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HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHOHIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Muito embora o trabalho organizado no mundo civilizado tenha surgido a milhares e milhares de anos, como podemos ver testemunhado em diversas obras históricas, como as Pirâmides do Egito antigo, a Acrópole de Atenas, o Coliseu de Roma, a Muralha da China, bem como, muitas outras Construções Medievais de grande porte, como Igrejas, Castelos, Monumentos e Túmulos, historicamente parece não ter havido, ao longo deste período de tempo, uma preocupação maior dos Povos destas épocas, no que se refere a Segurança de seus Trabalhadores anônimos e desconhecidos que empenharam-se em promover toda a construção do nosso Mundo Civilizado. Cumpre lembrar ainda que a maioria destas obras monumentais empregou trabalho fornecidopor Mão de Obra escrava.

Assim historicamente, por incrível que pareça, o surgimento oficial de Ações Coordenadas ligadas a Segurança e Higiene do Trabalho somente ocorreram no ano de 1.921, quando a Organização Internacional do Trabalho - OIT, que havia sido fundada em Genebra, na Suíça, em 1.919, organizou um Comitê para o Estudo de Assuntos referentes a Segurança e a Higiene no Trabalho.

Nesta época o Comitê da OIT estabelecido em Genebra na Suíça, estudando as condições de trabalho e vida dos trabalhadores no mundo, tornou obrigatória a constituição de Comissões, compostas de representantes do empregador e dos empregados, com o objetivo de zelar pela prevenção dos acidentes do trabalho, quando as empresas tivessem 25 ou mais empregados.

HISTÓRICOHISTÓRICO

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Documentários antigos focalizando as condições de trabalho existentes nos EUA, no final do século XIX e início do século XX, como os recentemente exibidos no CNT, Discovery e outros canais de TV a Cabo, além de artigos publicados em Enciclopédias,impressionam pelas cenas onde podem ser vistas as precárias condições de trabalho que existiam naquela época nos EUA.

Além disto respeitáveis obras literárias publicadas, atestaram as precárias e desumanas condições de trabalho a que eram submetidos os trabalhadores, como os que trabalhavam nas minas de carvão na Inglaterra, nas Fábricas e na Construção Civil.

Enfim não faltam exemplos das deploráveis condições de trabalho existentes naquela época.

No Brasil, Getúlio Vargas, um dos políticos de maior expressão em nossa História, conhecido como o “Pai dos Trabalhadores”, 21 anos após a recomendação feita pela OIT, promulgou em 10.11.1944, o Decreto–Lei n o 7.036, fixando a obrigatoriedade da criação de Comitês de Segurança em Empresas que tivessem 100 ou mais empregados.

O decreto acima ficou conhecido como Nova Lei de Prevenção de Acidentes.

Em 27.11.1953 a Portaria 155 oficializava a sigla CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

HISTÓRICOHISTÓRICO

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ETAPAS INTERMEDIÁRIAS OCORRIDAS NO BRASILETAPAS INTERMEDIÁRIAS OCORRIDAS NO BRASIL

Em 26.02.1967 , o Decreto-Lei n o 229 modificou o texto do Capítulo V , título II , da CLT, o qual dispunha de assuntos de Segurança e de Higiene no Trabalho.

Com esta modificação, o artigo 164 da CLT que tratava de assuntos referentes a CIPA foi alterado e ficou conforme o seguinte texto:

Art. 164 – As empresas que, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e Higiene no Trabalho, estiverem enquadradas em condições estabelecidas nas normas expedidas pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, deverão manter obrigatoriamente, o Serviço Especializado em Segurança e em Higiene do Trabalho e constituir Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPAs.

§ 1. 0 O Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho definirá as Características do pessoal especializado em Segurança e Higiene do Trabalho, quanto as atribuições , à qualificação e a proporção relacionada ao número de empregadosdas empresas compreendidas no presente artigo.

§ 2. 0 As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAS) serão compostas de representantes de empregadores e empregados e funcionarão segundo normas fixadas pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.

Portaria 3.456: - Em 29 de novembro de 1968, a Portaria 3.456 reduziu o número de 100 para 50 empregados como o limite em que torna-se obrigatório a criação das CIPAs em cada Empresa.

