Download - César Barros - RECIFE enxerido
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Coordenao executiva
Patrcia Monteiro
Design grficoHenrique Mafra
Fotomontagens & Modelagens 3D
der LimaMarcelo Moss
Desenhos
Carolina FerreiraVtor Araripe
Fotografias
Autor, salvo referncias em legendas
ISBN: 978-85-915300-0-7
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Barros, Csar Recife enxerido [livro eletrnico] / Csar
Barros. -- Recife, PE : Ed. do Autor, 2013. 300 MB ; ePUB
ISBN 978-85-915300-0-7
1. Cidade - Administrao pblica 2. Mobilidade urbana 3. Poltica urbana 4. Recife (Cidade) -
Planejamento urbano 5. Recife (PE) - Histria6. Urbanismo I. Ttulo.
13-05212 CDD-370.760981
ndices para catlogo sistemtico:
1. Brasil : Recife : Pernambuco : Estado :Desenvolvimento urbano : Poltica urbana :Sociologia 370.760981
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livro, ora prefaciado por mim, conduz o leitor a uma srie de sugestes que buscam um
Oretorno da cidade ao seu usurio, o ser humano. A dizer isto me volto aos incios daformao das cidades. Na organizao do lugar de viver de maneira mais permanente, ohomem procurou identificar uma srie de medidas que buscavam a relao do seu feito artificialdo construir na natureza, uma maior aproximao com ela. Nem sempre tal situao foi bemconfigurada. As muralhas da cidade medieval separaram a gente de dentro dela da natureza aoredor. Com o andar do tempo a aproximao com a natureza foi crescendo e assim surgiram ascidades jardins. No sculo XIX, rvores marcavam as sombras nas ruas e jardins eram partes das
casas desde as mais ricas quelas da menor pobreza. rvores salvaram, no sculo XX, as malconstrudas e pior pensadas vilas populares. A medida da cidade em todos esses tempos foi identificada com as do homem querandando sobre seus ps ou utilizando um animal. Ao final do sculo XVIII ao surgir a mquina avapor e depois o trem urbano ou interurbano as dimenses da cidade e as relaes entre elas sealteram. Alterao que afetou inclusive a percepo da beleza dos edifcios no mais vistos namesma velocidade do andar. Uma alterao que pode ser absorvida na cidade com o lugar nasruas para os veculos movidos por tal sistema motor.
Com a descoberta do motor a exploso e o aparecimento de um veculo automvel, a crisese instalou entre os dois sistemas de transporte. O lugar do homem nas ruas no era mais aqueledo andar e perceber a beleza urbana. As ruas foram tomadas pela velocidade e o conflito entre osmeios de transporte. Para resolver tal conflito no se procurou manter os parmetros de umacidade para o homem e sim ela foi redesenhada para os veculos que davam a eles a fora e opoder da economia urbana e da riqueza que cada um podia ostentar. A distncia foi cada vezmaior entre o homem e a mquina no uso da cidade e, para ampliar o problema, as prioridadesmudaram e o poder privado, tendo a gesto da cidade, a define para o automvel e no para o
transporte pblico. Uma tragdia urbana que gerou a imobilidade. Diante de tal feito, as sugestes ora apresentadas neste livro, refazem um caminho nadireo da natureza. Um retorno ao fruir a beleza da cidade e a trazer para o convvio da gente.Mas, o caminho um termo de um longo refazer de erros. necessrio reconstruir a antigarelao perdida por um progresso mal determinado e que foi desenhado pela produo demontadoras e por um capitalismo perverso e distante do bem estar coletivo. Acredito que umavez existindo vontade poltica que ela espelhe a de tanta gente mal ouvida. Acredito queocorrendo o desespero dos que detm aqueles veculos que mal podem sair de suas garagens,tudo se tornar humano. Acredito que a natureza, que estimula sempre a quietude da fruioesttica da paisagem, e o feito daquela gente que pensou primeiro no ser humano ao criar acidade, tenha sua criao realmente voltada para todos. Assim Seja.
Recife, abril de 2013Jos Luiz Mota Menezes
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menos de um sculo, apenas dez por cento da ocupao do planeta era de caracterstica urbana, onde
Halguns equipamentos estruturadores ditavam as regras, garantindo um convvio harmonioso entre osusurios e a construo da sua paisagem. Atualmente, temos mais de sessenta por cento da populaomundial vivendo nas cidades, com perspectivas de que esse nmero seja ampliado para a casa dos oitenta, em
pouco mais de trinta anos. Teremos em breve um mundo urbano, que exigir mudanas nos comportamentos dehabitantes e gestores em relao s cidades, em um novo contexto tecnolgico e social. Este livro resultante do acmulo de ideias discutidas espontaneamente com amigos, profissionais,parentes e outros atores, ao longo dos ltimos dez anos, sobre temas como mobilidade, meio ambiente epatrimnio. Uma contribuio para a cidade, que visa proporcionar uma viso diferenciada sobre os problemasurbanos do Recife, com alternativas simples para implantao imediata. Ao mesmo tempo pretende reverberarseu contedo com toda a sociedade, possibilitando a sua apropriao pelo cidado comum, em busca de umpacto legtimo para construo de uma cidade com maior qualidade urbana. Uma iniciativa inspirada no movimento Arquitetura No Solicitada, definindo propostas de arquitetoscom intervenes para melhorar a vida do cidado. Este movimento ressalta a necessidade de um papel maisativo dos profissionais de arquitetura na sociedade, no dependendo apenas de trabalhos encomendados. Osarquitetos prospectam e criam oportunidades e demandas, desenvolvendo novas vises para lidar com osdesafios urbanos das cidades contemporneas. Uma arquitetura no passiva, atravs da ao, com umametodologia criativa ligada s novas tecnologias de modelagem, com autonomia profissional independente derequerimentos.
As metrpoles brasileiras possuem Planos Urbansticos com diretrizes que definem em vrias temticas,as necessidades, prioridades e oportunidades, com base em diagnsticos complexos e percepes depotencialidades locais. Os planos em maioria, no possuem grandes novidades, visto que, nas ltimas duasdcadas, as potencialidades j foram identificadas, os problemas reconsiderados e as propostas atualizadas.Sendo assim, qualquer gestor apenas precisaria executar essas propostas, priorizando as aes, de acordo com asnecessidades da populao. Nas ltimas dcadas, tem predominado um desencontro entre os tempos tcnicos, financeiros e polticosque precisam ser reorganizados. Um processo contnuo de aes polticas equivocadas, decorrentes de
aconselhamento tcnico inoportuno e aplicao de recursos de forma desarticulada, sem planejamentocompatvel com as verdadeiras necessidades da cidade. Recife merece uma reflexo a respeito do macroplanejamento e gesto urbana, consolidando paulatinamente, um processo que pode repensar o futuro dascidades de maneira adequada e legtima de se conduzir o futuro.
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O Recife est entre as cidades mais belas do mundo pela sua morfologia, em conjunto com as tipologiasconstrudas diversificadas. Ao mesmo tempo, deixa a desejar quando tratamos das temticas de ocupao dosolo, cidadania e qualidade urbana. De configurao simples em forma de ferradura, condtituda pela praia, suaplancie e um arco limitador de morros. Com uma ocupao desordenada e autofgica, que parece no causar
incmodo conviver com os mananciais poludos, passeios pblicos inacessveis, poluio visual e trnsito catico. O que herdamos foi uma cidade sem cuidados com a sua manuteno, bem como, um direcionamentoequivocado para um modelo nunca visto antes. Da praia s encostas, vemos uma falta de compromissopermanente com a ocupao do territrio, fruto da competio econmica que exercita frmulas repetidas semcomunicao com um desenho de cidade merecido. Os nossos rios e canais perderam a relao de frentes d'guaarticuladas com a populao do entorno, e a desordem pblica estabeleceu um colapso no controle urbano. As administraes pblicas ficam refns da imprensa e da agenda poltica, o que torna a gestoemergencial e pragmtica. Dessa forma, se exercita o processo administrativo e burocrtico de maneira pontual,sem considerar o macroplanejamento necessrio. Foi estabelecida uma inrcia entre gestores e cidados, comaes isoladas desconectadas de planos estruturadores repetindas nas esferas municipal, estadual e federal. Ascidades se desenvolvem de forma aleatria, sem se importar com o desenho, tamanho e velocidade, com reflexosna ambincia urbana vivenciada e na herana para as prximas geraes. urgente a discusso da cidade desejada em detrimento da cidade ofertada, que j no mais agrada,mudando as formas de convivncia, entre o desenvolvimento, as polticas pblicas e a sociedade. Basta daretrica permanente do desenvolvimento, negando a sustentabilidade em prol do crescimento econmico. Nocabe mais a repetio de empreendimentos bem sucedidos, que no consideram o usurio e o entorno.Precisamos acabar com o prevalecimento das escolhas polticas e econmicas em detrimento das escolhasambientais e sociais. Recife que outrora possua uma magnfica ambincia e uma perspectiva positiva de futuro, consolidada apartir das suas belezas naturais e construdas, possui hoje uma composio social extremamente desigual eexcludente, levando a uma apropriao da cidade extremamente superficial. Apesar de seu pequeno tamanho euma populao que nunca ultrapassou a casa dos dois milhes, acumula uma consolidao territorial construda,no condizente com as belezas naturais que conformam a cidade.
