CARACTERIZAÇÃO DO ASSOREAMENTO DO CÓRREGO CAPOEIRA, MUNICÍPIO DE SENADOR CANEDO-GO. ¹
Ronaldo Miguel²
Harlen Inácio dos Santos³
Universidade Católica de Goiás - Departamento de Engenharia - Engenharia Ambiental
RESUMO O assoreamento tem como um dos meios causadores o antropismo, sendo que a forma de erosão hídrica é o modo mais comum de transporte do solo pelas vertentes dos vales, através do soterramento de brotas de águas e pequenos cursos, e nos córregos, riachos e rios, aumentando o nível de terra submersa que ajuda originar grandes enchentes e mudanças no curso da água. Este trabalho diagnosticou os motivos e efeitos provocados por culturas itinerantes e a falta de planejamentos, visando à necessidade de se mitigar o assoreamento com base em leis, decretos e normas que são determinantes dos limites e deveres, sujeitos da ação, a fim de prescrever métodos para preservar esse patrimônio comunitário. PALAVRAS-CHAVES: Assoreamento, Água, Meio Ambiente, Córrego. CHARACTERIZATION OF THE BLOCKAGE FOR SEDIMENTS OF THE STREAM CAPOEIRA, CITY OF SENATOR CANEDO-GO. ABSTRACT The action has mainly as a way of the cause it man in the blockade of sediments, that in the form of it belongs to the water erosion, and the way most common of transport of the ground for the sources of the valleys, covering you sprout of waters and small courses, and in streams, streams and rivers increasing level of submerged land that helps to originate great floods and changes in the course of the water. This work diagnosis the reasons and the effect, provoked for that it covers cultures and lack of elaborations. It aims at to the necessity of if mitigating with basement in the laws, in decrees and norms that are determinative of the limits and the duties, to the citizens of the action, in order to prescribe methods to preserve this communitarian patrimony. KEYWORDS: Blockage for sediments, Water, Environment, Brook. Goiânia, 2007/1 ______________________________________________________________________________________________ 1- Artigo elaborado como requisito parcial à obtenção da graduação em Engenharia Ambiental pela
Universidade Católica de Goiás - UCG.
2- Graduando de Engenharia Ambiental pela Universidade Católica de Goiás – UCG. E-mail:
3- Biólogo, Doutor, Professor da Disciplina de Projeto Final de Curso II. E-mail: [email protected]
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1 INTRODUÇÃO
O solo é um recurso natural não renovável, e a erosão acelerada do mesmo ocorre
principalmente quando a terra fica descoberta, exposta à ação do vento e da chuva ou ainda
quando submetida às secas prolongadas. A ausência de proteção de cobertura vegetal,
juntamente com a das raízes, as quais estabilizam o solo, faz com que cada gota de chuva
atinja o solo nu com grande impacto. Grandes partículas do solo se desprendem, e estima-se
que cerca de 25 bilhões de toneladas deste, por ano, são arrastadas vertentes abaixo e
depositadas no fundo dos vales, ou chegam até os mares e oceanos (COIMBRA E
TIBÚRCIO, 2000).
O Córrego Capoeira é um dos componentes da bacia do Rio Sozinha, que é
afluente do Rio Caldas, e localizado bem próximo ao projeto da futura barragem, destinada ao
abastecimento da região metropolitana de Goiânia no Rio Caldas. Um conjunto de parâmetros
a ser monitorado e controlado, necessários para mitigar os efeitos prejudiciais à bacia,
protegendo o manancial hídrico e dando qualidade para determinar valores.
A avaliação dos efeitos internos causados pelo assoreamento, além dos danos ao
meio ambiente e ao fator econômico de uso presente e futuro, estabelece a necessidade de
recuperar e preservar tais valores. Para Waldecy Rodrigues (2003), estes valores podem ser
quantificados usando o Método de Custo de Reposição (MCR), somando os efeitos externos a
serem avaliados, com a utilização do Método da Dose-Resposta (MDR).
Apesar de no mercado já ter uma contabilidade determinante de bens e serviços
ambientais, o Valor Econômico Total (VET) do meio ambiente é representado pela seguinte
expressão: VET = valor de uso + valor de opção + valor de quase-opção + valor de existência,
sendo valor de uso dado às pessoas que utilizam o recurso ambiental em questão; valor de
opção é referente ao valor de uso futuro do meio ambiente referido; valor de quase uso é o
valor possível no futuro além do planejado; e o valor de existência é o valor ecossistêmico
participativo dos recursos ambientais existentes e futuros, independente do uso mais parte do
equilíbrio do meio ambiente (RODRIGUES, 2003).
