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CIDADES ENERGETICAMENTE EFICIENTES DO BRASIL E DO MUNDO

“As cidades surgem hoje aos nossos olhos como algo impossível de mudar . Tal não é verdade, se for aplicado o processo de técnicas corretas para sua mudança.”

O que é eficiência energética?

Por definição, a eficiência energética consiste da relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização. Adotam-se, como pressupostos básicos, a manutenção das condições de conforto, de segurança e de produtividade dos usuários, contribuindo, adicionalmente, para a melhoria da qualidade dos serviços de energia e para a mitigação dos impactos ambientais.

Se transformar em uma cidade sustentável está longe de ser uma tarefa fácil, mas também não é impossível. 10 localidades que podem até não serem ecologicamente perfeitas, mas são exemplos de que é possível diminuir o impacto ambiental de um centro em urbano optando por um planejamento que inclua o verde em sua paisagem e preze por formas mais sustentáveis de organização. Veja que foi ou tem sido feito para tornar essas urbes mais “verdes”.

1. Reykjavik, Islândia

Entre as nuvens de vapor que as bolsas de magma sob a península Reykjanes da Islândia expelem, uma empresa emergente está aproveitando as forças vulcânicas para que o dióxido de carbono como agente da alteração climática deixe de ser um problema e transforme-se em sua solução.

Além do petróleo usado no transporte, a eletricidade da Islândia procede totalmente de fontes sustentáveis.

Por meio da eletricidade geotérmica e do gás residual da central térmica de Svartsengi, próxima a ela, a Carbon Recycling International (CRI) une o resíduo na forma de CO2 com hidrogênio que separa da água para gerar “metanol renovável”. Esta empresa de tecnologia limpa com sede em Reikiavik acaba de iniciar as exportações do produto aos Países Baixos, onde é misturado com gasolina. Enquanto outros se esforçam de maneira similar para obter combustível verde a partir de CO2 redesenhado, apenas a CRI foi capaz de fazê-lo comercialmente, graças às abundantes reservas de energia de baixo custo que a Terra fornece na Islândia.

O vapor geotérmico aquece a maioria dos edifícios e gera quase uma quarta parte de sua eletricidade, enquanto o resto vem da energia hidrelétrica. Uma eletricidade barata —até 35% mais barata que nos Estados Unidos— atraiu fundidores de alumínio e outros setores que dependem em grande medida da eletricidade.

Apesar de ser pouco provável que a pequena Islândia torne-se a central de energia renovável do mundo, o mundo poderia aprender da solvência desta remota ilha do norte. Confiar na energia sustentável pode tanto amparar sua economia debilitada quanto ajudar a forjar uma ponte para um futuro livre de combustíveis fósseis.

2. Malmö, Suécia

Pioneira na utilização de energia renovável, Malmö também é apontada como a primeira cidade de Troca Justa da Suécia. Ali, o governo tem incentivado o consumo de mercadorias locais produzidas eticamente, promovendo a conscientização dos seus habitantes sobre a importância de se estabelecer um mercado justo e sustentável. A cidade recicla mais de 70% do lixo coletado e os resíduos orgânicos são reaproveitados para a fabricação de biocombustíveis que, juntamente com a energia hidrelétrica, solar e eólica, alimenta o Western Harbor, uma comunidade 100% dependente de energia limpa.

Além disso, Malmö possui mais de 400 quilômetros de ciclovias em seu território– cinco quilômetros a mais Copenhague, na Dinamarca–, sendo a cidade sueca com maior número de vias para ciclistas. No ano passado, o uso das bicicletas aumentou 11% e 40% dos deslocamentos relacionados ao trabalho foram feitos utilizando a magrela.

3. Vancouver, Canadá

Líder do ranking das cidades mais habitáveis do mundo por quase dez anos, Vancouver é a cidade da América do Norte com a menor pegada de carbono. Mais de 200 parques esverdeiam a sua área urbana e pelo menos 90% da sua energia já provém de fontes renováveis. Em 2005, o governo colocou em prática uma estratégia para que todos os edifícios construídos na cidade oferecessem um melhor desempenho ambiental. Até 2020, a cidade pretende neutralizar toda a emissão de gases estufa proveniente dos seus edifícios, que hoje são responsáveis por 55% das emissões de Vancouver.

4. Copenhague, Dinamarca

Em 2010, ela ficou entre as cidades Mais Habitáveis do mundo,Cerca de 40% de sua população pedala diariamente para se deslocar pela área urbana.

