu deve ir de 10% para 8,6% em quatro anos. A LCA Consultores calcula que
haverá queda de 9,7% para 9%. "Passadas as incertezas jurídicas da
implantação, o recuo será relativamente rápido", diz Bráulio. Nos cálculos do
Bradesco, dois fatores levarão ao recuo da taxa. A recuperação econômica deve
derrubar a taxa dos atuais 10% para 8%, revertendo o processo iniciado com a
recessão, quando a Nairu subiu os mesmos dois pontos. "Crises prolongadas
levam a um aumento dessa taxa, porque as pessoas demoram a se recolocar.
Elas perdem habilidades", diz Velecico.
Nos cálculos da MCM, a Nairu também está em 10%, mas a consultoria traça
dois cenários para a queda da taxa: um conservador, em que ela iria para 9,4%,
e o "melhor caso", com recuo até 8,8%. Contudo, avalia a consultoria, em
qualquer um dos cenários "não é possível dizer em quanto tempo o novo
equilíbrio será atingido".
O impacto da reforma na taxa efetiva de desemprego deve ser menor e mais
lento do que na Nairu. As alterações na legislação trabalhista aumentarão o
número de empregados formais, mas pouco contribuirão, pelo menos em um
primeiro momento, para a queda da taxa efetiva. "Como há muita informalidade,
a reforma deve mexer mais na composição do mercado de trabalho do que no
nível de emprego", diz Bráulio.
Na média móvel trimestral encerrada em setembro, o desemprego medido pela
Pnad Contínua ficou em 12,4% - um hiato de 2,4 pontos percentual, caso a Nairu
esteja em 10%. Caso a taxa estrutural caia mais do que a efetiva, o hiato
crescerá. "Isso tende a jogar a inflação para baixo", afirma Velecico.
Quando a taxa efetiva de desemprego fica abaixo da Nairu, o trabalhador tem
poder de barganha maior e mais chances de conseguir reajustes acima dos
ganhos de produtividade. Esse movimento faz as empresas, principalmente as
com maior número de empregados, como as de serviços, a repassar esse custo
ao consumidor.
Isso explica em parte a persistência e a força da inflação de serviços entre o
começo de 2012, início do desemprego medido pela Pnad Contínua, até o fim
de 2014. Em junho de 2014, a inflação de serviços estava em 9,18% no
acumulado de 12 meses, nos cálculos de Marcio Milan, da Tendências
Consultoria. Na ocasião, a Nairu e a taxa de desemprego estavam
respectivamente em 8% e 6,7%, respectivamente, nos cálculos do Bradesco.
"Foi um período marcado por estímulos excessivos à economia, seja pela
expansão do crédito, pelos subsídios do BNDES ou pela baixa taxa de juros",
diz Gonçalves. O oposto acontece quando a taxa efetiva fica acima da Nairu,
cenário que vem se consolidando desde 2015. Ou seja: quanto mais baixa a taxa
estrutural, maior a chance de a taxa efetiva ser maior do que ela, o que diminui
a chance de pressões inflacionárias.
A reforma permite também que empregados e patrões negociem cortes nominais
nos salários em eventual nova crise, preservando os postos de trabalho. Em vez
de demitir 400 mil dos cerca de 40 milhões de trabalhadores com carteira
assinada, ambas as partes poderiam acertar uma redução de 1% do salário
nominal, mantendo essas vagas abertas, afirma Velecico.
"Na última crise, as empresas ajustaram de maneira intensa o fator trabalho,
demitindo muito mais gente do que demitiriam agora, e mesmo assim os salários
cresceram", dificultando o combate à inflação, segundo ele.
Dadas as dificuldades de implantação, os impactos positivos da reforma sobre a
estrutura inflacionária e a política monetária devem ficar para um próximo ciclo
econômico, mas aparecerão, apostam os economistas. "A reforma permitirá que
mais para a frente o BC use uma política monetária expansionista por um tempo
maior", afirma Velecico.
Bráulio, da LCA, mais otimista com a velocidade da implantação da reforma,
acredita que ela permitirá que a Selic seja mantida em 7% "por um tempo maior".
"O hiato permanece aberto até 2021, 2022. Não ocuparemos esse excesso de
ociosidade tão rápido", diz.
Mesmo que haja queda do hiato, a estrutura inflacionária deve continuar mais
favorável, com equilíbrio entre taxa estrutural e efetiva em patamar considerado
mais saudável. "Você cresce por mais tempo, gera mais empregos e isso não se
transforma em inflação", diz Velecico.
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Fonte: Valor Econômico
03/01/2017
- NAVIOS DO PROMEF ESTÃO INACABADOS NO
ESTALEIRO MAUÁ Nas instalações do Estaleiro Mauá, em
Niterói (RJ), três navios-tanque, do tipo
Panamax, permanecem com as obras
paralisadas e com destino incerto. A
construção das embarcações foi contratada
pela Transpetro, a subsidiária de logística da
Petrobras, ao Eisa Petro Um, sociedade de
propósito específico ligada ao Synergy
Shipyard, do empresário German
Efromovich. Os navios fazem parte do P
rograma de Expansão e Modernização da
Frota (Promef), lançado pela Transpetro na
gestão do ex-presidente da empresa, Sérgio
Machado, que se tornou delator na Operação
Lava Jato.
Os navios parados no Mauá, onde o Eisa Petro Um opera, fazem parte de um
lote de quatro Panamax encomendados pela Transpetro à empresa, dos quais
somente um foi entregue. O investimento nas quatro embarcações é estimado
em R$ 1 bilhão, dos quais cerca de R$ 800 milhões foram financiados pelo Fundo
da Marinha Mercante (FMM), tendo o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) como agente financeiro da operação.
Vanderlei, presidente do Eisa
Petro Um: "Navios
financiados com recursos
públicos enferrujam na Baía
de Guanabara"
Parte do financiamento foi contratada com a Transpetro e parte com o Eisa Petro
Um, que em 2016 entrou em recuperação judicial. Relatório do TCU sobre o
Promef indica que o Eisa Petro Um está inadimplente com o banco. Ricardo
Vanderlei, presidente do EISA Petro Um, disse que a suspensão dos
pagamentos se relaciona com o fato de a Transpetro ter tomado a decisão de
rescindir os contratos com o estaleiro. "É uma engrenagem na qual o estaleiro
depende das receitas da construção para fazer frente aos seus compromissos",
disse o executivo. O TCU mostrou preocupação com a situação dos navios que
pode levar a perda de valores "consideráveis".
Dos três navios, um está com quase 90% de avanço físico nas obras e o outro,
com mais de 94%, segundo o TCU. As embarcações encontram-se flutuando
atracadas junto a um cais do Estaleiro Mauá. O terceiro navio está na carreira
do estaleiro, com 68,7% de obras realizadas. Vanderlei disse que os três navios
precisam de investimentos de cerca de R$ 150 milhões para serem concluídos.
"É pouco em relação aos que os navios representam", afirmou.
Mas até agora Eisa Petro Um e Transpetro não conseguiram chegar a um
entendimento sobre como dar uma solução ao caso. A Transpetro rescindiu os
contratos de forma unilateral, em 2015, alegando inadimplemento contratual pelo
Eisa Petro Um. "Os navios não foram entregues à Transpetro, portanto a
companhia não tem nenhuma responsabilidade quanto à manutenção [das
embarcações]", disse a Transpetro, em nota.
Vanderlei afirma que os navios, financiados com recursos públicos, "enferrujam"
na Baía de Guanabara. O caso foi parar na Justiça do Rio, onde o Eisa Petro
Um ajuizou ação na qual questiona o cancelamento dos contratos. Ao mesmo
tempo, o estaleiro tem o objetivo de produzir provas para demonstrar que houve
desequilíbrio econômico dos contratos, o que possibilitaria renegociar a
retomada da construção dos navios.
Frente aos problemas, o estaleiro dispensou 3,5 mil empregados em 2015. Na
nota, a Transpetro afirmou que todos os depósitos que venha a fazer em
cumprimento a decisões da Justiça do Trabalho relacionadas ao não pagamento,
pelo estaleiro, dos salários devidos aos seus empregados, serão objeto de ação
indenizatória que será oportunamente ajuizada contra o estaleiro. O Valor
apurou que o BNDES, embora não tenha influência na relação entre Transpetro
e estaleiro, tem interesse que o contrato seja finalizado.
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Fonte: Valor Econômico
03/01/2017
- AKER E IMETAME VENCEM LICITAÇÕES DA
PETROBRAS A CSE Mecânica e Instrumentação, empresa do grupo norueguês Aker
Solutions, e a brasileira Imetame apresentaram os menores preços em duas
licitações para a contratação de serviços de manutenção em plataformas da
Petrobras na Bacia de Campos, apurou o Valor com fontes com conhecimento
do assunto.
Na primeira concorrência, a CSE ofereceu o menor preço para a realização do
serviço nos três lotes colocados pela Petrobras. Para o primeiro lote de
plataformas, que incluiu nove unidades, a CSE propôs realizar o serviço por R$
289,6 milhões, segundo o Valor apurou.
Para o segundo lote, incluindo sete plataformas, a CSE ofereceu receita de R$
233,8 milhões. A companhia também ofertou o menor preço para o terceiro lote,
que prevê a manutenção de mais nove plataformas, pelo valor de R$ 198,2
milhões.
O edital da concorrência, todavia, prevê que a companhia que realizar o serviço
do primeiro lote não poderá ficar com os contratos do segundo e terceiro lote.
A empresa pode acumular o serviço do segundo e terceiro lote, mas, nesse caso,
tem que abrir mão do contrato do primeiro lote. Com isso, pelo menos um dos
segundos colocados da concorrência arrematará um contrato. No caso do
primeiro lote, o segundo colocado foi a espanhola Cobra Instalaciones y
Servicios, que ofereceu um valor de R$ 307,2 milhões pelo serviço.
A espanhola também ficou em segundo lugar na disputa pelo segundo lote, com
proposta de R$ 234 milhões. Com relação ao terceiro lote, a segunda proposta
mais barata foi oferecida pela Enesa (R$ 212,5 milhões).
Na segunda concorrência, que prevê o serviço de manutenção em 14 Unidades
de Manutenção e Segurança (UMS), a Imetame ofereceu o menor preço pelos
dois lotes. Nos dois casos, a companhia ofereceu receita de R$ 417 milhões pelo
serviço.
Além das duas concorrências, a Petrobras realizou em agosto do ano passado
licitação para a contratação de serviços para um conjunto de 13 unidades
petrolíferas na Bacia de Campos. Dividida em quatro lotes, a concorrência foi
vencida pela CSE, Estrutural e O Engenharia (dois lotes). A O Engenharia (antiga
Orteng) pertence ao grupo francês Vinci.
O Valor apurou que até o momento nenhum dos contratos foi assinado pela
Petrobras com os vencedores das licitações. Segundo uma fonte com
conhecimento do assunto, a petroleira ainda pode negociar redução de preços
com as companhias.
De acordo com o plano de negócios e gestão da Petrobras para o período de
2018 a 2022, a estatal prevê investir US$ 74,5 bilhões, dos quais 81% (US$ 60,3
bilhões) no segmento de exploração e produção.
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Fonte: Valor Econômico
03/01/2017
- GERDAU SAI DO NEGÓCIO DE VERGALHÕES NOS
EUA Em seu último grande ato à frente da companhia que presidiu por 11 anos, até
dia 31, André Gerdau Johannpeter concluiu, na sexta-feira, a venda de um
pacote de unidades de produção de aço nos Estados Unidos para a concorrente
local Commercial Metals Company (CMC). O negócio foi fechado por US$ 600
milhões.
Na segunda feira, o empresário passou o bastão do comando da companhia a
Gustavo Werneck, executivo com carreira de 13 anos no grupo e foi o escolhido
para presidir a diretoria executiva, que desde já ficará baseada em São Paulo,
deixando Porto Alegre.
