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Boletim Informativo n° 0 Bauru, 18 de abril de 2010

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Um encontro com o futuroEm sua 2ª edição, evento traz profissionais

que vivenciam o dia-a-dia nas agências de comunicação

Nos dias 13, 14 e 15 de abril aconteceu na UNESP de Bau-ru a 2ª edição do “Meeting –

Um encontro com o futuro”, com o tema “Os desafios nas Agências de Comunicação”. Realizado pela Em-presa Júnior de Relações Públicas, a RPjr, com o apoio do Departamento de Ciências Humanas o evento pro-moveu a integração entre a univer-sidade e o mercado por meio de um diálogo entre profissionais e alunos da área de Comunicação.

A ideia do “Meeting” surgiu dos próprios alunos de Relações Pú-blicas, que sentiam falta de infor-

mações sobre o mercado. “Nós só tínhamos contato com os professo-res, que falavam mais sobre a área acadêmica. Estávamos precisando entrar em contato com o profissio-nal que, de fato, atua em empresas, ONGs, no governo”, explica Mariah Lima, da organização do evento.

Em 2009, sob a orientação dos professores Jean Portela e Dalva Aleixo Dias, o projeto saiu do papel e teve como tema de sua primeira edi-ção “RP atuando nos 3 setores”. Para Marcelo Montanha, aluno do 2° ano de RP e trainee da RPjr, o evento foi muito proveitoso. “No ano passado

eu era calouro, não tinha ainda mui-to conhecimento da profissão em si. O evento me permitiu descobrir um pouco mais das áreas em que tenho interesse”, afirma.

A iniciativa deu certo: cerca de 120 alunos se inscreveram no even-to em 2010, que trouxe às mesas temáticas Tânia Baitello (Global Co-municação) – 1º dia, Bibiana Battani (Goena Comunicação) e Lúcia Cae-tano (CDN Comunica¬ção Corpora-tiva) – 2º dia e Andréia Lanzi (Mall-mann Comunicação), Regis Amedi (Salsanova) e Rodrigo Ferrari(Hill & Knowlton), no 3º dia.

Letícia Greco

Dalva Dias, Carlos Henrique, Célio Losnak e Jean Portela

Foto: Diogo Zambello

A primeira mesa temática do evento deu a tônica do obje-tivo principal do Meeting 2010:

procurar aproximar a universidade do mercado de trabalho, possibilitando a troca de experiência entre profission-ais e alunos.

A palestrante foi Tânia Baitello, di-retora da Global Comunicação, agên-cia de consultoria e assessoria de comunicação. Ela tem em seu port-fólio clientes como Mercedez Benz, Grupo Silvio Santos, International Pa-per, entre outros.

Tânia é graduada em Comuni-cação Social, com bacharelado em Relações Públicas, pós-graduada em marketing e propaganda e mestre em gestão da comunicação, sendo todos esses títulos obtidos pela Faculdade Cásper Líbero.

Inicialmente o encontro abordou as barreiras da comunicação inter-cultural. O tema foi dividido em qua-tro partes: apresentação da agência Global Comunicação, desafios da comunicação-comunicador, exemplos de atuação internacional e nacional, e questões relacionadas ao Brasil.

Em uma temática que circunda o universo do planejamento estratégico em comunicação, a palestra permitiu que os graduandos em Relações Pú-blicas, e em Comunicação em geral, pudessem aprimorar os conceitos, técnicas e funções do profissional da área.

Em meio a tantas transformações culturais e relações entre as diversas etnias, costumes, tradições e hábitos, o intercâmbio promovido pela glo-balização é inevitável. Os meios – e veículos – de comunicação permitem uma ampliação do mercado global,

bem como suas relações políticas, econômicas e sociais.

Assim, o multiculturalismo gera choques interculturais que tornam o trabalho do profissional de comu-nicação um desafio. As dificuldades dessa coexistência estão na tarefa de ser flexível, ter capacidade de ouvir, suportar a pressão do cliente e a roti-na da empresa e, enfim, na habilidade do “comunicador se colocar verdadei-ramente ali, no lugar do outro”, como afirmou Tânia Baitello.

