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Por que e onde Investir Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e proteção. Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o n ível de risco que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor lucratividade. Investimentos em Títulos Abrangem aplicações em ativos diversos, negociados no mercado financeiro (de crédito), que apresentam características básicas com referência a renda - variável ou fixa. A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferida ao título e seu prazo de resgate. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o certificado de dep ósito bancário. A renda variável será definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo t ítulo. Ações Títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente. Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade an ônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão.

1.  O que é uma açã o? a. Um t ítulo representativo de um empréstimo que o investidor fez para uma empresa. b. Um t ítulo representativo da propriedade da menor parcela do capital de uma empresa.

2.  Como podem ser classificados os investimentos em açõ es?

a. Renda fixa. b. Renda variável.

3.  Existe algum prazo mínimo para o investimento em ações?

a. Sim. b. Não, o investidor decide quando comprar e quando vender.

Tipos de Ações Ordinárias Proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em assembléias gerais. Preferenciais Garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade. Formas Nominativas Cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificando novo acionista. Escriturais Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente, na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não havendo movimenta ção física dos documentos.

4.  Existem quantos tipos diferentes de ações negociadas no mercado? a. Somente um (a ções ordinárias). b. Dois (a ções ordinárias e ações preferenciais).

5.  Qual a principal característica das ações ordin árias? a. Prioridade no recebimento de dividendos . b. Dão direito a voto nas Assembléias Gerais de Acionistas.

6.  Qual a principal característica das ações preferenciais? a. Valem mais do que as ordinárias. b. Têm preferência quando da distribuição de dividendos .

Rentabilidade das ações É variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa, advém da posse da ação; outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da ação. Dividendos A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido na Assembléia Geral Ordinária de Acionistas, de acordo com os resultados obtidos pela empresa em determinado per íodo. Bonificaçã o em Açõ es Advém do aumento de capital de uma sociedade, mediante a incorpora ção de reservas e lucros, quando são distribuídas gratuitamente novas ações a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas. Direitos de Subscriçã o É o direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas - com preferência na subscrição - em quantidade proporcional às possuídas, em contrapartida à estratégia de aumento de capital da empresa. Venda de Direitos de Subscrição Como não é obrigatório o exercício de preferência na subscrição de novas ações, o acionista poderá vender a terceiros, em bolsa, os direitos que det ém.

7.  Existe alguma garantia de retorno no investimento em ações? a. Sim, a Bolsa garante. b. Não, o retorno dependerá de uma série de fatores (desempenho da empresa, da economia brasileira, etc.).

8.  Por que o investimento em açõ es é classificado como de risco?

a. Porque ele é de renda fixa . b. Porque não há garantia de rentabilidade.

9.  O que são dividendos?

a. Prêmios que as empresas distribuem aos seus diretores. b. Parte dos lucros da empresa que é distribuída em dinheiro aos acionistas .

10.  O que são bonificaçõ es?

a. Novas ações emitidas pela empresa, que são distribuídas gratuitamente aos seus acionistas. b. Prêmios que as empresas distribuem aos seus sócios.

11.  O que são subscriçõ es?

a. Novas ações emitidas pela empresa que são distribuídas gratuitamente aos seus acionistas. b. Novas ações emitidas pela empresa que são vendidas preferencialmente aos seus acionistas, usualmente por um

preço inferior ao da cotação dos títulos na Bolsa.

Operação no Mercado a Vista É a compra ou venda de uma determinada quantidade de ações, a um pre ço estabelecido em pregão. Assim, quando da realização de um neg ócio, ao comprador cabe dispender o valor financeiro envolvido na operação e ao vendedor a entrega dos títulos-objeto da transação, nos prazos estabelecidos pela BOVESPA. Títulos-Objeto Todas as ações de emissão de empresas admitidas à negociação na BOVESPA. Formação do Preço a Vista Os preços são formados em pregão, pela din âmica das forças de oferta e demanda de cada papel, o que torna a cotação praticada um indicador confiável do valor que o mercado atribui às diferentes ações. A maior ou menor oferta e procura por determinado papel está diretamente relacionada ao comportamento histórico dos preços e, sobretudo, às perspectivas futuras da empresa emissora, aí incluindo-se sua política de dividendos, prognósticos de expans ão de seu mercado e dos seus lucros, influ ência da política econômica sobre as atividades da empresa, etc.

1.  Como é formado o preço das açõ es negociadas à vista? a. A empresa emissora estabelece. b. O mercado estabelece em função das ordens de compra e de venda enviadas pelos investidores .

Negociação A realização de negócios no mercado a vista requer a intermedia ção de uma sociedade corretora que está credenciada a executar, em pregão, a ordem de compra ou venda de seu cliente, através de um de seus representantes (operadores). Liquidação das Operações É o processo de transferência da propriedade dos títulos e o pagamento/recebimento do montante financeiro envolvido. Abrange duas etapas:

A. Disponibilização dos títulos: Implica a entrega dos títulos à BOVESPA, pela sociedade corretora intermediária do vendedor. Ocorre no segundo dia útil (D2) após a realização do negócio em pregão (D0). As a ções ficam disponíveis ao comprador após a liquidação financeira;

B. Liquidação financeira: Compreende o pagamento do valor total da operação pelo comprador, o respectivo recebimento pelo vendedor e a efetivação da transferência das ações para o comprador. Ocorre no terceiro dia útil (D3) após a realização do negócio em pregão.

2.  Qual o prazo ideal para o investimento em ações? a. Depende da estratégia de cada investidor, mas o ideal é que sejam aplicações de médio e longo prazo . b. Três meses .

Mercado de Lote-Padrão e Mercado Fracionário Com o objetivo principal de assegurar uma boa formação de pre ço aos ativos negociados em seus pregões, a BOVESPA, com base no perfil de negociação de cada título - quantidade de papéis por negócio mais observada, volume financeiro por negócio, etc. - os distribui pelos diferentes lotes padrão de negociação (quantidade mínima de t ítulos para negociação). Uma transação efetuada no mercado principal da BOVESPA deve envolver obrigatoriamente um lote padrão do ativo (ou múltiplos desse lote). Negócios com quantidades inferiores são realizados no mercado de frações do lote (Fracionário).

3.  O que é lote-padrão? a. É o valor m ínimo que o investidor deve aplicar naquela ação. b. É a quantidade mínima de títulos determinada pela Bolsa para negociação no mercado principal (onde as

quantidades negociadas devem envolver um lote ou seus múltiplos).

4.  O que é mercado fracionário? a. Mercado onde se negociam quantidades inferiores a um lote-padrão da ação. b. Mercado onde se negociam partes de a ções .

Por que comprar ações? Um investidor adquire ações com o objetivo de obter um ganho, uma lucratividade. Esse retorno será proveniente dos direitos e proventos distribu ídos - dividendos, bonificações, direitos de subscrição, etc. - aos acionistas pela companhia e da eventual valorização de preço das ações. Esses fatores, por sua vez, dependerão do desempenho da empresa e de suas perspectivas futuras. Por que vender ações? Um investidor vende ações para obter liquidez, isto é, para convert ê-las em dinheiro, que será utilizado na aquisição de novos t ítulos ou em outro destino qualquer. Uma ação normalmente é vendida quando o investidor avalia que suas perspectivas a médio e longo prazos são relativamente menos favoráveis em comparação a outras ações ou mesmo outras alternativas de investimento.

5.  Existe um momento certo para aplicar no mercado de ações? a. Sim, quando todos os investidores estão falando sobre investimento em ações . b. Não, isso depende da avaliação de cada investidor com relação às perspectivas futuras de desempenho da empresa

emissora das ações .

6.  Existe um momento certo para vender ações previamente adquiridas? a. Sim, quando os preços da maior parte das ações estão em alta . b. Não, isso depende da avaliação de cada investidor com relação às perspectivas futuras de desempenho da empresa

emissora das ações .

7.  Voc ê definiria a aplicaçã o em ações como um investimento de risco? a. Sim. Porque trata-se de um investimento que não oferece garantia de rentabilidade, inclusive com a possibilidade de

apresentar preju ízo ao investidor. b. Não.

