CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA
CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE
TÉCNICOS CONTÁBEIS X DIREITO SOCIETÁRIO = EMPRESA
CLÁUDIO ROBERTO VLASIC BAJTALO
PALMITAL
2011
CLÁUDIO ROBERTO VLASIC BAJTALO
TÉCNICOS CONTÁBEIS X DIREITO SOCIETÁRIO = EMPRESA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ETEC Professor Mário Antônio Verza integrante do Centro Paula Souza em Palmital - São Paulo, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Contabilidade.
Orientador: Prof. José Marcelino Calegari
PALMITAL
2011
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA
CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE
CLÁUDIO ROBERTO VLASIC BAJTALO
TÉCNICOS CONTÁBEIS X DIREITO SOCIETÁRIO = EMPRESA
APROVADO EM ____/____/____
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________________________
JOSÉ MARCELINO CALEGARI – ORIENTADOR
__________________________________________________________
ROBERTO GABRIEL RONQUI – EXAMINADOR
__________________________________________________________
EDSON ANTÔNIO RAMIRES - EXAMINADOR
DEDICATÓRIA
Dedico este humilde e singelo
trabalho a Deus, nosso Alfa e nosso
Ômega, Criador de todo o universo e
assim seja.
in Memoriam:
MARIA JOSÉ BIERNATH VLASIC
BAJTALO
(06 de março de 1942 - 23 de abril
de 2004) – mãe maravilhosa e
dedicada, muita saudade e amor
eterno, que a imensa paz de Deus
ilumine e habite ser por toda a
eternidade. Amém!
AGRADECIMENTOS
Agradeço desde já à ETEC Professor Mário Antônio Verza pelo apoio
prestado no desenvolvimento deste trabalho.
Agradeço também ao orientador, o Professor José Marcelino Calegari,
pelo auxílio e suporte técnico, intrínsecos à sua experiência profissional e
acervo intelectual, por suas recomendações e instruções fundamentais para o
sucesso deste trabalho.
Também agradeço aos meus familiares pela compreensão da minha
ausência, não só durante as aulas, mas especialmente durante todo o
processo de elaboração, produção e conclusão deste trabalho.
Muito obrigado a todos!
EPÍGRAFE
“A vida terrena em sociedade, ao sábio cidadão, nada mais é que a conclusão
com louvor de um pós-doutorado e/ou de uma livre-docência na verdadeira e
sagrada ciência do perdão, cujo prêmio com o advento do término da mesma é
o paraíso eterno ao lado de Deus, e isto, só será possível com o contábil
equilíbrio Celestial existente na contabilidade do balanço espiritual de cada um,
onde: para cada perdão que Deus te conceda, deve sempre existir um ou mais
perdões de igual valor (evidentemente respeitadas as devidas proporções da
superioridade Divina) concedidos por ti a outra(s) pessoa(s), logo, da mesma
forma, para cada um ou mais perdões concedidos por ti a outra(s) pessoa(s),
sempre certamente haverá também um perdão equivalente concedido por
Deus à tua pessoa.” (uma fusão da síntese de alguns dos mais ilustres
provérbios e versículos Bíblicos com o método científico das partidas dobradas:
para cada crédito existe um ou mais débitos correspondentes e de igual valor e
vice-versa, de Luca Pacioli, parafraseando assim a Albert Einstein que já dizia:
A ciência sem a religião fica paralítica e a religião sem a ciência fica cega.)
BAJTALO, Cláudio Roberto Vlasic, Técnicos Contábeis X Direito Societário = Empresa, 2011, 30 fls., Trabalho de Conclusão de Curso como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Contabilidade apresentado à ETEC Professor Mário Antônio Verza integrante do Centro Paula Souza em Palmital - São Paulo.
RESUMO Abordagem do problema, dos objetivos gerais, dos objetivos específicos, da justificativa, da importância e da estruturação dos procedimentos metodológicos do projeto de pesquisa. Abordagem da fundamentação teórica do Direito Comercial e consequentemente também do Direito Societário, focando nos tipos de Sociedades, existentes nos mesmos, seus conceitos, suas características, suas metas, seus objetivos e suas finalidades dentro do mercado atual. Apresentação do Técnico em Contabilidade, de seu conceito, da sua finalidade, do seu papel na sociedade e de suas oportunidade e chances no mercado de trabalho de hoje em dia. Abordagem de suas possibilidades, como também de suas responsabilidades ao alcançar o mundo dos negócios e o mundo empresarial, como empreendedor, como empresário, como autônomo e profissional liberal bem sucedido, apenas com suas técnicas e práticas contábeis e alguma noção de Direito Comercial e Direito Societário. PALAVRAS-CHAVE: Técnicos Contábeis, Direito Comercial, Direitos Societários, Tipos de Sociedades, Empresário e Empreendedor.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS:
CRC – Conselho Regional de Contabilidade
CFC – Conselho Federal de Contabilidade
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
PJ - Pessoa Jurídica
PF – Pessoa Física
TI – Tecnologia da Informação
SI – Segurança da Informação e Sistemas de Informação
fls. – folhas
p. – página
etc. – et cetera (do latim et cætera) - e os restantes, entre outras coisas
mais
Ltda. – limitada
Iltda. – ilimitada
S.A. – Sociedade anônima
MERCOSUL – Mercado comum aos 4 países da América do Sul mais
próximos do Cone Sul que são: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (a
Venezuela almeja fazer parte também, mas ainda falta o parecer e a
aceitação do Paraguai que ainda não assinou a aceitação de entrada da
Venezuela)
termos latinos:
a priori – a princípio
a posteriori – posteriormente
in Memoriam – em Memória de
vide – veja
vice-versa – reciprocamente
termos ingleses:
layout – leiaute, protótipo
backup – substituto, reserva
internet – international network – rede de trabalho
internacional
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................
