Transcript
Page 1: BIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTEBIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTE RESUMO A região Sudeste é caracterizada por climas com períodos secos e úmidos bem delimitados etemperatu-ras

BIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTE

RESUMO

A região Sudeste é caracterizada por climas comperíodos secos e úmidos bem delimitados e temperatu-ras médias anuais em torno de 20°C. Quanto à vegeta-ção, esta região se caracteriza pela manutenção dostipos de vegetação de outras regiões. Assim, a mataatlântica, os mangues e dunas se estendem desde oNordesteatéo Sul; asmatasdegaleria ao longo dos rios,são encontradas em todas as regiões do país; oscerrados são dominantes no Centro Oeste e atingemvárias regiões de Minas Gerais e São Paulo, os camposrupestres ocorrem no Nordeste (Bahia) e Centro Oeste;as matas de Araucaria que são mais freqüentes no Sul,ocorrem em áreas restritas de São Paulo e as caatingasque ocorrem principalmente no Nordeste, chegam até oNorte de Minas Gerais. Esse conjunto de formações sepor um lado dão à região uma certa descaracterizaçãovegetacional, fornecem por outro lado, uma grandediversidade em diferentes microambientes o que propi-cia um alto grau de endemismo. A vegetação como umtodo está sofrendo, extensas ameaças devido à agricul-tura extensiva, atividades imobiliárias, exploração demadeira, e mineração especialmente de ferro, ouro ediamantes em Minas Gerais.

Palavras-chave: Região Sudeste, biodiversidade, tiposde vegetação.

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é considerado como o país de flora maisrica do globo, com cerca de 60.000 espécies das cercade 220.000 reconhecidas entre as Angiospermas. Talfato está certamente relacionado à vasta extensão demais de 8.500.000 km2 do país e grande diversidade declima, solo e geomoriologia, produzindo como resultadofinal uma grande variedade de tipos de vegetação.

Considerando as cinco regiões do país, pode-sedizer que cada uma delas, com exceção do Sudeste,poderia ser associada a um ou mais biomas. Assim, aregião Norte está associada a floresta amazônica; aregião Nordeste, as caatingas; a região Centro-Oeste,aos cerrados e pantanal e a região Sul, aos pampas eflorestas de Araucária. A região Sudeste no entanto,apesar de apresentar os mesmos biomas de outrasregiões, possui alta diversidade, sendo rica emendemismos. Além disso, a vegetação natural do Su-deste, sofre os mais diferentes tipos de agressões.

Ana Maria GIULlETIll

ABSTRACT

The southeastern region includes the States ofEspírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro and SãoPaulo, amounting to an area of 924.266 krn". The climateof this region presents wet and dry seasons clearlydefined and the vegetation includes a variety of formationsknown also in other regions. The Atlantic Forest lies onsoils derived from granite and gneiss and it is not entirelysimilar to its extension to the neighbouring regions. It ishowever, equality rich in endemic genera and species.The southeast also has extensive areas of dunes,"restingas", mangroves, gallery forests, semideciduousmesophyticforest on the "planalto", "cerrado" and "cam-pos rupestres". The vegetation cover as a whole hassuffered extensive damage from agriculture, propertydevelopment (specially along the coast), exploitation oftimber, as well as other plant products, and mining(specially iron, gold and diamonds in Minas Gerais).

Key words: Southeastern region, biodiversity, vegetationtypes.

Neste trabalho são apresentados alguns aspectosda biodiversidade do Sudeste, enfocando principalmenteos diferentes tipos de vegetação, as espécies maisimportantes de cada ecossistema e as agressões resul-tantes dos processos de desenvolvimento e exploraçãodos recursos naturais.

2 RESULTADOS

A região Sudeste compreende os Estados do Espí-rito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo emuma área de 924.266 krn", representando a região commaior densidade populacional e rendapercapita do país.

Segundo NIMER (1977), a região é caracterizadapor um clima com períodos secos e úmidos bem delimi-tados e temperaturas médias anuais em torno de 20°C,sendo raras as geadas, que ocorrem nos meses maisfrios (junho e julho) e nos planaltos e montanhas (700-1800 m).

(1) Universidade de São Paulo, Depto. de Botânica, Inst. de Biociências, CP 11461, 05499 - São Paulo, SP. Bolsista de Pesquisa doCNPq.

Anais - 2Q Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/92-3/4/92 125

Page 2: BIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTEBIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTE RESUMO A região Sudeste é caracterizada por climas com períodos secos e úmidos bem delimitados etemperatu-ras

Como foi dito na introdução, não existe um biomatípico da região Sudeste, que se caracteriza pela manu-tenção de diferentes tipos de vegetação, que se esten-dem para outras regiões.