O Mercado de Opções O Mercado de Opções é o mercado em que são negociados direitos de compra ou venda de um lote de ações, com pre ços e prazos de exerc ício preestabelecidos. Esse mercado foi criado com o objetivo básico de oferecer um mecanismo de proteção ao mercado de ações contra possíveis perdas. Uma vez que os pre ços e retornos dos instrumentos financeiros estão sujeitos a flutuações imprevis íveis, as opções podem ser usadas para adaptar o risco às expectativas e metas do investidor. Os participantes do mercado que usam opções para limitar os riscos de oscila ção de preços (operações de "hedge") são conhecidos como "hedgers". Entretanto, o mercado também precisa de participantes que estejam dispostos a assumir o risco: estes são chamados "especuladores". As opções permitem que o investidor "alavanque" sua posi ção, aumentando o retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do capital investido, pois o capital investido inicialmente para comprar uma opção é relativamente pequeno em comparação com o ganho. Contudo, quando dois investidores se comprometem em uma operação a ser realizada no futuro, os riscos são evidentes. Um dos investidores pode tentar cancelar a opera ção ou simplesmente pode não ser capaz de honrá-la financeiramente. Por esse motivo, todo capital aplicado em opções pode ser perdido, e o investidor (comprador) deve estar ciente desse risco. Por sua vez, o lançador de uma op ção deve ter capacidade financeira para cobrir eventuais preju ízos potencialmente vultosos, bem como dispor de garantias suficientes para atender às exig ências de margem.

1.  O investimento em opçõ es é uma aplicaçã o de risco? a. Sim. b. Não.

2.  O comprador de opçõ es pode perder todo o capital investido?

a. Sim. b. Não.

Uma opção é o direito de comprar ou vender um ativo espec ífico, por um preço, adquirido mediante o pagamento de um valor (o prêmio), para ser exercido em uma data preestabelecida (data de vencimento). Titular é o investidor que compra a opção e adquire os direitos (de comprar ou vender ações) a ela referentes. Lançador é o investidor que vende a opção e assume os compromissos a ela referentes.

3.  O que é uma opçã o? a. Um direito de comprar (ou vender) um determinado ativo por um preço previamente combinado (pre ço de exercício). b. Um t ítulo representativo da propriedade da menor parcela do capital de uma empresa.

4.  Quem é o dono (titular) da opçã o?

a. O investidor que pagou uma quantia em dinheiro (o prêmio) para adquiri -la. b. Quem a Bolsa determinar .

5.  Quem é o lançador da opçã o?

a. O investidor que pagou o prêmio para ter o direito de exercê-la. b. O investidor que recebeu o prêmio e, em troca, assumiu a obrigação de vender (ou comprar) os t ítulos-objeto, caso o

titular exerça a opção.

Uma opção de compra confere a seu titular o direito de comprar ações-objeto ao preço de exercício, durante um determinado período ou em uma data predeterminada. Além disso, o titular pode, a qualquer tempo, negociar seu direito de compra em mercado, por meio de uma opera ção de natureza oposta. O lançador de uma op ção de compra é o investidor que vende a opção no mercado mediante o recebimento de um prêmio, assumindo assim a obrigação de vender as ações -objeto a que se refere a opção, após o recebimento de uma notificação de que sua posição foi exercida.

6.  O que o titular de uma opção de compra tem? a. O direito de comprar os ativos -objeto, pelo preço de exercício, durante um determinado per íodo. b. A obrigação de comprar os ativos -objeto, pelo pre ço de exercício, durante um determinado período.

7.  O que o lançador de uma opçã o de compra tem?

a. O direito de comprar os ativos -objeto, pelo preço de exercício, durante um determinado per íodo. b. A obrigação de vender os ativos-objeto, pelo preço de exercício, durante um determinado per íodo.

Uma opção de venda confere a seu titular o direito de vender ações-objeto ao preço de exercício, durante um determinado período ou em uma data predeterminada. Além disso, o titular pode, a qualquer tempo, negociar seu direito de venda em mercado, por meio de uma operação de natureza oposta. O lan çador de uma op ção de venda é o investidor que vende a op ção no mercado mediante o recebimento de um prêmio, assumindo assim a obrigação de comprar as ações-objeto a que se refere a opção, após o recebimento de uma notificação de que sua posi ção foi exercida.

8.  O que o titular de uma opção de venda tem? a. O direito de vender os ativos -objeto, pelo pre ço de exercício, durante um determinado período. b. A obrigação de vender os ativos-objeto, pelo preço de exercício, durante um determinado per íodo.

9.  O que o lançador de uma opçã o de venda tem?

a. O direito de comprar os ativos -objeto, pelo preço de exercício, durante um determinado per íodo. b. A obrigação de comprar os ativos -objeto, pelo pre ço de exercício, durante um determinado período.

As opções têm validade até uma data predeterminada, e podem ser exercidas no período compreendido entre seu lançamento e seu vencimento, inclusive (estilo americano de exercício), ou apenas na data de vencimento (estilo europeu). Se as condições de mercado não forem favoráveis à sua estratégia de investimento , o comprador (ou titular) de uma opção corre o risco de perder todo o seu investimento (o prêmio) em um per íodo de tempo relativamente curto. Esse risco reflete a natureza de uma op ção como ativo esgotável, que perde seu valor no vencimento da opção. Isto significa que o comprador de uma opção que não a venda no mercado secundário nem a exerça antes do vencimento perderá todo o seu investimento na opção.

10.  As opções são válidas somente por um determinado per íodo? a. Sim. As opções somente são válidas até a data de vencimento dos contratos (que é estabelecida pela Bolsa). b. Não. As opções são válidas por um período indeterminado.

11.  O titular da opçã o tem algum risco?

a. Não. O titular da opção não representa nenhum risco para o sistema. b. Sim. Dependendo do comportamento dos pre ços à vista durante o per íodo de validade da opção, ele pode até

mesmo perder a totalidade do prêmio inicialmente pago.

O prêmio - ou preço da opção - é negociado entre o comprador e o vendedor no momento da opera ção em mercado, e pago no momento da aquisi ção da opção. Reflete fatores como condições de oferta e demanda, prazo de vigência da op ção, diferença entre o preço de exercício e o pre ço à vista da ação-objeto, volatilidade, dentre outros. Ao contrário do titular de uma op ção, cujo preju ízo máximo é limitado, o lançador de uma opção tem uma posição bem mais arriscada. O prejuízo potencial referente a uma posição vendida em opção de compra ou posição vendida em opção de venda é ilimitado quando o pre ço do ativo-objeto se movimenta em dire ção contrária às expectativas do lançador (ou seja, se aumenta para uma opção de compra ou diminui para uma opção de venda). Essa situação pode ser modificada quando a posi ção é combinada (posição vendida em uma opção de compra com uma posição comprada no ativo-objeto, ou posição vendida em uma op ção de venda com uma posi ção vendida no ativo-objeto); esse tipo de combinação é conhecido como lançamento de opção "coberta".

12.  Quando o titular paga o prêmio? a. Quando do exercício da opção. b. Quando da aquisição da opção em pregão.

13.  O lançador de opçã o assume algum risco? a. Não, ele recebe uma quantia em dinheiro (o prêmio) quando entra no mercado . b. Sim, dependendo do comportamento dos preços à vista do t ítulo-objeto da opção durante seu período de vigência ele

pode, no encerramento de sua posi ção, ter um dispêndio muito maior do que o prêmio inicialmente recebido .

