Transcript
Page 1: Boas Praticas Unimec

BOAS PRÁTICASEM C.M.E.

UNIMEC

Karla GeorgiaEnfª CCIH/SCIH

Hospital UNIMECSetembro/2015

Page 2: Boas Praticas Unimec

“Existem dois jeitos de viver: acomodar-se ou ousar. Quando lutamos por idéias nas quais acreditamos nasce daí um sentimento de dignidade de ser alguém que faz a diferença”.

Roberto Shinyashiki

Page 3: Boas Praticas Unimec

1. Legislação 2. Organização da área 3. Uso de EPIs4. Padronização de recebimento de material5. Técnicas de limpeza, Enxágue, secagem e inspeção visual6. Técnicas de desinfecção7. protocolo validação de saneantes e desinfetantes8. Descarte de resíduos9. Rotina Solicitação e recebimento de materiais ,

saneantes e desinfetantes10. Preparo e embalagens 11. Protocolo de registros 12. Montagens de kits, laps e caixas 13. Etapas do processo de desinfecção e esterilização

PROTOCOLOS CME UNIMEC

Page 4: Boas Praticas Unimec

IRASØ

Ø

Ø

Ø

Page 5: Boas Praticas Unimec

C.M.E.

O Centro de Material Esterilizado é uma unidade voltada à prestação de serviços, onde é realizado o trabalho de limpeza, montagem, embalagem, esterilização e armazenamento de materiais necessários ás atividades de assistência, diagnóstico e tratamento desenvolvidos em uma instituição de saúde.

Page 6: Boas Praticas Unimec

Classificação C.M.E.

Art 5º § 1ºO CME classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não críticos, semi críticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento.

Art. 5º § 2º O CME classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não críticos, semi críticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento.

descentralizada : utilizada até o final da década de 40, neste tipo de central cada unidade ou conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza;

semi-centralizada : teve início na década de 50,  cada unidade prepara seus   materiais, mas os encaminha para serem esterilizados em um único local;

centralizada: utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no mesmo local, ou seja, os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e qualitativamente na CME.

UNIMEC CME Centralizada de Classe II

Page 7: Boas Praticas Unimec

PRODUTO PARA SAÚDE CRÍTICO DE CONFORMAÇÃO COMPLEXA

produtos para saúde que possuam lúmem inferior a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas

PRODUTO PARA SAÚDE DE CONFORMAÇÃO NÃO COMPLEXA

produtos para saúde cujas superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores a cinco milímetros nas estruturas tubulares

Page 8: Boas Praticas Unimec

RDC nº50 ANVISA 2002RDC nº 307 14/11/02RDC Nº 59 12/2010 RDC Nº 31 4/07/2011 RDC nº 14 28/02/2007RDC nº 15 de 15/03/12RDC nº 30 de 15/02/2006

Page 9: Boas Praticas Unimec

RDC nº 15 de 15/03/12

“Dispõe sobre requisitos de boas práticas (em protocolos) para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências.

ANVISA

Vigente desde 15/03/2014

Page 10: Boas Praticas Unimec

• Boas práticas• Segurança do paciente• Infraestrutura• Condições organizacionais :• RT, RL, Comitê de Processamento de Produtos para Saúde – CPPS (serviços com mais de 500 cirurgias/mês)• Processo de trabalho/ tecnologia• POPs • Define EPPS (Empresa Processadora de Produtos para Saúde)• Regulamenta relações de terceirização• Saúde do trabalhador• Transporte• Gerenciamento de resíduos

ITENS EVIDENCIADOS NA RDC 15/2012 PARA CMESegurança e Qualidade

Page 11: Boas Praticas Unimec

EXPURGOÁrea onde é feita a recepção, limpeza e desinfecção de todo o

material contaminado e sujo da Unidade de Saúde

Page 12: Boas Praticas Unimec

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS

CRÍTICO Limpeza + Esterilização

produtos que entram em contato com pele íntegra ou não entram em contato com o paciente;

são materiais e produtos para a saúde utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepteliais, e sistema vascular, incluindo também todos os produtos para saúde que estejam diretamente conectados com esses sistemas;

