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Page 1: Campanha IRA de Formatos Especiais para Jornal

O Coritiba lutou, foi bravo,até heróico e conseguiu vencero Internacional ontem noCouto Pereira por 1 a 0, masnão foi o suficiente paragarantir a vaga na final da Copado Brasil. O Alviverde precisavade mais um golzinho paraseguir adiante na competição.Numa noite de festa no Alto daGlória, a torcida aplaudiu otime o tempo inteiro, nãodeixou de acreditar um sóinstante, mas a pressão, omelhor futebol e o amplodomínio sobre o Colorado,que jogou como time pequeno,só deixaram o gostinho dequero mais na galera. No final,pelo menos, todos no estádioreconheceram o esforço eaplaudiram os guerreiros.

Como já era esperado edevido à necessidade, oCoritiba partiu com tudo paracima do Internacional. E nempoderia ser diferente porque otime da casa precisava fazerdois gols para ir à final. Noentanto, o ímpeto não estevejunto com a qualidade e oabafa assustou o Colorado,mas sem furar o bloqueiogaúcho no primeiro tempo. Oscomandados de Tite quase nãoviram a cor da bola e abusaramdas faltas, da catimba e aindacontaram com a complacênciada arbitragem. Pior paraCarlinhos Paraíba, que sofreufalta maldosa por trás deBolívar e ainda foi pisado noombro.

Ele era o melhor em campoe quase marcou num petardodefendido por Lauro. ComMarcelinho Paraíba bemmarcado e com D’Alessandro

por perto para irritar, o meiateve dificuldades para criar e asaída poderia ser pelas laterais.Márcio Gabriel mostrou forçapela direita enquanto PedroKen quase fez atuando pelaesquerda. Ariel acabouse metendo nafrente dabola. A

faltado golirritou otime,irritou atorcida,

queainda teve

que aguentar a arbitragemconfusa que gerou reclamaçãogeral do lado verde.Principalmente um pênalti emAriel. Do outro lado, Taisontentava jogar, mas parou naboa marcação de RodrigoMancha.

E Mancha continuousegurando o menino coloradoaté que ele pediu para sair. Equem saiu para cima foi oCoxa. Novamente, a blitzfuncionou e o Coxapressionou os gaúchos comMárcio Gabriel, Pereira eMarcos Aurélio. Era oprenúncio de que o gol estavamaduro logo nos primeirosminutos. O Inter só se seguravae René lançou mão deRenatinho, Ramon e Heffnerpara buscar o gol. E ele veio.Marcelinho recebeu na área eserviu Ariel, que matou bonitono peito, girou em cima damarcação e mandou no canto.As arquibancadasestremeceram, a torcidaempurrou mais ainda o time,mas o relógio correu mais queos jogadores e os minutos finaispassaram muito rápido, nãodando chance pro segundo gol.

[email protected] 17TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, quinta, 4 de junho de 2009

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, quinta, 4 de junho de 2009

O PAPO É @no Couto

Coxa foi valente, venceu o Colorado, mas faltou um golzinho

Primeiro tempo2’ - Marcelinho Paraíba

chuta e Lauro bate roupapara a linha de fundo.

5’ - Taison chuta eVanderlei defende.

17’ - Carlinhos Paraíbachuta e Lauro espalma.

24’ - Pedro Ken chuta e

Ariel se atrapalha e acabatirando a bola do gol.

Segundo tempo1‘ - Márcio Gabriel chuta

e Lauro salva.4’ - Marcos Aurélio chuta e

Lauro salva com um tapa.22’ - Márcio Gabriel

chuta e Lauro defende.

29’ - Giuliano toca eVanderlei salva.

29’ - D”Alessandro chutae Vanderlei defende.

30’ - GOL! MarcelinhoParaíba serve a Ariel, quegira em torno da marcaçãoe chuta no canto.

Coxa 1 a 0.

Marcelinho Paraíba aguentou a “aporrinhação” do argentino D’Alessandro, mas fez a sua parte.

Valeu pelo espetáculo.A torcida acreditou eproporcionou uma festaépica no Alto da Glória.Encheu os olhos até deTite. O time jogou comonunca, numa entregaexcepcional e sob abatuta de René Simões.O treinador alviverdesoube extrair o melhordo que tinha nas mãos ea classificação não veiopor pouco. Muito pouco.Uma melhorfinalização, uma jogadamelhor armada, umpasse mais preciso, umpênalti duvidoso emcima de Ariel, mas foiinfinitamente superiorao Internacional. Este,aliás, não é isso tudo.Tem muitas carências epor isso está sereforçando, mas jogoucom o regulamento,soube se defender, usara malandragem e atéabusar das faltas. Para oColorado, foi valioso osegundo tempo doprimeiro jogo enquantoo Coxa precisacontinuar a mobilizaçãopara se recuperar noBrasileirão. (RS)

Vanderlei - Seguroquando acionado. 7Rodrigo Mancha -

Colocou Taisonno bolso. 7,5

Pereira - Bem nasobra. 7

Felipe - Sério epreciso. 7

Márcio Gabriel - Muitobem no apoio. 7,5

Leandro Donizete -Guerreou e ainda deu

ritmo ao time. 8Carlinhos Paraíba -Bem na marcação

e no apoio. 8Marcelinho Paraíba -

Não rendeu, mas deu aassistência. 7

Pedro Ken - Ficou maisna marcação. 6,5Marcos Aurélio -

Poderia ter seapresentado mais. 6

Ariel - Muita luta e umgolaço. 7

Renatinho - Ficou muitona ala. 6

Ramon - Atuação apenasdiscreta. 6

Rodrigo Heffner -Entrou para fechar o

lado direito. 6René Simões - Fez otime jogar a melhorpartida do ano. 7,5

InternacionalTite - Classificou o time,

mas mostrou medo eapelou aos volantes. 6,5

Torcida lotou oCouto, gritou eincentivou o tempointeiro. No finalreconheceu oesforço dos jogadorese aplaudiu o time.

Allan Costa Pinto

Rodrigo Manchagrudou em

Taison comocarrapato e nãodeixou a estrelado Inter jogar.

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Segundo colocado pela terceira vez na temporada, RubensBarrichello apontou a pole position como fator principal da vitóriade Jenson Button no GP de Mônaco. Apesar de lamentar a falta develocidade no primeiro trecho da prova, atrás do inglês, o brasileiroafirmou estar contente com seu desempenho.

“Mais uma vez, assim como na Espanha, tive uma excelentelargada, passando Kimi. Depois, estava em um ritmo muito bom atrásdo Jenson, mas acho que um pouco atrás demais, porque perdiaerodinâmica. Ele começou a ganhar de 3s a 4s por volta, o que foi decisivona corrida”, falou o experiente piloto. “De certa forma, a corrida foi definidaontem, porque conseguir a pole aqui é fundamental”, emendou. Barrichello disse ter ficado contente com o final de semana. “Conseguium ótimo acerto, a classificação foi boa, mas poderia ter sido um pouquinho melhor. Larguei bem, mas fiquei atrás [de Button, e porisso tive o ‘macarrão’ no pneu traseiro. Perdi muito tempo. Daí pra frente, a situação foi de um ritmo igual, mas que não dava pra fazernada”, declarou. Por fim, Rubens manifestou aconfiança habitual. “Estou feliz porter terminado a corrida ainda embusca da vitória — que, comcerteza, deverá acontecer.” (Ag.Warm Up)

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 25 de maio de 2009 23

Sem chuva nem grandesacidentes, houve poucoespaço para surpresas.

Assim, Jenson Button nãoteve a menor dificuldade paravencer o GP de Mônaco,ontem, em Monte Carlo.O piloto da Brawn apenascomprovou a enormesuperioridade sobre os rivais,chegando à quinta vitóriadepois de seis etapas.

O novo triunfo do inglês,primeiro dele no principado,foi desenhado já na largada,quando manteve-se naprimeira posição. É sabidoque em Mônaco, quando nãohá nada de anormal, ganha o

favorito, aquele que sai napole. E o mesmo pode serdito de todos os outros postosda frente. Rubens Barrichello,sabedor disso, partiu paracima de Kimi Raikkonen noinício e lhe tomou o segundolugar, para não perder mais.O finlandês terminaria emterceiro, Massa em quarto -bom resultado da Ferrari, quesó tinha somado seis pontos.