O lan çador de uma op ção de compra "descoberta", que vende opções sobre um ativo-objeto que não possui, encontra -se em posição extremamente arriscada. Ele pode sofrer grandes prejuízos se o valor do ativo-objeto superar o pre ço de exercício. O lançador de uma op ção de venda, por sua vez, o assume o risco de prejuízo se o pre ço do ativo-objeto cair abaixo do preço de exercício, pois, se designado para o exercício, deve comprar o ativo-objeto. O objetivo do lançamento de uma opção descoberta é ganhar o prêmio sem precisar investir no ativo-objeto. Entretanto, o lançador de op ções descobertas deve dispor de garantias suficientes para atender a um eventual exercício da opção (que podem aumentar substancialmente se o mercado se movimentar em direção contrária à da posição do lançador). Uma vez que as opções de ações são instrumentos derivativos sobre ativos de renda variável, não têm garantia de retorno sobre o investimento nelas efetuado. Esse retorno vai depender basicamente do comportamento do pre ço da ação-objeto no mercado à vista, que por sua vez dependerá das condições da empresa, da conjuntura econômico-financeira do pa ís, etc. O lançador de uma opção de compra acredita que o preço das ações no mercado à vista irá cair a um nível abaixo do preço de exercício, pois assim o titular não irá exercer a opção e ele (lan çador) ganhará o valor do prêmio. Se o pre ço do ativo-objeto subir, aumentam suas chances de ser exercido e, por conseqüê ncia, seus riscos. Desta forma, ele deverá depositar mais garantias para assegurar o atendimento a um eventual exerc ício da opção.

14.  O lançador da opçã o tem que depositar garantias? a. Sim, porque ele assumiu a obrigação de, se designado, atender o exerc ício da opção. b. Não, porque na abertura de sua posição ele recebe uma quantia em dinheiro (o prêmio).

15.  Existe alguma garantia de retorno no mercado de opções?

a. Sim, quando os preços da maior parte das ações estão em alta . b. Não, o retorno do investidor dependerá do comportamento dos preços à vista da ação-objeto e das condições

estabelecidas em contrato (em especial do preço de exercício da opção).

16.  Caso as cota ções à vista do ativo se valorizem, o que provavelmente acontecer á com o lançador da opçã o de compra?

a. Terá que depositar garantias adicionais, uma vez que o risco dele ser exercido (e ter que vender as ações ao preço de exerc ício) aumentou.

b. Suas chances de lucro aumentam.

O lançador de uma opção de venda acredita que o preço das ações no mercado à vista ir á subir a um nível acima do preço de exercício, pois assim o titular não irá exercer a op ção e ele (lançador) ganhará o valor do prêmio. Se o preço do ativo-objeto cair, aumentam suas chances de ser exercido e, por conseqüê ncia, seus riscos. Desta forma, ele deverá depositar mais garantias para assegurar o atendimento a um eventual exerc ício da opção. O titular, ao comprar uma op ção, adquire o direito de comprar (opção de compra) ou vender (opção de venda) as ações-objeto ao preço de exercício. Ele poderá exercer esse direito ou não. "Exercer uma opção" significa que o titular pode declarar que deseja exercer o direito de comprar (ou vender) conferido pela opção. Na prática, nem todas as opções são realmente exercidas, dependendo do ativo-objeto. Muitos investidores simplesmente fecham (liquidam) sua posição em opções antes da data de vencimento. Fechar uma posição em opções significa assumir uma posição oposta àquela detida no momento. Por exemplo, para fechar uma posição comprada em uma opção de compra, por exemplo, o titular da opção de compra deve vender uma opção de compra da mesma série. Ele não pode fechar a opção de compra comprando uma opção de venda similar ou vendendo uma opção de compra de série diferente. De forma semelhante, uma posição comprada em opção de venda é fechada pela venda de uma opção de venda da mesma série.

17.  Caso as cota ções à vista do ativo se desvalorizem, o que provavelmente acontecerá com o lançador da opção de venda?

a. Suas chances de lucro aumentam. b. Terá que depositar garantias adicionais, uma vez que o risco dele ser exercido (e ter que comprar as ações ao preço

de exerc ício) aumentou.

18.  O titular é obrigado a exercer a opçã o? a. Sim, mas só no caso das opções de compra . b. Não, em ambos os casos (opções de compra ou de venda) o titular somente irá exercê-la se isso for interessante

para ele .

19.  O exercício é automático? a. Sim, mas apenas no caso das opções de compra . b. Não, em ambos os casos (opções de compra ou de venda) o titular tem que solicitar o exerc ício .

20.  O titular é obrigado a permanecer no mercado até o vencimento da op ção?

a. Sim, uma vez que ele pagou o prêmio . b. Não, o titular pode sair do mercado a qualquer momento vendendo a opção anteriormente adquirida .

O lançador de uma opção recebe um prêmio para assumir a obrigação de vender (opção de compra) ou comprar (opção de venda) se exercido pelo titular. Como qualquer compromisso financeiro, ele deve honrar essa obrigação se designado para tal. As opções de estilo americano podem ser exercidas a partir do pregão subseqüente à realização da compra, até a sua data de vencimento. As opções de estilo europeu podem ser exercidas apenas na data de vencimento estipulada no contrato de opções.

21.  O lançador da opçã o designado para atender a um exercício pode desistir da operação? a. Sim, ele não é obrigado a fazer a operação. b. Não, ao receber o prêmio ele assumiu a obrigação de, se designado, ser a contraparte da operação, ou seja, vender

as ações para o titular de opções de compra ou comprar as ações do titular da opção de venda .

22.  O que é uma opçã o de estilo americano? a. Uma opção que somente é negociada nos Estados Unidos . b. Uma opção onde o titular pode exercer seu direito a qualquer momento, do dia seguinte à sua compra até a data do

vencimento .

23.  O que é uma opçã o de estilo europeu? a. Uma opção que somente é negociada na Europa. b. Uma opção onde o titular somente pode exercer seu direito na data do vencimento.

Principais Riscos do Mercado de Opções O pre ço e o retorno de qualquer instrumento financeiro estão sujeitos a flutuações imprevis íveis. Nesse sentido, as opções são instrumentos de gerenciamento de risco (servem para adaptar o risco às expectativas e à capacidade financeira do investidor), e podem ser usadas para limitar o risco dos portfólios em caso de mudança inesperada no pre ço das ações. Além disso, o mercado de opções oferece outras vantagens, tais como a possibilidade de alavancagem dos investimentos (aumento do retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do capital investido), menores custos de transação (em comparação, por exemplo, com o investimento em ações), indicação da volatilidade do preço das ações, flexibilidade na montagem de estratégias de investimento. Contudo, o mercado de opções apresenta alguns riscos dos quais os investidores devem estar conscientes (apresentados abaixo). Por exemplo, a alavancagem significativa proporcionada pelas opções pode gerar ganhos substanciais sobre uma pequena quantia do capital investido, mas também grandes prejuízos. Além desses riscos espec íficos, o investidor em opções está igualmente sujeito às forças mais gerais que regem a oferta e a demanda, e aos riscos associados ao ativo -objeto. Riscos Específicos do Mercado de Opçõ es 1) Validade: As opções têm validade, ou seja, são ativos extinguíveis. Assim sendo, as opções perdem, na data de vencimento, qualquer valor que possam ter. 2) Opçã o de Compra:

l Titular: Pode perder a totalidade do capital investido em um período de tempo relativamente curto (preju ízo máximo: valor do prêmio).

l Lançador: Descoberto: uma vez que o lançador, nesse caso, se compromete a entregar títulos que não possui (se designado para tal), ele está em situação de grande risco, pois o mercado pode se movimentar em direção contrária a sua expectativa. No seu caso, esse seria o movimento de alta, quando o lançador teria que comprar as ações para atender ao exercício a um valor acima do pre ço de exercício. Assim, ele corre o risco de não só "devolver" o prêmio recebido, como também de ter um desembolso muito grande (potencial de preju ízo ilimitado). Coberto: corre um risco um pouco menor, pois possui as ações que deverá entregar em caso de exercício (como "cobertura" à sua obrigação); não obstante, um lançamento de opção de compra coberta não constitui uma operação de renda fixa.

3) Opçã o de Venda:

l Titular: Pode perder a totalidade do capital investido em um período de tempo relativamente curto (preju ízo máximo: valor do prêmio).

l Lançador: Seu risco é quase equivalente ao risco do lan çador descoberto de opção de compra; a diferença é que esse lançador compromete-se a comprar as ações do titular (ao pre ço de exercício), e seu maior preju ízo ocorre na hipótese do preço da ação-objeto ser zero no momento em que ele for designado para atender ao exercício (potencial de risco praticamente ilimitado).