13
1.1. PROBLEMA....................................................................................................
13
1.2. OBJETIVOS....................................................................................................
13
1.2.1. Objetivo geral...............................................................................................
14
1.2.2. Objetivos específicos...................................................................................
14
1.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................
14
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................
15
2.1. O TÉCNICO EM CONTABILIDADE................................................................
15
2.2. DIREITO COMERCIAL...................................................................................
16
2.2.1. Direito societário..........................................................................................
16
3. TIPOS DE SOCIEDADE....................................................................................
17
3.1. SOCIEDADE IRREGULAR E/OU NÃO PERSONIFICADA............................
19
3.1.1. Sociedade irregular e/ou não personificada comum....................................
19
3.1.2. Sociedade irregular não personificada em conta de participação c/sócio...
19
3.1.2.1. Soc. irregular não personificada conta de participação c/sócio ostensivo
19
3.1.2.2. Soc. irregular não personificada conta participação c/sócio participante
19
3.2. SOCIEDADE REGULAR E/OU PERSONIFICADA........................................
20
3.2.1. Sociedade regular e/ou personificada simples............................................
20
3.2.1.1. Sociedade regular e/ou personificada simples contratual........................
20
3.2.1.1.1. Sociedade regular e/ou personificada simples por contrato público......
20
3.2.1.1.2. Sociedade regular e/ou personificada simples por contrato privado.....
21
3.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial......................................
21
3.2.2.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial limitada – ltda. .........
21
3.2.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial ilimitada – iltda. ........
21
3.2.2.3. Sociedade regular e/ou personificada empresarial mista (ltda. e iltda.)...
22
3.2.2.4. Sociedade regular e/ou personificada empresarial subsidiária integral....
22
3.2.2.5. Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional...............
22
3.2.2.7. Soc. reg. pers. empresarial contratual em nome coletivo e/ou em firma
22
3.2.2.7. Soc reg pers emp contratual em nome coletivo e/ou em firma p/contrato
22
3.2.2.7.1.1. Soc reg pers emp em nome coletivo e/ou em firma: contrato público
22
3.2.2.7.1.2. Soc. reg. pers. emp. em nome coletivo e/ou firma: contrato privado
23
3.2.2.7.2.Soc reg. pers. emp. contratual e ilimitada em nome coletivo e/ou firma
23
3.2.2.8. Sociedade regular personificada empresarial em comandita................... 23
3.2.2.8.1.Soc. reg. personaficada empresarial em comandita simples.................
24
3.2.2.8.1.1. Soc. reg. pers. emp. em comandita simples c/sócio comanditário.....
24
3.2.2.8.1.2. Soc. reg. pers. emp. em comandita simples c/sócio comanditado.....
24
3.2.2.8.2.Soc reg pers emp contr comandita mista: comanditário e comanditado
25
3.2.2.8.3.Soc reg per emp institucional comandita composta por ação ou ações
25
3.2.2.9. Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima s.a. ............
25
3.2.2.9.1.Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima s.a. aberta
26
3.2.2.9.2.Sociedade regular ou personificada empresarial anônima s.a. fechada
26
3.2.2.10. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada..................
27
3.2.2.10.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada filiada.......
27
3.2.2.10.2.Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada controlada
27
3.2.2.10.3.Soc reg e/ou per emp colig p/part simples e/ou p/simples participação
27
4. CONCLUSÃO.......................................................................................................
28
REFERÊNCIAS........................................................................................................
30
13
1. INTRODUÇÃO
Neste capítulo será apresentado um breve resumo do conteúdo a ser
desenvolvido por esta presente lauda de pesquisa, mostrando as mudanças que
acompanharam a área contábil e como os(as) técnicos(as) contabilistas
(principalmente aqueles(as) que estão às vésperas de sua formatura e de realizarem
o seu importante exame de suficiência, aplicados até 2015, quando após esta data
não será mais possível, por determinação do CFC, porém até lá, os CRC’s
distribuídos por todo país continuarão aplicando os mesmos, para a obtenção de
seus registros, que a priori terão validade provisória de 1 ano, mas a posteriori serão
definitivos, após o 1º ano) deverão enfrentar o mercado de trabalho diante desta
nova onda mundial de crises econômico financeiras generalizadas que desde 2008,
voltaram com força total, depois de várias décadas promissoras de crescimento e
desenvolvimento econômico inclusive entre os países emergentes, em
desenvolvimento e subdesenvolvidos, a assolarem o planeta como um todo, que
muito embora ostensivamente ainda intitula-se como globalizado graças aos
sistemas de informação e a uma gama infinita, contínua e constante de grandes e
inovadores avanços tecnológicos, ainda assim se divide em blocos econômicos,
que mesmo maiores, já não suportam mais sustentar tantos calotes públicos,
advindos da má administração de seus(uas) líderes e gestores.
Para complementar estas ideias, é importante se parafrasear a frase de Louis
Pasteur que diz: “A diferença entre, o possível e o impossível, está na vontade
humana”, pois não há como se iniciar e dar prosseguimento nos estudos se não
houver anteriormente a vontade do ser humano.
14
1.1. PROBLEMA
Diante de tudo isto, dos(as) técnicos(as) em contabilidade, mesmo com todo
este dilema e caos já completamente instalado, é esperado êxito em sua árdua
tarefa de desenvolverem todos os seus conhecimentos e todas as suas habilidades
na prestação de serviços, e, ainda assim possam engajar-se com verdadeiro afinco,
já que de posse, envoltos(as) e imbuídos(as) em seu espírito inovador e de
empreendedorismo aplicado, voltado, focado, centralizado e direcionado, não
somente, única e exclusivamente, é claro, mas também à sua área que é a contábil,
no intuito de finalmente contribuir de alguma forma positiva para o desenvolvimento
e progresso sustentável da sociedade.
