CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
THAIS RODRIGUES GAIASSO
TREINO DE HABILIDADES SOCIAIS PARA DEPENDENTES
QUÍMICOS
São Paulo
2018
THAIS RODRIGUES GAIASSO
TREINO DE HABILIDADES SOCIAIS PARA DEPENDENTES
QUÍMICOS
Trabalho de conclusão de curso Lato Sensu
Área de concentração: Terapia Cognitivo-Comportamental
Orientadora: Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon
Coorientadora: Profa. Msc. Eliana Melcher Martins
São Paulo
2018
Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.
Gaiasso, Thais Rodrigues Treino de Habilidades Sociais para Dependentes Químicos Thais Rodrigues Gaiasso, Renata Trigueirinho Alarcon, Eliana Melcher Martins – São Paulo, 2018. 25 f. + CD-ROM Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins 1 Habilidades Sociais 2. Dependência Química. I. Gaiasso, Thais Rodrigues. II. Alarcon, Renata Trigueirinho. III. Martins, Eliana Melcher.
Thais Rodrigues Gaiasso
Treino de Habilidades Sociais para Dependentes Químicos
Monografia apresentada ao Centro de Estudos em
Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das
exigências para obtenção do título de Especialista
em Terapia Cognitivo-Comportamental
BANCA EXAMINADORA
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
São Paulo, ___ de ___________ de _____
AGRADECIMENTOS
Ao CETCC, seu corpo docente, direção e administração por toda paciência e
pela oportunidade de poder estar concluindo um curso com tanto aprendizado e
oportunidades.
A minha orientadora por todo suporte que ofereceu através das correções.
A minha família pelo apoio incondicional que sempre oferecem.
E a todos os colegas que de forma direta ou indireta contribuíram para minha
chegada até aqui.
RESUMO
Mundialmente falando a população têm problemas com abuso de substâncias lícitas
ou ilícitas, nota-se que desde a adolescência os jovens adentram ao mundo das
drogas, sem reconhecer ou se importar com os riscos que estão submetidos.
Conhecido como um mundo “sem retorno” ou “difícil de retornar”, estudos revelaram
uma grande variedade de tratamentos para dependentes químicos, no entanto, são
poucos que aderem estes, já que, por vezes negam a dependência. A revisão
bibliográfica trouxe pouco material sobre o treino de habilidades sociais e
dependência química. Mas, foi possível inferir a eficácia do Treino de Habilidade
sociais, já que os usuários apresentam defasagem nesta área. Também foi possível
perceber a importância da utilização de outras técnicas advindas da teoria cognitivo-
comportamental.
Palavras-chave: dependência química, TCC, habilidades sociais.
ABSTRACT
Globally speaking the population has problems with abuse of licit or illicit substances,
it is noted that since adolescence young people enter the world of drugs, without
recognizing or caring about the risks they are subjected. Known as a "no return" or
"hard to return" world, studies have revealed a wide variety of treatments for
chemical dependents; however, few are adhering to these, since they sometimes
deny dependence. The literature review brought little material on the training of social
skills and chemical dependence. But, it was possible to infer the effectiveness of the
Social Skill Training, since the users present lag in this area. It was also possible to
understand the importance of using other cognitive-behavioral theory techniques.
Keywords: chemical dependence, social skills e cognitive behavioral theory
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2 OBJETIVO ............................................................................................................. 11
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 12
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………….....21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 23
LISTA DE TABELA
Tabela 1.............................................................................................................13
Tabela 2.............................................................................................................14
Tabela 3.............................................................................................................15
Tabela 4.............................................................................................................16
Tabela 5.............................................................................................................16
Tabela 6.............................................................................................................17
Tabela 7.............................................................................................................18
Tabela 8.............................................................................................................19
8
1 INTRODUÇÃO
A terapia Cognitivo Comportamental apesar de ser uma abordagem recente
quando comparada com as demais, tem ganhado forças nos últimos tempos. Foi
Aron Beck, psicanalista de formação que desenvolveu esta abordagem em 1960.