Exemplos de Operações com Opções Confira as simulações que desenvolvemos especialmente para que você veja, na prática, poss íveis resultados das operações no Mercado de Opções.

1. Compra de Opções de Compra - assumindo uma posição Titular de Opções de Compra 2. Venda de Opções de Compra Descobertas - assumindo uma posi ção Lançadora de Opções de Compra Descobertas 3. Compra de Opções de Venda - assumindo uma posição Titular de Opções de Venda 4. Venda de Opções de Venda - assumindo uma posi ção Lançadora de Opções de Venda

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Introdução Quanto mais desenvolvida é uma economia, mais ativo é o seu mercado de capitais, o que se traduz em mais oportunidades para as pessoas, empresas e instituições aplicarem suas poupanças. Ao abrir seu capital, uma empresa encontra uma fonte de captação de recursos financeiros permanentes. A plena abertura de capital acontece quando a empresa lança suas ações ao público, ou seja, emite ações e as negocia nas bolsas de valores. E você, ao adquirir ações, passa a ser também sócio da empresa - um acionista. O que é uma Companhia Aberta? Uma companhia é considerada aberta quando promove a colocação de valores mobiliários em bolsas de valores ou no mercado de balcão. São considerados valores mobiliários: ações, bônus de subscrição, debêntures, partes beneficiárias e notas promissórias para distribuição pública. Ações: títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração do capital social de uma empresa. Bônus de subscrição: títulos nominativos negociáveis que conferem ao seu proprietário o direito de subscrever ações do capital social da companhia emissora, nas condições previamente definidas. Debêntures: títulos nominativos negociáveis representativos de dívida de médio/longo prazos contraída pela companhia perante o credor, neste caso chamado debenturista. Outros títulos menos usuais: partes beneficiárias e notas promissórias para distribuição pública com ampla divulgação. As operações de abertura de capital precisam ter autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão fiscalizador do mercado de capitais brasileiro, o qual também registra e autoriza a emissão dos valores mobiliários para distribuição pública. As companhias abertas devem atender a diversos requisitos, definidos na Lei das S.As. e nas regulamentações da CVM, com o objetivo de garantir a confiabilidade das informações e demonstrações financeiras divulgadas. O mercado considera que a plena abertura de capital ocorre quando há o lançamento de ações ao público, em função das transformações impostas à empresa e pelo incremento no volume de negócios com seus títulos. O que são Ações? Ações são títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração do capital social de uma empresa. Ação é um pedacinho de uma empresa. Com um ou mais pedacinhos da empresa, você se torna sócio dela.
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Quais são os tipos de ação? As ações podem ser: ordinárias, que concedem àqueles que as possuem o poder de voto nas assembléias deliberativas da companhia; ou preferenciais, que oferecem preferência na distribuição de resultados ou no reembolso do capital em caso de liquidação da companhia, não concedendo o direito de voto, ou restringindo-o. As ações, ordinárias ou preferenciais, são sempre nominativas, originando-se do fato a notação ON ou PN depois do nome da empresa. Podem ainda adotar duas formas: nominativas registradas, quando há um registro de controle de propriedade feito pela empresa ou por terceiros, podendo ou não haver emissão de certificado; ou escriturais nominativas, quando há a designação de uma instituição financeira credenciada pela CVM, que atua como fiel depositária dos títulos, administrando-os via conta corrente de ações. As ações também podem ser diferenciadas por classes: A, B, C ou alguma outra letra que apareça após o "ON" ou o "PN". As características de cada classe são estabelecidas pela empresa emissora da ação, em seu estatuto social. Essas diferenças variam de empresa para empresa, portanto, não é possível fazer uma definição geral das classes de ações. O que são dividendos? Os dividendos correspondem à parcela de lucro líquido distribuída aos acionistas, na proporção da quantidade de ações detida, ao fim de cada exercício social. A companhia deve distribuir, no mínimo, 25% de seu lucro líquido ajustado. Quando uma empresa vai bem, ela divide os lucros com quem tem suas ações. Isso são dividendos. E bonificações? As bonificações correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas. Excepcionalmente pode ocorrer a distribuição de bonificação em dinheiro. Como funcionam as subscrições de novas ações? Os acionistas têm ainda preferência na compra de novas ações emitidas ou direito de preferência na subscrição. Além de garantir a possibilidade de manter a mesma participação no capital total, esse direito pode significar ganho adicional, dependendo das condições do lançamento. Por fim, se não exercido, o direito pode ser vendido a terceiros. Os Mercados Primário e Secundário Você sempre ouve falar em Mercado Primário e Secundário. O que significa? O Mercado Primário compreende o lançamento de novas ações no mercado, com aporte de recursos à companhia. Uma vez ocorrendo o lançamento inicial ao mercado, as ações passam a ser negociadas no Mercado Secundário, que compreende mercados de balcão, organizados ou não, e bolsas de valores. Operações como a colocação inicial, junto ao público, de grande lote de ações detido por um acionista podem caracterizar operações de abertura de capital, exigindo registro na CVM. Apesar da semelhança com o mercado primário, os recursos captados vão para o acionista vendedor (e não para a companhia), determinando, portanto, uma distribuição no Mercado Secundário. O que são Bolsas de Valores? São os mais importantes centros de negociação das ações, devido ao expressivo volume e maior transparência das operações. Organizadas como associações civis, sem fins lucrativos e com funções de interesse público, as bolsas atuam como auxiliares da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na fiscalização do mercado, em especial de seus membros, as Sociedades Corretoras, e têm ampla autonomia na sua esfera de responsabilidade. Bolsa de Valores é o local onde se compram e se vendem as ações das companhias. A BOVESPA, com seus mais de 110 anos de experiência, tradição e competência, vem, ao longo desses anos, procurando desenvolver o mercado de capitais.
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As Clearings - Entidades de Prestação de Serviços de Liquidação e Custódia São empresas que se dedicam a gerenciar sistemas e garantias para a liquidação das operações realizadas em bolsa e para a custódia (guarda e administração dos valores mobiliários negociados em bolsa). A CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia foi criada em 19 de fevereiro de 1998, com a reestruturação patrimonial da BOVESPA. A formação da CBLC representa uma resposta à necessidade do mercado brasileiro de uma estrutura moderna e eficiente de clearing, que compreenda atividades relacionadas à compensação, liquidação, custódia e controle de risco para os mercados a vista, a termo e de opções. A CBLC foi organizada como uma empresa que permite a participação de uma grande variedade de instituições fortes e tecnicamente estruturadas, capazes de administrar risco e atuar como Agentes de Compensação. O que são Corretoras de Valores? São instituições financeiras membros das bolsas de valores, credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e pelas próprias bolsas, e estão habilitadas, entre outras atividades nos mercados financeiro e de capitais, a negociar valores mobiliários com exclusividade no pregão físico (viva-voz) ou eletrônico das bolsas. Corretora de Valores é a instituição que compra e vende ações para você. Quem são os Investidores? São indivíduos ou instituições que aplicam recursos em busca de ganhos a médio e longo prazos, que operam nas bolsas por meio de Corretoras e distribuidoras de valores, as quais executam suas ordens e recebem corretagens pelo seu serviço. Investidores são os clientes das Corretoras. Mercados a Vista e de Derivativos As operações na Bolsa são efetuadas nos seguintes mercados: a Vista, no qual compradores e vendedores estabelecem um preço para um lote de ações a ser entregue e pago no prazo determinado, atualmente D+3; a Termo, no qual as partes fixam um preço para a liquidação físico-financeira da ação em prazo futuro determinado; de Opções de compra ou venda, no qual as partes negociam o direito de comprar/vender a ação a preço e prazo futuro determinados; e Futuro, no qual ocorre a compra ou venda de ação a um preço acordado entre as partes para liquidação em data futura específica. Obs.: não é permitida a negociação nos mercados a termo via Home Broker. O que é o Pregão? É o recinto físico ou eletrônico onde são realizadas as negociações. Como escolher uma Ação As ações com o objetivo de obter ganho(s) a médio e longo prazos, em oposição a resultados imediatos, podem ser divididas em: "blue chips" ou de 1ª linha - são ações de grande liquidez (grande quantidade de negócios) e procura no mercado de ações por parte dos investidores, em geral de empresas tradicionais, de grande porte/âmbito nacional e excelente reputação; de 2ª linha - são ações um pouco menos líquidas, de empresas de boa qualidade, em geral de grande e médio portes; de 3ª linha - são ações com pouca liquidez, em geral de companhias de médio e pequeno portes (porém, não necessariamente de menor qualidade), cuja negociação caracteriza-se pela descontinuidade; de privatização - são ações de companhias colocadas no mercado por meio de leilões do Programa Nacional de Desestatização - PND. Algumas das companhias em processo de privatização podem já ter suas ações negociadas em bolsas de valores, antes mesmo daquele ser completado, tendendo a incrementar sua liquidez após a conclusão do mesmo.