Desde 1990, a cidade conseguiu reduzir suas emissões de carbono em 25%.Além do investimento em fontes limpas de energia – lá foi inaugurada, em 2001, um dos maiores parques eólicos marítimos do mundo –, Copenhague é elogiada pelos esforços desenvolvidos na última década para manter as águas de seu porto limpas, local tão seguro que hoje pode até receber banhistas.

5. Portland, Estados Unidos.

Ela tem inspirado outros centros americanos a incluir espaços verdes em seu planejamento urbano. Para conservar as áreas vegetativas em sua volta, foi estabelecido um limite para o avanço da urbanização da cidade, que conta com 92 mil acres de área verde e mais de 300 quilômetros de ciclovias. Portland foi a primeira cidade dos Estados Unidos a aprovar um plano para reduzir as emissões de dióxido de carbono e tem promovido sistematicamente a construção de prédios verdes.

Além disso, cerca de 40% de sua população utiliza ou a bicicleta ou o transporte coletivo para ir ao trabalho e, desde outubro, o governo recolhe os resíduos orgânicos, que são enviados para centros de compostagem. Hoje, metade da energia utilizada pela cidade é obtida a partir de fontes limpas, como a luz solar e o aproveitamento de resíduos para a produção de biocombustível.

6. Bahia de Caráquez, Equador.

A Bahia de Ceráquez é um verdadeiro paraíso para os ecoturistas. Nos anos 90, o local foi devastado ao ser atingido por um terremoto. Então, o governo e  algumas ONGs decidiram reconstruí-la como uma cidade sustentável. Eles desenvolveram programas para conservar a biodiversidade local e controlar a erosão, implantaram esquemas de incentivo à agricultura orgânica e de reutilização  dos resíduos privados e dos mercados públicos na compostagem. É de lá a primeira fazenda orgânica certificada de camarões.

7. São Francisco, Estados Unidos.

Ela foi a primeira cidade americana a banir o uso de sacolinhas plásticas e brinquedos infantis fabricados com produtos químicos questionáveis. São Francisco é também uma das cidades líderes na construção de prédios verdes e já possui mais 100 deles. Quase metade dos seus habitantes utiliza o transporte publico ou a bicicleta para se locomover todos os dias e mais de 17% da população faz bom proveito dos parques e das áreas verdes da cidade. Em 2001, os eleitores aprovaram um incentivo de 100 milhões de dólares para o financiamento da instalação de painéis solares e turbinas eólicas e de reformas para tornar as instalações públicas da cidade mais energeticamente eficientes.

Telhado vivo da Academia de Ciências da Califórnia, São Francisco.

8. Sidney, Austrália

A Austrália foi o primeiro país a banir as lâmpadas incandescentes, substituindo-as por modelos mais energeticamente eficientes. Em Sidney, as emissões de gases estufa diminuíram 18% apenas com a reforma de suas instalações públicas. Além disso, lá foi colocado em prática um projeto de uma rede regional de bicicletas que deve unir 164 bairros. Com essas medidas, o uso da magrela triplicou nas áreas em a rede foi instalada. Também foi em Sidney que surgiu a Hora do Planeta, em que toda a cidade desligou as luzes por 1 hora para chamar atenção para o problema do aquecimento global.

9. Freiburg, Alemanha

Desde que foi reconstruída após a Segunda Guerra Mundial, Freiburg vem experimentando o modo de vida sustentável. É lá que se encontra a famosa Vauban, uma vila de cinco mil habitantes criada para servir de distrito modelo de sustentabilidade. Todas as casas são construídas de maneira a provocar o menor impacto possível no meio ambiente, mas ela é conhecida mesmo por ser uma comunidade livre de automóveis e que incentiva modos mais ecológicos de deslocamento. Em Freiburg também existe uma vila totalmente abastecida por energia solar.

10. Curitiba, Brasil

Ela não é chamada de cidade modelo à toa. Seu eficiente transporte público é utilizado por 70% da população e, se consideradas somente as metrópoles verdes, ou seja, centros urbanos de grande porte, Curitiba só perde para Copenhague no índice de menor emissão de dióxido de carbono per capita e para Vancouver no quesito produção de energia renovável. A cidade possui ainda um bom programa de conservação da biodiversidade e de reflorestamento de espécies nativas e tem uma área verde de 51 metros quadrados por habitante.

Equipe:

Jacqueline Guedes LopesKennya Gleyciane da Silva

Raquel BezerraVaezio Neres

Crato –CE 27 de abril de 2015

Obrigado!


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