Beck (2013) inicialmente associou a depressão aos pensamentos negativos,
explicando que quando a interpretação de uma determinada situação é realizada de
forma disfuncional pode tornar-se posteriormente uma crença central e/ou
subjacente, desencadeando possíveis transtornos. A partir desta percepção e de
novos experimentos foi possível tratar outros tipos de transtornos com a TCC, entre
estes está à dependência química.
A doença em questão tornou-se um sério problema de saúde em grande parte
do mundo, pois esta pode desencadear comportamentos socialmente incorretos,
como: violência, crimes, acidentes etc (SCHEFFER et al. 2010). Comprovando o fato
descrito acima, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza que a dependência
química deve ser olhada não só como uma doença médica, mas também como um
problema social (CHAN, M. 2017).
O transtorno atinge preferencialmente o sistema nervoso, principalmente os
neurônios, assim que a droga entra no sistema do indivíduo, ela substitui o
neurotransmissor e passa a realizar sua função. A princípio este fato não é
obrigatoriamente um problema, no entanto, o abuso das drogas sim, pois, a partir
disso o organismo torna-se incapaz de isolar o neurotransmissor, surgindo então a
dependência (AS DROGAS EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO, S/D). Ainda de acordo
com a mesma fonte, é importante ressaltar as consequências que o indivíduo sofre
ao tornar-se dependente das drogas, entre estas, é possível citar a troca de
amizades, por exemplo, pois, o adicto tende a se envolver com outros adictos. Outra
consequência é a síndrome amotivacional, alguns adictos não conseguem encontrar
motivação nas atividades que antes eram comuns e tradicionais. Além das
consequências econômicas devido ao abuso das drogas.
A prevenção adequada para este transtorno pode se iniciar desde a infância,
pois, é comum que o sujeito aprenda a ser quem é pelo exemplo que teve ao longo
da vida, por isso a importância da informação, já que o álcool está entre as drogas
mais consumidas pela população. Para Matos et al. (2010), a bebida alcoólica está
9
inserida em diversas ocasiões sociais (2010). Por este motivo os jovens estão
propícios ao uso desde muito cedo. Além da informação, outro método importante é
o tratamento através do psicotrópico juntamente com a terapia a fim de proporcionar
um novo repertório de estratégias e vivências. O trabalho realizado em grupo
também pode colaborar com o tratamento, entre eles existem os sistemas
conhecidos como salas, chamados de alcoólicos anônimos (A.A) e narcóticos
anônimos (N.A). Em relação a terapia, uma das técnicas utilizadas nesses casos
será apresentada no decorrer deste trabalho a fim de validar sua eficácia, esta é o
treino de habilidades sociais (THS). Vale ressaltar que em grande parte do tempo o
adicto vive em função das drogas.
10
2 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi ressaltar a eficácia do treino de habilidades sociais
no tratamento da dependência química.
2.1 Objetivos secundários
Além do objetivo acima descrito, a monografia em questão buscou evidenciar e
aprofundar o conceito dependência química, descrevendo riscos iminentes,
tratamentos existentes, dificuldades no percurso do usuário e população de risco.
11
3 METODOLOGIA
A presente monografia trata-se de uma revisão bibliográfica, cujo tema é Treino
de Habilidades Sociais para o Dependente Químico. Para alcançar o objetivo
proposto foram selecionados artigos científicos e livros a fim de oferecer
fundamentação teórica e possibilitar diversos prismas. Os dados utilizados foram
encontrados no Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Periódicos Eletrônicos
em Psicologia (PEPSICO) e no Instituto de Psicologia Aplicada (INPA), no período
de 2005 a 2018, a partir das seguintes palavras chaves: dependência química, TCC,
habilidades sociais, chemical dependence, social skills e cognitive behavioral theory.
Vale ressaltar que os trabalhos mais relevantes foram encontrados no site de artigos
científicos SCIELO.
Para a execução deste trabalho, foram selecionados artigos gratuitos, online e
no idioma português, com a finalidade de o leitor encontrá-los facilmente.