2 OBJETIVO
No presente trabalho, objetivou-se identificar o assoreamento do córrego Capoeira,
evidenciando a sua história coletada por depoimentos, fotos, mapas, experimento e estudo
bibliográfico. As características latentes foram determinadas e observadas usando os
conhecimentos adquiridos para comprovar quais efeitos antrópicos evidentes transformam a
paisagem original, comprometendo o uso futuro do recurso hídrico. A exigência de mitigar o
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avanço deste processo rápido e crescente, e a necessidade de se preservar as características
naturais também, foi abordado um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O assoreamento dos corpos d`água é um fenômeno antigo e existente há tanto
tempo quanto a realidade dos mares e rios no planeta, tal processo depositou milhões de
metros cúbicos de sedimentos no fundo dos oceanos e, quando acelerado, este acarreta
prejuízos a toda à vida nativa (MASSAD,2003).
O fator “assoreamento” é a obstrução, por sedimentos, terra, areia ou outro detrito
de um estuário, rio, ou canal. A redução do fluxo nos aqüíferos do mundo e uma das formas
gerada pelo assoreamento, causando a morte das nascentes. Esta provoca a diminuição de
profundidade gradual dos rios, vindo de processos erosivos, gerados principalmente pelas
águas da chuva, além de processos químicos, antrópicos e físicos, que desagregam solos e
rochas formando sedimentos que serão transportados (PENTEADO,1983).
O depósito destes sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento, e tem como
principais causas, no meio físico: aceleração do processo erosivo, ocorrência de
escorregamentos, o aumento de áreas inundáveis, diminuição da infiltração de água no solo,
contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas, aumento da quantidade de
partículas sólidas e gases na atmosfera, aumento da propagação das ondas sonoras. No meio
biótico: a supressão, a degradação da vegetação pelo efeito de borda, degradação da mesma
pela deposição de partículas nas folhas, danos e incômodos à fauna. E no meio antrópicos são
os aumentos de demanda por serviços públicos, do consumo de água e energia, operações
comerciais, arrecadação de impostos, oferta de empregos, tráfego, alteração na percepção
ambiental, modificação de referências culturais (S.M.A.,1992).
O homem vem acelerando este antigo processo através dos desmatamentos, que
expõe áreas à erosão, como a construção em encostas que além de desmatar, geram a erosão
acelerada devido à declividade do terreno, e às técnicas agrícolas inadequadas. Os
desmatamentos extensivos promovidos para dar lugar a áreas plantadas e a ocupação do solo,
impedem grandes áreas de terrenos de cumprirem seu papel de absorvedor de águas, e
aumentam a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial e das
grandes emições gasosas (BRANCO, 2000).
O assoreamento não bloqueia um rio, mas diminui o volume de suas águas, e
quanto às nascentes e córregos, estes podem ser impossibilitados de exercer seu poder de
afluente, mudando drasticamente o rumo de um grande curso. Um exemplo pode ser o rio
4
Amazonas, que antigamente corria para o Oeste e hoje corre à Leste, e essa mudança fez com
que ele trouxesse muitos sedimentos, porém isso não impediu que ele fluisse, apesar da
grande seca do Amazonas ocorrido em 2005, que foi um grande alerta da natureza em revolta
(WIKIPÉDIA, 2007).
No Brasil faltam dados hidrográficos das pequenas bacias, pois os estudos são
geralmente focados em bacias acima de 500 km², dados principalmente de hidroelétricas.
Contudo, o monitoramento das pequenas bacias é de fundamental importância para a
complementação de uma rede de informações do ciclo hidrológico e seus processos fisicos,
químicos e biológicos atuantes, e foi através do estudo das pequenas bacias que se determinou
uma divisão em quatro regiões de bacias hidrográficas:
- Regiões hidrologicamente homogêneas: entendidas como um sistema hídrico de
comportamento similar, de funções regionalizadas, com curvas adimensionais de mesma
tendência fluviométrica;
- Bacias representativas: são homogêneas sob condições naturais e relativamente
estáveis, que resultam em um melhor conhecimento dos processos hidrológicos atuantes, onde
as observações hidrológicas são feitas por longos períodos, adicionados a estudos climáticos,
pedológicos, geológicos, hidrogeológicos, onde mudanças culturais e naturais devem ser
mínimas durante o período de estudo;
- Bacias experimentais: são também homogêneas quanto ao solo e vegetação, mas
suas características naturais são deliberadamente alteradas, com intuito de estudar o efeito
destas modificações no comportamento hidrológico e estas se utilizam de efeitos
comparativos entre duas ou mais bacias para efeito de estudo das causas geralmente
antrópicas, válidas como laboratório no controle dos ciclos hidrológicos, que sofrem essas
mudanças;
- Bacias elementares, ou de pequena ordem: são homogêneas e representam como
ordem de grandeza a menor unidade geomorfológica (< ou = a 5Km²), onde podem ocorrer
todos os processos elementares (DIAS DE PAIVA, 2001).