A costa atlântica do Sudeste tem mais de 1300 km,e inclui além da flora bentônica, as dunas, restingas e osmangues.

Dentre as quatro zonas propostas por OLIVEIRAFILHO (1977) para o litoral brasileiro, três incluem áreasno Sudeste:

a) zona ocidental ou leste-nordeste que se esten-de da Bahia até o Espírito Santo;

b) zona sudeste que inclui desde o Rio de Janeiroaté a Ilha de São Sebastião e

c) zona sul que se estende desde a Ilha de SãoSebastião até Torres.

Para o autor, o Espírito Santo inclui a maior riquezade espécies, havendo uma redução para o sul. Segundoesse autor, o Sul do Espírito Santo e a Ilha de SãoSebastião representam barreiras para a distribuiçãogeográfica das Chlorophyta, Pheophyta e Rhodophytaem direção ao Sul e provavelmente este fato estariarelacionado ao abaixamento da temperatura. Alémdisso, a redução. da diversidade parece estar ligada aoaumento da ação antrópica. OLlVEI RA FILHO & Berchez(1979) mostraram que houve variação na diversidade dealgas bentônicas na baía de Santos entre 1950 e 1978.Nas Cyanophyta o número permaneceu constante com4 espécies de algas. Porém, houve redução de 14% nasChlorophyta (de 22 espécies iniciais passaram a 19); de38% nas Rhodophyta (de 63 spp. passaram para 39) ede 63% nas Pheophyta (de 16 spp. passaram para 6).

Vegetando entre as algas e animais marinhosdestacam-se as Angiospermas conhecidas internacio-nalmente como "seagrasses" pela forma das folhasgeralmente graminiforme. Tais plantas podem formargrandes extensões abaixo da zona das marés, sendoinclusive utilizadas como "pasto" por herbívoros mari-nhos, como os ouriços-do-mar. OLIVEIRA FILHO et alii(1983) registram para o Sudeste 3 gêneros e 4 espécies:Ruppía marítma; Halodule wrightii; H.emarginata eHalophila decípíens.

Para o interior do oceano ocorrem as ilhas, queforam originadas pelo afogamento da costa, nas proximi-dades da Serra do Mar; pela deposição de materialerodido como a Ilha Comprida no Sul de São Paulo ou porfenômenos de vulcanismos como os que soergueram aIlha de Trindade. Nos dois primeiros tipos de ilhas avegetação é similar a do continente, porém na últimaocorrem endemismos como a samambaia-gigante(Cyathea copelandi) (GUSMÃO 1991).

A vegetação litorânea inclui os mangues, as dunase as restingas. Os mangues encontram-se nas desem-bocaduras dos rios, onde se associam a solo limoso,movediço e pouco arejado, com a alta salinidade decor-rente das flutuações diárias das marés. Desenvolve-seaí geralmente uma flora e fauna características. NoBrasil os manguezais iniciam-se no Amapá e tem seulimite Sul em Santa Catarina. Observa-se uma reduçãono porte e no número de espécies da linha do Equador,

para o Trópico de Capricórnio, e no Sudeste as espéciesobrigatórias são as seguintes: Rhizophora mangle amais amplamente distribuída no país; Avicenniaschaueriana; Laguncularia racemosa e Conocarpuserectus. No Sul do Estado de São Paulo, os manguessão florestais atingindo 1O-15m de altura na região daIlha do Cardoso e predominam Rhizophora mangle eAvicennía schaueríana (GIULlETTI et alii 1983; BAR-ROS et alii 1991). Tais plantas reduzem de porte aoatingirem Santa Catarina. A ocorrência dessas plantasneste tipo de vegetação está condicionada à existênciade adaptações que incluem raízes escora e vivi paridadeem Rhízophora mangle e raízes respiratórias(pneumatóforos) em A vícennía.

No litoral arenoso encontram-se as restingas e du-nas, que compreendem no Sudeste, uma faixa entre aspraias e a mata atlântica. Normalmente considera-sedunas a vegetação em contato direto com a praia. Avegetação possui um aspecto herbáceo ou subarbustivo,apresentando uma série de adaptações para sua fixaçãono solo arenoso, móvel, sob a influência constante dosventos e recebendo alta insolação. Entre estas podemser citadas a presença de rizomas e estolões, ou raízesprofundas que chegam até as dunas mais fixas, folhascoriáceas, e brilhantes. Algumas vezes as folhas podemtomar uma posição vertical para impedir a ação direta daluz como em Hydrocotyle umbellata (ANDRADE 1966).Algumas espécies são típicas desse tipo de vegetação,possuindo a maioria, ampla distribuição geográfica aolongo da costa, como Ipomoea pes-caprea que ocorre doPará até São Paulo; 8atis marítima desde a Californiaatéo Rio de Janeiro e Sceevole plumieri que se distribui pelasáreas costeiras da Ásia, África e Brasil onde pode serencontrada no Rio de Janeiro e São Paulo. Além dessas,ANDBADE (1966) refere entre outras, as seguintes es-pécies como freqüentes nas dunas do litoral de SãoPaulo:Acicarpha spathulata;"Canavalia obtusifolia; Diodiaradula; Hydrocotyle umbellata; Ipomoea littoralis eSporobolus virginicus. GIULlETTI et alii (1983) e BAR-ROS et alii (1991) referem Tríglochin stríata paraa IIhadeCardoso, espécie cosmopolita que ocorre no Brasil, es-pecialmente do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.