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A Dinâmica das Operações em Bolsa Tipos de Ordem Quando o investidor transmite sua ordem a uma Corretora na qual é cadastrado, esta tem o dever de executá-la prontamente, ao melhor preço disponível, desde que se trate de uma ação com liquidez - é a ordem a mercado. Essa é a ordem mais comum, mas há várias outras modalidades. O investidor pode, por exemplo, fixar um preço determinado ou melhor para sua execução - é a ordem limitada. Ou poderá fixar apenas a quantidade de títulos, dando uma ordem administrada à Corretora, que irá executá-la a seu critério. A fim de limitar prejuízos, o investidor pode dar a ordem fixando um preço-limite que, se alcançado pela evolução das cotações, torna a ordem a mercado - é a ordem "on stop". Há também a possibilidade de vincular a execução de uma operação à execução de outra previamente definida e oposta (compra versus venda), no mesmo ou em diferentes mercados - é a ordem casada, que só se efetiva se executadas as duas ordens. De forma similar, há a ordem de financiamento, na qual o investidor determina a tomada de posições opostas, também no mesmo ou em outro mercado, porém, com prazo de vencimento distinto. Obs.: a negociação via Home Broker só permite as ordens limitadas. O investidor pode também fixar o prazo de validade de sua ordem por meio da ordem válida para o dia ou da ordem válida por prazo determinado. Expirado o prazo, a ordem é cancelada. Há ainda a ordem válida por prazo indeterminado, cuja validade só termina com a execução ou cancelamento da ordem. Obs.: as ordens por prazo indeterminado, realizadas via Home Broker, são válidas por 30 dias. Ordem discricionária - pela qual se estabelecem condições para sua execução agregada a outras, efetuando posteriormente a identificação de titulares, lotes e preços. Execução O intermediário financeiro dispõe de profissionais especializados, capacitados a dar orientações sobre investimentos, receber ordens dos investidores e transmiti-las aos operadores qualificados por ele mantidos nos pregões físicos das Bolsas; ou ainda encaminhá-las para o pregão eletrônico, o qual também pode ser acessado diretamente pelos clientes das Corretoras via Home Brokers. Liquidação Executada a ordem, tem lugar a liquidação física e financeira, processo pelo qual se dá a transferência da propriedade dos títulos e o pagamento/recebimento do montante financeiro envolvido, dentro do calendário específico estabelecido pela Bolsa para cada mercado. No mercado a vista, vigora o seguinte calendário de liquidação: D+0 - dia da operação; D+1 - prazo para os intermediários financeiros especificarem as operações por eles executadas junto à Bolsa; D+2 - entrega e bloqueio dos títulos para liquidação física da operação, caso ainda não estejam na custódia da CBLC; D+3 - liquidação física e financeira da operação. A liquidação é realizada por empresas de compensação e liquidação de negócios, que podem ser ligadas à Bolsa ou independentes. A BOVESPA utiliza a CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia para liquidar as operações realizadas em seus mercados. As Corretoras da BOVESPA e outras instituições financeiras são os Agentes de Compensação da CBLC, responsáveis pela boa liquidação das operações que executam para si ou para seus clientes. Indicadores e Índices do Mercado A BOVESPA coleta, organiza e divulga uma série de informações sobre os negócios realizados em cada pregão. Os principais indicadores referem-se a preços e volumes das ações negociadas, que traduzem a liquidez do mercado. São elaborados também índices que mostram o comportamento do mercado como um todo ou segmentos específicos. O Índice Bovespa (Ibovespa) é o mais importante indicador do desempenho do mercado de ações brasileiro, pois retrata o comportamento das principais ações negociadas na BOVESPA. Ele é formado a partir de uma aplicação imaginária, em Reais, em uma quantidade teórica de ações (carteira). Sua finalidade básica é servir como indicador médio do comportamento do mercado. Para tanto, as ações que fazem parte do índice representam mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro negociados no mercado à vista.
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O Ibovespa é uma ferramenta indispensável para quem investe em ações, quer para acompanhar o mercado quer para avaliar comparativamente o desempenho de sua própria carteira. A BOVESPA divulga também: o Índice Brasil (IBrX), que mede o retorno de uma carteira de ações integrada pelas cem ações mais negociadas; o IBrX-50, que mede o retorno de uma carteira de ações composta pelas cinqüenta ações mais negociadas; o Índice de Energia Elétrica (IEE), índice setorial que mede o desempenho das ações do setor elétrico; o Índice Setorial de Telecomunicações (ITEL), índice setorial que mede o desempenho das ações do setor de telecomunicações (tanto telefonia fixa como celular); o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC), que mede o desempenho de um carteira teórica composta por ações de empresas que apresentem bons níveis de governança corporativa; e o Índice Valor Bovespa (IVBX-2), o qual mede o retorno de carteira hipotética constituída exclusivamente por papéis emitidos por empresas de excelente conceito perante os investidores, classificadas a partir da 11ª posição, tanto em termos de valor de mercado como de liquidez de suas ações. Riscos do Mercado de Ações Ações são ativos de renda variável, ou seja, não oferecem ao investidor uma rentabilidade garantida, previamente conhecida. A rentabilidade das ações é composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa emissora, além do eventual ganho de capital auferido na venda da ação no mercado secundário (Bolsa de Valores). O retorno do investimento dependerá de uma série de fatores, tais como desempenho da empresa, comportamento da economia brasileira e internacional etc. Justamente porque não há garantia de rentabilidade no investimento em ações, podendo mesmo haver prejuízo na aplicação, este é considerado um investimento de risco. Por esse motivo, é aconselhável que o investidor não dependa do recurso aplicado em ações para gastos imediatos e que tenha um horizonte de investimento de médio e longo prazos, quando eventuais desvalorizações das ações poderão ser revertidas. > Para mais informações sobre riscos no mercado de ações, ver Curso Básico do Mercado de Ações - Mercado a Vista. Mercado de Opções No mercado de opções, em que são negociados direitos de compra ou venda de um ativo com preços e prazos estabelecidos, os investidores comprometem-se a efetivar uma operação em um momento futuro. Isso traz o risco de a operação acabar não sendo realizada, ou o risco dos preços do ativo-objeto caminharem em direção oposta à esperada pelo investidor. Não há, portanto, garantia de rentabilidade. Além disso, deve-se considerar que existe a possibilidade do comprador de uma opção perder todo o capital investido; e que o vendedor de uma opção deve ter capacidade financeira para cobrir potenciais prejuízos, bem como dispor de garantias para atender às exigências de margem. Mercado Futuro Como em qualquer mercado de derivativos, as aplicações no mercado futuro também estão sujeitas a riscos. O investidor deve considerar, em sua análise de investimento, a situação econômico-financeira da empresa emissora, a situação econômica do País, a expectativa da taxa de juros e a negociação do ativo-objeto no mercado a vista, entre outros fatores. Riscos operacionais de Uso da Rede Mundial de Computadores Qualquer investidor está sujeito a encontrar problemas em suas conexões à Rede Mundial de Computadores, devido à diversidade de fatores inerentes ao uso desse meio. Mesmo com a utilização das mais modernas tecnologias de informática, é importante que o usuário tenha certos cuidados básicos ao operar seus equipamentos domésticos, sobre os quais a instituição provedora do serviço não tem responsabilidade e os quais esta não tem meios de gerenciar. As orientações de segurança a seguir poderão minimizar alguns dos problemas que podem ocorrer: - não divulgue sua senha. Escolha senhas que misturem letras e números e evite colocar nomes de parentes e datas de aniversários. Altere-a regularmente; - sempre utilize programas antivírus atualizados e verifique se eles estão ativos antes do acesso à Internet; - nunca execute arquivos encaminhados por e-mail sem antes verificar a possibilidade de estarem contaminados por vírus;
