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Breve história de
Lajeado do Tocantins
Pedro Ferreira Nunes
Lajeado – TO
2014
“In memoria de Dona Caetana, Dona Julia, Seu Josias, Seu
Raimundo, Seu Disomo, Dona Eurides, Bida, Boca de Matraca,
Meleta, Manoel Mentira e Raposão. Lajeadenses que com suor e
sangue ajudaram a construir esta cidade.”
“Lajeado velha, continuas bela
Tuas ruas, tuas praças, teus
bosques
A igreja de nossa senhora da
divina providencia
O colégio estadual
O bar pioneiro
A praça cinco de maio
O pé de pequi
A ilha verde
A serra do lajeado
O morro do segredo
O rio Tocantins
Teu povo tranquilo e acolhedor
Ah Lajeado velha, continuas tão bela.
Lembro-me de tantas madrugadas
com meu amor contemplando teu céu estrelado
nas margens do rio Toantins.
Andando por tuas ruas
Vêm-me na memoria velhos amigos
que já não estão entre nós
apesar de tudo, ah Lajeado velha continuas bela.”
Introdução
Diante da escassez de registro histórico (artigos, livros entre
outros materiais) a cerca do município de Lajeado do
Tocantins, da necessidade, sobretudo das novas gerações de
compreender a formação histórica da cidade, bem como do seu
desenvolvimento econômico, politico e social resolvemos
escrever este breve artigo com o objetivo de contribuir com a
construção de um registro histórico do município. Pois é
fundamental olharmos o passado para compreendermos aonde
chegamos, bem como para onde queremos ir.
Salientamos a limitação deste artigo devido à falta de estrutura
para realizarmos um estudo amplo e aprofundado sobre a
questão apresentada, mas acreditamos que o mesmo irá
minimamente suprir parte da escassez de registro histórico a
cerca da historia do município de Lajeado, mas que seja,
sobretudo um estimulo para sensibilizar as autoridades locais a
cerca da necessidade de tal registro.
1- A origem
Antes de o norte goiano ser invadido pelos bandeirantes em
busca de jazidas de minérios e da captura de índios para
escravização, esta região já era habitada por povos nômades há
milhares de anos atrás – como bem aponta as pinturas rupestres
encontradas no Sitio Arqueológico do Canuto e no poço da
onça.
Os índios Xerente habitaram esta região que séculos depois se
tornaria o Lajeado muito antes da chegada do ‘homem branco’.
Eram nômades, isto é, não se fixavam em um mesmo lugar –
viviam da coleta e da agricultura, mas com a colonização foram
obrigados a mudarem seu modo de vida. Mesmo assim a duras
pena eles procuram manter algumas de suas tradições.
“Vivendo na margem do rio Tocantins, aos poucos foram
migrando para o norte, pressionados pela ocupação
colonizadora. Vendo sua cultura e sua sobrevivência sendo
ameaçadas, os xerente fazem de sua memória e de seus
costumes armas para não desaparecerem como etnia.” Bianca
do Amaral e Diane Valdez.
Apesar de todos os ataques que sofreram e continua sofrendo,
o povo xerente resiste próximo ao município de Tocantinia, na
margem direita do rio Tocantins em 40 aldeias, junto à área do
funil. Em 2004, a população dos xerente era de 2.400 pessoas.
Já a origem de Lajeado esta intimamente ligada á origem da
região que viria a se tornar o estado do Tocantins – Os
primeiros povoados começam a se estabelecer no então norte
goiano após a descoberta de jazidas de minérios. É da
exploração de pedras preciosas que surge Natividade, Arraias,
Divinópolis e Porto Real. Já os primeiros moradores se
estabelecem nesta região como um ponto de apoio aos
navegadores que escoavam os minérios explorados no norte
goiano para os grandes centros através do rio Tocantins – De
Porto Real (que na república torna-se Porto Nacional) até
Belém do Pará.
É então em meados do século XVIII, no auge da exploração de
mineiros no norte goiano (hoje Tocantins), que os primeiros
habitantes começam a se fixar nas margens do rio Tocantins –
na altura da famosa cachoeira do Lajeado - uma das mais
perigosas que os navegadores enfrentavam e próximas ao
córrego Lajeado. É dai a origem do que seria o povoado e do
município de Lajeado.
2- O povoado de Lajeado
No inicio da década de 30 do século XX, o Brigadeiro Lisyas
Rodrigues chefia uma expedição do governo federal com o
objetivo de traçar uma rota área no interior do país – o Centro-
oeste e o Norte brasileiro. Essa expedição se deu pelo rio
Tocantins e no seu diário de viagem Lisyas Rodrigues faz um
importante registro histórico de como era esta região neste
período.
“Acordamos cedo, no dia dezenove de setembro, às pressas
tomamos café com biscoitos e, ás seis e meia, arrancávamos
para tratar de passar as sete corredeiras, das mais difíceis de
vencer...”. A primeira corredeira a enfrentarmos, a menor e
mais fácil, foi a de ‘Todos os santos’. Pouco depois vinha a
corredeira ‘Quebra cocos’... O Hildebrando, ao enfrentar a
corredeira dos ‘pilões’, julgou que podia passar se aliviasse a
carga... Uma hora depois, tivemos pela frente a cachoeira dos
‘Mares’. Não houve jeito senão descarregar, transportar as
bagagens e cargas por terra... O Hildebrando recomendava á
guarnição: “Comam bem, que o duro vem agora na cachoeira
do Lajeado!”. Lisyas Rodrigues
Neste período Lajeado era se quer um povoado, existiam
apenas algumas fazendas e algumas casas bem distantes uma da
outra. No entanto já existia o boato de que se encontrava muito
ouro e diamante por ali como mostra o relato de Lisyas
Rodrigues abaixo.
“...Com um sol de quarenta e dois graus á sombra, marchamos
pelo pedregal da margem do rio uma boa meia légua, até
chegarmos ao rio Lajeado (o córrego) onde diziam haver tanto
diamante. Não conhecendo o oficio de garimpeiro olhamos
desconsoladamente o rio e vadeamo-lo com água a cima dos
joelhos, depois de termos nos dessendentado com a água fresca
e cristalina desse rio”. Lisyas Rodrigues
Os boatos a cerca de que havia uma quantidade enorme de
minérios, em especial ouro e diamante foi o que atraiu centenas
de garimpeiros de varias partes do país, em especial do nordeste
para esta região e é da exploração de minérios que surgi o
povoado de Lajeado.
“...Três horas lutaram os homens contra as pedras e
correntezas... só as dezessete horas conseguimos prosseguir a
viajem rio abaixo para logo enfrentarmos a cachoeira do ‘Túnel’
e a do ‘Funilzinho’...Raríssimas as embarcações. Só mesmo as
de grande porte ousam enfrenta-la...” Lisyas Rodrigues
O relato de Lisyas Rodrigues nos mostra a aventura que era
trafegar pelo rio Tocantins, os perigos das correntezas, mas
também seus encantos, suas belezas e riquezas como também o
povo guerreiro que por aqui já vivia.
Só algum tempo depois é que surge o garimpo de ouro e
diamante na região da cachoeira e do córrego Lajeado - e é por
tanto do garimpo de ouro e diamante nesta região, sobretudo
após o declínio dos garimpos em Natividade, Arraias,
Divinópolis e Porto Nacional que surge o povoado de Lajeado.
Mas além do garimpo a região era usada também por tropeiros
que desbravavam essas terras carregando mercadorias nos
lombos de animais.