Na teoria, tudo isto fica muito sublime, resta, no entanto, saber se na prática e
empiricamente falando, isto realmente aconteça com a eficiência e a verdadeira
eficácia necessárias para o que é proposto aqui, sem mencionar que toda essa
problemática apresentada exige uma solução cabal e viável que torne possível todo
este processo em questão, ou seja, surge a importante indagação de qual seria o
dispositivo, ferramenta ou fórmula pela qual a ciência possua e que esteja realmente
disponível no momento para contribuir com os(as) técnicos(as) de contabilidade, na
superação da tão famigerada crise supramencionada e consigam desta forma ainda
inserirem-se no mercado de trabalho de modo mais arrojado, responsável e
empreendedor, como empresários(as), em sociedade consigo mesmos(as), ou
associados(as) a uma entidade ou cooperativa que tenha uma postura mais efetiva
na sua desenvoltura e compostura para que o intento venha se concretizar de
verdade?
No mundo capitalista, as crises e recessões generalizadas tem um ciclo
aproximado de 40 anos para tornarem a acontecer novamente alguns exemplos
disto: 1.929, 1.970 e 2.008..., isto posto, por mais insólito que pareça, a solução está
na resolução da equação: técnicos(as) de contabilidade x direito societário =
empresa contábil ou contabilidade societária.
15
1.2. OBJETIVOS
Este trabalho de pesquisa se propõe diante desta problemática a apresentar
como solução e saída definitiva deste questionamento a inexorável absorção por
parte dos (as) técnicos (as) contábeis de todo o conhecimento possível sobre direito
comercial para poderem em sociedade gerirem da melhor forma as empresas que
por ventura venham a criar, constituir, montar e/ou apenas simplesmente adquirir.
1.2.1. Objetivo geral
O objetivo geral deste trabalho ao apontar os impactos causados pela crise
econômica e financeira mundial no mercado de trabalho, bem como no ramo
contábil, é exatamente o de mostrar como a atualização dentro da área contábil é
essencial para que o (a) contabilista aproprie-se de um maior leque de
conhecimento, que posteriormente possa trazer ótimas contribuições àqueles
momentos em que se faz necessária a melhor escolha durante todo processo de
tomada de decisões importantes e que evidenciarão, de uma vez por todas, sobre a
eficácia e eficiência no uso de alguns métodos empregados à contabilidade e em
prol definitivamente do seu sucesso empresarial, pessoal e também sob o aspecto
do ponto de vista social de um modo geral e da questão em si como um todo.
1.2.2. Objetivos específicos
Constituem-se por objetivos específicos, os seguintes itens:
Ilustrar o papel do(a) técnico(a) em contabilidade, suas atribuições e
suas limitações.
A apresentação dentro do direito comercial mais especificamente dos
direitos societários, das regras e normas provenientes do mais atual
código civil.
Os tipos de sociedades existentes e possíveis para a área contábil,
suas implementações, implantações, adaptações e principalmente
16
como dispositivos primordiais e necessários, suas ferramentas
facilitadoras e disponíveis para e com o intento de cutomização do
desempenho das funções do(a) técnico(a) em contabilidade no seu
respectivo trabalho e/ou negócio para uma gestão mais inovadora,
eficaz, eficiente, rápida e segura e que realmente sirva, colabore e
contribua para que o(a) mesmo(a) possa e venha definitivamente gerir
e gerenciar bem e melhor a sua empresa.
1.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Nesta pesquisa também serão relatados como procedimentos metodológicos,
a profissão de técnico(a) em contabilidade, seus conceitos e atribuições e algumas
noções sobre direito comercial e empresarial, mais especificamente sobre direito
societário e os tipos de sociedade, suas características e suas funções, suas metas,
seus objetivos gerais e específicos, suas finalidades, suas importâncias, suas
vantagens e desvantagens, suas atualizações e em que partes mudaram,
constatando como ele tornou-se fundamental e indispensável não só para o(a)
técnico(a) contábil que queira ingressar no mercado de trabalho de uma maneira
mais arrojada, responsável e empreendedora como empresário(a) e sócio(a) de um
(ou mais) contador(es)(a)(s), economista(s), advogado(a)(s) ou até mesmo de
outro(a)(s) técnico(a)(s) contábil(eis) ou de qualquer outro(a)(s) profissional(is)
liberal(is) afim(ns) e/ou até mesmo de outra(s) pessoa(s) física(s) comum(ns) que
esteja(m) interessada(s) na constituição em sociedade de um negócio, escritório de
consultoria, empresa, entidade ou instituição de caráter pessoa jurídica, etc.
Para se realizar este levantamento, pretendem-se buscar as informações e
dados necessários em sites na Internet, pesquisas bibliográficas, caso seja
necessário e ainda, o levantamento de conteúdo científico em monografias,
dissertações e teses elaboradas com assuntos afins ao tema principal deste
trabalho.
17
1.4. JUSTIFICATIVA
A tecnologia e a segurança nos sistemas de gestão e gerenciamento da
informação digital com suas inovadoras implantações e constantes implementações
estão cada vez mais contribuindo com o desenvolvimento e progresso contínuo das
empresas, dentre essas contribuições está a sua colaboração na solução do maior
problema de todos: a necessidade de informações mais completas e precisas em
um curtíssimo espaço de tempo.
Perante esta exigência torna-se primordial e vital para obter-se êxito, o
acompanhamento dos avanços tecnológicos e o aprofundamento em outros
assuntos e áreas, como o aprendizado de novas línguas, como o inglês em nível
internacional e o espanhol mais especificamente em nível de Mercosul, América
Latina e Espanha e se possível for, mais o francês e o alemão.
