Economia no Brasil colonial
Moinho de acar, por Jean B. Debret
Economia aucareira e a sociedade do Engenho
Faixa litornea
Sistema de plantation:
Latifndio + Monocultura + Trabalho Escravo + Exportao
Sociedade do Engenho:Senhores de Engenho e famlias
Trabalhadores assalariados (ex.: feitor, padre, etc.)
Escravos
Outras atividades comerciais
Algodo (para mercado interno, exceto na 2 metade do sc. XVIII, que foi para exportao)
Tabaco (destinado ao mercado europeu e como moeda no comrcio de escravos com a frica)
Alimentos para o mercado interno (rapadura, aguardente, farinha de mandioca, de milho ou de trigo, feijo, etc.)
Drogas do serto (cacau, cravo, canela, castanha, guaran, etc.) explorao da rea da Amaznia pelos colonos
Pecuria proibida pela Coroa numa faixa de 80km da costa para o interior desbravamento do interior do territrio
Escravido indgena
Sculo XVI predomnio de mo-de-obra escrava indgena nos engenhos de acar
Apresamento principalmente por Guerra justa, isto , em legtima defesa, para assegurar a liberdade de comrcio ou para garantir a pregao do evangelho
Por que houve a transio do trabalho indgena para o africano?
Teses:Fernando Novais - Interesses metropolitanos (Coroa exercia maior controle sobre o trfico atlntico do que sobre a escravizao indgena)
Luiz Felipe Alencastro Irregularidade do comrcio de escravos indgenas (por diversos motivos, principalmente os interesses dos jesutas em assegurar a liberdade dos indgenas, apoiando a escravizao de africanos)
Outros fatores:Declnio demogrfico indgena
Percepo pelos senhores de uma maior produtividade dos africanos
Trfico atlntico de escravos
Alguns nmeros:
12,5 milhes embarcados entre os sculos XVI e XIX11 milhes chegaram nas Amricas4,5 milhes vieram para o Brasil
Por que aconteceu a escravizao em massa dos africanos?Interesses mercantis
Insuficincia demogrfica em algumas regies da Amrica
Justificativa religiosa A Igreja Catlica condenou a escravido indgena e legitimou o cativeiro dos africanos
Convergncia de interesses entre traficantes e elites africanas
Durante todo o tempo de vigncia da escravido, os comerciantes europeus e americanos contaram com o auxlio de africanos, cuja tarefa era escravizar pessoas no interior da frica.
Elites militares e polticas africanas se beneficiaram e enriqueceram com o trfico, s custas de um continente inteiro.
J havia escravido anteriormente, tanto na Antiguidade Europeia quanto internamente na frica subsaariana e islmica. Mas nas Amricas, a partir da colonizao, a escravido pela primeira vez passou a ter uma base racial. Escravo tornou-se sinnimo de negro, embora nem todos os negros fossem escravos. Isso serviu para fortalecer a discriminao contra negros e mulatos livres.
20 de novembro: Zumbi e o Quilombo dos Palmares (1629-1694)
Quilombo separado, sociedade guerreira (Angola, sculo XVII)
Na Serra da Barriga, em Alagoas, chegou a ocupar 27 mil km e a ter cerca de 20 mil habitantes.
Aldeias: Macaco, Subupira, Dambrabanga, Zumbi, Tabocas, Acotirene e Amaro, Andalaquituche, Aqualrene
Economia: pecuria, alimentos, comrcio com populao vizinha
Retrato de Zumbi feito por Manuel Victor.
Monumento a Zumbi, localizado na Rua Presidente Vargas, no centro do RJ.
Dandara dos Palmares.
Ressignificando Palmares
A ameaa que representou Palmares
Zumbi, Palmares e o movimento negro brasileiro contemporneo
20 de novembro de 1695: O assassinato de Zumbi
Zumbi Jorge Ben
Angola, Congo, Benguela
Monjolo, Cabinda, Mina
Quiloa, Rebolo
Aqui onde esto os homens
H um grande leilo
Dizem que nele h
Uma princesa venda
Que veio junto com seus sditos
Acorrentados em carros de boi
Eu quero ver...
Angola, Congo, Benguela
Monjolo, Cabinda, Mina
Quiloa, Rebolo
Aqui onde esto os homens
De um lado cana de acar
Do outro lado cafezal
Ao centro senhores sentados
Vendo a colheita do algodo branco
Sendo colhidos por mos negras
Eu quero ver
Quando Zumbi chegar
O que vai acontecer
Zumbi senhor das guerras
senhor das demandas
Quando Zumbi chega Zumbi
quem manda
Eu quero ver...
Kizomba, A Festa Da RaaLuiz Carlos da Vila
Valeu, ZumbiO grito forte dos PalmaresQue correu terra, cus e maresInfluenciando a abolioZumbi, valeuHoje a Vila Kizomba batuque, canto e danaJongo e MaracatuVem, menininhaPra danar o Caxambu
,, ,Nega minaAnastcia no se deixou escravizar,,,,Clementina, o pagode o partido popularSacerdote ergue a taaConvocando toda a massaNeste evento que congraaGente de todas as raasNuma mesma emoo
Esta Kizomba nossa constituioEsta Kizomba nossa constituio
Que magiaReza, ajeum e OrixTem a fora da culturaTem a arte e a bravuraE o bom jogo de cinturaFaz valer seus ideaisE a beleza pura dos seus rituais
Vem a Lua de LuandaPara iluminar a ruaNossa sede e nossa sedeDe que o aparthaid se destrua
Antiga Poesia Ellen Olria
Minha nova poesia antiga poesiaEu me fiz sozinha, fora feminina, Escrevo sem ter linha, Escrevo torto mesmoEscrevo torto, eu falo torto, pra seu desespero s minha poesia, antiga poesiaRepito, rasgo, colo poesiaSem maestria, mas a minha poesiaEu no sou mais meninaA minha poesia poesia combativaEu entendi seu livro, eu entendi sua lnguaAgora minha lngua, minha rima eu faoEu j me fiz sozinha, Eu tenho mais palavrasDa boca escorrendoVoc disse que t junto e eu continuo escrevendoA planta feminina, a luta femininaLa mar, la sangre, em mi Amrica latinaMeu desejo o que, seu desejo no me defina!Minha histria outra, t rebobinando a fita!
Salve! Negras dos sertes negras da BahiaSalve! Clementina, Leci, JovelinaSalve! Nortistas caribenhas clandestinasSalve! Negras da Amrica latina
A baixa auto-estima da dona MariaDa sua prima, da sua filha e sua vizinhaIsso me intriga, isso me instigaE se voc no entendeu o que significa feministaEsquento a barriga no fogo, esfrio na baciaCuido do filho do patro, minha filha t sozinhaA mo t no trampo, a mente t na filhaUm monte de gaiato em volta, ainda pequeninaPorque depois dos 40 de casa pra igreja tudo por ninharia, pretendente: Jesus, o MessiasTive que trabalhar, no pude pararGuerreira estradeira, capoeira na gingaDisseram pra neta que a v era analfabeta"O mundo no t doido, acaba" mas ela noMinha v formou na vida e nunca soube o que reprovao, eis a questoSe no me espelhou, no me espelhouNo chamo de educaoManh d'gua acende o nariz da esfingeDe racha t cercado oi Iemanj viveAqui no tem drama ou gente inocenteAqui tem mulher firme arrebentando as suas correntesA vida toda alguma coisa tentou me matar e eu me refizDandara, Acotirene