A importância das bacias e da hidrologia aborda os 70% da superfície de água no
planeta, além do potencial hídrico subterrâneo que é 100 vezes maior que o potencial das
águas superficiais. Deste total da água, apenas 0,63% é de água doce, e grande parte dela é
imprópria para consumo. Assim como também o ciclo natural da água na natureza se recicla
no ar, na superfície é infiltrado no solo e flui em suas nascentes, percorrendo o seu caminho
protegido pelas matas ciliares, tornando fértil o solo, mantendo a vida (TEIXEIRA, 2004).
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A vida depende do solo, que na Pedologia é definido por meio de quatro
elementos: Água, Ar, Matéria Orgânica e os Minerais, sendo que a variação dos compostos
destes elementos e os intemperismos físicos ou químicos, que atuam sobre eles, define os
diferentes tipos de solo, e somente da preservação da cobertura vegetal dependerá a saúde do
solo, dando-lhe a fertilidade, evitando a erosão com a lixiviação, arrastando os nutrientes
necessários à vida vegetal, primeira energia na cadeia alimentar, que protege o fundo dos
vales, as nascentes e os cursos d'água, formando o ciclo perfeito da natureza
(MARCONDES,1996).
A ação humana vem alterando ciclos, os quais aumentam o risco de desertificação,
e conforme a FAO (Food and Agriculture Organization) quase todas as terras áridas se acham
em situação de risco, sendo que cálculos de 1998 estimam em oito (8) milhões de km² de
deserto, que podem em pouco tempo se triplicar, afetando principalmente países de terceiro
mundo (DREW, 1998).
Na Europa, onde existe pouca área disponível, há 200 anos o solo vem sendo
corrigido para se tornar fértil, os quais são denominados plaggen, mas a atenção tem que ser
constante para não se reverter ao caráter original, ou seja, um solo infértil. O ser humano,
como um ecônomo ou guardião do planeta e da natureza, é citado em todas as religiões com
maior ou menor ênfase (RICARDO, 2004).
Ao homem foi dada essa relativa facilidade de acionar o ciclo hidrológico,
manipulando aspectos diversos da água, do solo, da vegetação, do relevo fluvial, do
movimento de massa, dos climas locais e do povoamento das regiões áridas. Tais processos
geomorfológicos podem alterar não só para destruir, mas também podem recuperar estas
áreas. Na verdade, o homem tem moldado a natureza a seu interesse próprio, e esta relação
tem chegado a situações críticas, algumas irreversíveis e outras catastróficas (FREITAS,
2001).
Os modelos de agricultura são classificados em: convencional (utiliza de insumos,
de larga mecanização com uso de combustíveis fósseis) e alternativo (de caráter técnico,
econômico, estrutural e até filosófico de atuar). Este último envolve a consciência do produtor
de levar ao mercado alimentos mais saudáveis, utilizando dos recursos próprios da
propriedade, como o adubo orgânico, que contribui para a saúde do meio ambiente, e do
manejo integrado de pragas e do combate através de inimigos naturais, valorizando as plantas
mais resistentes (EHLERS, 1996).
Várias práticas agrícolas envolvem as queimadas, um método que altera a biologia
e a química do solo, provocando mudanças no seu pH, além da redução dos microrganismos,
6
alterando a umidade. Em regiões como a nossa, onde o período de seca tem um intervalo
intenso de cinco meses, a perda maior acontece com as queimadas das matas nativas que
absorvem o excesso das águas das chuvas pelo solo, e evitam que a lixiviação chegue aos
córregos e rios (MELLO, 2003).
As matas nativas fazem tal controle na natureza e alimentam a fauna, garantindo a
diversidade, sendo que tais fatores são importantes ao ciclo da vida. Existem também espécies
exóticas introduzidas ao meio para produção principalmente da celulose, que absorvem
também as águas, porém estas não garantem a preservação permanente, ainda mais quando se
trata de preservar o ciclo que garante nossos recursos hídricos (ROCHA, 2000).
Cada muda de planta obedece a um critério de aclimatização para o plantio que é
especifico a cada espécie, sendo que algumas são de terreno seco e pedregoso, outras de solos
úmidos e inundados, dependendo do estudo do solo e da declividade do terreno. Observa-se
no plantio, também, as plantas pioneiras, secundárias e o clímax. O conhecimento da aptidão
ecológica das espécies, assim como o espaçamento entre elas, deve ser objetivado juntamente
com a manutenção (LORENZI, 2002).