Após seis etapas, Buttonlidera o campeonato com 51pontos, 16 à frente deBarrichello. A próxima provaacontece na Turquia, em 7 dejunho.

Agência Warm Up

Castronevesleva 500 Milhas

Hélio Castronevesalcançou a redenção ontem evenceu, pela terceira vez nacarreira, as 500 milhas deIndianápolis. Uma vitóriaincontestável, com amplodomínio da prova e muitaemoção para ele e suafamília, depois de todos osproblemas que teve naJustiça. Com isso, ele se tornao brasileiro com mais vitóriasna prova, ultrapassandoEmerson Fittipaldi, 20 anosdepois da primeira vitória dobicampeão mundial daFórmula 1.

O acidente com JustinWilson na volta 162 fez comque o brasileiro antecipassesua parada, voltando naliderança, à frente justamentede Ryan Briscoe,companheiro de equipe. Foineste momento que elegarantiu a vitória.

Agência Estado Brasileiro ganhou pela 3.ª vez.

Rubinho: “Vitória vai chegar”

Button ganha GP de Mônaco

Darrell Ingham/AFP

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Zagueirodeve

chegar hojeao Alto da

Glória.

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 20 de julho de 2009 3

O PAPO É @reforço

O técnico René Simões pediue a diretoria do Coxa trouxe devolta o zagueiro Jéci para asequência do Brasileirão. Poucoaproveitado no Palmeiras, ojogador resolveu voltar para oAlviverde, onde se destacou.Hoje, ele deverá chegar ao Altoda Glória para realizar examesmédicos e assinar contrato até ofinal de 2011. “O Coritiba jáprocurava um jogadorexperiente e vimos,principalmente, a vontade dopróprio jogador de voltar aoclube. Foi também um pedidodo René, que deposita totalconfiança no Jeci por ele ter sidoo capitão do time em 2007”,

justificou Homero Halila,diretor de futebol.

ExperiênciaDevido a contusões,

suspensões e até a possibilidade denegociação de Felipe, o clubeprecisava de um zagueiro,principalmente com experiênciapara atuar no lado esquerdo.Ontem, por exemplo, Cleiton,Pereira e Felipe foram vetados pelodepartamento médico, enquantoLucas ainda é considerado crupara ganhar a responsabilidade devestir a camisa do principal. Porisso, Dirceu teve que serimprovisado. Na verdade, ele évolante, mas vem treinando comodefensor. Já o atacante Marcelcontinua distante. A diretoria dizque não fala sobre especulações,mas confirmou que hádificuldades nessa contratação.

O empate no Atletiba foi ruimpara o Coritiba, que poderia tervencido, mas pior para o Atlético.René Simões surpreendeu aocolocar Marcelinho Paraíba como2.º atacante. A entrada de Dirceufoi por necessidade, já que Cleiton,Pereira e, agora, Felipe, estãolesionados. Pressionado por jogarem casa e ser obrigado a somarpontos para não entrar na zona dorebaixamento, o Rubro-Negro teveleve predomínio no 1.º tempo,sem ameaçar de verdade o golcoxa-branca. Como sempre, oclássico foi bem disputado, com ossistemas de marcação levandosempre vantagem. A contusão deAriel arrefeceu a força de ataqueAlviverde. Bruno Batata osubstituiu, mas demorou para“entrar” no jogo.

No 2.º tempo, O Coritibavoltou melhor e buscou mais avitória. O Atlético se assustou epassou a não incomodar a defesacoritibana. Marcelinho Paraíbacriou três ótimas oportunidades,desestabilizando a zaga atleticana.Foi dele a única chance clara degol do clássico. Rhodolfo salvou,depois de Marcelinho driblarVinícius e tocar para a meta vazia.Depois disso, Waldemar Lemosreforçou o meio-de-campo,deixando o jogo pegado e morno.Logo depois, Paulo Baier se jogouna área e a torcida atleticanapediu pênalti. Nada feito. WilsonLuiz Seneme foi perfeito.

No final, o Coxa parecia estarsatisfeito com o resultado.O Atlético terminou o jogo sobvaias da torcida e com o

improdutivo Rafael Moura noataque, ao lado do esgotado Baier.Pedro Ken (de novo), Marcelinhoe Rhodolfo se destacaram.

Em suas declarações depois dojogo, Waldemar disse que aesperança era uma bola parada oualgo assim. Quando a estratégia seresume a uma possível esperançade gol em bola parada, aconfirmação de que muitopouca coisa sobra para ser feito.Que fase!

RecuperaçãoSérgio Soares vai devolvendo a

autoestima ao Paraná Clube. Paraisso, a vitória com autoridadesobre o Guarani, líder invicto, foimarcante. Devemos esperar umcrescimento do Tricolor, quecontinua precisando mostrar maisregularidade. Duas vitóriasseguidas estão de bom tamanho.Para que outras venham, a torcidatambém precisa ajudar.

Ruim para os dois

Tensãonos ônibus

Os momentos queantecederam o início do clássicode ontem, entre Atlético eCoritiba, na Arena, trouxerammedo aos usuários do transportecoletivo de Curitiba. De acordocom o sargento Luiz CarlosLopes, da Polícia Militar doParaná, a companhia registroutumultos e pequenos conflitosentre torcedores nos terminaisdo Sítio Cercado e Pinheirinho,ambos na capital. “Nãoregistramos nada grave, apenasessa provocação entre membrosdas torcidas organizadas dos doistimes. Tínhamos equipes nosdois locais, que acalmaram osânimos dos torcedores”,informou o sargento.

Para evitar problemas entreatleticanos e coxas-brancas,ontem, uma parceria entre a PMe a Companhia de Urbanizaçãode Curitiba (Urbs)disponibilizou ônibus exclusivosaos torcedores. “Essas linhas nãoparavam nos terminais e iamdireto para as entradasespecíficas de cada torcida. Essefoi um trabalho deplanejamento, que fizemos paraevitar situações mais graves e queenvolvessem a população”,completou Lopes.

Ao final do Atletiba, ospoliciais acompanharam a saídadas torcidas da Arena, a partir daPraça Afonso Botelho. Amovimentação de ônibusbiarticulados, ocupados portorcedores dos dois times, foimonitorada por viaturas da PMaté os terminais do Cabral e SantaCandida, pontos de dispersãodos passageiros. Nenhumaocorrência grave foi registradapela Central de OperaçõesPoliciais Militares (Copom).

Leonardo Coleto e Redação

Encostado no Porco, Jéci retorna ao Coxa

Cici

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Em 1987, Dunga usava umavasta cabeleira ao estilo dosMenudos, grupo musical deenorme sucesso na época. JoelSantana, por sua vez, cultivavaum grande bigode. Dunga erajogador de Joel, entãotreinador do Vasco. Depois depouco mais de 20 anos, os doistêm um encontro marcadohoje no Estádio Ellis Park, emJohannesburgo. E só um delesseguirá adiante.

Atualmente, Dunga ocupaum cargo mais importante queo antigo comandante. Afinal, éo técnico da seleção que temcinco títulos mundiais - e elepróprio já foi campeão, naCopa de 1994, ainda comojogador. Já o brasileiro JoelSantana está ameaçado nocargo da modesta África doSul. Os dois tambémmudaram de fisionomia. Dunga

perdeu parte dos cabelos,enquanto Joel raspou o bigodee as bochechas estão maisinchadas.

“Ele jogou mais mesmo, foicampeão do mundo e eu nãofui, chegou onde eu não pudechegar. Mas eu também possodizer que, como treinador, nãotenho um currículo, tenho umtestamento. Esse tipo decomparação não quer dizernada”, afirmou Joel, quandoperguntado sobre umacomparação com Dunga.

VantagemSe evita comparar os feitos

de cada um, Joel não deixade reconhecer que seu ex-pupilo leva uma grandevantagem no jogo de hoje,valendo vaga na final daCopa das Confederações. “Sete derem uma Ferrari e tederem um outro carro queestá mal, qual você vaidirigir melhor? Claro que vaiser uma Ferrari, né? Quandovocê tem jogadores dequalidade é mais fácil queele absorva o que você quer.Mas vamos deixar decomparações, o maisimportante é que temos doistécnicos brasileiros em umasemifinal de um torneiodesta importância e um jáestá na final”, afirmou.