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- atualize seu browser (navegador). A cada atualização, você observa melhorias, inclusive sob o aspecto da segurança; - evite a utilização de equipamento que não seja de sua confiança e não utilize aplicativos desconhecidos. Você não deve realizar operações em equipamentos públicos; - sempre acompanhe as movimentações de sua conta por meio de extratos periódicos. Se houver qualquer crédito ou débito irregular, você deve contatar sua Corretora imediatamente. Vale lembrar também que, na conexão via Internet, estão envolvidas diversas situações sujeitas a problemas, que poderão comprometer sua conexão com a Corretora Home Broker. Entre estes, podemos citar: - falta de energia elétrica; - interrupção ou má qualidade de linhas telefônicas, se sua conexão for por meio de acesso discado; - performance de conexão e capacidade de processamento do provedor de acesso; - performance do microcomputador utilizado. Riscos relacionados ao ciclo de liquidação das operações com ações realizadas no mercado a vista da BOVESPA A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC é a clearing responsável pela compensação e liquidação de operações realizadas no mercado a vista da BOVESPA. No caso de uma operação de venda no mercado a vista, as ações objeto de negociação devem estar disponíveis na conta de custódia do vendedor, para entrega ao comprador, até o horário limite estabelecido na Tabela de Prazos e Horários do Ciclo de Liquidação da CBLC, ou seja, até as 9h59 do terceiro dia útil após a realização da operação (D+3). A não entrega total ou parcial das ações objeto da negociação em D+3 ou a ausência de apresentação de documentos necessários à liquidação caracterizam a falta da entrega de ativos e resultam em multa ao vendedor das ações. Caso os ativos não sejam entregues até as 10h de D+4 da operação, a CBLC aciona, no mesmo dia, o mecanismo de tratamento de falta de entrega - o Processo de Recompra de Ativos - além de cobrar nova multa sobre o valor dos ativos não regularizados. A ordem de recompra emitida em D+4 é o instrumento que autoriza a contraparte a executar, a preço de mercado, uma nova operação de compra dos ativos adquiridos em D+0 e não recebidos no prazo regulamentar por falta na entrega. Essa ordem de recompra deve ser executada até D+6 e ter confirmada sua execução, perante a CBLC, até D+7. O vendedor em falta com a entrega dos ativos arcará com a diferença de preço da recompra, quando ela ocorrer. Caso a recompra não seja executada até o prazo estipulado por qualquer que seja o motivo, a CBLC, em D+8, reverterá a operação, retornando os valores financeiros ao comprador da operação. Assim, o cliente deve estar ciente de que uma eventual venda realizada sem ter as ações em sua conta, ou sob a expectativa de seu recebimento por conta de uma compra do mesmo ativo realizada em data anterior, poderá resultar em sua inadimplência, com o conseqüente ônus, conforme demonstrado, caso essa compra sofra problemas em sua liquidação. A SEGURANÇA NO MERCADO DE AÇÕES A Bolsa de Valores de São Paulo exerce, em defesa do interesse dos investidores, um rigoroso acompanhamento de todas as transações, o que assegura elevados padrões éticos no cumprimento dos negócios realizados. Garantias Com a finalidade de oferecer o máximo de segurança nas operações realizadas em seu sistema de negociação, a BOVESPA as acompanha minuciosamente. Além disso, exige limites e garantias para a execução dessas operações. A CBLC administra o risco que essas operações podem associar aos mercados, estabelecendo limites operacionais para os Agentes de Compensação; estes, por sua vez, às Corretoras; e as mesmas a seus clientes. Os limites operacionais são estabelecidos de acordo com as respectivas capacidades de liquidação das operações. Esses limites podem ser aumentados diariamente por meio do depósito adicional de garantias. A CBLC exige ainda depósito de margens ou cobertura para posições de risco nos mercados a termo e de opções, além do serviço de empréstimo de títulos - BTC. Custódia Para a guarda de títulos e exercício de direitos, o investidor pode dispor de serviço especializado, prestado por instituições credenciadas pela CVM para esse fim.
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A custódia é fungível quando os valores mobiliários depositados podem ser substituídos, na retirada, por outros iguais (mesma espécie, qualidade e quantidade). Quando os valores são mantidos discriminadamente por depositante, a custódia é infungível. A CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, empresa ligada e que presta esse tipo de serviço à BOVESPA, oferece custódia com padrão de qualidade internacional, tendo conquistado a certificação ISO 9002. A CBLC tem o serviço de custódia fungível com movimentação "on-line" e "real time" dos ativos da conta de custódia. Além disso, adota a codificação de títulos ISIN, mundialmente utilizada. Cuidados na escolha do Intermediário A escolha do intermediário que irá administrar os recursos do investidor exige muita atenção. É importante que o investidor certifique-se de que esse intermediário atende a alguns requisitos básicos: tradição e solidez da instituição como administradora de recursos; idoneidade pessoal do administrador; experiência no gerenciamento de recursos, relacionado à capacidade de indicar as melhores alternativas e os momentos mais adequados para a realização dos negócios; situação legal regular com autorização de funcionamento dada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários, além de ser membro ativo da BOVESPA; alto padrão de qualidade na prestação de serviço. Competência e ética para atender às necessidades do investidor. As Corretoras da BOVESPA possuem todas essas características e ainda contam com a experiência da maior Bolsa de Valores da América Latina. Ações como formação de patrimônio Embora o folclore do mercado destaque sempre casos de investidores que tiveram grandes ganhos no curto prazo na bolsa, não deve ser esta a expectativa de quem decide investir em ações. Por ser um investimento de renda variável, o investidor nunca deve comprometer na sua aquisição de ações recursos que serão necessários para despesas de primeira necessidade ou gastos imediatos. É recomendável que o investidor diversifique seus investimentos entre várias opções de poupança. E dedique ao mercado de ações aquela parcela de recursos sobre a qual tenha uma perspectiva de retorno de médio e longo prazos, ou seja, o dinheiro que sobra para um investimento de longo prazo, para formação de patrimônio ou para uma poupança de 5, 10 ou 15 anos. É importante também que o investidor seja bem assessorado ao decidir suas aplicações. Acompanhar o noticiário econômico, seguir as publicações legais das companhias, acessar informações específicas requerem esforço e conhecimentos técnicos especializados. As Corretoras e outros intermediários financeiros dispõem de profissionais voltados à análise de mercado, de setores e de companhias, e com eles o investidor poderá se informar sobre o momento certo de comprar e vender determinadas ações para obter melhores resultados. O investidor pode ainda buscar orientação sobre formas coletivas de investimento, como clubes e fundos de investimento, sob a administração de instituições e intermediários financeiros. Caso o investidor opte por deles participar por meio da aquisição de quotas, a decisão de quando, como e onde aplicar no mercado acionário os recursos dos vários quotistas é de responsabilidade dessas instituições e intermediários. Mensalmente, o investidor recebe o extrato demonstrativo de sua posição e pode, a qualquer momento, informar-se sobre a evolução das quotas, calculada e divulgada diariamente. Outra forma muito importante de participar, amplamente utilizada, foi a troca de parte do FGTS por ações da Petrobrás. Esse tipo de investimento foi muito rentável para quem o realizou. Para se ter uma idéia, entre agosto/2000 e abril/2001, as ações da Petrobrás, em média, subiram mais de 55%, enquanto a Poupança rendeu 5,06% e os Fundos de Renda Fixa atingiram cerca de 5,5%. Enfim, não importa a forma pela qual se invista, se individual ou coletivamente. O importante é saber que a ação é, principalmente, uma alternativa de formação de patrimônio. Diversifique os investimentos Diversificação de investimentos é o termo técnico utilizado para designar a antiga recomendação de que "não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta". Assim, da totalidade de seus recursos, o investidor deve separar o montante que estará comprometido com gastos de curto prazo e com pagamentos em datas fixas (mais os imprevistos) e destiná-lo a aplicações financeiras de curto prazo ou até mesmo mantê-lo em disponibilidade imediata.