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Tendo como pano de fundo as experincias de gesto participativa nas cidades brasileiras de grande porte,percebe-se os desafios das administraes pblicas municipais. Com a crise de governana consolidada nasltimas duas dcadas, fundamental repensar a relao entre o poder pblico e a iniciativa privada, bem como, asnovas alternativas de parcerias possveis, em um contexto de fragmentao territorial e econmica. UmPlanejamento Participativo baseado em viso microrregional, com projetos especficos locais referendados pelapopulao, a partir das diretrizes discutidas. necessrio mudar a forma de definio das prioridades, seja no mbito do planejamento, seja na prtica
executiva da gesto municipal. Corrigindo o distanciamento existente entre o poder pblico e a sociedade,agravada pela falta de publicidade das decises, e consequente falta de legitimidade. Um novo relacionamentocom o Estado deve ser estabelecido, visando promover a discusso de temas de interesse coletivo e a ampliaoda gesto democrtica. Ao reverberar para a populao com transparncia, ser potencializado os segmentos derepresentao, com ganhos efetivos para a coletividade. Uma mudana radical de estratgias estabelecidas pelo poder pblico, no enfrentamento dastransformaes urbanas, discutindo a obrigatoriedade da integrao com um projeto maior de cidade,minimizando os impactos sobre as comunidades consolidadas. Quanto maior a credibilidade, associada a uma
concepo integrada de cidade do futuro, suas justificativas se ampliam, e suas contribuies positivas somultiplicadas. Esta discusso se faz pertinente para que possamos conhecer e fundamentar um conjunto de aesimediatas para a inverso de uma situao que parece incontrolvel. Para isso, necessria a territorializao daadministrao municipal, iniciando pela consolidao de um sistema nico de informaes, possibilitando oconhecimento minucioso do territrio do Recife.
Precisamos de uma ao determinante para a transformao das frentes d'gua e reas verdes,implantando parques lineares ao longo dos rios e canais. Ao mesmo tempo, ser viabilizada uma soluo para aspalafitas da cidade, arborizando todas as caladas dos bairros, alm do incremento dos espaos pblicos ociososou subutilizados. O Bairro do Recife precisa da implantao de um programa de incentivo a moradia, que pode serampliado para outros centros vazios e ou subutilizados. Em paralelo, a elaborao de um Plano de Circulao,reordenando o trnsito e o compartilhamento dos nibus, carros e bicicletas, alm de arborizar as caladas. simples tambm, implantar um Parque Temtico Urbano Porturio, com o disciplinamento dos usos na Ilha doBairro do Recife, envolvendo os galpes e edifcios sem utilizao, arborizando o entorno e criando passeios para olazer e contemplao. S a intermodalidade vai resolver os problemas de trnsito e transporte, com um reordenamento das
linhas de nibus e a implantao de estaes intermodais nos pontos estratgicos de encontro dos principaiscorredores virios. pra ontem a implantao de faixas exclusivas de nibus, assim como, a marcao de ciclovias,compartilhando os diversos modais. Em paralelo, desobstruir algumas reas ocupadas ilegalmente em trechos deruas, possibilitando a circulao plena dos moradores, a p e de bicicleta.
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O Recife pequeno, possui uma arrecadao que surpreende a cada ano, e j teve grande parte de suasurgncias superadas. Advm da perceber o quanto fcil e pouco dispendioso fazer do Recife um localdiferenciado e sedutor, correspondente sua beleza natural. Com intervenes simples, poderemos mudar aqualidade da ambincia urbana do Recife, associado a uma nova forma de apropriao da cidade pela populao,bem como, o incremento da relao de pertencimento que falta ao cidado recifense. Para aliviar os cofrespblicos, fundamental a elaborao de um projeto estruturador de longo prazo para humanizao do Recife,envolvendo aspectos de mobilidade, acessibilidade e meio ambiente, atravs de recursos de bancos de fomento.
Ao mesmo tempo, imprescindvel a formao de um banco de projetos para as reas estratgicas da cidade. As propostas aqui apresentadas esto agrupadas em territrios temticos que denotam necessidadessociais e oportunidades urgentes no Recife, que transitam entre patrimnio cultural, segurana, uso e ocupaodo solo, mananciais, mobilidade, morros, palafitas e controle urbano ambiental. Simples, exequveis e de fcilimplantao, com capacidade financeira compatvel com os oramentos existentes na Prefeitura. Buscamos asoluo definitiva para algumas problemticas urgentes, a partir de um conjunto hierarquizado de necessidades,com possibilidades de execuo imediata.
Atravs de croquis, desenhos esquemticos e fotomontagens, se busca facilitar a compreenso do
cidado comum, a fim de aproxim-lo dos problemas comuns, possibilitando uma construo coletiva.Acreditamos que este livro s ser grande quando o seu acesso for universal e sua compreenso plena fizer partedo cotidiano do recifense. O Recife Enxerido uma contribuio oriunda de uma longa convivncia com aelaborao e execuo de planos diretores, da experincia enquanto gestor pblico e da participao emprocessos polticos decisrios para a evoluo do Recife na ltima dcada. No se tratam de projetos arquitetnicos ou ideias utpicas, so recomendaes para uma cidade queassim como outras metrpoles, perdeu o poder de seduo da vida urbana. No entanto, estabelece diretrizes,caminhos e referncias grficas, que possibilitam outras formas de ver, compreender e encarar o Recife. No se
procura nenhum ineditismo, pelo contrrio, reafirmamos conceitos e consensos a partir de discusses jexauridas, acumuladas ao longo de processos para construo de projetos e aes, durantes as ltimas trsdcadas, sombreado por recentes planos oficiais. Tcnicos, especialistas, polticos, gestores pblicos, entusiastas, e afins, chegamos a um ponto onde todosprecisamos admitir que erramos. Seja por crenas equivocadas, desconhecimento e ou limitaescircunstanciais, erramos. Daqui pra frente, essencial mudar a lgica e os critrios, planejando a cidade para serusufruda pelo cidado, com a qualidade urbana merecida, oriunda de alternativas simples e eficazes. Basta umolhar diferenciado, para o que talvez nosso orgulho ou cegueira, nos fez parecer to distante.
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Recife uma cidade cuja origem remete ao incio da colonizao brasileira, mantendo em
Oseu territrio at os dias atuais, remanescentes de vrios perodos da sua urbanizao. Soedificaes e conjuntos urbanos com grande valor histrico, arquitetnico e cultural,testemunhos dos momentos formadores da sociedade brasileira, pernambucana e recifense. Um
patrimnio que d forma e expresso ao espao sico, resultante da apropriao do ecossistemaoriginal da cidade, no processo colevo de sua criao, dispostos ao longo do tempo. A parr da observao das diferentes ambincias urbanas, que se compreende asexistncias do testemunho da origem e do desenvolvimento do ambiente construdo. Apreservao desse patrimnio no pode se restringir manuteno sica, devendo ser resgatadaa memria da sua construo, estabelecida em vrios sos, retratando as diversas fases da suahistria. So bens culturais de grande importncia para a valorizao e reafirmao da idendadeda populao, a parr do reconhecimento da construo do lugar. A presena holandesa no Recife tem sido objeto de estudo de pesquisadores, relavo existncia de vesgios materiais dessa permanncia, possibilitando perceber as diferenas de usoe ocupao do solo, entre o modelo luso-brasileiro e o holands. Prospeces histricas earqueolgicas podem revelar momentos especficos da origem e evoluo da ocupaoterritorial. possvel idenficar com preciso as contribuies coloniais nas intervenesocorridas, com a definio urbana das funes sociais, econmicas e culturais. Recentemente, historiadores e arquelogos constataram que o tecido urbano dos bairros
do Recife, Santo Antnio e So Jos, ainda preservam o mesmo traado no sculo XVII,principalmente durante a permanncia de Maurcio de Nassau na capital pernambucana. Nesseterritrio, entre os anos de 1630 e 1657 foram construdas edificaes oriundas das necessidadese avidades desenvolvidas, destacando os fortes, prcos, palcios, canais e muralhas. defendido que se forem feitas prospeces arqueolgicas e escavaes em determinados pontos,sero encontrados vesgios desta poca, revelando-se o legado dos holandeses.
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A Fundao Joaquim Nabuco publicou documento grfico idenficando a localizao daprimeira moradia do Conde Joo Maurcio de Nassau na Ilha de Antnio Vaz. J o InstutoArqueolgico, Histrico e Geogrfico Pernambucano possui um grande acervo do perodo deocupao do Nordeste pelos holandeses, onde se encontra um conjunto de mapas aquarelados
conhecido como Atlas de Vingboons. Entre os mapas existentes, est o traado de intervenourbana projetada para a Ilha de Antnio Vaz no governo de Maurcio de Nassau, datado de 1639.Um mapa manuscrito que o liga a Histria do Urbanismo e o torna bastante significavo para acompreenso do que foi realizado em Recife por Maurcio de Nassau. Parte de um plano com um sistema integrado de defesa que se arculava com o restanteda cidade do Recife, alm da definio de um sistema de forficaes, com indicaes de ruas ecanais onde exisam trincheiras e edicios na Ilha de Antnio Vaz. Ao se fazer uma reconstuiodo plano da nova cidade, se percebe as etapas do processo de trabalho, que resultaram na
elaborao de um plano de expanso territorial. Buscamos dessa forma, o resgate da permanncia de todo um traado urbano do sculoXVII, vinculado ao governo de Nassau. Por baixo das atuais construes do Recife visvel, existeuma cidade desconhecida da populao atual. Esta iniciava possibilitar uma maior valorizaoe usufruto do patrimnio cultural, reflendo na relao de pertencimento pelo cidado,trabalhando a autoesma e orgulho de fazer parte de um lugar como reflexo da sua cultura e oque ela representa no contexto global.