Do seu lado, sabendo que éo favorito no duelo com o seuantigo treinador, Dunga temabsoluta certeza de que Joel vaiarmar alguma cilada noconfronto de hoje. “Eletrabalhou comigo no Vasco,era tranquilo. Sabe aquilo quefaz, tem uma forma especial delidar com os jogadores. Sempretenta pegar alguma coisa, tiraralgo de positivo dos atletas”,explicou.

AE

Fabianosintetiza osentimento dogrupo. “Eles vãojogar sem pressão. Seperderem, tudo bem.Perderam para o Brasil.Agora, se ganharem,será feriado nacional”,admitiu o atacante, queé o artilheiro da seleçãono torneio, com 3 golsmarcados.

Johannesburgo - AE

Temperatura na casa de 1 grau negativo. Casacheia, com expectativa de pelo menos 60mil pessoas torcendo contra, ao som das

irritantes vuvuzelas (cornetas). E um gramado empéssimas condições. Neste ambiente adverso, oBrasil decide contra a África do Sul uma vaga àfinal da Copa das Confederações, hoje, às 15h30(de Brasília), no Estádio Ellis Park, emJohannesburgo.

Os sul-africanos estão animados e cheios deconfiança para enfrentar o Brasil. Para ajudar, os

jogadores da seleção e o técnico brasileiro JoelSantana foram visitar ontem a lenda viva

Nelson Mandela, de 90 anos. Posarampara fotos e receberam o apoio do

maior líder da África do Sul. “Boasorte e eu acredito em vocês, foi

tudo o que ele disse”, contou ozagueiro e capitão Mokoena.

“Foi um momentoespecial para nós. Foiincrível se reunir com ele.

Ele sempre teveconvicção em nós,

não só nestaequipe, mas em

todasseleções

sul-africanas”, disse Mokoena. “Mandela éuma pessoa extremamente carismática, asua simples presença e a maneira como elefalou nos passou paz e tranquilidade.Nunca em minha vida pensei que teria aoportunidade que tive hoje”, afirmou JoelSantana.

Abençoados por Mandela e empurradospela imensa torcida, os jogadores da BafanaBafana (apelido da seleção sul-africana)querem entrar para a história hoje. Por tudoisso, Dunga ligou o sinal de alerta do ladobrasileiro. “A motivação desses jogadores éimensa para jogar contra o Brasil e fazeruma grande partida. Eles são os donos dacasa, estão crescendo na competição”,avisou o treinador.

EstratégiaAlém da motivação natural, Dunga

elogiou o time da África do Sul. “Fizeramum bom jogo contra a Espanha (derrotapor 2 a 0). É uma equipe africana, com ascaracterísticas tradicionais, são rápidos efortes. Tentaremos bloquear os pontospositivos deles”, disse o treinador, que sabeque os brasileiros irão jogar sob imensapressão hoje, diante de tamanhofavoritismo contra os sul-africanos.

Mas a estratégia de Dunga não muda. OBrasil deve marcar forte e resolver a questãonos contra-ataques - de preferência, aindano 1.º tempo, como já fez nasvitórias contra EstadosUnidos e Itália. Naescalação,

apenas umadúvida: Luisão ou

Miranda na vaga de Juan, quesofreu uma lesão na coxa esquerda e

está fora da disputa da Copa dasConfederações - a tendência é pelo primeiro.

Entre os jogadoresbrasileiros, o clima é de muitootimismo e confiança.Eles têm a nítida noçãodo que enfrentarão hoje noEstádio Ellis Park. Luís

A Espanha não perdia há 35jogos, sendo que tinha vencidoos 15 últimos. Por isso mesmo,era a grande favorita nasemifinal da Copa dasConfederações. Mas os EstadosUnidos voltaram a surpreendere ganharam dos espanhóis por2 a 0, ontem, no Estádio FreeState, em Bloemfontein,

garantindo vaga na final dedomingo, contra Brasil ouÁfrica do Sul.

A última derrota espanholatinha acontecido em novembrode 2006. Nesse período,igualou o recorde deinvencibilidade do Brasil, quetambém ficou 35 jogos semperder entre 1993 e 96. Além

disso, a Espanha se tornou a1.ª seleção na história a ganhar15 vezes seguidas. Mas nadadisso foi suficiente diante dosnorte-americanos no confrontode ontem.

Depois da milagrosaclassificação para as semifinais,quando eliminou Itália e Egitograças a uma combinação deresultados na última rodada, osEstados Unidos entraram combastante confiança no jogo deontem. E, com forte marcação eeficiência no ataque, os norte-americanos desbancaram aseleção que é a atual campeãeuropeia e líder do ranking daFifa.

“Foi um grande esforço danossa equipe. Derrotar um timecomo a Espanha é algo grande.Todos jogaram o melhor quepuderam”, comemorou otécnico da seleção norte-americana Bob Bradley, jávislumbrando a possibilidadede ser campeão da Copa dasConfederações.

Do lado espanhol, aprincipal lamentação foi pelaschances de gols perdidas. “Elesfizeram um trabalho defensivoincrível. Na verdade, montaramuma verdadeira parede nafrente do gol. Chutamos umas30 vezes, mas não entrou”,afirmou o meia Xavi. “Fizemos

tudoparaganhar.Dominamoso jogo, mas nosfaltou acertar asfinalizações”,concordou o técnicoVicente del Bosque.

O cenário do jogo foi,de fato, como contaram osespanhóis. Com o time bempostado na defesa, os EstadosUnidos souberam levar perigonos poucos contra-ataques quetiveram. Enquanto isso, aEspanha teve total domínio dapartida, sempre perto da áreaadversária, mas sem sucesso nahora de finalizar.

GolsO 1.º gol norte-americano

saiu aos 26 minutos de jogo.No lance, Dempsey tentoufazer um passe, a bola bateu noespanhol Capdevilla e sobroupara o Altidore, que se livrou damarcação adversária e chutou.O goleiro Casillas ainda tocouna bola, mas ela bateu na travee acabou entrando.A desvantagem no placarsó aumentou a pressão daEspanha, mas faltou sempreprecisão na conclusão.

O 2.º tempo começoudo mesmo jeito que terminouo 1.º, com a Espanha noataque, pressionando. Assim,as chances de gol foramsurgindo, mas nada de sair oempate. Melhor para osEstados Unidos, que puxaramrápido contra-ataque aos 28minutos e conseguiramampliar com Dempsey - eleaproveitou um erro do lateralSérgio Ramos, após chute deDonovan, e fez 2 a 0.

Bloemfontein - AE

O técnico brasileiroJoel Santana prometeu,ontem, que a África do Suladotará uma posturaofensiva no jogo conta oBrasil, hoje, emJohannesburgo, quandoestará em disputa a vaga nafinal da Copa dasConfederações. Para ele, aseleção sul-africana precisa jogarno ataque, até mesmo por umaquestão de respeito.

“Como é que eu vou falarpara o povo sul-africano, ospatrocinadores da Copa dasConfederações e da Copa doMundo e aos nossos torcedoresque vamos jogardefensivamente?”, questionouJoel, durante a entrevistacoletiva. Para ele, o resultadonão é o mais importante nojogo de hoje. “Eu posso perder,mas vou perder jogando parafrente.”

Joel acredita que a únicachance da África do Sulsurpreender é atacar a seleçãobrasileira. “Você acha quepodemos nos defender por 90minutos contra o Brasil? Nósnão podemos fazer isso. Elesvão tentar expor os nossospontos fracos. Nós podemosperder, mas vamos jogar umfutebol ofensivo”, avisou otreinador brasileiro.

RetrancaDo outro lado, o técnico

Dunga minimizou a promessafeita por Joel. Segundo ele, oBrasil vai encontrar umadversário retrancado no jogode hoje. “Cada equipe tem suascaracterísticas, sua forma detrabalhar e jogar. Agora, vocêpode falar, prometer. Depoistem que ver, na hora do jogo,como será a postura”, explicou.Dunga, porém, não deixou deelogiar a seleção sul-africana,prevendo dificuldades para oBrasil. “Não existe jogo fácil, oadversário está motivado e jogaem casa, com forte cargaemocional”, avisou o treinador.“Será uma boa partida depreparação para a Copa doMundo, vamos ter noção do quevamos encontrar”, completou.