Previamente foi realizada a leitura dos resumos destes para avaliar quais de fato
seriam utilizados. Além disso, a pesquisa foi realizada com ano previamente
selecionado, no entanto ao discorrer deste foi preciso estender para datas
anteriores, pois notou-se que o assunto em questão normalmente é abordado em
temas gerais e não específicos. Foram descartadas pesquisas no olhar psicanalítico,
textos sem resumo e publicações realizadas anteriormente a data de 2005. Após o
término da seleção os conteúdos foram lidos e discutidos buscando a realização de
uma análise minuciosa. Foram selecionadas pesquisas que abordaram assuntos
relacionados à dependência química e suas consequências e população de risco.
12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para realização da revisão em questão foram selecionados 18 artigos
científicos relacionados com tema THS e Dependência Química. No estudo foram
encontradas pesquisas tanto qualitativas quanto quantitativas, envolvendo
principalmente o abuso de substâncias, mas, também sobre a terapia cognitivo-
comportamental e habilidades sociais.
A tabela 1 apresenta informações detalhadas sobre os artigos utilizados. De
maneira geral foram encontrados somente 4 artigos que correlacionassem o THS
com a dependência química, os demais abordaram principalmente o perfil dos
usuários, as consequências do abuso e os tratamentos existentes.
Tabela 1: Descrição dos países, objetivos e autores dos trabalhos relevantes.
Referência País Objetivo
Araujo et al., 2008 Brasil Aprofundar questões referentes ao conceito, avaliação e tratamento
frente a dependência.
Alavarse et al. 2006 Brasil Verificar o perfil dos usuários de álcool.
Chan, M., 2018 Brasil Demonstrar os resultados advindos do abuso de drogas.
Fundação para um mundo sem drogas, s/d
Estados Unidos Trazer à tona as verdades sobre o abuso de drogas.
Garcia, L. et al. 2013 Brasil Pesquisas referentes ao consumo abusivo de álcool.
Gulassa, D., 2017 Brasil A importância do vínculo terapêutico.
INPA, s/d Brasil Importância do Treino de Habilidades Sociais.
Luz, G., s/d Brasil Dificuldades enfrentadas durante recuperação do dependente
químico.
Malta, D., 2011 Brasil Prevalência do consumo de drogas por adolescentes.
Matos, A., 2010 Brasil Consumo de substância por adolescentes.
Murta, S., 2005 Brasil Aplicação do Treino de Habilidades Sociais.
Nicastri, S., 2006 Brasil Efeitos da droga no corpo humano.
Pacievith, T., s/d Brasil Narcotráfico no Brasil.
Pratta, S. et al. 2009 Brasil O processo de saúde e doença do dependente químico.
Scheffer, M. 2010 Brasil Dependência de cocaína e crack.
Talmoni, R., 2015 Brasil Levantamento de acidentes após abuso de substâncias.
Silva, A. et al., 2010 Brasil Habilidades sociais e análise do comportamento.
Vieira, A., s/d Brasil Habilidades sociais e dependência química.
13
Dentre os trabalhos citados acima, apenas 4 abordaram o THS, sendo estes
realizados por: Instituto de Psicologia Aplica (s/d), Murta (2005), Silva (2010) e Vieira
(s/d). Abaixo a tabela 2 estará apresentando os objetivos e resultados das pesquisas
citadas.
Tabela 2: Detalhamento dos trabalhos de THS.
Autor/Relator Objetivo Intervenção Resultados Inpa, s/d. A importância das
habilidades sociais e função do terapeuta.
Não houve. O terapeuta tem como função ajudar o cliente e/ou paciente a modificar os comportamentos inadequados através de uma análise do contexto histórico.
Murta, 2005. Prevenção Primária: Trabalhar assertividade, solução de problemas, leitura e empatia. Prevenção Secundária: Trabalhar indivíduos com dificuldade nos relacionamentos interpessoais. Prevenção terciária: Trabalhar indivíduos com gagueira, deficiência mental e autismo.
Crianças de educação infantil e seus pais. 10 encontros de 90 minutos semanais. Crianças, adolescentes e adultos. 3 etapas: 4 sessões individuais para inserção no grupo, 12 sessões grupais e 4 atendimentos quinzenais mais 2 telefonemas mensais. Pais e filhos com gagueira e deficiência mental. 22 sessões.