“Eu trabalhava nas fazendas aqui nessa região, tinha que ir
caminhando daqui até Tocantinia para comprar mercadoria,
pois aqui não havia comercio. O meu patrão tinha muito
animal, mas não tinha coragem de me oferecer um para eu fazer
a viajem, assim eu ia a pé mesmo. Ainda hoje tem as marcas das
estradas tropeiras que eram usadas pelos tropeiros que
carregavam mercadorias nos animais de carga, eu andei muito a
pé por essas estradas, hoje as coisas são tudo fácil, nem se
compara com aquele tempo”. Seu Raimundinho
Muitos daqueles que chegaram à região em busca de riquezas
materiais acabaram se apaixonando pelo local e se
estabelecendo definitivamente por aqui, em especial destaca-se
a família ‘Monteiro’ – Sérgio Monteiro e dona Maria Monteiro.
Justiniano de Sales Monteiro filho do casal é um dos principais
responsáveis pela consolidação de Lajeado como povoado – ele
foi responsável pela construção dos primeiros prédios públicos,
como a Igreja da Nossa Senhora da Divina Providência e a
histórica Usina Hidrelétrica do Lajeado construída no ano de
1969 e inaugurada em 11 de março de 1971. Justiniano de Sales
Monteiro é considerado por tanto como o fundador de
Lajeado.
O povoado ou distrito de Lajeado pertencia ao município de
Tocantinia (que antes era chamada de Piabanha), quando a
região que era conhecida como o norte goiano ainda pertencia
ao estado de Goiás. Com a criação do estado do Tocantins em
1988, vários distritos e povoados emanciparam-se e tornam-se
municípios, entre eles Lajeado.
3- O munícipio de Lajeado
3.1- Administração Glacimar Alves Pinto (1993 a 1996)
A emancipação de Lajeado como distrito de Tocantinia, dá-se
no ano de 1991. E a sua instalação ocorre em 1992. O primeiro
prefeito eleito de Lajeado é uma mulher, Glacimar Alves Pinto
que venceu a disputa contra Walteides. A primeira câmara
legislativa responsável por elaborar e aprovar a lei orgânica do
município em 1993 é composta por: Tomás Aquino Gomes, o
primeiro presidente do legislativo Lajeadense. Por Leônidas
Correia de Castro, Maria Eulinda Portilho de Souza, Marivalda
Soares de Souza, Margarida Pereira dos Santos, Adeli Santana
Parente, Valdemi Alves Gomes, Raimundo Nonato da Silva e
por João Borges Filho (in memoria).
A cidade era pouco desenvolvida, mas teria grande possibilidade
de desenvolvimento, sobretudo pela localização privilegiada
próxima a nova capital do estado, Palmas. Apenas 52 km de
distancia. Mesmo assim o município já contava com o Colégio
Estadual Nossa Senhora da Providência, a Escola Juscelino
Kubistchek na zona rural das Pedreiras, e com um Posto de
Saúde. É então construída a primeira praça do município - a
Praça Cinco de Maio, e também a feira coberta conhecida como
‘galpão’. Além de outros serviços públicos como energia
elétrica, coleta de lixo e a ampliação da cidade com a criação de
novos setores.
O comercio na cidade era quase inexistente, resumindo-se a
uma quitanda, obrigando os moradores a se deslocarem para
fazer suas compras em outros municípios, especialmente
Miracema ou Porto Nacional. Energia elétrica, água encanada,
telefone era privilegio de poucos. Mesmo assim o numero de
habitantes ia aumentando com as famílias que moravam na
zona rural decidindo a se deslocar para o núcleo urbano.
3.2- Administração Leônidas Correia de Castro (1997 a
2000)
Em 1996 Leônidas Correia de Castro é eleito o novo prefeito
do município, vencera a eleição contra Carlos Luz e Junior
Bandeira. Sua administração dá-se de 1997 a 2000. A câmara de
vereadores neste período é composta por: Cristiane Silva
Morais, Emival de Souza Parente, Valderi Alves Gomes,
Lucileide Bezerra de Souza, Luiz Carvalho dos Santos, Maria
Eulinda Portilho de Souza, Marivalda Soares de Souza entre
outros.
A cidade continua o seu desenvolvimento de forma bastante
lenta, mesmo assim é neste período que é criado a Escola
Municipal Sebastião de Sales Monteiro, a creche dona Antônia
entre outros serviços. A economia da cidade dava-se em torno
da agricultura de pequeno porte (familiar e camponesa), da
pesca no rio Tocantins e do turismo, o que persiste até os dias
atuais. Mas com o projeto de construção da Usina Hidrelétrica
na cachoeira do Lajeado no rio Tocantins – atingindo
diretamente o município as perspectivas de desenvolvimento de
Lajeado eram imensas.
3.3- Administração Junior Bandeira (2001 a 2004)
Nas eleições municipais realizadas no ano de 2000, Junior
Bandeira vence a disputa contra Leônidas Correia de Castro,
tornando-se o novo prefeito de Lajeado que administraria a
cidade de 2001 a 2004. A câmara de vereadores será composta
por: Tomas Aquino Gomes, Valdemi Alves Gomes, José
Parente Aguiar, Luiz Claudio Lara entre outros.
A cidade sofre um grande ‘boom’ de desenvolvimento com a
vinda de operários de varias partes do Brasil em busca de
trabalho. Lajeado teve a sua população mais que dobrada em
um período muito curto, tendo que, portanto desenvolver-se
forçadamente para receber milhares de trabalhadores que se
estabeleceram no município. Por exemplo, nas eleições de 1996,
apenas 923 eleitores votaram nas candidaturas majoritárias, já
no ano 2000 foram 1.797 eleitores. Esses dados coletados no
Tribunal Superior Eleitoral – TSE mostra o aumento da
população de Lajeado com a construção da Usina Hidrelétrica
Luiz Eduardo Magalhães. Fato este confirmado pelo censo
demográfico do IBGE que mostra que a população de Lajeado
no ano 2000 já era de 2.344 habitantes.
O município prospera com a construção de novos setores e a
consolidação de antigos – a exemplo do setor mirante, setor
áurea, mas, sobretudo o setor aeroporto. Foram construídas
pousadas, hotéis e restaurantes. O balneário ilha verde um dos
principais pontos turísticos da cidade passa por reestruturação,
surgem novos comércios que diversificam os produtos
ofertados a população, que passa a se tornar menos dependente
de outros municípios.
O setor Mirante desenvolve-se, sobretudo a partir da
construção do trecho da TO - 010 ligando a região a Palmas,
trecho que antes passava por dentro da cidade. Já o setor Áurea
desenvolveu-se com a construção de alojamento e zona de
meretrício para os ‘peões’ que trabalhavam na construção da
usina hidrelétrica que receberia o nome de ‘Luiz Eduardo
Magalhães’. O Setor Aeroporto desenvolveu-se a partir da
construção de casas populares e doação de lotes para as famílias
de operários que decidiram se estabelecer na cidade após o fim
da construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães.
Lajeado vive um momento de grande prosperidade, com
ampliação do posto de saúde, construção do prédio dos
pioneiros mirins, quadra poliesportiva, Ginásio de esportes,
novas praças e bosques, uma passarela na ilha verde
interligando o setor aeroporto ao centro, entre outros diversos
serviços.
3.4- 2º Administração Junior Bandeira (2005 a 2008)
Em 2004 Junior Bandeira é reeleito prefeito da cidade na
disputa contra Arlindo Silvério, ficando por tanto mais quatro
anos a frente do executivo municipal (2005 a 2008). A câmara
de vereadores será composta por: Andrelson Pinheiro Portilho
Rodrigues, Valdemi Alves Gomes, Arudá Bucar, Jailson Fraga
Parente, Raimunda Ribeiro de Carvalho entre outros.
