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CIDADES INTELIGENTESIsabella Araripe

PARA VOCÊ, O QUE TORNA UMA

CIDADE INTELIGENTE ?

A ORIGEM

PARA QUE O EQUILÍBRIO SEJA MANTIDO É NECESSÁRIO

QUE SE ENTENDA QUE A IMPORTÂNCIA DA

CONEXÃO

SISTEMA DE SISTEMAS

Universo é um sistema de Galáxias,

Que por sua vez é um sistema de Planetas,

Um Planeta é um sistema de Biomas,

Cada Bioma um conjunto de Ecossistemas.

Ecossistemas são formados por fatores bióticos

(organismos vivos) e abióticos (sol, água, solo, ...)

e como estes se relacionam.

TUDO É CONEXÃO

Pessoas se organizam em cidades com o objetivo de

promover o bem estar comum, através do estabelecimento

de conexões de diversos tipos. Essas conexões permitem a

esses grupos crescer em escala, de forma colaborativa e

sustentável.

A busca do ser humano em estabelecer novas conexões

impulsionou a tecnologia durante toda a nossa história,

seja no estabelecimento de novas relações comerciais, na

conquista de novos territórios ou mesmo possibilitando a

aproximação de pessoas distantes fisicamente.

A BUSCA POR CONEXÕES É O QUE MOVE A HUMANIDADE

CIDADES COMO UM SISTEMA DE SISTEMAS

Fonte: IBM Smarter Cities

CRISE DAS MEGALÓPOLES

O QUE SÃO CIDADES INTELIGENTES?

ETIMOLOGIA

A palavra “INTELIGÊNCIA” tem a sua origem no latim, vem deINTELLEGENTIA, que significa “capacidade de entender”, de INTELLIGERE,formada por INTER-: “entre” e LEGERE: “escolher”.

Portanto, o vocábulo INTELIGÊNCIA refere-se ao que se revelaINTELLEGENS (inteligente), ou aquele que compreende, percebe,conhece e sabe discernir sobre determinadas questões.

CIDADES INTELIGENTES

Fonte: Asia Green Buildings - Khalapur Smart City

O conceito surgiu durante a última década onde uma

fusão de ideias sobre como informação e a tecnologia

de comunicação poderiam melhorar as funções de uma

cidade, promovendo melhora na eficiência na utilização

de recursos, na competitividade e na promoção de

novas formas de endereçar problemas como

desigualdade social, sustentabilidade econômica e

problemas ambientais.

A essência da ideia está ligada a necessidade de

coordenar e integrar tecnologias que até agora vinham

sendo desenvolvidas de forma apartada, mas que

possuem sinergia em suas operações.

COMO AS CIDADES INTELIGENTES PODEM TORNAR A VIDA EM MEGALÓPOLES MAIS

FÁCEIS E EFICIENTES ?

UMA NOVA ERA

A VISÃO

Segundo documento* das Nações Unidades, cidades que possuem

desenvolvimento sustentável são aquelas que:

“Utilizam estrategicamente muitos fatores inteligentes como tecnologias de

informação e comunicação para aumentar o crescimento sustentável da cidade e

reforçar as funções desta, garantindo ao mesmo tempo a felicidade e o bem estar

de seus cidadãos”.

* Fonte: UN, “Our Common Future, Chapter 1: A Threatened Future,” Clause 49

FRAMEWORK

SMART DIAMOND

Fonte: Frost & Sullivan Report

FRAMEWORK

FASE 1 FASE 2 FASE 3

A FASE 1, ou nível de serviço

individual, aplica TIC para melhorar a

operação individual das cidades como

transporte, segurança, meio ambiente

e cultura.

A maioria dos projetos de cidade

inteligente que estão nesta fase, estão

adotando, por exemplo, informações

sobre o itinerário de ônibus em

tempo real nos serviços de transporte

público ou usando circuitos de

monitoramento por câmeras para

melhorar e manter a segurança

publica.

A FASE 2, ou nível de serviço

vertical, integra processos e serviços

similares por tecnologias inteligentes

dentro de grandes partes da cidade,

permitindo o fornecimento de serviços

avançados. Nesta fase os serviços

inteligentes ainda não estão

integrados entre setores, mas as

pessoas conseguem sentir saltos de

melhora na qualidade dos serviços

prestados em cada setor.