AE

“Eu possoperder,mas vou jogarpra frente”

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, quinta, 25 de junho de 2009

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16 TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, quinta, 25 de junho de 2009 17

O PAPO É @Copa das Confederações

Seleção brasileira encara pressão sul-africana para ir à final

Agora adversários, Dungae Joel se reencontram

Antonio Scorza/AFP

Zagueiro norte-americano DeMerit não deu moleza pro atacante espanhol David Villa.

Artilheiro do selecionado, Luís Fabiano quer evitarque os donos da casa comemorem feriado nacional.

Zebra americanadesbanca

favoritismo dosespanhóis

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A humilhante derrota por 4 a0 para o Galo Mineiro, ontem,em plena Arena, resultou emmais danos do que apenas cairpara a última colocação doBrasileirão, com apenas umponto ganho em 15 disputados.O técnico Geninho pediudemissão em caráter irrevogávele deixou o comando do time.De acordo com o treinador, asequência de maus resultadosno campeonato tornou a suapermanência insustentável.“Desde a minha volta tenteicolaborar com o Atlético damelhor maneira possível, maschega um momento que umfato novo tem que ser feito.Cheguei no meu limite. Tenho a consciência de que tentei de tudo fazer o melhor. O treinador vive de resultados.Cinco jogos, quatro derrotas e três delas em casa, realmente é muito difícil”, disse naentrevista coletiva após o jogo.

Para o treinador esse algonovo representa novas ideias e troca de comando técnico.“Com outro comandante, o Atlético vai voltar a vencer.Acho que o Atlético,contrariando algumasopiniões, tem um bom grupo.Se não tivesse qualidade nãoteria feitos aqueles bons jogos

contra o Corinthians e SãoPaulo. Está passando por ummomento de turbulência ealguma coisa precisa ser feita.Então tomei a iniciativa, pelopróprio bem do Atlético, deabrir espaço para o clube acharoutro profissional”, explicou.

Em suas últimas palavrascomo comandante rubro-negro,Geninho afirmou que será umtorcedor ferrenho do Atléticopara que se recupere o maisrápido possível. Citou que seuamor pelo clube, torcida e cidadepermanecem iguais e pediudesculpas pelos maus resultados.“Peço desculpas por não ter

correspondido a toda aconfiança que a torcida atleticanatem em mim, mas isso faz partedo futebol. Com certeza aindavamos nos cruzar em outrasoportunidades”, disse Geninhoencerrando mais um capítulo dabonita história que o técnico temcom o Furacão. Ele foi campeãobrasileiro em 2001, o maiortítulo do clube até o momento.

MudançaO presidente Marcos

Malucelli lamentou a decisãode Geninho, mas disse que nãose surpreendeu com a atitude.“Quando você vem de derrotasseguidas em casa a lógica é o

treinador se desgastar. E hojemais ainda com o resultado eda maneira como atuamos. Foium desastre, sem tirar o méritodo futebol apresentado peloAtlético Mineiro. O nossofutebol foi muito fraco”,afirmou o dirigente.

Como o pedido de demissãoocorreu logo após o jogo,Malucelli comentou que nãotem ainda nenhum nome emmente, mas que a diretoria iráse reunir para buscaralternativas. “Não temosninguém em mente porquenão prevíamos esse desastre de hoje. Aconteceu a derrota e vamos agora buscar novotreinador e ver se estreamos ele no próximo domingo”,analisou o presidente.

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 8 de junho de 2009

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20 TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 8 de junho de 2009 21

O PAPO É @estrago

Goleada em casa e a lanterna do Brasileirão foram a gota d’água e custaram a cabeça do treinador

Campanha medíocreCom a derrota de ontem, o

Atlético vive sua piorcampanha na Arena nosúltimos três anos. Desde 2006o Furacão não perdia trêsjogos seguidos dentro daBaixada, numa mesmatemporada.

A sequência iguala as pioresjá registradas no estádio desdesua inauguração, em 1999.Foi a quinta vez que o Furacãosofreu três derrotas seguidasna Arena.

A primeira série aconteceuentre setembro e outubro de2002. O Rubro-Negro perdeupara São Caetano, Ponte Preta

e Internacional. A última foiem novembro de 2006, paraCorinthians e Grêmio, peloBrasileiro, e Pachuca-MEX,pela Sul-Americana.

A goleada por 4 a 0também iguala o segundopior placar para o Atlético nahistória da Arena. Em 2005, oFuracão havia perdido pelomesmo resultado para oIndependiente-COL. A piorderrota aconteceu em 2006: 5a 0 para o Botafogo.

O próximo jogo do Rubro-Negro na Baixada é contra oPalmeiras, no dia 21 de junho.

Cahuê Miranda

Furacão toma uma surraUma caricatura de time de

futebol se apresentou ontemna Arena e viu o AtléticoMineiro desfilar no gramado eaplicar uma goleada (4 a 0),com direito a olé gritado pelatorcida rubro-negra.

O Atlético Paranaensetentou jogar até os 32 minutosda 1.ª etapa, quando inclusivejá estava perdendo por 1 a 0,depois de mais uma falha dosistema defensivo que deixouo experiente Júnior abrir oplacar aos 27. Mas foi após aexpulsão de Marcinho que oFuracão se entregoutotalmente e a goleada setornou questão de tempo.

GolsDesde o apito inicial,

o Atlético foi dominado,principalmente porqueperdeu o meio-de-campo enão conseguiu encaixar umamarcação eficiente. Assim, o Galo dominou as ações e fez por merecer o resultado.Para se ter noção daimprodutividade do Rubro-Negro, quando deveria buscaruma reação no 2.º tempo, otime não chutou nenhumabola no gol defendido porAranha e foi completamente

envolvido. E a equipe - que eraum amontoado de jogadoresem campo - apenas observouo adversário construir oelástico placar como quis.

Aos 10 minutos, MárcioAraújo pediu passagem nadefesa atleticana tabelou edeixou Tardelli sozinho paraampliar 2 a 0.

A torcida perdeu a paciência20 minutos mais tarde eentoou gritos de “queremosjogador, segunda divisão, timesem vergonha e olé”.Pressionado, não demoroumuito para o Furacão seentregar de vez e assistir o Galo assinalar mais doisgols, com Eder Luís.

Após o vexame em campo,poucos atletas comentaram a apresentação pífia do time.“A expulsão ajudou o timedeles. Temos confiança de que com trabalho vamosreverter a situação”, disse o jovem atacante Marcelo.

Para o capitão AntônioCarlos o resultado foilamentável e não há como se desculpar. O resultado da vexatória derrota foi o pedido de demissão do treinador. (CB)

Retorno - Com a saída da comissão técnica de Geninho écogitada a possível volta do preparador físico MoraciSant’Anna, que trabalhou no clube no ano passado.Viagem - O novo diretor de futebol do Furacão Valmor

Zimermann permanece na Europa e só retorna ao clube no final do mês. Estádio - As obras estão dentro do cronograma e o novo setor da BrasílioItiberê pode ser inaugurado no jogo de 12 de julho contra o Internacional.

Baier quer estrear contra o Sport

O novo reforço do Atlético compareceu à Arena para acompanhar o jogo contra o Galo econversou com a imprensa. Paulo Baierafirmou que está feliz em jogar no Furacão e queficou impressionado com a estrutura do clube. Disse que a sua amizadecom Geninho facilitou a vinda para o Rubro-Negroe que espera estar àdisposição da comissãotécnica o mais brevepossível. “A partir de hoje é vida nova. Faz uma semana que nãotrabalho e vamos avaliar a situação no decorrer dos treinamentos. De repente, se estiver tudo pronto possa estrearcontra o Sport”, comentou.

Mas o jogador não deve ter gostado nada do que viu na Arena e desaber que não irá trabalharcom o treinador que orecomendou. Geninhopediu demissão do Atlético após sofrer goleadado homônimo mineiro.

O atacante Eduardo é outro que assinarácontrato com o Furacão hoje. (CB)

Primeiro tempo 1’ - Valencia salva gol

do Galo em cima da linha,após cabeçada de DiegoTardelli.

16’ - Marcinho arrisca,bola desvia na zaga e quase entra.

24’ - Carlão falha eDiego Tardelli quasemarca.