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RuaReal-Heerstraat
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RuadoMarZeestraat
RuadaPonte-PontstraatRuadaCadeia
Igreja do Corpo Santo
Casa da guarda ( 1631 )Baterias ( 1631)
Paiol de plvora ( 1631)
Cemitrio ( 1631 )Casas incendiadas ( 1631 )Casa do Sr. Carpentier ( 1631 )Casa do Almirante Walbeck ( 1631 )
Casa do Mestre da equipagem ( 1631 )Cais do porto
Legendas
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Porta
do
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Folha 00
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m pesquisa realizada pelo Prof. Jos Luiz Mota Menezes,Eforam estudados vrios mapas entre os anos de 1600 e1800. Esses mapas foram superpostos a outro de 1918,com o casario numerado, onde est demarcada a interveno noincio do sculo XX. tambm possvel identificar todo o casarioexistente na origem do Recife, e confirmar informaes sobre asua povoao e o formato do seu primeiro desenho urbano. Em
edifcios remanescentes, esto presentes at os dias atuais,vestgios materiais da presena holandesa com pequenasalteraes.
O mapa final permite a identificao do que ainda resta dealgumas construes do tempo dos holandeses, principalmentenas ruas do Bom Jesus e Vigrio Tenrio. So superpostas asinformaes anteriores, sendo lanadas as quadras do NovoRecife", por conta da reurbanizao decorrente das Obras doPorto, que destruiu quase dois teros da cidade. Foi demolidopraticamente todo o Recife colonial, inclusive as construesonde haveria vestgios da presena holandesa, ficando muitopouco como testemunho da histria antiga da cidade.
Indicado os limites do Recife, em 1631, com sua cerca e edificaes; oRecife de 1637-48 e as quadras no mais holandesas do mapa de 1733Numerao das casas segundo mapa, do sculo XIX, do Recife.
Ruas e edificaes ,segundo o mapa de Velloso / Corte Real 1733;
Mapas de autoria de Jos Luiz Mota Menezes
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expansAO
Com a chegada de Nassau, o Recife conheceuuma nova fase que marcou o domnio holands,
enfazando a afirmao de que os mesmos seriammelhores colonizadores que os portugueses. Umpensamento que se encontra em torno da forma degovernar de Maurcio de Nassau, caracterizando ummomento de grande importncia para o urbanismonas Amricas.
Mapas de autoria de Jos Luiz Mota Menezes18
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Toda a parte central da nova organizao eraprotegida por um longo trecho com fosso e muralha,
onde, entre o Forte Ernesto e o Forte de Cinco Pontas,estava definido um canal dividindo a ilha em duaspartes, conectadas por pontes. A nova CidadeMaurcia representava a consolidao de um plano deocupao, com uma polca de parcelamento edesenho urbano, ligada ao modelo nrdico deprojetar.
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Coelhos
A MARO
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193219
Percebe-se atravs de desenho em mapa de
1630, que no foi apenas um projeto de ampliao da
cidade existente, e sim, um plano de organizao comas exigncias de defesa e a necessidade doparcelamento de terras devidamente drenadas.Nesse perodo foi projetada a forficao de "CincoPontas" com a finalidade de defender a parte Sul,arculada com outras forficaes, formando umsistema defensivo, interligado com o Forte Ernesto nailha de Antnio Vaz.
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Porta da Terra- Arco do Bom JesusJos Luiz Mota Menezes
Ncleo mais ango do RecifeJos Luiz Mota Menezes
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Nas escavaes para a implantao da rede
de fibra tica do Porto Digital no bairro do Recife,surgiram vrios elementos construtivos deedificaes antigas e partes daqueles destinados defesa da cidade. Sob os pavimentos das ruas dosculo XXI, ficaram tambm os alicerces e pisos desculos passados. Foi o caso da prospecoarqueolgica realizada dentro dos edifcios da antigaSinagoga Kahal Zur Israel na Rua do Bom Jesus, ondeforam encontrados restos de uma muralhainacabada. Se outras prospeces forem realizadascom base na Cartografia Histrica, poderemosresgatar a visualizao de todo o processo dedesenvolvimento urbano do Recife.
PROSPECCOES
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Ao se analisar a Ilha de Antnio Vaz no plano
de 1639, percebe-se a permanncia da organizaourbana holandesa nos bairros de Santo Antnio eSo Jos. A sobreposio de mapas antigos e atuaispode indicar os pontos estratgicos para seremdesenvolvidas escavaes, a fim de se revelar osalicerces, objetos e referncias histricas,fundamentais para o esclarecimento de afirmaes edvidas da nossa origem e desenvolvimento urbano.
Ser possvel determinar em quais edifcios podemser encontrados vestgios materiais do sculo XVII,identificando-se a presena holandesa no Recifeatual.
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achados possvel acompanhar a ocupao da
pennsula do Recife e determinar os diversosmomentos da sua evoluo urbana. Seforem realizadas prospeces arqueolgicas emalguns pontos, ser localizado o ncleo inicial dapovoao e sua primeira organizao urbana. Neste
territrio poderia ser criado um percurso histrico apartir da revelao de alguns pontos de interesse. Nasescavaes seriam descobertos fragmentos demateriais construtivos e objetos pessoais de usocotidiano, como cachimbos, azulejos, pedaos delouas e porcelanas, alm de joias e moedas. Entre os lugares que certamente seriamachados vestgios nas prospeces, esto as
fundaes do antigo Arco da Conceio e SantoAntnio, prximos a Ponte Maurcio de Nassau, jconfirmadas em pesquisas anteriores. Seriamencontradas bases em alvenaria de pedra ou detijolos, da ponte construda pelos holandeses, assimcomo, alicerces das casas da antiga Rua da Ponte.
arco desanto
antonio
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autor no idenficado
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arco dobom jesus
arco daconceicao
forte
do buraco
FUNDAJ JC P 21.362
Autor no idenficado, 1912, ColeoBencio Dias, acervo FUNDAJ
Estampa litografada deW. Bassler, 1848
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Perspecva Museu Cu AbertoPrefeitura do Recife
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arqueologia
om o objetivo de dar proteo e visibilidade aos
cachados arqueolgicos, propomos a construo depontos para observao, incluindo muro de arrimo,
iluminao cnica, guarda-corpo e painel explicativo.Seriam executados assim como o Museu a Cu Aberto,localizado no bairro do Recife, que mostra o conjunto deestruturas e objetos arqueolgicos formados pelo trechoda muralha em pedra, datada do perodo de dominaoholandesa, e parte do dique de conteno do mar,
construdos no sculo XIX.
urbana
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TRILHA
HISTRICA
S
ugerimos que sejam executadas aberturas,que podem ser cobertas quando
necessrio, para no causar dificuldadesao trfego de veculos. Quando coincide com ruas eavenidas, como o caso do Arco da Conceio, possvel viabilizar uma estrutura que permita otrfego de veculos e a visibilidade das fundaes.Alm desta, em outras escavaes podem serdescobertas referncias conhecidas. o caso daIgreja do Corpo Santo, as cercas que envolviam o
Recife no domnio holands, o antigo Cais daLingueta, os baluartes do Arco do Bom Jesus,entre outros de relevncia histrica. Uma trilhacultural permanente, fazendo parte docotidiano da cidade, podendo ser apreciada porrecifenses e turistas, que passaro a conhecermelhor a nossa histria, desenvolvendo outrarelao com o Recife atual.
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museu aberto
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ciclofrescas
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t it i i i d i d t d d l di l id d
C
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om seus territrios vivenciados por mais da metade da populao mundial, as cidades se
Cfortalecem, destacando-se como prioritrias na definio das polticas pblicas. Aomesmo tempo, as prticas sociais na cidade um processo permanente de respeito econvivncia cidad, numa relao democrtica de usufruto dos espaos pblicos. Isto se refletena mobilidade das cidades contemporneas, a partir da necessidade do compartilhamento dasvias, entre os meios de deslocamentos motorizados e no motorizados. O modelo de urbanizao na maioria das metrpoles com o incentivo ocupao dasperiferias causou uma srie de impactos negativos de ordem social, econmica e ambiental.Alm da segregao, gerou o aumento da demanda energtica e degradao de reas naturais,causando o desequilbrio ambiental em muitas cidades. Este processo originou o caos damobilidade urbana, devido a um modelo equivocado de planejamento das estruturas virias e oprotagonismo crescente da indstria automobilstica. A mobilidade uma temtica fundamental na poltica de desenvolvimento urbano,
contribuindo com a viabilizao do acesso democrtico cidade. O acesso s funes urbanas um direito de todo cidado, considerando a diversidade social e as necessidades de locomoo.Ao mesmo tempo, a qualidade da ambincia urbana pode melhorar a partir do planejamento egesto do sistema de mobilidade e acessibilidade.
Historicamente os investimentos pblicos municipais e estaduais tm se concentradoem intervenes virias que privilegiam o transporte individual em detrimento do transportepblico. No se consolidou a implantao de faixas exclusivas para nibus e bicicletas, com osprojetos, aes e perspectivas da gesto pblica, ainda tratando o carro como protagonista.Recursos vm sendo, ao longo do tempo, investidos em alargamento de vias e construo de
viadutos com vista a aumentar a fluidez do trnsito.Quando se discute mobilidade, fala-se em primeiro lugar do transporte individual
esquecendo-se dos demais modais de deslocamento, principalmente a p e de bicicleta. Apoltica de transporte pblico no Recife ignorou o planejamento territorial, limitando-se aspesquisa de origem e destino, repercutindo apenas nos aspectos quantitativos. Defendem otransporte de qualidade apenas com ganhos nos tempos de viagem, quando precisamosmesmo de acesso confortvel as paradas, previsibilidade e atendimento pleno da malhaurbana. O Recife o polo principal de concentrao dos empregos e servios da metrpole,consequentemente, a populao que se desloca na cidade, no apenas a residente nomunicpio. Sendo assim, a infraestrutura fsica dos transportes necessita de um tratamentoenvolvendo os municpios metropolitanos, principalmente os conurbados ao Recife. Tanto emtermos fsicos como operacionais, precisam de uma rede eficiente para viabilizar osdeslocamentos de pessoas e bens da cidade.
