Download - Carta aberta ao mec 19 06 2013
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Carta Aberta
Ao
Sr. Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato
Exmo. Sr. Ministro Nuno Crato,
A FERLAP, em comunicado emitido no passado dia 16 de Junho, pediu ao Ministério da Educação e
Ciência para adiar a realização dos Exames Nacionais de Português e Latim agendados para o dia 17 de Junho,
dia em que se sabia estava marcada a Greve dos Professores.
O Ministério da Educação e Ciência desatendeu esse pedido e decidiu realizar o Exame, em condições
que se vieram a revelar, em muitos casos, desadequadas.
Os Pais, alheios ao braço de ferro entre Sindicatos e Ministério da Educação e Ciência e unicamente
interessados em promover uma Escola Pública de Qualidade e em defender os interesses dos seus Filhos e
Educandos, lamentam profundamente tudo isto e, não se demitindo nunca dessa defesa exigem que o Ministério
da Educação esclareça no mais curto espaço de tempo o seguinte:
1 – Como se irá desenrolar o Calendário de Acesso ao Ensino Superior, e nomeadamente se aos Alunos que
vierem a realizar o Exame de Português (Exame final obrigatório para TODOS os alunos que pretendam
candidatar-se ao Ensino Superior) no dia 2 de Julho, será garantida a candidatura em condições de igualdade
com os Alunos que fizeram Exame no dia programado (nomeadamente os Alunos do Ensino Particular e
Cooperativo que o realizaram em condições normais)?
2 – Como pretende o Ministério da Educação e Ciência proceder face à Greve já decretada às avaliações, sem as
quais tal acesso ao Ensino Superior é impossível, salvo para os Alunos do Ensino Particular e Cooperativo?
3 – Se o Ministério da Educação e Ciência pretende, através do Júri Nacional de Exames, anular a realização de
alguma prova, atentas as condições em que, nalgumas escolas, tais provas foram realizadas e que escolas e
provas são?
4 – Se o Ministério da Educação e Ciência pretende introduzir algum factor de ponderação nas notas dos Exames
Nacionais de Português e de Latim, atentas as vicissitudes em que tais Exames foram realizados?
5 – Como irá ser calendarizado o acesso à 2ª fase dos Exames para os Alunos que não realizaram o Exame na
data marcada, de forma a assegurar a efectiva IGUALDADE entre TODOS os Alunos?
Mais uma vez, os Pais apelam ao bom senso de todos e exigem que, de uma vez por todas, os
interesses dos ALUNOS que todos afirmam defender, sejam uma realidade.
A Escola Pública é, num Estado de Direito e numa sociedade Democrática, o primeiro lugar onde a
efectiva IGUALDADE deve ser assegurada e cabe ao Ministério da Educação e Ciência providenciar para que
assim aconteça.
Os Pais e Encarregados de Educação esperam e exigem que o processo educativo dos seus Filhos
possa decorrer com normalidade e respeito pelos seus educandos que, têm o direito de, num momento singular
do seu percurso académico, gozarem de serenidade e de paz, tarefa que cabe ao Governo assegurar.
É isto que esperamos e exigimos de V. Exa.
Por fim, não podemos deixar de constatar que V. Exa. fez agora, o que deveria ter feito no passado dia
17 de Junho, ou seja evitar que os Exames se realizassem num dia de Greve. Como diz o ditado, mais vale tarde
do que nunca, no entanto, se o tem feito antes, tinha evitado que 20.000 Alunos não tivessem realizado o
Exame para que se prepararam durante um ano inteiro, com todas as consequências que daí advieram e ainda
virão a advir.
Melhores cumprimentos,
O Conselho Executivo