Apesar das espécies serem como já foi dito, nor-malmente de ampla distribuição geográfica existem ca-sos de distribuição restrita, como Syngonanthusimbrícatus que se distribui apenas do Sul da Bahia atéas proximidades de Vitória.

As restingas ocupam uma faixa de largura variávelao longo de quase todo o litoral da região Sudeste. Estafaixa é ocupada por vegetação subarbustiva ou atéarbórea, e compreende desde solos arenosos até panta-nosos. As florestas de restinga são descritas por AN-DRADE-LlMA (1966) como sendo pobres em estratos ecom elementos arbóreos portadores de copas largas eirregulares. Nessas florestas predominam árvores deEugenia, Psidíum e Myrcia; Chrysobalanus icaco, Schinusterebinthitolius, Tapirira guianensis, Myrsine parvifolia enas margens arbustos de Dalbergia ecastophyllum,Tibouchina holoserícea e Dodonaea viscosa entre ou-tras. As espécies referidas apresentam grande distribui-

Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/92-3/4/92 126

Page 3: BIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTEBIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTE RESUMO A região Sudeste é caracterizada por climas com períodos secos e úmidos bem delimitados etemperatu-ras

ção geográfica por todo litoral brasileiro, porém Myrsinepervitolie tem distribuição restrita desde o Rio de Janeiroaté o Rio Grande do Sul, chegando até o Uruguai.

Estudos detalhados para as restingas da Ilha doCardoso (SP) são apresentados porGRANDE & LOPES(1981) e BARROS et alii (1991).

Penetrando para o interior encontra-se a mataatlântica ou floresta perenifolia higrófilacosteira (ALONSO1977). Estende-se desde o Rio Grande do Norte até oRio Grande do Sul e no Sudeste é praticamente contínuaexceto na região entre Vitória (ES) e Campos (RJ) ondeé substituída por uma formação florestal semidecídua.

A mata atlântica se localiza sobre um embasamentocristalino pré-cambriano e segundo JOL Y et alii (1991 ) jáestava plenamente estabeleci da no início do Terciário.Tem seu posicionamento ligado ao relevo, a umidade ea pluviosidade o que propicia uma formação de árvoresaltas, com sub-osque sombrio e úmido onde vegetaminúmeras ervas e epífitas.

A mata atlântica está pouco estudada, porém se-gUndo JOL Y et alii (1991) apresenta um alto nível deendemismo, com cerca de 55% para as espécies arbó-reas e 40% para as não arbóreas.

A mata atlântica do Sudeste tem pouca afinidadecom a sua continuação para o Nordeste, havendo afini-dade maior com o "brejos" do Nordeste.

MORI (1989) reconhece para a mata atlântica doSudeste dois centros de alto edemismo: Nordeste doEspírito Santo e arredores do Rio de Janeiro. No últimocaso pelo menos poderia estar associado a intensivacoleta nesta região.

A flora da mata atlântica é bastante diversificada eesse fato pode ser facilmente exemplificado. Assim, ogêneroAlmeidea (Rutaceae) tem sua distribuição restri-ta a esse tipo de formação e se distribui apenas da Bahiaaté o Paraná. O Gênero Nematanthus inclui 26 espéci-es, das quais 25 da floresta atlântica de Salvador atéPorto Alegre.

SI LVA & LEIT ÁO FILHO (1982) estudando a com-posição florística de um trecho da mata atlântica deencostado município de Ubatuba (SP) referem a presen-ça de 41 famílias, 87 gêneros e 123 espécies. Citamcomo as famílias mais importantes: Euphorbiaceae,Lauraceae, Leguminosae, Myrtaceae, Palmae eRubiaceae. Esses autores consideram como as espéci-es de maior valor de importância para a região, asseguintes: Mabea brasiliensis, Hieronyma alchorneoides,Syagrus pseudococos, Eriotheca pentaphy/la sp.wittrocriana, Sloanea guianensis, Bathysa gymnocarpa,Sclerolobium denudatum, Guapira calycantha, Malovetiaarborea e Qualea gestasiana.