HISTÓRICOHISTÓRICO

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SITUAÇÃO ATUAL EM TERMOS DAS LEIS, NORMAS, PORTARIAS E REGULAMENTAÇÕESSITUAÇÃO ATUAL EM TERMOS DAS LEIS, NORMAS, PORTARIAS E REGULAMENTAÇÕES

A regulamentação referente à Segurança e Medicina do Trabalho atualmente é regida pelas seguintes Leis, Normas e Portarias abaixo colocadas, entre outras:

Constituição Federal de 1988;

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, Capítulo V – Segurança e Medicina do Trabalho, (Decreto Lei n o 5.452 de 01.05.1943, atualizada pela Lei Lei n. 0 6.514, de 22 de janeiro de 1977);

Lei n. 0 6.514, de 22 de janeiro de 1977 (D.O.U. 23.12.1977);

Normas Regulamentadoras (NRs) , aprovadas pela Portaria n. 0 3.214 , de 08 de junho de 1978;

Normas Regulamentadoras Rurais (NRRs) , aprovadas pela Portaria n. 0 3.067, de 12 de abril de 1988.

A melhoria das condições de Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho constitui hoje uma preocupação generalizada, quer por razões de natureza humana, quer por motivos de ordemestritamente econômica.

As Normas Regulamentadoras são fundamentais para execução e o exercício da Higiene e Segurança do Trabalho. Elas norteiam as ações que devem ser tomadas nas mais diversas áreas que formam o universo da Higiene e Segurança do Trabalho.

HISTÓRICOHISTÓRICO

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 A melhoria das condições de Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho constitui hoje uma preocupação generalizada, quer por razões de natureza humana, quer por motivos de ordem estritamente econômica.

HISTÓRICOHISTÓRICO

As Normas Regulamentadoras são fundamentais para execução e o exercício da Higiene e Segurança do Trabalho. Elas norteiam as ações que devem ser tomadas nas mais diversas áreas que formam o universo da Higiene e Segurança do Trabalho.

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CALDEIRASCALDEIRAS

 

• Em 130 AC Heron de Alexandria criou a EOLÍPILA uma forma primitiva de turbina a vapor que foi responsável, séculos mais tarde, pôr uma verdadeira Revolução Industrial com a invenção da MÁQUINA A VAPOR.

 • A MÁQUINA A VAPOR foi utilizada, em seus primeiros anos de

vida, pôr THOMAS SAVENY no trabalho de extração de águas das minas e sofreu aperfeiçoamentos passando a funcionar, a partir de 1705, com cilindro e êmbolo.

 • JAMES WATT, em 1763, inventou o seu próprio tipo de caldeira

que corresponde, hoje, aproximadamente à moderna MÁQUINA A VAPOR. Em 1782 ele patenteou um novo modelo de máquina rotativa de ação dupla que permitiu o aproveitamento do vapor para impulsionar toda espécie de mecanismos.

 • Pôr volta de 1800, RICHARD TVEVITHICK e OLIVER EVANS,

aperfeiçoaram ainda mais a MÁQUINA A VAPOR, observando o fenômeno da pressão, que logo teve aplicações nas locomotivas e logo a seguir na navegação. 

Considerações Gerais

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CALDEIRASCALDEIRAS

 

• Nos dias de hoje e graças aos aperfeiçoamentos e o significativo desenvolvimento industrial a CALDEIRA ocupa um lugar de importância. Sua utilização se faz presente na movimentação de máquinas diversas e também em limpeza (esterilização), aquecimento e na participação ativa de processos industriais diversos.

 • Destacamos que o uso de CALDEIRAS se faz presente, além de

indústrias, em outras empresas prestadoras ou não de serviços tais como: Hotéis, Restaurantes, Hospitais, Frigoríficos, Motéis, Termoelétricas, etc.

Definimos como CALDEIRA um TROCADOR DE CALOR que, trabalhando com pressão superior a pressão atmosférica, produz vapor a partir da energia térmica fornecida pôr uma fonte qualquer.

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CALDEIRASCALDEIRAS

 

13.1.9 – Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3 (três) categorias conforme segue:

a) caldeiras da categoria “A” são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960 kPa ( 19,98 Kgf/cm2);

b) caldeiras da categoria “C” são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588 kPa (5,99 Kgf/cm2) e o volume é igual ou inferior a 100 litros;

c) caldeiras categoria “B” são todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias anteriores.

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ACIDENTESACIDENTES

As caldeiras não devem ser colocadas em funcionamento antes de se ter completada a instalação de um sistema adequado de proteção e instrumentação, nem de ter sido verificado o seu correto funcionamento como também o do conjunto dos sistemas de proteção.