Este período é marcado em especial pelo desenvolvimento do
setor Aeroporto – continuação de construção de casas
populares, pavimentação asfáltica das ruas, quadra poliesportiva
entre outros. No entanto com o fim da construção da usina
hidrelétrica o operariado sem trabalho deixa a cidade levando a
decadência restaurante, hotéis, bares, pousadas e alojamento. O
setor Áurea é um dos mais atingidos pelos problemas
decorrentes com o fim da construção da Usina Hidrelétrica
Luiz Eduardo Magalhães. É a falta de oportunidade também
que leva centenas de jovens trabalhadores a deixarem o
município para irem viver nos grandes centros em busca de
uma vida melhor.
3.5- Administração Marcia Reis (2009 a 2012)
Em 2008 Marcia Reis é eleita à nova prefeita do município em
disputa contra Tomaz Aquino. Sua administração seria de 2009
a 2012. A câmara de vereadores será composta por: Ananias
Pereira, Andrelson Pinheiro Portilho, Antônio Carlos Gomes,
Edilson Gonçalves Mascarenhas, Fabio Bezerra da Silva,
Gilberto Borges, Jailson Fraga Parente, Nilton Soares de Souza,
Rui Furtado Maciel.
A população de Lajeado via em Marcia Reis uma nova
alternativa ante um representante das velhas oligarquias da
cidade. No entanto a sua administração nada se diferenciaria das
anteriores. O setor Aeroporto continua desenvolvendo-se,
ganha a praça da bíblia e um posto de saúde. Igrejas, bares,
restaurantes, minimercados, pavimentação completa das ruas do
setor, novas casas populares – fazendo com que o setor
aeroporto torne-se o principal setor da cidade. Enquanto o
centro e o setor mirante pararam no tempo, e o setor áureo
continua sua decadência.
A construção da ponte Padre Cicero José de Souza -
‘Imigrantes nordestinos’ – ligando Lajeado á Miracema pelo
governo estadual e federal trouxe um aumento do fluxo de
transporte pesado na TO -010 que corta a região. Com o
aumento do fluxo de transporte nesta região, vários restaurantes
estão se estabelecendo nas margens da rodovia para oferecer
alimentação para os caminhoneiros e viajantes que trafegam por
essas bandas.
A cidade avança na prestação de serviços públicos, sobretudo
na área da saúde primaria e da assistência social. O sistema de
saúde é bastante elogiado pela comunidade e referencia para
pequenos municípios do estado, no entanto qualquer doença de
maior complexidade é encaminhada para capital. Na assistência
social houve pequenos avanços a partir da implementação do
Sistema Único de Assistência Social – SUAS, por parte do
governo federal, no entanto esta muito aquém do ideal. Na área
da educação surgem cursos técnicos e superiores, porém sem
continuidade, sobretudo os cursos superiores. Os gargalos na
educação fundamental são imensos – falta de estrutura nas
unidades escolares e desvalorização dos profissionais da
educação.
Há um inchamento de contratos temporários na prefeitura, que
se caracteriza pela precariedade e pela dispensa das garantias das
leis trabalhistas. Mas, sobretudo como uma forma de manter
este servidor dependente da gestão municipal. Esta prática
infelizmente não é privilegio da atual gestão e nem do
município de Lajeado apenas, uma prática recorrente de norte a
sul do país, em especial no interior. Mas denuncias dessas
práticas levou o ministério público a exigir que a atual gestão
realize concurso público.
3.6- 2º Administração Marcia Reis (2013 a 2016)
Mesmo com as denuncias de uso da maquina pública e abuso
do poder econômico, Marcia Reis é reeleita em 2012 para mais
quatro anos de mandato (2013 a 2016). A mesma venceu a
disputa contra o ex-prefeito Junior Bandeira. A atual câmara de
vereadores conta com: Nilton Soares, Adão Tavares, Luiza
Brasileiro, Manoel das Neves, Adonias Pereira, Edilson
Mascarenhas, Emival Parente, José Portilho e Branco Parente.
O período atual tem sido marcado por uma intensa crise
política, denuncia do ministério público de desvio de dinheiro
público da prefeitura, abuso do poder econômico nas eleições
de 2012, denuncias estas que levou ao afastamento da prefeita e
outros altos funcionários do seu governo e congelamento dos
seus bens (o que a defesa da prefeita Marcia Reis conseguiu
reverter). Instalação de CPI na Câmara de Vereadores para
investigar denúncias de corrupção na prefeitura, que acabou
terminando como se diz popularmente em ‘pizza’.
Lajeado passa por um período conturbado de sua curta historia.
O mercado de trabalho na cidade é escasso e pouco
diversificado, sendo que a maioria das empresas é de pequeno e
médio porte e que trabalham no ramo da alimentação e bebidas.
A agricultura familiar e camponesa, a pesca e o setor de turismo
são ainda a base da economia do município, tal como em outras
tantas cidades do interior tocantinense. O diferencial de Lajeado
é o recurso mensal que a prefeitura recebe como compensação
pela construção da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães
no município – o que da condição para o poder público de
Lajeado ofertar uma boa qualidade de vida para os habitantes
locais. Mas infelizmente muitas vezes partes desses recursos
públicos acabam indo pelo ralo da corrupção.
Com a falta de emprego os trabalhadores continuam tendo que
deixar a cidade em busca de uma vida melhor nos grandes
centros do país. O poder público local tornou-se dependente do
recurso da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, sendo
incapaz de apresentar alternativa para população que aqui vive e
é obrigada a abandonar o município por falta de oportunidade.
Nos últimos dois anos mobilizações mostraram o
descontentamento do povo com a atual gestão. Centenas de
jovens tomaram as ruas de Lajeado para protestarem contra o
caos politico que se estabeleceu na cidade, os professores da
rede municipal fizeram paralização histórica na luta por
melhores salários e condições de trabalho, os pescadores se
mobilizaram contra a mortandade de peixes no rio Tocantins,
decorrente de crimes ambientais cometido pela INVESTICO –
empresa responsável por gerir a Usina Hidrelétrica Luiz
Eduardo Magalhães.
4- Lajeado hoje
Apesar das dificuldades por que passa o munícipio, é fato que o
mesmo tem uma boa perspectiva para desenvolver-se a passos
largos, sobretudo quando olhamos a disposição de um setor
importante da classe trabalhadora Lajeadense de lutar para que
este desenvolvimento aconteça de forma plena, dando
oportunidade e igualdade de condições a todos que aqui vive e
não apenas uma ‘panelinha de puxa sacos’.
4.1- Serviços públicos precários
A cidade que é conhecida como ‘a cidade das águas’ presta um
serviço de saneamento básico de péssima qualidade a
população, aliás, não raramente falta água nas torneiras dos
Lajeadenses, rede de esgoto não existe. Com o crescimento da
população, sobretudo na parte mais alta da cidade (setor
aeroporto), deveria ter havido um maior investimento no
sistema de abastecimento de água o que infelizmente não
aconteceu por falta de planejamento.
O Serviço de energia elétrica é um dos mais caros do mundo e
mesmo assim de péssima qualidade, isto que há no município
duas usinas hidrelétricas. Sendo que a UHE Luiz Eduardo
Magalhães é uma das maiores do país. No período de chuva, a
população ironicamente diz que se um cachorro mixar em um
poste, falta energia na cidade. O serviço de telefonia e de
internet ainda estão muito aquém do que a população de
Lajeado almeja.