A venda faz parte da estratégia de saída de ativos com baixa rentabilidade,
lançada em setembro de 2014. Já resultou em transferência e joint ventures na
Espanha, Guatemala, EUA, Chile e Colômbia, o que resultou em R$ 3,2 bilhões
para o caixa da Gerdau. Com a nova operação, vai além de R$ 5 bilhões.
O objetivo do plano é ajustar a empresa a um cenário mais competitivo na
indústria global de aço, focar-se nas Américas e reduzir seu endividamento para
patamar confortável. Em 30 de setembro, a dívida bruta somava R$ 18,7 bilhões,
com alavancagem financeira de 3,4 vezes pelo critério de dívida líquida sobre
resultado operacional (Ebitda). A meta, no curto e médio prazos, é trazer para
2,5 vezes, disse André em entrevista ao Valor em dezembro, publicada ontem.
Com a CMC, a Gerdau firmou acordo para se desfazer de quatro usinas
produtoras de vergalhão e de 33 unidades de beneficiamento (corte e dobra dos
vergalhões). Essas unidades eram todas dedicadas esse tipo de produto, que,
no mercado americano, sofre forte concorrência de importados e, por isso, tem
baixa margem de ganho.
O acordo envolve as usinas de Jacksonville (Flórida), Knoxville (Tennessee),
Rancho Cucamonga (Califórnia) e Sayreville (Nova Jersey), com capacidade de
produção combinada de 2,5 milhões de toneladas curtas por ano. Antes dessa
venda, a Gerdau operava 110 unidades nos EUA e Canadá, entre usinas de aço
e unidades de beneficiamento. Os ativos negociados com a CMC representam
cerca de 25% da capacidade instalada de aço bruto do grupo nos EUA (cerca de
10% do volume no mundo).
O grupo Gerdau segue grande nos EUA, focado na produção de aços comuns
(em perfis pesados e outros) para as indústrias de óleo e gás, de energia eólica,
da construção não residencial e obras de infraestrutura - podendo até fazer
vergalhões -, e em Aços Especiais (para setor automotivo).
Para o grupo, o negócio buscou tornar a empresa mais rentável no mercado
norte-americano. "Essa transação representa um marco em nossa estratégia
para reduzir o endividamento da empresa e focar em oportunidades com maior
retorno nos mercados em que operamos", disse André Gerdau, agora vice-
presidente executivo do conselho de administração da empresa, em comunicado
ao mercado.
A conclusão do negócio depende de aprovação de autoridades regulatórias nos
EUA. A previsão é que seja concluído até fim deste ano. Sediada em Irving, no
Texas, a CMC é uma fabricante global de aço e metal.
O negócio foi considerado com um bom preço de venda e as ações da Gerdau
reagiram bem. A ação preferencial da companhia encerrou o pregão na B3 a R$
12,97, com uma alta de 4,77%.
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Fonte: Valor Econômico
03/01/2017
- GOVERNO COSTURA PLANO PARA OTIMIZAR
LOGÍSTICA O governo está costurando um plano
logístico exclusivo para o agronegócio
brasileiro. Conduzido pela Embrapa
Territorial, com sede em Campinas (SP), o
trabalho elege como prioritárias 30 obras de
rodovias, ferrovias e hidrovias, oito das
quais com potencial para resolver cerca de
60% dos gargalos de transporte enfrentados
atualmente pelo setor.
Baseado em mais de 150 mil imagens de
satélites e fruto de um sistema de
"inteligência territorial de macrologística"
desenvolvido nos últimos dois anos pela equipe do pesquisador Evaristo de
Miranda, da Embrapa Territorial, o estudo identifica rotas de escoamento
importantes para diferentes segmentos do campo e propõe projetos e
alternativas capazes de otimizá-las. No total, 1,6 bilhão de toneladas de
matérias-primas agropecuárias e seus derivados, além de insumos e
equipamentos, são transportadas ao ano no país por estradas, trilhos, rios e
dutos.
O plano contempla projetos conhecidos como o Ferrogrão, ferrovia que está em
consulta pública e ligará Sinop, em Mato Grosso, a Miritituba, no Pará, onde
grandes tradings já instalaram diversos terminais portuários. Mas também
sugere "pequenas intervenções" em obras já existentes capazes de resolver
demandas pontuais ou servir de opção em novas fronteiras - regiões em que
foram identificadas tendências de avanço de uma determinada atividade
agropecuária e que vão necessitar de soluções de transporte no futuro.
"Queremos apresentar o plano definitivo ao presidente Michel Temer até abril, já
com sugestões de outros órgãos do governo e do setor privado", disse ao
ValorEumar Novacki, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, ao qual a
Embrapa é vinculada. "Deverá ser uma das últimas medidas a serem entregues
pelo ministro e um dos legados que queremos deixar", afirma Novacki - que, com
a ausência de Blairo Maggi em virtude das festas de fim de ano, ocupa
interinamente o cargo de ministro.
O plano foi apresentado há três semanas por Blairo ao ministro Moreira Franco,
da Secretaria-Geral de Governo, que também responde pelo Programa de
Eumar Novacki: plano
logístico de longo prazo para
a agropecuária brasileira
Parcerias de Investimento (PPI) do governo. A ideia é expor o trabalho em
fevereiro a investidores da área de transportes, a entidades do setor
agropecuário e a autoridades do Ministério dos Transportes e das agências
reguladoras ANTT (rodovias e ferrovias) e Antaq (portos e hidrovias).
Ainda que as obras contidas no plano se espalhem por todos os polos de
agronegócios do país, as consideradas mais urgentes se localizam no chamado
Arco Norte, por onde é crescente o escoamento de grãos produzidos no Centro-
Oeste e destinados à exportação.
Quando estiver concluído, o trabalho também pretende indicar qual o modelo de
investimento é mais viável para cada obra - concessão, Parceria Público-Privada
(PPP) ou investimento 100% público, no caso de não haver interesse imediato
para investidores, inclusive em consequência das incertezas políticas intrínsecas
a um ano de eleições majoritárias como a de outubro deste ano.
"Procuramos desconsiderar as questões regionais e políticas e estamos
pensando num plano logístico de longo prazo para a agricultura e a pecuária do
Brasil", afirmou Eumar Novacki. "Tem obras ali para daqui a 20 anos e para que
o próximo governante possa usá-las, mas realmente não podemos garantir que
todas vão para a frente", disse.
Edeon Vaz, presidente do Movimento Pró-Logística da Aprosoja, entidade que
representa produtores de grãos, avalia que um plano do gênero é importante
para servir de "mapa de intenções prioritárias" do setor. "Mas é preciso que um
projeto como esse seja uma política de Estado, não de governo". Vaz participou
das discussões iniciais em torno do plano da Embrapa.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- ‘ESTAMOS PREPARADOS PARA QUALQUER
CENÁRIO DURANTE AS ELEIÇÕES’, DIZ PRESIDENTE
DO BC À RÁDIO JOVEM PAN RESERVAS EM DÓLAR E INFLAÇÃO BAIXA SÃO ALGUNS DOS FATORES QUE
AJUDARIAM O BANCO CENTRAL A LIDAR COM VOLATILIDADE
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn reforçou a importância dos avanços nas reformas e nos ajustes: “O juro estrutural da economia fica menor quanto mais a gente fizer o dever de casa, como por exemplo a reforma da Previdência.” - Michel Filho/18-12-2017
SÃO PAULO - O alto volume de reservas em dólar, a inflação baixa e a redução
de contratos de swaps cambiais são algumas ferramentas que permitem ao
Banco Central lidar com “qualquer cenário” de volatilidade nos mercados durante
o período eleitoral deste ano, disse o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn,
nesta terça-feira.
“Estamos preparados para qualquer cenário neste ano”, disse a autoridade
monetária em entrevista à rádio Jovem Pan.
O primeiro turno das eleições presidenciais acontecerá no dia 7 de outubro, em
um cenário polarizado e ainda sem certeza sobre uma possível participação do
2ª Parte: 02/01/2018
28/06/2017
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Tribunal Regional Federal da 4ª
Região julgará um recurso do petista no dia 24 de janeiro contra condenação no
caso do tríplex do Guarujá.
Em meio a um ciclo de afrouxamento dos juros que levou a taxa básica Selic à
mínima histórica de 7% em dezembro, o BC sinalizou que há espaço para mais
um corte na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de fevereiro, mas
também avalia um volume maior de incertezas quando se compara à situação
vivida nas reuniões passadas, afirmou.
“Sinalizamos que há possibilidade de uma redução moderada da flexibilização
monetária, mas também falamos que tem mais incerteza dessa vez”, disse,
citando a ata da última reunião do Copom. “Vamos avaliar, tendo aí um mês e
pouquinho para a decisão, vamos ver aqui como é que rola a conjuntura
econômica.”
A aprovação de ajustes e reformas, em especial as mudanças na Previdência
Social atualmente em discussão no Congresso, permitem uma queda na taxa de
juros estrutural da economia e, consequentemente, disse o presidente do BC na
entrevista, abre mais espaço para a atuação do Copom.
“É sempre importante o governo, o Congresso, todo mundo avançar nas
reformas, nos ajustes”, afirmou. “O juro estrutural da economia fica menor quanto
mais a gente fizer o dever de casa, como por exemplo a reforma da Previdência.”
Os componentes de inflação sujeitos à influência direta da taxa básica de juros
estão “em torno da meta”, de acordo com o presidente do BC, que atribui à
deflação dos preços de alimentos o eventual descumprimento da meta no ano
passado.
“A parte que levou à inflação mais baixa (...) tem a ver com a parte que o Banco
Central não tem controle direto, que é inflação de alimentos”, explicou
Para 2018, o ideal é se concentrar em componentes “mais estáveis” para projetar
o comportamento da inflação, apontou Ilan, ressaltando que preços
administrados como gasolina, botijão de gás e eletricidade possuem mais
volatilidade por serem reajustados em linha com preços internacionais.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- GERDAU ACERTA VENDA DE ATIVOS NOS EUA
PARA COMMERCIAL METALS POR US$600
MILHÕES VENDA FAZ PARTE DE ESTRATÉGIA PARA REDUZIR ENDIVIDAMENTO DA COMPANHIA
Grupo Gerdau - Reuters
SÃO PAULO - O conselho de administração da Gerdau aprovou a venda de
unidades produtoras de vergalhão e plantas de corte e dobra de aço nos Estados
Unidos para a Commercial Metals Company por US$ 600 milhões, informou a
companhia em fato relevante nesta terça-feira.
Segundo a empresa, a venda de unidades faz parte da estratégia de reduzir o
endividamento e focar em negócios com maior rentabilidade.
“A decisão de vender unidades produtoras de vergalhão nos EUA é parte do
nosso processo de transformação global, buscando nos tornar mais rentáveis no
mercado norte-americano, que é extremamente competitivo”, disse o vice-
presidente executivo do conselho de administração, André Gerdau Johannpeter,
em fato relevante.
O acordo inclui as usinas de Jacksonville (Flórida), Knoxville (Tennessee),
Rancho Cucamonga (Califónia) e Sayreville (Nova Jersey), com capacidade de
produção combinada de 2,5 milhões de toneladas curtas por ano, além de
unidades de beneficiamento de vergalhões e distribuição nos EUA.
“A operação... permitirá o nosso crescimento acelerado em segmentos atrativos
na América do Norte”, afirmou o presidente da operação de aços longos na
América do Norte, Peter Campo. “Junto com nossa operação de aços especiais
nos EUA, seguiremos bem posicionados para servir e criar valor aos nossos
clientes nos mercados de construção não-residencial, equipamentos industriais,
de transporte e de energia”, acrescentou.