As estatísticas têm indicado que a causa da maior parte das explosões em caldeiras é o erro humano, e não o mau funcionamento do equipamento ou as deficiências de projeto.

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ACIDENTESACIDENTES

Contudo, é importante determinar se o erro humano se deve a:

Falta de conhecimento do funcionamento e/ou do emprego dos procedimentos de segurança na operação;

Características desfavoráveis de funcionamento do equipamento, de seus comandos, etc;

Falta de coordenação funcional entre os diversos componentes do sistema gerador de vapor e seus comandos.

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CASOS DE EXPLOSÃO DE CALDEIRASCASOS DE EXPLOSÃO DE CALDEIRAS

 

ACIDENTE EM ITAUBA – MATO GROSSO – DATA: DEZ1998 

VITIMAS FATAIS: QUATRO PESSOASPREJUÍZO: $ 200.000 (Duzentos mil) dólares

MOTIVOS: Sobre pressão, Falta de manutenção, Operador sem treinamento

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CASOS DE EXPLOSÃO DE CALDEIRASCASOS DE EXPLOSÃO DE CALDEIRAS

 

ACIDENTE NA REFINARIA DUQUE DE CAXIAS – REDUQUE 

DATA: 10/JUL/1990

VITIMAS: TRÊS PESSOAS MORTAS E OITO PESSOAS FERIDASPREJUÍZO: $ 12.000.000 (doze milhões) dólares

MOTIVOS: Falta de supervisão, Operador não Habilitado, Não seguir os procedimentos padrões

PRODUÇÃO DE 150 T/h de VAPOR SUPERAQUECIDO a 399ºC, PRESSÃO DE OPERAÇÃO = 42 Kgf/cm²

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CASOS DE EXPLOSÃO DE CALDEIRASCASOS DE EXPLOSÃO DE CALDEIRAS

 

ACIDENTE EM SANANDUVA - RS 

DATA: 1986

VITIMA FATAL: UMA PESSOA

MOTIVOS: Operador sem Treinamento, Equipamento sem Inspeções e Falta de Manutenção

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CASOS DE EXPLOSÃO DE CALDEIRASCASOS DE EXPLOSÃO DE CALDEIRAS

ACIDENTE EM CURITIBA - PR 

DATA: 27/10/2000

VITIMAS: DUAS PESSOAS MORTAS E OITO PESSOAS FERIDAS

PREJUIZOS: $ 100.000,00 (cem mil) dólares

MOTIVOS: Os mais diversos

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ACIDENTESACIDENTES

À empresa que irá utilizar a caldeira cabe a responsabilidade dos dispositivos de segurança e suas funções, o treinamento e comunicação aos funcionários.

Esta integração pode ser alcançada dispondo de PROFISSIONAIS HABILITADOS e Operários Treinados, oferecendo treinamentos adequados aos funcionários envolvidos com a caldeira, como também dispondo de dispositivos de segurança e equipamento(s) integrado(s) ao sistema de distribuição de vapor.

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VASOS DE PRESSÃOVASOS DE PRESSÃO

  • Vasos de pressão são equipamentos usados para armazenar ar comprimido e gases tais como: amônia, gás sulfídrico, hidrogênio, oxigênio, entre outros.

• Eles estão presentes em nosso dia-a-dia em várias atividades, como em postos de gasolina, consultórios dentários e no setor petroquímico. Uma petroquímica pode chegar a ter dois mil vasos de pressão.

• Como o risco de explosão desse equipamento é alto, existe uma norma, a NR 13, que regulamenta desde o treinamento do trabalhador até a manutenção e a inspeção freqüente dos vasos.

• Como exemplos de tipos de vasos podemos citar o vaso compressor e o vaso tanque.

Considerações Gerais

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VASOS DE PRESSÃOVASOS DE PRESSÃO

  • A classificação dos fluídos em inflamáveis e combustíveis devem atender às prescrições da NR-20. Sempre deverá ser considerada a condição mais crítica. Por exemplo, se um gás for asfixiante simples (fluído classe C) e inflamável (fluído classe A) deverá ser considerado como inflamável.

• A temperatura a ser utilizada para classificação é a de operação do vaso de pressão.

• A toxidade dos fluídos deve atender ao previsto nas NR's. Caso os Limites de Tolerância para o fluído ou mistura não estejam contemplados, deverão ser utilizados valores aceitos internacionalmente.