SILVA & SHEPHERD (1986) fizeram uma compa-ração ao nível genérico entre diferentes trechos deflorestas brasileiras. Os autores encontraram maioressemelhanças entre as matas de Ubatuba e da hiléia sul-baiana (74%), seguida pela mata atlântica do EspíritoSanto e a mata amazônica de terra firme, com 57%.

BARROS et ali i (1991) apresentaram uma detalha-da descrição da mata atlântica da Ilha do Cardoso ecitam como árvores emergentes: Schizolobium parah yba,

Machaerium nictitans, Pseudopiptadenia warmingii,Cariniana estrellensis, Virola oleifera e Spirothecapassif/oroides.

ROSSI (1987) analisando uma mata residual naCidade Universitária (USP) de São Paulo encontrou 123espécies de árvores e arbustos incluídos em 87 gênerosde 35 famílias. Esta autora considera esta floresta comoparte da mata atlântica, devido à semelhança florísticaencontrada, com outras regiões, incluindo os estados deSanta Catarina e Rio Grande do Sul. Destaca várioselementos comuns a estas florestas como por exemplono substrato arbustivo: Psychotria suture/la, P.leiocarpa,Mol/inedia f/oribunda, M. schottiana e M.uleana; no estra-to médio:Actinostemon concolor, Guatteria australis,Pera glabrata, Sorocea bonplandii e Ocotea teleiandra eno estrato superior:Alchornea sidaefolia, A. triplinervie,Cedrela fissilis e Ficus organensis entre outros. Estamesma semelhança já havia sido destacada por DEVUONO (1985) para a mata do Parque Estadual dasFontes do Ipiranga na Cidade de São Paulo e porRODRIGUES (1986) para a mata da Serra do Japi emJundiaí (SP). Esses autores consideram quefloristicamente essas matas são mais próximas da mataatlântica do que das matas mesófilas do interior doEstado.

Mais para o interior no rebordo de áreas mais altasdo Sudeste, se estabelece a floresta subcaducifoliatropical ou mata mesófila, devido principalmente à redu-ção da umidade. Estabelece-se assim como florestamais aberta, subcaducifolia, e com composição florísticadiferente da mata atlântica.

Estas florestas no Estado de São Paulo tem tidomuita atenção, principalmente por parte de pesquisado-res da UNICAMP e da UNESP de Rio Claro, que temtrabalhado em várias regiões. Tais trabalhos foram inici-ados por MARTINS (1979) que estudou uma florestaresidual do Parque Estadual de Vassununga em SantaRita do Passa Quatro (SP) e para 1000 árvores exami-nadas, relacionou 33 famílias, 70 gêneros e 92 espéciessendo as 10 de maior importância:Metrodorea nigra,Croton salutaris, Ficus glabra, Guarea trichilioides, Acaciapolyphy/la, Urera baccifera, Centrolobium tomentosum,Astronium graveolens, Trichilia catigera e Nectandramegapotamica. ASSUMPÇÁO et alií (1982) apresenta-ram a descrição das matas da Fazenda Barreiro Rico emSão Paulo e amostraram 158 espécies de angiospermas,pertencentes a 55 famílias, sendo 76 arbóreas, 38arbustivas, 21 trepadeiras, 16 herbáceas e 7 epífitas.PAGANO et alií (1987a,b)apresentaram a composiçãoflorística do estrato arbóreo e o estudo fitossociológicode uma mata mesófila do Município de Rio Claro. Foramencontrados na área, 201 espécies lenhosas pertencen-tes a 131 gêneros de 53 famílias. As 10 espécies, demaior valor de importância, encontradasforam:Metrodorea nigra, Astronium graveolens, Galipeajasminiflora, Chorisia speciosa, Croton sa luta ris,Hymenaea courbaril, Croton floribundus, Syagrusromanzoffiana, Trichilia palida ePiptadenia gonoacantha.

Estas matas em alguns locais, principalmente noentre meio do cerrado e dos campos rupestres, apresen-

Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/92-3/4/92 127

Page 4: BIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTEBIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTE RESUMO A região Sudeste é caracterizada por climas com períodos secos e úmidos bem delimitados etemperatu-ras

nadas de capões de mata por RIZZINI (1987). Sãomatas qeralmente claras, com árvores decíduas de até15m de altura. e onde são raras as epífitas. SegundoGIULlETTI et alií (1987),na Serra do Cipó em MinasGerais, são espécies mais importantes dessas matas:Cabralea cenjerene, Copaifera langsdorfii, Mollinediaargyrogyna, Guapira opposita, Cletthra scabra,Simeroube amara, Lamononia tema ta, Myrciaguajavaefolia, Croton urucana e Sc/erolobium rugosum.