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Da parcela destinada ao investimento de médio e longo prazos, poderá destinar parte a aplicações de renda fixa e parte a operações de renda variável (ou seja, uma aplicação cujo rendimento não se conhece com antecedência e que pode até ser negativo). Em princípio, quanto mais conservador, maior a parcela dedicada aos investimentos de renda fixa. Quanto mais agressivo, maior a exposição aos mercados de renda variável. Entretanto, a moderna gestão de fundos e carteiras consegue diminuir as diferenças de relação risco-retorno desses dois tipos de investimento por meio do uso de derivativos. Derivativos são instrumentos financeiros sofisticados, cujo valor se baseia em outro ativo, os quais propiciam a montagem de estratégias de proteção ("hedge") ou, ao contrário, de alavancagem. Entre as alternativas de investimento em renda variável destaca-se o investimento em ações. Quando este é realizado com expectativa de retorno de médio/longo prazos, o risco fica menor. Dessa forma, o risco passa a estar condicionado ao desempenho/resultado (lucro ou prejuízo) da companhia dentro de um horizonte temporal mais amplo. O Perfil do Investidor A estabilidade econômica abriu a possibilidade para uma mudança de visão por parte do investidor: a preocupação maior de defesa contra a inflação cedeu lugar ao objetivo claro de obter maiores ganhos nos investimentos. A realidade que se apresenta atualmente é distinta e a oferta de produtos é diversificada, atendendo a todos os tipos de investidores: do mais conservador ao mais agressivo. A tendência do mercado brasileiro é a de tornar-se cada vez mais semelhante aos mercados desenvolvidos: com a participação preponderante de investidores institucionais e com aplicações nas quais os melhores retornos estão associados a riscos e prazos maiores. Geralmente, ninguém entra em um empreendimento hoje para sair dele amanhã. A compra de uma ação é a mesma coisa que investir num bem, num carro, numa casa, e ainda tem a vantagem de ser uma operação simples. Portanto, pense sempre no investimento em ações como uma formação de patrimônio, uma poupança de longo prazo. A IMPORTÂNCIA DO MERCADO DE AÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA E DO PAÍS Torna-se mais evidente a cada dia a contribuição positiva do mercado de capitais e, especificamente, o destacado papel do mercado acionário para o desenvolvimento econômico. A idéia de que o mercado acionário, notadamente nos países em desenvolvimento, envolveria apenas negociações na esfera financeira, desprovidas de qualquer impacto sobre o setor real da economia, mostrou-se definitivamente superada. De acordo com estudos divulgados pelo Banco Mundial, foi encontrado um alto grau de correlação entre os indicadores dos mercados acionários e o crescimento médio verificado no período 1976-96. A conclusão foi de que o mercado acionário não apenas seguiu o crescimento econômico, mas proporcionou os meios para prognosticar as taxas futuras de crescimento do capital, da produtividade e da renda per capita. São inúmeras as contribuições a serem citadas: Ao carregar recursos dos poupadores e disponibilizá-los para o uso dos investidores, o mercado de ações incentiva não apenas a formação da poupança interna, mas, particularmente, a geração de poupança de longo prazo. É inegável a relação entre a formação de poupança com os processos de crescimento auto-sustentado e manutenção do desenvolvimento econômico. O mercado de ações, ao premiar, via maximização dos retornos, o uso eficiente dos recursos e o momento correto da tomada de decisão, torna o próprio mercado cada vez mais eficiente e esse efeito é transmitido aos demais setores da economia. Por sua vez, um mercado eficiente proporciona uma ampla gama de alternativas de financiamento, isoladamente ou pela combinação entre as diversas opções, reduzindo custos financeiros, o que contribui decisivamente para a saúde financeira das empresas, com conseqüente valorização do capital investido pelos acionistas. Um mercado acionário desenvolvido, com bom volume, liquidez e adequada regulamentação, facilita os negócios de mudança de controle/propriedade e privatização, o que tem contribuído para o aumento da produtividade econômica nos últimos anos, em nível global. A demanda por informações e demonstrações financeiras de qualidade, por parte do mercado acionário, é um fator que estimula a cultura empresarial e do público geral, com frutos para toda a atividade econômica. O mercado acionário reflete a opinião dos principais agentes sobre a conjuntura econômica doméstica e internacional e suas perspectivas, constituindo-se também em importante formador de opinião. Assim, os diagnósticos e recomendações originadas desse mercado são elementos que os condutores da política econômica costumam considerar na tomada de decisões. Finalmente, cabe destacar o papel fundamental de um mercado de ações eficiente e desenvolvido para atrair, maximizar e consolidar a presença e permanência do capital externo.
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Bem-estar social e o Mercado de Ações O bom funcionamento do mercado acionário, particularmente nos chamados países em desenvolvimento, traz à nação contribuições além de novos recursos para as empresas. Investimentos através do mercado acionário geram novos empregos e a expansão do setor privado. Isso possibilita a reorientação dos recursos do setor público para as camadas e setores menos favorecidos. Outro aspecto no qual é relevante a participação do mercado acionário hoje é a reforma previdenciária. Nos mais diversos países, a previdência pública entrou em crise e a solução tem sido substituí-la ou complementá-la com a previdência privada. Esse ganho em termos de bem-estar social reflete melhorias nos modelos de arrecadação e remuneração, na eficiência de gestão e na qualidade dos ativos que compõem os fundos de previdência, onde particularmente se destaca o crescimento das aplicações em ações. INFORMAÇÃO. O COMBUSTÍVEL DO MERCADO O mercado de ações é movido a informação. Todos os agentes demandam informações sobre as companhias, os agregados setoriais e macroeconômicos, os negócios realizados e em andamento e os respectivos investidores. A informação sobre o passado e o presente é, de início, utilizada para a avaliação de desempenho de uma ação ou do mercado como um todo. Mas a utilização mais nobre da informação é servir como base para projetar o comportamento futuro. As mesmas informações podem gerar interpretações diferenciadas. Isso acontece normalmente, resultando em comportamentos diferenciados, como por exemplo, alguns considerarem que é momento de vender determinada ação, enquanto outros tantos decidem que é hora de comprar. Nesse caso, muitos negócios seriam fechados, sem que fosse exercida qualquer pressão sobre o movimento dos preços. Para evitar análises equivocadas, o investidor conta com um profissional especializado, o analista de mercado. Atuando de forma independente ou como funcionário de uma instituição intermediária, o analista deve sempre ser consultado antes de se tomar decisões quanto à composição de carteiras de investimento e ao momento mais adequado à compra e venda de ações. Esses profissionais estão constantemente atentos às informações obrigatórias e voluntárias divulgadas pelas empresas e aos diversos indicadores de conjuntura setorial, macroeconômica e de mercado. Com esse conjunto de informações, podem projetar desempenhos e retornos e calcular o preço justo das ações, derivando daí suas recomendações. Obrigatórias ou espontâneas, as informações são alvo de cuidadosa regulamentação por parte do órgão regulador do mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e das bolsas de valores, objetivando evitar a chamada "informação privilegiada". Esta significa a informação fornecida de forma restrita a certos agentes, pelas empresas ou por intermediários, em menor tempo ou melhor qualidade ou quantidade do que a distribuída ao público em geral, possibilitando ganhos resultantes do diferencial de informações, aos favorecidos por tal prática. A regra básica vigente é que toda a comunidade dos investidores receba as mesmas informações ao mesmo tempo, cabendo punições para os infratores. Como obter Informações sobre as Companhias Abertas Para que a companhia possa manter sua condição de companhia aberta e negociada em bolsa, é necessário que sejam cumpridas as exigências legais e institucionais decorrentes da abertura, entre as quais a divulgação de um conjunto básico de informações periódicas e eventuais, destacando-se as seguintes: Relatório da Administração, Demonstrações Financeiras Anuais e respectivo Parecer de Auditoria Independente; DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas; ITR - Informações Trimestrais; IAN - Informações Anuais; AGO/E (s): edital e atas; Divulgação de Fato Relevante. Todos os itens de informação acima são enviados à CVM e às Bolsas em que a companhia tiver se registrado e ficam disponíveis para consulta ao público. As demonstrações financeiras, os editais de assembléia e os Fatos Relevantes são também publicados em jornais de grande circulação. O ITR é o documento legal no qual são divulgados os dados contábeis trimestrais, acompanhados de explicações sintéticas, prestando-se ao acompanhamento conjuntural da empresa. O IAN é um documento mais detalhado, apresentando uma série de informações societárias, contábeis, mercadológicas e financeiras, além do histórico da companhia.
