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4 Oiiveira et al.
industrial, na fabricaçâo de doces ou produtoscosméticos. Outra opçâo seria a extraçâo do óleo dapolpa, visando a sua utilizaçào para a alimentaçâo,devido as suas propriedades nutricionais. O óleo de
abacate é rico em ß-sitosterol e ácido oleico, umagordura insaturada utilizada como coadjuvante notratamento de hiperlipidemias, assemelhando-seem muitos aspectos ao azeite de oliva (SALGADOet al., 2008). Estudos anteriormente realizados comalgumas cultivares mostraram variaçâo entre 5 a 30nos teores de lipideos na po lpa. Assim, cultivares queapresentem altos teores de lipideos na polpa poderâoconstituir-se em matéria-prima importante paraobtençâo de óleo (TANGO et al., 2004; SALGADOet al, 2008).
Devido as flor s do abacateiro apresentarem
dicogamia protoginica, em que nâo há sincronismona maturidade dos orgâos masculinos e femininos,as cultivares sâo divididas em dois grupos (A eB), por isso se recomenda o plantio intercalado decultivares dos diferentes grupos na mesma área,as quais floresçam na mesma época, assegurando,assim, uma polinizaçâo eficiente (FALCÄO et al.,2001). As fenofases, bem como a época de produçâodos frutos, podem variar em funçâo das coordenadasgeográficas e microclima local (SENTELHAS et al.,1995), influenciando inclusive no teor de óleo.
Sendo assim, a determinaçâo das fasesfenológicas e a determinaçâo de cultivares produtorasde frutos com qualidade superior e alto teor lipidicoseria fundamental, visando á ampliaçâo das áreasprodutoras de abacate e o estimulo para a produçâode frutos destinados á extraçâo de óleo. Com baseno exposto, o presente trabalho teve como objetivoavaliar as características fenológicas, físico-químicasem cultivares de abacateiro oriundos das terras altasda Mantiqueira, visando á extraçâo de óleo..
MATERIAL E MÉTODOS
A coleta de dados foi efetuada na coleçâode abacateiros mantida no Núcleo de Produçâo deMudas de Sâo Bento do Sapucai-SP, pertencente áCoordenadoria de Assistência Técnica Integral doestado de Sâo Paulo (CATI), microrregiâo das terrasaltas da serra da Mantiqueira, entre o periodo deJaneiro de 2008 a dezembro de 2010. O local situa-se a 22° 41' de latitude Sul e 45° 44' de longitudeOeste, a uma altitude média de 903 metros. O climade Sâo Bento do Sapucai é classificado como Cwbsubtropical de altitude. A temperatura média anual
situa-se em tomo de 18°C e precipitaçâo entre 1.600a I.800mm. As variaçôes climáticas que ocorreram
durante o periodo de avaliaçâo fenológica e produencontram-se ñas figuras e 2. As cultivares utilizadasñas avaliaçôes foram: 'Ouro Verde', 'Wagne'Campinas', 'Paulistinha', 'Fuerte', 'Pedros
'Margarida', 'Hass', 'Fortuna', 'Quintal' e 'Reis'. plantas estâo dispostas em blocos de oito plantas eespaçamento 7x7m, com idade de sete anos.
Para a caracterizaçâo fenológica, u tilizou-o delineamento em blocos ao acaso, com 3 tratamentos(cultivares), quatro blocos e duas plantas por parcÑas safras de 2008/09 e 2009/10, registraram-seseguintes características fenológicas: inicio da emidas brotaçôes, inicio da floraçâo (5 flores abertplena floraçâo (70 das flores abertas) e final floraçâo (95 ou mais das flores abertas), inicioda fioitificaçâo (5 de fintos fixados), inicio e fi
colheita. Para a detemiinaçâo dessas porcentageforam marcados quatro ramos aleatorios por plados quais se contou o número total de flores e frue posteriormente o número de flores abertas e frufixados a cada dois dias, para entâo caleular-se referidas porcentagens. No final, calculou-se o perde florescimento, frutificaçâo e colheita.