Nessas regiões as linhas de drenagem são acom-panhadas pelas florestas ciliares ou de galeria e quegeralmente apresentam um estrato arbóreo com árvo-res de 1O-15m de altura e estratps mais inferiores comárveores de 3-5m de altura. GIBBS & LEITÃO FILHO(1978) fizeram um levantamento da composição florísticade uma área de floresta ciliar no Rio Moji Guaçu e numtotal de 343 árvores amostradas encontraram 47 espé-cies das quais 13 representadas por um só indivíduo;GIULlETTI et alií(1987) en contraram como espéciesmais comuns das matas-de-galeria da Serra do Cipó emMinas Gerais: Tapirira guianensis, Richeriagrandis,Xylopia emarginata, Protium almecega, Crotonurucurana, Guapira opposita, Copaifera langsdorfii,Cabralea canjerana, Vochysia acuminata e Podocarpusselowií entre as árvores de 10-15m de altura eCalyptranthes grammica, Cabralea canjerana, Protiumbrasíliense,P. Almacega, Croton celtidifolius, Guareamacrophy/la, Didymopanax longepetiolatum, Byrsonimasericea, Myrcia laurotteana e Cyathea delgadii entreoutras, entre as árvores de 3-5m de altura. Na Serrado Cipó, essas matas são bastante estreitas e úmidase muitas árvores crescem em solo permanentementeencharcado tais como Xylopia emarginata e Hedyosmumbrasilíense. Nessa região as matas-galeria muitasvezes alongam-se e vão-se unir, encosta acima aoscapões de mata (Rizzini 1979). Tal passagem éacompanhada por uma mudança gradual na composi-ção florística e no grau de deciduidade. Assim, algumasespécies são comuns às matas-de-galeria e as matasde capào como Cabralea canjerana, Clethra scabra,Simarouba amara, Tapirira marchandii, Crotonurucurana, Protium brasilíense e Copaifera lanosdorfiiporém outras são exclusivas de um tipo ou outro demata.

Além desses tipos de florestas mais importantespela área ocupada, são encontradas no Sudeste outrostipos como: a floresta subcaducifolia subtropical comAraucaría; a floresta subcaducifolia subtropical; a flores-ta caducifolia não espinhosa (ANDRADE-LlMA, 1966)ou mata de cipó e a floresta estacional caducifoliaespinhosa (ANDRADE-LlMA, 1966) ou caatinga.

Além da vegetação litorânea e das florestas, de-vem ser destacadas as áreas savânicas, incluindo osdiversos tipos de cerrados e campos. No Sudesteocupam grandes áreas quase contínuas no noroeste deMinas Gerais e aparecem como manchas em São Pauloe no sul de Minas Gerais. Os cerrados ocorrem emclimas com uma marcada diferenciação entre os perío-dos chuvosos (6-7 meses) e secos (6-5 meses) onde osmeses mais secos (junho a agosto) coincidem também

com os mals frios. A vegetação dos cerrados estáassociada a esse clima sazonal e ao tipo de solo que écomposto predominantemente de latossolos e lateritas.São solos pobres, com ph ácido e abundância de alumí-nio.

Os cerrados apresentam uma fisionomia muitovariável incluindo desde a predominância de um campoquase limpo com abundância de Gramineas (campolimpo) passando pelo campo sujo, caracterizado pelamanutenção do extrato graminoso contínuo entremeadopor árvores de diferentes alturas (ca. 3-8m de altura) atéo cerradão que é uma floresta tropical esclerófila esemicaducifolia onde desaparece quase totalmente eextrato graminoso. Todas essas fisionomias estão pre-sente no Sudeste, sendo que, os campos limpos e sujospredominam em São Paulo, enquanto em Minas Geraissão encontradas todas as fisionômias porém cerradõessão frequentes desde Lagoa Santa até Montes Claros.Nesse último município ocupam grandes extensóesmesmo até os 1000 m de altitude. PAGANO et alií(1989a,b) apresentaram a composição florística e aestrutura fitossociológica do extrato arbustivo-arbóreoda APA de Corumbataí (SP). Os autores encontraram55 famílias, 104 gêneros e 164 espécies. Dessas,apenas 21 espécies não são tipicas do cerrado, ocorren-do preferencialmente em matas semidecíduas e matasciliares. Os autores verificaram que nessa região as 10espécies com maiores valores de importância são:Vochysia tucanorum, Myrcía lingua, Dalbergiamiscolobium, Copaifera langsdorfii, Anadenantherafalcata, Pouteria torta, Blepharocalyx acuminatus, Qualeagrandiflora, Ouratea spectabilis e Myrcia castrensis.Essas espécies têm ampla distribuição nos cerradosbrasileiros e a elas se acrescentam outras, comuns emvárias áreas de cerrados do Sudeste como Byrsonímaverbascífolía, B. coccolobífolía, Erythroxylum suberosum,E. tortuosum, Curate/la americana, Kielmeyena coriaceae Styphnodendron barbatimao. As espécies desse tipode vegetação apresentam diferentes estratégias de so-brevivência como ciclo rápido nas herbáceas, caule comsúber bem desenvolvido, folhas grossas e pilosas nasarbóreas e sistemas subterrâneos desenvolvidos nasarbustivas, ou até mesmo o enterramento de toda aárvore, ficando apenas os ramos terminais aéreos comoem Andría humilís e Annacardíum nanum. Tais estraté-gias estão muito associadas a fatores como quantidadede água disponível, falta de nutrientes e passagem dofogo.