Classificação de vasos de pressão, segundo NR – 13

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VASOS DE PRESSÃOVASOS DE PRESSÃO

  • Quando um vaso de pressão contiver uma mistura de fluído, deverá ser considerado para fins de classificação o fluído que apresentar maior risco aos trabalhadores, instalações e meio ambiente, desde que sua concentração na mistura seja significativa, a critério do estabelecimento.

• Para efeito de classificação, os valores de pressão máxima de operação poderão ser obtidos a partir dos dados de engenharia de processo, das recomendações do fabricante do vaso de pressão, ou das características funcionais do equipamento.

Classificação de vasos de pressão, segundo NR – 13

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VASOS DE PRESSÃOVASOS DE PRESSÃO

 

Todo vaso de pressão cujo produto “PV" seja maior que 8, é enquadrado na NR - 13 .

Classificação de vasos de pressão, segundo NR – 13

Os vasos cujo produto "PV" seja superior a 8, porém cujo fluído não se enquadre nas classes definidas pelo Anexo IV, deverão ter sua categoria atribuída em função do histórico operacional e do risco oferecido aos trabalhadores e instalações, considerando-se: toxidade, inflamabilidade e concentração.

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VASOS DE PRESSÃOVASOS DE PRESSÃO

 

Classificação de vasos de pressão, segundo NR – 13

1º CASO 

Equipamento: Fracionadora de Etileno Temperatura de operação: - 30°CVolume geométrico: 785 m3 Pressão de operação: 20,4 Kgf/cm2

Produto: Etileno 

a) Para verificar se o vaso se enquadra na NR-13Para verificar se o vaso se enquadra na NR-13

Máxima Pressão de Operação 20,4 Kgf/cm2

Para transformar para kPa 20,4 / 0,010197 = 2000,58 kPaP.V = 2000,58(kPa) x 785 (m3) = 1.570.461,90 (?)

O produto P.V é maior que 8 e portanto o vaso se enquadra na NR-13. 

b) Para determinar a categoria do vasoPara determinar a categoria do vaso

Produto Etileno = fluido inflamável = fluido classe “A”P.V = 2,00058 (MPa) x 785 (m3) = 1.570,46 (?)

(P.V >100)

Com P.V > 100 e fluido classe “A” vamos à tabela do Anexo IV e constatamos que o vaso é Categoria I.

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VASOS DE PRESSÃOVASOS DE PRESSÃO

 

Classificação de vasos de pressão, segundo NR – 13

2º CASO 

Equipamento: Filtro de Óleo Lubrificante Temperatura de operação: 40°CVolume geométrico: 290 litros Pressão de operação: 5 Kgf/cm2

Produto: Óleo Lubrificante 

a) Para verificar se o vaso se enquadra na NR-13Para verificar se o vaso se enquadra na NR-13

Máxima Pressão de Operação 5,2 Kgf/cm2

Para transformar para kPa 5,2 / 0,010197 = 490,34 kPaP.V = 490,34(kPa) x 0,290 (m3) = 142,19 (?)

O produto P.V é maior que 8 e portanto o vaso se enquadra na NR-13. 

b) Para determinar a categoria do vasoPara determinar a categoria do vaso

Produto Óleo Lubrificante = fluido classe “B”P.V = 0,49034 (MPa) x 0,290 (m3) = 0,14 (?)

(P.V <1)

Com P.V < 1 e fluido classe “B” vamos à tabela do Anexo IV e constatamos que o vaso é Categoria “ ? “.

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VASOS DE PRESSÃOVASOS DE PRESSÃO

 

1 2 3 4 5

PV < 100 PV < 30 PV < 2,5PV > 100 PV > 30 PV > 2,5 PV > 1 PV < 1

- Fluidos Inflamáveis;- Combustível com temperatura igual ou superior a 200 °C;- Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou superior a 20 ppm;- Hidrogênio;- Acetileno.- Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 °C;- Fluidos tóxicos com limite de tolerância inferior a 20 ppm.

CLASSE C- Vapor de Água, Gases Afixiantes Simples ou ArComprimido. I II III IV V

CLASSE D- Água ou outros fluidos não enquadrados nas classes "A","B" ou "C", com temperatura superior a 50 °C. II III IV V V

CATEGORIAS DE VASOS DE PRESSÃOGRUPO DE POTENCIAL DE RISCO

CLASSE DE FLUIDO

I I II III III

(Os Fluidos contidos nos Vasos de Pressão são classificados conforme a seguir discriminado)

CLASSE A

III IV IVCLASSE B I II

NOTASNOTASa) considerar volume em m3 e pressão em MPa.b) considerar 1 MPa correspondendo a 10,197 Kgf/cm2.