Na segunda safra de avaliaçâo (2009/10foram coletados frutos maduros das onzcultivares de forma aleatoria, em um total de frutos por cultivar. Os frutos foram transportadimediatamente para o laboratorio de pós-colheitaDepartamento de Ciencia dos Alimentos da UFLforam divididos em quatro repetiçoes, contento frutos cada, adotando-se o delineamento inteiramecasualizado, para as seguintes avaliaçôes: diámelongitudinal e transversal dos frutos, percentagde polpa, casca e caroço em relaçâo á massa totaa composiçâo centesimal (porcentagem de umidalipideos, proteinas, fibras e cinzas), segundometodología descrita pela Association of OfficAnalytical Chemists - AOAC (1997).
As cultivares que apresentaram a maioporcentagem de lipideos na polpa foram utilizapara a determinaçâo do perfil dos principáis ácigraxos presentes no óleo bruto extraído. Vinte fiide cada uma das cultivares de abacateiro 'Hass'Fuerte' passaram por prensagem hidráulica, dquais, por compressâo, o óleo em seu estado brfoi extraido. Em seguida, 5mL do óleo obtido de ccultivar foram esterificados segundo metodolode HARTMAN & LAGO (1973). A determinaçda composiçâo de ácidos graxos foi realizapor cromatografla de fase gasosa, utilizandocromatógrafo marca Shimadzu modelo GC-I
V3, equipado com detector de ionizaçâo de chae coluna capilar de polietilenoglicol DB-Wax (3
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Fenologia e características físico-químicas de frutos de abacateiros visando à extraçâo de óleo. 413
Precipitaçào • Dias com chn va
Período de Avaliaçào
Figura - Médias m ensais de precipitaçâo e distribuiçào dos dias com chuva entre Janeiro de2008 a novembro de 2010. UFLA, Lavras, 2011.
de comprimento; 0,25mm de diámetro interno; 0,25micrometro de espessura), plit na razao de 1:20.
As condiçôes cromatográficas utilizadasforam: temperatura inicial da coluna igual a 180°Cpo r 5 m inutos, aumentada a uma taxa de 30°C mi n' atéa temperatura de 180°C, permanecendo 14 minutos,até temperatura final da coluna de 230°C comaquecimento de 3°C min '. O gas de arraste usadofoi o nitrogênio, em um fluxo de 2,74mL minuto'.A temperatura do injetor foi 230°C e detector de250°C. A identificaçâo dos diferentes ácidos graxosfoi realizada por comparaçâo entre os tempos deretençâo das amostras e dos padrôes. O delineamentoexperimental utilizado foi o inteiramente casualizadocom dois tratamentos (cultivares de abacateiro 'Hass'e 'Fuerte', que apresentaram a maior porcentagem delipideos na polpa) e dez repetiçôes (leituras).
Os dados referentes à caracterizaçào fisico-química e o perfil e ácidos graxos foram submetidosá análise de variância complementada pelo teste deTukey e Scott-Knott para comp araçôes múltiplas comnivel de significancia igual ou inferior a 5%.
RESULTADOS E DISCUSSÄO
Pelas avaliaçôes realizadas nos do is ciclosprodutivos, todas as cultivares iniciaram a brotaçâo
a partir da segunda quinzena de setembro, sendo queQuintal e Cam pinas foram as mais tardias para o inicioda brotaçâo (Tabela ). O periodo de fiorescimento nociclo 2008/09 teve inicio na segunda quinzena do m esde agosto estendendo-se até a segunda quinzena deoutubro (Tabela 1). Já no ciclo de 2009/10, nota-semaior número de plantas iniciando o florescimentoda segunda quinzena do mes de agosto até a primciraquinzena de outubro, com ciclo de floraçào variandoentre 35 a 72 dias. Isso se dá provavelmente devidoas diferenças nas variaçôes climáticas ocorridasnos dois ciclos avaliados, já que em 2009, além dastemperaturas mais elevadas, houve maior volume dechuvas nos meses que antecedem a floraçào (Figuras1 e 2). Contudo, nos dois ciclos, observou-se que omes de setembro concentrou o inicio da floraçào namaioria das cultivares avaliadas (Tabela 1).