Mesmo sendo uma cidade turística não há nenhum serviço de
atendimento as pessoas que visitam a cidade. Não há sinalização
e nem orientação de como chegar aos pontos turísticos. As
praias não contam com nenhum tipo de infraestrutura por parte
do poder público, nem no período de alta temporada, onde há
um aumento do fluxo de turistas na cidade.
Realidade ainda mais difícil para quem vive na zona rural do
município, que além de sofrer com os problemas apontados
acima. Também sofre com a falta de estrutura mínima para
produzir e escoar a produção agropecuária do município –
como estradas, pontes, transporte escolar decente, assistência
técnica entre outros.
5- Cidade dormitório
Este fenômeno é visto em varias partes do país. Por falta de
trabalho nos pequenos e médios municípios a população destes
acaba se deslocando durante o dia para trabalhar nos grandes
centros e volta para sua cidade de origem a noite apenas para
dormir.
Pela sua proximidade com Palmas, mas, sobretudo pela falta de
condição para se viver de forma digna por aqui, os
trabalhadores lajeadenses estão sendo obrigados a abandonarem
suas casas durante a semana para poderem partir em busca de
trabalho em Palmas, voltando para casa à noite apenas para
dormir, já que o aluguel na capital devido à especulação
imobiliária não é barato. Assim estes trabalhadores – trabalham,
estudam e resolvem seus problemas do dia a dia na capital.
Durante o dia a cidade de Lajeado fica deserta, pois grande
parte da sua população esta trabalhando na capital. Só a noite é
que os trabalhadores retornam para suas casas, mas apenas para
dormir, fazendo do local uma cidade dormitório.
6- Apesar dos pesares - Um lugar encantador
Lajeado é uma das cidades mais encantadoras do Tocantins.
Privilegiada com uma natureza exuberante, rodeada pela Serra
do Lajeado, pelo Morro do Segredo, pelo Morro Encantado,
pelo Morro do Leão, banhada pelo Rio Tocantins, pelo Córrego
Lajeado e pelo Córrego Lajeadinho. Tem uma fauna e uma flora
diversa mesmo após a construção da UHE Luiz Eduardo
Magalhães. O bioma predominante na região é o cerrado, o
clima é o tropical, quente o ano todo. Tem duas estações do
ano bem definida, o período de chuva que se inicia no mês de
setembro e vai até maio e o período de seca que começa em
junho e vai até agosto.
Lajeado faz divisa com os municípios de Tocantinia ao norte,
Aparecida do Rio Negro ao nordeste e com a capital, Palmas ao
sul. A população de Lajeado era de 2.344 no ano 2000. No
ultimo censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010 a
população do município aumentou para 2.773. Sendo 2.166 na
zona urbana e 607 na zona rural. O Censo do IBGE também
aponta que a área do município é de 322,5 e a densidade
demográfica é de 8,60 habitantes por Km².
7- Festas populares
O festejo de Nossa Senhora da Divina Providência (considerada
a padroeira da cidade de Lajeado) continua sendo a festa mais
tradicional da cidade, mesmo com a falta de apoio por parte do
poder público que havia em anos anteriores. Mas também o
desinteresse de grande parte da população por essa festividade
pode ser explicado devido a um aumento significativo da
população evangélico-protestante no município. Não há dados
que comprove, mas não seria leviano afirmar que as igrejas
pentecostais e seus fieis são quase do tamanho da população de
católicos. Só no núcleo urbano há sete igrejas pentecostais e
duas católicas.
Na zona rural tem os festejos de São José Operário no povoado
das pedreiras e no vão do Mutum que também são festividades
tradicionais da cidade. O aniversário de Lajeado comemorado
no dia 05 de maio, a festa junina no mês de junho com a
apresentação das quadrilhas do colégio estadual, da escola
municipal, do centro de educação infantil e dos idosos do
Centro de Convivência tem se tornado tradicional, como
também a tradicional festa dos dias das mães. Além do Boia
Cross – descida do córrego lajeado de boia e botes. Um mix de
esporte, aventura e diversão que acontece no primeiro período
do ano, quando o córrego está cheio e que tem atraído pessoas
de varias cidades do estado.
Já sobre o carnaval uma das maiores festas populares do país
não podemos dizer a mesma coisa. Como em grande parte
depende do poder público para ser realizado, nem todos os
anos a festa acontece, assim também como o Laj Verão, o Luau
do Segredo entre outras festividades pontuais que não tem
continuidade.
8- Lendas da região
Os moradores antigos do local contam histórias a cerca de
aparições misteriosas no rio Tocantins, na Serra do Lajeado, no
Morro do Segredo e no Morro Encantado. Como por exemplo,
luzes misteriosas que surgem e desaparecem do nada. A bola de
fogo que também surge do nada e desaparece. Gritos, passos
em pedras, peixes encantados que tombam embarcações e come
pessoas que se afogam nas águas do Tocantins. Para os
moradores essas aparições misteriosas são decorrentes do
numero de mineiros escondido por garimpeiros nas serras e no
rio.
Por exemplo, na ilha verde os moradores relatam a aparição da
mulher de branco, outros falam de uma criança que morreu
afogada naquelas águas há muitos anos atrás e que hora e outra
é vista nas madrugadas da ilha, em especial quando morre gente
afogada ao pé da cachoeira.
Essas histórias que são passadas de geração em geração são
contadas como fatos reais. Frutos da imaginação e da crença
popular, mas o fato é que essas histórias enriquece a cultura do
município. Mesmo sendo pouco valorizada pelo poder público
municipal que pouco faz para recuperar essas memórias e
passar para as futuras gerações.
9- Principais pontos turísticos de Lajeado
A- Mirante Serra do Lajeado
Descrição: A 22 Km do centro d Lajeado, o Mirante Serra do
Lajeado é um atrativo diferenciado para o turista. Do Mirante é
possível visualizar toda a beleza do Lago da UHE Lajeado, a
cidade, o rio Tocantins e todo o conjunto de morros e serras
que cercam o município. A noite é lugar ideal para a realização
de luau. 22 Km do centro de Lajeado.
B- Cachoeira do Lajeado
Descrição: A Cachoeira do Lajeado é um conjunto formado
por três quedas d`água de aproximadamente 30 metros de
altura. As águas caem majestosas nas grandes pedras
distribuídas ao longo do rio. 15 Km do de centro da cidade
C- Morro do Leão
Descrição: O Morro do Leão é uma formação em pedra, que se
assemelha ao majestoso animal em repouso. A 09 Km do
centro da Cidade
D- Usina Hidrelétrica do Lajeado
Descrição: A Usina Hidrelétrica do Lajeado começou a ser
construída em 08 de maio de 1969 e foi inaugurada em 11 de
março de 1971, na época a usina abastecia cidades como:
Miracema do Tocantins, Miranorte, Tocantinia, Porto Nacional,
Cristalândia, Pium, Paraiso do Tocantins, Guaraí e Pedro
Afonso. hoje a usina além de gerar energia é também um
atrativo turística pela sua beleza e localização. À 15 Km do
Centro da Cidade.
E- Morro do Segredo
Descrição: Elevação exótica de
250 metros de altitude que fica a
01 Km do centro da cidade. O
morro se assemelha a um vulcão
inativo, desprovido de vegetação
ao seu redor. A elevação é vista de qualquer ponto da cidade,
aparentando sempre a mesma forma, de diferentes pontos de
observação. À 01 Km do centro da cidade
F- Sitio Arqueológico do Canuto
Descrição: Uma das atrações que fazem de Lajeado-TO um
lugar especial e misterioso são as pinturas rupestres deixadas
pelo homem pré-histórico em vários painéis. Os painéis
guardam sinais de clara compreensão visual. São Figuras
geométricas em diversas formas, que ainda se encontram em
bom estado de conservação. À 17 Km do centro da cidade.
