Download - Caso clínico - Clínica Médica
Universidade Iguaçu
Hospital Estadual Vereador Melchiades Calazans
Internato em Clínica Médica
Sessão Clínica
Apresentação:
Ana Carolina Rosa
MSF,57 anos ,sexo feminino, internada na enfermaria de clínica médica devido à hemorragia digestiva alta, por úlcera duodenal, com repercussão hemodinâmica (síncope e PA 80/48 mmHg). Tem história de Diabetes
Mellitus há 10 anos com bom controle com uso de metformina. Hipertensão arterial sistêmica iniciada há 32 anos com piora do controle nos últimos 12 meses, sendo necessário dois atendimentos em serviço de
emergência devido à edema agudo de pulmão hipertensivo.Antes da atual internação estava em uso
regular de nifedipina retard 20mg 12/12hs, hidroclorotiazida 25mg/dia, metildopa 500mg 12/12hs, metformina 500mg 3 vezes ao dia, AAS 200mg/dia.
História de claudicação intermitente com prejuízo às atividades cotidianas com piora nos últimos 6 meses.
Na primeira semana de internação identificou-se discreta elevação de escórias nitrogenadas (Uréia: 60mg/dl e
Creatinina: 1,5 mg/dl) a qual foi atribuída à hemorragia digestiva e à hipotensão. A PA era de 172/90 mmHg. Foi
iniciado captopril 25 mg 8/8 hs e propranolol 80 mg 12/12hs, omeprazol 80 mg/dia e suspenso AAS.As
demais medicações foram mantidas.
Na segunda semana de internação a paciente passou a queixar-se de dor em queimação em membros inferiores, em repouso, a qual melhorava em posição sentada com
as pernas pendentes.A PA era de 180/110 mmHg e houve aumento de escórias nitrogenadas (Uréia:
102mg/dl e Creatinina: 3,4mg/dl).
Ao examinar a paciente pela primeira vez você identifica sopro abdominal sisto-diastólico e redução de amplitude
de pulsos femorais.
Quais medicações devem ser
imediatamente suspensas ?
Mesmo com o uso de várias
medicações não está ocorrendo
controle pressórico adequado.
Qual hipótese para explicar tal fato ?
O que levou você a pensar nessa
hipótese ?
Citar os exames complementare
s que você julga
indispensáveis para a
elucidação diagnóstica ?
(+)
(-)(-) (-)
ASPECTOS CLÍNICOS COMUNS DOS PACIENTES COM HIPERTENSÃOSECUNDÁRIA
• Início abrupto da hipertensão (idade <25, idade >60)• Episódios de crise hipertensiva• Agravamento repentino do controle da PA• Ausência de resposta ao tratamento clínico
INDÍCIOS CLÍNICOS PARA DIAGNÓSTICO ESPECÍFICOSopro abdominalsuperior• Irradiação lateral• Sistodiastólico• ContínuoHISTÓRIA DEDOENÇAATEROSCLERÓTICAAGRAVAMENTODAFUNÇÃO RENALDURANTE USODE IECA
Hipopotassemia• DificuldadeEm manter o K+sérico apesarda reposição
HipertensãoParoxística• Sudorese• Palpitaçõe
s• Cefaléia
Distúrbiosdo sono• Ronco• Sonolência
diurna• Obesidade na
porçãoalta do corpo
Pulsos arteriaisnas pernasdiminuídos ouretardados
DescartarHipertensãoRenovascular
DescartarHiperaldosteronismo
DescartarFeocromocitoma
DescartarApnéia Obstrutivado Sono
DescartarCoarctaçãoda Aorta
Probabilidade ProbabilidadeBaixa Alta
Renograma com captoprilOuUltra-sonografia dúplexOuAngioressonância
Angiografia renal seletiva
Tratamento medicamentosoObservação constante
Angiografia/Stent
( Se fracassar )
Repetir a angioplastia+/- Tratamentomedicamentoso
Revascularização cirúrgica+/- Tratamento medicamentoso
Tratamento medicamentoso
Algoritmos para a identificação dos pacientes visando à avaliação das causas secundárias da hipertensão.Fonte: Tratado de Medicina Interna- Cecil
BOA TARDE!