27’ - GOL! Feltri cruzada esquerda. Tardelli ajeitapara Junior que, sozinho,desloca Vinícius. 1 a 0.

32’ - Marcinho é expulso ao fazer faltaviolenta em Feltri.

43’ - Rafael Moura chutafraco da entrada da área.

Segundo tempo9’ - Werlei chuta e

Vinícius espalma.10’ - GOL! Marcio

Araújo arranca do meio-campo, dribla doisjogadores, tabela e dá passeaçucarado para Tardelli que amplia. 2 a 0.

32’ - GOL! Cruzamentoda direita de Marcos Rochaencontra Eder Luis sozinho.Ele cabeceia e Vinicius dá rebote. O mesmo atleta complementa para marcar. 3 a 0.

35’ - GOL! Cruzamentode Marcos Rocha e EderLuis encerra a goleada de cabeça. 4 a 0.

Atlético foi humilhado pelo Galo e “recuperou” a última colocação do campeonato.

A chave do jogo foi o meio-campo. Como o Atlético nãoteve capacidade para marcara meiuca do Galo, perdeu ocontrole da partida e foipressionado o tempo todo. Os jogadores da equipemineira encontraramfacilidade para tocar a bola e chegaram a todo instantena área do Furacão. E com as constantes falhas deposicionamento do sistemadefensivo, sofrer gols foi uma

questão de tempo. E depoisda expulsão boba deMarcinho, com um jogador a menos, o Atlético ficouperdido em campo e apenasassistiu o adversário jogar.

A partida de ontemcomprovou que o time nãotem qualidade e que precisade reforços e em todos ossetores. Em casa, onde deveriaser forte, o Furacão sofreunove gols e marcou apenasdois em três jogos. (CB)

Allan Costa Pinto

Page 6: Campanha IRA de Formatos Especiais para Jornal

Lá se iam quase 11 anos da última vitória do Coritibasobre o São Paulo e oadversário ainda estava nagarganta dos torcedores porter levado o meia Marlos, mas a desforra veio ontem.Numa tarde de gala, oAlviverde colocou o Tricolorpaulista para dançar, quebrouo tabu e deu um show de bola sobre o atual campeãobrasileiro, aplicando 2 a 0,com direito a grandesatuações de MarcelinhoParaíba, Ariel e Douglas Silva. Uma festa no CoutoPereira, que valeu ao Coxa um pulo na classificação, da zona do rebaixamento para a 12.ª colocação. No sábado, o próximoadversário será o Barueri fora de casa.

Inesperada do jeito que foi,a derrota para os reservas doInternacional gerou algumas

mudanças no elenco.Jogadores foram afastados etodos discursaram em tornoda “semana de trabalho” para o time voltar aos trilhos.Mas, sem alguns titulares, areação do Coritiba contra oSão Paulo era uma incógnita.O “gostinho” de enfrentaruma grande equipe era outro, mas os altos e baixos na competição não davam confiança plena aostorcedores. No entanto, os“invisíveis” do técnico René

Simões deram a melhorresposta às críticas que o time sofreu após a partida no Beira-Rio.

QuadradãoO treinador, bem ao

feitio dele, soube usar o que tinha nas mãos, em vez de lamentar as ausências.

Enquanto se esperava aestréia de Rodrigo Crasso, ele lançou mão de DouglasSilva, que soube abrir e fecharpela esquerda, com MarcosAurélio. Dos pés dos dois saiu

o 1.º gol, numa bela tabela.Quadradão no 4-4-2, o SãoPaulo não conseguiu assimilarcomo o adversário jogava e foi totalmente envolvido.Melhor para a galera, que não perdoou Marlos. Era só o ex-alviverde pegar na bola para avaia começar. “Mercenário, oCoritiba não precisa de você”,gritavam os torcedores.

Ele até teve personalidade e aguentou a pressão, mas foisacrificado com a expulsão de André Dias, que apelou por levar tanto “olé”. Issoporque ele o Tricolor já estavaperdendo por dois. E o 2.º goltambém foi uma pintura.Márcio Gabriel fez boa jogadapela direita, puxou a bola paraa canhota e viu Ariel na área.O gringo aparou, girou sobre a marcação e mandou nocanto. Festa na arquibancada.“Adeus, bambi” virou coro da galera presente ao Alto da Glória, que viu o timeadministrar a vantagem sobreum São Paulo, que se abateucom a superioridade alviverde.

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 6 de julho de 2009

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20 TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 6 de julho de 2009 21

O PAPO É @no Couto Pereira1.º tempo3” - J. Wagner cobra falta e Vanderlei espalma.7” - Ariel chuta e Denis defende.16” - J. Wagner chuta cruzado18” - L. Donizete bate rasteiro, rente.20” - GOL! M. Aurélio, pelaponta esquerda, recebe de D.Silva, passa por dois e fuzila.21” - A. Dias chuta e Vanderlei defende.28” - Hernanes manda rente.35” - J. Wagner arrisca e Vanderlei pega.2.º tempo2” - GOL! M. Gabriel cruzapara Ariel, que apara, gira em torno da marcação emanda cruzado no canto.23” - M. Paraíba cruza,Cleiton só raspa a bola e perde na pequena área.26” - Dagoberto chuta por cima.29” - Renatinho bate rente.38” - Dagoberto chuta rente.39” - R. Crasso manda por cima.

Com o futebol apresentadoontem, que foi o mesmo contra o Flamengo e no 2.º tempo contrao Náutico, o Coritiba seria umcandidato ao título e levaria umadas vagas na Libertadores do anoque vem. Taticamente, o time deu um banho no São Paulo e o técnico René Simões tem todos

os méritos. A torcida nem sentiu afalta de Pereira, Felipe e CarlinhosParaíba, e os substitutos jogaramcomo se fossem os titularesabsolutos. Douglas Silva entrou e foi um caso à parte. Revezou aala esquerda com Marcos Aurélio e fechou pelo meio para bloquearas jogadas adversárias.

Uma tacada de mestre.E ainda teve Ariel, que

nunca para de lutar, tem lampejosde craque e marcou um golaço. A torcida se levantou paraaplaudir o avante e levantariapara aplaudir Marcelinhotambém, porque ele estraçalhoucom os são-paulinos. (RS)

Vanderlei - Seguro quandoacionado. Nota 7

Cleiton - Bem postado. 7Jailton - Muito bem

na sobra. 8,5Demerson - Sério, substituiu

bem Felipe. 7,5M. Gabriel - Boas subidas e boas triangulações. 7,5L. Donizete - Carregou o

piano, como só ele. 8P. Ken - Mais na marcação

de Jorge Wagner. 7M. Paraíba - Quase

humilhou o adversário. 9D. Silva - Ótimo entre

a ala e a meia. 9M. Aurélio - Obediente, foi

quase um ala-esquerdo. 8Ariel - Muita garra e um golaço. 8,5

Renatinho - Deu trabalhopara a defesa adversária. 7

R. Crasso - Estreou com personalidade. 7

B. Batata - Boamovimentação. 7R. Simões - Abriu

o caminho da vitória com a proposta tática de

D. Silva e M. Aurélio. 9São Paulo - Marlos soube

assimilar bem as vaias,conseguiu cavar cartõespara o adversário, mas

caiu no 2º tempo. 6

Coxa despacha Sampa, saida zona do rebaixamento e quebra tabu de 11 anos

Na comemoração do 1.º gol, Marcos Aurélio pega a bola pra homenagear a esposa e o futuro filho que vem por aí. Atacante recebeu a notícia da paternidade no sábado.

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osta

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A Império Alviverde protestou ontem na Praça Rui Barbosacontra a violência entre torcedores adversários na cidade,

que vitimou o coxa Maicon de Oliveira. Durante 1 hora, a torcida pediu paz nos estádios e seguiu em silêncio

numa caminhada rumo ao Couto Pereira, paraacompanhar o confronto contra o São Paulo, com faixas pretas em sinal de luto pelo companheiro

morto. Os pais do torcedor, Sandra Mara e Miguel Afonso, estiveram presentes e pediram uma rigorosainvestigação, para que os culpados sejam punidos e

se faça justiça. Contraditoriamente, nas arquibancadas,músicas que fazem apologia à violência continuam sendo entoadas pelos mesmos torcedores. (RS)

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Agora é oficial. Curitibaserá uma das 12 sedes daCopa do Mundo de

2014. O anúncio das cidades es-colhidas para receber os jogosnão teve surpresas. Ontem, nasBahamas, o presidente da Fifa,Joseph Blatter, apenas confir-mou o que todos esperavam.