As linguagens e os aplicativos de informática por causa da globalização e da
invasão expansiva e cada vez mais veloz do mundo da informação digital em todas
as áreas, tais como o direito comercial, empresarial, societário, trabalhista,
previdenciário, tributário, do consumidor, entre outros, logística, planejamento,
publicidade e marketing, atendimento ao público, gestão de clientes, arquivologia,
administração empresarial sem obviamente se esquecer de se reciclar também na
sua área contábil que como as demais também avança incessantemente.
Tais avanços permitem aos profissionais, em seus trabalhos cotidianos, um
menor tempo perdido na produção de relatórios, disponibilizando assim maior tempo
para suas eventuais análises e interpretações de dados.
Portanto, é conveniente citar a importante frase de Martin Luther King que diz:
"Aprendemos a nadar como peixes e a voar como pássaros, mas ainda não
aprendemos a conviver como verdadeiros irmãos em sociedade." Desta forma, a
importância da melhor gestão dos aspectos societários para o meio empresarial fica
evidenciada e do conhecimento dos tipos de sociedade para o profissional contábil.
18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. O(A) TÉCNICO(A) EM CONTABILIDADE
O(A) técnico(a) em contabilidade, hoje em dia, pode legalmente obter seu
registro profissional no conselho da classe, o CRC, segundo o CFC, até 2015,
estando apto, portanto, a realizar todas as atividades contábeis de sua competência,
responsabilizando-se inclusive pelos demonstrativos contábeis das empresas.
Somente as atividades de perícia contábil e auditoria são reservadas aos(às)
profissionais de nível superior.
Para que o registro profissional do(a) técnico(a) em contabilidade seja
possível são necessárias à conclusão do curso técnico e a aprovação no exame de
suficiência profissional promovido pelo conselho da classe em todo o país, exame
este que será realizado até 2015 como foi exposto anteriormente.
Esse exame, recentemente estabelecido pelo CFC, faz parte de uma série de
ações voltadas para a melhoria da qualidade dos(as) profissionais, já que,
atualmente, boa parte dos Conselhos Regionais adota programas de educação
continuada por meio de cursos de aperfeiçoamento, seminários ou fóruns de
estudos, preocupados com a necessidade dos(as) profissionais em se manterem
atualizados(as).
Vale ressaltar também que, hoje, já não se concebem mais profissionais
técnicos(as) em contabilidade que não tenham bons e sólidos conhecimentos em
informática.
O CFC aponta também para a questão de que entre seus afiliados há um
número muito maior de técnicos em contabilidade do que de contadores
respectivamente.
O(A) técnico(a) em contabilidade precisa estar ciente de que é necessário
manter uma postura e conseqüente desenvoltura bem proativa e muita perspicácia
para compreender a sistemática econômica e financeira, política e social, em nível
local, regional ou mesmo internacional. Sem essa concepção e consciência, o
desenvolvimento profissional fica bastante prejudicado.
19
2.2. DIREITO COMERCIAL E EMPRESARIAL
2.2.1. Direito societário
No direito societário, conforme o que está escrito no artigo de número 982 do
código civil, inicialmente, apenas a título de se definir um ponto de partida para se
começar a trabalhar com o assunto em questão, pode-se dizer que são dois os tipos
de sociedade existentes até o presente momento e assim citados logo a seguir pela
seguinte disposição:
Simples;
Empresária.
E cada qual com as suas respectivas definições, que são as seguintes:
Simples: é aquela que exerce uma atividade econômica ou não, porém
de forma não organizada e quando seu responsável efetua a inscrição
da mesma, assim o faz sempre no cartório de registro civil de pessoa
jurídica de sua sede.
Empresária: é aquela que tem como seu objeto o exercício da empresa
e adquire personalidade jurídica com o registro de seu ato constitutivo
na junta comercial.
Isto posto, o objetivo deste trabalho é poder até o final do mesmo e por
intermédio destas duas definições iniciais e também a partir delas então, com maior
precisão, especificar melhor e mais detalhadamente as demais categorias de
sociedades que são oriundas e que se subdividem em muitas outras, todas aqui
muito bem descritas uma a uma e rigorosamente no seu devido tempo, a partir
destes dois tipos primários de sociedade, que por sinal, são até bem simples e
básicos, como também destacar as suas constituições, dissoluções e os seus
deveres e direitos intrínsecos para todas elas, como também para todos(as) os(as)
seus(uas) componentes e participantes deste distinto universo do direito societário.
20
3. TIPOS DE SOCIEDADE
Num primeiro momento, este capítulo fará uma lista dos principais tipos de
sociedades existentes, passando depois para o detalhamento e caracterização de
cada uma delas.
SOCIEDADE IRREGULAR E/OU DE FATO NÃO PERSONIFICADA
Sociedade irregular e/ou de fato não personificada comum
Sociedade irregular e/ou de fato não personificada em conta de participação
com sócio(a)(s)
Sociedade irregular e/ou de fato não personificada em conta de participação
com sócio(a)(s) ostensivo(a)(s)
Sociedade irregular e/ou de fato não personificada em conta de participação
com sócio(a)(s) apenas participante
SOCIEDADE REGULAR E/OU PERSONIFICADA
Sociedade regular e/ou personificada simples
Sociedade regular e/ou personificada simples contratual
Sociedade regular personificada simples constituída mediante contrato público
Sociedade regular personificada simples constituída mediante contrato privado
e/ou particular
Sociedade regular e/ou personificada empresarial
Sociedade regular e/ou personificada empresarial limitada – ltda.
Sociedade regular e/ou personificada empresarial ilimitada – iltda.
