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Histria
No incio, o s automveis eram dirigidos atravs de um conjunto de alavancas.
Era um sistema simples, contudo, exigia do motorista um esforo muito grande ao realizar as manobras.
Em uma bicicleta, a direo comandada diretamente pelo guidom, o mesmo no poderia acontecer com as rodas do automvel, pois se estivessem ligadas diretamente ao volante, o motorista no teria fora suficiente para gir-lo.
Com o passar dos tempos, os veculos foram aumentando o peso e tambm a velocidade, tornando necessria uma direo mais leve e precisa.
Ento, foi desenvolvido um sistema de direo com mecanismo de reduo de foras, que multiplicava o esforo que o motorista aplicava o volante.
Esse mecanismo utilizava a caixa de direo como o principal componente para a reduo de esforo no volante.
Pois um veculo leve exigia um comando muito mais rpido para corrigir as derrapagens que um automvel mais pesado.
J o veculo mais pesado necessitava de uma assistncia mecnica para melhor descrever uma curva a uma velocidade mais baixa.
Rudolf Ackermann, inventor alemo, foi quem contribuiu para os estudos e o desenvolvimento dos mecanismos de direo.
Segundo o Princpio de Ackermann a direo utiliza mangas de eixo independentes para que as rodas descrevam circunferncias concntricas.
Assim, a roda dianteira do lado de dentro da curva deve ser desviada segundo um ngulo maior que a outra.
Lembre-se que quando o veculo transita em linha reta, o paralelismo das rodas ser mantido se o valor de divergncia e convergncia for diferente para cada modelo, a fim de evitar possveis arrastamentos dos pneus.
Ao longo dos anos foram desenvolvidos vrios componentes o sistema de direo, dentre eles alguns modelos de caixas de direo como as sem-fim de roletes ou as esferas circulantes.
CAIXA DE DIREO
A caixa de direo que constitui o sistema, um conjunto de peas que funcionam transformando o movimento rotativo produzido pelo motorista no volante, em movimento linear.
O funcionamento por meio de um engrenamento, que transmite o movimento do volante s barras de direo.
O sistema de pinho e cremalheira o que melhor atende s exigncias da direo podendo ser mecnico ou hidrulico.
CAIXA DE DIREO COM PINHO E CREMALHEIRA
um sistema de engrenamento entre um pinho e uma cremalheira.
Este sistema atualmente o mais aplicado aos veculos leves.
Esse modelo possui boa absoro de vibraes da roda e no apresenta folga quando as rodas esto esteradas.
Quando o volante de direo acionado pelo motorista, o pinho gira e aciona a cremalheira, que comanda as barras de direo e as rodas atravs dos tirantes.
A cremalheira a parte central da barra de direo e est ligada por articulaes esfricas.
Assim, o movimento linear da cremalheira se transforma em movimentos angulares das rodas.
COLUNA DE DIREO
o elemento de ligao entre o volante e o mecanismo de direo.
A coluna de direo foi muito estudada por exigncias de sua posio. Alguns modelos possuem regulagens de altura e distncia, para que em caso de acidentes, a coluna seja desviada do motorista, alm do conforto que proporcionado.
Com o avano tecnolgico visando maior segurana, foi criado dispositivos como a coluna retrtil que, em caso de impacto frontal, se deforma impedindo que o motorista seja atingido pelo volante.
RVORE INFERIOR
A rvore inferior faz a ligao entre a coluna e o mecanismo de direo.
utilizada nos casos em que ocorre um desalinhamento entre a extremidade inferior da coluna e o pinho de acionamento, com o objetivo de corrigir esta falha.
BARRA ESTABILIZADORA
uma barra transversal antiderrapagens, vinculada carroceria que liga os elementos das suspenses para manter o paralelismo entre o eixo da roda e o chassi, corrigindo a variao de aderncia das rodas.
Quando o veculo faz uma curva sua carroceria se inclina para o lado de fora desta. Essa inclinao depende da velocidade do veculo e do grau de abertura da curva.
Para evitar possveis acidentes, a barra estabilizadora vai sendo torcida medida que o veculo se inclina na curva.
Como essa barra de ao tratado, resiste toro impedindo que a carroceria se incline demasiadamente.
Como o estabilizador muito exigido nas curvas, ele se apoia em suportes com mancais de borracha ( coxins) braadeiras e arruelas de ao, que envolvem a borracha, e auxiliam na tarefa de estabilizar o veculo amortecendo os impulsos transmitidos pelas rodas.
O VOLANTE
Os volantes so construdos sob rigorosas normas de qualidade. A exigncia do mercado fez com que os volantes no fossem apenas bem delineados, ma que proporcionassem segurana direo e ao motorista no caso de colises.