G- Artesanato
Descrição: O artesanato em cerâmica do município de
Lajeado é feito a base e argila e foi desenvolvida uma linha de
artesanato utilizando pinturas rupestres encontradas na serra do
Lajeado e no leito do Rio Tocantins. No centro da cidade.
H- Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães
Descrição: Um dos mais arrojados projetos hidrelétricos do
País - a UHE Lajeado foi construída em tempo recorde -
apenas 39 meses - constituindo-se num marco do Setor
Elétrico: o maior empreendimento de geração realizado pela
iniciativa privada no Brasil. 01 Km do centro de Lajeado.
I- Cachoeira Viva Vida
Descrição: Localiza-se no
perímetro urbano, no centro
da cidade, formada pelo Rio
Lajeado. Se constitui em um
queda d`água de
aproximadamente 12 metros
de altura, formando vários
saltos que se precipitam em forma circular, proporcionando um
recurso paisagístico admirável. A cachoeira um espetáculo
surpreendente com formações rochosas variadas de forte
impacto visual, formando piscinas naturais propícias ao banho.
Centro de Lajeado.
J- Balneário Ilha Verde
Descrição: O Balneário Ilha
Verde é uma sequência de
cachoeiras que formam um grande
lago. É um lugar de grande
tranquilidade, onde se pode
desfrutar de banhos ao sol ou
simplesmente apreciar a natureza, e da rica diversidade culinária
regional. Um aspecto relevante do Balneário é que ele está
localizado no centro da cidade, sendo de fácil acesso. Centro da
Cidade
K- Fazenda da Esperança
Descrição: Criada em 1999, para trabalhar a recuperação de
dependentes químicos. Numa área de sete alqueires, a Fazenda
da Esperança localiza-se a 02 Km do centro do município de
Lajeado. Quanto à estrutura física, no local há dois dormitórios,
um saguão de reuniões, também usando como refeitório,
lavanderia, duas estufas e os espaços reservados para o trabalho
realizado pelos internos. As terras onde fica a entidade foram
doadas por um pároco que atuou em Lajeado. A 02 Km do
centro de Lajeado
L- Funil
Descrição: O Funil é um estreito de 200 metros entre a Serra
do Lajeado e a Serra do Estrondo, onde as águas do Rio
Tocantins se comprimem, atingindo alta velocidade, num misto
de beleza e perigo. As águas circulam em forma de redemoinho,
dificultando a navegação. É um atrativo único na região, que
pode ser visitado o ano inteiro. O acesso ao funil é feito pela
estrada que liga Lajeado a Tocantinia, até a rede de energia
elétrica. O resto do trajeto é feito a pé, cerca de 500 metros, no
sentido Leste-Oeste, até a margem direita do Rio Tocantins. A
05 Km do centro de Lajeado
M- Sitio Arqueológico Canuto (Pinturas Rupestres)
Descrição: Uma das atrações que fazem de Lajeado um lugar
especial e misterioso são as pinturas rupestres deixadas pelo
homem pré-histórico em vários painéis. Os painéis guardam
sinais de clara compreensão visual. São figuras geométricas em
diversas formas, que ainda se encontram em bom estado de
conservação. O local é de difícil acesso. Á 06 Km do centro de
Lajeado
N- Mirante Lajeadinho
Descrição: O Mirante Lajeadinho na Serra do Lajeado é um
conjunto de pequenas cachoeiras, nascentes, grutas e uma vista
encantadora do Rio Tocantins. O local é de fácil acesso. A 22
Km do centro de Lajeado.
O- Poção das onças e pinturas rupestres
Descrição: A 19 Km de Lajeado, no Vão do Bim o turista
encontra o Poção da Onça, uma cachoeira com 22 metros de
queda d`água transparente. 02 Km a frente é possível encontrar
pinturas rupestres em diversos paredões. A trilha até o Poção é
de fácil acesso, já para as pinturas rupestres é de difícil acesso.
22 Km do centro de Lajeado.
10- Meio ambiente: Nossa riqueza ameaçada
Toda a população, em especial as autoridades estufam o peito e
fala entusiasticamente das belezas naturais de Lajeado, o que é
inegável – de fato a maior riqueza dessa pequena cidade do
interior do Tocantins é claro, além do seu povo, é a sua
riquíssima natureza, que é de uma beleza estonteante. No
entanto esta riqueza esta ameaçada, falta politicas de
preservação dessas riquezas naturais, falta educação ambiental
para que a população e as pessoas que visitam a cidade
respeitem e preservem o meio ambiente.
Essa riqueza natural já foi fortemente atingida com a
construção da UHE Luiz Eduardo Magalhães. Hoje a cachoeira
de Todos os Santos, do Quebra cocos, dos Pilões, dos Mares e
do Lajeado só ficaram nas lembranças dos que tiveram o
privilegio de navegar por essas águas antes da construção da
usina. Como também a ilha do Manoel Martim, o gorgulho, o
travessão, a ilha da praia, a ilha das caranhas velhacas, o
carcarazinho, o pacifico, o fervedouro e outras diversas riquezas
naturais. Além dos povos ribeirinhos que foram expulsos de
suas terras, hoje na margem do lago só se ver chácaras da alta
burguesia tocantinense.
E a destruição de nossas riquezas naturais continua. Em
período de alta temporada onde se proliferam os
acampamentos as margens do rio Tocantins, por falta de
conscientização as pessoas acabam deixando uma quantidade
enorme de lixos nas margens do rio que ficam ali contaminando
o meio ambiente. O poder público não orienta as pessoas que
cometem estes crimes como também não dá infraestrutura para
que estes lixos não sejam jogados em todo lugar.
Outro grande problema é a mortandade de peixes no rio
Tocantins em decorrência a operacionalização errada da UHE
Luiz Eduardo Magalhães. A diversidade de peixes tem sido
afetada após a construção da UHE e infelizmente nenhum
estudo tem sido feito para acompanhar as alterações na fauna e
flora dessa região após a construção da UHE. Soma-se a isso a
pesca predatória que é combatida de forma totalmente
equivocada pelos órgãos ambientais.
Se não houver políticas públicas efetivas de proteção do meio
ambiente as futuras gerações não terão a oportunidade de
desfrutar dessas riquezas e muito menos terá orgulho de estufar
o peito para dizer das belezas naturais da cidade de Lajeado.
11- Legislação do município de Lajeado
A lei orgânica do município de Lajeado, de 17 de dezembro de
1993 – é a principal lei municipal. É a lei que estabelece os
fundamentos municipais, dos princípios e objetivos, a
organização dos seus poderes – executivo e legislativo e suas
atribuições, as responsabilidades dos servidores públicos, da
participação popular, da organização da administração pública,
a secretarias e as políticas públicas a serem executadas pelo
poder público para o bom funcionamento do município entre
outros.
Já a lei 181/2001, de 08 de novembro de 2001. Dispõem sobre
a organização, estrutura organizativa e institui o plano de cargos
e salários do poder executivo municipal e da outras
providencias.
A lei 397/2013, de 30 de outubro de 2013. Dispõem sobre a
reestruturação organizacional da administração pública
municipal de Lajeado e consolida as leis vigentes, as quais não
perdem seus requisitos de validade, sendo elas: 181/2001, de 08
de novembro de 2001, os anexos I, II, III. Da lei 239/2004, de
16 de dezembro de 2004. Lei complementar de 002/2009, de 31
de dezembro de 2009. Lei 340/2010, de 22 de dezembro de
2010. Lei 353/2011, de 04 de agosto de 2011. Lei 366/2011, de
31 de outubro de 2011. E da lei 378/2012, de 05 de abril de
2012 e dá outras providencias.