Avanço no repertório de habilidades sociais. Aumento da competência social, perguntar e responder, cumprimentar amigos, participar de tarefas, cooperar e elogias colegas. Efetividade parcial da avaliação, necessário o desenvolvimento de instrumentos de avaliação de habilidades sociais para crianças com a dificuldade apresentada.
Silva, 2010. Discussão sobre a possibilidade de descrever os benefícios das habilidades sociais.
Revisão de estudos já realizados.
Entende-se que o repertório do indivíduo deve ser avaliado o mais completamente possível.
Vieira, s/d. Revisão bibliográfica, funcionalidade do THS para o dependente químico.
Não houve. Após revisão foi possível concluir que o abuso de substâncias está relacionado ao déficit nas habilidades sociais.
14
Como evidenciado na tabela acima, a maioria dos trabalhos encontrados foram
realizados no Brasil, sendo representados pelo número aproximado de 83%. Os
estudos foram selecionados nos últimos 13 anos, sendo o mais antigo em 2003 e os
dois mais recentes em 2018.
Em relação aos objetivos os artigos tinham como foco principal o detalhamento
dos temas abordados que tratavam principalmente sobre dependência química,
habilidades sociais e vinculo terapêutico, em alguns casos foram realizadas
pesquisas a fim de validar o estudo.
É certo que a origem da dependência é multifatorial, podendo estar relacionada
a fatores, biológicos, genéticos, sociais e psicológicos. A partir das pesquisas
realizadas foi possível notar que os motivos mais comuns que levam um sujeito ao
uso dos entorpecentes são: as influências dos amigos, curiosidade, tentativa de
esquecer os problemas (fuga), elevar o nível de coragem, autoconfiança, entre
outros. Em diversos casos foi comprovado o abuso de substâncias por adolescentes
(MALTA et al., 2010).
A tabela 3 representa em números o fato acima descrito, abordados também no
trabalho de Matos et al (2010). A pesquisa tinha como público alvo, adolescentes, de
ambos os sexos e de diferentes estados. Foram 1.453 escolas, 2.175 turmas,
totalizando 68.735 alunos. Durante a coleta dos dados haviam 63.411 presentes,
foram excluídos da amostra 501 estudantes que se negaram a participar e/ou não se
encaixaram no perfil determinado. Como resultado a pesquisa afirmou que cerca de
71,4% dos entrevistados já tinham feito uso de bebida alcoólica pelo menos uma vez
durante a vida.
Tabela 3: Abuso de álcool, por adolescentes, pelo menos uma vez na vida. (MATOS et al., 2010)
Ambos os sexos Sexo feminino Sexo masculino
71,4% 73,1% 69,5%
Foi possível concluir o grande número de adolescentes que ingerem ou já
ingeriram álcool pelo menos uma vez na vida, sendo em sua maioria pessoas do
sexo feminino.
Em relação as drogas ilícitas de acordo com as Nações Unidas em 2008, 3,9%
da população mundial entre 15 e 64 anos abusavam da maconha. Outro estudo
realizado pelo Centro de Controle de Doenças nos EUA em 2007, afirmou que 45%
15
dos estudantes do ensino médio de todo o mundo abusavam do álcool e 19,7% da
maconha. A tabela a seguir (tabela 3) demonstrará em números a quantidade de
usuários de maconha (FUNDAÇÃO PARA UM MUNDO SEM DROGAS, S/D).
Tabela 4: Abuso de maconha entre jovens de 15 e 16 anos (FUNDAÇÃO PARA UM MUNDO SEM DROGAS, S/D).
País Quantidade (%)
República Tcheca 44%
Irlanda 39%
Reino Unido 38%
França 38%
No Brasil, a droga mais utilizada pela população é o álcool, de acordo com
Garcia et al. a substância atinge a saúde pública, pois, aumenta a chance de
doenças como câncer, doenças cardiovasculares, hepáticas e mentais, além dos
acidentes automobilísticos e a violência (2013). Por esses e outros motivos, a
dependência química necessita de atenção e tratamento.