A Gerdau espera receber as autorizações dos órgãos reguladores para
fechamento da transação até o fim de 2018, conforme o comunicado. O banco
Goldman Sachs atuou como assessor financeiro da Gerdau e a Simpson
Thacher & Bartlett como assessor legal.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- ECONOMISTAS ELEVAM PARA 1% EXPECTATIVA
PARA EXPANSÃO DO PIB BRASILEIRO EM 2017 ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO PARA 2018 TAMBÉM FOI REVISTA PARA CIMA E
ALCANÇA 2,70%
Fabricação das novas notas de 10 e 20 reais na Casa da Moeda - Pedro Kirilos / Pedro Kirilos/Agência O Globo/24-07-2012
SÃO PAULO - Economistas de instituições financeiras voltaram a ver expansão
de 1%da economia brasileira em 2017, uma alta ante previsão de 0,98% no
levantamento anterior, e melhoraram também a expectativa para 2018, mostrou
a pesquisa Focus do Banco Central (BC) divulgada nesta terça-feira.
A estimativa de 1% para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017
não era vista desde novembro de 2016.
Para 2018, a melhora foi de 0,02 ponto percentual, a 2,70%.
Já para a inflação não houve mudanças nas contas, e a alta do IPCA em 2017
continuou sendo calculada em 2,78% e, para 2018, em 3,96%.
A meta de inflação para 2017 e 2018 é de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5
ponto percentual para mais ou menos.
Com a fraqueza da inflação e as sinalizações do BC de que deve continuar
reduzindo a taxa básica de juros no início deste ano, a expectativa é de que a
Selic termine 2018 a 6,75%, após fechar o ano passado na mínima histórica de
7%.
Já o grupo de economistas que mais acerta as previsões, o Top-5, continua
vendo a taxa básica de juros a 6,5% no fiml deste ano.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- MOSAIC E VALE EXCLUEM PORTO DE ACORDO DE
VENDA DA VALE FERTILIZANTES RIO DE JANEIRO (Reuters) - A brasileira Vale e a norte-americana Mosaic
alteraram acordo envolvendo a venda da Vale Fertilizantes, reduzindo o valor A
ser recebido pela mineradora brasileira, em transação que deve ser concluída
em breve, informaram ambas as empresas nesta terça-feira.
No novo acordo, a Vale explicou que irá reter participação acionária no terminal
portuário Tiplam, no sudeste do Brasil, que anteriormente estava incluída na
transação.
Com a conclusão do negócio, prevista para data próxima a 8 de janeiro, a Vale
receberá aproximadamente 1,15 bilhão de dólares mais 34,2 milhões de ações
da Mosaic, representando 8,9 por cento do capital total da Mosaic, explicaram
as empresas em comunicados ao mercado. As ações da Mosaic fecharam o ano
de 2017 cotadas a 25,66 dólares.
Quando foi anunciado, há pouco mais de um ano, o negócio envolvia um total de
2,5 bilhões de dólares, sendo 1,25 bilhão de dólares em dinheiro e 1,25 bilhão
de dólares em ações ordinárias que seriam emitidas pela Mosaic.
Na ocasião, as empresas haviam anunciado que a norte-americana emitiria
aproximadamente 42,3 milhões de ações, número que na época representava
em torno de 11 por cento do total das ações ordinárias em circulação da Mosaic.
O fechamento da transação, segundo a Vale, "é mais um passo em direção à
redução da dívida e simplificação do portfólio de ativos da Vale".
(Por Marta Nogueira)
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Fonte: G1
02/01/2018
- MERCADO FINANCEIRO ELEVA ESTIMATIVA DE
ALTA DO PIB PARA 2017 E 2018 EXPECTATIVA PARA A INFLAÇÃO DE 2017 FICOU ESTÁVEL EM 2,78% E, DE 2018,
EM 3,96%, SEGUNDO PESQUISA DO BANCO CENTRAL.
Os economistas do mercado financeiro revisaram para cima sua estimativa para
o crescimento da economia brasileira em 2017 e também neste ano.
As expectativas do mercado constam no relatório de mercado, também
conhecido como "Focus", feito com base em pesquisa realizada na semana
passada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras.
Para a expansão do PIB de 2017, os economistas dos bancos elevaram sua
estimativa de 0,98% para 1%. Para 2018, a estimativa do mercado para
expansão da economia subiu de 2,68% para 2,70%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no
país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma
retração de 3,6%, mas voltou a registrar alta neste ano. No terceiro trimestre, o
crescimento foi de 0,1%, segundo dados do IBGE.
ENTENDA O PIB E COMO ELE É CALCULADO
Inflação
Para a inflação de 2017, a previsão do mercado permaneceu estável em 2,78%
- mesma estimativa da semana anterior.
Com isso, a inflação estimada pelo mercado para 2017 continua abaixo da meta
central de 4,5%. Também está menor do que o piso de 3% do sistema brasileiro
de metas.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser
perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa
básica de juros da economia (Selic).
Para 2017 e 2018, a meta central é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de
1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Desse modo, a inflação pode ficar
entre 3% e 6% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Para este ano, o mercado financeiro manteve sua expectativa de inflação estável
em 3,96%. A estimativa do mercado continua abaixo da meta central, mas dentro
da banda do sistema de metas (entre 3% e 6%).
Taxa básica de juros
Os analistas do mercado também mantiveram a previsão para a taxa básica de
juros da economia, a Selic, em 6,75% ao ano para o final de 2018. Atualmente,
a taxa está em 7% ao ano.
Ou seja, o mercado continua estimando redução dos juros no decorrer de 2018.
Se o patamar previsto de 6,75% ao ano for atingido no fim de 2018, esse será o
menor nível já registrado.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro
para a taxa de câmbio no fim de 2018 avançou de R$ 3,32 para R$ 3,34.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado
do total de exportações menos as importações), em 2017, permaneceu
inalterada em US$ 66 bilhões de resultado positivo.
Para este ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit ficou
estável em US$ 52,5 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no
Brasil, em 2017, continuou em US$ 80 bilhões. Para 2018, a estimativa dos
analistas ficou estável também em US$ 80 bilhões.
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Fonte: Correio Braziliense
02/01/2018
- APESAR DOS AVANÇOS, INVESTIMENTO EM
INFRAESTRUTURA É INSUFICIENTE NO BRASIL APORTES NO SETOR REPRESENTAM APENAS 1,5% DO PIB, O QUE FREIA O
CRESCIMENTO ECONÔMICO E DIMINUI A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS
BRASILEIRAS. É PRECISO MAIS DINHEIRO PARA MUDAR
A estimativa de crescimento da safra de grãos no país esbarra na má
qualidade das estradas e da pequena malha ferroviária no Brasil
São Paulo — Uma das formas que o governo encontrou para retomar a
geração de empregos foi acelerar o Programa de Parcerias e Investimentos
(PPI). Cálculo dos gestores do programa apontam que, ao longo dos próximos
30 anos, as concessões já assinadas (logística, energia e petróleo) vão gerar
578 mil postos de trabalho. Segundo balanço divulgado em novembro passado,
dos 145 empreendimentos qualificados no PPI, 70 já foram leiloados — por meio
de renovações, prorrogações antecipadas e privatizações. Isso equivale a 48%
de execução do cronograma previsto pelo programa da União. A estimativa é
que os investimentos cheguem a R$ 142 bilhões e as outorgas somem R$
28 bilhões.
A relação entre infraestrutura e emprego feita pelo governo é fácil de ser
compreendida. Segundo a Fundação Dom Cabral, o Brasil cresceria 1% ao ano,
chegando a 10% ao final de uma década, se destravasse os investimentos em
infraestrutura. O coordenador do estudo, Paulo Vicente, lembrou na época da
divulgação do trabalho que, para um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 6 trilhões,
seria como se o país tivesse um ganho adicional na sua economia de cerca de
R$ 60 bilhões em um ano – ou R$ 600 bilhões em uma década. Trata-se, de fato,
de uma montanha de recursos.
Como se vê, a demanda é imensa. Dados do GI Hub, órgão criado pelo G20, o
grupo de 20 países mais ricos do mundo, apontam que o Brasil investe apenas
56% do que é necessário para a infraestrutura nacional. Ou seja, a lacuna, que
chega a 44%, ainda é enorme.
Para Venilton Tadini, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e
Indústrias de Base (Abdib), faltam projetos bem estruturados, com racionalidade
econômica e volume suficiente para atrair investimentos. “Os projetos
licitados até agora foram um sucesso nas mais diversas áreas, como exploração
de petróleo e linhas de transmissão de energia. Mas são insuficientes diante da
necessidade de infraestrutura nos três níveis de governo”, diz. Sem a ação do
Estado, ressalta, não é possível uma retomada mais efetiva do setor.
Apesar dos avanços, o PPI não é suficiente para deixar para trás 25 anos de
mau planejamento. Falta, diz Tadini, definir prioridades. “Esse é um dos setores
que mais geram emprego. No entanto, investe-se hoje em infraestrutura 1,5% do
PIB, enquanto que a média mundial é de 5%. Estamos muito longe, com
defasagem de R$ 200 bilhões por ano”, afirma.
Segundo o especialista, em 2018 a situação da infraestrutura pode ficar
mais delicada do ponto de vista da participação dos entes públicos, já que a
arrecadação continua a cair e os orçamentos vêm sendo refeitos para adequar
os recursos às demandas. “Podemos acelerar vários projetos junto aos
municípios e na esfera estadual, mas existe uma limitação pela própria natureza
do setor de infraestrutura, que depende de investimento público. Por isso, é
preciso ter atenção com o tipo de ajuste fiscal que se espera”, opina o presidente
da Abdib. Se o ajuste for feito para cortar em infraestrutura, ressalta, corre-se o
risco de o governo ter dinheiro para pagar as aposentadorias, mas “faltar luz
dentro da casa das pessoas.”
Concessão
Apesar do esforço dos diferentes governos, ainda há muito a ser feito para
destravar a infraestrutura. Na avaliação de Luíza Franco, professora de
planejamento urbano e engenharia de tráfego do Ibmec-Belo Horizonte, uma das
falhas recorrentes é a falta de detalhamento dos projetos antes dos leilões
de concessão. “Muitas vezes, eles são apresentados no escuro. Se fossem
melhor elaborados, com a parte de execução mais próxima da realidade, os erros
e abandonos pelas concessionárias seriam em número bem menor”, garante a
especialista. Detalhes sobre questões ambientais e de prazo, por exemplo, são
tratados de forma imprecisa. Com o tempo, o investimento se torna pouco
atraente ou difícil de ser executado pela vencedora do leilão.
Para um país continuar a se desenvolver, lembra a professora, é preciso manter
um ritmo constante de investimentos em infraestrutura. No caso do Brasil, esse
tipo de aporte poderia ajudar, por exemplo, a aumentar a competitividade do
agronegócio, que depende de estradas, ferrovias e portos para escoar a sua
produção. Estima-se que 5% da safra de grãos é perdida durante o transporte,
um despropósito que resulta em prejuízos vultosos para o setor.
Um estudo recente da Confederação Nacional do Transporte concluiu que as
más condições das rodovias deixam o transporte de soja e milho R$ 3,8 bilhões
mais caro. No caso das ferrovias, a situação não é menos grave. O Brasil tem
3,4 quilômetros de infraestrutura ferroviária para cada 1.000 quilômetros
quadrados de área. Nos Estados Unidos, o índice é de 22,9 quilômetros. Na
Argentina, 13,3 quilômetros. Se nada for feito, o cenário vai piorar. Estimativas
do Ministério da Agricultura mostram que, em 10 anos, a safra de grãos no país
deverá crescer 30%. Quanto maiores os custos logísticos para levar os produtos
aos compradores, menor é a competitividade do produto brasileiro.
Interligação
A boa notícia é que chegou a vez de o setor ferroviário ganhar espaço nos
programas de infraestrutura do governo. Nos próximos cinco anos, as ferrovias
devem movimentar cerca de R$ 57,1 bilhões em projetos de construção,
ampliação e modernização da malha brasileira, beneficiando especialmente o
transporte de minério e de grãos. Se os planos saírem do papel, em torno de 66
mil empregos, entre diretos e indiretos, poderão ser gerados pelo setor.
Dos projetos que devem absorver os R$ 57,1 bilhões, cinco integram
o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal.