Já a lei 429/2013, de 12 de junho de 2014. Dispõe sobre o
plano de cargos do quadro geral do município de Lajeado,
alterando dispositivos da legislação pertinente e define
atribuições para os cargos disponibilizados para o V concurso
público e dá outras providencias.
12- Notas críticas
As oligarquias que dirigem a cidade de Lajeado continua sendo
as mesmas desde a sua constituição como povoado, distrito e
depois município. Se olharmos para composição da câmara de
vereadores em 2013 a 2016 veremos que pouca coisa mudou
em relação à primeira câmara de vereadores eleita para o pleito
de 1993 a 1997. Mudaram-se apenas os nomes, mas o
sobrenome e os interesses representados por essas oligarquias
continuam sendo os mesmos, o interesse de uma pequena
minoria em detrimento de uma grande maioria. É a oligarquia
dos Aquinos, dos Correias, dos Bandeiras, dos Portilhos, dos
Soares, dos Pereiras e dos Parentes que se apropriaram da
cidade como se fossem donos dela, jogando migalhas para o
resto da população.
1º Câmara de vereadores eleita em Lajeado 1993 a 1997
Ultima Câmara de vereadores eleita em Lajeado 2013 a 2016
Tomas Aquino Gomes Edilson Mascarenhas
Leônidas Correia de Castro Adão Tavares
Maria Eulinda Portilho de Souza
José Portilho
Marivalda Soares de Souza Nilton Soares
Margarida Pereira dos Santos Adonias Pereira
Adeli Santana Parente Emival Parente
Valdemi Alves Gomes Manoel das Neves
Raimundo Nonato da Silva Branco Parente
João Borges Filho Luiza Brasileiro
Essas oligarquias são as representantes locais das oligarquias
que há anos dominam a politica no Tocantins e que governam
para latifundiários e megaempresários jogando migalhas para o
resto da população. É através dessa aliança que eles se mantem
no poder por varias décadas.
A eleição de Marcia Reis foi uma tentativa da população de
fazer uma mudança na estrutura política, econômica e social da
cidade, no entanto ao chegar à prefeitura – Marcia reis preferiu
juntar-se as velhas oligarquias e governar para elas.
Você já se perguntou por que entra ano e sai ano, mudam-se
prefeitos e vereadores, mas, no entanto os problemas centrais
de Lajeado continua os mesmos? É simples, por que as
oligarquias que comandam a política na cidade, não tem
interesse em resolver estes problemas, o objetivo deles é
governar para eles e não para o povo.
O poder e suas vantagens continuam na mão do mesmo grupo
que sempre dominou a cidade. Já a maioria da população
continua como sempre sobrevivendo precariamente. Como
mudar essa realidade? Como fazer com que o poder público
cumpra o seu dever de garantir os direitos básicos de toda a
população? Como fazer com que a coisa pública não seja usada
para atender interesses privados?
Os problemas que enfrentamos no dia a dia recorrente das
desigualdades sociais só serão resolvidos quando o povo de
forma organizada se mobilizar e lutar para que isso aconteça.
Não devemos acreditar em políticos que dizem que irão
resolver os problemas sociais. Pois se o povo organizado não
lutar para transformar essa realidade e ficar de braços cruzados
esperando. As coisas não cairão do céu. Os vereadores e
prefeitos são empregados do povo, por tanto não devemos ter
receio de cobrar e exigir que eles cumpram com suas
responsabilidades. Cabe, portanto ao povo trabalhador de
Lajeado, que é quem verdadeiramente constrói o município
lutar para extirpa do mapa político as sanguessugas do sangue
da classe trabalhadora, bem como construir um projeto popular
para o município de Lajeado.
Textos complementares
1- Mudar é preciso Lajeado
Entra ano e sai ano, mudam-se prefeitos e vereadores, no
entanto os problemas centrais da pequena cidade de Lajeado
continua os mesmos. Boa parte da população não tem um
emprego formal, sobrevivem através da prestação de serviço em
trabalhos precaríssimos ou contratos temporários onde não há
garantia dos direitos trabalhista.
A saúde é elogiada, mas qualquer doença um pouco mais grave
é preciso buscar tratamento nos grandes centros, onde a espera
para fazer um exame ou pior uma cirurgia dura de 6 meses a 1
ano. Na cidade apenas um médico se reveza nos dois postos de
saúde da cidade tendo ainda que dar suporte à zona rural.
Na educação não é diferente, não a curso profissionalizante
para os jovens e nem curso superior, ao terminar o ensino
médio quem pretende avançar na sua qualificação profissional é
necessário abandonar a cidade para fazer um curso técnico ou
de nível superior, o poder público municipal limita-se a
disponibilizar um ônibus para transportar uma pequena parcela
de estudantes que moram na cidade e estudam na capital. A
educação fundamental e do ensino médio esta longe de ser
modelo, estrutura defasada, grade curricular e prática
pedagógica autoritária que não dialogam com a realidade e as
especificidades locais, bem como a falta de valorização dos
profissionais da educação.
A política de assistência social resume-se a operacionalizar as
políticas do governo federal e estadual como o programa bolsa
família, não se tem uma política de assistência social do
município partindo da realidade e necessidade local.
Distribuição de cesta básica não é política de assistência social
séria. Na área da cultura, esporte, turismo e lazer as ações são
insignificantes.
Diante dessa realidade não há alternativa - A juventude,
sobretudo, é obrigada a deixar a cidade em busca de melhores
condições de vida nos grandes centros. Dificilmente existe uma
família no Lajeado que não tem algum parente morando em
outra cidade. O motivo é sempre o mesmo. Falta condição para
se viver dignamente.
No entanto ressaltamos que essa situação não é privilegio do
Lajeado. A maioria das pequenas e médias cidades brasileiras
enfrentam os mesmos problemas relatados acima. Por tanto a
atual situação em que se encontra a cidade não pode ser
totalmente jogada nas costas da atual gestão da Marcia
Enfermeira (PSD), pois ela apenas da continuidade as gestões
anteriores. E é dai que ocorre o problema da atua
administração, ela não faz nada de diferente das anteriores, há
um continuísmo. Por tanto Marcia (PSD), Junior Bandeira (PR),
Leônidas e Glacimar são farinha do mesmo saco, isto é, não são
diferente um do outro, suas gestões foram marcadas por
privilegiar uma pequena panelinha de puxa saco, jogando
migalhas para o resto da população.
Coisas da política - o povo vota em alguém achando que vai
mudar, mas o que ganha é mais do mesmo, isto é, as coisas
permanecem como antes. Sobretudo por que a coisa pública
passa a ser utilizado para interesse privado. Trabalho só para os
familiares, amigos e puxa sacos. No período da eleição emprego
para todos, após garantir a vitória vira as costas para o povo
inventando desculpas, na maioria das vezes diz que a prefeitura
esta quebrada. Não prepara em nem qualifica o povo para
assumir tarefas.
O poder e suas vantagens continuam na mão do mesmo grupo
que sempre dominou a cidade. Já a maioria da população
continua como sempre sobrevivendo precariamente. Como
mudar essa realidade? Como fazer com que o poder público
cumpra o seu dever de garantir os direitos básico de toda a
população? Como fazer com que a coisa pública não seja usada
para atender interesses privados?
Organização, formação e luta!