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Um dos principais problemas da mobilidade noR if d i i i
A acessibilidade precisa ser priorizadat b l h
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Recife o congesonamento dos seus eixos virios,devido ao mau planejamento do uso e ocupao do solo.Com a concentrao de usos e avidades emdeterminadas regies, a maioria da populao usa o
transporte individual como a nica opo dedeslocamento. Contribuem tambm, a superposio delinhas em determinadas vias e o trfego de passagem nasprincipais vias. Segundo dados da Pesquisa Domiciliar de Origeme Desno de 1998, mais de trinta por cento das viagenseram realizadas a p. J o Plano Diretor de Circulao daCidade do Recife de 2000 mostrava que em torno de
vinte por cento dos deslocamentos urbanos eramrealizados por bicicletas. Ou seja, metade dosdeslocamentos feita por meios no motorizados detransporte. Fica claro que est na hora de priorizar otransporte publico e no motorizado, disciplinandoradicalmente o uso do carro. As ciclofrescas buscam resgatar uma convivnciahumana perdida, a parr da democrazao das vias e areconquista da qualidade da ambincia urbana.Entendemos que as vias pblicas devem ser usufrudaspor todos os meios de deslocamentos e que os passeiosprecisam ser sombreados. Diante do protagonismo docarro, o pedestre foi ignorado por dcadas, e agoranecessita ter de volta os espaos pblicos e o direito de ire vir reconquistado. P r o p o m o s c i c l o v i a s s e m s e g r e g a o ,consolidando a cultura do comparlhamento de vias,com harmoniosa convivncia dos diversos modais,estabelecendo o pedestre e o ciclista como prioritrios. Aexecuo se daria com o uso das verbas de sinalizaohorizontal e vercal, bem como, da produo de mudasexistentes nos oramentos anuais dos governosmunicipais e estaduais. Alternava de baixssimo custo,
que possibilita a implantao imediata, interligando osmunicpios metropolitanos conurbados atravs dosprincipais eixos virios.
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n a g e s t o u r b a n a p a r a u m m e l h o rfuncionamento da cidade, com invesmentose m t r a n s p o r t e p b l i c o e m o d a i scomplementares. Introduzindo novas
tecnologias e reorientando a ocupao do usodo solo, com o incenvo a diversidade deavidades para as reas de maiores fluxos eadensamento construvo. Em uma cidadeonde um tero da populao anda a p,esmular o deslocamento no motorizado u m a q u e s t o d e j u s a s o c i a l esustentabilidade, possibilitando um territrio
mais democrco e saudvel para as futurasgeraes.
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cotidiano
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O Recife, assim como vriascidades brasileiras, possui plano demobilidade que contempla ciclovias,
onde a maioria no saem do papel,contendando-se com rotas alternativasdesconectadas dos outros meios delocomoo. Sempre com o apelo porciclovias segregadas, a justificativaoficial por no ter executada a redecicloviria, a da ausncia de projetos,recursos financeiros e ou dificuldadesde implantao nas vias existentes.Enquanto isso, as ciclovias j existeminformalmente, sem sinalizao, comriscos de atropelamentos e mortes.
Muitas pessoas j executamsuas atividades dirias usando abicicleta como meio de transporte,
demanda crescente a cada dia noReci f e . Va le ressa l tar , que osdeslocamentos feitos a p e debicicleta, em alguns trajetos, levammenos tempo que outros modais.Implantando infraestrutura para osmodais no motorizados, estaremoslegitimando uma grande massa de
usurios, invisveis aos olhos do poderpblico e de muitos cidados.
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recife quente
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recife quente
s cidades esto sendo afetadas radicalmente pelas mudanas climticas, onde a
Aimpermeabilizao do solo tem aumentado as temperaturas, formando ilhas de calor,comprometendo a qualidade do ar e a ambincia urbana. Outro motivo a absoro daradiao solar e o calor transmitido pelas edificaes, bem como, o consumo de energia exigidopelas suas atividades, aliada a falta de vegetao nos passeios pblicos.
Atualmente, o desenho das cidades tem sido definido por blocos contnuos de edifcios,circundados por vias em asfalto, para facilitar a movimentao de veculos. Vem acontecendo
uma desertificao silenciosa, na substituio de antigas edificaes por novosempreendimentos. Predomina o alargamento das vias, o estreitamento das caladas e aerradicao de grande parte da arborizao. Aconteceu uma gradativa substituio dosparaleleppedos e um desuso das vias com superfcie de concreto, cuja maior resistncia percebida nas vias mais antigas da cidade.
Adaptao do livro Cidade e Meio Ambiente, Jos Guilherme Schutzer, 2012
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Os pavimentos so estruturas compostas por mltiplas camadas, sendo que o revestimento responsvelpor receber e transmitir a carga dos veculos, alm de servir de proteo contra as intempries. A escolha de umrevestimento deve considerar o nmero e tipo de veculos que transitaro nas vias, bem como, a disponibilidade dematerial, composio das camadas inferiores, entre outros. Estes so os critrios bsicos que so constantementeignorados no processo de renovao das cidades.
O CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente, composto basicamente por areia, brita e um ligantederivado do petrleo, um dos tipos de revestimentos mais usados nas rodovias brasileiras e hoje em grande partedas vias urbanas. De maneira aleatria e na maioria das vezes desnecessria, vem sendo banalizada a sua aplicao,quando a mesma no sequer recomendvel para as cidades brasileiras, devido s caractersticas do clima tropical.
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Nas ltimas cinco dcadas, as administraes pblicas acumularam problemas
estruturadores, com as cidades voltadas para atender as demandas do automvel individual.A priorizao dos veculos particulares culminou com o aumento das larguras das vias, sendosuperdimensionadas, gerando sempre um espao obsoleto ou subutilizado. Com o uso plenodas vias apenas em horrio de pico, pertinente determinar que as mesmas sejam estreitadaspossibilitando o compartilhamento dos diversos modais. O protagonismo dos carros trouxe s cidades os condicionantes tempo e velocidade, oque contribuiu bastante para o aumento da insegurana e violncia no trnsito. Ampliaram asescalas e transformaram o mobilirio urbano e formas de comunicao, afastando o pedestre
dos passeios pblicos. A intermodalidade a soluo para os problemas de mobilidade e oresgate da qualidade da ambincia urbana, com as vias permanentemente compartilhadas. Isso exige uma reviso dos paradigmas no planejamento das polticas pblicas demobilidade, sendo imprescindvel estabelecer a boa convivncia entre as diversas formas dedeslocamento, perdida com o culto exagerado ao carro. Da mesma forma, preciso aconstruo de bicicletrios nos principais equipamentos de uso coletivo, como: Prefeitura,Unidades de Sade, Estaes de Metr, Escolas, Aeroporto, Rodoviria, Terminais deIntegrao, etc., atravs de decreto, lei, e ou parceria com a iniciativa privada.
conforto e seguranatempo e velocidade
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democratizar Numa sociedade avanada, a democratizao doespao pblico possibilita ao cidado a escolha da melhorforma de deslocamento Precisamos estabelecer o senso
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Tipo predominante que possui um contexto depoucas ciclovias, sempre segregadas e ou desconectadasdo sistema de circulao, com o pedestre se aventurandoem caladas inacessveis. Os veculos motorizadosdisputam todo o espao oferecido, desordenado e mal
planejado, vidos por velocidade, onde predominam osviadutos para os carros e as passarelas para os pedestres.
Minoria no contexto mundial, possui umtrnsito mais ordenado, com os ciclistas protegidos porciclofaixas. Os veculos motorizados se comportam emfaixas pr-determinadas, enquanto o pedestre preservado em caladas nem sempre acessveis, comuma forte presena de binrios.
cidade subdesenvolvida
cidade emdesenvolvimento
forma de deslocamento. Precisamos estabelecer o sensode respeito entre as pessoas na cidade, proporcionando opleno acesso aos espaos pblicos, assim como, aos meios
de transporte. Um enfrentamento social na busca dareconquista da qualidade de vida urbana, perdida com oadvento do carro, cobrando uma gesto do uso do solo,que melhore a qualidade e a segurana do espao pblico.
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cidadedesenvolvida
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Com raros exemplos, possuic a l a d a s a c e s s v e i sprotegendo o pedestre,
compartilhando de formaordenada com o patinador, oskatista e o ciclista, assimcomo qualquer forma sobrerodas no motorizada.
Abaixo da caladaesto os veculos motorizadoscomo moto, carros, nibus,
entre outros, compartilhandoa mesma via, quase sempreem sentido bidirecional.
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sombrear
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sombrear
O Recife uma cidade demasiadamente
quente, devido ao adensamento e consequented i m i n u i o d o s o l o n a t u r a l , c o m aimpermeabilizao das vias e falta de arborizaonos passeios pblicos. Um desenvolvimento quemuda a paisagem negativamente, aumentando odesconforto trmico e a consequente fuga daspessoas dos espaos de convivncia pblica. Osba ir ros so carentes de reas verdes ,necessitando de um incremento na arborizao.No existe padro, seja para os tipos de rvores,ou locais de plantio. A maioria das ruas desprovida de arborizao, sem existir umacontinuidade na massa verde urbana.