São eles: Malha Paulista (atual Rumo), MRS Logística, Estrada de Ferro de
Carajás, Estrada de Ferro Vitória-Minas e Ferrovia Centro-Atlântica. Juntas,
essas empresas podem desembolsar R$ 25 bilhões nos próximos cinco anos
para operar 12,6 mil quilômetros.
A interligação logística entre ferrovias e portos pode levar a um aumento de
investimentos além dos trilhos. Ao todo, o PPI inclui 32 projetos portuários, com
previsão de R$ 5,819 bilhões de investimentos. Desses, oito estão concluídos,
com o equivalente a R$ 1,32 bilhão de recursos.
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Fonte: Correio Braziliense
02/01/2018
- ABRIR UM NEGÓCIO PRÓPRIO EXIGE PREPARO E
DETERMINAÇÃO ESPECIALISTAS ALERTAM QUE, PARA TER SUCESSO NO MERCADO,
EMPREENDEDORES PRECISAM TER CONHECIMENTO DO RAMO E CAPACIDADE DE
PLANEJAMENTO
Nos últimos anos, privados dos empregos ceifados pela crise econômica, um
grande número de brasileiros, para sobreviver, se lançou no mercado à frente de
um negócio próprio. Outros buscaram empreender por opção. É normal,
porém, que as pessoas tenham medo de investir as economias em um
empreendimento que pode ou não dar certo. Para ter sucesso, é preciso se
preparar. Especialista em finanças pessoais e professor do Ibmec-DF, Marcello
Minutti diz que o segredo é o equilíbrio. “É necessário equilibrar a capacidade de
adquirir conhecimentos e as experiências de vida”, afirma Minutti.
O especialista ressalta, entretanto, que planejamento é fundamental. É
necessário que o empreendedor analise o mercado que pretende atuar e tenha
noção exata de quanto pretende investir. Se for preciso tomar um empréstimo,
por exemplo, é preciso calcular tudo muito bem para não contrair dívidas com as
quais não possa arcar no futuro. “O empréstimo é uma alternativa para quem
não tem recursos disponíveis, mas só deve ser feito após um planejamento
consistente”, enfatiza Minutti.
Quanto à escolha do tipo de empresa a abrir, as opções mais procuradas são
as startups e as franquias. Startups são empresas iniciantes com um modelo
de negócio inovador e com grande capacidade de crescimento. O termo, que
inicialmente era empregado para empresas de tecnologia, pode ser usado
também para designar negócios iniciantes e promissores em outras áreas. Já
nas franquias o empreendedor adquire o direito de explorar uma marca já
conhecida, abrindo uma ou mais unidades de uma rede, mediante o
pagamento de um valor predeterminado, ou licença.
Ganhos
Por aproveitar o conhecimento oferecido pelo franqueador, que é o proprietário
do modelo de negócios já testado e aprovado, a franquia é mais segura.
Porém, como todo investimento com baixo risco, oferece ganhos menores a
médio e a longo prazos. Já as startups são apostas de maior risco, pois atuam
em espaços pouco desenvolvidos ou inexplorados. Os ganhos, porém, podem
ser bastante elevados a longo prazo. “Não existem fórmulas prontas. Depende
do perfil do empreendedor. Mas uma pessoa que prefere não correr muitos
riscos deve optar pelas franquias. As startups são para os mais corajosos”,
aconselha Minutti.
A escolha entre um modelo e outro, em outras palavras, depende das
características e comportamentos pessoais. Antes de tudo, há uma regra que
vale para qualquer tipo de empreendedor: é preciso ter força de vontade,
persistência e não desistir diante das dificuldades. Outro requisito é ter
capacidade de planejamento. “A pessoa certa para empreender é a que planeja
metas, levanta informações e se preocupa com a qualidade. São indivíduos
com atitude”, resume o gerente da Unidade de Atendimento Individual do
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Enio
Pinto.
O Brasil é um país repleto de pessoas criativas e com perfil empreendedor,
mas isso não se reflete nos números. “As pesquisas mostram que o brasileiro é
muito empreendedor, mas num aspecto quantitativo. Há muitos jovens com um
foco inovador, mas eles não representam a grande escala do país ainda”,
explica o especialista do Sebrae.
Futuro
Regina Luna, 56 anos, e o filho Caio Lages, 30, são donos da “Casa Bela
Persianas”, um negócio de cortinas, acessórios e decoração que vem dando
certo há quase duas décadas. “Eu trabalhava numa empresa do mesmo ramo,
mas acabei ficando desempregada”, diz Regina. O caminho trilhado pela
empresária e o filho foi árduo. Eles começaram a empresa na própria casa, no
início dos anos 2000. “Hoje estamos prestes a nos mudar para o Casa Park
para abrir mais uma loja”, diz a empresária, que tinha dois filhos para criar
quando se viu sem emprego. “Na época, estava separada. O começo não foi
tão difícil, mas tenho medo do futuro. Nunca dá para ter segurança quando se
é empresária no Brasil”, desabafa.
Ao longo de 18 anos, a empresa enfrentou duas grandes crises. “A pior delas
foi a de 2015 e 2016. Conseguimos dar a volta por cima, trabalhamos muito,
sempre focados. Mas é sempre muito triste ter que cortar pessoal,
principalmente gente que não merece”, afirma Regina. Ela diz que não admite
o fracasso. “Era proibido pensar em crise naquela época”, complementa.
Diminuição de custos, quadro de funcionários, tudo foi pensado. Mas, ainda
assim, a decisão teve que ser tomada no meio da crise. “Oferecemos
facilidades e reduzimos nosso lucro naquele período de crise para podermos
sobreviver”, conta.
Gestão é essencial
Os especialistas avisam que o sucesso de qualquer negócio é a
profissionalização, principalmente, na área de gestão. “A maioria das pessoas
que busca empreender no Brasil aposta em aproveitar algum hobby, como
cozinhar. Mas, geralmente, elas dominam apenas a parte operacional e não
sabem gerir o restaurante que querem montar”, explica Enio Pinto, do Sebrae.
“Além de conhecer o lado operacional, é preciso dominar a gestão do
empreendimento. Sem esse equilíbrio, não há como criar o comportamento
empreendedor”, completa.
Armin Reinehr, 29 anos, consegiu driblar a crise por meio da profissionalização.
Ele faliu há três anos, mas voltou ao mercado com outro nome empresarial e
novos sócios. Na retomada, teve assessoria do Sebrae, analisou os pontos
fracos do negócio e buscou cercar-se de pessoas mais experientes. “A primeira
empresa que montei era voltada à criação de websites e ao desenvolvimento
de softwares para celulares. Mas era um período fácil para as pessoas criarem
seus próprios sites. A concorrência era muito grande”, explica.
Oportunidade
Na nova empresa, Reinehr manteve o segmento de atuação, mas mudou o tipo
de serviço para consultoria. “Nós éramos uma startup, mas não sabíamos
muito bem o que faríamos. Fomos com o pé na porta e muita coragem e não
deu certo. Agora, criamos um novo modelo de negócios e não pensamos mais
em mudar”, afirma.
Reinehr reconhece que, na primeira empreitada, tinha uma oportunidade a ser
explorada, mas não pensou muito em como abordar a questão. “Criamos a
empresa sem buscar mais informações. Só quando as dificuldades
apareceram, fomos atrás de cursos de capacitação. Sentimos muito a crise,
porque um dos primeiros setores que ela pegou foi o de informática”, desabafa.
“Na segunda empreitada, usamos o conhecimento acumulado e incluimos
pessoas com mais experiência. Tudo foi mais bem planejado”, explica. A
principal dica, segundo ele, é se inspirar em algo de que se gosta. “Você tem
que fazer o que gosta, mas fazer bem, e, diante das dificuldades, sempre
continuar tentando”, incentiva.
Marcelo Minutti, do Ibmec, reforça que o empreendedor precisa também ter
conhecimento da área em que pretende atuar. “O empreendedor não deve ter
preocupação com os mercados mais atrativos, mas, sim, se tem capacidade de
execução e as habilidades necessárias para empregar no que gostaria de
propor ao mercado. Se a resposta for negativa, não recomendo que ele entre
em uma área que não conhece”, alerta. (LC)
*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- DE OLHO NA POLÍTICA
POR MÍRIAM LEITÃO
Se os juízes do TRF-4 votarem de forma unânime confirmando a condenação do
ex-presidente Lula, os recursos que os advogados do ex-presidente
apresentarem não terão efeito suspensivo da pena. Sendo assim, ele estará,
muito provavelmente, fora da disputa. Na ligação intensa entre economia e
política, o próximo dia 24 está marcado em vermelho no calendário.
A economia sempre tem efeito sobre as eleições. Este ano será o oposto. A
disputa eleitoral deve produzir momentos de muita volatilidade cambial e
provocar adiamento das decisões de investimento. A política também tornará o
ano fiscal muito ruim. No fim de janeiro, o governo divulgará que as contas
públicas de 2017 fecharam com alguma folga em relação à meta, mas
aumentaram os temores sobre 2018.
Uma das primeiras más notícias nas contas públicas deve ser o anúncio de um
contingenciamento de R$ 20 bilhões. E isso porque na política nada andou. O
Congresso não aprovou as medidas de ajuste que permitiriam o Orçamento
como ele foi pensado. Uma delas, a que adia o reajuste dos funcionários, foi
barrada pelo ministro Ricardo Lewandowsky e isso eleva em R$ 5 bilhões as
despesas. A receita com a taxação dos fundos exclusivos foi perdida porque a
MP não foi aprovada.
A análise de cada um dos indicadores mostra melhora, mas a economia não está
isolada. Ela faz parte de um contexto de extrema incerteza política. A primeira
dúvida é quem estará concorrendo para presidente, o que só ficará claro ao
longo dos primeiros meses. A segunda é como o Congresso vai se comportar
diante da rigorosa agenda fiscal do país, que tem medidas impopulares e a
reforma da Previdência para ser votada em fevereiro.
As projeções dos economistas são de que o ano terá o crescimento em torno de
3%. O governo ainda está com a projeção de 2,5%. Isso é melhor do que os
últimos quatro anos em que houve estagnação, dois anos recessivos e um ligeiro
crescimento. Mesmo assim é menos do que o país precisa para consertar a
devastação que houve no mercado de trabalho. O desemprego deve cair na
média do ano, ainda que tenha sempre a oscilação natural de um começo com
alta da taxa e uma queda nos últimos meses. A inflação ficará baixa, mas
subindo um pouco em relação ao ano de IPCA bem reduzido que foi 2017. A
safra será boa, mas não tão abundante. Os juros devem continuar baixos, e um
período prolongado de Selic reduzida ajudará a economia.
O que marcará o ano não será um ou outro indicador, mas sim o quadro político
de uma forma geral. E a ligação será imediata. Por exemplo: o governo está
contando com a privatização da Eletrobras. Se ela não acontecer serão R$ 12
bilhões a menos de receita e o governo terá que fazer outro corte nos gastos. A
tensão interna, entre quem quer gastar mais por ser ano eleitoral e os que tentam
controlar o caixa de um país em crise fiscal, vai aumentar ainda mais.
O que afetará mais diretamente a economia será o quadro da disputa eleitoral.
Nos momentos em que estiverem na frente candidatos com discursos populistas
e radicalizados, os ativos em bolsa e o dólar vão oscilar fortemente. A alta do
câmbio sempre tem efeito na economia real porque contamina a inflação. A boa
notícia é que o Banco Central está preparado, com reservas e baixa exposição
ao dólar, para atuar no mercado, revertendo momentos de tensão e de alta
exagerada.
Todas as eleições são incertas, mas essa será mais incerta que as outras. Por
isso tem sido tão frequentemente comparada à de 1989. Mas até aquele ano
inaugural das eleições diretas, pós-ditadura militar, não reflete inteiramente o
grau de incerteza de 2018. Desta vez a dúvida será ainda maior. Se o ex-
presidente Lula estiver concorrendo, a eleição será naturalmente polarizada
desde o início. Num quadro de polarização, pode haver demanda por uma
pessoa de centro, longe dos polos. O beneficiário dessa ida do eleitor em busca
do centro não está definido. Se o ex-presidente Lula não estiver na disputa, os
votos lulistas não serão transmitidos todos para a pessoa que ele apoiar. Devem
se dispersar, formando o quadro fragmentado parecido com o de 1989. A
economia passará este ano de olho na política, porque ela é que vai definir o
cenário atual e futuro.