A dependência é uma calamidade pública, vêm fazendo parte da cultura
brasileira desde a década de 60, invadindo a sociedade através da mídia e das
músicas populares. Em 2007 foi realizada uma pesquisa nos Estados Unidos sobre
o uso de drogas no mês anterior desta e o resultado foi que 19,9 milhões de
americanos tinham feito o uso por duas ou mais vezes (O MUNDO SEM DROGAS
S/D).
A tabela 5 representa as consequências causadas pelo abuso de drogas.
Tabela 5: País, ano, causa e quantidades de morte causadas por abuso de substâncias em acidentes automobilísticos. (TALAMONE, R. 2015)
País Ano Causa Morte Brasil (ES) 2011/2012 Acidentes
automobilísticos 391
Brasil (ES) 2011/2012 Acidentes automobilísticos –
motoristas.
59% de 391
Brasil (ES) 2011/2012 Acidentes automobilísticos –
passageiros.
14% de 391
Brasil (ES) 2011/2012 Acidentes automobilísticos –
pedestres.
12% de 391
“A OMS estima que o consumo de drogas é responsável por cerca de meio milhão de mortes a cada ano. Mas este número só representa uma pequena parte do dano causado pelo problema mundial das drogas” (CHAN, M. 2017).
16
Quando se pensa sobre vício ou adicção logo se associa ambos os termos ao
abuso de drogas lícitas ou ilícitas. No entanto, adicção pode significar qualquer tipo
de dependência, seja ela, psicológica ou compulsiva. A compulsão torna o paciente
refém, a partir do momento que gera a dependência. Sendo que esta é o estado
psicofísico causado através da relação de uma substância com o organismo vivo
(AS DROGAS EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO S/D).
Inicialmente a droga surge como algo banal, que pode ser controlado pelo
sujeito. Os adictos apresentam três características em comuns descritas a seguir. A
negação é algo muito presente, pois em grande parte os usuários negam a
possibilidade da dependência. Outra característica importante é a certeza de que o
sujeito não necessita da substância para afazeres rotineiros, mesmo que faça uso
diário. Por fim e não menos importante, entra o mau uso da substância, por
acreditarem nas afirmações anteriores. No entanto, são poucos que conhecem os
prejuízos que o abuso pode causar no Sistema Nervoso Central (SNC), já que os
usuários não demonstram preocupações com o assunto (AS DROGAS EDUCAÇÃO
E PREVENÇÃO S/D).
As drogas apresentam efeitos diferentes no comportamento do usuário e um
grau definido em relação à dependência. A fim de aprofundar mais o assunto, abaixo
será apresentado uma tabela (tabela 6) dividindo as drogas pelas seguintes
classificações: depressoras, estimulantes e perturbadoras.
Tabela 6: Tipos de drogas e suas consequências no SNC (AS DROGAS EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO)
Depressoras: Estimulantes: Perturbadoras:
Álcool Anfetamina Maconha/Haxixe/Skank
Benzodiazepínicos Cocaína LDS
Ópio Pasta Base Cogumelos
Solventes/Inalantes Pseudoefedrina
Heroína Crack
Ecstasy
Metilfenidato
Existem drogas que são depressoras, ou seja, substâncias que diminuem e
lentificam a atividade do cérebro. Drogas estimulantes, que aumentam a atividade
cerebral e as drogas perturbadoras que produzem alucinação e ilusões, todas
17
atingem o SNC. No geral seus efeitos são respectivamente, relaxamentos e
tranquilidade; euforia, insônia, menos cansaço e hiperatividade; e, por fim, as
perturbadoras que causam uma euforia suave e distorção sensorial e temporal
(NICASTRI, 2006).
A tabela 7 mostrará a seguir as diferentes abordagens existentes para o
tratamento da dependência química.
Tabela 7: Especificidade de cada abordagem (ARAUJO, R. 2008).
Abordagem: Objetivo: Comportamental Apresenta como base o condicionamento
clássico, explicando a manutenção do abuso de drogas como decorrência do efeito do prazer.
Psicossocial Explica a fissura a partir da expectativa que o sujeito tem quanto ao efeito da droga.