No Estado de Goiás a vegetação é composta na sua maioria pelo cerrado, que tem
no clima tropical sua estação seca pronunciada. A topografia da região varia entre plana e
suavemente ondulada, além de possuir faixas dispersas de mata atlântica onde as florestas
intactas existem ao longo dos rios com mínimo de 20 a 30 metros de altura (mais largas se a
terra for íngreme), podendo filtrar e imobilizar os sedimentos e compostos, reduzindo assim a
poluição da água (WWF. BRASIL, 2006).
O nosso cerrado, segundo maior bioma do país, ocorre no planalto central e é o
berço das três das principais bacias hidrográficas da América Latina, das oito existentes no
país, com 78% da Amazônica (Araguaia, Tocantins), 48% do Paraná/Paraguai, e quase 50%
do São Francisco, o que significa vários córregos e nascentes. (OLIVEIRA JR. E
SHIMABUKURO, 2005).
Porém, as novas tecnologias como a aerofotogrametria, GPS (Global Positioning),
sensoriamento remoto e SIG (Sistema de Informação Geográfica) permitem obter uma visão
tridimensional do terreno, das formas do relevo, o mapeamento geológico, a pesquisa mineral
e finalmente integrar, processar e analisar dados (COELHO E TERRA, 2002).
No Brasil o primeiro passo para o sensoriamento remoto foi dado com o projeto
RADAM em 1970, com a finalidade de rastrear a nossa Amazônia. Porém, com os resultados
obtidos passou-se a utilizá-lo nas demais áreas do território nacional para estudos geológicos,
geomorfológicos, pedológicos, hidrológicos, da vegetação, uso do solo, estudo das bacias
7
hidrográficas etc. Em seguida, o movimento mais importante veio pelo INPE (Instituto de
Pesquisas Espaciais) com o início da recepção de sinais do satélite Landsat 4 (COIMBRA E
TIBURCIO, 2000).
Hoje, vários dados podem ser obtidos no SIEG assim como mapas e desenhos da
planta do projeto desejado, demarcando e detalhando dados diversos obtidos da região, tais
como: potencial geológico, altimetria, recursos minerais, massa de água, falhas geológicas,
estações pluviométricas e fluviômetricas, barragens, drenagens, malha viária etc., além de
levantamento dos atributos do município, como a rede de água, coleta de lixo, indústrias
locais, etc, ou seja, tudo que direta ou indiretamente afete a bacia e/ou lençol freático que
alimente a mesma (SIEG, 2006).
Observações também podem ser feitas pelo sistema Google Earth, como a
“fotometria”, obtendo posicionamento e localidade, podendo ainda observar a cobertura
vegetal, e a presença ou não da mata ciliar, assim como as lavouras e vias rodoviárias,
facilitando a caracterização do impacto ambiental causado pelo antropismo (GOOGLE
EARTH, 2007).
4 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
O Brasil possui legislações eficazes no contexto ambiental, porém existe uma
grande falta de recursos para o controle e execução dos problemas relacionados ao meio
ambiente, além da falta de educação ambiental. As legislações, resoluções e normas da
(Coletânea de Legislação de Direito Ambiental Constituição Federal, 2004) foram o
embasamento para o desenvolvimento desse projeto, as quais são:
Código Florestal da lei 4.771 de 15 de setembro de 1965 (DOU 17.12.1980),
preservação permanente de (30 a 500 m) para córregos e rios de acordo com a largura do
mesmo, (50 a 100m) para represas, lagos e lagoas, 50 m no raio ao redor de nascentes, etc. o
código também prevê pelo menos 20% de mata nativa em propriedades rurais.
A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo apenas ser utilizada
sob regime de manejo florestal sustentável, de acordo com os princípios e critérios técnicos e
científicos estabelecidos no regulamento, ressaltados às hipóteses previstas no §3˚ deste
artigo, sem prejuízo das demais legislações específicas:
§3˚ Para cumprimento da manutenção ou compensação da área de reserva legal em
pequena propriedade ou posse rural familiar, podem ser computados os plantios de árvores
frutíferas ornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema
intercalar ou em consórcio com espécies nativas.
8
A lei 6.938, de 31 de agosto de 1981 (DOU 02.09.1981), regulamentada pelo
decreto 99.274/90, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formação e aplicação. O artigo 4˚ afirma que a Política nacional do Meio
Ambiente visará:
VII – (..) obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário da
contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
O decreto 97.632, de 10 de abril de 1989 (DOU 12.04.1989), dispõe sobre a
regulamentação do artigo 2˚, inciso VIII, da lei 6.938, em seu artigo 2˚, define o conceito de
degradação:
(...) são considerados como degradação os processos resultantes dos danos ao meio
ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a
qualidade ou capacidade produtiva dos recursos ambientais.
Em seu artigo 3˚, o decreto estabelece a finalidade dos PRAD’s: a recuperação
deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com
um plano preestabelecido para uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio
ambiente.