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De acordo com a orientação da CVM, são atos ou Fatos Relevantes certos acontecimentos empresariais e societários que têm probabilidade de afetar os preços dos valores mobiliários emitidos pela companhia e a decisão dos investidores em negociar aqueles valores ou exercer direitos a eles inerentes. Como exemplo de Fatos Relevantes, tem-se acidentes que interrompam drasticamente o fluxo normal de receitas e resultados, mudança de controle acionário, fusões e cisões e alterações significativas na composição do ativo da empresa. Além da divulgação das informações legais, dentro dos prazos e veículos específicos, as companhias devem manter a Diretoria de Relações com o Mercado e o Departamento de Acionistas para atender os investidores. Atualmente, a informação ganhou perfil de ferramenta mercadológica. A companhia que busca reconhecimento perante o mercado e objetiva fixar sua imagem institucional mantém política de divulgação de informações superior ao patamar legal. Além de disponibilizar as informações legais das companhias, as Bolsas divulgam dados sobre os negócios realizados e o funcionamento do mercado. A BOVESPA mantém um sistema próprio de informações ao mercado. Informações sobre o Mercado Internet No site da BOVESPA (www.bovespa.com.br), além de ter acesso a informações sobre produtos e serviços e dados gerais da Bolsa, você também pode verificar cotações de ações e informações das respectivas empresas. Em português e inglês. CIB - Centro de Informações Bovespa É responsável pelo atendimento das dúvidas do público em geral sobre o mercado de ações e sobre a Bolsa de Valores de São Paulo (seus produtos e serviços). Também é responsável pela venda e distribuição das publicações produzidas na BOVESPA e dos balanços das companhias listadas. O CIB atende no seguinte endereço: Rua XV de Novembro, 275, subsolo, São Paulo/SP, das 9h às 14h. Tels. (011) 3233-2178/2238/2261; fax (011) 3233-2331; ou SPOT 55800. Publicações Guias, Manuais e Folhetos: a BOVESPA é uma das maiores divulgadoras de informações sobre o mercado brasileiro de capitais. Ela produz e distribui uma série de guias, manuais e folhetos específicos sobre o mercado, sendo que alguns deles também estão disponíveis em inglês e espanhol. Essas publicações são destinadas aos investidores nacionais e estrangeiros que buscam maior familiaridade com o investimento em bolsa. Abrangem o funcionamento e a regulamentação dos mercados a vista, de opções e a termo, além de produtos e serviços. Boletim Diário de Informações (BDI): permite acompanhar o comportamento de operações e índices da BOVESPA. Revista Bovespa: publicação bilíngüe (português-inglês) que permite o acompanhamento dos indicadores das principais bolsas mundiais, além de detalhadas informações sobre o mercado brasileiro. As publicações podem ser adquiridas no CIB - Centro de Informações Bovespa (veja o item anterior) ou no site da BOVESPA. Difusão de Informações - Vendors Uma grande quantidade de clientes, no Brasil e no exterior, recebe diariamente informações sobre o pregão e o movimento das ações do Ibovespa. Por meio de terminais abastecidos pelos Vendors- empresas especializadas no fornecimento de informações sobre as bolsas - é possível acompanhar, em tempo real e de qualquer lugar do mundo, o desempenho dos papéis negociados no pregão. As informações via CVM A CVM distribui o Informativo CVM, de periodicidade mensal, em que constam os dados dos lançamentos primários e secundários autorizados pela instituição, informações sobre as bolsas, mercados de derivativos, fundos de investimentos e investidores estrangeiros. Mantém ainda centros de informação abertos ao público e parte de suas informações está disponível na Internet (www.cvm.gov.br). Informações via imprensa especializada Os investidores podem obter informações sobre as bolsas e outros segmentos do mercado de capitais nos cadernos econômicos da imprensa, em programas especializados da mídia (rádio e TV) e em agências de notícias que transmitem instantaneamente, por terminais de vídeo, informações importantes de todo o mundo.
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Informações sobre Intermediários Os intermediários financeiros - Corretoras, bancos múltiplos, de investimento, distribuidoras e outros - que atuam no mercado precisam obter autorização para operar, perante a CVM e/ou o Banco Central. Essas duas instituições podem, portanto, prestar informações legais acerca do intermediário. Outras fontes de informação são as associações de classe desses intermediários: Associação Nacional dos Bancos de Investimento - Anbid; Associação Nacional das Corretoras de Valores, Câmbio e Mercadorias - Ancor; Associação das Empresas Distribuidoras de Valores - Adeval. Essas associações divulgam periódicos que sistematizam informações sobre seus associados e o mercado em geral. A imprensa especializada publica informações sobre o desempenho desses intermediários, o que pode ser útil na escolha do intermediário adequado para o tipo e volume de negócios desejados. Finalmente, como esses intermediários divulgam seus produtos e sua performance dentro dos vários segmentos de atuação nos mercados primário e secundário, o próprio marketing institucional pode ser outra fonte para obtenção de informações. Embora muitas vezes essa informação seja útil e confiável, deve ser comparada com aquelas divulgadas pelos concorrentes. Fazendo isso, evita-se uma análise parcial que poderia implicar escolha inadequada de um intermediário frente às necessidades do investidor. Um conceito pioneiro, em todo o mundo, no atendimento eletrônico e na realização de negócios. Para permitir que cada vez mais pessoas possam participar do mercado acionário e, ao mesmo tempo, tornar ainda mais ágil e simples a atividade de compra e venda de ações, foi criado um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as Sociedades Corretoras da BOVESPA: o Home Broker. Com essa finalidade, a BOVESPA tem proporcionado às suas Sociedades Corretoras todo o suporte técnico e operacional para que elas desenvolvam soluções para a implantação de seus próprios Home Brokers na Internet que, por sua vez, são interligados aos sistemas de negociação da BOVESPA. O que é o Home Broker? De forma semelhante aos serviços de Home Banking, oferecidos pela rede bancária, os Home Brokers das Corretoras estão interligados ao sistema de negociação da BOVESPA e permitem que o investidor envie, automaticamente, através da Internet, ordens de compra e venda de ações. Isso significa que, da mesma forma que já acontece em outros mercados do mundo, você também pode contar com todas as facilidades dessa nova tecnologia que coloca o Mercado Acionário junto a você, não importando onde você esteja. Além da praticidade e rapidez nas negociações, o Home Broker oferece outras vantagens. Confira algumas delas: agilidade no cadastramento e no trâmite de documentos; consulta, pelo investidor, a posições financeiras e de custódia; acompanhamento de sua carteira de ações; acesso às cotações (algumas corretoras poderão oferecer também notícias e análises sobre o mercado); envio de ordens imediatas, ou programadas, de compra e venda de ações, no Mercado a Vista (Lote-padrão e fracionário) e no Mercado de Opções (compra e venda de opções); recebimento da confirmação de ordens executadas e resumo financeiro (nota de corretagem), etc. Como negociar através da Internet? Para investir em ações via Internet, é necessário que o investidor seja cliente de uma Corretora da BOVESPA que disponha dessa facilidade. Para sua segurança, antes de iniciar seus negócios, certifique-se de que se trata de uma Corretora da BOVESPA. Aviso: Os dados e links contidos nesta página têm como único objetivo proporcionar uma visão geral do novo conceito de atendimento e realização de negócios do mercado de ações - Home Broker. A BOVESPA não se responsabiliza pelas informações contidas nos sites das Corretoras e não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

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