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Fonte: Diário de Pernambuco
02/01/2018
- TROCAS POLÍTICAS E CRISE FINANCEIRA
AMEAÇAM O ARQUIVO NACIONAL SÓ EM 2017, FORAM TRÊS DIRETORES-GERAIS. OS PROBLEMAS QUASE LEVARAM
AO FECHAMENTO DA UNIDADE SÍMBOLO DA MEMÓRIA DO PAÍS
Uma das instituições mais antigas do Estado brasileiro, o Arquivo Nacional (AN)
completa 180 anos neste mês sem festa à vista. Vinculado ao Ministério da
Justiça, o maior órgão arquivístico brasileiro, que guarda documentos públicos
datados desde o século 16, sofre com a falta de recursos para seu custeio básico
e tem assistido a trocas na sua direção ao sabor de acontecimentos políticos de
Brasília. Só em 2017, foram três diretores-gerais. Os problemas quase levaram
ao fechamento da unidade símbolo da memória do País.
A atual direção da instituição assumiu em novembro. A escolhida pelo ministro
da Justiça, Torquato Jardim, foi a advogada Carolina Chaves de Azevedo. Seu
último cargo público foi como secretária da área de Envelhecimento Saudável e
Qualidade de Vida da prefeitura do Rio durante a gestão de Eduardo Paes
(PMDB). Carolina é afilhada política da deputada federal Cristiane Brasil (PTB),
filha do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional da PTB. Na sua
posse, Cristiane estava ao seu lado na foto oficial.
Carolina sucedeu José Ricardo Marques, ex-secretário de Cultura do Distrito
Federal, que tinha como padrinho político o deputado federal Ronaldo Fonseca
(PROS-DF). Marques teve duas passagens pelo comando da instituição. A
primeira foi encerrada em abril de 2016, quando o seu padrinho político votou a
favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Ele voltaria depois na gestão Michel Temer (PMDB), mas foi novamente retirado
quando, em abril de 2017, Fonseca, o padrinho político, disse "não" na Câmara
à reforma trabalhista, tema tratado como prioridade pelo novo governo. Quem
assumiu o AN, então, foi o então vice-diretor, Diego Barbosa da Silva, servidor
de carreira.
Histórico
Já fora da direção, Marques, que é evangélico, foi condenado em primeira
instância por improbidade administrativa. Ele foi acusado de promover cultos
semanais no auditório principal da instituição, utilizando-se, inclusive, do trabalho
de servidores e de equipamentos de áudio e vídeo da casa. A reportagem
procurou Marques para entrevistá-lo, mas ele não foi encontrado. Em novembro,
a 32.ª Vara Federal do Rio condenou o ex-diretor a ressarcir o erário em R$ 24
mil, e pagar multa de R$ 36 mil.
"É um descaso com o Arquivo, não se pode fingir que não está acontecendo
nada. Mesmo sendo um cargo de confiança da administração direta, a escolha
do diretor de uma instituição como o Arquivo Nacional não pode estar ligada à
barganha política, não pode ser tratado como apenas mais um cargo. O que
queremos é que se levante o debate da eleição geral, com votos de servidores,
quem sabe o envio de uma lista tríplice ao ministério", sugeriu Rodrigo Mourelle,
presidente da Associação dos Servidores do Arquivo Nacional.
Mourelle disse que por causa do contingenciamento de 2017, que levou a um
corte de quase 40% do orçamento da instituição que no ano foi de R$ 22 milhões,
um terço dos funcionários terceirizados foi cortado. A medida gerou atrasos.
Quem, por exemplo, requisita o histórico de entrada de antepassados
estrangeiros no Brasil para requerer cidadania de outros países tem de esperar
até 60 dias.
Defesas
O jornal O Estado de S. Paulo, por cinco dias, pediu uma entrevista a Carolina
Chaves de Azevedo. A direção do Arquivo Nacional informou que ela "não teve
tempo" por estar em reuniões.
A unidade também não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre a
indicação política de Carolina e a atual situação financeira do arquivo mandadas
por e-mail. A deputada Cristiane Brasil também não atendeu aos pedidos do
jornal.
Em nota, o Ministério da Justiça informou que o orçamento do Arquivo Nacional
foi recomposto após o contingenciamento. "Houve o descontingenciamento
integral do orçamento, além de uma suplementação/ampliação de R$ 4 milhões,
que foi articulada por este ministério e fez com que o Arquivo terminasse o
exercício de 2017 com valor acima do que estava previsto inicialmente no Projeto
de Lei Orçamentária Anual", divulgou o ministério, segundo o qual o AN fecha
2017 com total de R$ 22,6 milhões de créditos.
Para 2018, há previsão de aumento, chegando-se a R$ 23,4 milhões. Mas o
procurador Renato Machado, que em outubro expediu recomendação ao
ministério para rever as restrições orçamentárias ao AN, lembra que o prédio
histórico do centro do Rio, onde o AN é sediado, tem necessidades que vão além
do pagamento de contas de luz e água - para o que faltou dinheiro este ano.
É preciso adequar o prédio anexo, onde fica 90% do acervo, a quesitos de
segurança estipulados pelo Corpo de Bombeiros já há dois anos. O Arquivo
também tem instalações em Brasília. "Sem isso, o acervo corre certo risco",
alertou o procurador. "Os servidores não podem viver nesse terrorismo, tendo
de fazer malabarismo para o Arquivo funcionar."
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- INDÚSTRIA DA ZONA DO EURO ENCERRA 2017
COM CRESCIMENTO EM MÁXIMA RECORDE AUMENTA DA DEMANDA SUGERE QUE RITMO CONTINUÁRA ALTO
LONDRES - O setor industrial da zona do euro terminou 2017 com um
crescimetno recode da atividade em mais de duas décadas, mostrou nesta terça-
feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), e o
aumento da demanda sugere que o início do ano será forte.
O PMI final de indústria do IHS Markit para a zona do euro atingiu 60,6 em
dezembro, igualando a leitura preliminar e acima dos 60,1 de novembro. Esse
foi o nível mais alto desde que a pesquisa começou em junho de 1997.
O subíndice de produção avançou para 62,2 de 61,0 em novembro, patamar
mais elevado em mais de 17 anos e segundo nível mais alto na história da
pesquisa.
"O boom da indústria da zona do euro ganhou mais força em dezembro,
encerrando o melhor ano já registrado e abrindo espaço para um forte início de
2018", disse Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit.
Apesar de as fábricas terem elevado os preços de novo no mês passado, ainda
que a um ritmo mais fraco do que em novembro, o subíndice de novas
encomendas subiu para 61,5 de 61,4, nível que não era visto desde o início do
século.
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Fonte: Correio Braziliense
02/01/2018
- INDÚSTRIA AUTOMOTIVA FECHA 2017 COM O
MELHOR RESULTADO EM CINCO ANOS ONDA INÉDITA DE LANÇAMENTOS ATRAI NOVOS CONSUMIDORES. PARA 2018, A
EXPECTATIVA É DE DESEMPENHO AINDA MELHOR
São Paulo – Poucos setores reagem de forma tão veloz à retomada da
economia quanto a indústria automobilística. Basta o PIB sair do negativo para
o número de emplacamentos aumentar. Em 2017, as vendas de
automóveis cresceram em torno de 10% — o melhor resultado em cinco anos
—, embora os indicadores oficiais ainda não tenham sido divulgados. Para 2018,
projeta-se um avanço acima de dois dígitos, e não será surpresa para ninguém
se as altas resvalarem na casa dos 15%. É de se supor, portanto, que todos os
modelos estão acelerando com força máxima. Não é bem assim. Um balanço
dos negócios fechados nos últimos meses mostra que a briga por mercados será
pesada neste ano.
No segmento que mais vende no Brasil, o de hatches compactos (alta de 26%
em 2017, contra 22% dos SUVs e 20% dos veículos de entrada), dois
movimentos recentes já provocam sustos na concorrência. Lançado em maio, o
novo Fiat Argo (que custa a partir de R$ 46.800) começou a trajetória de forma
tímida. Em junho, seu primeiro mês integral de vendas, foram menos de 2 mil
emplacamentos. A partir daí, o Argo acelerou até se tornar, em dezembro, o
carro mais vendido da Fiat no país.
Em setembro, a Volkswagen lançou o novo Polo ao custo de R$ 49.990, e logo
na largada ele vendeu mais de 4 mil unidades em um único mês, marca
considerável para veículos recém-saídos da linha de produção. O objetivo da
VW é colocar o Polo entre os cinco mais vendidos no país no fim de 2018. Se
vier, o resultado poderá levar a empresa a brigar novamente pela liderança geral
do mercado brasileiro, atualmente nas mãos na GM.
As chegadas do Polo e do Argo alteraram o jogo de forças do setor
automobilístico. Entre junho e novembro, o Renault Sandero, um dos 10
modelos mais comercializados no Brasil, perdeu 40% das vendas, um estrago
que poderá alterar os planos da montadora no país. Depois do lançamento do
Argo, o Nissan March também viu sua performance cair.
Para a Renault, a queda nas vendas no Sandero tem sido recompensada pelo
sucesso do pequenino Kwid, que substituiu o ultrapassado Clio. Em setembro
passado, o Kwid foi o segundo carro mais vendido no Brasil, atrás apenas do
Onix, da GM, resultado que nem a própria montadora francesa esperava. Mas o
bom resultado inicial do Kwid foi impulsionado pela pré-venda, e no mês seguinte
o modelo caiu várias posições no ranking dos mais emplacados.
A retomada da indústria automotiva provocará uma avalanche de lançamentos
em 2018. Estima-se que mais de 40 modelos, de todas as categorias e preços,
chegarão ao mercado brasileiro neste ano. “Esse movimento não se deve
apenas ao aumento das vendas, mas também à necessidade de cada empresa
de apresentar novidades para enfrentar a crescente concorrência”, diz Eduardo
Tancinsky, consultor especializado em marcas. “O mercado vai chegar a um
ponto de maturidade em que só fará sucesso quem tiver produtos excelentes
para oferecer.”
Poucos setores vêm passando por mudanças tão profundas. Se antes o que
fazia a diferença em vendas era o design e o espaço interno do automóvel,
atualmente itens como tecnologia e segurança são mais valorizados pelos
consumidores. E talvez a maior transformação ainda esteja por vir. O mercado
brasileiro não entrou na era dos carros elétricos, tendência que os especialistas
consideram irreversível. Na Europa e nos Estados Unidos, estima-se que, até
2030, eles serão responsáveis por metade das vendas.
Em 2017, pelo segundo ano consecutivo, o carro mais vendido no Brasil foi o
Chervrolet Onix. O interessante é que, mesmo diante do ótimo desempenho em
2016, a GM não se acomodou. Além de fazer algumas modificações estéticas,
deu ao Onix dois novos motores (1.0 e 1.4), lançou uma versão aventureira (Onix
Activ) e criou uma versão de entrada (Onix Joy). Fabricado em Gravataí, no Rio
Grande Do Sul, o modelo caminha para atingir 600 mil unidades produzidas
desde o seu lançamento, em 2012.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- ENERGIA, GASOLINA E ALIMENTOS VÃO PESAR
MAIS NO BOLSO EM 2018 PREÇOS MAIORES NÃO REPRESENTAM RISCO DE INFLAÇÃO GERAL ALTA E AUMENTO
DOS JUROS
Alimentos consumidos em casa devem sair de deflação para alta de até 5% este ano - Hermes de Paula / Agência O Globo
RIO - Em 2017, os alimentos deram uma trégua no orçamento do brasileiro, com
uma queda inédita de 5,3% no acumulado em 12 meses até novembro. Este ano,
porém, o comportamento benéfico destes produtos consumidos em casa, que
foram os verdadeiros “mocinhos” da inflação, não deve se repetir. As previsões
apontam que a safra de grãos em 2018 deve ser quase 10% inferior à colheita
recorde do ano anterior. Além da alimentação, que representa 25% dos gastos
das famílias, outros itens devem fazer o papel de vilões na cesta de compras dos
brasileiros, como a tarifa de energia elétrica e o preço da gasolina, que devem
ter alta superior a 10% cada.