A Resolução 01/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA –
(DOU 17.02.1986) especifica algumas atividades antrópicas que são potencialmente
causadoras de alterações no meio ambiente, sendo obrigatório à apresentação de Estudo de
Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA. Entre elas agroindústria,
barragem, canal e retificação de cursos d`água, duto vias, estradas de rodagem, irrigação,
linhas de transmissão, projeto urbanístico, entre outras ( MEDAUAR, 2004).
5 METODOLOGIA
Estudou-se a microbacia do córrego Capoeira com seus afluentes, feita por
experimentos de campo e observações em vários trechos, além de uma pesquisa verbal em
busca de informações dos moradores mais antigos, buscando identificar as mudanças
ocorridas no meio ambiente com o passar dos anos. A mesma foi monitorada com GPS,
registrando com fotos o assoreamento e suas causas, através da pesquisa de mapas e fotos de
satélite para uma localização adequada, e visando, assim, elaborar uma P.R.A.D. - Plano de
Recuperação de Áreas Degradadas.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Identificando a área da bacia do Córrego Capoeira, que tem aproximadamente 2,37
km², sendo que os pontos mais altos são um com altitude de 814m (Ponto 01, Figura01) à
esquerda, e coordenadas (S) 16˚45'57,38" e (W) 49˚05'45,15", e o outro com 789m (Ponto 2,
Figura 01) à direita a (S) 16˚45'22,01" e (W) 49˚05'41,96", e a distância entre estes pontos é
de 1,08 Km. A entrada da Vicinal 03 (Ponto P, Figura 01) As nascentes estão a 16º45´28.42"S
e 49º05´00.40"W (Ponto 3, Figura 01)“Córrego Açude” e a outra em 16º45´55.98"S e
49º04´59.52"W (Ponto 3, Figura 01) “Córrego Buriti” até o encontro com 715,02m (Ponto 5,
Figura 01), onde começa a montante do Córrego Capoeira (de segunda ordem).
As distâncias das nascentes até a montante no Córrego Capoeira do primeiro são
de 1,54 km, e do segundo de 0,92 km, e desta junção nasce o mesmo córrego, que caminha
mais 2,23 km até desaguar no Rio Sozinha á 662m (Ponto 6, Figura 01), sendo que este
caminho fluvial é de 4,69 km, conforme a foto (GOOGLE EARTH em 8 de maio de 2007)
que pode ser observada na Figura 01.
Figura 01. Na foto de satélite a linha azul determina a área da bacia, e os pontos de 1 a 6 as altitude medidas com GPS. (GOOGLE EARTH- 2006)
A área de preservação permanente da mata linear é comprometida em alguns
trechos e nas nascentes, ainda que intermitentes a qualquer que seja a situação topográfica,
num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros, sendo que a área de reserva legal 20% da
propriedade independente do tamanho da mesma. A topografia com declividade no
10
comprimento maior é de 152,08 m, com várias represas sem controle de percolação e alguns
poços sem mata no entorno.
Associação de latossolo vermelho-escuro + vermelho-amarelo, ambos distróficos
sem apresenta cascalho ou outro pedregulho (SIEG, 2006), nas vertentes dos Córregos
Capoeira e Açude, onde a lavoura e horta estão sem linhas de fluxo, mecanizadas apresentam
o uso de defensivos e fertilizantes.
Nos gráficos abaixo (Figura 2A, 2B e 2C) temos os declives dos Córregos Açude,
Buriti e Capoeira, respectivamente.
• Córrego Açude o declive é de 34,84% com 32,84% do leito: há um número
grande de represas e poços inclusive na nascente com desmatamento da mata ciliar;
conseqüentemente, onde o assoreamento foi maior, sua água e mais turva, e a perda do nível
d’água foi tão grande quanto o aumento da areia movediça, como o exemplo ocorrido poço da
(Figura 4L).
• Córrego Buriti o declive é de 30,94% e possui 19,62% do leito: igualmente
represado na cabeceira, onde o gado pasta, mantém a água límpida até na horta, e dali para
baixo a água fica um pouco mais turva.
• Córrego Capoeira o declive é de 34,86% e o seu leito 47,55% da bacia: a mesma
diferença de 53 (cinqüenta e três) metros de declividade como o Córrego Açude, Associação
de podzolico vermelho escuro eutrófico ou distrófico respectivamente a chernozemico, com
cascalho (SIEG, 2006), e a extensão do seu leito maior. A água consegue recuperar a
transparência em seu leito formado de areia e cascalho por uma extensão de 2,2 km, porém o
volume de águas dele hoje é igual ou menor ao seu afluente (Córrego Açude em 1997).
650
700
750
800
1 2
córrego Açude
Figura2A: Declive córrego
Açude.
650
700
750
800
1 2
córrego Buriti
Figura 2B: Declive córrego
Buriti.