Neurobiológico Através das pesquisas realizadas em ratos avaliando a maneira de agir frente a abstinência
A Terapia Cognitivo-Comportamental apresenta resultados melhores em
relação à adesão ao tratamento, devido às técnicas existentes citadas anteriormente
(ARAUJO, 2008). De acordo com o mesmo autor, a abordagem traz como objetivo
ao usuário a compreensão da dependência (psicoeducação), a prevenção à recaída
e a treinar habilidades sociais. O THS é utilizado para que o paciente consiga
manejar as situações de risco. Por exemplo, dificilmente pacientes em tratamento
mudam de moradia ou convivência social, o que faz com que o risco de recaída seja
maior, a partir do treino torna-se possível o manejo das situações descritas (2008).
Em relação às habilidades sociais, Murta (2005) afirma que o repertório social
pode ser adquirido ao longo da vida, em contextos naturais, como exemplo, a
repetição dos comportamentos dos pais. Porém, o “ambiente” pode falhar, o que
causa déficits nas habilidades sociais, surgindo posteriormente a necessidade do
treino em questão.
O THS iniciou na Inglaterra em 1970, recebendo também contribuições da área
de Treino Assertivo nos Estados Unidos durante a mesma época. Para Del Prette &
Del Prette (1999 apud MURTA, 2005) a técnica requer duas etapas, sendo estas: a
avaliação e a intervenção. A primeira avalia se há comportamentos excessivos, os
antecedentes e consequências destes, também é possível avaliar as respostas
emocionais e as crenças envolvidas, para posteriormente realizar a segunda etapa
que é a intervenção.
18
No caso da dependência química é importante que o terapeuta auxilie o
paciente a verificar os eventos que antecedem o uso, auxiliá-lo na identificação dos
pensamentos automáticos e prevenir recaída. Vale ressaltar que indivíduos após o
abuso de substâncias tem dificuldade de exercer a empatia, ou seja, a capacidade
de compreender emocionalmente o que o outro está sentindo, por esse motivo,
podem tornar-se uma ameaça para a população, seja através de roubos,
agressividade, acidentes com automóveis, abuso sexual, entre outros, mais uma vez
o treino se faz necessário, pois, manter comportamentos adequados também é uma
habilidade social (GULASSA, D. 2007). Vieira (s/d) afirma que, a falta de habilidades
sociais pode estar relacionada ao consumo excessivo de substâncias. Caballo
(1991) confirma a importância do THS, como descrito abaixo.
“Caballo (1991) apresenta uma definição que explícita um maior número de habilidades afirmando que comportamento socialmente habilidoso ou mais adequado refere-se à expressão pelo indivíduo de atitudes, sentimentos, opiniões, desejos, respeitando a si próprio e aos outros, existindo, em geral resolução dos problemas imediatos da situação e diminuição da probabilidade de problemas futuros” (apud SILVA, CARRARA, 2010).
A tabela 8 tem como objetivo salientar os benefícios do treino de habilidades
sociais seja para dependentes químicos ou para população no geral.
Tabela 8: Habilidades sociais e suas funções (Silva, A. Carrara, K. 2010)
Função da Habilidade Social: Apresentar-se;
Assertividade;
Cooperação e desempenho profissional;
Expressão apropriada dos sentimentos;
Habilidade de comunicação;
Habilidade empática;
Iniciar e encerrar relacionamento;
Iniciar, manter e encerrar conversação;
Manifestar opinião, concordar e discordar;
Resolução de problemas interpessoais;
Entre outras habilidades.
Vale ressaltar que o dependente químico deve manter-se em tratamento
constantemente, pois, as estatísticas demonstram que cerca de 90% dos indivíduos
voltam ao uso de drogas, mesmo após um ano de abstinência (LUZ, S/D). Uns
acreditam que a dependência não existe mais e, por vezes, voltam ao uso afirmando
19
ter controle da quantidade, outros tentam fugir de novos problemas e/ou dificuldades
(AS DROGAS EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO S/D).
Com base nas pesquisar anteriores, o álcool é uma das drogas mais utilizadas
pela população brasileira, além disso, seu uso tem início logo cedo, desde a
adolescência em determinados casos. O adolescente é naturalmente curioso e
contestador, por esses e outros motivos apresentam chances eminentes a terem
comportamentos de risco. (ALAVARSE, G. CARVALHO, M. 2006). Segundo a OMS
esta fase faz parte do desenvolvimento humano, e ocorre dos 10 aos 19 anos.