Quanto ao término do periodo de floraçào,no primeiro ciclo de avaliaçào este ocorreu entre aprimeira quinzena de ou tubro até o final de novem bro,sendo que 'Margarida' mostrou-se mais précoce. Nosegundo ciclo avaliado, o final da floraçào ocorreuentre a segunda quinzena de outubro e novembro,com as cultivares 'Margarida', 'Reis' e 'Wagner'apresentando-se m ais precoces (Tabela 1). Na média
dos dois ciclos, o
período de flor çào foi de 54 dias comos meses de setembro e outubro concentrando a plena
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Fenologia e earaeteristicas fisieo-químieas de frutos de abaeateiros visando à extraçào de óleo.415
Tabela - Grupo floral, datas de inieio da emissào das brotaçôes, de inicio, do pleno e do final do floreseimento e períoem cultivares de abacateiros nas safras 2008/2009 e 2009/2010. UFLA, Lavras, 2011.
Cultivar
'Campinas''Fortuna''Fuerte''Hass''Imperador''Margarida''Massaito''Ouro Verde''Paulistinha''Pedroso''Quintal''Reis'
'Wagner'
'Campinas''Fortuna''Fuerte''Hass''Imperador''Margarida''Massaito''Ouro Verde''Paulistinha''Pedroso''Quintal''Reis''Wagner'
GF
BABABBAAAABB
A
BABABBAAAABBA
IB
12/out08/out21/set20/set20/set27/set10/out01/out30/set07/outI5/out01/out
18/set
05/out25/set10/set15/set25/set25/set05/out25/set05/out30/set05/out20/set25/set
IF?nos/(io
20/set01/out03/set01/out07/set18/ago15/out30/set20/set01/set23/set23/set23/ago
7000/1010/set30/set30/ago25/set05/set20/ago10/out20/set15/set14/ago15/set10/set20/ago
PF
10/out25/out27/set15/out30/set12/set3 0 out17/out10/out28/set18/out18/out17/set
30/set19/out14/set12/out30/set10/set28/out05/out05/out10/set05/out30/set15/set
FF
30/out25/nov20/out10/nov28/out13/out20/nov05/nov10/nov20/out10/nov10/nov15/out
25/out10/nov21/out30/out25/out05/out13/nov26/out24/out25/out
25/out18/out10/out
Período IF-FF (dias)
40554740515636365149484853
45415235504634363972
403851
GF=G rupo Floral; IB=Iníeio da Brotaçào; IF=Inicio do florescimento(5 flores abena s); PF=Pleno florescimento(+ FF^Final de floreseimento; IF-FF=Periodo do florescimento (dias).
com menores percentagens de caroço e casca, tendoem vista o maior rendimento ern polpa.
A análise da composiçâo centesimal dapolpa dos frutos mostra que os teores de umidade
nas polpas variaram entre 60,97 e 81,92 . Para osde lipideos, a variaçào foi entre 5,7 e 26,12 , e ascultivares 'Hass' e 'Fuerte' apresentaram resultadossignificativamente superiores as demais (Tabela 3).Nota-se, por esses resultados, um compottamentoinverso nos conteúdos de lipideos e umidade, emque as cultivares com melhores rendimentos emóleo apresentaram os menores indices de umidadee, portanto, maior potencial para a extraçào de óleo,inclusive para utilizaçâo na industria alimenticia(GÓMEZ-LÓPES, 2002; SALGADO et al., 2008).Esses resultados estâo de acordó com trabalhoanteriormente realizado, em que as cultivares 'Hass'
e 'Fuerte' se destaearam na percentagem de lipna polpa (TANGO et al., 2004). Esses autores reainda que a alta correlaçâo entre umidade e lipdeve-se ao fato de que a soma dos teores dsubstancias corresponde à grande parte da maspolpas de abacate. Vale ressaltar que, ao contraconsumidor brasileiro, o mercado extemo prezfhjtos menores e Heos em lipideos; com isso, ainda a possibilidade de exportaçâo de frutonatural destas cultivares (DAIUTO et a l, 2010teor de proteina apresentou resultados em que ode 1,9 foi o máximo, obtido pela cultivar 'Hseguido da Campinas e Fuerte (Tabela 3). Esrelatam que esse valor norrnalmente é baixo emdestinadas ao consumo humano (FARIA et al., É possivel ainda inferir uma relaçâo positiva pteores de proteína e lipideos, em que as culti
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416 Oliveira et al.
Tabela 2 - Datas de inicio da frutificaçâo, do inicio, final e duraçào de colheita e periodo de niitifïcaçào em cultivares de abacateiro nassafras 2008/09 e 2009/10. UFLA, Lavras, 2011.