21
Sociedade regular e/ou personificada empresarial mista
Sociedade regular e/ou personificada empresarial subsidiária integral
Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em nome coletivo e/ou em
firma
Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual
Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual em nome coletivo
e/ou sociedade regular e/ou personificada empresarial em firma constituída por
contrato
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em nome coletivo e/ou em
firma constituída mediante contrato público
Sociedade regular personificada empresarial em nome coletivo e/ou em firma
constituída mediante contrato privado e/ou particular
Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual e ilimitada em nome
coletivo
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita simples
Sociedade regular e/ou personificada empresarial comanditária simples e/ou em
comandita simples com sócio(a)(s) apenas comanditário(a)(s)
Sociedade regular e/ou personificada empresarial comanditada simples e/ou em
comandita simples com sócio(a)(s) apenas comanditado(a)(s)
22
Sociedade regular personificada empresarial em comandita composta ou mista
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita composta e/ou
mista: comanditária e comanditada
Sociedade regular e/ou personificada empresarial ou em comandita por ação ou
ações
Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional em comandita por
ação
Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – s.a.
Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – s.a. – aberta
Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – s.a. – fechada
Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada
Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada controlada
Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada filiada
Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada por participação
simples e/ou sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada por
simples participação
A partir do próximo capítulo serão apresentadas as definições, constituições
e dissoluções que giram em torno de cada sociedade mais especificamente.
23
3.1. SOCIEDADE IRREGULAR E/OU NÃO PERSONIFICADA
Nesta categoria há duas modalidades:
Sociedade irregular e/ou não personificada comum;
Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação
com sócio(a)(s).
3.1.1. Sociedade irregular e/ou não personificada comum
É aquela que não tem sequer um único ato constitutivo inscrito no registro
competente, ou seja, nas juntas comerciais ou nos cartórios de pessoas jurídicas.
Seu bem e/ou dívida social constitui o seu patrimônio especial, do qual o(a)(s)
sócio(a)(s) é(são) titular(es) em comum, ainda que de forma irregular. A
responsabilidade do(a)(s) sócio(a)(s) é(são) solidária(s) e ilimitada(s) pela(s) sua(s)
obrigação(ões) social(is);
3.1.2. Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação com
sócio(a)(s)
É aquela que não tem personalidade jurídica, não possui firma social e não se
revela publicamente para terceiro(a)(s).
Nesta categoria figura duas categorias de sócio(a)(s):
Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação
com sócio(a)(s) ostensivo(a)(s);
Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação
com sócio(a)(s) participante(s).
24
3.1.2.1. Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação com
sócio(a)(s) ostensivo(a)(s)
É aquela que contrata em nome da sociedade, possuindo responsabilidade
solidária e ilimitada para com a sua obrigação social;
3.1.2.2. Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação com
sócio(a)(s) participante
É aquela que não contrata em nome da sociedade, de maneira que não
possui responsabilidade para com a sua obrigação social, porém ficará limitada ao
investimento empregado na sociedade pelo(a)(s) sócio(a)(s) ostensivo(a)(s), no
termo do contrato social.
3.2. SOCIEDADE REGULAR E/OU PERSONIFICADA
Nesta categoria também existe duas modalidades:
Sociedade regular e/ou personificada simples;
Sociedade regular e/ou personificada empresária.
3.2.1. Sociedade regular e/ou personificada simples
Nesta categoria existe a seguinte modalidade:
Sociedade regular e/ou personificada simples que é estabelecida mediante um
contrato.
3.2.1.1. Sociedade regular e/ou personificada simples estabelecida mediante um
contrato
É aquela constituída mediante contrato por escrito, devendo conter, além das
cláusulas livremente pactuadas entre os(as) sócios(as), também devem conter os
demais itens a seguir descritos:
25
Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência do(a)(s)
sócio(a)(s), se pessoa física; firma ou denominação, nacionalidade e
sede do(a)(s) sócio(a)(s), se pessoa jurídica;
Denominação, objeto social, sede e o prazo final de duração da
sociedade;
Capital social em moeda corrente;
Quota-parte de cada sócio(a) no capital social e sua forma de
integralização;
Prestação de cada sócio(a) no capital social, cuja contribuição refira-se
a serviço;
Administração da sociedade e poder de atribuição de cada sócio(a);
Participação de cada sócio(a) nos lucros e perdas;
Responsabilidade do(a)(s) sócio(a)(s) (subsidiária ou não);
Este contrato pode ser de duas modalidades:
Sociedade regular e/ou personificada simples constituída mediante um
contrato público;
Sociedade regular e/ou personificada simples constituída mediante um
contrato privado.
3.2.1.1.1. Sociedade regular e/ou personificada simples constituída mediante um
contrato público
É aquela constituída mediante contrato público por escrito.
3.2.1.1.2. Sociedade regular e/ou personificada simples constituída mediante um
contrato privado e/ou particular
É aquela constituída mediante contrato por escrito, privado e/ou particular.
26
3.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial
É aquela, como já foi mencionado anteriormente, cuja pessoa jurídica é a
entidade que explora a empresa, isto é, atividade econômica organizada para
produção ou circulação de bem ou serviço. Classifica-se da seguinte forma:
Quanto à responsabilidade de seu(ua)(s) sócio(a)(s): uma vez personificada a
sociedade, o(a)(s) sócio(a)(s), por via de regra, não responde pela obrigação da
sociedade enquanto não esgotado todo o seu patrimônio social; vale ainda dizer,
que a responsabilidade do sócio(a)(s) é subsidiária. Temos assim:
3.2.2.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial limitada – ltda.
Respondendo até certo limite da contribuição para o capital social, ou seja,
cada sócio(a) responde pelo valor de sua quota-parte, mas todos são solidários pela
integralização total do capital social, como é especificado pelo artigo de número
1.052 do código civil. É considerada uma das sociedades mais usuais no direito
brasileiro, uma vez que a responsabilidade do(a)(s) sócio(a)(s) está restrita ao valor
de sua quota, estabelecendo nítida separação entre o patrimônio da sociedade e o
patrimônio pessoal do(a)(s) sócio(a)(s), que não pode ser atingido pela obrigação
social da mesma. Exemplo: ela mesma, ou seja, limitada e a por ações.