Entre 1000-2800m, são encontrados geralmenteos campos de altitude, que podem estar associados arochas cristalinas na Serras do Mar e Mantiqueiras -campos rupestres de granito, ou a rochas quartzícas naCadeia de Espinhaço - campos rupestres de quartzito(RIZZINI 1979).

Nos campos rupestres de quartzito a vegetação écampestre, de um estrato graminoso contínuo e arbus-tos esparsos geralmente com folhas duras, escleromorfase hábito ericoide. Neste tipo de vegetação ocorre um altograu de endemismo ao nível de espécies e até degêneros, e como exemplos podem ser citados os gêne-

Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/92-3/4/92 128

Page 5: BIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTEBIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTE RESUMO A região Sudeste é caracterizada por climas com períodos secos e úmidos bem delimitados etemperatu-ras

ros Pseudotrimezia (Iridaceae) com suas seis espéciesapenas no Estado de Minas Gerais e Barbacenia(Velloziaceae) com cerca de 40espécies, e de ocorrên-cia só em Minas Gerias e Bahia. Além disso algumasfamílias como Velloziaceae, Xyridaceae e Eriocaulaceaepossuem nesse tipo de vegetação uma alta concentra-ção de gêneros e espécies. GIULlETTI at alii 1987estudando a flora da Serra do Cipó encontraram paraessas famílias os seguintes graus de endemismo. ParaEriocaulaceae 68,7% das espécies eram restritas aCadeia do Espinhaço e 32,5 exclusivas daSerra do Cipó.Para Xyridaceae 74,4% eram restritas a Cadeia doEspinhaço e 18,6% a Serra do Cipó e para Velloziaceae91,5% eram restritas a Cadeia do Espinhaço e 46,5% aSerra do Cipó.

Por outro lado, famílias amplamente distribuídasem diferentes tipos de vegetação tem aí, para muitosgêneros o seu centro de diversidade como Levoisiere,Cambessedesia e Marcetia (Melastomataceae) eLychnophora (Compositae). Essas montanhas tem ain-da íntima ligação florística com as montanhas daVenezuela e de Roraima, tendo inclusive espécies co-muns apesar de grande disjunção, como Matcetia taxifolia,Leiothrix flavescens, Xyrisaugusto-coburgii eX.seubertii(Giulietti & Pirani 1988). O relacionamento da floradessas montanhas com as dos campos rupestres degranito, encravados na mata atlântica é maisfitofisionômico pela manutenção de várias famílias emcomum e pela convergência nos hábitos. A diferençaprincipal entre elas está aos níveis de gêneros e especi-almente de espécies. Por exemplo, das 37 espécies deLeiothrix (Eriocaulaceae), 25 são endêmicas das monta-nhas de Minas Gerais, 6 das montanhas da Bahia e sãoexclusivas da Serra de Itatiaia no Rio de Janeiro.

Pelo exposto, verifica-se a grande diversidade doSudeste, tanto ao nível de riqueza de espécies, como deecossistemas. Porém, a vegetação natural do Sudestetem sofrido os mais diferentes tipos de agressões, queincluem a retirada das florestas e cerrados para agricul-tura, destruição das restingas e mangues pela explora-ção imobiliária, exploração de minérios principalmenteferro, ouro e diamantes na Cadeia do Espinhaço e maisrecentemente o extrativismo das sempre-vivas(GIULlETTI atalii 1988; BURMAN 1991). Taisfatostemcomo conseqüência maior a fragmentação dos habitatsnaturais, fazendo com que hoje, a vegetação naturalconservada do Sudeste esteja reduzida praticamente,as unidades de conservação da região. Dentre essas, asunidades federais incluem uma área de 433.127 ha. eestão apresentadas na TABELA 1.

