SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE
Biodiversidade e produção de etanol de cana de açúcar
WORKSHOP PROJETO PPPPASPECTOS AMBIENTAIS DA CADEIA DO ETANOL
DE CANA-DE-AÇÚCAR
16 de Abril, 2008, São Paulo, SP, Brasil
Helena Carrascosa
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A expansão da cana em São Paulo ocorreu em área sem vegetação nativa
Expansão da área de canavial X
Área autorizada
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BALANÇO DOS ÚLTIMOS 10 ANOS
• 61.433 ha de vegetação nativa autorizados (correspondente a 1,77% da vegetação nativa remanescente no território paulista)
• 287.966 ha averbados como Reserva Legal e Áreas Verdes
• 721.684 Árvores nativas isoladas autorizadas
• 76.289.242 Árvores compromissadas para plantio (correspondente em área: 45.764 ha)
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Área coberta por vegetação nativa autorizadano Estado de São Paulo (ha)
Período de 1996 a 2007 Total - 61.433,85 (ha)
10864,5
5083,44467,7
2672,7
3890,63220,2
4601,2 5100,3 4751,55223,9
6268,15289,8
0,0
2000,0
4000,0
6000,0
8000,0
10000,0
12000,0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
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Conflito: expansão em áreas indicadas como prioritárias para a conservação da biodiversidade, não necessariamente recobertas por vegetação
Matéria divulgada pela Folha de São Paulo no dia 12/4/2008 – dados do ISPN: teria havido a supressão de 86 mil ha de cerrado em SP para o plantio de cana na safra 2006/2007
• Áreas indicadas para a formação de corredores, sem vegetação, foram consideradas desmatadas no período
• Nas áreas que teriam sido desmatadas já havia cana e usinas
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•critérios e parâmetros para concessão de autorização para supressão
de vegetação nativa nas áreas prioritárias para incremento da
conectividade
•nas áreas prioritárias para incremento da conectividade >> estudo de
fauna e flora
•autorização : não abrigue espécies da fauna e flora silvestres
inexistência de alternativa técnica e locacional
•compensação : proporcional ao status de prioridade para conexão
municípios com < 5% de vegetação = área suprimida
Resolução SMA 15 ,de 13-3-2008
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O que está em discussão é a substituição de:
– “pasto sujo” X cana– pasto bem manejado X cana– cultura agrícola X cana
O que deve ser considerado?
Ecologia da paisagem: conceitos de fragmentação, permeabilidade da matriz, conectividade da paisagem, corredores biológicos, fluxos gênicos e de organismos
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PERMEABILIDADE DA MATRIZ CANA
Monocultura, baixa diversidadeBaixa similaridade florística e fisionômica com o
habitat naturalUso de agroquímicos e do fogo
MATRIZ INÓSPITANÃO FAVORECE FLUXOS GÊNICOS
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• 3.457.301 ha de cobertura de vegetal nativa (correspondente a 13,94% do território paulista)
•Índice estabilizado (dois últimos inventários)
MATA CAPOEIRA CERRADO CERRADÃOCAMPO
CERRADO CAMPOVEGETAÇÃO DE
VÁRZEA MANGE RESTINGAVEGETAÇÃO NÃO
CLASSIFICADA TOTAL (HA)
Total (ha) 1.427.678 1.477.407 140.493 68.571 1.010 1.851 155.135 20.722 157.372 7.062 3.457.301% 5,76 5,96 0,57 0,28 0 0,01 0,63 0,08 0,63 0,03 13,94
•Fonte: INVENTÁRIO FLORESTAL DA VEGETAÇÃO NATURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
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UGRH TIETÊ - JACARÉ
INVENTÁRIO FLORESTAL SP, IF/SMA, 2005
ÁREA TOTAL VEG. NAT. %UGRH Tietê-Jacaré 1.598.700 113.603 7,1
São Carlos 113.200 13.031 11,5Ibitinga 69.600 3.403 4,9Mineiros do Tietê 19.800 842 4,3Jaú 68.700 1.032 1,5Igaraçu do Tietê 9.000 20 0,2
7,1%
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INVENTÁRIO FLORESTAL SP, IF/SMA, 2005
UGRH TIETÊ - JACARÉ
FRAGMENTOS - CLASSE Nº % % ACUM.< 10 ha 1.630 53,90 53,90
10 - 20 ha 542 17,92 71,8320 - 50 ha 520 17,20 89,0250 - 100 ha 191 6,32 95,34
100 - 200 ha 89 2,94 98,28> 200 ha 52 1,72 100,00
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poucos remanescentes + matriz não permeável = situação desfavorável para a conservação da biodiversidade
O que pode ser feito para favorecer a conservação da biodiversidade em canaviais?
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• Preservar e proteger todos os remanescentes– UC de domínio público– RPPN– Reserva legal: ilhas de diversidade
• Formar corredores de biodiversidade
• Aumentar a permeabilidade da matriz
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CORREDORES DE BIODIVERSIDADE
MATA CILIAR
Uma das diretivas do Protocolo Agroambiental– Assinado por 141 usinas– Fornecedores iniciaram processo de adesão– Planos de Ação das usinas em análise– Estimativa 400.000ha de área ciliar
Situações diferenciadas– Áreas próprias– Áreas arrendadas– Fornecedores
Exigências no licenciamento
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Propostas para a formação de corredores biológicos mais efetivos:
• Corredores mais largos que as APP (excedente computado como Reserva Legal)
• Reflorestar outras áreas sem aptidão agrícola (não mecanizáveis)
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Árvores isoladas e a permeabilidade da matriz
Mecanização X stone steps ou trampolins ecológicos
Trampolim ecológico = áreas de habitat reduzidas inseridas na matriz
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Nos últimos 10 anos o DEPRN autorizou o corte de 720 mil árvores isoladas
(corresponde a cerca de 30.000ha de intervenção)
Em algumas regiões as árvores isoladas são o que restou da vegetação nativa
Resolução SMA 18/2007: disciplina procedimentos para a autorização de supressão de exemplares arbóreos nativos isolados
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Quantidade de Árvores Isoladas Autorizadas no Estado de São Paulo (Total de 721.684)
Período de 1996 a 2007
14.998 13.47920.076 21.640
34.923
64.411 67.297
89.200 81.851 85.426
142.674
85.709
020.00040.00060.00080.000
100.000120.000140.000160.000
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007