Sua dissolução acontece pelos seguintes motivos:
Pelo vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este, e sem
oposição de sócio(a)(s), não entrar a sociedade em liquidação, caso
em que será prorrogada por prazo indeterminado;
Pela vontade unânime dos sócios(as);
Pela deliberação da maioria absoluta dos(as) sócios(as), quando se
tratar de sociedade constituída por prazo indeterminado;
Por falta de pluralidade de sócios(as), não reconstituída no prazo de
180 dias;
Por extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar, conforme
o que está escrito no artigo de número 1.087 do código civil.
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3.2.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial ilimitada – iltda.
Respondendo de forma solidária e ilimitada pela obrigação social, exemplo:
nome coletivo.
Contudo, o patrimônio do(a)(s) sócio(a)(s) não pode ser alcançado por dívidas
contraídas, salvo quando da aplicação da teoria da desconsideração e salvo
também quando da existência de créditos nos seguintes casos a seguir:
Tributários, como explicita o artigo de número 135 em seu inciso de
número III do Código Tributário Nacional;
Securitários sociais, de acordo com o artigo de número 13 da Lei
Federal de número 8.620 criada em 1.993.
3.2.2.3. Sociedade regular e/ou personificada empresarial mista
É caracterizada com algum sócio respondendo de forma solidária e ilimitada
pela obrigação social enquanto que outro respondendo até certo limite da
contribuição ao capital social, exemplo: comandita simples.
3.2.2.4. Sociedade regular e/ou personificada empresarial subsidiária integral
Enquanto não esgotado o patrimônio social, não pode a execução recair
sobre o bem particular do sócio, como mencionado no artigo de número 1.024 do
Código Civil.
Quanto à forma de constituição e dissolução, classifica-se nas categorias:
Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual;
Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional.
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3.2.2.5. Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual
É constituída e regulamentada a partir de um contrato social, exemplos: nome
coletivo, comandita simples e a limitada;
3.2.2.6. Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional
É regulamentada a partir de um estatuto social, exemplos:
Comandita por ação e/ou ações;
Anônima.
3.2.2.7. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em nome coletivo e/ou em
firma
3.2.2.7.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual em nome
coletivo e/ou sociedade regular e/ou personificada empresarial em firma constituída
mediante contrato
Tanto no caso do contrato ser público ou privado (particular) é a típica
sociedade de pessoas, na qual todo sócio tem responsabilidade solidária e ilimitada
pela obrigação social, de acordo com o que rege o artigo de número 1.039 do
Código Civil.
Somente pessoa física pode participar, seja empresária ou não. A sua
administração compete ao sócio, não se admitindo delegação de poder a terceiro.
São dois os tipos a seguir:
3.2.2.7.1.1 Sociedade regular e/ou personificada empresarial em nome coletivo e/ou
em firma constituída mediante contrato público
É aquela cuja firma é constituída mediante contrato por escrito público.
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3.2.2.7.1.2. Sociedade regular personificada empresarial em nome coletivo e/ou em
firma de contrato privado e/ou particular
É aquela cuja firma é constituída mediante contrato por escrito privado e/ou
particular.
3.2.2.7.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual e ilimitada
em nome coletivo
Vale a pena lembrar que a sociedade em nome coletivo é também
considerada quanto à forma em que é constituída ou dissolvida como sendo uma
sociedade contratual, o que significa dizer que ela é constituída e regulamentada a
partir de um contrato social e além de tudo isto do que já foi visto sobre ela até aqui
e ainda retratando o seu aspecto no que tange à responsabilidade de seus sócios,
ela também é considerada como sendo uma sociedade ilimitada respondendo de
forma solidária e ilimitada pela sua obrigação social.
É constituída mediante contrato por escrito, devendo conter, cláusulas
pactuadas pelos sócios, que especifiquem a seguir:
Qualificação do sócio;
Objeto social;
Sede;
Prazo de duração;
Capital social;
Contribuição de cada sócio (bem e/ou serviço);
Participação nos lucros e perdas;
Indicação do gerente e sua atribuição.
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É dissolvida:
Findo o prazo estipulado de sua duração;
Pela vontade unânime dos sócios;
Por deliberações da maioria absoluta dos sócios, quando se tratar de
sociedade constituída por prazo indeterminado;
Por falta de pluralidade de sócios;
Por cassação de autorização para funcionar;
Por falência, segundo o artigo de número 1.044 do Código Civil.
3.2.2.8. Sociedade regular e/ou personificada empresarial e/ou em comandita
São cinco as categorias mais usuais:
Sociedade regular e/ou personificada empresarial comanditária simples
e/ou em comandita simples por sócio comanditário;
Sociedade regular e/ou personificada empresarial comanditada simples
e/ou em comandita simples por sócio comanditado;
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita
composta e/ou mista: comanditária e comanditada ou comanditada e
comanditária;
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita
composta por ação ou por ações;
Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional em
comandita por ação ou por ações
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3.2.2.8.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita simples
Existem duas situações para este tipo de comandita:
Sociedade regular e/ou personificada empresarial somente
comanditária e/ou em comandita simples por sócio apenas
comanditário;
Sociedade regular e/ou personificada empresarial somente
comanditada e/ou em comandita simples por sócio apenas
comanditado.
3.2.2.8.1.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial somente comanditária
e/ou em comandita simples por sócio apenas comanditário
Já aqui se trata tanto de ser a pessoa física, mas podendo também se tratar
da pessoa jurídica, ambas com responsabilidade limitada ao valor de sua quota
correspondente, como rege o artigo de número 1.045 do Código Civil. Vale a pena
ressaltar que o sócio comanditário é mero prestador de capital e não participa da
administração da sociedade. No entanto, poderá eventualmente ser constituído
procurador da sociedade com poderes especiais para realizar determinado negócio.