600
650
700
750
1 2
córrego Capoeira
Figura 2C: Declive córrego
Capoeira.
Outra possível causa do assoreamento é o loteamento de chácaras denominado
Vargem Bonita II, originalmente com 44 (quarenta e quatro) chácaras de meio alqueire
(24.200,00 m²), que posteriormente teve uma divisão de cada gleba por três, multiplicando as
para o total de 132 (cento e trinta e duas) chácaras. Este possui três entradas, denominadas
11
vicinais sendo a de numero 01, 02 ruas sem saída terminando a menos de 30 (trinta) metros
acima da nascente do Córrego Açude, e a outra a principal à vicinal 3, também acima e
continua em paralelo ate o final do leito deste mesmo córrego.
Todas as ruas denominadas vicinais são de latossolo vermelho, sem a menor
presença de pedregulhos ou cascalho. Somando a este quadro ali que se encontram represas
sem proteção vegetal parcial ou total da margem; algumas são pastos com a presença de
criação de gado.
Às margens opostas ao loteamento encontram-se propriedades rurais como a
fazenda Vargem Bonita, com pasto para engorda de novilhos, porém com uma atenuante, pois
além da forragem existe uma reserva de cerrado, que protege a nascente do Córrego Buriti.
Outra propriedade na bacia é a do Sr. Pedro Miranda, que possui pastagem com rebanho
utilizando das águas na nascente do Córrego Açude. Seu vizinho o Sr. Valter é um
empreendedor; dono da margem esquerda do Córrego Açude, e direita do Córrego Buriti e do
interflúvio de ambos, e também da íntegra do curso do Córrego Capoeira até a junção com
Rio Sozinha.
Conforme relato do caseiro Sr. Divino, é desejo do seu patrão recuperar a área dos
córregos e implantar um setor de chácaras no local, porém hoje o que se observa é uma
lavoura com uso de mecanização e insumos. A outra propriedade encontrada na microbacia é
uma chácara de 9 (nove) alqueires “futura Escola de Hipismo”, atualmente em parte lavoura
sem contato direto com as águas da bacia, e o restante de pastagem com gado junto à nascente
do Córrego Buriti, a qual é protegida por cercas e abaixo no curso da água livre, onde a
proteção fica por conta do terreno pantanoso antes da mata ciliar, que felizmente ainda não foi
invadida pelo rebanho.
Entrevistando verbalmente alguns moradores mais antigos, constatou-se que no
Córrego Açude se nadava em poços de água límpida com a água batendo no peito, e o piso de
pedras e areia branca, onde se pescava muito peixe como o bagre, e nas matas sempre se
podia observar várias espécies de mamíferos, como o lobo guará e o veado campeiro.
Para verificar o carreamento do solo, foram feitas valetas de curvas de nível de 35
(trinta e cinco) centímetros de profundidade, transversais no meio do pomar e longitudinal à
beira do córrego na chácara 14-A, vicinal 04, antes do período chuvoso e foi comprovada a
retenção de solo ultrapassando as bordas das valetas.
7 PLANO DE RECUPERAÇÃO
12
Medidas Estratégicas para Recuperação são: com definição de áreas de maior
vazão de sedimentos, amortecendo com medidas de retenção e filtração e mimetização do
escoamento, como formas de isolamento onde se fizer necessário, impedindo a retirada que
degrade, e manejo do solo desgastado. Propor a criação de uma Reserva Particular do
Patrimônio Natural (RPPN) para a associação de moradores, com intuito de obter de recursos
e incentivos para o projeto de recuperação e manutenção.
Medidas de Recuperação das Áreas Degradadas: correção dos níveis no solo,
usando bloquetes em 8.261 m de vias, com 16.522 m de canaletas filtro distribuídas nos dois
lados das vias, escoando dentro de cada chácara. Assim as águas das chuvas devem ser
captadas, filtradas para cisternas reservas e continuando ao lado das canaletas das vias, onde
se deve plantar árvores e arbustos de 3 em 3 metros em bacias de elemento permeável com
gramíneas em torno. Por fim, nas jusantes das represas, poços e desvios das canaletas mesmo
que não seja para fim de reservatório e essencial o filtro que deverá conter camadas de areia
grossa, brita, e pedras, conforme os exemplos dados na Figura 3A e 3B, (dois modelos de
filtro).
Medidas de Revegetação: a necessidade de recompor paisagisticamente esta área
se deve ao fato de segurar o solo muito argiloso e de considerável declive; nas margens das
ruas com revegetação linear com 3 m entre cada árvore em torno criar uma bacia que retenha
a água para a mesma, acompanhando os canais das galerias das vias, feitas de elementos
permeáveis (filtro) e plantados com gramíneas, sendo que no lado esquerdo deve-se precaver
com os fios de alta tensão, onde deverão ser plantados apenas arbustos. Nas represas, tanques
e no leito fluvial, o projeto de recomposição florística tem como concepção a indicação de
espécies nativas e frutíferas, escolhidas em parceria com os órgãos ambientais, adaptando as
preferidas dos proprietários dos imóveis à finalidade de uma exploração sustentável.