O álcool está presente em festas familiares, confraternizações de empresas,
datas comemorativas, porta de escola, entre outros lugares. O acesso é fácil e
comum, pois é socialmente aceito. Hoje em dia mesmo em vigor a lei que proíba a
venda do álcool para menores de 18 anos, em determinados ambientes está não é
colocada em prática, pois, as vendas cairiam demais para os comercializastes.
O que muitas pessoas não percebem é que esta substância está entre as
principais causas de acidente de trânsito, que ocasionam morte de jovens com idade
entre 15 a 24 anos. Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (2003),
apontou que 100% das entradas nos hospitais aos finais por brigas, quedas e
acidentes de automóvel é ocasionado por alguém embriagado. Segundo Alavarse e
Carvalho, o hábito de ingerir bebida alcoólica é aceito pela sociedade, por esse
motivo muitos jovens iniciam o uso entre os familiares, seja por hábitos rotineiro ou
por diversão (2006). Neste ponto, a família tem grande responsabilidade, devendo
proporcionar informações e/ou orientação para os jovens, fazendo com que estes
evitem o contato precoce com a droga.
Anteriormente foi citada a informação como forma de prevenção ao abuso das
drogas, outro modelo importante é a aprendizagem pelo exemplo, isto ocorre
quando o adulto transferi o conhecimento próprio através de suas atitudes. Para que
ambos os modelos de prevenção funcionem é importante que o sujeito tenha
habilidades sociais.
Através das pesquisas realizadas foi possível verificar a defasagem da
população em relação as habilidades sociais, são poucos os que têm mais de três
destas habilidades. Estas envolvem a comunicação, enfrentamento, habilidade
empática, de trabalho, expressão de sentimentos positivos e etc. O dependente por
vezes procura através do uso das drogas sentir-se mais ambientado, extrovertido e
à vontade com as situações, e quando isso ocorre, o sujeito volta a repetir o mesmo
20
comportamento, novamente em busca da sensação positiva (condicionamento
clássico), no entanto, com o passar do tempo a droga não faz, mas o efeito de
outrora, o que acarreta no abuso, pois o usuário quer a mesma sensação e/ou uma
sensação melhor.
Os resultados das pesquisas mostraram que a terapia cognitivo
comportamental pode ajudar o dependente químico através de suas técnicas
existentes. Além disso, é extremamente importante que o paciente e o terapeuta
tenham um vínculo estabelecido, pois, a confiança possibilita a troca de experiências
reais com o terapeuta, sem a sensação do julgamento social (GULASSA, P. 2007).
Por fim e mais uma vez, é imprescindível ressaltar a importância do THS, para
possibilitar ao dependente novos repertórios frente a situações cotidianas e de risco.
E a prevenção de recaída, já que foi possível confirmar através das pesquisas
realizadas que o usuário corre o risco de recair mesmo estando há um ano
abstinente.
21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Notou-se na pesquisa que dependentes químicos possuem como uma das
causas da utilização, experimentação e dependência de drogas, a falta ou baixo
repertório de em habilidades sociais.
Apesar do número reduzido de pesquisas encontradas com a utilização do
THS, foi possível inferir não só a eficácia do Treino de Habilidades Sociais para
dependente químicos, como também para população em geral, levando em
consideração a defasagem dos indivíduos frente ao tema. Além disso, confirmou a
efetividade de outras técnicas da terapia cognitiva comportamental que foram
brevemente citadas ao longo do trabalho. Outro aspecto importante foi que a
monografia também trouxe à tona a banalização e o fácil acesso as substâncias nos
dias atuais, o que se torna um problema mundial.