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s i m p l e s e p o s s v e l i n i c i a rimediatamente um processo de humanizaodos bairros, a partir da conscientizao dosmoradores e usurios, por uma melhorqualidade de vida urbana, saudvel esustentvel. A prefeitura e rgos afins podemincentivar os moradores a recuperarem suascaladas, e incrementarem a arborizao, emparceria. Estabelecendo o pedestre comoprotagonista, rapidamente teremos os passeiose espaos pblicos, livres de barreiras e com umpiso confortvel. Existem mudas na prefeitura,alm de entidades pblicas e privadas quepossuem sementeiras, as quais atravs deparcerias podem suprir as necessidades. Em
dois anos, podemos ter toda a cidadesombreada, transformando a paisagem e ocomportamento do cidado. imprescindvel potencializar oplanejamento das reas verdes j identificadas,com padres pr-estabelecidos pela Prefeitura.As espcies a serem plantadas tm que serespecificadas com um cuidado para que no
prejudiquem a infraestrutura de caladas eservios. Por isso devem ser plantadas rvoresarbustivas de desenvolvimento rpido e de fcilmanuteno. Moror, Rosed, Paudarquinho,Flamboyant Mirim, Quaresmeira, entre outras
j conhecidas da Prefeitura. Entre os tiposdisseminados nas cidades, esto algumasconhecidas dos recifenses, porm de maneira
isolada e sem planejamento.
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rotas metropolitanas
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VIAS PRINCIPAIS
MANANCIAIS
REAS VERDES
rotas metropol tanas
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A descontinuidade viria o principal reflexo daocupao desordenada numa malha urbana de desenhoradial como a cidade do Recife. Os mananciais queentrecortam a cidade comprometem as conexesmetropolitanas perimetrais, bem como, as ligaesradiais. Isso exige que se adote uma viso dainfraestrutura viria de abrangncia metropolitana,como premissa para o conceito de rede, contemplando oterritrio da cidade na sua plenitude.
A predominncia de pouca quantidade de linhas
incidem nas elevadas densidades populacionais, comonos morros da zona norte e da zona sul, com significativadensidade populacional e com maiores restries deacesso ao sistema de transporte pblico. necessria aredistribuio da rede metropolitana de linhas, reduzindoas sobreposies dos itinerrios, o que induziria oadensamento da malha em reas com baixa densidade e adiminuio das linhas em trechos de saturao.
importante tambm, estabelecer o transportecomplementar, com a funo de fazer trajetos poucoacessveis, conectando a populao dos morros e reasmenos assistidas da periferia.
RECIFEOLINDAPAULISTACAMARAGIBE
SO LOURENO M.JABOATOROTASCICLVEIS
ciclofrescas
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ecife uma cidade compacta, possuindo cinco rios e mais de sessenta canais, a maioria
Rcom uma arborizao significativa. Estes cursos d'gua urbanizados seriam corredoresvirios naturais que possibilitariam a conexo entre vrios bairros. As ciclovias
sombreadas devem ser implantadas ao longo das margens dos mananciais e canteiros centrais, como incremento da arborizao ao longo das caladas e reas pblicas. So rotas que contemplam setecidades conurbadas ao Recife, implantadas nos corredores virios de maior circulao. Isso permitiria a conexo das principais vias do Recife com o aeroporto e as estaes demetr e nibus, possibilitando a ligao de toda a periferia com o centro metropolitano. No sentido
leste oeste conectaria os municpios de So Loureno, Camaragibe e Recife. No sentido Norte Sul,seria formado o principal eixo de conexo da Regio Metropolitana interligando as cidades deIgarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda, Recife e Jaboato. Uma percurso de apenas trintaquilmetros, incluindo o canteiro central da PE 15, o canal da Avenida Agamenon Magalhes e aciclovia existente da Av. Boa Viagem.
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CORREDOR NORTE SUL
padroes
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padroes
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Atravs de padres de vias compartilhadas, simulamos todas aspossibilidades de implantao a partir da conformao do sistema virio atual,mostrando a viabilidade de execuo imediata, adequando-se as vrias ruas eavenidas da regio metropolitana. Para dar suporte as implantaes dasciclofrescas, propomos paradas desmontveis instaladas no alinhamento dasciclovias, que passariam por trs com passagens de pedestres elevadas ao nvel dacalada. Em casos isolados, seria mantida a ciclovia passando na frente da parada
atravs de passagem elevada, e o total respeito do ciclista para com o pedestre.Isso facilitaria o acesso aos nibus, com bicicletrios acoplados, viabilizando ainterface entre os diversos modais. Estabelecemos cinco padres possveis a partir do redimensionamento dasvias existentes, que tradicionalmente oscilam entre sete, nove e quinze metros decalha, sem contar com as caladas, com algumas excees em corredores, como aCaxang, Mascarenhas de Morais e Agamenon Magalhes. previsto o pedestreem convivncia harmoniosa com a bicicleta, o carro e o nibus, com a faixa deservios implantada para a arborizao, iluminao e mobilirio urbanonecessrio. Com o plantio de rvores arbustivas em todas as caladas com cicloviasimplantadas, possibilitando um passeio refrescado para os pedestres e ciclistas.
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09m07m
15m
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25 35m
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35 40m
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ciclofrescas
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of ecasa amarela
projeto de humanizao do bairro de Casa Amarela, com a implantao de ciclovias
Osombreadas, fruto da parceria estabelecida com a Pastoral da Sade, componente doprograma Comunidade Saudvel e Sustentvel, como projeto piloto, sob a superviso da
Arquidiocese de Recife e Olinda.
As propostas seguiram as premissas de reconhecimento da grande quantidade de ciclistasexistentes no bairro, do incremento da arborizao dos passeios pblicos, bem como, dademocratizao das vias. Na expectativa de ver este trabalho reverberado em outros bairros,acreditamos ser o comeo de um processo para melhoria da qualidade de vida da populao, nabusca da sustentabilidade local, com nfase nas questes ambientais e sociais. A rea de interveno foi delimitada nos sentidos norte e sul pela Av. Norte e Estrada doEncanamento e no sentido leste e oeste pela Rua Gomes Coutinho e o Alto de Santa Isabel. O bairro bastante diversificado no que se refere ao uso e ocupao do solo, arborizao, trnsito,
transporte, entre outros aspectos de composio da sua paisagem urbana.
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As poucas praas existentes so bastante acanhadas com quase nenhum equipamento
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As poucas praas existentes so bastante acanhadas, com quase nenhum equipamentocomunitrio. No entanto, o canal Vasco da Gama, possui grande potencial para se transformarnum parque linear, visto que, o mesmo entrecorta todo o bairro e apresenta uma ambincia comqualidade significativa em alguns trechos no obstrudos. Casa Amarela se apresenta como ideal para se tornar um bairro ciclvel, e com grandequalidade de vida urbana. Primeiro pela presena marcante de ciclistas por todas as reas dacomunidade e tambm pela localizao estratgica, como passagem para outros bairrosvizinhos. O bairro sofre atualmente uma forte presso do mercado imobilirio, onde ainfraestrutura existente, se no planejada, pode vir a sofrer um colapso a mdio e longo prazo.Fruto de uma legislao ainda generosa, este adensamento tem como consequncia uma
verticalizao de grande significncia. As novas construes estabelecem uma relaosegregadora com as caladas, gerando reas inseguras, passando a ser uma ameaa qualidadeurbana e conforto ambiental da comunidade. Ao mesmo tempo, fazendo mudanas na orientao dos sentidos do fluxo de algumasvias, permitimos maior conectividade e maior fluidez do trfego, com intervenes a seremviabilizadas a curto, mdio e longo prazo. Na busca do envolvimento pleno da comunidade local,recomendamos uma campanha permanente de humanizao do bairro, atravs depanfletagens, passeios ciclsticos, seminrios, entre outros instrumentos de conscientizao.
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estrada do
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encanamento
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Estrada do arraial
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Rua da Harmonia
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rua padre lemos
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canal vasco da gama
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stio da trindade
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s o da ndade
O Stio da Trindade a nica zona de amenizao do bairro de Casa Amarela, um parqueconfortvel no que se refere sua massa verde e seus equipamentos. No entanto um espaopblico de pouca interface com a populao, visto que suas entradas so pouco convidativas,existindo inclusive, ruas de acesso ao parque obstrudas por muros que eliminam totalmente acomunicao. Propomos a abertura das quatro faces do Stio da Trindade, possibilitando apenetrao e seu cruzamento, atravs de passeios e ciclovias, articulando-o com as vias doentorno. Tambm sugerimos a urbanizao das margens do Canal Vasco da Gama, incrementandosua massa verde, transformando-o num parque linear. O canal poderia se interligar com o Stio daTrindade, atravs de um corredor verde, pela rua Bela Vista, convertendo-se no pulmo do bairro.
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Ponte projetada para continuidade da Rua do Riachuelo
travessiassombreadas
Vi d li i l d b id d i bili
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Viaduto Capito Temudo
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Vivemos num pas de clima tropical onde a sombra uma necessidade que viabiliza o
conforto para as pessoas nos espaos pblicos. A maioria das travessias, antigas ou recm-inauguradas, no possui caladas, arborizao ou qualquer elemento que sugira bem estar para asopes de deslocamentos no motorizados. Propomos a execuo de faixas sombreadas, naspontes e viadutos, a fim de proporcionar conforto nas suas travessias. Ao implantar osombreamento nos viadutos e pontes do Recife, poderemos perceber imediatamente, a melhoriada qualidade da circulao urbana.
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orla fresca
A Avenida Boa Viagem apesar de possuir uma paisagem de alto valorambiental, no tem sido tratada como merece. As ltimas intervenes paraimplantao de ciclovias apesar da melhoria funcional geraram perdas na
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implantao de ciclovias, apesar da melhoria funcional, geraram perdas na
ambincia urbana. Foi demasiadamente reforada a consolidao da viacomo estacionamento pblico, retirando do cidado que trafega na avenida,o usufruto da paisagem, encoberta por carros estacionados. Com asubstituio das vagas de estacionamento por canteiros arborizados, sergerado uma nova ambincia, mais aconchegante e confortvel, mudando ocontexto local, e repercutindo no aproveitamento da orla pela populao.