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VASOS DE PRESSÃOVASOS DE PRESSÃO

 

Acidentes com Vasos de Pressão existem, contudo os que aconteceram incidiram, por pura sorte, em gravidade baixa ou média causando pouca ou nenhuma repercussão e em casos raros com perda humana.

Alguns dos raros acidentes que presenciei não causou estragos significativos, por pura sorte, e nem vítimas, de menor ou maior gravidade, mais uma vez por pura sorte mesmo, o que, bem ou mal, parece tender para uma segurança maior desses equipamentos sendo isso UMA NÃO UMA NÃO VERDADEVERDADE.

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13.2 – INSTALAÇÃO DE CALDEIRAS A VAPOR (NR-13)

13.2.1 – O Projeto de Instalação de caldeiras a vapor, no que concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de Profissional Habilitado, conforme citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.

13.2.2 – As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em Casa de Caldeiras ou em local específico para tal fim, denominado Área de Caldeiras.

13.2.3 – Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a Área de Caldeiras deve satisfazer os seguintes requisitos:

a)   estar afastadas no mínimo três metros de:-  outras instalações do estabelecimento;-  de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até 2.000 (dois mil)

litros de capacidade;-  do limite de propriedades de terceiros;-  do limite com as vias públicas.

b)   dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em direções distintas;

c)   dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e a manutenção de caldeira, sendo que, para guarda de corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;

d)   Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes;

e)   Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;

f) Ter sistema de iluminação de emergência em caso de operar a noite.

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13.7 – INSTALAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO (NR-13)

13.7.1 – Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente acessíveis.

13.7.2 – Quando vasos de pressão forem instalados em ambientes confinados, a instalação deve satisfazer os seguintes requisitos:

a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em direções distintas;

b) dispor de fácil acesso e seguro para as atividades de manutenção, operação e inspeção, sendo que, para guarda-copos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;

c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;

d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;

e) possuir sistema de iluminação de emergência.

• Normas do Corpo de Bombeiros Local (NT- 008 CAT);• NR-20;• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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Art. 12 - Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE MECÂNICA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletro-mecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos.

Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades:

Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica;

Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação;

Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica;

Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria;

Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico;

Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;

Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica;

Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão;

Atividade 09 - Elaboração de orçamento;

Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade;

Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico;

Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico;

Atividade 13 - Produção técnica e especializada;

Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;

Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;

Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo;

Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação;

Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

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Art. 1º - O exercício da especialização de Engenheiro de Segurança do Trabalho é permitido, exclusivamente:

I - ao Engenheiro ou Arquiteto, portador de certificado de conclusão de curso de especialização, a nível de pós-graduação, em Engenharia de Segurança do Trabalho;II - ao portador de certificado de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário pelo Ministério do Trabalho;III - ao portador de registro de Engenharia de Segurança do Trabalho, expedido pelo Ministério do Trabalho, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da extinção do curso referido no item anterior.Parágrafo único - A expressão Engenheiro é específica e abrange o universo sujeito à fiscalização do CONFEA, compreendido entre os artigos 2º e 22, inclusive, da Resolucão nº 218/73.

Art. 4º - As atividades dos Engenheiros e Arquitetos, na especialidade de Engenharia de Segurança do Trabalho, são as seguintes:

1 - Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de Engenharia de Segurança do Trabalho;2 - Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações e equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de controle de risco, controle de poluição, higiene do trabalho, ergonomia, proteção contra incêndio e saneamento;3 - Planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas a gerenciamento e controle de riscos;4 - Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos e indicar medidas de controle sobre grau de exposição a agentes agressivos de riscos físicos, químicos e biológicos, tais como poluentes atmosféricos, ruídos, calor, radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as atividades, operações e locais insalubres e perigosos;5 - Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo medidas preventivas e corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive com respeito a custo;6 - Propor políticas, programas, normas e regulamentos de Segurança do Trabalho, zelando pela sua observância;7 - Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração de projetos de obras, instalação e equipamentos, opinando do ponto de vista da Engenharia de Segurança;

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8 - Estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus pontos de risco e projetando dispositivos de segurança;

9 - Projetar sistemas de proteção contra incêndios, coordenar atividades de combate a incêndio e de salvamento e elaborar planos para emergência e catástrofes;

10 - Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a segurança do Trabalho, delimitando áreas de periculosidade;