Neste trabalho o principal tratamento abordado para as questões acima citadas,
foi o Treino de Habilidades Sociais, no entanto, pode ser usada também a distração,
que irá ajudar o paciente a deslocar os pensamentos, evitando assim a fissura. Os
cartões de enfrentamento contendo frases impactantes para motivar o sujeito a não
recair e voltar ao uso das drogas, o relaxamento, entre outras técnicas funcionais e
importantes (ARAUJO, R. et. al 2008). Ainda sobre o mesmo autor, o modelo
comportamental foi o pioneiro em relação aos tratamentos dos usuários, nesta
abordagem é fundamental a presença do condicionamento clássico, já que o sujeito
volta a utilizar a droga, pois, busca conscientemente ou não a sensação já
conhecida anteriormente, o prazer.
Confirmando o fato acima descrito Matos et al. afirma que as drogas sempre
existiram, no entanto, após a revolução industrial houve um aumento tanto na
produção, quanto na comercialização destas (2010). O Brasil é um país que
processa, importa e exporta diferentes tipos de substâncias, por esse motivo tornou-
se uma força frente a produção e consumo. Além disso, o Brasil produz novas
drogas, tornando-se uma peça chave na engenharia internacional do narcotráfico.
(PACIEVITH, S/D), ou seja, não existe somente o problema da dependência química
como também o aumento da criminalidade.
As substâncias sejam estas lícitas ou ilícitas estão presentes no cotidiano social
e familiar, e este é um ponto a ser mudado. Deve-se compreender desde cedo as
22
consequências do uso das drogas, porém, normalmente o assunto não é explorado.
Talvez, implementar esta questão dentro das escolas seja uma medida protetiva, o
que por si só não garantirá a diminuição dos usuários. Como este é, e está sendo
um problema mundial trabalhar a prevenção através da informação é tão valido
quanto as campanhas já existentes para outros tipos de problemas.
A princípio trabalhar o THS para o dependente era apenas uma hipótese de
sucesso, no entanto o tema pôde ser aprofundando confirmando seu benefício, pois
ao desenvolver novas habilidades o paciente tem a chance de optar por outro
caminho, obtendo um olhar diferenciado em relação aos comportamentos já
conhecidos. Para Del Prette e Zenelatto (1999, apud VIEIRA E FELDENS S/D) as
habilidades sociais têm a função de auxiliar o paciente a enfrentar situações de risco
de maneira funcional, sendo assim, esta prática colabora com o adicto, pois o auxilia
na proteção ao abuso da droga. Outro aspecto importante é que o treino habilidade
social é capaz de ajudar o paciente a mudar as regras, de acordo com a cultura e
classe social, por este motivo a importância de levar ao adicto novos e possíveis
caminhos a serem seguidos. Este treino também tem por finalidade desenvolver um
repertório funcional frente aos contextos: familiar, pessoal, profissional entre outros,
o objetivo do terapeuta é ajudar o paciente e/ou cliente a introduzir, amplificar ou
aprimorar as habilidades sociais.
Para finalizar, é importante enfatizar que esta é uma doença que vem se
propagando nos últimos anos, de acordo com Martins e Corrêa (2004, apud
PRATTA E SANTOS, 2009) o ser humano tem a tendência a buscar o prazer e
automaticamente diminuir o sofrimento interno, por este e outros motivos os planos
de tratamento estão sendo cada vez mais aperfeiçoados (2009).
Ressalta-se a limitação deste trabalho, pois, foram realizadas apenas
pesquisas de artigos escritos na língua portuguesa. É possível que uma busca mais
abrangente, em outras línguas, traga mais detalhes sobre o tratamento com THS.
Sugere-se uma pesquisa mais ampla para descrever o papel do TSH no tratamento
de dependência química.
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ANEXO
Termo de Responsabilidade Autoral
Eu, Thais Rodrigues Gaiasso, afirmo que o presente trabalho e suas devidas
partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade
autoral sobre seu conteúdo.
Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de Conclusão
de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, sob o título
“Treino de Habilidades Sociais para Dependentes Químicos”, isentando,
mediante o presente termo, o Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-
Comportamental (CETCC), meu orientador e coorientador de quaisquer ônus
consequentes de ações atentatórias à "Propriedade Intelectual", por mim praticadas,
assumindo, assim, as responsabilidades civis e criminais decorrentes das ações
realizadas para a confecção da monografia.
São Paulo, __________de ___________________de______.
_______________________
Assinatura do (a) Aluno (a)