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Mobilidade uma questo central em todas as cidades do mundo estdiretamente ligada ao acesso cidade e aos servios pblicos, ao meio
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g p ,ambiente e sade da populao. Neste sentido, organizaes de vrias
cidades do mundo decidiram dedicar uma semana - de 16 a 22 de setembro( q u a n d o c o m e m o r a d o o D i a i r a a p r o g r a m a o eparticipexxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
64Rua da Aurora / Rua Mamede Simes / Parque 13 de Maio / Rua 7 de Setembro / Rua ImperatrizRua da Aurora / Rua Mamede Simes / Parque 13 de Maio / Rua 7 de Setembro / Rua da Imperatriz
Recife uma metrpole plana e pobre, onde um tero deseus habitantes vive abaixo da linha da pobreza e que
l d l h d d d
humanizacao
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invariavelmente se desloca a p. Esta na hora da nossa sociedade
entrar em consenso, para uma transformao cultural de usufrutoda cidade. Para isto, basta admitir que o pedestre prioridade e quea calada deve ser sombreada e dividida entre os vrios meios dedeslocamento no motorizados, compartilhando as vias com osveculos motorizados, em uma boa convivncia e harmonia.
Pedestrianizando algumas ruas da cidade, podemosresgatar a circulao de forma qualitativa, onde as pessoas seencontram, celebram e dividem emoes. As ruas humanizadaspodem mudar as relaes sociais de uma populao, diminuindo oindividualismo e possibilitando uma dinmica necessria paragarantir a segurana e a conservao dos espaos pblicos.
Fotomontagem - Rua Mamede Simes
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Praa da Repblica
Parque 13 de Maio
Praa do Derby
IPAV
Parque da Jaqueira
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Parque Caiara
Parque Santana
Parque Apipucos
Praa de Casa Forte
Stio da Trindade
Praa do Exponente
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Mata Dois Irmos
Parque da Tamarineira
Aude Apipucos
rota verdeAs principais vias usadas como rotas alternativas
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As principais vias usadas como rotas alternativas
nos percursos ciclsticos cotidianos, oferecem riscos aosusurios e no apresentam as conexes necessrias paraa otimizao dos itinerrios. Os trechos das cicloviasexistentes no possibilitam a continuidade da malhaviria, sem interface alguma entre os meios detransporte pblico de passageiros. A rota verde umaalternativa de implantao de ciclovias em trechos e ruasarborizadas existentes, possibilitando um percurso ondeseria possvel a contemplao e visitao das principaisreas verdes da cidade.
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capivaras
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otalmente pernambucano, o Rio Capibaribe, nasce a mais de mil metros acima do nvel
Tdo mar, no alto da Serra do Jacarar ou na Serra dos Campos at desaguar no OceanoAtlntico. Um rio polmico com mais de duzentos quilmetros de extenso, de origemconflituosa entre os municpios de Poo e Jataba. Conhecido como o rio das capivaras ou guade capivaras passa por mais de quarenta cidades do Agreste Zona da Mata e Litoral Perene a
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de capivaras, passa por mais de quarenta cidades do Agreste, Zona da Mata e Litoral. Perene apartir da cidade de Limoeiro, o Capibaribe se torna navegvel nos ltimos vinte e cincoquilmetros em direo ao Oceano Atlntico, na cidade do Recife. O Rio Capibaribe que no passado serviu como via de transporte e contemplou banhosmedicinais, sendo um dos locais de lazer da cidade, hoje tem a populao voltada de costas paraas suas margens, principalmente nos trechos urbanos. O rio est parcialmente sucateado,sofrendo gravemente com o despejo de resduos industriais e domsticos das cidades que omargeiam, por no possurem sistemas de tratamento adequado para seus efluentes. O
crescimento urbano desordenado das ltimas dcadas foi o responsvel pela deteriorao doCapibaribe, comprometendo a qualidade de vida das comunidades ribeirinhas. O sistema de macrodrenagem do Recife formado por mais de sessenta canais quecompem as redes naturais de drenagem das bacias dos rios Beberibe, Capibaribe, Pina, Jordoe Tejipi. Para o Recife, a rede hidrogrfica to importante quanto a rede de infraestrutura e deservios. No entanto, no vem sendo considerado como elemento estruturador para oplanejamento territorial, servindo de depsito de objetos descartveis, cadveres de animais ehumanos, tendo sua presena ignorada em toda a malha urbana da cidade.
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Os esgotos so lanados nos rios, crregos e canais que cortam a cidade, atravs de ligaesclandestinas no sistema de drenagem de guas pluviais. Essa situao tem piorado ao longo dosanos, pois a maioria dos edifcios das vias marginais no possui tratamento de esgoto. Os cuidadoscom os espaos pblicos de uma cidade indicam o modo de ser das sociedades que nela residem.Dessa forma, a tonalidade escura da gua derivada dos esgotos brutos lanados diretamente no
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Dessa forma, a tonalidade escura da gua derivada dos esgotos brutos lanados diretamente noCapibaribe, ressalta o descaso caracterstico do recifense. As reas pblicas so constitudas dos espaos abertos de uso comum, apropriadosespontaneamente pelas pessoas que nela vivem, onde os cursos d'gua so significativos nessescontextos. O Rio Capibaribe serpenteia o Recife, passando por grande parte dos bairros quecompem a cidade. Naturalmente uma via de comunicao que poderia interligar os vriosbairros ribeirinhos atravs da sua margem ou com travessias em pontos estratgicos. Um ParqueLinear ligando todos os bairros que margeiam o Capibaribe e que ao mesmo tempo seria uma via
de trfego alternativo, melhorando a fluidez do trnsito. A oferta de espaos pblicos uma das poucas maneiras de quedispem as administraes para conseguir a melhoria efetiva nas
condies de vida da populao menos favorecida. Transformando asduas margens em vias parque, os deslocamentos no
motorizados para pequenos percursos sero estimulados,facilitando a comunicao entre os parques, praas e
reas verdes prximos do curso d'gua. Precisamos
estabelecer uma poltica contnua de intervenonos mananciais, com destaque para o RioCapibaribe e seu esturio, pela importnciahistrica e paisagstica na identidade do
Recife.
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s margens do Capibaribe tem sido tratadas muitas
avezes como simples espao residual e no comoelemento fundamental na forma urbana do Recife.Esse descaso ao longo dos anos foi diminuindo a relao dapopulao com o seu leito, sendo, em vrios momentos
ocupado indevidamente por assentamentos informaissobre palafitas e terrenos privados que avanam sobreruas oficiais, aumentando sua superfcie por sobre asmargens e causando transtornos na circulao urbana. Esta ocupao indevida provoca a interdio devrios pontos ao longo de vinte quilmetros. So trechosestratgicos para viabilizar a continuidade da margem, vianatural que possibilitaria as conexes urbanas e a fluidez
viria necessria. Muitos desses bloqueios se do porparte de atores privados que se apropriaram das bordasd'guas, alguns pela alterao da calha do rio, outros porinvaso de reas pblicas.
Trecho obstrudo Trecho desobstrudo Via Parque
a ser implantada
obstrucoes
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PARQUELINEAR
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O Rio Capibaribe serpenteia os bairros da Vrzea, Caxang, Dois Irmos, Apipucos, Monteiro, Pooda Panela, Santana, Iputinga, Torre, Madalena, Graas, Derby, Paissandu, Ilha do Retiro, Coelhos e Boa
Vista, at a Antiga Ponte Giratria, numa extenso de vinte e cinco quilmetros. Com uma ocupaoheterognea, as suas margens tiveram desenvolvimentos distintos, levando a margem esquerda a possuirmelhor infraestrutura do que a margem direita, alm de ser uma barreira natural de conexo entre osbairros, o que gera atropelos dirios para a populao se deslocar. O Parque das Capivaras prev uma Via Parque nas margens de todo o percurso do rio, destinadoaos meios de locomoo no motorizados, onde em alguns momentos ocorrer o encontro com as viaspara veculos motorizados j existentes, potencializando a intermodalidade. Em um trecho de vintequilmetros , da BR-101 Antiga Ponte Giratria, passando pelos parques Apipucos , Caiara, Santana,
Jaqueira, Praa do Derby e a Ilha do Zeca, totalmente possvel usar as margens do Rio Capibaribe comocaminho alternativo, ou aproveitar a rea para pedalar, andar de skate ou patins.
PRINCIPAIS VIAS 1. PR AA DA REPBLICA
LEGENDA
8. STIO DA TRINDADE
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VIA LOCALVIA PARQUE
PARQUES, PRAASE REAS VERDES
2. PARQUE 13 DE MAIO3. ILHA DO ZECA4. PRAA DO DERBY5. PARQUE DA JAQUEIRA6. PARQUE TAMARINEIRA7. PARQUE SANTANA
9. PRAA DE CASA FORTE10. PARQUE CAIAR A11. PARQUE APIPUCOS12. CAXANG GOLF CLUB13. ILHA DO BANANAL
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padroes
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Quatro metros so destinados scaladas, cada uma com dois metros delargura. Os seis metros restantes, entreos passeios pblicos, apenas seriapermitido o trfego de meios dedeslocamento no motorizados.