A lista das capitais que farãoparte do maior evento do fute-bol mundial já havia sido anteci-pada por parte da imprensa es-portiva. Inclusive pela Tribuna,em sua edição da 6.ª feira. Comas cidades anunciadas por or-dem alfabética, Curitiba foi oquarto nome lido por Blatter.

Com a vinda da Copa assegu-rada, a capital paranaense terácinco anos para se preparar. A ci-dade receberá cinco ou seis jo-gos do mundial. Agora, o desa-fio, além de tirar do papel todasas melhorias urbanas prometi-das à Fifa, é trazer para cá o Cen-tro de Mídia, uma das estruturasmais cobiçadas pelos participan-tes do evento.

Curitiba projeta um investi-mento de R$ 4,5 bilhões. Umvolume que, segundo o Institutode Pesquisa e Planejamento Ur-bano de Curitiba (Ippuc), seriagasto de qualquer forma, vistoque as obras estão dentro doplanejamento da cidade. “A Co-pa apenas acelerará o investi-mento”, diz o presidente do ór-gão, Clever Almeida.

No entanto, ele prefere nãoantecipar ainda o que caberá a

cada um dos atores: União, Esta-do e município. O maior volu-me de recursos será aplicado pa-ra melhorar a mobilidade, parti-cularmente o acesso ao Aeropor-to Afonso Pena. As redondezasda rodoferroviária, no centro dacidade, também devem passarpor melhorias. A Infraero temestudos independentes para oaeroporto, que deve ter amplia-ção no terminal de passageiros,no estacionamento de veículos eno pátio.

O sistema integrado de trans-porte coletivo também terá me-lhorias, além da implantação dometrô, um projeto antigo queestá em análise do impacto am-biental. Entre os recursos quepoderão vir do exterior para aju-dar nos setores de tráfego, habi-tação e regularização fundiária,Almeida apresentou um convê-nio com a Agência Francesa deDesenvolvimento, de 70 mi-lhões de euros, e outro que estáem fase final de aprovação como Banco Interamericano de De-senvolvimento, no valor deUS$ 100 milhões. “Várias coisasestão andando”, acentuou o pre-sidente do Ippuc.

Almeida diz que Curitiba,mesmo sem saber que algumdia poderia sediar o maior even-to esportivo do mundo, vinha sepreparando para isso. “A cidadejá tem boa estrutura”, afirmou.As obras de adaptação da Baixa-da às exigências da Fifa ficarão acargo do Atlético Paranaense,dono do estádio, já hoje consi-derado um dos mais modernosdo País.

Entre as necessidades estão aampliação de cabines para a im-prensa, um novo vestiário, que jáestá sendo construído sob a novaarquibancada, e a retirada de al-guns obstáculos, como as colu-nas dos elevadores, que não dãovisão total do gramado. Segundoo presidente do Ippuc, a acessibi-lidade ao estádio é boa, apesarda necessidade de aprimorá-la.

Na Praça Afonso Botelho, emfrente ao estádio, deve ser cons-truído também um bicicletário,além de espaços para os convida-dos da Fifa e para informaçõesturísticas. Serão estruturas mo-duladas que, depois da Copa, setransformarão em quadras co-bertas a serem instaladas embairros.

Redação e Agência Estado

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 1 de junho de 2009

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20 TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 1 de junho de 2009 21

O PAPO É @Copa do Mundo no Brasil, e em Curitiba

Desafio agora é tirar do papel desafios até 2014

Ricardo Teixeira, da CBF, e Joseph Blatter, presidente da Fifa.

Sonho da Copa começouem 1999, na Baixada

A Arena da Baixada foi umponto fundamental para a es-colha de Curitiba. Desde suainauguração, em 1999, ela éapontada como modelo paraos estádios brasileiros. Não éexagero dizer que a praça es-portiva serviu como passapor-te para a entrada da capital pa-ranaense na Copa do Mundode 2014.

Nunca faltaram indícios deque a Arena seria um impor-tante diferencial para Curiti-ba. Autoridades como o presi-dente de honra da Fifa, os pre-sidentes da Conmebol e daCBF e o ministro dos esportesdestacaram o estádio como omelhor do Brasil e exemplopara as outras cidades.

Mesmo assim, a Arena cor-reu o risco de ficar fora domundial. No ano passado,uma disputa política e clubís-tica quase fez o estádio maismoderno do País ser preteridopelo moribundo Pinheirão.Mas o bom senso prevaleceu e

a Baixada acabou indicada àFifa pelo governo do Estado.

Com a escolha de seu está-dio, o Atlético pode ser umdos clubes mais beneficiadoscom a vinda da Copa para oBrasil. E não é por acaso. O Fu-racão é o único grande timedo País que ergueu um estádionos últimos dez anos. Outrosprojetos foram abundantes,mas nunca saíram do papel.

Hoje, sobra gente tentandocapitalizar ganhos políticoscom o sucesso da candidaturacuritibana. Mas o principalidealizador do projeto, curio-samente, prefere ficar calado.Procurado pela reportagem daTribuna, o ex-presidente doAtlético, Mário Celso Petra-glia, disse que não se manifes-taria. Desde que rompeu coma diretoria do Atlético, no iní-cio do ano, Petraglia pareceafastado do processo. A re-portagem também tentouconversar com o atual presi-dente do Furacão, MarcosMalucelli. Ele, porém, prefe-riu passar a bola para o viceÊnio Fornea, que não retor-nou aos telefonemas.

“Em 50, Copa parecia o Paranaense”

O jornalista LeviMulford, da Tribuna doParaná, teve o privilégio deacompanhar a Copa doMundo de 1950, que tevedois jogos em Curitiba. Masao contrário de hoje,quando a cidade inteira estáentusiasmada com os jogosda Copa de 2014, naquelaépoca, o evento não foinada de excepcional.

“Naquele tempo não eracomo hoje. Para falar averdade, até parecia umjogo do CampeonatoParanaense. O estádioestava lotado, mas não foinenhum espetáculo fora desérie. Hoje, não, é tudodiferente. A cidade estáfervilhando desde já e aindafaltam cinco anos para aCopa”, destacou o

jornalista.“Só assisti ao jogo entre

Espanha e Estados Unidos,que foi num domingo, poiso outro jogo da Copa,Suécia e Paraguai,aconteceu num dia desemana e à tarde. Estavatrabalhando e não pudeassistir”, revelou.

Levi conta que pagou 18cruzeiros pelo ingresso e

destaca como lembrançamais marcante, que o timedos Estados Unidos, quetinha um futeboltotalmente amador, estavaderrotando a Espanha por 1a 0 até os 30 minutos do 2.ºtempo. “Em 15 minutos osespanhóis fizeram três golse venceram o jogo”,relembra.

Carlos Bório

“Fez-se justiça com a escolha de Curi-tiba para ser uma das subsedes da Copade 2014. Pelas condições que nossa capi-tal tem, se comparado com as cidades doNorte/Nordeste, não foi nenhum favor.

Para que tudo dê certo no nosso Mun-dial, basta obedecer o caderno de encar-gos da Fifa, melhorando a estrutura ur-bana, como o transporte coletivo, já quevárias cidades-sedes não têm metrô, e aquestão da segurança pública, que é umponto nevrálgico. Além da melhoria dosestádios, proporcionando aos torcedoreslugares numerados e área para estaciona-mento.”

* J.B. Faria, 64 anos, comentarista ediretor da Rádio Paiquerê AM (Lon-drina), se prepara para a cobertura desua 7.ª Copa do Mundo (México 86,Itália 90, EUA 94, França 98, Co-

réia/Japão 2002, Alemanha 2006 eÁfrica do Sul 2010).

“A Copa representa tudo em termos devisibilidade. Podemos mostrar ao mundoo que Curitiba tem de melhor, como aqualidade de vida, o clima, a culinária,os pontos turísticos.

Precisamos melhorar nosso sistema detransporte, a construção do metrô vai fa-cilitar isso, e organizar o centro de im-prensa para facilitar o trabalho de cober-tura”.