Juntamente com exemplos de atu-ação internacional e nacional de sua agência de comunicação, foram cita-das algumas empresas de diferentes nacionalidades que se fundiram, se uniram ou mudaram de localidade. Segundo Tânia, para lidar com essas situações, o profissional de Relações Públicas deve analisar cada aspecto atual e transformar os interesses – que parecem conflitantes inicialmente – em complementares.

Tânia salientou também que o comunicador precisa ter fundamen-tação teórica para enxergar as de-mandas da comunicação e propor as melhores soluções. Para isso, é preciso ser sincero com o cliente e, muitas vezes, contrariá-lo, e até indagá-lo, como se fosse um ad-vogado de defesa em uma mesa de acusação: “me conta tudo”, diz a comunicadora.

Para finalizar, sob o aplauso de 120 congressistas, Tânia elencou as cara-cterísticas essenciais de um profissional de comunicação para entrar no mercado de trabalho: hu-mildade, compromisso, ética, uma boa redação, , ser “multitarefa” e ter paixão e brilho nos olhos”.

Os desafios da ComunicaçãoPalestra orienta como profissionais devem atuar na multiculturalidade

Patrícia Beloni

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Tânia também é professora da Casper Líbero

Diretoria AdministrativaCarlos Henrique C. Fuzatti

Renato Vieira Belinelli

Diretoria de ComunicaçãoCatarina Rangel da Silva

Raisa C. S. KamauraNathalie Cristina Bonome

Felippe Silveira Ferro

Diretoria de RHJúlica Sadi

Renan França

Diretoria de ProjetosNicolle StathourakisJoão Gabriel da Silva

Bruna Carolina G. NogueiraÍtalo C. de Pádua

Diretoria de FinançasKelly Benz

Leonardo T. Marques

Diretoria de QualidadeJoão Vitor Caires

Marcelo Thiago MontanhaMariah Venturi N. Lima

Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento

Natália dos Santos GonzalesGabriel Martins Gomes

Agência Júnior de Jornalismo Unesp

Edição / Projeto Gráfico /DiagramaçãoDouglas CalixtoDanielle Mota

OrientaçãoProfº Jean Cristtus Portela

[email protected]

Foto: Diogo Zambello

Dinâmica entre mercado e Comunicação

Terceirização é discutida entre comunicadoras e graduandos da área

O segundo dia de encon-tro do Meeting 2010 apresentou o tema “Per-

spectivas sobre a terceirização de serviços”. As palestrantes Bibiana Elena Farias Battaini, responsável pela Goena Comu-nicação, e Lúcia Caetano, dire-tora da agência CDN, falaram sobre os desafios do mercado de trabalho e a tendência de tercerização do setor de comu-nicações dentro das empresas.

A dinamização das relações interpessoais no mundo globali-zado atinge o mercado de tra-balho. Nessa conjuntura, não basta o profissional ter con-teúdo teórico, mas também bons con-tatos pessoais. As empresas seguem essa mesma lógica, pois precisam inter-agir com o cliente para manter um vínculo, que pode ser útil para ambos no futuro.

Bibiana defendeu em sua palestra a importância da comunicação nas micro, peque-nas e médias empresas: “É um nicho que vem crescendo cada vez mais e já é responsável por grande parte do mercado bra-sileiro, mas ainda não tem a tradição de investir no setor de comunicações”. Segundo a pal-estrante, só as empresas, inde-pendente do tamanho, que se preocupam com sua imagem interna e externa ganham com-

petitividade no mercado.A terceirização de serviços

- ponto fundamental do encon-tro - foi exposta como uma re-alidade no mundo corporativo. As empresas preferem contra-tar uma agência especializada em comunicação a manter esse setor internamente: além de maior agilidade, ganha-se, também, estratégias mais efi-cazes.