O resultado oficial da inflação do ano passado será divulgado no próximo dia 10,
mas a expectativa do mercado é que o índice tenha encerrado o ano abaixo do
piso da meta, de 3%. Apesar da pressão maior de alimentos, energia elétrica e
gasolina sobre os índices de preços este ano, o próprio Banco Central, em seu
último relatório trimestral de inflação, previu inflação abaixo do centro da meta,
atualmente em 4,5% ao ano, até 2020. Neste cenário, a alta maior dos preços
não será um problema macroeconômico, mas deve interferir na gestão da renda
das famílias. Em 2017, com a queda no preço dos alimentos, os brasileiros
puderam direcionar parte da sobra no orçamento para o consumo, o que
contribuiu para ajudar o país a sair da recessão.
Luiz Roberto Cunha, economista da PUC-Rio, lembra que energia, gasolina e
alimentos representam quase um terço dos gastos da família. Com a mudança
no comportamento da inflação, o consumidor voltará a fazer mais trocas para
equilibrar o orçamento:
— O consumidor já está acostumado a fazer trocas e deixar de comprar alguns
produtos quando há alta de preços de alimentos. A previsão é que eles subam
de 4% a 5% este ano. É óbvio que, quando esses itens estão mais baratos, sobra
mais para outros investimentos, como ocorreu no ano passado — disse o
economista, acrescentando que o aperto no orçamento pode ser menor em
razão da recuperação do mercado de trabalho, o que significará mais gente com
renda.
Menor reajuste do mínimo em 24 anos
A economista Maria Andreia Parente Lameiras, do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), explica que a política de juros mais baixos do Banco
Central — atualmente a Taxa Selic está em 7% ao ano, o menor patamar da
história do país — e a perspectiva de recuperação da economia vão estimular o
consumo, o que também acaba pressionando os preços para cima. Em
compensação, o salário mínimo, fixado em R$ 954, tende a equilibrar essa
balança. O reajuste aplicado, de 1,8%, foi o menor em 24 anos, já que é indexado
à inflação, o que deve reduzir os custos salariais e impedir aumentos maiores
nos preços dos serviços.
— Com reajustes salariais menores do que em anos anteriores, o custo com a
mão de obra vai ser menor — ressalta a economista do Ipea.
Apesar de o Banco Central ter sinalizado recentemente a perspectiva de uma
nova redução da taxa básica de juros, a Selic, no início deste ano, o diretor de
Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro, acredita
que os juros não devem pôr em risco o cumprimento da meta de inflação em
2018, pois são compatíveis com o atual grau de ociosidade da economia:
— Embora a taxa de desemprego tenha começado a ceder, ainda se encontra
em patamar muito elevado em termos históricos, e a ociosidade ainda é grande
na economia.
De acordo com as previsões de analistas, o IPCA, índice oficial de inflação, deste
ano deve acelerar em relação a 2017, chegando a 3,96% contra menos de 3%
no ano passado. Se as projeções se confirmarem, a taxa fica abaixo da meta do
governo de 4,5%.
— Ainda que acelere, temos folga, pois vamos sair de um piso de 3%. Temos
uma margem muito boa para não passar dos 4,5% de meta. O cenário é positivo
— avalia a economista, que prevê inflação de 2,9% em 2017 e de 4% este ano.
Leandro Negrão, economista do Banco Bradesco, acredita em uma inflação de
3,9% para 2018. Ele pondera que será um ano de incertezas em relação aos
preços administrados (controlados pelo governo) por causa do setor elétrico e
dos preços do petróleo:
— Temos o petróleo, cujo barril está no patamar de US$ 65, mas é suscetível a
riscos geopolíticos, e seu preço pode subir, pressionando a gasolina.
O combustível deve encerrar 2017 com alta de 10,95% e subir nessa mesma
magnitude em 2018, de acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infra
Estrutura (CBIE), Adriano Pires.
Luis Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC, também destacou o risco de
as tarifas pressionarem a inflação para cima. Mesmo assim, ele prevê que o
IPCA fique em 2,8% em 2017 e em 4,2% em 2018:
— Em relação à energia elétrica, entramos o ano dependendo do regime de
chuvas de verão e do nível dos reservatórios. A retomada da economia aumenta
o consumo de energia. Na parte de óleo e gás, vamos depender do mercado
externo.
Alessandra Ribeiro, economista da Consultoria Tendências, prevê inflação de
4,1% em 2018. Na sua avaliação, o maior risco para manter os preços
comportados é a eleição:
— O cenário eleitoral pode ter efeitos importantes na percepção de risco e pode
levar o mercado a desvalorizar o real, o que pressionaria a inflação — comentou
a economista, em referência às eleições presidenciais deste ano.
O Banco Central, em seu relatório trimestral de inflação, traçou um cenário mais
favorável para o país, apesar da turbulência política e do risco de não aprovação
da reforma da Previdência. As expectativas são de retomada de crescimento
mais acelerado e de inflação abaixo do centro da meta até 2020. De acordo com
o texto, o IPCA deve oscilar em torno de 4% nos próximos três anos.
Quando o Banco Central descumpre a meta de inflação, o que deve ter ocorrido
no ano passado, ele tem de mandar uma carta ao ministro da Fazenda para dar
explicações. Será a primeira vez que um presidente do BC terá de se justificar
por entregar uma inflação abaixo do piso desde que o regime de metas foi
implantado, em 1999.
Nível de reservatórios em baixa
Com a falta de chuvas e o nível de reservatórios das hidrelétricas baixo, a conta
de luz deve continuar apertando o orçamento do brasileiro este ano. Até
novembro, enquanto a inflação geral oficial do país acumulava alta de 2,8% em
12 meses, a variação da energia elétrica chegava a quase 10%. Pelas projeções
do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, a energia
deve acumular em 2017 alta de 10,41% e manter esse patamar de alta em 2018:
— Ano passado, os níveis dos reservatórios ficaram baixos, e o governo teve de
ligar as termelétricas, cujo custo de funcionamento é alto, o que levou a muitos
meses de cobrança extra nas contas de energia. A tendência é bem parecida
para 2018.
Ano passado, o brasileiro teve cobrança extra na conta de luz em nove dos 12
meses: três de nível amarelo, mais brando, e seis de bandeira vermelha, mais
cara. Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
anunciou que, este mês, não haverá cobrança extra.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível dos
reservatórios no Sudeste e Centro-Oeste estava em 21,6% no último dia 28 —
inferior aos 33,88% em igual dia de 2016. No Nordeste, o mais castigado, a
situação é pior: o volume estava em 12,08%.
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Fonte: G1
02/01/2018
- PROJETO DE PROFESSOR DE ERECHIM AJUDA A
ECONOMIZAR ENERGIA SOFTWARE FOI ELEITO O MELHOR NA ÁREA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM 2017
NO BRASIL. ESTUDO FOI RECONHECIDO PELO CONSELHO AMERICANO PARA UMA
ECONOMIA DE ENERGIA.
Professor gaúcho tem trabalho sobre eficiência energética eleito o melhor de 2017 na área
Um professor de Engenharia de Produção da Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões (URI) criou um projeto que ajuda a economizar
energia. O software de computador foi eleito o melhor na área de eficiência
energética em 2017 no Brasil. O estudo foi reconhecido pelo Conselho
Americana para uma Economia de Energia.
O programa avalia quanto as empresas consomem de energia com base em
indicadores de performance. "A gente consegue fazer uma análise geral da
empresa e dizer que caminho deve ser tomado para diminuição de custo para
trazer qualidade da energia e outros benefícios que o consumo consciente traz",
destaca Rafael Zanardo.
São 58 pontos de consumo analisados pelo software, que detecta perdas e
demonstra o que a empresa deve fazer. "O custo da energia está cada vez mais
elevado, e também a gente tem a questão das bandeiras tarifárias que estão
entrando clinicamente. Elas entram em vigor, então, muitas empresas acabam
sofrendo com o reajuste de energia", comenta o autor.
O Brasil é o penúltimo país no ranking de eficiência energética, ficando na frente
apenas da Arábia Saudita. O índice é medido pelo Conselho Americano para
uma Economia de Energia (ACEEE), que analisa a eficiência energética nas 23
maiores economias do mundo.
Outra pesquisa, desta vez da Associação das Empresas de Serviços de
Conservação de Energia (ABESCO), revela que nos últimos três anos, o Brasil
deixou de economizar R$ 61 bilhões por causa do baixo potencial.
A maior fonte de energia do país vem das águas, com as hidrelétricas. Cerca de
40% dessa energia é consumida pelas indústrias, de forma pouco eficiente.
Em uma empresa de cadeiras visitada pela reportagem em Erechim, a energia
representa 2% dos custos totais. O valor, no entanto, já foi bem maior. A
mudança ocorreu porque, neste ano, eles passaram a investir em máquinas mais
eficientes e também na estrutura física do local. As telhas tradicionais, por
exemplo, foram substituídas por translúcidas, para permitir a entrada da luz solar.
"As empresas que estão conseguindo se antecipar nesse processo estão
investindo em novas tecnologias, novos equipamentos, com um rendimento
energético maior e consequentemente reduzindo consumo e ganhando mais
competitividade", destaca o supervidor de processos da empresa, Ademir José
Stempkowski.
Outro exemplo é do coordenador administrativo comercial Cesar Fabian. A loja
de materiais elétricos dele investiu em opções que usam fontes de energia
renováveis, como o sol.
"Antes de instalarmos as placas, o nosso gasto mensal era de, em média, R$
1,8 mil. Hoje, a gente está pagando na casa de R$ 500, em torno de 30% do
valor", comemora.
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Fonte: www.terra.com.br
02/01/2018
- CPFL ENERGIA AGRUPA CINCO DISTRIBUIDORAS
EM BUSCA DE OTIMIZAR CUSTOS A elétrica CPFL Energia agrupou cinco subsidiárias de distribuição de energia
em busca de otimizar custos administrativos e operacionais, com economias de
escala e sinergia, informou a empresa nesta terça-feira.
Com a decisão, houve a incorporação das distribuidoras CPFL Santa Cruz, CPFL
Leste Paulista, CPFL Sul Paulista e CPFL Mococa pela Companhia Jaguari de
Energia, todas subsidiárias da CPFL Energia.
Em decorrência da incorporação e consequente transferência dos acervos das
incorporadas para CPFL Jaguari, as empresas incorporadas deixaram de existir
e o capital social da CPFL Jaguari passou de 20,632 milhões de reais para
170,396 milhões de reais.
"A proposta foi avaliada e aprovada internamente pela diretoria executiva e pelo
conselho de administração da companhia e conclui-se que a incorporação, além
de racionalizar a atual estrutura societária dos ativos da companhia, possibilitará,
a partir de 2018, a otimização de custos administrativos e operacionais, com
economias de escala e sinergia", disse a CPFL em um fato relevante.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- PETROBRAS VAI EXERCER DIREITO DE PREFERÊNCIA
EM TRÊS ÁREAS NO 4º LEILÃO DO PRÉ-SAL CNPE ACATA PEDIDO DA ESTATAL PARA DOIS IRMÃOS, TRÊS MARIAS E UIRAPURU,
QUE SERÃO LEIOLOADOS EM JUNHO
RIO - O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou resolução
nesta terça-feira acatando pedido feito pela Petrobras para exercer o direito de
preferência nas áreas do pré-sal de Dois Irmãos, Três Marias e Uirapuru, durante
o 4º leilão de partilha que será realizado neste ano. No 4º leilão do pré-sal serão
ofertadas ainda as áreas de Saturno e Itaimbezinho, localizadas todas nas
bacias de Campos e Santos. Em 14 de dezembro , a Petrobras havia
manifestado ao CNPE o interesse de exercer o direito de preferência nessas três
áreas.