Para isso, a fabricao dos volantes se desenvolveu desde a construo dos anis metlicos, at os mais modernos materiais de revestimento, como a espuma de poliuretano.
A relao do dimetro do volante, com o nmero de voltas a caixa de direo foram variveis importantes para o desenvolvimento do sistema de direo.
Atualmente o volante aloja, alm da buzina e do dispositivo de setas, componentes modernos como o Air Bag.
ROLAMENTOS
Desde a inveno da roda o homem aprendeu que o atrito menor quando o corpo em movimento rola ao invs de ser arrastado.
O mancal de rolamento foi desenvolvido para suprir essa deficincia, ou seja, apoiar eixos ou peas utilizando os corpos rolantes.
So os rolamentos que permitem o giro das rodas em altas velocidades diminuindo o atrito, sem superaquecer e proporcionando melhor rendimento.
A DIREO HIDRULICA
a direo que combina um sistema mecnico com um auxiliar hidrulico.
O sistema hidrulico composto de uma caixa de direo servoassistida tipo pinho e cremalheira que auxilia o sistema mecnico.
Esse sistema reduz o esforo fsico do motorista em manobras, alm de reduzir o nmero de voltas do volante.
A bomba acionada pelo motor. O sistema hidrulico funcionar quando o motorista girar o volante.
De acordo com a toro transmitida pelo volante o leo da bomba enviado ao reservatrio ou a uma das cmaras do cilindro operador, determinando o deslocamento do pisto e da cremalheira.
Esta est ligada a um mbolo que desliza, sob presso do fluido, dentro do cilindro de trabalho.
importante ressaltar e acabar de vez com a histria, de que quando o sistema hidrulico falha o veculo perde completamente a direo.
Quando o veculo apresentar um defeito no sistema hidrulico, a caixa de direo continuar a atuar mecanicamente, exigindo um esforo maior do motorista para girar o volante sem qualquer perigo para a conduo do veculo.
Para confirmar se a falha no sistema hidrulico ou no sistema mecnico, utilizar o analisador de vazo.
E lembre-se que a direo hidrulica foi desenvolvida para proporcionar maior segurana e conforto ao motorista.
So vrios os componentes do sistema hidrulico como: reservatrio, mangueiras, vlvulas, cilindros e bomba hidrulica.
BOMBA HIDRULICA
A bomba hidrulica compe-se de um grupo rotativo que executa a compresso de leo.
Possui tambm vlvula de alvio de presso, evitando que a bomba continue comprimindo leo, quando o sistema no necessita de presso, e a vlvula de controle de vazo que determina o volume do fluido fornecido ao sistema.
Alguns modelos possuem vlvulas controladoras que proporcionam aos veculos uma direo com maior sensibilidade.
A bomba hidrulica tem a funo de gerar vazo e presso para suprir o sistema.
Seu funcionamento muito simples, ou seja, quando o motor est funcionando um eixo aciona o rotor onde esto as palhetas deslizantes, alojadas em ranhuras radiais.
O leo do reservatrio passa pelas palhetas e enviado sob presso para o sistema e depois retorna para o reservatrio.
Ao girar o volante estamos dirigindo o fluxo de leo atravs das vlvulas para as cmaras dos cilindros, fazendo com que a direo vire para a direita ou para a esquerda.
Ateno:
Cuide para que a direo no fique virada por muito tempo, pois a vlvula de restrio fechada por mais de cinco segundos pode danificar a bomba hidrulica.
Quando o volante no for mais acionado, a bomba deixar de enviar o leo para a cmara restabelecendo o equilbrio e fazendo o leo circular livremente no sistema.
FLUIDO HIDRULICO
um importante componente do sistema, pois toda a direo depende da manuteno adequada do fludo.
um fludo especfico e especial.
Deve-se observar sempre no reservatrio o nvel, que indicado por mximo e mnimo.
Quando trocar ou completar o fludo do reservatrio, utilize somente leos recomendados.
Caso haja algum vazamento de fludo, cheque os seguintes componentes para uma possvel manuteno:
1) Gaxeta;
2) Conexo da mangueira de presso;
3) Regulador de presso.
Lembre-se que o leo utilizado deve ter caractersticas que permitam diminuir a formao de espumas, ter compatibilidade com vedaes, manter viscosidade para ampla faixa de temperatura de trabalho, e ser um bom inibidor de ferrugem e corroso.
Quando mantemos o sistema de direo em condies recomendadas pelo fabricante estamos garantindo segurana, conforto e dirigibilidade.
DIREO
UD AUS 002/0 8/08