O Centro de Comando do Rio de

Janeiro é um exemplo, integrando 32

agências de forma coordenada na

vigilância e resposta a eventos de

emergência, condições de trafego,

obras em rodovias, entre outros.

.

A FASE 3, ou nível de serviço

horizontal, é o ponto em que não há

mais uma distinção entre as diferentes

áreas de serviço, com todas as peças

agora perfeitamente integradas dentro

de um ecossistema eficiente.

Fonte: ITU-T Technology Watch Report Fev/2013

ALGUMAS SOLUÇÕES EM APLICAÇÃO

RESIGNIFICANDO RELACIONAMENTOS

NAS RELAÇÕES PESSOAIS

Algumas iniciativas em andamento pelo Brasil e no mundo:

NAS RELAÇÕES COM INSTITUIÇÕES

Algumas iniciativas em andamento pelo Brasil e no mundo:

DEMOCRACIA PARTICIPATIVA

DEMOCRACIA PARTICIPATIVA

Por definição, é uma forma de exercício do poder, baseada na coparticipação entre cidadãos e Estado

nas tomadas de decisão política.

Para que os diversos sistemas das Cidades Inteligentes funcione, é necessária uma coordenação complexa.

Essa coordenação deve dispor de uma estrutura que consiga unir as funções tradicionais do governo e de

empresas privadas, provendo serviços mais inteligentes, focados nos cidadãos.

Empresas tem experiência em fornecer hardware, software e soluções para armazenamento de informações,

que podem tornar as cidades mais inteligentes; enquanto o Governo pode estar engajado no uso desses

novos serviços, na comunidade e no interesse dos cidadãos, uma vez que o seu objetivo primordial é

promover melhora na qualidade de vida nas comunidades em que atuam.

.

PARTICIPAÇÃO PROATIVA NO BRASIL E NO MUNDO

Fonte: Youtube

Palestra realizada no evento TEDx Global no Rio de Janeiro. Alessandra Orofino, uma ativista urbana,

apresenta projetos no Brasil em que, através da mistura de tecnologia e conexão humana à moda antiga

é possível mudar alguns problemas sociais em nossas cidades.

CONSUMO INTELIGENTE

EFICIENCIA ENERGETICA COM SMART GRIDS

CONTROLE DE CONSUMO COM SMART METERS

INTERNET DAS COISAS – IOT & IOE

OPEN DATA

OPEN DATA

Segundo a definição da Open Knowledge Foundation:

“Dados são considerados abertos quando qualquer pessoa pode livremente usá-los, reutilizá-los e

redistribuí-los, estando sujeito a, no máximo, a exigência de creditar a sua autoria e compartilhar

pela mesma licença.”

Isso geralmente é realizado através da disponibilização de dados em formato aberto e sob uma licença aberta

Exemplo de Open Data no Brasil e no Mundo:

TRÊS LEIS SOBRE DADOS ABERTOS

David Eaves, especialista em políticas públicas e ativista sobre dados abertos, propôs as seguintes “leis” *:

1. Se o dado não pode ser encontrado e indexado na Web, ele não existe;

2. Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode

ser reaproveitado;

3. Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil.

* Essas “leis” foram propostas tomando como base Dados Abertos Governamentais, mas as mesmas são

aplicadas a Dados Abertos de forma geral.

OITO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Em 2007, um grupo de trabalho de 30 pessoas reuniu-se na Califórnia, Estados Unidos da América, para

definir os princípios dos Dados Abertos Governamentais. Após consenso, chegou-se a seguinte definição:

Completos. Todos os dados públicos são disponibilizados. Dados são informações eletronicamente gravadas, incluindo,

mas não se limitando a, documentos, bancos de dados, transcrições e gravações audiovisuais. Dados públicos são

dados que não estão sujeitos a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso, reguladas por

estatutos.

Primários. Os dados são publicados na forma coletada na fonte, com a mais fina granularidade possível, e não de forma

agregada ou transformada.

Atuais. Os dados são disponibilizados o quão rapidamente seja necessário para preservar o seu valor.