* Jairo Silva, 54 anos, repórterRádio Transamérica FM (Curitiba),já participou de 4 Copas do Mundo- México 86 (pool de emissoras bra-sileiras), Itália 90 e EUA 94 (RádioPaiquerê AM/Londrina), França 98(Rádio Clube AM/Curitiba e Rádio

Jornal do Commércio AM/Recife) -e 6 Copas América (Chile, Para-guai, Uruguai, Bolívia, Brasil e Ve-nezuela).

“Não foi surpresa a indicação de Curi-tiba para subsede da Copa do Mundo.Como uma das capitais mais estrutura-das do País, não poderíamos ficar de forade um evento como esse.

Para 2014, faremos todas as melhoriasnecessárias em nosso estádio (JanquitoMalucelli), visando atender todas as for-malidades. E a primeira benfeitoria seráa iluminação, para eventualmente abri-gar qualquer seleção.”

* Joel Malucelli, presidente dehonra do J. Malucelli/Corinthians Pa-ranaense

Edmundo Inagaki

Agora é arregaçar as mangasCuritiba recebeu ontem a

confirmação da Fifa de queserá uma das 12 sedes daCopa do Mundo de 2014 deuma forma bastante típica dacidade: chuva, clima ruim euma boa dose de frieza dapopulação. Tanto no ParqueBarigui - local da festa oficialda Prefeitura -, como naArena da Baixada - estádioque irá receber os jogos -, aconcentração das pessoas erapequena e a festa, discreta emsua maioria. Algunstorcedores foram vestidoscom as cores do Brasil.

No Barigui, acomemoração foi curta. Oprefeito Beto Richa, presenteno momento do anúncio,afirmou que “nunca tevedúvidas” de que a capitalparanaense seria escolhida, econcentrou mais suasdeclarações no que precisaser feito daqui para a frente.“Com os compromissos queo governo federal terá com ascidades escolhidas,

certamente agilizará seusinvestimentos naimplantação do metrô, atépara ficar pronto para 2014”,cobrou.

Do lado de fora da Arena,onde torcedores se reunirampara assistir o anúncio dascidades-sede, o climatambém era de “eu já sabia”.Mesmo antes do anúncio, aesteticista Eliane Pedroso,torcedora do Atlético, disseestar feliz pela escolha doestádio, porém mais aindapelo fato de Curitiba ser umadas sedes. “Trará benefíciospara o turismo da cidade”,declarou.

O comerciante AndréMelo, também torcedor doAtlético, acredita que sediar aCopa será bom para todomundo. “Haveráinvestimentos do governofederal e da iniciativaprivada, e isso beneficiará atodos, independente do timeque cada um torce”, lembrou.

Helio Miguel

Daniel Caron

Jewel Samad/AFP

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OInternacionalprecisavencer a

LDU por dois gols dediferença, hoje, às 21h50

(de Brasília), para conquistaro título da Recopa Sul-Americana, no jogo que serárealizado no estádio CasaBlanca, em Quito, noEquador. A missão ficouespinhosa porque o clubebrasileiro perdeu o 1.º jogo,em Porto Alegre, por 1 a 0.

As dificuldades vão além dadesvantagem no placar. O time terá de se adaptar àaltitude de mais de 2.800metros da capital equatorianae não contará com o lateral-direito Bolívar, suspenso porter sido expulso, e o volanteSandro, contundido.

Velocidade da bolaPara se habituar às alturas,

o Internacional chegou aQuito com dois dias deantecedência. Nos treinos,tentou se acostumar àvelocidade maior da bola. E também ensaiou cobrançasde faltas, que podem definir

o jogo, e de pênaltis, parao caso de vencer a

partida por 1 a 0.Os colorados

acreditam queos adversários

partirão para oataque nos primeiros minutospara ampliar a vantagem. Oplano é suportar a pressão eaproveitar os espaços que osequatorianos deixarão para ocontra-ataque. O time estádefinido com Danilo Silva nadefesa e Glaydson no meio-de-campo.

Porto Alegre - AE

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, quinta, 9 de julho de 2009 19

O PAPO É @em Quito

Inter tenta revertervantagem da LDU nadecisão daRecopaEstamos todos cansados. A

maior, mais vibrante e maisparticipativa torcida paranaenseestá com o coração em frangalhos.A campanha no Brasileirão é umavergonha. O jogo em Porto Alegre,então (Grêmio 4 a 1), foi umadas piores coisas que vi na históriaatleticana.

Ganhamos o CampeonatoParanaense e não interessa como.Por isso vibramos e comemoramoso título. Não podemosdesvalorizar a conquista estadualno ano do centenário do rival,apenas com o intuito de defenderteses. Mas no Brasileirão ahistória é outra e muitosjogadores, a grande maioria porsinal, não está merecendo vestir acamisa do Atlético.

O mais revoltante é que adiretoria não faz nada. Ocomportamento é idêntico dosúltimos tempos do Petraglia noclube. Parece que tudo estátranquilo, que o time é bom epede-se paciência pra torcida.Vemos no noticiário o Flamengocontratando, o Corinthians, queganhou tudo até aqui em 2009,contratando, o Botafogocontratando, e até o quebradoCoritiba contratando, mas oAtlético nada. Aí, oRubro-Negro anuncia

que está repatriando jogadoresque estavam emprestados outreinando em separado.

A paciência tem limite. Pensarpequeno não é para os atleticanos.Torcemos, incentivamos, damos acara pra bater pelo Furacão, nosassociamos em massa, masqueremos que se pense grande.Queremos que não hajaconformismo em ser um timemédio do futebol brasileiro, comotantos outros que temos por aí.

Inverdade?Ocimar Bolicenho me ligou

pra explicar que são inverdades asespeculações em relação ao Raul eque, no Atlético, não existeescalação ou não de jogadores porinfluência de empresários.

Garantiu-me que WaldemarLemos não tem nenhuma relaçãocom o empresário Juan Figer.Saudações rubro-negras!

Kléber Assunção(Binho)

Cobranças

ParanaenseNilmar é

esperança de gol colarado.

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Não foi umaapresentaçãoconvincente, mas

o São Paulo conseguiuo empate diante do Flamengo,ontem, no Morumbi, e evitoumais uma derrota no Brasileiro.Com um jogador a menosdesde o fim do primeirotempo, o time paulistaarrancou um 2 a 2 depois de ficar em desvantagem duas vezes no placar.

Com o empate em casa, oSão Paulo chegou a 11 pontos,perigosamente perto da zonade rebaixamento. O Flamengo,por sua vez, conseguiu superaros inúmeros desfalques e foi a15 pontos, mas perdeu achance de encostar no G4.

Para tentar reorganizar o São Paulo, o técnico RicardoGomes decidiu voltar ao 3-5-2,esquema tático utilizado por seu antecessor MuricyRamalho. Assim, Jean Rolt foi escalado para fazer a composição da zaga comRenato Silva e Miranda. Mas os são-paulinos demonstrarammuito nervosismo desde o início da partida.

Logo aos 3 minutos de jogo,o goleiro Denis fez umatremenda lambança. Ele recebeu um recuo e errou o chute, acertando a bola no chileno Fierro. O atacanteAdriano, então, pegou a bolana entrada da área e devolveupara Fierro, que só teve o trabalho de tocar para o gol, fazendo 1 a 0.

Aos 18, o meia Marlos fezlinda jogada pela esquerda e cruzou para o atacante Borgesempatar para os donos da casa.A empolgação do São Paulo,no entanto, durou apenas trêsminutos. Aos 21, o zagueiroRenato Silva derrubou o atacante Adriano dentro da área. O próprio Adriano

cobrou o pênalti e voltou a colocar o Flamengo emvantagem no placar - ele nãocomemorou o gol em respeitoà sua passagem pelo Morumbi.

Para piorar a situação são-paulina, o zagueiro RenatoSilva fez falta infantil e foiexpulso aos 44 minutos. Assim, com um jogador amenos em campo, o São Paulo voltou para o segundotempo apostando na raça para conseguir o empate. O Flamengo tentouadministrar o resultado, o que acabou custando caro.

Aos 19 minutos, o zagueiroMiranda foi ao ataque e sofreufalta de Willians num lance que pareceu ter acontecido fora da área. Mas o árbitroRicardo Marques Ribeiromarcou pênalti, cobrado por Jorge Wagner no cantodireito do goleiro Bruno: 2 a 2.