Figura 3A: Canaleta Filtro (Plínio Tomaz, 2007).
Figura 3B: Filtro/Cisterna (Viana, Francisco, 2007).
13
Definições de medidas mitigadoras: para garantir a reestruturação dessa vegetação,
com a distribuição de espécies em forma de mata, se determina o espaçamento entre mudas
(aproximadamente 3,0m x 3,0m), onde serão indicadas várias espécies de palmeiras, árvores
frutíferas e nativas em todo o projeto, sendo estimado necessário um total de 10.071 mudas de
árvores, 2.387 arbustos e 2.387m de gramíneas. A precisão na marcação das covas dos 3,0 m
entre as plantas é desnecessária, sendo que para a margem do curso d’água não recomenda-se
a formação de linhas, pois a finalidade é recompor, tendo em meta obter povoamento com a
aleatoriedade de espaçamento e distribuição, o mais similar possível da vegetação natural.
Durante o preparo da área de plantio, alguns cuidados deverão ser tomados:
• O isolamento da área, demarcando assim a área de atuação, certificando que não
haja trânsito de veículos, pedestres e animais, para evitar a depredação das mudas;
• Sinalizar o plantio, colocando tutores ou suportes amarrados às espécies vegetais;
• Observar a presença de cupins ou formigas, e caso isto acorra, deverá ser feito o
combate adequado;
• Fazer o embaciamento com 0,60 m em torno das mudas e o coroamento em
diâmetro de 1,60m, e após o plantio fazer uma cobertura morta (serragem, casca de arroz, ou
outro produto vegetal de fácil decomposição). Estas medidas visam à retenção de água, assim
como o impacto das chuvas e incidência solar;
Cronograma de implantação do reflorestamento e manutenção do 1° ano:
Operação/ Fase Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Combate às formigas X X X X X X X X X X X X X X X X
Isolar as áreas X
Capina X
Marcar e fazer as covas X
1˚ Coroamento X
Compor as covas X
Distribuição de mudas X
Plantio e tutoramento X X
Replantio X X
Capina X X
Adubações de cobertura 1ª 2ª
Roçadas de entrelinhas X X
Aceiro X
• Nas árvores plantadas, deve ser aplicado adubo (5 litros de esterco bovino curtido
e 200g de formulado NPK 4-14-8+Zn por muda misturada à parte da terra da própria cova).
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Fazer a cobertura antes do período chuvoso (outubro), com 2,5 litros de esterco curtido
acrescido de 100g de composto NPK 10:10:10; e já no início das chuvas (novembro)
adicionar 3,5 litros de esterco curtido disposto em sulco a 0,30m de diâmetro. Esta
manutenção, bem como o replantio das falhas, deverá se estender por dois anos ou até a
recomposição final da revegetação da área degradada. Deve-se também definir a freqüência
de apresentação dos laudos técnicos de acompanhamentos da execução do plano de
recuperação a ser apresentado, sendo esta no mínimo semestral ou seguindo cada estação do
tempo.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma bacia elementar é pequena, mas sua grandeza é como uma raiz a alimentar
uma árvore, da mesma maneira e dela que depende a fauna e dentre outros a saúde do Rio
Sozinha, e assim, menos de 2 km adiante o Rio Caldas, onde projetam um reservatório para o
abastecimento da população futura da grande Goiânia. Fatores que fazem à riqueza desta
bacia ter um Valor Econômico Total (VET) que e igual o (“Valor de Uso”; na manutenção da
vida nativa e adquirida seja animal ou vegetal no presente) + (“Valor de Opção”; a livre
escolha, comprar ou vender, pagar ou receber, os bens e serviços gerados) + (“Valor de Quase
Opção”; dos bens e serviços que poderiam ou podem existir) + (“Valor de Existência”, e a
parte do ecossistema e dos recursos naturais existentes e planejados como o do abastecimento
de água da Grande Goiânia no futuro, e outros recursos ainda não pensados) = Incalculável,
seu preço aumenta mais que qualquer outro valor de capital, pois a cada dia este bem se torna
mais escasso e ao mesmo tempo necessário ao equilíbrio.
A água é o maior bem da vida na terra, esta no Ar na Terra e na Biota, ainda assim
maltratada por vandalismo hoje consentido, e ás vezes por falta de conhecimento e
conscientização da maioria e da minoria que gasta muito para tratá-la, sendo que com medidas
de valor ínfimo perto da sua imensa riqueza que podemos garantir com sua conservação e
mais qualidade, sendo que já foi comprovado que por mais tratada que seja, por mais milhões
que se gastem, as propriedades minerais dela nativa são incomparáveis.