Nesse contexto, vale ressal-tar outra tendência: a quartei-rização, ou seja, quando uma empresa terceirizada contrata freelancers para realizar alguns trabalhos.

Já Lúcia atua em uma grande agência e diz que os desafios são constantes: “Mui-tas vezes nós te-mos que explicar até mesmo para as companhias

maiores o que são as Relações Públicas, como é o dialogo com a mídia, qual é a abrangência da comunicação corporativa, e até mesmo como esse serviço vai melhorar a imagem da em-presa com consumidores, for-necedores e funcionários”.

Na opinião da comunica-dora, a multidisciplinaridade é fundamental para o profis-sional da área, pois ele sem-pre vai se relacionar com clientes de diversos ramos e especialidades.

Sobre a tendência de misturar con-hecimentos, Bibiana diz: “Os cursos de comunicação deveriam oferecer ao aluno matérias relacionadas ao básico de cál-culo e finanças, pois esses conhecimen-tos serão exigidos dele posteriormente”. Na sua experiência pessoal, ela afirma ter feito cursos para suprir essa carência em exatas logo que entrou para o mer-cado de trabalho.

Segundo as palestrantes, a terceiri-zação já é uma realidade, mas pre¬cisa ser trabalhada de forma consciente para que haja uma parceria entre a empresa contratante e a prestadora de serviços. Para o profissional, um bom currículo e a formação universitária são muito val-orizados, mas manter boas relações so-ciais pode ser decisivo na realização de um projeto.

“empresas que se preocupam com sua

imagem ganham competitividade no

mercado”

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Bibiana Battaini trabalha com pequenas e médias empresas

Estudantes participaram com perguntas aos palestrantes

Mariana Thomaz

Foto: Diogo Zambello

Foto: Raphael Nascimento

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Comunicação integradaProfissionais discutem êxito empresarial

Fotos: Diogo Zambello

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Na quinta, 15 de abril, no último dia de palestra do Meeting 2010, o tema

abordado foi “Comunicação Integrada”, sobre as agências que trabalham com a união dos meios de comunicação para obterem melhores resultados no mercado.

Andréia Bernardi Lanzi, Re-gis Amedi e Rodrigo Ferrari apresentaram o assunto, mos-trando que o tema proposto estabelece um vínculo entre as áreas que trabalham com pla-nejamento em todos os âmbi-tos que a comunicação possa ter, seja Relações Públicas ou Assessoria de Imprensa, agre-gando valor à marca do cliente ou a sua imagem.

Rodrigo Ferrari, graduado em jornalismo pela Cásper Lí-bero e coordenador da empre-sa de comunicação Hill & Kno-wlton, que o maior desafio é a manutenção desse processo de relação, pois o mais importan-te é manter a união entre as áreas. Ressalta, também, que não deve haver concorrência, mas sim cooperação entre os profissionais das agências de comunicação integrada.

Ferrari ainda afirma que os estudantes que buscam esse tipo de trabalho devem se preparar desde a Univer-sidade: “o essencial para o universitário é procurar os profissionais, se importar em ir aos eventos, procurar estágios, porque só através da prática, unida com a te-oria que a universidade pro-põe, é que o estudante vai começar a lidar com meios diferentes dos habituais e alcançar a qualidade do seu serviço através da comuni-cação integrada”.

A diferença entre as agências integradas e as tradicionais resume-se na capacidade das integradas em compreender desejos e necessidades, comunicar e trocar informações e se adaptar com eficácia às mu-danças, sugerindo inovações e gerando conveniência.

Em mais esse Meeting, a RPjr promoveu não só a exposi-ção dos temas abordados nes-ses três dias, mas aumentou mais ainda o contato do uni-versitário com o funcionamento real do mercado de trabalho.

Janaína Ferraz

Régis: “Ou se aprende com amor ou com a dor”.

Andréia: “É preciso ter sempre bons contatos”.

Rodrigo Ferrari: “ética é fundamental ao profissional”.


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