SEMI CRÍTICO Limpeza + desinfecção e/ou Esterilizaçãoprodutos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas;

SEMI CRÍTICO Limpeza + desinfecção e/ou Esterilização

Page 13: Boas Praticas Unimec

EPI / Sala/áreaÓculos de proteção Máscara Luvas

Avental Impermeavel / Manga longa

Protetor Auricular Calçado fechado

Recepção X X Procedimento X_______

Impermeável Antiderrapante

Limpeza, preparo acondicionamento X X

Borracha cano longo X X

Impermeável Antiderrapante

Inspeção____

X Procedimento

Se necessário Impermeável Antiderrapante

Desinfecção Química

X X

Borracha cano longo

X_________

Impermeável Antiderrapante

O trabalhador do CME deve utilizar vestimenta privativa, touca e calçado fechado em todas as áreas técnicas e restritas Luvas de proteção térmica impermeável - descarga de secadoras e

termodesinfetadoras e autoclave Na sala de recepção e limpeza, o protetor facial pode substituir o uso de máscara

e óculos

EPIs

Page 14: Boas Praticas Unimec

Limpeza prévia, pré-lavagem ou descontaminaçãoEsta etapa objetiva reduzir a sujidade, a carga microbiana e as substâncias pirogênicas presentes nos artigos. Quando, nesta fase, não se usa solução química antimicrobiana e somente produtos desincrostantes, é considerada etapa de desincrustação e não de descontaminação.

ETAPAS DO PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS

Page 15: Boas Praticas Unimec

Limpeza mecânica ou manualA limpeza do material é fundamental para qualquer processo de desinfecção e esterilização. Restos de material biológico (sangue, secreções, tecidos) e não-biológico (esparadrapo, cimentos etc.), impedem o contato direto do agente desinfetante e esterilizante padronizado, impedindo sua ação sobre os microorganismos. Devem ser utilizadas escovas com cerdas macias, não utilizando-se, jamais, materiais abrasivos como palhas de aço e recursos do tipo saponáceo, que causarão danos à superfície dos artigos.

Page 16: Boas Praticas Unimec

Enxágüe, secagem e inspeção visualPara o enxágüe após a limpeza e/ou desinfecção, a água deve ser potável e corrente. O enxágüe deve retirar todos os resíduos das soluções (sabão líquido enzimatico/desinfetante) utilizados. Após o enxágüe, os artigos devem ser secos com pano limpo, compressa e/ou ar comprimido. Antes de qualquer processo de esterilização o material deve estar rigorosamente limpo e seco. A secagem objetiva evitar interferência da umidade nos processos de esterilização. A presença de água dilui a concentração do agente alterando seu poder esterilizante. A etapa de inspeção visual serve para verificar a eficácia do processo de limpeza e as condições de integridade dos artigos. Todo material deve ser rigorosamente inspecionado.

Biofilme

Page 17: Boas Praticas Unimec
Page 18: Boas Praticas Unimec

FALHA NO PROCESSO DE DESINFECÇÃO Limpeza prévia do artigo mal executada

Tempo inadequado de exposição ao germicida Concentração da solução germicida alterada por diluição

Falta e monitoramento da eficácia da solução Exposição à luminosidade, evaporação.