Cultivar
'Campinas''Fortuna''Fuerte''Hass''Imperador''Margarida'' Massa ito''Ouro Verde''Paulistinha''Pedroso''Quintal''Reis ''Wagner'
'Campinas''Fortuna''Fuerte''Hass''Imperador''Margarida''Massaito''Ouro Verde''Paulistinha''Pedroso'
'Quintal''Reis ''Wagner'
IFR
20/out13/out20/set25/set20/set13/set27/out13/out05/out20/set05/out18/out10/set
25/set10/out10/set20/out15/set10/set20/out30/set28/set10/set
30/set14/set15/set
IC
28/out30/ago03/nov15/out10/set25/set03/set20/jul20/set05/set10/ago10/out10/ago
20/out30/ago25/out25/out13/set20/set30/ago30/jul15/set10/set
15/ago15/out17/ago
FC
17/nov
25/set
23/nov
lO/nov27/set
20/out
20/set18/ago05/out
17/set
05/set
23/out
21 /ago• 000/10
08/nov18/set18/nov
10/nov
22/set16/out
12/set17/ago27/set17/set
29/ago03/nov12/set
IC-FC
20
26
20
2617251729151226
13
U
19192416
9261318127
141926
Período IFR-FC (Dias)
393347
42 9
41 137 2
40 2
328
309
365
362335370
345
40 938743 438637 2401
327321
364372
397415362
IFR = Inicio da Frutificaçâo; IC= Inicio da Colheita; FC=Final da Colheita; IC-FC Periodo de Colheita (dias); IFR-FC= Periodo deFrutificaçâo (dias) .
com maiores quantidades lipidicas se destacaram. Asquantidades de fibras variaram de 2,95 a 8,15%, comas cultivares 'Paulistinha' e 'Hass' apresentando osmaiores resultados (Tabela 3 ). Quanto ao teor de cinza,este se destacou superior na cultivar 'Hass' (2,4%).
Diante dos resultados obtidos ácima,procedeu-se à análise do perfil de ácidos graxos noóleo bruto extraído das cultivares ' H ass 'e 'Fuer te'. Osresultados demonstraram altas percentagens de ácidooleico nas duas cultivares avaliadas, tendo Hass sedestacado significativamente superior a Fuerte, com64,74% contra 56,64% (Tabela 4). Já para o ácidopalmitico, os resultados nâo apresentaram diferençasignificativa, porém, estâo dentro do descrito porTANGO et al. (2004). Para ácido palmitoleico, a
variaçâo foi de 91,45% em suas concentraçôes, emque a cultivar 'Fuerte' se mostrou significativamente
superior; para ácido esteárico, os valores encontradosforam quantidades traços de no máximo 0,34%(Tabela 4). Para o ácido linoleico e linolênico, osvalores encontrados apresentaram pouca variaçâoentre as duas cultivares avaliadas. Pelos resultadosobtidos, nota-se que as cultivares 'Hass' e 'Fuerte'apresentaram elevadas concentraçôes do ácido graxooleico, o qual é rico em ómega 9.
Os resultados encontrados estâo deaeordo com trabalhos anteriores, nos quais foramconstatados teores ao redor de 60% para os ácidosgraxos ricos em omega nove (TANGO et al.,2004). Os mesmos autores citam ainda que, emcomparaçâo com outras fontes de óleos vegetáis, oóleo de abacate earaeteriza-se por apresentar teoreselevados de ácidos graxos monoinsaturados (oleicoe palmitoleico), teor relativamente elevado do ácido
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Fenologia e características flsico-quimicas de frutos de abacateiros visando à extraçâo de óleo. 417
Tabela 3 - Diámetro longitudinal (DL), diámetro transversal (DT), proporçôes dos componentes polpa, casca, caroçocentesimal (umidade, lipideos, proteinas, fibra e cinza) em cultivares de abacateiro. UFLA, Lavras, 2011.