Acessíveis. Os dados são disponibilizados para o público mais amplo possível e para os propósitos mais variados

possíveis.

OITO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Processáveis por máquina. Os dados são razoavelmente estruturados para possibilitar o seu processamento

automatizado.

Acesso não discriminatório. Os dados estão disponíveis a todos, sem que seja necessária identificação ou registro.

Formatos não proprietários. Os dados estão disponíveis em um formato sobre o qual nenhum ente tenha controle

exclusivo.

Livres de licenças. Os dados não estão sujeitos a regulações de direitos autorais, marcas, patentes ou segredo

industrial. Restrições razoáveis de privacidade, segurança e controle de acesso podem ser permitidas na forma regulada

por estatutos.

Além disso, o grupo afirmou que a conformidade com esses princípios precisa ser verificável e uma pessoa deve ser

designada como contato responsável pelos dados.

Apesar dos princípios terem sido elaborados tendo em consideração Dados Abertos Governamentais, podemos aplicar estes

conceitos também a Dados Abertos de modo geral.

CIDADES INTELIGENTES PELO MUNDO

SEUL

SEUL

Conhecida com a CIDADE MAIS CONECTADA DO MUNDO, a capital da Coreia do Sul em 2014 tinha o total

de 10 milhões de habitantes, sendo o case mais inspirador sobre a utilização de tecnologias para facilitar a vida

em megalópoles.

Fonte: Youtube

RIO DE JANEIRO

A CIDADE MARAVILHOSA, em 2015 já tinha 6,5 milhões de habitantes. Virou case mundial, quando

apresentou o Novo Centro de Comando no evento IBM Smarter Cities , ocorrido em Novembro de 2011,

como preparação aos eventos da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e das Olimpíadas em 2016.

RIO DE JANEIRO

Fonte: Youtube

BÚZIOS

A PRIMEIRA CIDADE INTELIGENTE DA AMÉRICA LATINA, com um total de 23,5 mil habitantes, Búzios foi

especialmente escolhida para uma parceria entre a AMPLA e a ANAEL para servir de laboratório ao conceito de

“Smart City”, através da implantação de tecnologias para sustentabilidade e eficiência energética.

BÚZIOS

Fonte: Youtube

IMAGINANDO O FUTURO

MEDIDORES INTELIGENTES (SMART METERS):

• AUXÍLIO NO USO EFICIENTE DE RECURSOS;

• IMPACTO EM PRIVACIDADE.

OPEN DATA:

• GOVERNO ABERTO (E-GOVERMENT);

• TRANSPARÊNCIA (INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS);

• CRIAÇÃO DE NOVOS SERVIÇOS INTELIGENTES;

• EDUCAÇÃO (EX.: RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS);

• SAÚDE;

• TURISMO E LAZER.

PARTICIPAÇÃO PRÓ ATIVA DA SOCIEDADE:

• AIRBNB, COUCHSURFING, UBER;

• NOSSASCIDADES.ORG, MEURIO.ORG,

• PANELA DE PRESSÃO, RECLAME AQUI,

• BE DREAM, BLIIVE

ÁREAS PROMISSORAS PARA PESQUISAS

DESAFIOS PARA PESQUISAS FUTURAS

1. RELACIONAR INFRAESTRUTURA DE CIDADES INTELIGENTES COM A SUA FUNÇÃO OPERACIONAL E

PLANO DE GERENCIAMENTO, CONTROLE E OTIMIZAÇÃO;

2. EXPLORAR O CONCEITO DE CIDADES INTELIGENTES COMO UM LABORATORIO PARA A INOVAÇÃO;

3. PROMOVER PORTFOLIOS DE SIMULAÇÃO URBANA QUE AUXILIE NO DESIGN DE FUTURAS CIDADES;

4. DESENVOLVER TECNOLOGIAS QUE GARANTAM EQUIDADE, JUSTIÇA E A PERCEPÇÃO DE AUMENTO DA

QUALIDADE DE VIDA NAS CIDADES;

5. DESENVOLVER TECNOLOGIAS QUE GARANTAM A PARTICIPAÇÃO E A CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO

COMPARTILHADO PARA A GOVERNANÇA DEMOCRATICA EM CIDADES;

6. GARANTIR MAIOR, MELHOR E MAIS EFETIVA MOBILIDADE E ACESSO A OPORTUNIDADES A

POPULAÇÃO URBANA.