E uma vez considerado sócio, tem direito de participar das deliberações e de
fiscalizar as operações sociais.
3.2.2.8.1.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial somente comanditada
e/ou em comandita simples por sócio apenas comanditado
O comanditado nada mais é do que a pessoa física com responsabilidade
solidária e ilimitada pela obrigação social.
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Sua dissolução acontece pelos seguintes motivos:
Pelo vencimento do prazo de duração;
Pela vontade unânime dos sócios;
Por deliberações da maioria absoluta dos sócios, quando se tratar de
sociedade constituída por prazo indeterminado;
Por falta de pluralidade de sócios, no prazo de 180 dias;
Por cassação de autorização para funcionar;
Por falência;
Por falta de uma das categorias de sócio por mais de 180 dias.
3.2.2.8.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita composta
e/ou mista
Neste tipo podem-se encontrar duas subdivisões:
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita
composta e/ou mista: comanditária e comanditada;
Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita
composta por ação ou por ações
3.2.2.8.2.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita
composta e/ou mista: comanditária e comanditada
A comandita é também considerada quanto à forma em que é constituída ou
dissolvida como sendo uma sociedade contratual, o que significa dizer que, ela é
constituída e regulamentada a partir de um contrato social e além de tudo isto do
que já foi visto sobre ela até aqui e ainda retratando o seu aspecto no que tange à
responsabilidade de seus sócios, ela também é considerada como sendo composta
por uma sociedade mista, o que é a mesma coisa também de se dizer que enquanto
ela tem algum sócio respondendo de forma solidária e ilimitada pela obrigação social
ela também tem ao mesmo tempo outro respondendo até certo limite da contribuição
ao capital social.
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3.2.2.8.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita por
ação ou por ações:
3.2.2.8.2.2.1 Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional em
comandita por ação:
A Sociedade em comandita por ação sob o aspecto relativo quanto à forma de
sua constituição, assim como também de sua dissolução, é denominada também
como sendo um modelo de sociedade institucional, ou seja, é regulamentada a partir
de um estatuto social, assim como é o caso também da sociedade anônima, cujo
modelo de sociedade também será descrito logo a seguir.
3.2.2.9. Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – S.A.
É aquela regida pela lei federal de número 6.404 criada em 1.976, usualmente
utilizada para constituição de sociedade que necessita de grandes investimentos.
Por disposição legal, será sempre mercantil, independentemente de seu
objeto social, conforme o que está disposto no artigo segundo da lei de sociedades
anônimas.
É denominada também como sendo um modelo de sociedade institucional, ou
seja, é regulamentada a partir de um estatuto social e se subdivide em dois grupos a
seguir:
3.2.2.9.1.Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – S.A. – Aberta
Seus valores mobiliários encontram-se em negociação no mercado de valores
mobiliários, a cargo do mercado de balcão ou da Bolsa de Valores.
3.2.2.9.2.Sociedade regular ou personificada empresarial anônima – S.A. – Fechada
Seus valores mobiliários não estão em negociação nesses mercados,
conforme é o que estabelece o artigo quarto da lei de sociedades anônimas.
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A sociedade anônima é constituída também por dois tipos de escrituras:
Pública;
Privada e/ou particular.
Devendo em ambos os casos atender aos seguintes requisitos básicos,
dentre eles:
Subscrição, de pelo menos duas pessoas, de todas as ações em que
se divide o capital social;
Realização inicial de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações
subscritas em dinheiro;
Efetivação do depósito da parte do capital em dinheiro de preferência
no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário autorizado
para isto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor da
efetivação em dinheiro poderá variar conforme o objeto da companhia.
E ela é dissolvida da seguinte maneira:
De pleno direito;
Por decisão judicial;
Por decisão de autoridade administrativa competente.
E ela é liquidada da seguinte maneira:
Extrajudicial: determinada pelos órgãos da sociedade;
Judicial: determinada por decisão judicial.
E ela é extinta da seguinte maneira:
Pelo encerramento da liquidação que se segue à dissolução;
Pela incorporação;
Pela fusão;
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Pela cisão: conversão de todo o patrimônio para outras sociedades.
Nota: Após a sentença declaratória de encerramento da falência.
E ela é modificada em sua estrutura da seguinte maneira:
Transformação: ocorre quando a sociedade passa de um tipo
societário para outro, conforme divulgado no artigo de número 220 da
lei de sociedades anônimas;
Incorporação: ato pelo qual uma ou mais sociedades são absorvidas
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, conforme
o artigo de número 227 da lei de sociedades anônimas;
Fusão: operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para
formar uma nova, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações,
conforme o artigo de número 228 da lei de sociedades anônimas;
Cisão: ato em que a companhia transfere parcelas de seu patrimônio
para uma ou mais sociedades constituídas para este fim ou já
existentes, extinguindo-se a primeira cindida, se houver conversão de
todo o seu patrimônio, ou dividindo-se seu capital, se a conversão for
apenas parcial, conforme o artigo de número 229 da lei de sociedades
anônimas.
3.2.2.10. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada
É aquela que em suas relações de capital são controladas, filiadas ou de
simples participação em outras sociedades, como confere o artigo de número 1.097
do Código Civil.
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3.2.2.10.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada controlada
É aquela regida pelos seguintes incisos:
I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos
votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia geral tem o
poder de eleger a maioria dos administradores;
II - a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em
poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades
ou sociedades por esta já controlada;
3.2.2.10.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada filiada
É aquela, cujo capital de outra, participa com 10% ou mais, sem controlá-la,
como confere o artigo de número 1.099 do Código Civil.