PASSEIONAOMOTORIZADO
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trfegomisto
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Totalizando dezoito metros de largura,onde exisr rua pavimentada serimplantado vias com faixa exclusiva paranibus, ordenando a circulao dosveculos individuais. Melhorando assimas vias por onde circulam carros, nibuse motos, acomodando as variadasformas de deslocamento.
implantacao
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O fluxo nas guas do Capibaribe, desde a Vrzea ao Centro doRecife, restrito aos deslocamentos domsticos, tursticos e esportivos,no acontecendo enquanto transporte de massa. Ao mesmo tempo,existem vrios pontos das suas margens onde as vias no tem
continuidade, o que exige desvios e rotas alternativas, o mesmoacontecendo em relao s vias que poderiam ligar uma margem a outra.O Parque Linear se daria ao longo do rio, aproveitando a sombra domanguezal j consolidado, incrementando com outras espciesplantadas na superfcie. Nesse corredor natural seriam implantadas as vias lindeiras smargens, conectando os vrios bairros que margeiam o Capibaribe, com aciclovia sombreada e as pistas para corredores, skate, patins e ou
patinete. A pavimentao no necessariamente seria impermevel,podendo ter uma soluo permevel de baixo custo, possibilitando umtrfego satisfatrio para os meios no motorizados. As intervenes sedariam de forma a viabilizar que todos os trechos entre as pontes possamse comunicar de forma contnua e sempre arborizada.
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Nas reas obstrudas das margens do rio, a prefeitura podenegociar com os ocupantes dos terrenos, a abertura das vias para opedestre. A Via Parque ocuparia apenas dez metros dessas reas noedificveis, sem nenhuma perda de titularidade. O proprietrio
continuaria sendo dono do imvel e no haveria necessidade dedesapropriaes, onde abrir as frentes do rio para a cidade seria apenasuma gentileza urbana.
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RESGATEDO CAPIBARIBE
Plataformas flutuantes completam o Parque das Capivaras, com ancoradouros distribudos ao longo do
rio, estreitando a relao dos moradores com o Capibaribe. Migrariam em meses alternados e atracariam em
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rio, estreitando a relao dos moradores com o Capibaribe. Migrariam em meses alternados e atracariam empontos distintos da Vrzea ao Centro. Nesses flutuantes poderiam se realizar concertos, mostras culturais ousimplesmente no se fazer nada. Uma gentiliza urbana que se repetiria por todo o percurso do Capibaribe,estabelecendo o resgate do rio para ser apropriado pela populao. Seria mantido o manguezal que foi plantado e se encontra totalmente consolidado na paisagem urbanarecifense. No se faz necessrio a retirada do mangue, que em idade avanada possui sua copa mais alta,possibilitando as visadas por entre suas razes e troncos, o que em Recife est bem prximo de acontecer.Sendo assim, basta aguardar mais alguns anos, para que se faa o raleamento inferior de seus troncos, de
maneira planejada, recuperando a visada em locais previamente determinados, com o acompanhamento deespecialistas. Ao mesmo tempo, preciso ampliar as obras de esgotamento sanitrio e educar a populao parano jogar lixo no Capibaribe. Com o seu leito menos poludo, ser mais agradvel para o transporte fluvial epossibilitar uma reviso comportamental do cidado.
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expandido
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evoluo urbana da regio metropolitana do Recife possui uma configurao que reafirma o
Amodelo de crescimento acelerado das cidades contemporneas. Um tecido urbanodiversificado social e economicamente, resultante de uma ocupao desordenada ao longodos anos, gerando uma composio de fragmentos tipolgicos. Edifcios altos, palafitas eassentamentos em encostas estabelecem a paisagem da cidade, numa mostra da discrepncia
i l lid d t it i d d i i l t f i
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social e consolidao do territrio de modo irracional e autofgico. A cidade do Recife entrecortada por rios e canais, com uma plancie semicircular,circundada por morros. Neste contexto, a viso no planificada vem acumulando erros noplanejamento do sistema de transporte, predominantemente concntrico, com baixa densidadede linhas nas periferias. Essa distribuio consequncia do conceito, cuja premissa de origem-destino define o desenho das linhas, com o Centro Expandido sendo o principal destino dos
itinerrios.Erros se repetem em outros modais, como na definio das linhas de metr aproveitandotrilhos existentes, competindo com corredores naturais para o transporte coletivo como aAvenida Abdias de Carvalho e a Avenida Mascarenhas de Morais. Isso gerou uma subutilizao daslinhas, repetindo-se o que acontece nas vias, ou seja, a superlotao nos horrios de pico. Osprojetos previam um adensamento na malha urbana ao longo dessas linhas, o que no ocorreucomo previsto devido a expanso urbana ter um sentido natural distinto. Sendo assim, o Recifeconvive com parte dos seus principais eixos virios saturados e um sistema de transporte de
massa subutilizado.
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Sabemos que alm das questes econmicas e das prticas sociais, a forma urbana e oequilbrio do uso do solo podem ser planejados visando um consumo mais eficiente de recursos eemisses de carbono por edificaes e meios de transporte. Ao mesmo tempo as densidadespopulacionais mais elevadas so menos impactantes devido s vantagens da proximidade entreas atividades socioeconmicas. Sendo assim, as cidades de forma mais compactas reduzem otempo e a energia gastos com deslocamentos
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tempo e a energia gastos com deslocamentos. A soluo est num planejamento que promova a diversidade de atividades em centrosautnomos, junto a um padro de mobilidade baseado na intermodalidade. A priorizao dotransporte pblico, somado ao uso dos meios no motorizados, incentivando os pedestres nousufruto dos espaos pblicos. Para diminuir o caos imediato, imprescindvel a racionalizao dosistema de transporte pblico, com a hierarquizao das linhas e a continuidade de ruas,
ampliando a malha viria e reduzindo o consumo de energia, evitando grandes deslocamentos,congestionamentos e poluio. Uma cidade sustentvel se estabelece a partir da consolidao plena do seu territrio deoportunidades, enquanto cidade compacta e polinuclear. possvel garantir que o CentroPrincipal e as novas centralidades se consolidem como polos autnomos de desenvolvimentolocal, metropolitano e regional. Uma densidade qualificada com diversidade social e riquezaambiental, garantidas a partir da normatizao do uso misto, com amplos passeios pblicos eincremento dos espaos de convivncia coletiva.
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centralidades
metropolitanas
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O Recife hoje uma cidade totalmente conurbadaterritorialmente, e ao mesmo tempo, desarticulada nas polticaspblicas de interesse metropolitano. O processo de periferizaolevou a cidade a se espalhar fisicamente, ampliando seus
problemas urbanos comuns como transporte, saneamento,habitao, limpeza urbana, etc. O aumento da ocupaoterritorial em conjunto com aes governamentais isoladas, fezcom que as solues macros fossem se perdendo e afastando ohorizonte de desenvolvimento metropolitano pleno. Os centros secundrios da Encruzilhada, Afogados, CasaAmarela, Beberibe e de gua Fria, assim como os centros dascidades conurbadas ao Recife, constituem importantes polos de
comrcio e de servios. Representam reas dinmicas, comgrande nmero de atividades concentradas nas imediaes dosmercados pblicos e nas principais vias do entorno. Em outroscentros no restante da metrpole, predomina o uso habitacionale o comrcio de bairro.
As centralidades metropolitanas enquanto reas deconcentrao de atividades econmicas diversificadasaumentaram os conflitos entre os meios de transporte. As
centralidades so os principais destinos dos curtosdeslocamentos urbanos em suas reas de influncia, na suamaioria, realizados por meios no motorizados. Nas interligaesentre estes centros, os servios de transporte coletivo e de cargasdisputam o mesmo espao com o transporte individualmotorizado. Ao mesmo tempo, a falta de infraestrutura e osproblemas de ordenamento do solo urbano provocam ocongestionamento do sistema virio.
metropolitanas
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O Centro Principal, intitulado por tcnicos como Centro Expandido, compreende o
permetro formadopela linha limite da avenida Agamenon Magalhes que corta os bairros do Cabanga, Paissandu, Derby, Boa Vista,Santo Amaro, em direo cidade de Olinda, limitando-se com o bairro do Recife e Oceano Atlntico. essaporo da cidade que contempla o centro de origem e a primeira expanso urbana da cidade. O Centro Principal agrega grande parte das atividades de comrcio e servio, alm do comrcio atacadistae varejista. Nessa rea localiza-se parte considervel dos rgos pblicos, instituies financeiras e unidades deensino pblicas e particulares, bem como, parte importante dos equipamentos relacionados ao turismo, ao lazer
e cultura. A dinmica de localizao dos usos e atividades no Centro Expandido sofreu grandes transformaes,onde at a dcada de setenta abrigava as principais atividades econmicas e institucionais.
Com o desenvolvimento imobilirio nos bairros do Espinheiro Graas e Boa Viagem ocorreu a migrao
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Com o desenvolvimento imobilirio nos bairros do Espinheiro, Graas e Boa Viagem, ocorreu a migraodo tercirio nobre mais qualificado, do centro para esses bairros. Dessa forma foi consolidada, no CentroExpandido, uma grande concentrao de usos comerciais e de servios com atividades comerciais e tercirias,direcionadas para os segmentos populares. Ao mesmo tempo, impulsionado pelas maiores facilidades demobilidade, contribuiu para a estagnao dos centros secundrios.
Trolebus na Av. Guararapes, aprox. 1960, autor no identificado 92
c e n t r oprincipal
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caos urbano Mais de setenta por cento das linhas existentes no Sistema de TransportePblico de Passageiros do Recife passam pelo Centro Expandido, onde quase asua totalidade transita pela Avenida Conde da Boa Vista e entorno. Isto fez comque ao longo de dcadas ocorresse uma degradao paulatina dos espaospblicos do Centro Principal, com a presena macia de veculos motorizados. A luta diria entre as vrias formas de deslocamento, aliada a ausncia de
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ordem pblica, levou a um cenrio catico com uma imagem negativa, nocondizente com o patrimnio construdo e natural desse territrio. Num estadode catarse coletiva, o Centro Expandido o exemplo da inrcia que tomou contada gesto pblica e dos cidados, num processo que se no for revistoimediatamente, pode se tornar irreversvel.