11 - Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e equipamentos de segurança, inclusive os de proteção individual e os de proteção contra incêndio, assegurando-se de sua qualidade e eficiência;

12 - Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e equipamentos cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento possam apresentar riscos, acompanhando o controle do recebimento e da expedição;

13 - Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de acidentes, promovendo a instalação de comissões e assessorando-lhes o funcionamento;

14 - Orientar o treinamento específico de Segurança do Trabalho e assessorar a elaboração de programas de treinamento geral, no que diz respeito à Segurança do Trabalho;

15 - Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de medidas de segurança, quando a complexidade dos trabalhos a executar assim o exigir;

16 - Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de funções, apontando os riscos decorrentes desses exercícios;

17 - Propor medidas preventivas no campo da Segurança do Trabalho, em face do conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do acidente de trabalho, incluídas as doenças do trabalho;

18 - Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de seus representantes, as condições que possam trazer danos a sua integridade e as medidas que eliminam ou atenuam estes riscos e que deverão ser tomadas.

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13.3.4 – Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de operador de caldeira, sendo que o não atendimento a esta exigência caracteriza condição de risco grave e iminente.

13.3.5 – Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer pelo menos uma das seguintes condições:

a) possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras e comprovação de estágio prático conforme subitem 13.3.9;

b) possuir certificado de Treinamento de Segurança para Operação de Caldeiras previsto na NR 13 aprovada pela Portaria n.º 02/84 de 08 de maio de 1984;

c) possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de experiência nessa atividade, até 08 de maio de 1984.

13.3.6 - O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras é o 1º grau.

13.3.7 – O Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras deve obrigatoriamente:

a) ser supervisionado tecnicamente pôr Profissional Habilitado citado no subitem 13.1.2;

b) ser ministrado pôr profissionais capacitados para esse fim;

c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-A desta NR.

13.3.9 – Todo operador de caldeira deve cumprir estágio prático na operação da própria caldeira que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e Ter duração mínima de:

  a) caldeiras categoria “A” ; 80 (oitenta) horas;

b) caldeiras categoria “B” ; 60 (sessenta) horas;

c) caldeiras categoria “C” ; 40 (quarenta) horas.

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A inspeção de Segurança pode ser INICIAL, PERIÓDICA ou EXTRAORDINÁRIA.

A Inspeção PERIÓDICA deve ser executada normalmente:

a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias “A”, “B” e “C”;

b) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria “A”, desde que aos 12 (doze) meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança;

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13.8.4 – Para efeito desta NR, será considerado profissional com Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo aquele que satisfizer uma das seguintes condições:

a) possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo expedido por instituições competentes para o treinamento;

b) possuir experiência comprovada na Operação de Vasos de Pressão das Categorias “I” e “II” de pelo menos 2 (dois) anos antes da vigência desta NR.

13.8.5 - O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo é o 1º grau.

13.8.6 – O Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve obrigatoriamente:

a) ser supervisionado tecnicamente pôr Profissional Habilitado citado no subitem 13.1.2;

b) ser ministrado pôr profissionais capacitados para esse fim;

c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-B desta NR.

13.8.8 – Todo profissional com Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve cumprir estágio prático, supervisionado, na operação de Vasos de Pressão com as seguintes durações mínimas:

  a) 300 (trezentas) horas para vasos de categoria “I” ou “II”;

b) 100 (cem) horas para vasos de categoria “III”; “IV” ou “V”;

Page 34: Caldeiras e Vasos Pressao

A inspeção de Segurança pode ser INICIAL, PERIÓDICA ou EXTRAORDINÁRIA.

A Inspeção PERIÓDICA deve ser executada, pelo menos, conforme se segue:

a) para estabelecimentos que não possuam Serviço Próprio de Inspeção;

b) para estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de Inspeção;

CATEGORIA VASO

EXAME EXTERNO

EXAME INTERNO

TESTE HIDROSTÁTICO

I 1 ano 3 anos 6 anosII 2 anos 4 anos 8 anosIII 3 anos 6 anos 12 anosIV 4 anos 8 anos 16 anosV 5 anos 10 anos 20 anos

CATEGORIA VASO

EXAME EXTERNO

EXAME INTERNO

TESTE HIDROSTÁTICO

I 3 ano 6 anos 12 anosII 4 anos 8 anos 16 anosIII 5 anos 10 anos a critérioIV 6 anos 12 anos a critérioV 7 anos a critério a critério


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