Como foi visto, o Sudeste apresenta uma grandediversidade de ecossistemas e uma real falta de dadossobre eles. Porém, estão nesta região as instituiçõesmais bem aparelhadas para o estudo da biodiversidade.Assim, no Sudeste estão localizados os maiores herbáriosdo Brasil incluindo o Museu Nacional com 500.000espécies, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro com300.000 espécies e o Jardim Botânico de São Paulo com250.000 espécies (HOLMGREN et alii 1990). Além

TABELA 1 - Unidades de Conservação Federais do Su-deste

Tipo de Nome da Unidade da Área}Unidade Unidade Federação ha

PN Canastra MG 71525PN S. do Cipó MG 33800PN Grande Sertão Veredas MG 84000PN Caparão MG 26000EE Pirapitinga MG 1090

SUBTOTAL MG 216415

RB Sooretama ES 24000RB Córrego do Veado ES 2392RB Augusto Ruschi ES 4000RB Comboios ES 833RB Córrego Grande ES 1504

SUBTOTAL ES 32729

PN Itatiaia RJ 30000PN Bocaiana RJ 100000RB Poço das Antas RJ 5000PN Tijuca RJ 3200RB Tinguá RJ 26000EE Tamoios RJ 4070EE Arariboia RJ 44PN S. dos Órgãos RJ 11000

SUBTOTAL RJ 179314

EE Tupiniquins SP 41EE Tupinambás SP 4628

SUBTOTAL SP 4669

TOTAL 433127

Legenda: PN = Parque NacionalEE = Estação EcológicaRB = Reserva Biológica

disso, conta com o maior número de taxonomistas (160)e de ecólogos, localizados principalmente em São Pauloe no Rio de Janeiro e desenvolvendo pesquisas delevantamentos florísticos e fitossociológicos em diver-sas áreas da região. Além disso, na Universidades doSudeste encontra-se também o núcleo central de forma-ção de recursos humanos em taxonomia e ecologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALONSO, M. T. A, 1977. Vegetação. In Geografia doBrasil. Região Sudeste. IBGE, Rio de Janeiro, p.91-118.

ANDRADE. M. A B., de 1966. Contribuição ao conheci-mento da ecologia das plantas das dunas do litoral doEstado de São Paulo. Tese de Doutoramento, Uni-versidade de S.Paulo Inst. de Biociências, São Paulo.

Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/92-3/4/92 129

Page 6: BIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTEBIODIVERSIDADE DA REGIÃO SUDESTE RESUMO A região Sudeste é caracterizada por climas com períodos secos e úmidos bem delimitados etemperatu-ras

ANDRADE~L1MA,·D. de., 1966. Vegetação. In: AtlasNacional do Brasil. IBGE, Rio de Janeiro, 11:11.

ASSUMPÇÃO, C. T. de, LEITÃO FILHO, H. F. &CESAR,O., 1982. Descrição das matas da fazenda BarreiroRico, Estado de São Paulo Revta brasil.Bot. 5:53-61 .

BARROS, F. de; MELO, M. M. R. F.; CHIEA, S. A C.;KIRIZAWA, M; WANDERLEY, M. G. L. & JUNG-MENDAÇOLLI, S. L., 1991. Flora fanerogânica daIlha do Cardoso. Inst. Botânico, Seco Estado MeioAmbiente, São Paulo.

BURMAN, A, 1991. Saving Brazil'savannas. NewScien tis t. 2/3 30-34.

DE VUONO, Y. S., 1985. Fitossociologia do estratoarbóreo da floresta da Reserva do Instituto de Botâ-nica (São Paulo, SP). Tese de doutoramente, Univ.SãoPaulo.

GIULlETTI, A M.; MENEZES, N. L.; PIRANI, J. R.;MEGURO, M. & WANDERLEY, M. G. L., 1987. FloradaSerrado Cipó, MinasGerais: caracterização e listadas espécies. Bolm Botanica, Univ.S.Paulo 9:1-151.

GIULlETTI, A M. & PIRANI, J. R., 1988. Paterns ofgeographic distribution of some plants species fromthe Espinhaço Range, Minas Gerais and Bahia, Brazil.In: VANZOLlNI, P.E. & MEYER, W. R. (eds.)Proceedings of aworkshop on Neotropical distributionpatterns held 12-16, January 1987, p.39-69. Acade-mia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro.

GIULlETTI, A M.; RIBEIRO FILHO, E. R.; BUENO, M.S. G. & AVE LAR , W. E. P., 1983. Em busca doconhecimento ecológico. Uma introdução àmetodologia. Edit. Edgard Blücher Ltda. São Paulo.

GIULlETTI, N.; GIULlETTI, A.M.; PIRANI, J.R. &MENEZES, N. L., 1988. Estudos em sempre-vivas:importância econômica do extravismo em MinasGerais, Brasil. Acta bot. brs. 1(2) 179-193. Supl.