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MATRIZ O Sistema de Mobilidade Urbana de uma cidadedeve compreender os meios de transporte motorizados e
no motorizados, onde os servios de transporte incluemos de passageiros e carga, individual ou coletivo. J ainfraestrutura composta de vias e passeios pbicos
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infraestrutura composta de vias e passeios pbicos,includos metr, ferrovias, hidrovias, ciclovias,estacionamentos, estaes e demais conexes quepossibilitem os pontos para embarque e desembarque depassageiros e cargas. Tudo isto atrelado a um sistema degesto composto pela sinalizao viria e de trnsito, cominstrumentos de controle e fiscalizao. Negando todas essas consideraes, temos comocenrio na cidade do Recife, uma competio permanenteentre o Sistema de Transporte Pblico de Passageiros -STPP com uma malha concntrica e descontnua, baseadana origem e destino, e o Sistema Estrutural Integrado SEIcujo planejamento previa a implantao de uma malha
policntrica contnua. O formato atual estabelece umacompetio entre as linhas metropolitanas e linhas locais,reduzindo a eficincia da rede de transporte de passageiroscomo um todo. Ao mesmo tempo, temos os terminais depassageiros como referncia de campos de guerra, sendodesenvolvida uma luta medieval para se ter acesso aosnibus em horrios de pico. O SEI possui o mesmo conceito da matriz
circunscrita de mobilidade, ideal para a morfologia doRecife. Um pensamento diferente da lgica origem-destino, que tem sobrecarregado a infraestrutura urbanade transporte. Precisamos usar os indicadores daspesquisas como base pra o dimensionamento de uma redemais racional, com mltiplas conexes. S assim teremosuma distribuio homognea do sistema de transportemetropolitano dentro da malha viria planificada, partindo
para uma concepo de rede integrada que possibilite umahierarquizao de linhas no territrio da RegioMetropolitana do Recife.
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VIA EXPRESSA
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RECIFEOLINDAPAULISTACAMARAGIBESO LOURENOJABOATO
VIA EXPRESSAVIA COMPLEMENTARVIA ALIMENTADORAVIA COLETORA
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N
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A infraestrutura de mobilidade emalha viria do Recife foi planejada para
PLANEJAMENTO E GESTAO
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priorizar os deslocamentos do transportemotorizado individual. Atualmente, a nicainfraestrutura exclusiva para o transportecoletivo resume-se ao corredor da Av.Caxang, Av. Conde da Boa Vista e as duas
linhas de metr. Quase quinhentas linhastrafegam em apenas seis importantes viasdo centro expandido. Na Avenida Conde daBoa Vista passam em torno de cemitinerrios de nibus assim como naAvenida Guararapes e Rua da Aurora. Enquanto esses corredores vivemabarrotados de coletivos, temos vcuos de
vias sem qualquer oferta de transporte,como o caso da Avenida Mrio Melo nobairro de Santo Amaro. Uma grandequantidade de nibus na Conde da BoaVista, na Rua do Prncipe e na AvenidaVisconde de Suassuna, porm, semassistncia alguma at a Avenida Norte. necessria a construo de vrias pontes e
pontilhes, alm de desapropriaes, o quev i a b i l i z a r i a a s c o n e x e s h o j eimpossibilitadas. preciso tambmreorganizar as linhas de nibus, superpostasao extremo, um dos grandes responsveispelo caos no trfego. O planejamentolabirntico atual faz com que muitas viasestejam sobrecarregadas em detrimento deoutras subutilizadas.
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situacao atual
proposta
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A ideia desenvolvida tem como eixo principal a racionalizao das linhas de nibus que hoje convergempara o Centro. Nossa proposta pretende replanejar o sistema virio do centro expandido, reordenando as linhas
de nibus, hierarquizando as vias e implantando ciclovias sombreadas em alamedas estratgicas. Dessa formaser possvel fazer fluir o trnsito, priorizando a bicicleta como principal forma de deslocamento, praticando umamaior integrao dos modais, com uma ambincia urbana mais qualificada.
Sugerimos a integrao dos dois principais corredores da cidade, as Avenidas Agamenon Magalhes eConde da Boa Vista, que passariam a ter apenas uma linha expressa cada uma, alimentadas por vrias outrascomplementares. As duas linhas expressas que trafegariam pela Agamenon Magalhes e Conde da Boa Vistateriam diversos veculos articulados e biarticulados.Esses nibus seriam alimentados em estaes localizadas em pontos estratgicos, como a Praa do Derby, o
Terminal Integrado Joana Bezerra, o entroncamento da Avenida Norte com a Agamenon Magalhes, o Parque 13de Maio e a Estao Recife do metr. Em paralelo, racionalizao do transporte pblico sugerida a adoo daintegrao temporal das tarifas, um nico bilhete permite que o passageiro use vrias linhas num perodo pr-determinado, independentemente de passar por terminais de integrao.
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cais da aurora
O Cais da Aurora sem dvida a melhor frente d'gua depois da praia de Boa Viagem. Noentanto sofre com a sua falta de articulao com o conjunto edificado imediato. Sejam edifciosinstitucionais ou residenciais, todos negam a relao com o Cais, tendo uma via de grandemovimento como separao. necessrio viabilizar a interface entre a avenida e a frente d'gua,atravs de passagens elevadas e incremento do verde, com uma articulao entre as viasperpendiculares e entorno. Propomos uma interveno ampla em toda a extenso da Rua da Aurora, desde a Rua
Velha at a Avenida Cruz Cabug, podendo ser continuada nas duas extremidades, tanto para oCais Jos Mariano como para a Avenida Agamenon Magalhes. sugerida a reabilitao dasmargens, bem como, o reordenamento dos estacionamentos em via pblica, atrelado a instalaode um Veculo Leve sobre Trilhos - VLT, que faria conexo com as linhas da Conde da Boa Vista eBairro do Recife.
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agamenoncom brt
Enquanto alguns se deslumbram com abanalizao do BRT Bus Rapid Transit, vemoslugares reconhecerem o erro induzido pelo
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modismo, optando por outra relao entre ocidado e os meios de transporte. O BRT umagrande ferramenta para diminuir os problemas dotransporte pblico nas metrpoles, quando bem
planejado e localizado em corredores expressos, depreferncia nas bordas perimetrais dos centrosurbanos. No entanto, quando tratado de maneiraisolada, pode se transformar em uma grandeestrutura no coerente com a escala humana, comoaconteceu com os metrs de superfcie em vriascidades pelo mundo no sculo passado.
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Sem contar com outros instrumentos
complementares mobilidade, como oplanejamento do uso do solo, o BRT se isola dacidade e dos seus usurios, no resolvendod fi iti t bl d t it
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definitivamente os problemas de trnsito etransporte. Ao mesmo tempo fora a atitudes deconvenincia, negando as premissas tcnicas,como a implantao de ciclovias no canteirocentral, dificultando as conexes naturais. O BRTna Agamenon mais um erro de planejamentoque poder vir a se juntar a outras experinciasmal sucedidas no Recife, que se prenderam aosaspectos pragmticos do tempo e velocidade.
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preciso investir no planejamento do transportepblico, na continuidade do sistema virio e na socializaodos espaos, dando vez aos pedestres, s bicicletas e
agamenon sem brt
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restringindo o acesso do veculo individual em algumas vias.Esses argumentos so suficientes para direcionar uma soluosimples, sem precisar de grandes interferncias na estruturaconsolidada, garantindo a urbanidade e conquistando a
humanizao para a avenida. Como outras vias metropolitanas, a Agamenon foisuperdimensionada, chegando aos dias atuais com dozefaixas de rolamento. Propomos a transformao das viaslocais, com o redirecionamento do uso voltado para os meiosde deslocamento no motorizados. Com o incremento daarborizao e nivelamento dos pisos, podemos resgatar afaixa exclusiva de nibus e a ciclovia para o alinhamento das
caladas, tratando o pedestre como o verdadeiroprotagonista da cidade.
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nova boa vista
Uma avenida que est no imaginrio de quase
toda a populao recifense, vtima de um projetocorreto, mal executado e terrivelmente gerenciado.Com uma concepo inteligente o projeto previa oprotagonismo do pedestre e a priorizao do
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protagonismo do pedestre e a priorizao dotransporte coletivo. As caladas foram alargadas emelhorados os passeios, sendo criadas faixas depedestres elevadas, e o corredor exclusivo de nibusno eixo da via. A gesto atual das linhas que circulampela a avenida incompreensvel, possui em torno decem linhas, quando j teve mais de cento e cinquenta,e na verdade s precisaria de uma. Nossa proposta se restringe a uma linha, depreferncia com a implantao de um veculo levesobre trilhos ou Pneus que vir desde So Loureno eCamaragibe, passando pela Conde da Boa Vista,
Guararapes, e Dantas Barreto, podendo se articularcom as estaes Central, Imbiribeira e Afogados. Emparalelo, uma total reabilitao a partir da arborizaoe manuteno de suas caladas, com a implantao deciclovias e o ordenamento do mobilirio urbano.
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cais jos estelita
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NovaAv. Norte
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coneCTIVIDADE
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Temos inmeras vias sem continuidade que poderiam dar acesso ao Centro Principal efacilitar a circulao. Sugerimos a construo de sete pontes e sete pontilhes para integrar osistema virio do Centro Expandido, facilitando os deslocamentos de carros e bicicletas. Comoexemplos, temos a construo de um pontilho sobre o canal da Agamenon Magalhes ligando aRua Amlia, nas Graas, Avenida Mrio Melo e de uma ponte sobre o Capibaribe para fazer aligao com o Bairro do Recife. Contemplamos tambm uma ponte projetada h dcadas, sem sair
do papel, ligando a Rua do Riachuelo Praa da Repblica, paralela Ponte Princesa Isabel.
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