Percebe-se que o Córrego Buriti sofre um menor impacto, pois parte do interflúvio
deste está protegido por uma reserva de mata cerrado. Contudo, sua nascente represada e
desprotegida de árvores, o que igualmente acontece na nascente do Córrego Açude, que tem a
cabeceira represada e com três vicinais bem acima dela sendo duas sem saída, e a outra
vicinal principal do loteamento caminhando paralela ao seu leito. Tal fato explica em parte o
grande assoreamento sofrido no canal do córrego, confirmado por fotos, e pelos depoimentos
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do passado, que comprovam que o Córrego Açude possuía um leito piscoso de águas límpidas
com fundo de areia branca e pedras, em alguns trechos poços que eram verdadeiras piscinas
naturais; seus trechos eram de mais de 1 (um) metro de profundidade, e agora, afora as
represas de águas turvas, encontramos um rego espalhado, com aproximadamente 10 (dez)
centímetros nas partes mais fundas e com muita areia negra e movediça. Para tornar possível
visualizar esta realidade montei um painel de fotos anexado abaixo.
Porém, existem várias minas de água por todo local, comprovando porque essa
região é conhecida pelo nome de Olhos D Água, e para reverter só um grande projeto de
drenagem da areia acumulada nos últimos 10 (dez) anos, que encobriram varias brotas d água;
reflorestando e protegendo os locais a serem mitigados, e a conscientização dos moradores.
Abaixo alguns registros fotográficos feito durante o trabalho de campo, tiradas no
período de 16 de dezembro de 2006 á 08 de maio de 2007. Na (Figura 4A); a cabeceira do
Açude com solo exposto e sem mata ciliar, que nas nascentes e represas deve ter no mínimo
de 50 metros. A (Figura 4B); Uma cerca de metal e cimento no leito do córrego, a areia
movediça efeito do assoreamento e o desmatamento da mata ciliar, que deve obedecer à
margem de no mínimo 30 metros do leito. A (Figura 4C); Uma barragem no meio do curso do
córrego, desmatada e sem controle de percolação, informado fui de que “esta represa já
rompeu por duas vezes, e foi reerguida pelo mesmo método”. (Figura 4D); nascente do
Córrego Buriti quase os mesmos erros observados da outra, salvo o solo ter gramíneas em sua
volta e a mata ciliar esta protegida abaixo e existe uma cerca de proteção, e menor o impacto,
mas deveria ser a 50 metros após uma reserva de mata. (Figura 4E); uma piscina de azulejo,
feita no leito do Córrego Açude. (Figura 4F) uma horta no declive, e a irrigação e uma
enxurrada o ano todo, também existe ali muito lixo jogado e um grande numero de
funcionários e suas famílias que não tiveram nenhuma educação ambiental. (Figura 4G); o
curso d’água do Córrego Capoeira com o fundo de areia e pedras e de águas límpidas, porém
com um nível inferior ao dos anos 90. (Figura 4H); o interflúvio da microbacia, onde existe
uma lavoura, ao fundo à vista da mata ciliar da bacia, podendo se observar à junção dos 2
afluentes e o inicio do Córrego Capoeira. (Figura 4I); a desembocadura no Rio Sozinha,
observando a água turva e a existência de desmatamento e barranco. (Figura 4J) as ruas do
loteamento com o solo exposto a erosão hídrica, que destina o leito do Córrego Açude.
(Figura 4K); o Córrego Açude hoje com 10 cm de profundidade, fundo e a areia movediça.
(Figura 4L); local onde em 1997 era um poço de água clara e com fundo de pedra e areia.
(Figura 4M) uma cerca feita no leito de cimento e telha de metal, antes da chuva. (Figura 4N)
a mesmo valado da Figura 4M, destruído pelo assoreamento após a chuva.
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¦ CÓRREGO AÇUDE:
Figura 4A: Cabeceira represada. Figura 4B: Cerca no leito. Figura 4 C: Barragem. ¦ CÓRREGO BURITI:
Figura 4D: Nascente represada. Figura 4E: Piscina água corrente. Figura 4F: Irrigação horta. ¦CÓRREGO CAPOEIRA:
Figura 4G: Curso d’água. Figura 4H: Vista do interflúvio. Figura 4I: Junção com Rio Sozinha. ¦O ASSOREAMENTO:
Figura 4J: Ruas com erosão Figura 4K: Córrego assoreado. Figura 4L: Antigo poço do Bira.
Figura 4M: Cerca á margem córrego. Figura 4N: A mesma cerca após uma chuva.
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