Quem esta no poder não quer que o povo se eduque por que é
mais fácil engana-lo e manipula-lo. Como dizia Ernesto Che
Guevara – Um povo que não sabe ler e nem escrever é um
povo fácil de enganar. Mas a formação de que estamos falando
é muito mais do que meramente saber ler e escrever, é
compreender como se dá o processo de exploração do povo
pela classe dominante, é dar condições do povo conhecer seus
direitos e, sobretudo lutar por eles.
Os problemas que enfrentamos no dia a dia recorrente das
desigualdades sociais só serão resolvidos quando o povo de
forma organizada se mobilizar e lutar para que isso aconteça.
Não devemos acreditar em políticos que dizem que irão
resolver o problema da saúde, educação, desemprego, violência
entre outros. Se o povo organizado não lutar para transformar
essa realidade e ficar de braços cruzados esperando. As coisas
não cairão do céu. Os vereadores e prefeitos são empregados
do povo, por tanto não devemos ter receio de cobrar e exigir
que eles cumpram com suas responsabilidades.
A luta pelos nossos diretos deve ser feito de forma organizada,
lembremo-nos dos ensinamentos dos nossos avós – Uma
andorinha só não faz verão. Só o povo organizado em
associações, coletivos, sindicatos, partidos políticos
comprometidos com os interesses da classe explorada,
consciente dos seus direitos e deveres poderá transformar essa
realidade que nos é enfiada goela abaixo.
Mudar é preciso e possível!
Por mais que a propaganda oficia do governo federal, estadual e
municipal diz que tudo está uma maravilha não é o que vemos
na realidade. O governo tenta maquiar a realidade através de
programas assistencialista para o povo bem como o
endividando através de empréstimo e de compra a prazo.
Na realidade temos uma educação de péssima qualidade, tanto
estruturalmente como pedagogicamente. A saúde esta um caos,
e o problema não é apenas a falta de médicos, faltam hospitais,
aparelhos, remédios entre outras coisas. O trabalhador vive
entre o desemprego e o trabalho precarisado, isto é, salários
baixíssimos e negação dos direitos trabalhistas. A violência é
crescente, sobretudo nos grandes centros, mas as pequenas
cidades não estão longe dessa realidade. A corrupção é um mal
crônico fruto de um sistema corrupto onde os políticos tratam
os espaços públicos como privados. Assim vai para o ralo o
dinheiro que deveria ser aplicado na execução das políticas
públicas fundamentais para a população.
E essa realidade cruel à maioria da população lajeadense sente
na pele. É só olhar ao redor e ver a condição em que centenas
de famílias sobrevivem, quase passando fome e implorando
trabalho para a prefeitura. Mas podemos mudar essa realidade.
Nesse sentido chamamos o trabalhador e a trabalhadora
lajeadense, sobretudo a juventude para que se organize e juntos
possamos mudar a realidade social e política da nossa cidade.
Lutando pelos nossos direitos e exigindo dos gestores públicos
a execução de políticas públicas que atendam a necessidade de
toda população.
2- Politica habitacional em Lajeado
Por uma política habitacional para quem de fato necessita em
Lajeado
A atual gestão da prefeita Marcia Enfermeira (PSD) em Lajeado
(TO) acaba de lançar mais uma etapa da construção de
moradias populares para famílias sem teto da cidade. As casas
estão sendo construídas no setor aeroporto.
Como é de conhecimento de boa parte da população o estado
do Tocantins tem um déficit habitacional alarmante, segundo
dados oficiais mais de 90 mil famílias não tem moradia própria.
Lajeado, apesar de ser uma cidade pequena, com pouco mais de
2.500 habitantes, sofre com um grande índice de famílias
vivendo em situação precária e sem moradia.
Nesse sentido é importante reconhecer a importância da
continuação por parte da prefeitura de construção de moradias
populares as famílias lajeadenses que não tem moradia própria e
precisam pagar alugueis que a cada dia estão mais caro na
cidade, devido a sua proximidade com a capital, Palmas.
No entanto o que nos chamou a atenção são os critérios
utilizados para seleção das famílias contempladas nesta etapa,
como também na anterior que já foi entregue. Ou melhor, o
que tem chamado à atenção na verdade é a falta de critérios
claros para seleção das famílias contempladas.
Como sabemos, o numero de moradias construídas na etapa
anterior, bem como as que serão construídas nesta etapa não
são suficientes para acabar o déficit habitacional de Lajeado.
Nesse sentido a secretaria de habitação e de assistência social do
município deveria fazer um estudo socioeconômico das
famílias, para priorizar as que estão em situação de maior
vulnerabilidade social e que por tanto deviam ter prioridade.
Porém o que temos visto é uma pratica um tanto quanto
preocupante, o que nos faz afirmar que não houve por parte da
prefeitura um estudo socioeconômico das famílias, e se houve,
não foi levado em consideração. Pois em vez de priorizarem
famílias que estão em situação extremamente degradante, que
não tem condição de pagar aluguel, pois estão desempregadas
ou sobrevivem fazendo bicos, e ainda tem muito membros no
grupo familiar. Estão priorizando famílias que muitas vezes não
precisam e as que precisam poderiam ser atendidas num
segundo momento.
Infelizmente lamentamos que a atual gestão priorize a politica
da troca de favores e de apoio político em vez de uma politica
habitacional e de assistencial social que atenda as necessidades
reais da população, sem excluir e priorizar aliados em
detrimento da população mais carente.
Esperamos que a câmara de vereadores do município possa
cumprir o seu papel que é de fiscalizar o poder executivo,
exigindo esclarecimento sobre tal política habitacional,
sobretudo relativo aos critérios utilizados para contemplar as
famílias que serão beneficiadas com as moradias populares que
estão sendo construídas na nossa cidade.
Também chamamos a todo o povo trabalhador de Lajeado a se
organizarem e exigir maior claridade por parte da gestão da
prefeita Marcia Enfermeira (PSD) em relação à aplicação do
dinheiro público, que é dinheiro de todos nós. Não só em
relação à politica habitacional, mas também em relação à
doação de lotes e a contratação de pessoal para prestação de
serviço em vez de realizar um concurso publico, politica esta
que faz com que a prefeita esteja respondendo processo na
justiça.
Por tanto exigimos:
Moradia digna para todas e todos já;
Por politicas públicas que atendam a necessidade da população
e não a interesses do grupo político que administra a cidade;
Por um poder legislativo independente que fiscalize e não
acoberte os desvios da prefeitura;
Por uma audiência pública na câmara de vereadores para
discutirmos o déficit habitacional e a política habitacional da
gestão municipal da prefeita Marcia Enfermeira (PSD);
Por um concurso público municipal já;
Se você concorda com essas bandeiras, junte-se a nós!
“Quem não se movimenta, não sente as correntes que os
prendem”.
Rosa Luxemburgo
3- Luta de classes no interior do Tocantins: Classe
trabalhadora Lajeadense se mobiliza pelos seus
direitos
A cidade de Lajeado vive um momento histórico diferente. Tal
como na maioria das cidades do interior do Tocantins, em
Lajeado ainda impera uma forte consciência conservadora e um
forte sentimento de conformismo com a condição de opressão
e exploração a que á classe trabalhadora é submetida. No
entanto temos visto uma mudança de consciência dos
trabalhadores de Lajeado no ultimo período. Que tem se
organizado e lutado contra a condição de exploração imposta
pelas elites locais.
Ainda em 2013 pela primeira vez na historia de Lajeado
centenas de jovens tomaram as ruas da cidade para protestar
contra o caos político que tomou conta do município sobre a
administração da prefeita Marcia Reis (SDD).
Caos na saúde e educação, falta de emprego, realidade que
obriga os trabalhadores da cidade ir em busca de trabalho em
outras regiões, falta de oportunidade, sobretudo para juventude,
perseguição política a opositores. Denuncias de corrupção -
desvio de dinheiro público que deveria ser investido na
aplicação de politicas públicas que atendam a necessidade da
população.