São Paulo - AE

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 13 de julho de 2009 3

O PAPO É @no Morumbi

Tricolor sofreu, mas evitou outra derrota

Borges fez o primeiro gol do São Paulo contra o Flamengo.

Gaspar Nóbrega/Vipcomm

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Afria tarde de domingoem Presidente Prudentetinha tudo para ser de

Ronaldo, mas Obina roubou asatenções. O Fenômeno não tevea mesma sorte, estrela ecompetência que oacompanharam no dia 8 demarço, quando marcou oprimeiro gol em sua volta aoBrasil e definiu o empate por 1 a1, nos acréscimos da partida. Nomesmo palco e contra o mesmoadversário, o atacante jogouapenas 20 minutos e deixou ocampo com suspeita de fraturano pulso esquerdo.

Melhor para o Palmeiras, quefoi superior e venceu o clássicopor 3 a 0, com três gols deObina, abriu cincopontos de vantagem

para o

maiorrival e

voltou a se igualar ao Atlético-MG na liderança do Brasileirão,com 28 pontos - o time mineirotem um gol a mais de saldo,13 contra 12.

O cenário que se apresentavaera de um Corinthians cheio degás e um Palmeiras desgastado.

Em campo, entretanto, o quese viu foi um Palmeiras ligado eo adversário sem reação. Após asaída de Ronaldo, o Corinthianscaiu de produção. O jogo foirepleto de emoções,reclamações, gols. Valeu oingresso. Mandante, oCorinthians tentou ser odono também das criações,mas parou na retranca alviverde.O interino Jorginho surpreendeue armou o Palmeiras com trêsvolantes. Souza, Pierre eEdmílson marcam forte, mastambém sabem sair jogando.Com Ronaldo, o Corinthians

ainda podia levarperigo. Depois, pouco

assustou o goleiro Marcos.A melhor chance corintiana

foi no fim da primeira etapa,quando Dentinho balançou asredes. Estava impedido e oárbitro Leonardo Gacibaapontou a irregularidade. Se oCorinthians reclamou do lance,os palmeirenses também tiveramseu momento de bronca: Souza eDiego Souza pediram pênaltisnão marcados.

O Palmeiras levou perigodesde o começo. O gol saiu aos31 minutos, após Pierre cruzar eObina se antecipar à zaga paracabecear para as redes.

Depois do intervalo, ozagueiro Chicão fez pênaltiem Cleiton Xavier. Obina, aos15, cobrou bem - duas vezes,porque na primeira houvedupla invasão e Gacibamandou repetir.

Cinco minutos depois, emrápido contragolpe puxado porCleiton Xavier, Obina fez oterceiro gol, seu oitavo nocampeonato.

Presidente Prudente - AE

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 27 de julho de 2009 3

O PAPO É @clássico paulista

Obina faz três e arrasa o CorinthiansTom Dib/Lancepress

Com uma atuação de gala, Obina comandou a vitória do Verdão.

Afria tarde de domingoem Presidente Prudentetinha tudo para ser de

Ronaldo, mas Obina roubou asatenções. O Fenômeno não tevea mesma sorte, estrela ecompetência que oacompanharam no dia 8 demarço, quando marcou oprimeiro gol em sua volta aoBrasil e definiu o empate por 1 a1, nos acréscimos da partida. Nomesmo palco e contra o mesmoadversário, o atacante jogouapenas 20 minutos e deixou ocampo com suspeita de fraturano pulso esquerdo.

Melhor para o Palmeiras, quefoi superior e venceu o clássicopor 3 a 0, com três gols deObina, abriu cincopontos de vantagem

para o

maiorrival e

voltou a se igualar ao Atlético-MG na liderança do Brasileirão,com 28 pontos - o time mineirotem um gol a mais de saldo,13 contra 12.

O cenário que se apresentavaera de um Corinthians cheio degás e um Palmeiras desgastado.

Em campo, entretanto, o quese viu foi um Palmeiras ligado eo adversário sem reação. Após asaída de Ronaldo, o Corinthianscaiu de produção. O jogo foirepleto de emoções,reclamações, gols. Valeu oingresso. Mandante, oCorinthians tentou ser odono também das criações,mas parou na retranca alviverde.O interino Jorginho surpreendeue armou o Palmeiras com trêsvolantes. Souza, Pierre eEdmílson marcam forte, mastambém sabem sair jogando.Com Ronaldo, o Corinthians

ainda podia levarperigo. Depois, pouco

assustou o goleiro Marcos.A melhor chance corintiana

foi no fim da primeira etapa,quando Dentinho balançou asredes. Estava impedido e oárbitro Leonardo Gacibaapontou a irregularidade. Se oCorinthians reclamou do lance,os palmeirenses também tiveramseu momento de bronca: Souza eDiego Souza pediram pênaltisnão marcados.

O Palmeiras levou perigodesde o começo. O gol saiu aos31 minutos, após Pierre cruzar eObina se antecipar à zaga paracabecear para as redes.

Depois do intervalo, ozagueiro Chicão fez pênaltiem Cleiton Xavier. Obina, aos15, cobrou bem - duas vezes,porque na primeira houvedupla invasão e Gacibamandou repetir.

Cinco minutos depois, emrápido contragolpe puxado porCleiton Xavier, Obina fez oterceiro gol, seu oitavo nocampeonato.

Presidente Prudente - AE

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 27 de julho de 2009 3

O PAPO É @clássico paulista

Obina faz três e arrasa o CorinthiansTom Dib/Lancepress

Com uma atuação de gala, Obina comandou a vitória do Verdão.

Afria tarde de domingoem Presidente Prudentetinha tudo para ser de

Ronaldo, mas Obina roubou asatenções. O Fenômeno não tevea mesma sorte, estrela ecompetência que oacompanharam no dia 8 demarço, quando marcou oprimeiro gol em sua volta aoBrasil e definiu o empate por 1 a1, nos acréscimos da partida. Nomesmo palco e contra o mesmoadversário, o atacante jogouapenas 20 minutos e deixou ocampo com suspeita de fraturano pulso esquerdo.

Melhor para o Palmeiras, quefoi superior e venceu o clássicopor 3 a 0, com três gols deObina, abriu cincopontos de vantagem

para o

maiorrival e

voltou a se igualar ao Atlético-MG na liderança do Brasileirão,com 28 pontos - o time mineirotem um gol a mais de saldo,13 contra 12.

O cenário que se apresentavaera de um Corinthians cheio degás e um Palmeiras desgastado.

Em campo, entretanto, o quese viu foi um Palmeiras ligado eo adversário sem reação. Após asaída de Ronaldo, o Corinthianscaiu de produção. O jogo foirepleto de emoções,reclamações, gols. Valeu oingresso. Mandante, oCorinthians tentou ser odono também das criações,mas parou na retranca alviverde.O interino Jorginho surpreendeue armou o Palmeiras com trêsvolantes. Souza, Pierre eEdmílson marcam forte, mastambém sabem sair jogando.Com Ronaldo, o Corinthians

ainda podia levarperigo. Depois, pouco

assustou o goleiro Marcos.A melhor chance corintiana

foi no fim da primeira etapa,quando Dentinho balançou asredes. Estava impedido e oárbitro Leonardo Gacibaapontou a irregularidade. Se oCorinthians reclamou do lance,os palmeirenses também tiveramseu momento de bronca: Souza eDiego Souza pediram pênaltisnão marcados.

O Palmeiras levou perigodesde o começo. O gol saiu aos31 minutos, após Pierre cruzar eObina se antecipar à zaga paracabecear para as redes.

Depois do intervalo, ozagueiro Chicão fez pênaltiem Cleiton Xavier. Obina, aos15, cobrou bem - duas vezes,porque na primeira houvedupla invasão e Gacibamandou repetir.

Cinco minutos depois, emrápido contragolpe puxado porCleiton Xavier, Obina fez oterceiro gol, seu oitavo nocampeonato.

Presidente Prudente - AE

TRIBUNA DO PARANÁCuritiba, segunda, 27 de julho de 2009 3

O PAPO É @clássico paulista

Obina faz três e arrasa o CorinthiansTom Dib/Lancepress

Com uma atuação de gala, Obina comandou a vitória do Verdão.


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