O leilão dos cinco blocos no pré-sal que serão explorados no regime de Partilha
será realizado no dia 7 de junho. Pela novas regras em vigor, a Petrobras tem o
direito de escolher as áreas nas quais poderá vir a exercer o direito de
preferência durante o leilão, ou seja, caso não seja a vencedora do certame em
uma dessas áreas, a estatal poderá vir a participar do consórcio que for
vencedor.
A previsão do governo é de arrecadar R$ 4,6 bilhões com o bônus de assinatura
que os consórcios pagarão para arrematarem as áreas. O bloco mais caro será
o de Uirapuru (R$ 2,65 bilhões). O segundo valor mais alto está na área de
Saturno (1,45 bilhão), seguido por Dois Irmãos (R$ 400 milhões), Três Marias
(R$ 100 milhões), e Itaimbezinho (R$ 50 milhões).
A produção de petróleo do pré-sal em novembro totalizou aproximadamente
1,652 milhão de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) por dia, um aumento
de 1,5% em relação ao mês anterior. De acordo com Boletim de Produção da
Agência Nacional do Petróleo (ANP), a produção, oriunda de 83 poços, foi de
1,327 milhão de barris de petróleo por dia e 52 milhões de metros cúbicos de
gás natural por dia, correspondendo a 49,9% do total produzido no Brasil.
Já a produção total de petróleo no Brasil em novembro foi de 2,595 milhões de
barris por dia de óleo equivalente, uma redução de 1,2% na comparação com o
mês anterior e de 0,5% em relação ao mesmo mês em 2016.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- AÇÃO DA EMBRAER SOBE 3,2% E TEM ALTA DE
MAIS DE 25% EM DUAS SEMANAS ATUAL VALORIZAÇÃO É MOTIVADA PELA CHANCE DA ÁREA DE DEFESA ENTRAR NO
ACORDO COM BOEING
SÃO PAULO - As ações da Embraer sobem de forma expressiva nesta terça-
feira, com os investidores repercutindo a possibilidade da empresa incluir a
área de defesa na associação que está em estudo com a norte-americana
Embraer. Os papéis da companhia registram alta de 3,20%, cotados a R$ 20,64.
Desde que as conversas entre as duas empresas se tornaram públicas, em 21
de dezembro, a alta acumulada da ação é de 25,7%.
O maior salto na cotação da empresa ocorrer logo no dia 21, quando surgiram
os rumores, confirmados ainda durante o pregão pelas duas empresas, de
conversas para uma possível associação. A alta naquela dia foi de 22,53%.
Desde então, as duas empresas vem travando conversas. Segundo uma fonte
ouvida pelo GLOBO, a empresa americana garantiu que é possível adotar um
modelo na área de defesa em que o sigilo e a autonomia da operação seja
preservada, a exemplo do que já acontece em outros países. A Embraer trabalha
ainda com as divisões de aviação comercial e executiva.
No entanto, o modelo dessa associação ainda não está definido, ou seja, pode
envolver tanto a compra de uma participação acionária da Embraer - e uma
mudança na composição acionária da empresa passa pelo governo federal, que
tem a "golden share" da empresa e poder de veto em algumas situações - ou
uma "joint venture", quando duas ou mais empresas fecham um acordo para
explorar um determinado negócio ou mercado.
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Fonte: O Globo
02/01/2018
- MAIA DIZ QUE PREVIDÊNCIA É ‘A MAIS URGENTE
REFORMA SOCIAL’ PRESIDENTE DA CÂMARA CRITICOU POSSIBILIDADE DE ADIAR VOTAÇÃO DA
PROPOSTA
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante entrevista - Agência O Globo/Givaldo Barbosa/13-12-2017 / Agência O Globo
BRASÍLIA — O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou nesta terça-feira que é preciso aprovar a reforma da
Previdência em fevereiro porque "adiar sua aprovação é empurrar para o
futuro uma agenda social que mude a vida do brasileiro". A declaração foi
publicada em sua conta no Twitter, em sua primeira mensagem do ano.
A votação da proposta foi marcada para o dia 19 de fevereiro. Como o Congresso
está de recesso até o início de fevereiro, o Palácio do Planalto só deve retomar
as articulações a partir do dia 15 deste mês.
"A reforma da Previdência é necessária não apenas para resolver o desequilíbrio
fiscal da nossa economia. É a mais importante reforma social do país. Há uma
urgência, sim, que o Brasil volte a ser um país seguro para atrair investimentos.
Adiar a aprovação desta reforma é também empurrar para o futuro a urgência de
uma agenda social que mude de fato a vida do brasileiro", escreveu Maia.
Mensagens de Rodrigo Maia sobre reforma da Previdência - Reprodução
Reforma da Previdência: entenda a proposta em 22 pontos
Aliados do presidente Michel Temer que estão envolvidos nas negociações,
como o deputado Beto Mansur (PRB-SP), devem começar a retornar a Brasília
no dia 10. Ministros dizem que estão "mais animados"com a possibilidade de
votação em fevereiro do que estavam em dezembro, quando a matéria não foi
colocada em votação. O governo ainda não tem os 308 votos necessários para
aprovar a Proposta de Emenda Constitucional da Previdência.
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Fonte: Estadão
02/01/2018
- ASSOCIAÇÃO DE SERVIDORES VAI AO CONSELHO
DE ÉTICA CONTRA MARUN ENTIDADE VAI PROTOCOLAR REPRESENTAÇÃO EM COLEGIADO POR ENTENDER QUE
MINISTRO CHANTAGEIA GOVERNADORES EM FAVOR DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
BRASÍLIA - O Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate) vai protocolar
uma representação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República
contra o secretário de Governo, Carlos Marun. O objeto da ação é a suposta
tentativa do ministro de coagir governadores e parlamentares, com a possível
retenção de recursos da Caixa, a apoiar a reforma da Previdência. Para a
instituição, esse comportamento fere claramente a lei e os princípios da
administração pública.
O ministro da Secretaria de Governo, deputado Carlos Marun (PMDB-MS) Foto:
Dida Sampaio/Estadão
Na semana passada, Marun divulgou nota, numa espécie de "tréplica" aos
governadores que reagiram à sua recente declaração de que o governo
pressiona gestores estaduais e municipais a trabalharem a favor da aprovação
da reforma da Previdência, em troca da liberação de recursos em financiamentos
de bancos públicos, como a Caixa.
"A reação daqueles que querem continuar omitindo a participação do governo
federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos
públicos só se justifica pela intenção de buscar resultados eleitorais
exclusivamente para si", escreveu o ministro. "Estes defendem a equivocada
tese de que quem recebe financiamentos pratica ações de governo e que quem
os concede, não".
Sete dos nove governadores do Nordeste enviaram carta aberta ao
presidente Michel Temer protestando contra a declaração do ministro. No
documento, os governadores prometem acionar política e judicialmente os
agentes públicos envolvidos, caso a "ameaça" de Marun se confirme.
Marun diz que assistiu a entrevista que concedeu anteriormente e que sua fala
não teria sido bem interpretada. "Assisti à citada entrevista e desafio qualquer
um a destacar o trecho em que afirmo que os financiamentos estão
condicionados ao apoio à reforma da Previdência", diz. "Afirmei, como reafirmo,
que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de
contribuir neste momento histórico da vida da Nação. E afirmei, como reafirmo,
que vou dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados
por ações do governo, pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos
fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita", completou.
Em entrevista na terça-feira passada, Marun admitiu que o Palácio do
Planalto pressiona os governadores a trabalharem a favor da aprovação
da reforma da Previdência em troca da liberação de recursos em
financiamentos públicos.
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Fonte: Estadão
02/01/2018
- CAIXA REABRE LINHA DE FINANCIAMENTO
IMOBILIÁRIO MAIS BARATA
A MODALIDADE TEM A MENOR TAXA DE JUROS PARA QUEM NÃO SE ENQUADRA NO
PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA
Fachada de empreendimento na Vila Anastácio. Foto: Felipe Rau / Estadão
A Caixa retomou nesta terça-feira, 2, a linha de financiamento habitacional Pró-
Cotista, que havia sido suspensa em junho do ano passado. A modalidade
oferece taxa de juros de 7,85% (clientes com débito em conta ou conta-salário)
a 8,85% ao ano – é a menor para quem não se enquadra no programa federal
Minha Casa, Minha Vida
Estão aptos à linha trabalhadores que possam comprovar um período mínimo de
36 meses de trabalho sob o regime do FGTS (não necessariamente
consecutivos) ou saldo em conta vinculada de, ao menos, 10% do valor do bem
a ser financiado.
Além disso, não é permitido ser proprietário de imóvel na cidade (ou região
metropolitana) onde mora ou trabalha, tampouco possuir financiamento no
Sistema Financeiro da Habitação (SFH) em qualquer parte do País.
Este ano, o valor disponibilizado é de R$ 4 bilhões. Em 2017, foram R$ 6,1
bilhões emprestados na categoria. O crédito pode ser pago em até 30 anos. O
teto é de R$ 950 mil para imóveis em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais
e Distrito Federal e de até R$ 800 mil para os demais Estados.
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Fonte: Estadão
02/01/2018
- BALANÇA COMERCIAL REGISTRA SUPERÁVIT DE
US$ 67 BILHÕES EM 2017 RESULTADO É O MELHOR DA SÉRIE HISTÓRICA, INICIADA EM 1989; VOLUME DE
EXPORTAÇÕES FOI O MAIOR DESDE 2014
BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 67,001
bilhões no ano passado, o melhor resultado da série histórica, iniciada em 1989.
O recorde anterior era de 2016 e somava US$ 47,683 bilhões. O montante é
resultado de exportações de US$ 217,746 bilhões e importações de US$
150,745 bilhões no ano.
O saldo registrado no ano passado ficou dentro do intervalo das estimativas
coletadas pela pesquisa do Projeções Broadcast com 16 instituições, que
variavam de US$ 65,5 bilhões a US$ 67,5 bilhões, e acima da mediana de US$
66,2 bilhões.
Montante é resultado de exportações de US$ 217,746 bilhões e importações de
US$ 150,745 bilhões Foto: Rafael Arbex/Estadão - 9/6/2017
Em dezembro, o saldo comercial ficou positivo em US$ 4,998 bilhões. As
exportações somaram US$ 17,595 bilhões, e as importações, US$ 12,598
bilhões. Esse resultado também ficou dentro do intervalo das estimativas
coletadas pelo Projeções Broadcast, de US$ 3,5 bilhões a US$ 5,4 bilhões, e
acima da mediana de US$ 4,2 bilhões
Na quinta semana de dezembro (25 a 31), houve superávit de US$ 1,488 bilhão,
com exportações de US$ 3,619 bilhões e importações de US$ 2,131 bilhão. Na
quarta semana (18 a 24), o resultado foi positivo em US$ 1,215 bilhão, com
vendas ao exterior de US$ 4,591 bilhões e importações de US$ 3,376 bilhões.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio, Abrão
Neto, classificou como “contundente” o resultado da balança comercial do ano
passado. “O número mais vistoso é o saldo comercial de US$ 67 bilhões, o que
tem uma importância muito grande”, disse, ao comentar que o saldo positivo no
comércio exterior tem ajudado o Brasil a reduzir o déficit em transações
correntes.
O secretário ressaltou que não foi apenas o saldo comercial que chamou
atenção. Abrão Neto notou que o ano termina com o aumento das exportações
e importações, seja pelo aumento dos volumes como preços. Ou seja, indicam
reação consistente.