SUGESTÃO DE PROJETOS

1. BANCO DE DADOS INTEGRADOS;

2. IMPACTO DAS NOVAS REDES SOCIAIS EM SENTIMENTOS E NETWORKING;

3. MODELAGEM DE PERFORMANCE NAS REDES;

4. MOBILIDADE E PADRÕES DE DESLOCAMENTO;

5. MODELAGEM PARA USO DO SOLO URBANO;

6. TRANSPORTE E INTERAÇÕES ECONOMICAS.

RESUMO

COMO AS CIDADES INTELIGENTES PODEM TORNAR A VIDA EM MEGALÓPOLES MAIS

FÁCEIS E EFICIENTES ?

ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS INTELIGENTES E INFORMAÇÕES ABERTAS, PERMITINDO A CRIAÇÃO DE SERVIÇOS CENTRADOS NO CIDADÃO.

A EXPERIÊNCIA DEVE ESTAR TOTALMENTE LIGADA À FORMA COMO O PRODUTO OU

SERVIÇO VAI MELHORAR A VIDA DAS PESSOAS.

POSSIBILITANDO A CRIAÇÃO DE CONEXÕES VERDADEIRAS ENTRE PESSOAS E INSTITUIÇÕES. ESSA É A CHAVE.

OBRIGADA !

REFERÊNCIAS

Artigos:

• Smart Cities: Definitions, Dimensions, Performance, and Initiatives

http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10630732.2014.942092

• Rethinking smart cities from the ground up https://ugc.futurelearn.com/uploads/files/37/8b/378b8237-b6e5-41e8-b59c-

b00477bac5e1/rethinking_smart_cities_from_the_ground_up_2015.pdf

• Citizen Driven-Inovation Guide Book

http://www.openlivinglabs.eu/sites/enoll.org/files/Citizen_Driven_Innovation_Full%284%29.pdf

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

Vídeos:

Cidades mais Inteligentes - Rio de Janeiro https://www.youtube.com/watch?v=Sijugui6vrs

Smarter Talks - Cidades mais Inteligentes https://www.youtube.com/watch?v=-v-Zb1heLiI

Smart cities for 11 billion people | TEDxBerlin https://www.youtube.com/watch?v=eWpgidvBqHw

Smarter Cities Rio | How to Build a Smarter City https://www.youtube.com/watch?v=DKmj7nlQndg

Redes Inteligentes - Smart Grid - https://www.youtube.com/watch?v=ycbrDCNKosI

It’s our city. Let’s fix it | TEDxGlobal Rio: https://www.youtube.com/watch?v=zMGE3mbS9NY

REFERÊNCIAS

Sites:

IBM Smarter Cities http://www.ibm.com/smarterplanet/br/pt/smarter_cities/overview/

Future Learn https://www.futurelearn.com/courses/smart-cities

Asia Green Buildings http://www.asiagreenbuildings.com/

IES Cities http://iescities.eu/

Cities Unloked http://www.citiesunlocked.org.uk/

The Smart Urbanist http://www.smarturbanism.org.uk/

Nesta UK http://www.nesta.org.uk/blog/smart-cities-and-china

SOBRE A AUTORA

Brasileira, 32 anos, formada em Tecnologia da Informação pela

Universidade Da Cidade.

Trabalha há mais de 10 anos desenvolvendo soluções em TI. Na

indústria de telecomunicações, atua a mais de 8 anos, envolvida em

ações de change management e projetos de transformação,

liderando alguns destes. Atualmente desenvolve um trabalho de

mudança organizacional, atuando como Agile Enterprise Coach,

desenvolvendo pessoas em todos os níveis organizacionais.

Contatos:

Linkeind:https://br.linkedin.com/in/isabellaararipe

Twitter: https://twitter.com/IsabellaAraripe

Email: [email protected]

SOBRE O SEMINÁRIO

Material elaborado e apresentado através de seminário

durante a disciplina de Cibercultura, referente ao programa

de Mestrado em Sistemas de Informação da Universidade

Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Realizado em: 07 Junho de 2016.


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