3.2.2.10.3. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada por
participação simples e/ou sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada
por simples participação
Consiste na sociedade, cujo capital de outra, participa com menos de 10%,
com direito a voto, como confere o artigo de número 1.100 do Código Civil.
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Deveres e Direitos:
a) na Sociedade Limitada:
1. Quanto aos deveres dos sócios:
Integralização do capital social;
Lealdade;
Sigilo;
2. Quanto aos direitos dos sócios:
Participar no resultado social;
Contribuir para as deliberações sociais;
Fiscalizar a administração;
Retirar-se da sociedade.
b) na sociedade anônima:
1. Quanto aos deveres dos acionistas:
Pagar o preço de emissão das ações que subscrever.
2. Quanto aos direitos dos acionistas:
Participação nos lucros sociais;
Participação no acervo da companhia, em caso de liquidação;
Fiscalização da gestão dos negócios sociais;
Direitos de preferência na subscrição de novas ações ou valores
mobiliários;
Direito de retirada ou recesso.
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4. CONCLUSÃO
Inicialmente, aos técnicos em contabilidade, antes de mais nada, fica a
recomendação aqui registrada de que os mesmos devem estar cientes de que,
apesar de sua gana, precisam controlar o seu ímpeto e a sua ansiedade, que são
bastante comuns e próprios o que é muito natural até por conta da ocasião em
questão, não sendo afoitos, nem eufóricos ou entusiastas em demasia, pois o
importante para se constituir uma sociedade em primeiro lugar é ter bastante
cautela, estudar bastante e profundamente sobre o assunto em questão procurando
sempre o suporte necessário de instituições como o Sebrae, entre tantos outros
existentes por aí.
A título de uma orientação valiosa, e saber os tipos de sociedades existentes,
atentando sempre para o fato de que na sociedade irregular é então definida como
toda aquela que não inscreve seus atos constitutivos no registro competente, para
que não reste dúvidas sobre o fato de que apesar de poder parecer ser a princípio o
meio mais rápido e que sugira menos encargos, por isso sugestiona-se menos
oneroso e portanto um método também mais fácil de se adentrar para o mundo
societário empresarial, mesmo que clandestinamente, esqueça, será mera ilusão.
Posteriormente, e com toda a certeza, bem mais cedo do que se imagina,
quem se arriscar por este caminho terá sérios problemas, quanto a isto não há
quaisquer dúvidas, já a sociedade empresarial, para ser regularizada, antes de
iniciar suas atividades, deverá proceder ao registro de seu contrato social na junta
comercial e a sociedade simples, no cartório de registro civil de pessoas jurídicas,
conforme o que está registrado no artigo de número 1.150 do Código Civil.
A falta de registro implicará em sanções de natureza administrativa e judicial:
ela não terá o direito de ingressar com recuperação judicial e nem de pedir a falência
de outra empresa. Porém por tratar-se de sociedade irregular, estará sujeita a
falência, ainda mais agora com o advento do SPED, que é a inovação da mais nova
realidade no setor contábil e fiscal com precisão de informação e em tempo real,
nada disto mais passará ou deixará de ser apontado como irregularidades a serem
corrigidas por lei.
Portanto, em meio a todas estas normas, supracitadas até o presente
momento, é que o profissional contábil deverá certificar-se da segurança do seu
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ambiente de informática, tanto próprio quanto de terceiros, pois a dependência da
contabilidade, como de outras áreas também, ao departamento de TI está cada vez
maior.
A mudança é radical tanto no que se refere aos usos quanto nos costumes de
dezenas de anos, onde os guarda-livros de antigamente transcreviam os livros
diários, primeiro a caneta tinteiro, depois usavam a datilografia, para em seguida
transcrever no papel com utilização de gelatina copiativa, nesta frenética sequência
surgem os computadores que imprimiam os arquivos digitais em papel para posterior
registro, agora com a preocupação ambiental, ecológica e a necessidade de uma
maior autonomia e sustentabilidade econômica e financeira para evitar esta crise
mundial generalizada e globalizada, que ganha força e simultaneamente aliada e
alela a ela, o fim da impressão em papel, ideia consolidada graças ao advento da
criação do arquivo digital que é validado e assinado eletronicamente com a
certificação digital, convertido em um layout determinado, enviado via internet para o
SPED Nacional, registrado nas juntas comerciais, mantendo-se no meio digital com
todo o respaldo legal.
Conclui-se, finalmente, que essas mudanças continuarão a acontecer, daqui
para frente, sem parar e cada vez mais numa maior velocidade de inovações que
exigirão sempre a constante e contínua atualização dos profissionais contábeis em
relação aos novos processos implementados, os quais serão determinantes na
evidenciação do real valor e importância da profissão e do profissional do ramo da
contabilidade, seja no que tange a sua prestação de serviços como funcionário de
uma empresa, sozinho como autônomo e profissional liberal em seu próprio negócio
e por sua própria conta e risco ou como empresário sócio de outro igual ou não a ele
na constituição de uma empresa, onde no caso do profissional, o mesmo será
reconhecido segundo o seu esforço, a sua competência, a sua habilidade, a sua
intelectualidade, a sua criatividade, independentemente de ser apenas um
funcionário ou empresário, sócio ou dono absoluto e sozinho de seu negócio, o que
realmente vai importar mesmo são se os seus passos irão estar realmente sempre
voltados à direção e ao sentido positivo da evolução e principalmente por sua
vontade em ser um profissional que seja capaz de desenvolver o seu trabalho com
muita qualidade, focado principalmente nas finalidades propostas pela sua honrosa
e nobre profissão.
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REFERÊNCIAS
Informações disponíveis em:
http://www.jurisite.com.br/apostilas/direito_comercial.pdf. Acesso em 19/11/2011
Informações disponíveis em: http://www.bafisa.com.br. Acesso em 20/11/2011.