Cultivar
'Campinas''Fortuna''Fuerte''Hass ''Margarida''Ouro Verde''Paulistinha''Pedroso''Quintal''Reis''Wagner'CV ( )
'Campinas''Fortuna''Fuerte''Hass ''Margarida''Ouro Verde''Paulistinha''Pedroso''Quintal' Reís'Wagner'CV ( )
DL(cm)*
11,8b10,9b8,9c7 6cd
9 8bc
15,4a18,5a10,3b12,6ab14,3a9,7b13,2
Umidade ( )
75,29c81,38a60,97d62, l ld81,20a78,88b76,88b81,05b75,20c81,92a79,96b1,40
DT (cm)
9 ab
7 6ab
6 6ab
5,9b9 4ab
7 5ab
9 lab
8 4ab
8, lab9 4ab
7 6ab
9,8Lipideos ( )
2,19b6 43e
26,12a21,07a8 7 d
8 5d
7 85d
5 7 e
10,95e9 29d
9 44d
17,36
Polpa ( )
65,9d69,7c63,5d61,le70,8bc70,9bc82,6a64,2d67,5c71,4b60,8e11,3
Proteína ( )
1,89a1,12b1,88a1,90a 74b
86b
1,20b0,81b1,14b 87b
1,31b2,37
Casca ( )
15,4bc10,6e12,ld18,0a14,0cd14,9c6,9f12,8d9,3en,60dl l ,30d23,7
Fibra ( )4,83c4,24cd4,72c7,14b2,95e4,13c8,15a4,25c4,95c2,96d3,31d9,23
Caroço( )
I8,7d19,7d24,4d20,9d15,2f14,2f10,5f23,0c23,2c17,0e27,9a18,7
Cinza ( )l,46ab1,00b1,30b2,40a0,81b 94b
l,47ab 84b
83b
1,06b1,00b36,39
* Médias seguidas da mesma letra, na coluna, sâo iguais entre si pelo teste de Tukey em nivel de 5 de significancia.
graxo saturado palmítico e menor conteúdo do ácidoesteárico (saturado). Com isso, conclui-se que acomposiçâo em ácidos graxos é muito próxima aoazeite de oliva, principalmente quanto aos altos níveisde ácido oleico, já que os limites sâo de 55 a 83 noazeite de oliva (SILVA et al, 2012) e até mesmo danoz macadámica (MARO et al., 2012).
Alguns autores citam ainda que acomposiçâo de ácidos graxos do óleo de abacatepode variar conforme a cultivar, estadio de maturaçàoe localizaçâo geográfica de crescimento da planta(SENTELHAS et al., 1995). No entanto, o principalácido graxo predominante sempre é o ácido oleico,seguido dos ácidos linoleico e palmítico (TANGOet al, 2004). Diante dos resultados obtidos, hápossibilidade do estabelecimento de cultivoscomerciáis de abacateiros que apresentem altosteores de lipideos na polpa ('Hass' e 'Fuerte'), sendonecessário o emprego de cultivares polinizadoras quepossuam periodo de florescimento coincidente. Além
disso, há necessidade de se avaliar o desempenhprodutivo das cultivares promissoras selecionadaliando técnicas culturáis que incrementem produtividade por área.
CONCLUSÄO
O período de florescimento ocorreu entagosto e novembro e de colheita e julho a novembro.Houve diferença na fenologia entre as cultivarsendo que a cultivar 'O uro Verde' foi a mais préce Fuerte, Campinas e Hass as mais tardias. Tambse notou diferença entre os parámetros físicquímicos. Paulistinha e Reis apresentaram frutosmaior diámetro longitudinal, sendo que a Paulistise destacou também com a maior porcentagem polpa. Os maiores teores de lipideos na polpa foobtidos nas cultivares 'Fue rte' (26,12 ) e 'H a(21,07 ), com predominio do ácido oleico naamostras analisadas, sendo essas as duas cultivarecomendadas para a extraçâo de óleo.
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418 Oliveira et al.
Tabela 4 - Composiçâo em porcentagem dos principáis ácidos graxos presentes no óleo bruto de abacate. UFLA, Lavras-
Cultivar
'Hass'
'Fuerte'CV (%)
Palmítico*
8,21a
11,49a15,70
Palmitoleico
5,15b9 86a8,45
Esteárico
34a
22a34,54
Olelco
64,74a
56,64b4,76
Linolêico
14,48a
14,19a6,23
2011.
Linolênico
3 93a
2 45a28,74
* M édias seguidas da mesma letra, na coluna, sào iguais entre si pelo teste de Scott-Knott em nivel de 5% de significanc
AGRADECIMENTOSOs autores agradecem ao apoio da Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral (CATI), Conselho Nacional deDesenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Fundaçàode Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gérais (FAPEMIG),
pelas contribuiçôes estruturais e financeiras prestadas aodesenvolvimento deste trabalho.
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