GRANDE, D. A de & LOPES, E. A, 1983 Plantas darestinga da Ilha do Cardoso (São Paulo, Brasil)Hoehnea 9: 1-22

GUSMÃO, P. P., 1991. Pressões antrópicas sobre osecossistemas costeiros e insulares: situação atual eperspectivasdeconservação.ln. CIMA (ed) Subsídi-os técnicos para elaboração do relatório nacional doBrasil para a CNUMAD. Versão preliminar. Brasília,p.100-tG3.

HOLMGREN, P. K., HOLMGREN, N. H. & BARNETTI,L. C., 1990.lndexHerbarioum, Part 1: Theherbariaofthe word. 8 ed. IAPT/New York. Garden, New York.

JOLY, C. A.; LEITÃO FILHO, H. F. &SILVA, S. M., 1991.O patrimônio florístico. In CAMARA, I.G. (coord)Mata Atlântica Edit. Indx Ltda e Fund. S.O.S. MataAtlântica, São Paulo.

MARTINS, F. R., 1979. O método de quadrantes e afitossociologia de uma floresta residual do Estado deSão Paulo: Parque Estadual de Vassununga. Tesede Doutorado. Inst.Bioc.Univ.S Paulo.

MORI, S. A., 1989. Eastern, Extra Amazonian Brazil. InD,C. CAMPBELL, d.g. & H.D. HAMMOND (eds).

Ftoristic inventory of tropical contries. The new YorkBotanical Garden, New York.

NIMER, E., 1977. Clima.ln Geografia do Brasil- RegiãoSudeste IBGE, Rio de Janeiro. p.51-89.

OLIVEIRA FILHO,E.C. de 1977. Algas marinhasbentônicas do Brasil. Tese de Livre-Docência, Uni-versidade de São Paulo, Instituto de Biociências, SãoPaulo.

OLIVEIRA FILHO,E.C. de & BERCHEZ, F. A, 1978.Algas marinhas bentônicas da baía de Santos. Alte-rações da flora no período de 1957-1978. BolmBotânica, Univ. S.Paulo 6: 49 -59. .

OLIVEIRA FILHO, E. C.; PIRANI,J.R. & GIULlETTI, AM., 1983. The Brasilian sea-grasses. Aquatic Botany16: 251 - 267.

PAGANO, S. N. & LEITÃO FILHO, H. F., 1987a. Com-posição florística do extrato arbóreo de uma matamesófila semidecídua, no município de Rio Claro(Estado de São Paulo). Revta Brasil Bot. 10: 37 - 47.

PAGANO, S. N.; LEITÃO FILHO, H. F. & SHEPHERD,G. J., 1987b. Estudofitossociológico em matamesófilasemidecídua do município de Rio Claro (Estado deSão Paulo). Revta Brasil Bot. 10: 49 - 61.

PAGANO, S. N.; CESAR, O. & LEITÃO FILHO, H. F.,1989a. Composição florística do extrato arbustivo-arbóreo da vegetação de cerrado da área de proteçãoambiental(APA), de Corumbataí Estado de São Pau-lo. Rev. Brasil Biol. 49(1): 37 - 48.

PAGANO, S. N., CESAR, O. & LEITÃO FILHO, H. F.1989b.Estrutura fitossociológica do extrato arbustivo-arbóreo da vegetação de cerrado da área de proteçãoambiental (APA) de Corumbataí Estado de São Pau-lo. Rev. Brasil Biol. 49(i): 49-59.

RIZZINI, C. T., 1989. Tratado de fitogeografia do Brasil;aspectos sociológicos e florísticos. HUCITEC/EDUSP,São Paulo.

RODRIGUES, R. R., 1986. Levantamento Florístico efitossociológico das matas da serra do Japí, Jundiei,SP. Dissertação de mestrado, Univ. de Campinas.

ROSSI, L., 1987. A flora arbóreo-arbustiva da mata daReserva da Cidade Universitária "Armando de SallesOliveira", São Paulo, SP. Dissertação de mestrado,Univ. São Paulo.

RUSCHI, A, 1950. Fitogeografia do Estado do EspiritoSanto: considerações gerais sobre a distribuição daflora no Estado do Espírito Santo. Boletim do Museude Biologia.

SILVA, A. F. & LEITÃO FILHO, H. F., 1982. Composiçãoflorística e estrutura de um trecho da mata atlânticade encosta do Município de Ubatuba (São Paulo,Brasil). Revta Brasil Bot. 5: 43-52.

SILVA, A F. &SHEPHERD, G.J., 1986. Comparaçõesflorísticas entre algumas matas brasileiras utilizandoanálise de agrupamento. Revta Brasil Bot. 9: 81-86.

Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/92-3/4/92 130


Top Related