Diante dessa dura realidade e da insatisfação geral da população
a oposição conseguiu aprovar uma CPI na câmara de
vereadores para investigar os desvios de dinheiro público da
gestão municipal. As graves denúncias de corrupção
envolvendo a atual gestão do município levou a justiça a afastar
a prefeita do cargo bem como decretar o congelamento dos
seus bens, decisão infelizmente revertida pelos advogados da
prefeita Marcia Reis.
Já no inicio desse ano a colônia de pescadores do município
conseguiu liderar uma importante luta contra os crimes
ambientais cometidos pela INVESTICO, empresa responsável
por gerir a Usina Hidrelétrica do Lajeado sobre o rio Tocantins,
crimes que vem sendo cometido desde a conclusão da usina em
2002 graças à omissão dos órgãos de fiscalização ambiental do
estado. No entanto a recente mobilização da colônia de
pescadores que contou com o apoio de toda a população contra
a mortandade de peixes no período de piracema ocasionada por
erro na operacionalização das comportas da usina, fez com que
as autoridades e os órgãos ambientais do estado aplicassem uma
multa na INVESTICO bem como um endurecimento do
discurso contra os crimes cometido pela empresa no município
que tem na pesca artesanal sua principal fonte de sobrevivência.
Greve histórica dos professores da rede municipal de
educação de Lajeado
Desde o ano passado os professores da rede municipal de
educação de Lajeado vêm denunciando o caos na educação no
município. Prédios sucateados em sem infraestrutura (laudo do
corpo de bombeiros aponta risco de desmoronamento de parte
da estrutura), falta de material pedagógico, merenda escolar,
transporte de qualidade e valorização dos profissionais, falta de
gestores capacitados para gerir a secretaria de educação bem
como perseguição política aos profissionais que denunciam tais
mazelas.
Com a recusa da gestão municipal em abrir dialogo com os
profissionais da educação, a categoria resolveu no inicio dessa
semana entrar em greve pela primeira vez na historia do
município. Independente de qual resultado o movimento
grevista obtiver, o fato é que essa mobilização já é uma
importante vitória para a classe trabalhadora Lajeadense, pois é
um exemplo de um novo momento histórico por que passa o
município. A greve justa da categoria vem contando com um
amplo apoio popular, já que o descaso com a educação pública
não é problema apenas dos profissionais da educação.
Em entrevista na rádio a prefeita Marcia Reis (SDD) declarou
que não irá aumentar os salários dos profissionais como
também procurou desqualificar as denuncias apresentadas pelo
movimento grevista, apresentando um quadro na educação
municipal totalmente fictício, pois o caos na educação de
Lajeado pode ser visto por qualquer um. Assim as declarações
da prefeita devem servi apenas para fortalecer o movimento,
pois tal como vimos na luta dos garis no RJ e pela redução da
tarifa do transporte coletivo em varias cidades do país, onde os
gestores municipais tentaram desqualificar as reivindicações
legitimas dos trabalhadores, mas a força do movimento
obrigou-os a voltar atrás, devimos seguir este exemplo em
Lajeado e continuar a greve até que as reivindicações da
categoria, que na verdade são as reivindicações de toda
comunidade sejam atendidas.
A CPI não pode acabar em pizza! Pela cassação da
prefeita Marcia Reis! Fora todos os corruptos da prefeitura
de Lajeado!
A base de apoio da prefeita na câmara municipal de Lajeado
quer encerrar a CPI que investiga as denuncias de desvios da
gestão municipal sem nenhuma investigação séria. Após três
meses de sua instalação nenhuma pessoa ligada à administração
municipal foi ouvida. Nenhuma audiência aconteceu e a
comunidade não foi convidada para participar das reuniões da
CPI. Esse processo havia sido previsto assim que a CPI foi
aprovada na câmara, onde nós apontamos a necessidade da
população acompanhar e pressionar a câmara municipal para
que fizesse uma investigação séria e punisse os responsáveis por
desvio de dinheiro público dos cofres municipais. Se a
população não se mobilizar e pressionar a câmara de
vereadores, a CPI que investiga os desvios da atual gestão
municipal de Lajeado acabará em pizza.
É necessário que a população de Lajeado tome as ruas do
município mais uma vez para exigir a cassação da prefeita
Marcia Reis (SDD) e de todos os corruptos que se apoderaram
da prefeitura municipal desviando o dinheiro público que
deveria ser aplicado na educação, saúde, cultura, esporte,
turismo, na geração de emprego entre outros.
Organização e luta
Lajeado passa por um novo momento histórico e os setores
conscientes da classe trabalhadora do município têm que esta
ciente dessa nova conjuntura. Nesse sentido fazemos um
chamado aos servidores públicos, aos operários, aos
camponeses, aos pescadores e a juventude de Lajeado a
organizamos uma frente de luta para lutarmos pelos nossos
direitos como também pela cassação da prefeita Marcia Reis
(SDD) e de todos os corruptos que se apoderaram da prefeitura
de Lajeado.
Não podemos deixar que as lutas legítimas da classe
trabalhadora de Lajeado sejam apropriadas de forma errada por
setores de oposição que estiveram à frente da prefeitura
municipal em gestões anteriores e que nada se difere da gestão
atual. Precisamos construir organizações de luta da classe
trabalhadora no município para disputar o poder local,
enquanto a prefeitura estiver nas mãos dos mesmos grupos
políticos, que muda só de nome, mas os projetos são os
mesmos, a vida da classe trabalhadora Lajeadense continuará
sendo difícil.
Lajeado, TO – 21 de Março de 2014.
Mudar é preciso Lajeado! Vamos juntos!
Pedro Ferreira Nunes é
natural de Miracema do
Tocantins, mas desde os 6
anos de idade tem uma
relação muito próxima com a
cidade de Lajeado. Morou na
cidade entre 1996 e 2005,
depois mudou-se para
Goiânia onde morou 8 anos,
retornando no inicio de 2013
a morar novamente em
Lajeado onde reside
atualmente.
Poeta, escritor, educador
popular e bacharel em
Serviço Social pela
Universidade Norte do
Paraná. Pedro Ferreira Nunes
é autor dos artigos ‘O Serviço
Social e a Política de Reforma
Agrária em Goiás’, ‘Estudo
sobre o Agronegócio
tocantinense e seus efeitos
Econômicos e Sociais’, dos
livros ‘A nossa luta é pra
vencer... ’ – Diário da
ocupação do INCRA de Goiás, ‘A Ilha dos Espíritos’ e da
coletânea de poemas ‘Minha poesia’.
Referências bibliográficas
Eleições anteriores: Site do TSE.
http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes-
anteriores. Julho de 2014.
Histórico do município do Lajeado. Site da prefeitura municipal
de Lajeado.
http://www.lajeado.to.gov.br/portal1/municipio/historia.asp?i
IdMun=100117069. Agosto de 2014.
Nunes, Maria Lucia Pinheiro. Meu querido Lajeado. Lajeado,
2013.
Nunes, Pedro Ferreira. Mudar é preciso. Lajeado, 2013.
Ribeiro, Miriam Bianca do Amaral. Tocantins historia e
sociedade, 4º/Miriam Bianca do Amaral Ribeiro, Diane Valdez.
– São Paulo: FTD, 2006.
Rodrigues, Lisyas Augusto. Roteiro do Tocantins. - 4º ed. –
Palma, 2001.
Tocantins: Censo de 2010.
http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=17
&dados=29. Agosto de 2014.