Exportações. Nas exportações, o volume acumulado do ano foi o maior desde
2014. “Em 2016, as quantidades de exportações foram recorde, mas do lado dos
preços foram os menores em dez anos para soja, petróleo e minério de ferro”,
disse, ao comentar que há recuperação nos dois fatores. “A recomposição vem
a partir dessa base com crescimento tanto do quantum (quantidades) como do
preço para todas as categorias de produtos: básicos, semimanufaturados e
manufaturados”, disse.
O secretário notou que houve comportamento distinto entre os dois semestres,
com aumento de 17,6% dos preços no primeiro semestre e elevação de 13,9%
dos volumes no segundo semestre de 2017.
Petróleo e automóveis foram dois destaques das exportações brasileiras no ano
passado. Dados apresentados por Abrão Neto mostram que o total exportado de
petróleo em bruto pelo Brasil cresceu 66,4% no ano passado, sendo que o
volume aumentou 25,8% e os preços cresceram 32,2% no período.
O secretário disse que espera em 2018 novo superávit da conta petróleo que
registrou superávit de US$ 3,681 bilhões no ano passado. O novo superávit
acontecerá como resultado principalmente do aumento de 11,5% na produção,
dado esperado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas também com
aumento das importações pelo maior crescimento da economia brasileira.
Outro item destacado foram os automóveis de passageiros, cujo embarque a
outros países cresceu 43,9%, sendo que houve aumento de 44,6% no volume
de unidades exportadas, o que mais que compensou a queda de 0,4% no preço
dos carros vendidos. Com esse desempenho, os automóveis já são o 5º principal
item da pauta exportadora do Brasil.
Em unidades, a exportação de carros cresceu cerca de 200 mil unidades e
alcançou 632 mil unidades embarcadas. Entre os principais destinos dos carros
brasileiros, todos tiveram aumento das exportações importantes: Argentina
(+43%), México (+70%), Chile (+98%), Uruguai (+59%) e Colômbia (+50%).
No agronegócio, houve aumento das exportações de 9% da carne de frango em
2017 na comparação com o ano anterior, para US$ 6,4 bilhões, aumento de
17,7% do embarque de carne bovina, para US$ 5,1 bilhões, e aumento de 9,4%
das exportações de suínos, para US$ 1,5 bilhão em 2017.
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Fonte: Estadão
02/01/2018
- CLIENTES COM MAIOR CONSUMO DE ENERGIA JÁ
PODEM ADERIR À TARIFA BRANCA MODELO SÓ É VANTAJOSO PARA QUEM CONSEGUE GERENCIAR SEU CONSUMO E
CONCENTRAR O USO DE ELETRODOMÉSTICOS E CHUVEIRO ELÉTRICO ENTRE 22
HORAS DE UM DIA E 17 HORAS DO DIA SEGUINTE
BRASÍLIA - Clientes que consomem mais que 500 quilowatts-hora por mês e
que concentram seu consumo fora do horário de pico já podem aderir à tarifa
branca e gastar menos com a conta de luz. O novo regime está em vigor deste
ontem (1º). Os consumidores que tiverem interesse no novo regime de cobrança
devem procurar a distribuidora que atende sua região.
A tarifa branca é um regime tarifário que considera o horário do consumo para
definir do preço da energia. O modelo só é vantajoso para quem consegue
gerenciar seu consumo e concentrar o uso de eletrodomésticos e chuveiro
elétrico entre 22 horas de um dia e 17 horas do dia seguinte. Em contrapartida,
entre 17h e 22h, a energia pode ficar até cinco vezes mais cara.
A tarifa branca é um regime tarifário que considera o horário do consumo para
definir do preço da energia Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Para famílias que trabalham ou estudam o dia todo e chegam em casa no fim da
tarde, é melhor continuar no regime atual, por meio do qual o consumidor paga
o mesmo valor pela energia em todos os horários do dia, seja manhã, tarde, noite
e madrugada. Já escritórios que só funcionam em horário comercial e pessoas
que estudam ou trabalham à noite podem se beneficiar com a mudança.
Neste ano, apenas clientes com consumo médio mensal acima de 500 kWh
poderão migrar, ou cerca de quatro milhões de unidades consumidoras. Nessa
faixa de consumo, estão consumidores de renda mais alta, além de comércios e
indústrias de menor porte. O consumo médio mensal do brasileiro é de 160 kWh.
O objetivo da tarifa branca é desestimular o consumo no horário de pico, para
dar mais segurança ao sistema elétrico. Os valores da energia cobrada por cada
empresa, bem como os horários de pico de cada uma, estão disponíveis no site
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A partir de janeiro de 2019,
consumidores com consumo médio mensal acima de 250 kWh poderão migrar.
Finalmente, a partir de janeiro de 2020, todos poderão migrar.
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Fonte: Jornal do Comércio
02/01/2018
- TEMER SANCIONA ORÇAMENTO DE 2018 COM
PREVISÃO DE DEFICIT DE R$ 157 BILHÕES ÚNICO VETO DO PRESIDENTE AO TEXTO APROVADO PELO CONGRESSO FOI
DOTAÇÃO DE R$ 1,5 MILHÃO PARA O FUNDEB
VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O presidente Michel Temer sancionou nesta terça-feira (2) o Orçamento para
2018, mantendo a previsão de um deficit do governo de R$ 157 bilhões. O
peemedebista impôs apenas um veto ao texto aprovado pelo Congresso
Nacional, retornando à dotação orçamentária original os recursos previstos para
o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Em dezembro, o
Congresso Nacional havia aprovado um complemento de R$ 1,5 bilhão ao fundo
de educação, que foi agora cortado pelo Palácio do Planalto. A proposta
sancionada será publicada na edição desta quarta-feira (3) do Diário Oficial da
União. Ele manteve em R$ 5,6 bilhões as receitas previstas para 2018. A
ampliação à proposta inicial do governo se deveu à estimativa mais positiva para
o crescimento da economia e, consequentemente, à arrecadação de impostos.
Na proposta original, o crescimento previsto para a economia em 2018 era de
2%. No Orçamento, a projeção ficou em 2,5%. Com o Orçamento de 2018 sob a
regra do teto de gastos, as despesas sujeitas ao limite não puderam ser
reajustadas. O teto restringe a expansão dos gastos de 2018 em 3% -este foi o
primeiro Orçamento feito sob o novo regramento fiscal aprovado em 2016. Parte
desse aumento de receitas foi repassado a despesas não sujeitas ao teto, como
o fundo de ciência e tecnologia (com R$ 270 milhões) e a implementação do voto
impresso (mais R$ 250 milhões), mas também reduziu a previsão de deficit fiscal
de R$ 159 bilhões para R$ 157 bilhões. De acordo com o texto, no ano que vem,
a Presidência da República terá um corte de R$ 200 milhões em publicidade. A
redução ocorre em pleno ano eleitoral. O programa Minha Casa Minha Vida teve
R$ 1,2 bilhão de corte no total -a última proposta enviada pelo governo foi de R$
5,2 bilhões. Ele também prevê redução de R$ 1,2 bilhão em ações emergenciais
de defesa civil. No entanto, técnicos explicam que os recursos para este fim virão
por meio de créditos extraordinários via Medida Provisória.
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Fonte: Jornal do Comércio
02/01/2018
- PAGAR HORA EXTRA PODE FICAR MAIS CARO
PARA AS EMPRESAS NESTE ANO DE ACORDO COM A LEI, BENEFÍCIO ENTRARÁ NA BASE DE CÁLCULO PARA FÉRIAS,
13º SALÁRIO E AVISO PRÉVIO
LEONARDO CONTURSI/CMPA/DIVULGAÇÃO/JC
Uma mudança sinalizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no final de
2017 pode tornar o pagamento de horas extras mais caro para as empresas,
aumentando a pressão pela adesão ao banco de horas. Quando um funcionário
recebe horas extras habitualmente, ele também ganha a mais pelo descanso
semanal aos domingos - se a jornada normalmente é de nove horas, por
exemplo, o descanso deve valer nove horas, segundo a lei trabalhista atual. Para
cada hora extra trabalhada, portanto, o empregado tem direito a um descanso
proporcional, o que gera um adicional todo mês. A Justiça, porém, não
considerava esse adicional na base salarial usada para calcular férias, 13º
salário, aviso prévio e outras verbas trabalhistas. Em dezembro, o entendimento
mudou em uma comissão no tribunal e deve virar súmula (orientação com força
de lei para os juízes). "A mudança causa um aumento de despesa muito grande
para as empresas. A partir de agora, elas vão precisar rever suas práticas de
hora extra e usar mais o banco de horas", diz Tricia Oliveira, sócia do Trench
Rossi Watanabe. A orientação anterior era polêmica e gerava muitos recursos
ao tribunal, diz Caroline Marchi, sócia do Machado Meyer. "Houve uma
sinalização de que vai haver uma mudança, mas o texto ainda não foi alterado",
afirma. A reforma trabalhista permite que o trabalhador firme um acordo
individual com o empregador para aderir ao banco de horas, regime em que as
horas excedentes são compensadas em outro dia. A lei dita que a hora extra
deve ser paga com adicional de 50%, o que vale para as horas "vencidas" no
banco. No comércio paulista, a maioria das empresas já adota banco de horas,
segundo Sarina Manata, assessora jurídica da Fecomercio-SP. "No final do ano,
quando as lojas fecham mais tarde, o funcionário pode compensar tirando folga
depois, durante a semana", diz Sarina. Para Yussif Ali Mere Jr., presidente da
Fehoesp, de hospitais de São Paulo, a mudança na regra do TST vai na
contramão do que estamos vivendo, que é a flexibilização das leis
trabalhistas. "Já adotávamos o banco de horas em convenção coletiva, e agora
queremos ampliar o seu uso", afirma Mere Jr. A farmacêutica Eurofarma vem
tentando, em sua unidade em Itapevi (SP), negociar individualmente com os
trabalhadores a adoção do banco de horas, proibida na convenção coletiva dos
químicos. Para Elisângela Narvegan, assessora jurídica do Sindilojas, do setor
de lojistas, a convenção coletiva se sobrepõe ao acordo individual quando trata
de horas extras, mesmo com a reforma trabalhista. "A nova lei deu poder ao
acordo coletivo. Ele se sobrepõe à lei", afirma. "A convenção dos lojistas já adota
banco de horas e estabelece 120 dias para tirar o descanso." "Banco de horas
pode ser bom para quem trabalha domingos e feriados. Só não pode ser usado
de uma maneira que fatigue o trabalhador", diz Almir da Silva, presidente do
SindSaúde ABC, dos trabalhadores de saúde. No setor de restaurantes, o custo
alto da hora extra deve levar empregadores a adotar outra novidade da reforma
trabalhista, o trabalho intermitente, que é pago por hora. "O consumidor não
aceita nenhum repasse de custo", diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel,
associação do setor. "Só pagávamos hora extra porque não havia uma lei
permitindo intermitentes."
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Fonte: Jornal do Comércio
02/01/2018
- VENDAS DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
CRESCEM 6% EM 2017 NA ANÁLISE POR CATEGORIAS, AS VENDAS DE TINTAS TIVERAM CRESCIMENTO DE
8%
MARCOS NAGELSTEIN/JC Agência Brasil As vendas de material de construção
no varejo cresceram 6% em 2017 na comparação com o ano anterior, segundo
pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção
(Anamaco). O faturamento anual do setor ficou em R$ 114,5 bilhões. Segundo o
presidente da associação, Cláudio Conz, este foi um ano de recuperação, mas
com percalços. A expectativa da Anamaco é que o setor cresça 8,5% em 2018,
influenciado pela redução da taxa de juros, da inflação e pelo aumento do
emprego. Em dezembro, as vendas de material de construção cresceram 1% em
relação a novembro. O mesmo percentual foi observado na comparação com
dezembro de 2016. Na análise por categorias, as vendas de tintas tiveram
crescimento de 8% em dezembro na comparação com novembro. As vendas de
cimento cresceram 2% no período; as de revestimento cerâmico caíram 4% e as
de telhas de fibrocimento tiveram queda de 3%.
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