Processo de destruição de microrganismos na forma vegetativa presentes em artigos, por meios físicos ou químicos, com exceção de esporos bacterianos.

três categorias de desinfetantes baseadas na ação germicida: •Alto nível: destrói todos os microrganismos com exceção a alto número de esporos => Glutaraldeído 2% ; ácido peracético; ác. peracético+peróxido de hidrogênio.•Médio nível: elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias da TB =>Álcool 70%; Hipoclorito de sódio 1% .•Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, mas não elimina micobactérias e esporos bacterianos =>Hipoclorito de sódio 0,025%

DESINFECÇÃO

Page 19: Boas Praticas Unimec

Desinfetante de alto nível - concentração 2% a 3%

Período de exposição – 20 a 30 minutosEnxágüe abundante após imersão do materialUtilização de EPIVantagem: não produz corrosão de instrumentais, não altera componentes de borracha ou plásticoDesvantagem: impregna matéria orgânica e pode ser retido por materiais porosos. Irritante de vias aéreas, ocular e cutânea

GLUTARALDEÍDO

Page 20: Boas Praticas Unimec
Page 21: Boas Praticas Unimec
Page 22: Boas Praticas Unimec

MONITORAMENTO GLUTARALDEÍDO

Page 23: Boas Praticas Unimec

Área onde é feita a revisão, seleção, preparo e acondicionamento do material .

• A iluminação deve ser adequada para permitir a perfeita triagem, revisão e seleção do material, combinando luz natural com luz artificial, evitando sombras e reflexos.

PREPARO DE MATERIAIS

Page 24: Boas Praticas Unimec

IDENTIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Art. 83 É obrigatória a identificação nas embalagens dos produtos para saúde submetidos à esterilização por meio de rótulos ou etiquetas. Art. 85 Conteúdo do rótulo ou etiqueta Nome do produto, nº do lote, data da esterilização, data limite da esterilização, método de esterilização, nome do responsável pelo preparo.

Page 25: Boas Praticas Unimec

A escolha da embalagem deve ser realizada de acordo com o tamanho, forma e utilização do material.

EMBALAGENS

TECIDO DE ALGODÃO

ESTOJO METÁLICO

VIDRO REFRATÁRIO

CONTAINER RÍGIDO

PAPEL GRAU CIRÚRGICO

PAPEL CREPADO

SMS

TYVEK®

SACO PLÁSTICO TRANSPARENTE

Ser compatível com o método de esterilização e resistir às suas condições físicas;

Permitir a penetração e remoção do agente esterilizante;

Manter a integridade da selagem e ser à prova de violação;

Resistir a gotículas de água, rasgos e perfurações;

Proteger o conteúdo do pacote contra danos físicos;

Page 26: Boas Praticas Unimec
Page 27: Boas Praticas Unimec

“Processo pelo qual as embalagens são hermeticamente fechadas, garantindo a sua esterilidade desde o momento da esterilização até o momento do uso”.

“A largura total da área de selagem não deverá ser inferior a 6mm”.

SELAGEM

Page 28: Boas Praticas Unimec

ESTERELIZAÇÃO

Page 29: Boas Praticas Unimec

Monitoramento do Processo de Esterilização

Classe 1:Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração quando exposto a temperatura

Classe 2: teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave prévácuo. Uso diário no 1º ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 min sem secagem

Classe 3: controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida.

Classe 4: indicador multiparamétrico: controla a temperatura e o tempo necessários para o processo.

Classe 5: integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor

Classe 6: intervalo de confiança maior que classe 5.

Page 30: Boas Praticas Unimec

Ambiente: Limpo, arejado, seco e restrito à equipe do setor. Invólucro - permanecer íntegro e ser pouco manuseado para evitar que os

pacotes rasguem ou solte o lacre; Estocado em armários fechados com prateleiras e de acordo com a data de

vencimento da esterilização; A validade de esterilização vincula-se ao risco de recontaminação, tipo e

configuração do material de embalagem, número de vezes que é manipulado antes do uso;

Estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de contaminantes externos.

Não superlotas prateleiras e gavetas Controle e registro de saída dos materiais

CONDIÇÕES DE ESTOCAGEM

Page 31: Boas Praticas Unimec

“É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e começarmos a achar que tudo é normal”.

Mario Sergio Cortella


Top Related